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DANT E DT EPIDEMIOLOGIA PROF. CLAUDIA MANOLA

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DANT E DTEPIDEMIOLOGIA

PROF. CLAUDIA MANOLA

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Na primeira metade do século 20, as Doenças Infecciosas Transmissíveis eram as mais freqüentes causas de mortes.

A partir dos anos 60, as Doenças e Agravos Não Transmissíveis - as DANT - tomaram esse papel.

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O CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO BRASILEIRO

O cenário epidemiológico brasileiro é complexo. Em 1930, as doenças infecciosas respondiam por cerca de 46% das mortes em capitais brasileiras.

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O CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO BRASILEIRO

A partir de então, verificou-se redução progressiva; em 2003, essas doenças já responderam por apenas 5% dessas mortes, aproximadamente.2 As doenças cardiovasculares, contudo, se representavam somente 12% das mortes na década de 30, são, atualmente, suas principais causas em todas as regiões brasileiras, respondendo por quase um terço de nossos óbitos. Em segundo lugar, estão os cânceres e, em terceiro, as mortes ocasionadas por acidentes e violências (Figura 1)

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OBSERVE O GRÁFICO

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FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA ESSA TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA ESTÃO:

o processo de transição demográfica, com queda nas

taxas de fecundidade e natalidade e um progressivo aumento na proporção de idosos, favorecendo o aumento das doenças crônico-degenerativas (doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias);

a transição nutricional, com diminuição expressiva da desnutrição e aumento do número de pessoas com excesso de peso (sobrepeso e obesidade).

Somam-se a isso o aumento dos traumas decorrentes das causas externas (violências, acidentes e envenenamentos, etc.).

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Projeções para as próximas décadas apontam para um crescimento epidêmico das DANT na maioria dos países em desenvolvimento, em particular das doenças cardiovasculares, neoplasias e diabetes tipo 2.

As doenças e agravos não transmissíveis respondem pelas maiores taxas de morbi-mortalidade e por cerca de mais 70% dos gastos assistenciais com a saúde no Brasil, com tendência crescente.

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Essa transição do quadro epidemiológico tem impactado a área de saúde pública no Brasil e o desenvolvimento de estratégias para o controle das DANT se tornou uma prioridade para o Sistema Único de Saúde (SUS). A vigilância epidemiológica das DANT e dos seus Fatores de Risco é de fundamental importância para a implementação de políticas públicas voltadas para a prevenção, o controle dessas doenças e a promoção geral da saúde.

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PREVALÊNCIA DOS FATORES DE RISCO

O monitoramento da prevalência dos fatores de risco para DCNT, principalmente os de natureza comportamental [dieta, sedentarismo, dependência química (de tabaco, álcool e outras drogas)], cujas evidências científicas de associação com doenças crônicas estejam comprovadas, é uma das ações mais importantes da vigilância; sobre essas evidências observadas, podem-se implementar ações preventivas de maior poder custo-efetivo. No ano 2000, o Centro Nacional de Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde (Cenepi/Funasa), sucedido pela atual Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), iniciou, em parceria com o Inca/MS, o planejamento do primeiro inquérito nacional para fatores de risco de DCNT.

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EXCESSO DE PESO

A obesidade é um dos fatores de maior risco para as doenças e agravos não transmissíveis, destacando-se as cardiovasculares e Diabetes Mellitus, doenças essas que vêm aumentando e que é a principal causa de mortalidade em adultos no Brasil. Estudos mostram que o Diabetes Mellitus e a Hipertensão Arterial ocorrem 2,9 vezes mais freqüentes em indivíduos obesos do que naqueles com peso adequado e que o indivíduo obeso tem 1,5 vezes mais propensão a apresentar triglicérides e colesterol mais elevados (WAITZBERG,2000).

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CONSUMO DE TABACO

Ao tabaco seria atribuidos: 8,8% das mortes, 4,1% dos anos de vida perdidos ajustados por

incapacidade 12% das doenças vasculares 66% das neolasia de traquéia, bronquios e pulmão 38% das doenças respiratórias crônicas.

(Relatório OMS 2002)

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PREVALÊNCIA AUTO-REFERIDA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E DE DIABETES

Pressão sanguinea elevada seria responsável responsável por 7,1 milhões de mortes, cerca de 13% do total.

Nível elevado de colesterol causaria 18% das doenças cerebrovasculares( na maior parte eventos não fatais) e 56% da isquemia do coração

( Relatório OMS 2002)

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SEDENTARISMO

Inatividade física causaria 1,9 milhões de mortes, entre 10% a 16% câncer de mama, cólon e do reto.

22% das doenças isquemicas do coração

( Relatório OMS 2002)

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ESTUDO…

Não se observa um padrão uniforme para a prática de atividade física nas capitais estudadas, em relação à escolaridade. A capital com maior prevalência de inatividade física foi João Pessoa 58% (indivíduos de maior escolaridade), seguida do Rio de Janeiro 52% (indivíduos de menor escolaridade).

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DIETA

Em relação à dieta, pesquisou-se os tipos de alimentos consumidos. Utilizou-se de perguntas validadas em outros inquéritos já realizados no Brasil, por instituições acadêmicas; ou por outros países, adaptadas à realidade brasileira. As perguntas tratavam de consumo de frutas, legumes e verduras (FL&V) e gorduras animais. Em todas as Regiões, observou-se um consumo de frutas, legumes e verduras sempre inferior entre pessoas de menor escolaridade, ainda que se apresentasse baixo, de maneira geral, para todos os níveis de escolaridade.

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DIETA (CONT) O consumo de FL&V recomendado pela Organização

Mundial da Saúde (OMS), de cinco porções ao dia (equivalente a 400 gramas/dia), foi identificado em menos de 3% da população das capitais pesquisadas; cerca de 50% dessa população ingere apenas uma a três porções ao dia. As capitais com menor consumo de FL&V foram as da Região Norte (Manaus e Belém). Os alimentos de origem animal ricos em gorduras (gordura visível da carne; frango com pele; e leite integral) são mais consumidos pela população de menor escolaridade (dados não apresentados).

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CARACTERIZAÇÃO DAS DANT História natural prolongada Multiplicidade de fatores de risco Interação de fatores etiológicos conhecidos e

desconhecidos. Causa desconhecida Especificidade da causa desconhecida Ausência de participação ou participação duvidosa de

microorganismos. Longo curso de latência Longo curso assintomático

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E NÓS ENQUANTO PÚBLICO ALVO DA PESQUISA Realizamos atividade física… Dieta rica FVL…. (5 porções dia..) Obesidade….

Fazemos parte do grupo de risco?

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MODELO EPIDEMIOLÓGICO E VIGILÂNCIA DAS DANT

A característica central das DANT está no reconhecimento da multicausalidade para determinação da saúde e doença, sendo que estes estados decorrem de fatores relacionados aos seguintes elementos:

Biologia humana: todos os fatos que se manifestam como conseguência da constituição orgânica do indivíduo (herança genética, envelhecimento, mecanismo de defesa, suscetibilidade, resistência etc)

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MODELO EPIDEMIOLÓGICO E VIGILÂNCIA DAS DANT

Ambiente: fatores externos ao organismo (aspectos geofísicos (clima, acesso a água, radiações, exposição a agentes poluentes de diversas naturezas e social

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MODELO EPIDEMIOLÓGICO E VIGILÂNCIA DAS DANT Estilo de vida – representa o conjunto de decisões

que o individui toma a respeito de sua saúde (lazer, hábitos alimentares, comportamento.

Organização da atenção a saúde – envolvendo disponibilidade, a quantidade e a qualidade dos recursos destinados ao cuidado com a saúde.

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OBJETIVO DA PREVENÇÃO E CONTROLE DAS DANT

O objetivo da prevenção e controle das doenças não transmissíveis são:

Reduzir a prevalência e incidência Retardar o aparecimento de complicações e

incapacidades. Avaliar a gravidade Prolongar a vida com qualidade.

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Verbrugger (1989) descreve que a redução da mortalidade por DANT, sem redução dos seus fatores de risco e de sua incidência, levará a um aumento da sua expectativa de vida, mas também das incapacidades dela decorrente.

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METODOLOGIA E INSTRUMENTO PARA VIGILÂNCIA DE DANT

Indicadores utilizados pela vigilância epidemiológica:

Avaliar a tendência de uma enfermidade ou dos fatores de risco em um determinado dado tempo, em determinado lugar em uma população bem definida.

Estabelecer prioridades e metas. Planejar, implementar e avaliar as políticas,

programas de saúde publica

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MONITORAMENTO DE DOENÇAS E AGRAVOS Conhecimento das características

Estruturação de um sistema que realize coleta e análise dos dados de forma continua e com periodicidade bem definida.

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Não existe um sistema que forneça informaçãoes primárias sobre a morbidade de doenças crônicas.

Por características já mencionadas, essas doenças

não são objetos de notificação obrigatória.

Alguns sistemas de informações são disponíveis pelo SUS, entretanto, possibilitam análise do comportamento destas doenças na população.

SIASUS – Sistema de Informação Ambulatorial

SIH-SUS – Sistema de informações hospitalares do SUS.

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Mesmo não sendo um sistema de de cobertura universal, as vantagens para utilização resisde em que vários tipos de procedimento como transplantes, terapias renais substituídas, o SUS é praticamente o único provedor. Os demais procedimentos a elevada cobertura fornece base para análise de morbidade

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MONITORAMENTO DE FATORES DE RISCO

Com foco na prevenção e controle das DANT está centrado na redução da exposição da pessoa aos fatores de risco.

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Visando facilitar a compreenção destes fatores, eles foram agrupados em quatro categorias:

Constitucionais: sexo, idade, raça e fatores hereditários (não são passíveis de modificação)

Comportamentais: tabagismo, dieta, sedentarismo, ingesta de álcool, uso de anticoncepcionais.

Patologias/disturbios metabólicos: HA, obesidade,diabetes. Consistem fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Características socioeconômicas e culturais: ocupação, renda, escolaridade, classe social, ambiente de trabalho.

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DT

Doença transmissível

“é qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que manifestam pela transmissão de agentes ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou inditetamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza vegetal ou animal de um vetor ou por meio inanimado”

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DOENÇAS QUARENTÁVEIS São aquelas que podem levar a restrição de atividades aos

comunicantes, durante o período de incubação, com a finalidade de evitar a propagação da doença.

Quarentena é a reclusão de indivíduos ou animais sadios pelo período máximo de incubação da doença, contado a partir da data do último contato com um caso clínico ou portador, ou da data em que esse indivíduo sadio abandonou o local em que se encontrava a fonte de infecção. Na prática, a quarentena é aplicada no caso das doenças quarentenárias, como cólera, tifo exantemático e a febre amarela para observação do paciente.

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DOENÇAS DE ISOLAMENTO São as doenças que exigem segregação dos indivíduos

doentes durante o período de transmissibilidade da doença, para evitar transmissão direta ou indireta do agente infeccioso.

Quarentena difere do isolamento, por este segregar um doente do convívio das outras pessoas durante o período de transmissibilidade, a fim de evitar que outros indivíduos sejam infectados.

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PERÍODO DE INCUBAÇÃO

É o intervalo de tempo entre a exposição de um agente infeccioso e o aparecimento de sinais e sintomas da doença.

Ex: cólera (horas) – Hanseníase, AIDS (meses)

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CÓLERA Cólera é uma doença causada pelo vibrião colérico

(Vibrio cholerae), uma bactéria em forma de vírgula ou vibrião que se multiplica rapidamente no intestino humano produzindo uma potente toxina que provoca diarréia intensa. Ela afeta apenas os seres humanos e a sua transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada

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HANSENÍASE é uma doença infecciosa causada pela bactéria

Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo-de-hansen) que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O nome hanseníase é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença Gerhard Hansen.

Demora de 2 a 5 anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas

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PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE Período durante o qual o agente infeccioso pode ser

transferido, direta ou indiretamente de uma pessoa infectada para outra ou de um animal infectado ao homem.

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DENGUE O período de transmissibilidade da doença

compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor.

A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano (período de viremia). Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença.

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DENGUE No mosquito, após um repasto de sangue infectado, o

vírus vai se localizar nas glândulas salivares da fêmea do mosquito, onde se multiplica depois de 8 a 12 dias de incubação. A partir deste momento, é capaz de transmitir a doença e assim permanece até o final de sua vida (6 a 8 semanas).

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INFECTIVIDADE É o nome que se dá a capacidade que tem certos

microorganismos de penetrar e de se desenvolver ou multiplicar no novo hospedeiro, ocasionando infecção.

EX: Há agentes dotados de alta infectividade que facilmente se transmitem às pessoas suscetíveis. Tome-se como exemplo o vírus da gripe. Já os fungos em geral caracterizam-se por sua baixa infectividade; embora bastante difundidos no ambiente, dificilmente se instalam e se multiplicam no organismo do homem, produzindo infecção.

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PATOGENICIDADE É a qualidade que tem um agente infeccioso de uma

vez instalado no organismo do homem ou de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre os hospedeiros infectados

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VIRULÊNCIA É a capacidade de um bioagente produzir casos

graves ou fatais.

Alta viruência indica uma grande proporção de casos fatais ou graves.

Ex: Sarampo alta infecvidade, alta patogenicidade, é de baixa virulência

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SARAMPO O Sarampo é uma doença víral e é uma infecção do

sistema respiratório, causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus. É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças. É transmitida através de gotículas expelidas pelo nariz, boca ou garganta de pessoas infectadas. Os sintomas iniciais, que geralmente aparecem 8-12 dias após a infecção, incluem febre alta, coriza, olhos vermelhos, e pequenas manchas brancas na parte interna da boca. Vários dias depois, uma erupção se desenvolve, geralmente começando no pescoço e na face e gradualmente se espalhando pelo corpo.

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DOSE INFECTANTE É a quantidade do agente etiológico necessário para

iniciar uma infecção. Quanto maior o número de parasitas inoculados no

suscetível, tanto maior será a probabilidade de infectá-lo.

Ex: picada de um único mosquito infectado capaz de iniciar o ataque clínico. (Malária)

Picada de mil mosquitos para produzir o quadro clínico (Filariose)

Botulismo – causado pela toxina produzida por Clostridium botulinum em alimentos dose mínima podes ser fatal

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PODER INVASIVO É a capacidade que o parasita tem de se difundir

através de tecidos, orgãos… Ex: Microsporum canis – agente Tinea corporis –

TECIDOS SUPERFICIAIS. Yersinia pestis – vasos linfáticos e tecidos adjacentes.

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IMUNOGENICIDADE Também chamado de poder imunogênico.

É a capacidade que tem o bioagente para induzir imunidade ao hospedeiro.

Ex: Rubéola , Sarampo, Caxumba

Há outros agentes de baixo poder imunogênico: vírus da rinofaringite aguda. Imunidade temporária

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HOSPEDEIRO SUSCETÍVEL Definição

Indivíduo, pessoa ou animal, ou a espécie humana ou

outra, que em condições naturais, penetrada por

bioagentes patogênicos, concede subsistência a estes,

permitindo seu desenvolvimento ou multiplicação

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DEFINIÇÃO Indivíduo suscetível ou infectável – sujeitos a uma

infeção.

Indivíduo resistente - é aquele que por via de algum mecanismo natural ou através de imunização artificial, tornou-se capaz de impedir o desenvolvimento, em seu organismo de agentes infecciosos

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Indivíduos não infectados – pertence a uma espécie suscetível , porém não alberga um determinado agente infeccioso.

não expostos, suscetíveis-expostos, ainda não infectados expostos porém resistentes

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Indivíduo infectado - pessoa ou animal que alberga o agente infeccioso

Indivíduo infectante- pessoa ou animal do qual o agente infeccioso possa ser adquirido em condições naturais

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Paciente enfermo ou caso de doença infecciosa

consiste em indivíduo infectado que alberga o agente infeccioso e apresenta manifestações da doença.

Suspeito ou portador – é aquele cuja história clínica e sintomatologia indicam estar acometido por alguma doença ou te-la em incubação.

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Portador- é o indivíduo infectado, sem apresentar sintomas porém torna-se fonte potencial de infecção.

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Resistência: é o sistema de defesa com o qual o orgasnismo impede a difusão ou multiplicação de agente infecciosos.

Resistência natural: é a capacidade de resistir à doença independente de anticorpos ou reação específica do tecido

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Indivíduo imune – possui anticorpos protetores específicos ou imunidade celeular em decorrência de uma infecção ou imunização anterior.

Imunidade – É o estado de resistência, feralmente associada a presença de anticorpos que possuem ação específica sobre o microorganismo responsável por doença infecciosa ou sobre sua toxina .

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IMUNIDADE

Natural

Passiva – adquirida por via placentária

Ex: rn imune à difteria

Ativa- adquirida em consequência de uma infecção.

Artificial

Passiva - aquirida por aplicação de soro

Ex: aplicação do soro antidifitérico

Ativa- induzida pela aplicação da vacina

Ex: vacina contra difteria