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Ano 87 - Nº 23.513 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 2011 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 5 1 3 HOJE Pancadas de chuva à tarde e à noite. Máxima 28º C. Mínima 18º C. AMANHÃ Chuvas à tarde e à noite. Máxima 29º C. Mínima 19º C. Após a demissão, a investigação. O MPF investiga se Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho, cometeu improbidade administrativa. Ele pretende reassumir a direção do PDT, mas está longe de ser uma unanimidade. Págs.5e6 Síria lança mísseis, antes de qualquer acordo. Desgastado no campo diplomático, Bashar al-Assad exibe força em exercícios militares. E mais uma vez promete assinar acordo proposto pela comunidade árabe. Pág. 8 Neymar é o cara do Brasileirão O craque do Santos faturou a Bola de Ouro (melhor jogador) e a de Prata (melhor atacante). De quebra, está na lista dos 55 candidatos à seleção da Fifa e concorre ao gol do ano. Pág. 10 Na era da mobilidade, melhor levar a segurança. Smartphones e tablets ajudam, mas dão chances aos criminosos cibernéticos. Informática , pág. 17 Paulo Liebert/AE Sérgio Lima/Folhapress Reuters O presidente da Associação Comercial de São Paulo Rogério Amato anunciou ontem, em plenária solene comemorativa aos 117 anos da entidade, a criação de uma ferramenta, nos moldes do Impostômetro, que vigiará os gastos dos governos. A festa da ACSP no Pátio do Colégio teve missa, queima de fogos (vídeo em www.dcomercio.com.br ) e inauguração de luzes de Natal. Pág. 7 Simples: dívida em 60 vezes. Empresa com débito no Simples Nacional pode parcelar em até 60 meses. Parcela mínima é de R$ 500. Prestações serão corrigidas pela Selic. Pág. 11 No aniversário de 117 anos, ACSP anuncia presente para 2012: Gastômetro. Agliberto Lima/DC Leão pesca 569 mil contribuintes com sua malha fina E quem não estiver nas devoluções – a última lista será divulgada 5ª-feira, no site da Receita – está na rede. 56% das retenções se devem a omissões de despesas e 14%, a divergências com gastos médicos (foi o 1º ano em que os dados de clientes e médicos foram cruzados). Pág. 11 "Terra 2" também é azul Nasa descobre novo planeta. Com água. Pág. 10

DC 06/12/2011

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Diário do Comércio

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Ano 87 - Nº 23.513 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h55 www.dcomercio.com.br São Paulo, terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23513HOJE

Pancadas de chuva à tarde e à noite.Máxima 28º C. Mínima 18º C.

AMANHÃChuvas à tarde e à noite.

Máxima 29º C. Mínima 19º C.

Após a demissão,a investigação.

O MPF investiga se Carlos Lupi, ex-ministro doTrabalho, cometeu improbidade administrativa.

Ele pretende reassumir a direção do PDT, masestá longe de ser uma unanimidade. Págs. 5 e 6

Síria lançamísseis, antesde qualquera c o r d o.Desgastado no campodiplomático, Basharal-Assad exibe força emexercícios militares. E maisuma vez promete assinaracordo proposto pelacomunidade árabe. Pág. 8

Neymar é o carado Brasileirão

O craque do Santos faturou a Bola de Ouro (melhor jogador)e a de Prata (melhor atacante). De quebra, está na lista dos 55candidatos à seleção da Fifa e concorre ao gol do ano. Pág. 10

Na era dam o b i l i d a d e,

melhor levar as e g u ra n ç a .

Smartphones e tabletsajudam, mas dão chances aos

criminosos cibernéticos.Informática , pág. 17 Pa

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Sérgio Lima/Folhapress

Reuters

O presidente da Associação Comercial de São Paulo Rogério Amato anunciou ontem, em plenária solene comemorativaaos 117 anos da entidade, a criação de uma ferramenta, nos moldes do Impostômetro, que vigiará os gastos dos governos. A festa da

ACSP no Pátio do Colégio teve missa, queima de fogos (vídeo em w w w. d co m e rc i o. co m . b r ) e inauguração de luzes de Natal. P á g. 7

Simples: dívida em 60 vezes.Empresa com débito no Simples Nacional pode parcelar em até 60 meses. Parcela mínima é de R$ 500. Prestações serão corrigidas pela Selic. Pág. 11

No aniversáriode 117 anos, ACSP

anuncia presente para2012: Gastômetro.

Agliberto Lima/DC

Leão pesca 569 milcontribuintes com

sua malha finaE quem não estiver nas devoluções – a

última lista será divulgada 5ª-feira,no site da Receita – está na rede.

56% das retenções se devema omissões de despesase 14%, a divergências comgastos médicos (foi o 1ºano em que os dadosde clientes e médicos

foram cruzados). Pág. 11

"Terra 2"também é azulNasa descobre novo planeta.Com água. Pág. 10

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terça-feira, 6 de dezembro de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

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opiniãoA Federação Russa não é uma nação a mais, mas uma das mais importantes do ponto de vista econômico e político.

Roberto Fendt

Rússia adere aocomércio mundial

ROBERTO

FENDT

Num momento em que pululamos Chávez e Evo Morales

da vida, contrários ao livrecomércio, é bom constatar

que uma grande nação fora daOMC decidiu aderir a ela.

No p ró x i m o d i a 1 7ocorrerá fato históri-co: na ConferênciaMinisterial da Orga-

nização Mundial de Comércio(OMC), a Federação Russa deveráser admitida como membro. Oque há de tão especial em mais umpaís ingressar na OMC, quando jáhá 153 membros?

Há dois fatos relevantes nesseevento. O primeiro consiste na ex-pansão do número de países quehoje comerciam sob as regras daorganização, impessoais e aplicá-veis a todos. O segundo, que a Fe-deração Russa não é simplesmen-te uma nação a mais, mas uma dasmais importantes do ponto de vis-ta econômico e político.

Uma das causas da SegundaGuerra Mundial foi o colapso docomércio internacional na décadade 1930. Ocorrida a Grande De-pressão, a maioria dos países in-dustrializados da época buscouampliar suas exportações – e redu-zir suas importações – promoven-do desvalorizações competitivasde suas taxas de câmbio.

Ao fim e ao cabo, ainda antes doinício da guerra, as nações estavamfechadas ao comércio, para prejuí-zo de todos. Liberalizar o comérciode mercadorias, portanto, tornou-se um dos principais objetivos dospaíses vencedores. Para isso, cria-ram em 1945 o Acordo Geral de Ta-rifas e Comércio (GATT, na siglaem inglês) para promover ordena-damente a remoção das barreirasao livre trânsito de mercadorias en-tre os signatários.

Não foi um processo simples.Ao longo de 50 anos e sucessivasrodadas de negociações, forampacientemente sendo baixadasas alíquotas dos impostos de im-portação entre os países signatá-rios do GATT.

O conceito básico a presidir esse

processo foi a chamada Cláusulade Nação Mais Favorecida. Com asua aplicação, sempre que um paísmembro do GATT concedia umaredução de impostos de importa-ção em favor de outro, essa redu-ção passava a ser automaticamen-te estendida a todos os demais.

D ecorridos 50 anos, astransações internacio-nais haviam crescido

muito em escopo. O comérciomundial de mercadorias conti-nuava, naturalmente, sendo im-portante. Mas, agora, transacio-nava-se cada vez mais serviçosde toda natureza, desde os de na-tureza financeira à transferênciade tecnologia, passando pelosinvestimentos.

Percebia-se também, de formacrescente, a necessidade de pro-teger direitos de propriedade in-telectual nesse comércio. Em 1ºde janeiro de 1995, por um acor-do assinado na cidade de Marra-

kech, os países signatários doGATT decidiram ampliá-lo esubstituí-lo por um acordo maisabrangente e que contemplasseas mudanças ocorridas no decor-rer do meio século anterior.

Anova Organização Mun-dial do Comércio veio,assim, para substituir o

antigo GATT e levar mais adiantea liberalização do comércio. Os 50anos de vigência do GATT carac-terizaram um período de cresci-mento sem precedentes para aeconomia mundial.

À medida que iam caindo asbarreiras ao comércio, as naçõesproduziam mais e mais, de acor-do com suas vantagens compa-rativas, trocando o que sabiamfazer bem com o que melhor pro-duziam as demais.

O aumento da interdependên-cia também serviu para aproxi-mar as nações, deixando para tráso espectro de duas guerras mun-

diais. É claro que esse longo pro-cesso civilizatório não deixou deter os seus percalços. Desde o iní-cio do GATT, os países europeusse opuseram à liberalização do co-mércio de produtos agrícolas e seaferraram a proteger os seus mer-cados internos.

Aausência de um livre co-m é r c i o d e p r o d u t o sagrícolas somente co-

meçou após a criação da OMC eainda persiste. Em outras áreas,o progresso vem ocorrendo, masa seu tempo, como havia ocorri-do com o processo liberalizató-rio em seus primórdios.

A Rússia e a OMC negociaramdurante 18 anos o ingresso do paísna organização. Em 10 de novem-bro último, o Grupo de Trabalhoconstituído para examinar a entra-da da Rússia na OMC aprovou o pe-dido de acesso do país na organiza-ção, que deverá ser ratificado naConferência Ministerial marcadapara os dias 15 a 17 deste mês.

Em uma cena histórica na qualpululam os Chávez da vida, os EvoMorales e tantos outros pequenosditadores ou candidatos latino-americanos contrários ao livre co-mércio, é alvissareiro constatar queuma grande nação que estava forada OMC decidiu aderir a ela.

Essa adesão implica o reconhe-cimento explícito de que pretendeter suas relações comerciais comos demais países sob o império deregras impessoais e aplicáveis atodos os membros. Os protocolosque assinou assim o determinam.

Em meio a uma crise global cu-jo desfecho ainda é incerto, certa-mente é reconfortante ter umaboa notícia, principalmente de-pois de tantas frustrações com ocenário internacional.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

PAULO

SAAB

CORRUPÇÃO: OROTEIRO DA QUEDA.

na coluna de 28 de novembrodizia: "Exigir que todos oscandidatos utilizem osmesmos recursos de mídiaem rádio e televisão, vetando-se quaisquer estratégiasque visem conquistas pelaemoção ou pela paixão".

Manifesta-se o leitor CC:"Que haja um teto para osrecursos, estou de acordo. Masremover emoção ou paixãoé eliminar a possibilidade detratar um candidato bom, comboa propaganda. O problemanão está em um DudaMendonça inventar um Fura-Fila, está em ninguém cobrardepois. O problema não estáem ser criativo, o problemaestá em ser criativo a serviçoda falsidade de conteúdo.(...) Ora, aqui temos um temaque pode render: o CONARda propaganda política. Umtribunal para julgar se umapropaganda política foienganosa ou não. Bastacopiar o modelo já existente.As câmaras de julgamentosão formadas por cidadãosrepresentantes de todos ossetores da publicidade quepossam ter relação com otema (...). É uma justiça rápida,impessoal, informal, eficaz. Se

Fica sempre, parao cidadão queacompanha meio à

distância o andar dacarruagem da vida nacional,a dúvida sobre a razão dademora na queda de ministrosacusados de envolvimentoem atos de corrupção. Ésempre o mesmo roteiro.Feita a denúncia pública,sempre pela mídia e quasesempre pela revista Ve j a ,começa a ladainha. Parêntese:por que esse tipo de denúncianunca vem do Tribunal deContas ou do própriogoverno? Fecha parêntese.

No primeiro impactoo denunciado reage comferocidade. Está sendo vítimade perseguição política edesafia alguém a provar asacusações. O Planalto reagede forma a "prestigiar"o indigitado. Sim, porqueo envolvido, ao menos nagestão da presidente Dilma ,é um ministro de Estado.Herdado do governo Lula.

Depois vem o pedidode investigação feito peloacusado e as convocaçõespara esclarecimentos noCongresso. Foi lá que o maisrecente defenestrado, oex-ministro do TrabalhoCarlos Lupi, disse que sósairia do cargo abatido a tiroe depois, para desculpar-secom a presidente, declarouque a amava, numamanifestação patética.

Na sequência aparecemnovas denúncias,

com o acusado esgoelandoinocência e conluios contrasua honrada pessoa. A agoniapersiste por um jogo demite-não-demite, até ser demitido.E o dispensado sempresai com uma cartinha derecomendação da presidente,como se alguém nelaacreditasse. Na cartinha, claro.

O consolo é que, depoisdessa teatralidade toda, osujeito sai. É verdade queacaba sendo um prêmio,porque não precisa devolvernada do que roubou nemvai para a cadeia. Mas sai.No governo anterior, opresidente ainda fazia cafunéna cabeça do ladrão.

É por estas e outras, e asque virão, que seguimos nacoluna em busca de caminhosque dificultem as coisas paraquem se aproveita do cargopúblico, sabendo que nãoserá punido, para cometercrimes contra o erário.

Então vamos concluir,como prometido, oscomentários de leitor sobreas propostas aqui formuladasde mudanças na legislação. Oitem 10 do texto apresentado

aparece um Collor, bom depapo e de TV, com carisma,e não cumpre, o CONAR daPolítica condena. Se apareceum Tiririca, suas limitaçõesficam evidentes e suaatuação desmascarada.Em tese, só os políticos quesouberem o que podeme não podem fazer sereelegerão. E isso me levaa rejeitar o impedimentoda reeleição, pura esimplesmente. (...) Oproblema não estána reeleição em si, mas nomaterial humano e seusrecursos. Quanto aos itenscontra o privilégio, poder-se-ia limitar os recursosde todas as Câmaras a umteto X, proporcional aoarrecadamento da esferapolítica correspondente.(...) Não resolve tudo,mas impedirá gastosirresponsáveis, aumentosexagerados. O aumentode salários já fica bemmais difícil".

O leitor finaliza com umdesafio que transfiro a todos:"Pense a respeito".

PAU LO SAAB

É J O R N A L I S TA E E S C R I TO R

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião O ÓDIO É GENEROSO, MOBILIZADOR E INCLUSIVO, ABRAÇANDO MULTIDÕES INTEIRAS.

O CARÁTERCOLETIVO DO ÓDIO UMBERTO

ECO

OLAVO DE

CARVALHO

TODO ES IGUAL,NADA ES PEOR.

Quando um criminosograúdo não conseguepassar por inocente, ele

procura ao menos dar a impressãode que não é tão criminosoassim, de que seus delitos nãoforam maiores que os de um ladrãode galinhas, de um bolinadorde moças ou de um surrupiadorde chicletes. Quanto maisgraves e numerosos os seuscrimes, tanto mais compulsiva suanecessidade de atenuá-los.

Ninguém sente maisintensamente essa necessidadedo que os comunistas, quemataram mais gente queduas guerras mundiais somadas.Mataram até mesmo maiscomunistas do que todas asditaduras reacionárias juntas.

A imensidão de seus feitosmacabros é tal que a únicamaneira de conservarem algumatranquilidade de consciência éamputar radicalmente uma partedela, deformando sua percepçãoda realidade e apegando-setenazmente, desesperadamente, auma falsa imagem de si mesmos.

É inevitável que essamanobra antinatural espalheefeitos colaterais indesejados,bloqueando o funcionamentoda inteligência e da memória emdomínios bem afastados daárea inicialmente visada,culminando naquele fenômeno deauto-estupidificação grupal quedocumentei em O Imbecil Coletivo.

Várias são as maneiras pelasquais a operação se realiza: negarobstinadamente os fatos (episódio

Kravchenco), culpar as vítimas (CheGuevara choramingando), parir donada equivalências postiças(Livro Negro do Capitalismo, v.http://www.olavodecar valho.org/semana/05272002glob o.htm),até mesmo explodir as pontesentre linguagem e realidade(desconstrucionismo). Mas umdos métodos mais infames é negar

importância ao fator "quantidade",abolindo o senso das proporçõese proibindo enxergar a diferençaentre o maior e o menor.

Ainda recentemente,indignadíssima com um editorialda Folha de S. Paulo segundo o qualo regime militar brasileiro fôra ummal menor em comparação com aviolência mais vasta, sistemática e

permanente das ditadurascomunistas, Dona Maria VitóriaBenevides (professora da USP,de onde mais poderia ser?) saiuexclamando: "Quando se trata deviolação de direitos humanos, amedida é uma só: a dignidade decada um e de todos, sem comparar'importâncias' e estatísticas".

Que, para uma autoranotoriamente marxista, negara diferença entre crimes maiorese menores em nome de um amorhistriônico à dignidade humanafosse um suicídio intelectualcompleto, é algo que não lhepassou pela cabeça, ou, se passou,lhe pareceu um sacrifício aceitávelem vista da urgência de fugir acomparações deprimentes.

De um lado, implicavarenunciar, de um só lance,

ao esforço de séculos com quea tradição materialista vemtentando reduzir as qualidadesa quantidades. De outro, resultavaem negar um dos princípiosbásicos do marxismo, atransmutação do acúmulo dequantidades em "salto qualitativo"(ou "salto dialético"). Mas quemvai ligar para sutilezas doutrinaisquando se trata de limpar àspressas a reputação do comunismoante um público geral queignora tudo da doutrina marxista?

Mais que infringir umdogma do marxismo, no entanto,o rompante de Dona Benevidesia contra os requisitos básicosde funcionamento da inteligênciahumana e do senso moral. Ao

proclamar que em matéria dedireitos humanos as quantidadesnão importam, que um crimeé tão ruim quanto milhõesde crimes, a referida se mostrouincapaz de apreender sequera diferença entre zero e um.

Que é que distingue, afinal,um inocente de um

culpado senão o número deseus crimes, zero e um (ou maisde um) respectivamente? Se acontagem é proibida, é tãoculpado quem cometeu um crimequanto o que não cometeunenhum. Abolir a importânciadas quantidades torna impossível,também, distinguir entre delitosmais graves e menos graves.

Toda a jurisprudênciauniversal depende dessa distinção.Se você esmurra um sujeito pordois minutos, é crime de agressão.Se o faz seguidamente por meiahora, é tentativa de homicídio.Se continua batendo até odesgraçado morrer, já não émais tentativa: é homicídio.Suprima o fator "quantidade", eessas diferenças desaparecem.

Todas as leis penais do universo,bem como os julgamentos moraiscom sentido penal – e condenara violação de direitos humanosé claramente um deles –, têmcomo base a proporcionalidadedos delitos e das penas, o queimplica não somente a avaliação dagravidade relativa dos crimes, mastambém, e incontornavelmente,a soma do número deles.

Sem o fator quantidade, não se

pode distinguir entre "crime","crime continuado e "concurso decrimes" tornando-se impossívelgraduar as penas correspondentes.É a abolição completa da justiça,portanto também a dos direitoshumanos. A proibição desomar resulta em abolir as noçõesmesmas de genocídio e decrimes contra a humanidade. SeHitler tivesse matado uma dúziade judeus em vez de seis milhões,poderia ser acusado de homicídiocontumaz, mas não da tentativasistemática de eliminar toda umacomunidade étnica. Para DonaBenevides, isso não faz diferença.

Resta o fato de que todasociedade pode suportar até

uma determinada quantidade decrimes, mesmo cometidos peloEstado, sem sofrer abalo em seusistema de valores. Mas, quandoo número de vítimas da violênciaestatal chega aos setenta milhões,como na China comunista, nãohá ordem moral que subsista. Nadegradação geral, os sobreviventestornam-se vítimas tanto quanto osmortos. A explosão de ira de DonaBenevides contra comparaçõesnecessárias, incontornáveis emoralmente obrigatórias é umsintoma da frivolidade criminosacom que os comunistas seesquivam de um confronto comsuas próprias culpas, maioresque as de qualquer outro grupohumano ao longo da História.

OL AVO DE CA RVA L H O É E N S A Í S TA ,J O R N A L I S TA E P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

Nos últimosanos tenhoescrito sobreo racismo, a

construção psicológica doinimigo e a função política deexpressar ódio pelo "outro"ou o desprezo pelo conceito dadiversidade. E imaginava quejá tinha dito tudo o que haviapara dizer sobre a questão.

Entretanto, numa conversarecente com meu amigoThomas Stauder, surgiramalguns pontos novos – ou pelomenos para mim eram novos.Foi uma daquelas conversasem que depois não se conseguelembrar bem quem disse issoe quem disse aquilo, mas asnossas conclusões coincidiram.

As pessoas tendem, com umtanto de tolice pré-socrática,a ver o amor e o ódio comodois opostos – alternativasnecessárias e simétricas umaà outra. Isso significa dizerque, se não amamos algumacoisa, então devemos odiá-lae vice-versa. Contudo, háobviamente infinitos graus denuances entre os dois polos.

Usando os termosmetaforicamente, o fato deeu adorar pizza, mas não serapaixonado por sushi, nãosignifica que eu odeiesushi – simplesmente gostomenos do que de pizza.

O fato de eu amar alguémnão significa que odeie asoutras pessoas; o opostodo amor poderia facilmenteser a indiferença. Eu amomeus filhos, e sou indiferenteao taxista que me transportouhá algumas horas.

Mas a verdadeira questãoé que alguns tipos de amor sãoisolacionistas, exclusivistas.Se estou perdidamenteapaixonado por uma mulher,espero que ela me ame enão ame a outros (pelo menosnão da mesma forma).

Igualmente, uma mãesente um amor afetuoso porseus filhos e deseja que eles aamem de um jeito especial – eela nunca vai se sentirobrigada a amar os filhos dasoutras pessoas com a mesmaintensidade. Assim, em suaforma particular, o amor éegoísta, seletivo e possessivo.

É claro, existe omandamento divino que nos

diz para "amar" nossos vizinhos– todos os 7 bilhões deles – comoamamos a nós mesmos. Mas,na prática, o que essemandamento nos determina énão odiar ninguém; não esperaque amemos um estranhoda mesma maneira com queamamos nossos pais ou netos.

Amo meu neto mais do queamo, digamos, um caçador defocas que eu nunca conheci.Isso não quer dizer que não meimportaria se um homem que

está a meio mundo de distânciamorresse, mas sempre vouficar mais tocado pela mortede minha avó do que pelamorte de um estranho.

O ódio, por outro lado, podeser coletivo; aliás, em particularsob regimes totalitários, eledeve ser coletivo. Quando euera menino, o Partido Fascistame dizia para odiar todos osfilhos da Álbion e todas asnoites, na rádio, MarioAppelius recitava seu

ritualístico "Que Deusamaldiçoe os ingleses".

Isso é o que os ditadorese os populistas desejam – eas religiões também, entresuas facções fundamentalistas– porque o ódio a um inimigocomum une as pessoase as deixa abrasadas pelomesmo fogo.

O amor aquece o coraçãoapenas em relação a umaspoucas pessoas escolhidas; oódio aquece o coração de todos

que estão do seu lado. E podemobilizar um grupo paradiscriminar milhões: um país,um grupo étnico, pessoas cujapele tem uma cor diferente oupessoas que falam outra língua.

Um italiano racista podeodiar todos os albaneses ouromenos ou ciganos. UmbertoBossi, o líder da Liga doNorte da Itália, odeia todos ositalianos sulistas (e como seusalário é pago, em parte, pelosimpostos cobrados dos sulistas,

isso é realmente uma obra-primada maldade, unir o ódiocom o prazer de adicionaro insulto à injúria).

Quando era primeiro-ministro,Silvio Berlusconi deixou claroque odiava juízes e pediuao povo italiano que fizesse omesmo – e que odiasse oscomunistas também, ainda queisso significasse evocar visõesonde eles não existiam mais.

Portanto, o ódio não éindividualista, mas generosoe inclusivo, abraçandomultidões inteiras com um sórespiro. Apenas nos romancesnos disseram que é bonitomorrer por amor; e geralmenteo herói mais digno de serimitado é aquele que encontrao seu fim quando derrotao vilão – o inimigo odiado.

Ahistória de nossa espécietem sido marcadamais por ódios, guerras

e massacres do que por atos deamor, que são inerentementemenos confortáveis etambém mais desgastantes seeles ousarem ir além do cicloimediato de nosso egoísmo.

Nossa tendência pelosprazeres do ódio é tão naturalque líderes manipuladoresnão veem nenhum problemaem cultivá-lo. Entretanto, àsvezes parece que somosencorajados a amar apenas porintermédio de personagensque têm o hábito desconcertantede beijar leprosos.

UM B E RTO ECO E S C R E V E U, ENTRE

O U T RO S L I V RO S , "O CEMITÉRIO DE

PR AG A ", “ENSAIO SOBRE A

FEIURA” E B E S T-SELLERS COMO

“ BAU D O L I N O ”, “O NOME DA ROSA”E “O PÊNDULO DE FO U C AU LT ”.TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

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terça-feira, 6 de dezembro de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

FHC em campo333 Quase sete meses depois de completar 80 anos,Fernando Henrique Cardoso volta ao campo, em trêsfrentes: de um lado prepara o lançamento de doislivros e, de outro, vai desembarcar no mundo dasredes sociais, com coordenação de Xico Graziano.

Um dos livros é A Soma e o Resto: Um Olhar sobre a Vida, comartigos e mais de dez horas de depoimentos a Miguel Darcy, quetrabalha com ele no Instituto FHC. O outro livro é 80 Anos, com250 páginas só de fotos da vida do ex-presidente, com organiza-ção de Hubert Alquéres e apresentação de Fernando Gabeira.

[email protected] 3 3

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Colaboração:Paula Rodrigues / A.Favero

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333 Hoje, nos computadores doHospital Sírio-Libanês e empastas sigilosas que ocupamgavetas trancadas de apenasquatro médicos ligados

diretamente ao ex-presidente Lula, repousam relatórios comtodas as possibilidades que envolvem o tumor que vem sendotratado com quimioterapia (segunda fase). Nem a alta direção dohospital e a área de exames clínicos e de imagem têm acesso afichas sobre o estado de saúde (e prognósticos) do ex-chefe doGoverno. Esses mesmo quatro médicos acertaram esse esquemacom Lula, do qual não escondem nada e só tomam alguma atitudepública de informação caso ele determine. Há uma grande diferen-ça do período de tratamento do vice-presidente José Alencar. Omédico particular de Lula, Roberto Kalil, que raramente fala, écomedido e especialista em usar verbos no condicional. Detalhe:fichas sobre a saúde de Dilma Rousseff e respectivos relatóriosmerecem tratamento exatamente igual.

Saúdebemguardada

333 Especialistas da Europa e dosEstados Unidos estão decretandoque a americana Karlie Kloss, 19anos, bailarina e modelo é o novocorpo do universo fashion. Ela

já apareceu em campanhas de Donna Karan, Nina Ricci,Dolce&Gabbana, Hermès, Barneys New York, Lord&Taylor,Louis Vuitton, Valentino e muitas mais e agora, malgradoo corpo esguio e bem magro, é a nova contratada daVictoria’s Secret. É capa e recheio de Vogue Itália, é a quartacolocada no ranking da models.com e adora tirar a roupa.

Novocorpo

Medalhade ouro

333 Apresentadora do programaAmor & Sexo, Fernanda Limaprotagoniza a nova edição deMarie Claire (capa e recheio),onde passa em revista “essa

história de casal perfeito e mulher perfeita”, confessando-se realizada e dando declarações francas sobre assuntospessoais, incluindo sexo no casamento. Aos 34 anos,casada com o ator Rodrigo Hilbert, brinca: “Com dois filhospequenos, dá para ganhar medalha de ouro na rapindinha.E é preciso sempre reacender a relação: lingerie nova,horário novo, posição diferente, essas coisas valem muito”.

Você sabe o que é um museu? Eu também não.

IN OUTh

h

Guirlanda clássica. Guirlanda temática.

MAIS: por conta dolançamento do CD delaRecanto, que ele cuidoudo começo ao fim, andammais do que grudados.

MISTURA FINA

Toalha milagrosa333 A Igreja Mundial do Poderde Deus, do apóstolo ValdemiroSantiago e de sua mulher, abispa Franciléia, está construin-do a Cidade Mundial, perto doaeroporto de Guarulhos, queterá um templo que poderáabrigar até 150 mil pessoas. Ocasal mora numa mansão emAlphaville e tem helicóptero ejatinho para se deslocar. Agora,estão lançando “toalhinhas” e“martelinhos” milagrosos: bastaesfrega-las no rosto ou bater nocorpo (até com câncer) ou naporta do banco, para sarar equitar suas dividas. Sãocomprados em carnês deacordo com o poder aquisitivoda cidade onde acontece oculto: a média da mensalidadeé de R$ 50 ou até R$ 100.Há também “meias milagro-sas”: o fiel coloca deitado equando fica de pé e saiandando, “já está curado”.

ALÔ,ALÔ, LULA333 Uma das primeirasprovidencias adotadas pelodeputado Marco Maia (PT-RS),ao assumir interinamente aPresidência da República,nessesdias, foi telefonarparaoex-presidenteLuizInácioLuladaSilva, em seu apartamento emSãoBernardo.Maiagarantiaqueeleestava“muitobemdispostoefalante” e que aquela tinha sido“uma conversa de torneiromecânico para torneiromecânico”. Se bem que Lula,no final, deu uma gozada noparlamentar:“Muitoobrigado,presidente,porseutelefonema”.

Parece replay de filme dosanos 50: Gal Costa, 66anos, e Cartano Veloso,70 anos, estão - surpresa -se redescobrindo.

Fotos: Steven Meisel

TIRIRICA // deputado federal (PR-SP), em comercial do Ministério da Cultura na televisão.

Tudo de novo333 Ecomeça tudodenovo,agoraenvolvendo o ministro FernandoPimentel, do DesenvolvimentoEconômico, amigo de Dilma dostempos de guerrilha, quandousava o codinome Oscar: eletambém faturou R$ 2 milhõesentre 2009 e 2010, ano deeleições, com sua consultoria.A Federação das Indústrias deMinas Gerais pagou R$ 1 milhãopor consultoria na área econômicae ninguém do Conselho dePolítica Econômica Industrialda entidade se lembra de verPimentel por lá. O grupo daconstrutora mineira Convap, maisR$ 514 mil e ganhou contratos daprefeitura de Belo Horizonte,aliada de Pimentel. Detalhe:tem mais consultoriasprestadas e Pimentel só seafastou da empresa depois deconfirmado no governo Dilma.

SERRA 2012333 Até o presidente nacionaldo PSDB, Sérgio Guerra,começa a falar abertamentesobre a disposição, quaseassumida, de José Serra de sero candidato do partido para asucessão de Gilberto Kassab,no ano que vem. O governadorGeraldo Alckmin, hoje menosentusiasmado com a parceriacom o PSD em torno de Serra,nãoteráoutraescolha,segundoconfidenciasdopróprioGuerra.E se livrará das pressões doDEM(emSãoPaulo, tocadopordois inimigos de Kassab,Rodrigo Garcia e AlexandreMoraes) e do próprio amigoGabriel Chalita, do PMDB.

Vice-ministros333 Para muita gente dogoverno, Dilma Rousseff veminstalando uma verdadeira“república de vice-ministros”. Éque ela despacha muito maiscom secretários-executivos deministérios do que com seustitulares. Alguns exemplos:Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério daFazenda, é muito mais convoca-do por ela do que Mantega;Carlos Cabas, da Previdênciae José Henrique Paim, daEducação, têm mais trânsitono Planalto do que GaribaldiAlves e Fernando Haddad;Marcio Zimmermann, de Minas eEnergia despacha direto com ela;e Paulo Passos era secretáriodos Transportes e virou ministro.Até Gleisi Hoffmann tem um vice:Beto Vasconcelos, mais convo-cado do que ela por Dilma.

BIG BROTHER333 Além da “Polícia FederalLegislativa”, que anda armada,com coletes à prova de balase tem frota de carros, emborasua atuação seja interna, oesquema de segurança doSenado, vai ganhar umcircuito internodeTVdeúltimageração no valor de R$ 5, 3milhões. Haverá câmeras aténos banheiros e também nosgabinetes dos senadores.Contudo, nos gabinetes,haverá dispositivos paraque eles possam desligar osistema quando quiseremmaior privacidade.

Outra TV Mulher333 O programa que Fátima Bernardes comandará, todas asmanhãs, na Globo, será mesmo uma nova versão do TV Mulher,que Nilton Travesso criou e lançou, em São Paulo, nos anos 80.Marilia Gabriela apresentava com Ney Gonçalves Dias ao lado,mais quadros de Clodovil, Marta Suplicy e outros tantos. É o queFátima fará, com variações e foco no jornalismo (e ninguémsabe se subordinada à direção de jornalismo da emissora ounão). Há chance de Pedro Bial participar. Detalhe: Ana MariaBraga permanece com Mais Você algum tempo: apesar dodesgaste, dá faturamento. Com o tempo, sai do ar.

333 ADVOGADO dos maisconhecidos do Brasil, autor deuma série de livros sobre Direitoe outros de ficção, Paulo Joséda Costa, membro da AcademiaPaulista de Letras, 86 anosde idade, em plena forma,vai disputar uma cadeira naCâmara Municipal de SãoPaulo, no ano que vem, pelonovo PSD de Gilberto Kassab.

333 ADRIANE Galisteu,contratada da Band, está fazendoprospecções no mercadotelevisivo, inconformada com seuprograma Projeto Fashion, queencerrou a primeira temporadae não deverá voltar à grade.Seus representantes estãoconversando com executivos daTV por assinatura em busca denovas colocações.

333 DEPOIS de ter criado umtropeção com a ala jovem doPSDB, o ex-governador JoséSerra, na condição de ex-presidente da UNE (na época dogolpe de 1964) agora prepara umacartilha para tucanos mais moçosque queiram sair candidatosa vereador nas eleiçõesmunicipais. O lançamento seráno próximo sábado, em Jundiaí.

333 UM DOS muitos galpões dafamília Mofarrej, em São Paulo,no bairro da Vila Leopoldina,com capacidade para até 1.500pessoas numa área de 1.400metros quadrados, transforma-seem casa de eventos, com largada,marcada para dia 8 próximo. Vaise chamar Espaço Mofarrej, teráshow de Lobão e Rafinha Bastosserá o mestre de cerimônias.

333 EX-ministro da Economia(governo Collor), Marcilio MarquesMoreira presidia a Comissão deÉtica em 2007 quando aconteceua primeira censura ao órgão. Eleenviou documento a Lula dizendoque Carlos Lupi não poderiaacumular o Ministério do Trabalhocom a presidência nacional doPDT. Lula saiu na defesa deLupi, dizendo que o ministro era“republicano” e Marcilio caiu fora.

Solução

Por: José Nassif Neto

Desnuda.

Triturar.

Trabalhointenso.'Poder',

em inglês.

Cloretode

sódio.(pl.)

'Gelo',em inglês.

'Seco',em inglês.

'Centeio',em inglês.Milho pila-do grosso.

Utilize.

'Homem',em inglês.

Orixáfeminino.

Instrumen-to agrícola.

7ª notamusical.

Espíritomalígno.

(umbanda)

Oceano.

Escuridão.

Desfruta;utiliza.

Moradiade índio.

2, em alg.romano.Sadia;

saudável.

Rosto;semblante.

'Bluejeans'.

Socador p/firmar

dormentes.Desabar.

Ecoa.Pessoa que

admiraoutra.

Tem saborazedo.Úbere.

(síncope)

Jogo pro-longado delado a ladono voley.

Mãe-d'água.Anuro

comestível.

Achougraça.

Pessoa exí-mia. (fig.)

Exprimedesabafo.

Relato;crônica.

Governantede certas

tribos mul-çumanas.

Justificaçãoaceitável.Expositorde roupas.

Aspectoexterior deum estadode espírito.

Indivíduointragável.

(fig.)Monarca.

Confiança.Circuns-crição

judicial.

'Dez',

em inglês.

Pedra deamolar.

51, em alg.romano.Seleção

simétrica.

Rondônia.

(sigla).

Fúnebres.

Fiasco;

gafe.

Fala paraoutra

pessoaescrever.

'Abrir',em

inglês.

Rezai;rogai.

Síncope de

maior.

Inferior.

Chão deterra.

408) 2-fã; sã; mó; 3-afã; can; dry; ten; exu; rye; ice; 4-open; ubre; 5-iansã; xerém.

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

JUSTIÇAMinistério Públicoquer saber quempagou a conta daviagem de Lupi

A LISTADilma prepara areforma ministerial.Por enquanto,nove devem sair.

política

MP abre inquérito parainvestigar Carlos Lupi

O Ministério Público Federal vai apurar se oex-ministro, quando ocupava a pasta do

Trabalho, cometeu improbidadeadministrativa ao utilizar um avião particular

para se deslocar em viagem para o Maranhão.Resta saber ainda quem pagou a conta.

OMinistério PúblicoFederal do DistritoFederal (MPF-DF)instaurou investi-

gação preliminar para apurarse o ex-ministro do Trabalho,Carlos Lupi, cometeu impro-bidade administrativa ao utili-zar um avião particular emviagem oficial ao Maranhão,em 2009, informou ontem oportal G1.

De acordo com o site, a in-vestigação tem como base a de-núncia feita pela Ve ja , de queLupi teria uti-lizado aviãopago pelo em-p r e s á r i oAdair Meira,presidente daF u n d a ç ã oPró- Ce rr ad o,uma das suasorga ni za çõ esnã o-g over na-mentais quep o s t e r i o r-mente firmou convênio com oministério do Trabalho. O cha-mado "procedimento prepara-tório", etapa que antecede aabertura de inquérito, foi assi-nado no dia 25 de novembro,antes de Lupi deixar a pasta.Ele entregou a carta de demis-são no domingo, queixando-sede perseguição da mídia.

Informações – De acordocom a Procuradoria do DistritoFederal, o objetivo do procedi-mento é "apurar eventual prá-tica de improbidade adminis-trativa" por parte do ex-minis-

tro e de servidores do ministé-r io . O procedimento seráinstruído pelo procuradorPaulo Roberto Galvão. Segun-do o MPF-DF, para iniciar asinvestigações foram solicita-das informações ao ComandoAéreo, à empresa Aerotec, aodiretório regional do PDT noMaranhão, ao deputado We-verton Rocha (PDT-MA) e aoex-ministro Lupi.

Dez dias – A partir da noti-ficação, todos terão um prazode dez dias para apresentar as

i n fo r m a çõ e ss o l i c i t a d a s .Também de-verão ser co-lhidos os de-p o i m e n t o sdos principaisenvolvidos –E z e q u i e l d eSouza Nasci-mento, ex-se-cretário de Po-líticas Públi-

cas do ministério do Trabalho,e o empresário Meira que, se-gundo a revista, teria assumi-do as despesas do transportedo ex-ministro num avião par-ticular tipo King Air.

A aeronave teria sido usadapara o lançamento de um pro-grama de qualificação profis-sional no estado. Foi Nasci-mento, então secretário de Po-líticas Públicas, que estava nacomitiva, quem confirmouMeira entre os passageiros.

Quem pagou? – Conforme adenúncia, o deputado federal

Beto Barata/AE

Ex-ministroCarlos Lupi:viagem aoMaranhão deavião sem saberde quem era aaeronave, quempagou a conta emuito menosquem eraAdair Meira.

Weverton Rocha, ex-assessorde Lupi que também teria par-ticipado da viagem, disse queo aluguel do avião foi pago pe-lo PDT por R$ 70 mil. Segundosua assessoria, no entanto, odeputado nunca disse quemarcou com o aluguel da aero-nave e nem qual o valor que te-ria sido pago. Lupi, no dia 10de novembro, na Câmara, dis-se que "nunca andei em jatinhode Adair, não o conheço e nãotenho nenhum tipo de relaçãocom ele". Foi desmentido.

Dilma prepara troca de equipeNove ministros, além do

vice-presidente MichelTemer e dos líderes do gover-no, Cândido Vaccarezza, naCâmara, e Romero Jucá, noSenado, participaram ontempela manhã da reunião decoordenação política com apresidente Dilma Rousseff,no Palácio do Alvorada.

Depois de demitir sete mi-nistros, Dilma pretende fazeruma reforma mais enxuta, noinício de 2012. Por enquanto,deve mexer apenas em 9 dos38 ministérios. A cadeiramais cobiçada é a do ministroda Educação, FernandoHaddad (PT), que vai dispu-tar a prefeitura de São Paulo.

Além do Trabalho e Educa-ção, Dilma deve trocar MárioNegromonte (Cidades), Anade Hollanda (Cultura), IrinyLopes (Mulheres), AfonsoFlorence (DesenvolvimentoAgrário) e Fernando Coelho(Integração Nacional). E pre-tende fundir os ministérios deAgricultura e Pesca. (AE)

MP vai pedirinformações ao

Comando Aéreo,à Aerotec, ao PDT,ao ex-ministro e ao

empresário.

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terça-feira, 6 de dezembro de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Não vou ficar espingardeando quem não precisa espingardear. O discurso será assertivoJosé Anibal, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulopolítica

Lupi já provoca divisão no partidoEx-ministro do Trabalho quer reassumir o comando da sigla, mas nem todos os companheiros de partido concordam. Eles pedem um tempo.

Oex-ministro do Tra-balho, Carlos Lupi,não tem unanimi-d a d e d e n t ro d o

PDT para reassumir o coman-do do partido. Embora o presi-dente interino, deputado fede-ral André Figueiredo (CE), te-nha anunciado que "ele vaivoltar, mas não agora", só emjaneiro, depois de "descansarnos próximos dias", há quemdefenda uma outra atitude.

O deputado federal BrizolaNeto (PDT-RJ) não quer o ex-ministro como interlocutor doPDT no Planalto. Esse foi umdos temas da reunião de ontemda Executiva. "Não dá para oLupi tirar o paletó de ministro,tomar banho e voltar ao Palá-cio como interlocutor do PDT",disse. "Espero que ele tenhaum gesto de grandeza", afir-

mou. A sugestão de Brizola,aceita por todos, foi a formaçãode uma comissão para nego-ciar com a presidente DilmaRousseff a colocação do parti-do no governo.

De acordo com Brizola, "épreciso democratizar a interlo-cução". "Espero que o Lupiperceba que não é o momentoideal para ele assumir a presi-dência do PDT". Segundo Fi-gueiredo, a reunião da Execu-tiva serviu para definir a for-mação da comissão que vai ne-gociar junto ao governo apermanência ou não do PDT àfrente de algum ministério.

O deputado Paulo Pereirada Silva (PDT-SP), da ForçaSindical, defendeu que o parti-do continue no comando de al-guma pasta e destacou que, pe-lo tamanho da sigla, tem que

Não dá para oLupi tirar o paletóde ministro, tomarbanho e voltar aoPalácio do Planaltocomo interlocutordo PDT.

BRIZOL A NE TO

ter um cargo na Esplanada. "OPMDB tem 77 deputados e nostemos 27. Eles têm seis ministé-rios e nós só tínhamos um",contou Paulinho. "Agora de-pende da presidente e ela temque ver as consequências", dis-se. "Eu vou defender que a gen-te continue".

O ex-ministro pediu demis-são no domingo, durante en-contro com a presidente no Pa-lácio do Alvorada e após umasérie de denúncias de corrup-ção na pasta e das informaçõesque acumulou cargos de con-fiança na Câmara dos Deputa-dos, em Brasília, e na CâmaraMunicipal, no Rio de janeirodurante cinco anos. Na versãodo secretário-geral da legenda,Manoel Dias, o principal moti-vo para Lupi renunciar foi oapelo da família. "Ele já haviasofrido muito" (leia abaixo).

Em nota no site do ministé-rio, Lupi atribuiu a sua saída à"perseguição política e pessoalda mídia". Para o seu lugar foinomeado interinamente o se-cretário executivo do ministé-rio, Paulo Roberto dos SantosPinto. Dilma, também em no-ta, agradeceu "a colaboração ea dedicação de Lupi", de quemespera que continue contri-buindo com o País. (Agências)

DeputadoAndréFigueiredo,presidenteinterino doPDT: defesada volta deCarlos Lupiao comandoda legenda,a partirde janeiro.

Luiz Xavier - 04.11.09

Beto Oliveira/Ag. Câmara - 04.10.11Brizola Neto não concorda com a volta de Lupi no comando do partido: não é a hora, nem o momento, diz.

Sérgio Lima/Folhapress

Tem todo um trabalhoque foi feito para teruma decisão até sem apresidente saber (...)Tem gente do PT quetentou organizar essasaída do Lupi.

PAU LO PEREIR A DA SI LVA

PDT acusa PT de manobrar paraassumir ministério do Trabalho

Olíder do governo naCâmara, deputadoCândido Vaccarezza

(PT-SP), confirmou ontem quea saída de Carlos Lupi do mi-nistério do Trabalho, não atra-palha ou traz desgastes na re-lação do Executivo com o PDT."A relação é excelente", desta-cou o parlamentar. "Não mu-dou nada", afirmou. "Uma coi-sa é a demissão de um ministroe outra é o desgaste do gover-no", completou Vaccarezza.

Bem menos diplomático es-tava o deputado federal PauloPereira da Silva (PDT-SP), oPaulinho da Força. Ele acusouo PT de ter articulado a saídade Lupi. Em sua avaliação, ospetistas conseguiram, sem oconhecimento da presidenteDilma Rousseff, influenciar aComissão de Ética da Presi-dência a recomendar a demis-são do então ministro.

Em entrevista, Paulinho dis-se que "tem todo um trabalhoque foi feito para ter um deci-são até sem a presidente sa-ber", garantiu. "Mas tudo bem,isso faz parte do jogo político",acrescentou Paulinho. "Temgente do PT que tentou organi-

zar essa saída do Lupi".O deputado destacou que a

relatora do processo contra oex-ministro na Comissão deÉtica, Marília Muricy, foi secre-tária do governador da Bahia,Jacques Wagner (PT). "Eu nãotenho nem dúvidas de que aMarília foi influenciada. Por-que ela era secretária do Jac-ques Wagner e no outro dia elepassou por aqui", acusou."Não tem governo de coalizão.A gente acha estranho que alia-dos possam fazer o que fize-ram", criticou. O objetivo doPT em enfraquecer Lupi seria,segundo o deputado, ocupar ocomando do Trabalho.

O PDT é ligado à Força Sin-dical, cujo presidente é Pauli-nho, enquanto o PT controla aCentral Única dos Trabalhado-res (CUT). "Eu tenho recebidoligações de praticamente qua-se todas as centrais, com exce-ção da CUT, dizendo que nãogostariam que o ministériofosse para a mão da CUT", dis-se Paulinho. "Agora, se a Dil-ma quiser decidir, ela foi eleitae sabe o que vai fazer", afirmouo deputado. (Agências)

Deputado Paulo Pereira da Silva afirma que petistas agiram para tirar Lupi

Bruno Covas: 'Paulistanosnão querem votar em poste'.

Pré-candidatos tucanos sabatinados: prévia sem Serra é realidade, avisa um deles

O secretário estadualde Meio Ambiente,Bruno Covas, pré-

candidato do PSDB a prefeitode São Paulo, afirmou ontemque a população paulistananão quer mais votar em "pos-te". A declaração, feita durantesabatina promovida pelo siteUOL e pelo jornal Folha de S.Paulo com os pré-candidatosdo PSDB, foi interpretada portucanos que acompanharam oevento como uma crítica aoapoio do ex-presidente LuizInácio Lula da Silva à candida-tura do ministro da Educação,Fernando Haddad, a prefeitode São Paulo pelo PT.

A sabatina contou com aparticipação dos secretáriosestaduais José Aníbal (Ener-gia) e Andrea Matarazzo (Cul-tura) e do deputado federal Ri-cardo Trípoli.

Covas disse que o apoio deum padrinho político temsempre um peso "relativo" noprocesso eleitoral. "A popula-ção não está querendo maisvotar em poste, não quer votarem nome indicado por esse ouaquele. A figura do candidato émais importante do que oapoio dado a ele". Bruno Covasse apresentou como o nomeda renovação. "Serra é patri-mônio do PSDB e do Brasil, mastem dito que não ser candida-to". E reiterou que prévia semSerra no PSDB "hoje é realida-de consolidada".

Matarazzo defendeu alian-ças amplas para as eleições2012, com partidos que te-nham afinidade com as pro-postas do PSDB. Não especifi-cou se as alianças incluiriam oPSD de Gilberto Kassab, masnão descartou a hipótese.

Pegando leve – Aliados deGilberto Kassab (PSD) na ges-tão municipal de São Paulo, ospré-candidatos tucanos evita-

ram fazer críticas diretas à ges-tão do prefeito.

"O adversário é o PT", resu-miu Ricardo Tripoli.

O partido pretende realizarprévias em ja-neiro, mas og o v e r n a d o rGeraldo Alck-m i n e s p e r aempurrar a da-ta para marçoe a sigla aindadiscute even-t u a l a l i a n ç acom o PSD deKassab. Pode-rão votar nas prévias 20 mil fi-liados do PSDB.

Para Aníbal, a falta de críticasnão se deve às negociaçõespor aliança em 2012. "Não vou

ficar espingardeando quemnão precisa espingardear. Dis-curso será assertivo".

Os demais pré-candidatosnna atual corrida eleitoral são

Gabriel Chali-t a ( P M D B ) ,N e t i n h o d eP a u l a ( P C-d o B ) , Ce l s oRu ss o m an n o(PRB) e Soni-nha Francine(PPS). Entre ospré-c andida-tos de Kassab,os mais cota-

dos são o vice-governadorGuilherme Afif Domingos(PSD) e o secretário de MeioAmbiente, Eduardo Jorge, doPartido Verde. ( Ag ê n c i a s )

Fotos: André Lessa/AE

Covas: 'Renovação'. Matarazzo: 'Alianças'.

Aníbal: 'Discurso assertivo'. Trípoli: 'Adversário é o PT'.

A população nãoestá querendo maisvotar em poste, nãoquer votar emnome indicado poresse ou aquele.

BRU N O CO VA S

'Não soubemos deixaruma marca', conclui FHC

No Roda Viva, ele diz que programas sociais começaram no seu governo.

Mario Tonocchi

Oex-presidente da Re-p ú b l i c a Fe r n a n d oHenrique Cardoso dis-

se ontem, ao participar do pro-grama Roda Viva da TV Culturade São Paulo, que o PSDB nãosoube informar ou explicar paraa população o que ele fez peloPaís durante seus dois manda-tos (1994-1997/1998-2002).

Ele rebateu as pesquisas indi-cando que a população vê ostucanos como aliados dos ricosdesde que deixou a presidência."Não é que defendemos os ri-cos. O que não soubemos foideixar uma marca. Os progra-mas sociais começaram no meugoverno. Não conseguimos co-locar de forma direta o que fize-mos para a população".

Para Cardoso, o problema édo conjunto do partido e nãode um ou outro setor partidá-rio. O tucano reconheceu o"grande potencial" do ex-pre-sidente petista Luiz Inácio Lulada Silva na comunicação po-pular. Ele observou que se oPSDB quer voltar ao poder temque falar com as pessoas.

"O PSDB precisa entender oque está acontecendo com asmudanças no povo para for-mular suas políticas e se rea-

proximar da população". Faltaainda ao PSDB, segundo o ex-presidente tucano, uma arti-culação forte dentro do PSDB.Para o sociólogo, hoje, as pes-soas (eleitores) querem umaatenção de qualidade. "As pes-soas querem mais carinho".

O ex-presidente observouque a polarização entre PT ePSDB nas últimas eleiçõesnão faz bem à democraciabrasileira, e reconheceu queo sistema partidário é defi-ciente e que geralmente umdeterminado candidato émais forte que os partidosdiante dos eleitores.

FHC também reclamou dosprocedimentos do PT no jogopartidário. "Quando o Lula assu-

miu pensei que a relação entreos dois partidos poderia ser di-ferente da relação comigo napresidência mas não foi. Os ata-ques continuaram com herançamaldita e só jogando pedras".

Cardoso afirmou que a pul-verização partidária brasileira,hoje com 29 partidos, tambémnão ajuda. "Muitos não sãopartidos, são legendas. Do jei-to que está, aumenta a des-crença no sistema partidário".

Maconha – FHC disse quesua preocupação com a maco-nha aflorou ao observar a de-cadência das instituições maluta contra a dependência.

"Na Colômbia, pelos menos50 mil pessoas morreram atéagora na luta contras drogas.Temos que estancar isso e tra-tar o usuário não como um cri-minoso mas como um doen-te". Cardoso lembrou que nãoé a favor da legalização, mas dadescriminalização da droga.

Livro – Fernando Henriquedisse ainda que se admira doresultado do novo livro a seurespeito A soma e o resto – umolhar sobre a vida aos 80 anos.

A obra é o resumo de umaentrevista de dez horas com oautor, Miguel Darcy, nas sema-nas que antecederam seu ani-versário de 80 anos, em 19 dejunho de 2011.

FHC admite: faltou marketing

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Houve mudanças profundas (na ACSP), e o surgimento da Boa Vista expressa bem i s s o.Guilherme Afif Domingos, vice-governador de São Paulo.política

Aniversário iluminado. E abençoado.Celebração da centenária ACSP levou luzes, fogos e alegria ao Pátio do Colégio, ontem à noite, no centro paulistano. E uma missa deu destaque à cerimônia.

Mariana Missiaggia

Mantendo a tradi-ção, a comemo-ração do aniver-sário da Associa-

ção Comercial de São Paulo(ACSP) foi marcada por umamissa na Igreja Beato José deAnchieta, no Pátio do Colégio,na noite de ontem. Fundadaem 1894, a ACSP completa 117anos de existência no próximodia 7. Após a missa comemora-tiva, houve a inauguração dailuminação do Pátio do Colé-gio com apresentações musi-cais e queima de fogos.

"Acender as luzes e iluminara cidade representa que a con-fiança e esperança estão pre-sentes em nossos corações",lembrou o bispo da Diocese deSanto Amaro, dom FernandoAntônio Figueiredo, ao iniciara cerimônia. "Que a paz reine ea mensagem de Deus nos mos-tre sempre o caminho e a ver-dade. A solenidade comemo-rativa deste ano contou com apresença de Rogério Amato,presidente da ACSP, de Gui-lherme Afif Domingos, vice-governador do Estado de SãoPaulo, do vice-presidente-co-ordenador institucional dassedes distritais da ACSP, e di-rigentes da ACSP e represen-tantes das distritais.

A celebração foi presididapor dom Fernando Antônio Fi-gueiredo e concelebrada pelopadre Carlos Alberto Contieri,com participação do C or alSchola Cantorum do Pateo do Col-legio. O ato religioso antecedeua inauguração da iluminaçãonatalina da sede da ACSP e to-do o entorno do Pátio do Colé-gio. O presidente da ACSP, Ro-gério Amato, destacou a satis-fação em fazer parte da insti-tuição e resumiu sua funçãocomo uma responsabilidadeprazerosa. "Existe uma fraseque diz que poder é a capacida-de de fazer. E graças à ACSP e àFacesp eu tenho o privilégio deter a capacidade de fazer as coi-sas e atingir a mesma propor-ção da nossa responsabilida-de", observou.

Após a missa, o Coral ScholaCant orum embalou cançõesnatalinas na parte externa doPátio do Colégio, assim como oquarteto Jingle Bells. Às 20h25,

Fotos: Newton Santos/Hype

Rogério Amato anuncia a novidade: "O cidadão tem todo o direito de saber como o dinheiro é investido"

Em festa pelos 117 anos, ACSP lança o Gastômetro.Guilherme Calderazzo

"Irmão" do Impostômetro, o Gastômetro trará site com os gastos dos governos.

Da esquerdapara a direita:Afif Domingosenaltecetrabalho deDorivalDourado àfrente da BVS.

Em defesa da livreempresa, doempreendedorismo e

da evolução socioeconômica ecultural do País, a AssociaçãoComercial de São Paulo(ACSP) lançará, no primeirotrimestre de 2012, mais umserviço em favor do avançoda cidadania no Brasil: oG a s t ô m e t ro .

A novidade foi anunciadaontem pelo presidente dainstituição e da Federação dasAssociações Comerciais de

São Paulo (Facesp), RogérioAmato, durante sessãoplenária na sede da entidade,em solenidade quecomemorou os 117 anos defundação da Associação, comdestaque para o desempenhoda instituição econfraternização de Natalentre todos os envolvidoscom a instituição.

Irmão do Impostômetro, oGastômetro deve entrar ematividade até março, segundoos envolvidos com o novoserviço, que será bemabrangente. Por meio de siteespecífico, mostrará quais os

Fotos: Newton Santos/Hype

À esquerda, fogos anunciam a festa, no marcozero da cidade. Acima, o coral Schola Cantorum.No alto, a missa celebrada por dom FernandoAntonio Figueiredo. Abaixo, o momento em queo espetáculo das luzes foi acionado pelopresidente da ACSP, Rogério Amato.

Amato e o padre Carlos Alber-to Contieri acenderam a ilumi-nação que decorou os doze an-dares do prédio da ACSP, ocontorno do Pátio e todo o en-torno, em harmonia com umaqueima de fogos. O presidente

da ACSP aproveitou a ocasiãopara desejar a todos os colabo-radores e associados da ACSPum natal repleto de paz, har-monia e esperança.

Roberto Mateus Ordine, vi-ce-presidente das sedes distri-

tais, aplaudiu a iluminação doPátio. "Além do espírito natali-no que já invadiu nossos cora-ções, o aniversário da ACSPnos faz recordar como essafundação foi e é importante pa-ra a cidade de SP. Desejo a to-

dos os empreendedores muitapaz e fraternidade".

Natanael Miranda dos An-jos, secretário municipal doMicroempreendedor Indivi-dual de SP – MEI, também co-m e m o ro u .

"Não é qualquer instituiçãonesse País que tem mais de umséculo com um histórico limpocomo o da ACSP. Isso mostra aforça do voluntariado comoprestador de serviços à nossamunicipalidade", comentou.

gastos dos governos –municipais, estaduais e ofederal. E também traráinformações detalhadas sobreas aplicações específicas: emrelação à educação, divulgaráquanto os governos investemno setor.

"O cidadão tem todo odireito de saber como odinheiro é investido. Afinal, éele quem paga a conta. Vale amáxima: 'pago, logo exijo'",afirmou Amato. Segundo ele,o serviço ainda está em fasede teste e será, como oImpostômetro, de alcancenacional, uma ferramentaimportante para o avanço dacidadania.

Boa Vista Serviços – Amatodestacou a bem-sucedidainiciativa de criação da BoaVista Serviço (BVS), quecompleta um ano deatividade. Sobre a novaempresa, seu presidente,Dorival Dourado, contou quea atuação da BVS, o braçoprivado de serviços daAssociação, superouexpectativas. "A empresa seconsolidou e evolui graças àvisão de longo prazo,discussões e empenho dosprofissionais a ela ligados.Vamos comemorar muitasvitórias dessa empresa".

Para o vice-governador deSão Paulo e ex-presidente daACSP e da Facesp, Guilherme

Afif Domingos, 2011 foi umano especial para aAssociação. "Houvemudanças profundas, e osurgimento da Boa Vistaexpressa bem isso. Todosparticipamos do processo deevolução da empresa,discutindo o que fazer, comofazer. Agora, ela já tem rumopróprio e sem dúvida é muitobem-sucedida", disse,destacando os novos serviços.

Alencar Burti, ex-presidente da ACSP, disse quea Associação conquistou forçapolítica e moral graças

principalmente à fraternidadeentre filiados e dirigentes.Além deles, compuseram amesa os ex-presidentes daCasa, Romeu Trussardi eLincoln da Cunha Pereira, ede dom Fernando AntônioFigueiredo, bispo da Diocesede Santo Amaro. O encontrose estendeu para a Igreja Joséde Anchieta, no Pátio doColégio, em missa celebradapor dom Fernando, e para ainauguração da iluminaçãonatalina da sede da ACSP, narua Boa Vista e entorno doPátio do Colégio. Burti: elogios à fraternidade.

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terça-feira, 6 de dezembro de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

541 DIASUm prolongado impasse político deixou a Bélgica sem governopor 541 dias. Em protesto, o jornalista Koen Fillet decidiu deixar abarba crescer em 12 de janeiro – e prometeu mantê-la até que ospolíticos chegassem a um acordo, o que aconteceu ontem.nternacional

Sana/Reuters

Prevenção: Forças Armadas sírias lançam mísseis em local desconhecido. O exercício militar teve como objetivo testar sua capacidade em 'confrontar qualquer ataque'.

SÍRIA MOSTRA SUA FORÇAIsolada, a Síria já não conse-gue convencer ninguémcom as suas promessas depaz. Disposto a deter qual-

quer ideia de uma intervençãomilitar estrangeira no país, o re-gime de Bashar al-Assad deci-diu organizar um grande exer-cício militar com foguetes, tan-ques e helicópteros.

A fim de lembrar o mundodo poderio militar sírio, aagência estatal Sana e a TV es-tatal mostraram generais as-sistindo a um exercício communição real envolvendo uni-dades de mísseis, brigadas me-canizadas e aeronaves paratestar sua capacidade em "con-frontar qualquer ataque" à Sí-ria. Não divulgaram a escaladas manobras de guerra.

"O general (e ministro da De-fesa Dawood Abdullah) Rajihadestacou que as Forças Arma-das, sob a liderança do presi-dente Bashar al-Assad, perma-necerão leais à pátria e irão de-fender os interesses do povo sí-rio", divulgou a agência Sana.

Mas o regime sírio ainda nãoabandonou o campo diplomá-tico. Ontem, o governo de As-sad afirmou que poderia con-cordar "em breve" com um pla-no de paz árabe para encerrar arepressão que já dura oito me-ses. Mas o anúncio não con-venceu a Liga Árabe, que deci-diu manter as sanções e se ne-gou a dar um novo ultimatopara Damasco.

De acordo com o secretário-geral da organização, Nabil alArabi, a principal razão paraisso foi o fato do regime de As-sad ter imposto novas condi-ções para a chegada dos obser-vadores, em contradição com oanúncio de Damasco de queaceitaria o plano árabe.

Em declarações a jornalistasno Cairo, Al Arabi afirmou queessas novas exigências nuncaforam discutidas. Uma fonte di-plomática árabe disse à agênciaEfeque a Liga Árabe informará aSíria que rejeitará essas condi-ções. "A Síria não quer uma so-lução para a crise", afirmou.

A Liga Árabe havia dado umnovo prazo até o domingo pas-sado para que Damasco assi-nasse um acordo para acabarcom a repressão. Se o regime sí-rio aceitasse o acordo, poderiaevitar as sanções aprovadaspelo grupo em 27 de novem-bro, quando um ultimato ante-rior foi ignorado por Assad.

Mais de 4 mil pessoas morre-ram na Síria desde o início darepressão, em março último,segundo a alta comissária daONU de Direitos Humanos,Navi Pillay, para quem o paísparece caminhar rumo a umaguerra civil. (Agências)

Desacreditado no campo diplomático, regime de Assad apela para seus mísseis.

Racha islâmica no EgitoPartidários da linha-dura entram em choque com moderados durante eleição

Osegundo turno das elei-ções parlamentares noEgito começou ontem

em nove das 27 províncias, ex-pondo tensões entre os parti-dos islâmicos que venceram oprimeiro turno com 65% dos vo-tos. Na província sulista de As-suã, partidários do movimentoislâmico linha-dura Gamaa Isla-miya atacaram partidários da Ir-mandade Muçulmana, que fa-ziam campanha pelo Partido daLiberdade e Justiça (PLJ). O mo-vimento Gamaa Islamiya apoiao Partido Nour, legenda islâmicaconsiderada extremista que fi-cou em segundo lugar no pri-meiro turno das eleições.

Partidários de um candidatoda Irmandade Muçulmana dis-seram que ele recebeu amea-ças de morte e que um clérigomoderado, que apoia o partidoda Irmandade, apanhou desimpatizantes do Partido Nour,que segue o Islã salafista, uma

linha extremista.Na cidade de Dayrout, em

Assuã, a Irmandade Muçulma-na acusou o Gamaa Islamiya deatacar seus cabos eleitorais ede também mantê-los longedas sessões de votação. No pri-meiro turno, a Irmandade foiacusada de violar regras eleito-rais na cidade, porque teria fei-to campanha perto demais doslocais de votação.

Cifras divulgadas pela co-missão eleitoral egípcia mos-traram que a lista do PLJ teve36,6% dos votos válidos na vo-tação da semana passada. ONour veio em seguida, com24,4%, e o liberal Bloco Egípcioficou em terceiro, com 13,4%.

Irregularidades - Além datensão entre partidários islâ-micos, o pleito também regis-trou outras irregularidades, co-mo a baixa presença de eleito-res, falhas como atrasos naabertura das seções ou na che-

gada das cédulas, e campanhadentro das seções eleitorais.

A transparência das eleiçõesparlamentares também foiposta em xeque após o anún-cio de novos números de par-ticipação eleitoral. O presiden-te da Comissão Eleitoral, Ab-delmoaiz Ibrahim, informouque o índice de compareci-mento durante as duas primei-ras jornadas eleitorais foi de52%, e não de 62% como se dis-se em um primeiro momento.

O segundo turno nas noveprovíncias começou ontem ese prolongará até hoje. Os elei-tores egípcios escolherão umterço dos 498 deputados doParlamento. Nas outras 18 pro-víncias, as eleições serão reali-zadas em dois turnos até 4 dejaneiro. A primeira fase incluiua capital Cairo e Alexandria, se-gunda maior cidade do país,além das províncias no Deltado Nilo. (Ag ê n c i a s )

A ONDA CRISTINISTA

Ser presidente é a maiorhonra que um argenti-no pode ter. Com estaspalavras Cristina Kir-

chner assumiu o poder em 2007,mas o que ela não imaginava eraque quatro anos depois se tor-naria a primeira mulher dasAméricas a repetir o mandatopor escolha popular.

Com uma longa trajetória po-lítica, a advogada de 58 anos, depersonalidade forte e que vemde muitos anos de militância pe-ronista, iniciará no próximo sá-bado uma nova legislatura apósuma gestão marcada por cresci-mento sustentado, com umaboa dose de populismo e flertecom banqueiros e empresários.

Sua cerimônia de posse serámuito diferente da que há qua-tro anos protagonizou ao ladode seu marido e antecessor,Néstor Kirchner, morto em ou-tubro de 2010.

Desde então, Cristina soubese livrar do rótulo de "esposa"para consolidar sua liderança,exercer a solidão do poder comestilo próprio e anular, quase li-teralmente, a oposição.

Muitos duvidavam do futuropolítico de Cristina após a mortede seu marido, mas a presidentedefiniu sua estratégia e se cer-

cou de um reduzido grupo defiéis colaboradores que, para-doxalmente, são em sua maioriajovens tecnocratas sem relaçãocom a velha guarda peronista.

A morte de Kirchner deu ori-gem ao "cristinismo", como secomeçou a chamar a adapta-ção do chamado "modelo K" ao

estilo da chefe de Estado.Desa fios - Em seu segundo

mandato, Cristina terá pelafrente o desafio de manter ocrescimento com uma políticaque reduza a inflação e atenue oimpacto da crise econômica daEuropa e dos Estados Unidos.

A economia argentina está

há oito anos em forte cresci-mento, mas desde 2007 o custode v ida d isparou a taxasanuais de 20% a 25%, segundocálculos privados que quasetriplicam os números oficiais esituam o país entre os de maiorinflação da América Latina.

Cristina deu claros sinais queaposta em manter o consumocomo motor da economia e narelação estratégica com o Brasile o resto da América do Sul para"blindar" a região. (EFE)

NarcisistasNão é todo dia que se vê um

engavetamento deUS$ 3,85 milhões. Quatorzecarros de luxo, entre eles oitoFerraris, um Lamborghini e trêsMercedes, se envolveram em umacidente de trânsito de grandesproporções no oeste do Japão.

A polícia acredita que a batidaocorrida no domingo teve iníciodepois que o motorista de umadas Ferraris, que liderava ocomboio de 20 carros, tentou

mudar de pista. Ele rodou narodovia e acabou sendo atingidopelos outros veículos.

Ninguém ficou ferido comgravidade, mas a polícia deYamaguchi afirmou que dezpessoas foram atendidas porcausa de cortes e contusões.

"Foi uma reunião denarcisistas", criticou a polícialocal, que teve que fechar otrecho da estrada por seishoras. (Ag ê n c i a s )

Wol

fgan

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Reut

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Kyodo/Reuters

Afeganistão: dinheirogarantido até 2024.

Opresidente doAfeganistão, Hamid

Karzai, pediu – e o mundoatendeu. Delegados de 85países e 16 organismosinternacionais reunidos emBonn, na Alemanha, secomprometeram a apoiarfinanceiramente o país asiático

até 2024, ou seja, uma décadaapós a retirada das tropas daOrganização do Tratado doAtlântico Norte (Otan).

Em troca do apoio, cujovalor não foi divulgado, Karzaidisse que vai lutar contra acorrupção e trabalhar a favorda democracia. (Ag ê n c i a s )

Apoio: Karzai (à dir.), ao lado de Merkel, Ban e Hillary.

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Reuters

Dona de uma personalidadeforte, Cristina conseguiusair da sombra deseu marido Néstor Kirchnere impor seu próprio estilo.

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

GENEALOGIA PAULISTAHistoriador mostra como surgiram

todos os municípios paulistas, apartir do desmembramento dosdez primeiros, como São Paulo.cidades

Livro revela a origemdas cidades paulistas

Os 645 municípios do Estado de São Paulo nasceram a partir dosdez mais antigos, como São Paulo, São Vicente e Mogi das Cruzes.

Fotos de Paulo Pampolin/Hype

ArmandoMarcondesMachado Jr.,autor do livro (nodestaque):anotações foramfeitas comuma canetaesferográfica

Fotos: Reprodução

Acima, estação de bondes localizadano então municípiode Santo Amaro, em 1926.No centro, jardineira para SantoAmaro, já convertido em bairro,em 1958. Abaixo, o bairro da BelaVista, na Capital, em 1920.

Valdir Sanches

Com uma caneta esfero-gráfica, e durante 14anos, o advogado Ar-m a n d o M a r c o n d e s

Machado Jr. escreveu um livroque, contando fotos e gráficos,tem 1006 páginas. A obra regis-tra dados da criação e pormeno-res de cada um dos 645 municí-pios paulistas.

Resgate Histórico – DivisãoTerritorial do Estado de São Pau-lo mostra como, a partir das dezcidades pioneiras, as demais fo-ram se desmembrando. Algu-mas acabaram extintas, comoSanto Amaro, criado por decre-to da Regência de 1832, e extin-to em 1935. Hoje é distrito dazona sul de São Paulo. Outras ti-veram o mesmo destino, masvoltaram a existir, como SãoBernardo do Campo, que haviapassado para Santo André, eGuarujá, para Santos.

Nossa Senhora da Ajuda eBom Sucesso tornou-se muni-cípio em 1805, como Vila Belada Princesa. Em 1934, um de-creto a extinguiu. No mesmoano ressurgiu, agora como Vi-la Bela. Depois passou a cha-mar-se Formosa e, por fim,Ilhabela, no Litoral Norte.

Campinas ou Jundiaí, Santosou São Vicente – qual surgiuprimeiro? Resposta: Campinasemancipou-se de Jundiaí; San-tos, de São Vicente. E Piracica-ba, de Porto Feliz. Itu, de Santa-na de Parnaíba, na Grande SãoPaulo. Cidades que crescerammuito mais do que aquelas dasquais se originaram.

Freguesias e distritos de pazmudaram de nome, ao emanci-par-se. Nossa Senhora das Do-res do Sapé virou Bariri (1890).Campo Largo de Sorocaba pas-sou a ser Araçoiaba da Serra(1944); Divino Espírito Santo daBoa Vista a Angatuba (1908); Xi-ririca a Eldorado (1948); Brioso aGastão Vidigal (1953); Ibirapue-ra a Inúbia Paulista (1959).

Armando fazia suas anota-ções com a caneta, e passava oresultado para uma equipe deapoio. Assim o texto entrava naera da informática. Em 1997,publicou uma edição com 272páginas. A terceira edição, de2007, tinha 464. A quarta, comsíntese biográfica e fotos degovernantes, lançada agora,tem as 1006 páginas.

Pio neiros – Os atuais municí-pios do Estado foram desmem-brados de dez mais antigos: SãoVicente (fundado em 1532), SãoPaulo (1558), Cananeia, no litoralsul (1600), Mogi das Cruzes (1611);Iguape, litoral sul (1635); Ubatuba,no litoral norte (1637); Taubaté(1645) e Guaratinguetá (1651),ambos no Vale do Paraíba; Jundiaí(1655) e Sorocaba (1661).

São Paulo foi o municípioque sofreu mais desmembra-mentos, dando origem a 259 ci-

dades. Em segundo lugar estáSorocaba, com 225. Os menosretalhados foram Iguape e Tau-baté, com 10 cada um.

G enealogia – O livro mostracom quadros e desenhos comoum município gerou os outros.Por exemplo: Mogi das Cruzes ge-rou Jacareí, Santa Isabel e outrossete. Por sua vez, Jacareí gerouSão José dos Campos, Paraibuna eSanta Branca. E de Santa Isabelsaíram Igaratá e Arujá.

Em uma das seções da obra, Ar-mando revela a origem do nomede cada localidade. Conta quemforam pessoas eminentes, santos,ou fundadores homenageados. Euma grande variedade de outrasorigens. Miracatu, no litoral sul,significa em tupi gente boa. Gua-rarapes, som produzido por que-da. Bauru, cesto de frutas. Tauba-té, a residência do chefe.

Dezoito cidades começamcom ita (pedra). Como Itapecerica(pedra escorregadia) da Serra.Araçariguama é viveiro de tuca-nos. Boituva, muita cobra. Barue-

ri, flor vermelha que encanta. Ita-quaquecetuba, abundância detaquaras de cortam como facas.

Entre os nomes históricos,Queluz, quase na divisa com oRio de Janeiro, homenageia a fa-mília imperial. Na cidade domesmo nome, nos arredores deLisboa, nasceu D. Pedro 1º.

Em busca da origem dos no-mes, Armando teve que elucidarmistérios. Um deles: a populaçãode Paulo de Faria não tinha a me-nor ideia sobre quem havia sido apessoa que dava nome à cidade.

Armando descobriu tratar-sede um aviador, comandante daextinta Vasp. Muito amigo deAdhemar de Barros, que em 1938governava São Paulo como inter-ventor federal.

Em outubro daquele ano, Pau-lo de Faria e três outras pessoasviajavam de São Paulo para Lins,noroeste do Estado, em um pe-queno avião. Uma pane fez o pi-loto (que não era Paulo) tentaruma aterrissagem forçada emLaranjal Paulista. O avião aciden-

tou-se e os quatro morreram.Pouco depois, representantes

de Patos, um distrito de Jaboti-cabal, no norte do Estado, forampedir a Adhemar a emancipa-ção. Ele concordou, mas comuma exigência. O novo municí-pio teria que se chamar Paulo deFaria – uma homenagem do in-terventor ao amigo morto.

Um dos municípios de emanci-pação mais recente (1995), Ga-vião Peixoto, ex-distrito de Arara-quara (morada do sol), tambémexigiu buscas. O prefeito procu-rou Armando para saber a históriada cidade. Imaginava-se que o no-me fosse homenagem ao briga-deiro Bernardo José Pinto GaviãoPeixoto, que fora o oitavo presi-dente da Província de São Paulo.

Av iã o – Armando descobriuque, na verdade, o homenageadofora o sétimo filho do brigadeiro,Bernardo, que era dono das ter-ras. Em 2001, a Empresa Brasileirade Aeronáutica (Embraer), inau-gurou na cidade instalações paramontagem final de aviões, e umapista. E o município, para váriosmoradores, mudou novamentede nome. Passou a ser chamadode "Avião Peixoto".

O autor descobriu outras curio-sidades. Getulina, no oeste do Es-tado, não se chama assim comohomenagem ao ex-presidenteGetulio Vargas. Esse era o nomeda mulher de um do fundadores,o engenheiro Aristides Mercês.

Po p u l a ç ã o – A obra traz a po-pulação dos municípios, baseadano censo do IBGE de 2010. Omaior, naturalmente, é São Paulo,com 11.253.503 habitantes. O se-

Autor trabalhoujunto aos municípiosAutor de Resgate Histórico

– Divisão Territorial doEstado de São Paulo, comsuas 1006 páginas, ArmandoMarcondes Machado Jr.,paulistano da Penha, formou-se pela Faculdade de Direitoda Universidade de São Pauloem 1948. Mas foi comopesquisador e historiadorque realizou sua grande obra.

Esteve na ProcuradoriaGeral do Estado por 29 anos,justamente na área deassistência aos municípios.Depois presidiu a Emplasa, aempresa de planejamento daGrande São Paulo, voltadapara as cidades. Por fim,entrou para uma empresa deconsultoria emadministração municipal, aConam, que editou o livro.

“Esse interesse sobre ahistória de cada municípioveio com o trabalho querealizo como consultorjurídico para a Conam, desde1983”, diz Armando. “Depois,passou à obsessão.”

O livro, o quarto queescreve, não é vendido.Armando o doou avereadores e deputadosestaduais, ao governo doEstado, e outras instituições.“Não recebi nada pelotrabalho, fiz com o salárioque ganho como advogadoda Conam”, diz.

A primeira edição, de 1997,foi considerada a melhor obrade geografia, publicadanaquele ano, pelo InstitutoHistórico e Geográfico deSão Paulo. ( VS)

gundo é Guarulhos (1.221.070), oterceiro Campinas (1.080.113), oquarto é São Bernardo do Campo(765.463) e o quinto Santo André(676.407). O município com me-nos habitantes é Borá, no oeste doEstado, com 805 habitantes.

Nos capítulos que trazem da-dos biográficos estão todos osgovernadores do Estado de SãoPaulo e os seus respectivos vices,desde o Império, quando eramchamados presidentes da Pro-víncia. O bispo D. Matheus deAbreu Pereira, o advogado JoséCorrêa Pacheco e Silva e o militarCândido Xavier de Almeida eSouza formaram o triunviratoque primeiro governou o Esta-do, de 1822 a 1823.

Estão relacionados também

todos os prefeitos e vices da ca-pital paulista, desde a épocaem que os vereadores elegiamum de seus pares para o execu-tivo municipal. Como aconte-ceu com o primeiro deles, An-tonio da Silva Prado, que gover-nou de 1899 a 1907.

Por fim, estão catalogadostodos os presidentes da Repú-blica e vices, a começar peloMarechal Deodoro da Fonseca.Depois da Proclamação da Re-pública, ele assumiu o GovernoProvisório (1889 a 1891) e a Pre-sidência da República (feverei-ro a novembro de 1891).

O livro contém ainda 315 fotosou reproduções de pinturas, estasda época anterior à existência damáquina fotográfica.

Ó RBITA

NO LITORALMais de um quartoda população viveem municípios da

zona costeira,segundo o Censo.

ROUBO E MORTE NO BROOKLIN

AIR FRANCEDENGUE4,6 milhões de

brasileiros vivemem áreas sob risco

de epidemia dedengue no País.

Foi sepultado ontem, noRio de Janeiro, o corpo

do mecânico deengrenagens NelsonMarinho Filho. Ele é uma dasvítimas da tragédia ocorridaem maio de 2009 no voo447, da Air France, que caiuno Oceano Atlântico. Nelsoné a primeira vítima brasileirado acidente a ter um enterroformal. Seu corpo foi um dos104 retirados do mar naoperação que ocorreu emjunho. No total, 18 dos 103corpos identificados são debrasileiros. ( Ag ê n c i a s )

A artista plástica NormaLúcia Costa Henriques, de

62 anos, morreu baleada nanoite de anteontem, apósreagir a um roubo na ruaGuaraiúva, no Brooklin. Oroubo aconteceu por volta das23h30 e ninguém foi preso.

Segundo a Secretaria de

Segurança Pública, Normachegava em casa de carro eestacionou para abrir oportão. Nesse momento, foiabordada por um homemarmado, que desceu de umoutro veículo. Ele roubou umobjeto e voltou. Norma o teriaseguido e foi baleada. (AE)

ECOLÓGICO – APrefeitura entregouontem 80 novosônibus movidos comadição de 10% dediesel de cana-de-açúcar aocombustível (foto àesq.). Testes apontamque o uso de 10%desse tipo decombustível reduz ematé 41% a emissão defumaça preta. Até ofinal de dezembro,mais 80 ônibus dessetipo serão integradosao sistema detransporte público.

Ricardo Lou/AE

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terça-feira, 6 de dezembro de 201110 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

E SPAÇO

Nasa descobre planeta que pode ter água

E UA

Tartaruga foge dozoo de Nova York

Uma tartaruga de olhosvermelhos conseguiu fugir dozoológico do Bronx, em Nova York,ainda que sua velocidade nãoultrapasse 0,26 km/h. Da espécieEastern box, a tartaruga mede entre11,4 e 16,5 centímetros. O zoo ficoufamoso quando uma cobravenenosa escapou de seu recintoem março e ganhou uma conta noTwitter. A tartaruga fujona tambémjá está na rede social: @NYBoxTurtle.

M EIO AMBIENTE

Paris lança aluguelde carros elétricos

Paris lançou ontem o Autolib, umserviço de aluguel de carroselétricos, não poluentes com 250 kmde autonomia. A cidade é a primeirado mundo a criar o serviço e aintenção é conseguir fazer com queos parisienses abram mão de usar ospróprios carros utilizando o sistemapúblico de aluguel de carroselétricos. No total, 300 automóveis e250 pontos de estacionamentoestão disponíveis na cidade.

VISUAIS'IlumiNações' exibe

ilustrações, pinturas,colagens e esculturas naPanamericana Escola de

Arte e Design. Av. Angélica,1900, Higienópolis. Grátis.

As mil e uma utilidades do chocolateA China, que construiu em

Pequim o primeiro parquetemático do chocolate, passará aenviar as peças de seu acervopara exposições itinerantes. Em16 de dezembro, no Museu deArte Himalaia, de Xangai, seráaprensentada a exposição anualdo parque, "World ChocolateWonderland". As obrasapresentadas mostram toda aversatilidade do alimento comomatéria-prima para esculturasartísticas. Entre as peças, asreproduções dos guerreiros deterracota e das muralhas,uma bolsa de chocolate e um parde chuteiras.

C ELEBRIDADES

Madonnano SuperBowl

Madonna se apresentará nointervalo do "Super Bowl", a finalda liga de futebol americano, queserá disputada em 5 de fevereiro,no Lucas Oil Stadium, emIndianapolis, anunciou a LigaNacional de Futebol. Madonnamostrará aos fãs o single Give MeAll Your Love, que antecipa olançamento de seu 12º álbum. OCirque du Soleil também seapresentará no evento.

D ESIGN

Protótipo da garrafade Coca-Cola desenhado porEarl R. Dean e vendido no fimde semana na casa de leilões

Julien's de Beverly Hills,por US$ 240 mil.

F UTEBOL

Ele é o dono do BrasileirãoOcraque Neymar

perdeu ontem achance deconquistar a Bola

de Ouro da Fifa, mas seconsagrou como dono doBrasileirão depois deconquistar o CampeonatoPaulista e a Libertadores,levando a Bola de Ouronacional, prêmio concedidopor votação de jornalistas darevista Placar e dos canaisESPN.

O atacante, entretanto, estána lista final dos 55 jogadorescandidatos para entrar naseleção da temporada doprêmio Fifa/FIFPro(Federação Internacional deJogadores de FutebolProfissionais). Os 55 finalistasforam escolhidos apósvotação de 50 mil jogadoresprofissionais, filiados aosindicato do futebol.

O atacante também vaiconcorrer ao prêmio de gol doano da Fifa, chamado dePrêmio Puskas. Ele é finalistado prêmio juntamente com o

argentino Lionel Messi, doBarcelona, e o inglês WayneRooney, do ManchesterUnited.

Os torcedores de todoBaz Ratner/Reuters

ÁGUA DE SAL - Imagens divulgadas ontem por cientistas alemães e

israelenses mostra as formações de sal no Mar Morto. O mar banha Israel

e a Jordânia e está localizado a 422 metros abaixo do nível do mar.

L OTERIAS

Concurso 693 da LOTOFÁCIL

01 02 03 04 06

07 09 10 11 14

16 17 19 21 22

Concurso 2763 da QUINA

03 04 26 60 61

www.dcomercio.com.br

mundo poderão votar pelosite da Fifa.com até o dia 9 dejaneiro, pouco antes daentrega do prêmio Bola deOuro ao melhor jogador do

mundo, que será realizadaem Zurique, na Suíça.Concorrem à Bola de Ouro daFifa este ano Messi, CristianoRonaldo e Xavi. (Agências)

Neymar, Bola de Ouro como melhor jogador e Bola de Prata como melhor atacante do Brasileirão 2011

O observatório espacial Keplerdescobriu no sistema planetárioKepler-22, a 600 anos-luz dedistância, o primeiro planetasituado na chamada "zonahabitável", em uma região onde seacredita que pode haver águalíquida, anunciou a agência espacialnorte-americana ontem. Oscientistas do Centro de PesquisaAmes da Nasa anunciaram, alémdisso, que Kepler identificou 1.000novos candidatos a planeta, dez dosquais possuem tamanho similar ao

da Terra e orbitam na zonahabitável da estrela de seu sistemasolar. O Kepler-22b é o menorencontrado pela sonda espacial aorbitar uma estrela similar à da Terrana "zona habitável", aquela onde astemperaturas permitem odesenvolvimento da vida. Para asubchefe da equipe de cientistas doCentro Ames, Natalie Batalha, adescoberta significa que "estamoscada vez mais perto de encontrarum planeta como a Terra". (EFE)

Mais: www.dcomercio.com.br

Iconografia dos BeatlesA Chop Shop, que tem uma famosa coleçãode camisetas para fãs de música, acaba

de criar uma homenagem para os Beatles.A camiseta vem estampada com uma série

de 85 ícones relacionados aos Fab Four,seus álbuns e suas canções. Ali você encontra

Penny Lane, a capa do álbum 'Abbey Road',os óculos de John Lennon, os famosos cortes

de cabelo dos músicos no início e no fimda carreira. No site abaixo você escolhe o modelo

e o tamanho da camiseta que quer verestampada com a homenagem. A camiseta

é preta e sai por US$ 23.http://chopshopstore.com/wefab.html

Bruno Poletti/Frame/AE

Novas aventurasde Tintim

O personagem Tintimem peça do Museu Hergé,em Louvain-La-Neuve. Um

novo filme da série "Osegredo do unicórnio", de

Stephen Spielberg,estreiou neste fim de

semana na Bélgica.

Yves

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ters

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

ALERTA DA OCDEBrasil foi o únicodos Brics ondedesigualdade socialcomeçou a cair

QUEM BANCADinheiro público edo BNDES sãomaior fonte dasmulti automotivaseconomia

Rede do Leãopescou 570 milcontribuintes

Quase 570 mil contribuintes do Imposto de RendaPessoa Física caíram na malha fina – omissão derendimento, omissão de aluguel ou despesamédica irregular, na maioria dos casos. A consultaao último lote de devolução do Imposto de Rendaestará disponível na página da Receita Federal naquinta-feira. Os nomes que não aparecerem emnenhuma das listas divulgadas (incluindo a do dia8) caíram na rede.

Marcello Casal Jr/ ABr

Joaquim Adir,supervisor doIR: correçãode injustiçasfoi possívelcom ocruzamentodos dados dosdeclarantes edos médicos.Neste ano,diminuiu onúmero dedeclaraçõesretidas.

Paula Cunha

ASecretaria da Re-ceita Federal infor-mou ontem que569 mil contribuin-

tes tiveram suas declaraçõesdo Imposto de Renda de 2010retidas na malha fina nesteano. Desse total, a maior parte(56%) caiu na malha por omis-são de algum tipo de rendi-mento, seja do titular, do de-pendente ou por supressão devalores recebidos de aluguéis.

Outro motivo comum quelevou o contribuinte para amalha fina foram divergênciasem relação às notificações dedespesas médicas – 80,6 mil –ou 14,16% das declarações fo-ram retidos por esse motivo.

Cruzamento – Segundo Joa-quim Adir, supervisor do IR daReceita Federal, apesar dessenúmero ainda ser alto, esse foio primeiro ano em que a Recei-ta cruzou os dados declaradospelos contribuintes com os da-

dos declarados pelos médicos."Conseguimos corrigir algu-mas injustiças fazendo essecruzamento", afirmou Adir.

Os contribuintes que tive-ram suas declarações retidasna malha fina da Receita terãoeventuais restituições pagassomente após a correção doserros, nos chamados lotes re-siduais do IR.

O volume de declarações re-tidas em malha neste ano tevequeda em relação ao ano pas-sado, quando foram registra-das 700 mil retenções. No anoanterior, as retenções haviamchegado a 1 milhão. Segundo osecretário, o motivo da redu-ção está relacionado ao ofereci-mento de ferramentas como aautorregularização para oscontribuintes.

Consulta – A Receita tam-bém informou que a partir das9 horas de quinta-feira estarádisponível em sua página na

internet a consulta ao sétimo eúltimo lote do IR de 2010. Narelação serão contemplados86.979 contribuintes, totali-zando R$ 211 milhões de devo-luções. As restituições serãopagas no dia 15 de dezembro.

Quem não estiver nesse lotee também não esteve relacio-nado nos seis lotes anteriores,divulgados entre junho e no-vembro, está automaticamen-te na malha fina do Leão.

Segundo o supervisor do

Imposto de Renda, estão in-cluídos nesse lote todos oscontribuintes que entregarama declaração retificadora, ouseja, que fizeram correções nodocumento, até o dia 30 de no-vembro. (F o l h a p re s s )

Cresce remuneraçãono setor das micro e pequenas

Os salários pagos pelasm i c ro e p e q u e n a sempresas a seus em-

pregados já somam 40% damassa salarial do País. Essasremunerações cresceram14,3% entre 2000 e 2010 emnúmeros reais (já descontadaa inflação do período), quasetrês vezes mais que os salá-rios das médias e grandes em-presas, que tiveram reajustede 4,3% em igual período.

Com isso, caiu a diferençaentre a remuneração dos doisgrupos – micro e pequenos ne-gócios, que pagavam salários43,8% menores que as empre-sas de porte maior em 2000, di-minuíram o desnível para38,4% a menos em 2010.

Esse é o resultado conside-rado o mais positivo da últimadécada, de acordo com a aná-lise do Anuário do Trabalho naMicro e Pequena Empresa, do-cumento elaborado pelo Ser-viço Brasileiro de Apoio às Mi-cro e Pequenas Empresas (Se-brae) em parceria com o De-partamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeco-nômicos (Dieese) divulgadoontem em São Paulo.

Esse avanço é consequência,na avaliação de Luiz Barreto,presidente do Sebrae Nacio-nal, da política de aumento dosalário-mínimo, do fortaleci-mento do mercado interno edo crescimento da classe C.

De acordo com o documen-to, os salários médios pagospelas micro e pequenas empre-sas passaram de R$ 961 em2000 para R$ 1.099 em 2010.Nas médias e grandes, eles su-b i r a m d e R $ 1 . 7 7 1 p a r aR$ 1.786 nesse intervalo.

As micro e pequenas em-

presas criaram 6,1 milhões deempregos com carteira assi-nada na última década, se-gundo o Anuário do Trabalho.No total, o número de empre-gos fornecidos por essas em-presas cresceu 70,9% no perío-do, subindo de 8,6 milhões em2000 para 14,7 milhões em2010. Esses postos represen-tam 52% dos empregos ativosno setor privado brasileiro.

O número de micro e peque-nas empresas no Brasil cres-ceu 45,2% em uma década, aopassar de 4,2 milhões de esta-belecimentos em 2000, para6,1 milhões em 2010.

Barreto explicou tambémque a formalização proporcio-nada pelo Micro Empreende-dor Individual (MEI), que am-pliou o acesso ao crédito,aconteceu junto com a redu-ção nos impostos sobre o salá-rio-mínimo. Isso estimulou oespírito empreendedor dos

componentes das camadasmais pobres, que investirammais em pequenos negócios.

Escol aridade – O estudoapontou também que, em2010, 51,1% dos trabalhadoresdo segmento de menor porte jáhaviam concluído o ensinomédio ou possuíam o superiorincompleto. Em 2000, eleseram 23,9%, sendo que 71,3%não possuíam o ciclo funda-mental. Atualmente, essa faixade mais baixa escolaridade di-minuiu para 44,2% do total.

Clemente Ganz Lúcio, dire-tor do Dieese, destacou que apolítica de aumentos reais pa-ra o salário-mínimo tambémcontribuiu para o crescimen-to da remuneração de apo-sentados e pensionistas. "Es-ta iniciativa, aliada ao BolsaFamília, foi decisiva para esti-mular a economia no interiordo País e nas regiões Norte eNordeste", afirmou.

Como parcelar dívidasdas empresas do Simples

Renato Carbonari Ibelli constituídos na data dopedido de parcelamento,excetuadas as multas de ofíciovinculadas a débitos jávencidos, que poderão serparceladas antes da data devencimento". A ReceitaFederal colocará à disposiçãoum aplicativo para osinteressados aderirem aoparcelamento, que poderá seracessado no site da autarquia(w w w. re c e i t a . f a z e n d a . g o v. b r ) apartir de 2 de janeiro de 2012.

O parcelamento de dívidasé uma novidade para essacategoria deempreendimentos. Até agora,empresas inscritas no regimedo Simples Nacional eramproibidas por lei a ter acesso amecanismos de parcelamentode débitos. Mas, de acordocom Silas Santiago, secretário-executivo do CGSN, ogoverno reviu a proibição porcausa das sucessivas crises

que têm abalado os mercados,com consequências nocenário brasileiro.

"Desde 2007 as economiasenfrentam uma crise atrás deoutra. Essas turbulências, dealguma maneira, atingem asempresas do Simples. Alémdo mais, não é um programade incentivo aoparcelamento, com vantagensàs empresas optantes doregime, mas um mecanismoconvencional", diz Santiago.

Na avaliação do secretário-executivo do CGSN, das 3,8milhões de empresa inscritasno Simples, cerca de 500 milpossuem débitos junto àReceita Federal. Aindasegundo Santiago, desde oinício do regime, em 2007, atéo final do ano passado, foramcontabilizadas 30 milexclusões de empresas doregime simplificado porcausa de dívidas contraídascom a Receita. Estar com ascontas em dia é premissapara uma empresa se manterno Simples.

A possibilidade deparcelamento de dívidas paraempresas do Simples veiojunto de um pacote demedidas do governo Federalque também ampliou oslimites para adesão ao regimesimplificado. Com o reajuste,a receita bruta anual máximapara que as microempresaspossam optar pelo SimplesNacional passou de R$ 240mil para R$ 360 mil por ano.Para a pequena empresa, onovo limite máximo deenquadramento passou deR$ 2,4 milhões para R$ 3,6milhões. O teto máximo doM i c ro e m p re e n d e d o rIndividual (MEI), por sua vez,passou de R$ 36 mil paraR$ 60 mil anuais.

OComitê Gestor doSimples Nacional(CGSN) estabeleceu

as regras para a concessão deparcelamento para débitos deempresas inscritas no SimplesNacional. Essas empresaspoderão, agora, parcelar suasdívidas em até 60 vezes,observando o limite mínimode R$ 500 mensais. Asprestações, que pelas novasregras terão vencimento noúltimo dia de cada mês, serãocorrigidas pela taxa básica dejuros (Selic). Essas definiçõesconstam da Resolução CGSNnº 92/2011.

Ve n c i m e n t o – EvelynMoura, consultora tributáriada Confirp Contabilidade,destaca que os débitospassíveis de serem parceladossão aqueles "vencidos e

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terça-feira, 6 de dezembro de 201112 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A indústria de vestuário brasileira deixou de criar cerca de 70mil empregos, conforme cálculos do Sindivestuário.economia

Confecçõesfecham ano comreceita 6% menor

Setor aguarda anúncio de medidas para garantir mais competitividade em 2012

Newton Santos/Hype

A indústria de vestuário projetava, no final de 2010, crescimento de 6% no faturamento deste ano.

Fátima Lourenço

As confecções brasi-leiras projetam fe-c h a r o a n o c o mqueda de fatura-

mento na casa de 6%, ante2010, e só vislumbram um ce-nário mais promissor para osetor ao final do primeiro se-mestre de 2012, como resulta-do de medidas que o governofederal deverá anunciar nestemês. As mudanças já foramdiscutidas em recente encon-tro com o ministro da Fazen-da, Guido Mantega, entreelas, um regime tributário di-ferenciado para a indústria deconfecção de todo o País seme-lhante ao Simples federal.

A estimativa de recuo na re-ceita, anunciada ontem pelopresidente do Sindicato daIndústria do Vestuário de SãoPaulo (Sindivestuário), Ro-nald Masijah, leva em contadados do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IB-GE) até outubro. "O segundosemestre não começou para aindústria de confecção. E ele

representa dois terços do fa-turamento anual", afirmou.Ele estimou que as indústriastenham pelo menos dois me-ses de produção estocada."As vendas de Nata l nãoaconteceram", disse.

Demandas – O comércio deprodutos acabados, importa-dos especialmente da China,foi apontado pelo executivocomo o problema de maior im-pacto para a indústria de ves-tuário. "Se o IBGE divulga quea produção caiu e os resultadosdo varejo são positivos, entãoavaliamos que o que está sen-do vendido são produtos deimportação", comentou.

Masijah lembrou que a com-pra de produtos acabadoscresceu 62%, de 2010 para 2011."Se fosse há uma semana emeia, eu estaria extremamentepessimista, porque além dosprodutos fabricados na China,há os que entram no Brasil viaMercosul", acrescentou.

Ele explicou que muitas dasempresas do setor, para não

perderem poder de competivi-dade, diluíram o negócio emvários núcleos, para se benefi-ciar do regime tributário doSimples. "Com isso, perdempoder de escala e padrão dequalidade", argumentou opresidente do sindicato. Comum regime tributário de tetoúnico, essas operações des-membradas poderiam se rea-glutinar, raciocina Masijah,voltando a ter ganho de escalae melhores condições de com-petir por preço.

A indústria de vestuáriotambém espera que o governoatenda à solicitação de maisdesoneração ao setor. Alémdisso, há expectativa de que ogoverno permita a entrada deprodutos importados apenaspor alguns portos do País paradar um fim à guerra fiscal.

A medida, segundo análisede Masijah, aliada ao pleito,junto ao Congresso Nacional,de unificação da alíquota doImposto sobre Circulação dasMercadorias e Prestação de

Serviços (ICMS) em 4% para osestados, acabaria com a mar-gem de renúncia fiscal ofereci-da em alguns deles. "O produ-to importado começaria acompetir de igual para igual."

Mercado – O Sindivestuá-rio reúne demandas das in-

dústrias do vestuário femini-no, infanto-juvenil e bebê doEstado de São Paulo; de rou-pas masculinas; e de camisa-ria e afins. Elas somam, segun-do Masijah, cerca de 10 milconfecções no estado paulistae aproximadas 30 mil no País.

O setor previa, no final de2010, crescimento de 6% nesteano. Ao contrário do previsto,deixou de criar cerca de 70 milempregos, conforme cálculosdo Sindivestuário. As demis-sões, no segundo semestre, jáchegam a 2 mil pessoas.

Valores de imóveistêm alta moderada

Asubida do preço dos imóveis perdeufôlego em novembro e registrou amenor elevação nos últimos 15 meses,

de acordo com pesquisa da Fundação Institutode Pesquisas Econômicas (Fipe) baseada emdados do site Zap Imóveis. O levantamentodivulgado ontem mostra que o valor médio dometro quadrado nas sete regiõesmetropolitanas pesquisadas pela entidadesubiu 1,4% em novembro, resultado inferiorao aumento de 1,6% de outubro e bem abaixodo pico de 2,7% registrado em abril.

A alta menor foi verificada em todas assete regiões pesquisadas e é reflexo dadesaceleração da economia brasileira e domaior cuidado dos consumidores, segundoavaliou Eduardo Zylberstajn, coordenadordo índice Fipezap. "O cenário de incertezaaumentou, e as pessoas estão ficando maiscautelosas", disse, citando como exemplo aqueda no ritmo da criação de empregos e apressão inflacionária sobre os salários.Ainda assim, afirmou Zylberstajn, a alta nopreço dos imóveis é expressiva.

Entre os meses de janeiro e novembro de2011, o preço médio do metro quadrado subiu25%, enquanto nos últimos 12 mesesencerrados em novembro a elevação foi de27,6%. O Distrito Federal continua com ometro quadrado com o valor mais alto do País(média de R$ 7.936), seguido por Rio deJaneiro (R$ 7.341), São Paulo (R$ 5.984), BeloHorizonte (R$ 4.584), Recife (R$ 4.559),Fortaleza (R$ 4.253) e Salvador (R$ 3.514). (AE)

Preços do varejo em SP sobem 0,1%A

lf Ri

beiro

/AE

As carnessuínas tiveram

aumento de0,89%, segundo

o Índice dePreços no

Varejo (IPV), daFecomercio-SP.

Nuci foi de81,4% emo u t u b ro

ONível de Utilizaçãoda Capacidade

Industrial (Nuci) deoutubro ficou em 81,4%,próximo do verificadoem setembro, quandoregistrou taxa de 81,7%.O dado,dessazonalizado, foidivulgado ontem pelaConfederação Nacionalda Indústria (CNI).Segundo a entidade, ofaturamento realregistrou alta de 1,4%em outubro, nacomparação comsetembro, já com ajuste,e de 6,1% ante outubrodo ano passado.

Os indicadores deoutubro mostram umquadro que vem serepetindo desde o fim dosegundo trimestre desteano. "O faturamento realmantém uma trajetóriade crescimento que sedescola das demaisvariáveis de atividadeindustrial." (AE)

Os preços do comérciopara o consumidorpaulistano voltaram a

subir em outubro, mas a alta de0,1%, segundo o Índice de Preçosno Varejo (IPV) apurado pelaFederação do Comércio de Bens,Serviços e Turismo do Estado deSão Paulo (Fecomercio-SP), ficoubem abaixo do 0,31% apurado emsetembro. No ano, jáconsiderando outubro, os preçosna Capital paulista acumulamalta de 2,82%. Nos últimos 12meses, a elevação é de 4,27%.

O grupo Açougues sofreu umreajuste de 1,37% em outubro,de acordo com o levantamentoda Fecomercio. Todos osprodutos que fazem parte destegrupo tiveram seus preçosajustados para cima. Os preços

das aves subiram, em média,1,97%; carnes bovinas, 1,29%; ecarnes suínas, 0,89%. Mas noano o segmento tem queda de6,04%. O excesso de oferta e aredução nas exportações estãopor trás desta queda dos preçosdo grupo Açougues no ano.

Os preços dos produtosvendidos nas padarias subiram0,6% em outubro. No ano, a altaacumulada é de 6,12% e em 12meses, de 8,07%. O grupoSupermercados teve seus preçoselevados em 0,57% em outubro,

ante 0,69% em setembro. O setorde Móveis e Decorações teveseus preços elevados em 0,51%em outubro.

O grupo Veículos reduziu ospreços da ordem de 0,68% emoutubro. O segmento tambémapresenta deflação de 1,33% noano e queda de 1,86% noacumulado de 12 meses. Segundoo levantamento, também obtevebaixa em outubro, de 0,56%, ogrupo Vestuário, Tecidos eCalçados. (AE)

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terça-feira, 6 de dezembro de 201114 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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É a primeira vez que o mercado financeiro brasileiro acredita em Selicde um dígito ao fim do próximo ano desde 22 de setembro de 2009economia

Focus projeta Selic de 2012 em 9,75%Pesquisa divulgada ontem pelo Banco Central aponta redução na estimativa de 10% da taxa básica de juros. Previsões para a inflação também recuam.

Omercado financeiroreduziu a estimati-va do juro básico daeconomia brasileira

(Selic) no fim de 2012, de 10%para 9,75%, segundo a pesquisaFocus divulgada ontem peloBanco Central (BC). A quedadas projeções acontece na pri-meira pesquisa realizada após areunião do Comitê de PolíticaMonetária (Copom), que redu-ziu a taxa de 11,5% para 11%.Além disso, é a primeira vez queo mercado financeiro acreditaem Selic de um dígito ao fim dopróximo ano desde 22 de setem-bro de 2009. Nas duas pesquisasanteriores, o mercado mantinhaa previsão de taxa em 10%.

De acordo com a pesquisa, oBC deve manter o ritmo decortes em 0,5 ponto percen-tual nas reuniões marcadaspara janeiro e março de 2012.Em abril do ano que vem, a ve-locidade dos cortes seria redu-zida para 0,25 ponto percen-tual, quando a Selic cairia para9,75%. A partir daí, a taxa seriamantida até o fim do ano.

No grupo dos analistas quemais acertam projeções napesquisa do BC, o chamadotop 5, a previsão para o juro bá-sico no fim do próximo ano se-guiu em 9,5% no médio prazo.A pesquisa mostra ainda que aestimativa para a Selic médiano decorrer de 2012 caiu de10,06% para 9,88% ante 10,5%previstos há um mês.

I PC A – As previsões para ainflação em 2012 voltaram acair. De acordo com a pesquisaFocus, a média prevista para oIPCA recuou de 5,56% para5,49% na primeira pesquisa

realizada pelo BC após a divul-gação da nova metodologia decálculo do IPCA anunciada nasemana passada. Há um mês, aprojeção estava em 5,57%.

Já as estimativas para 2011passaram de 6,49% para 6,5%,na segunda alta seguida.

Também caiu a projeção sua-vizada para o IPCA nos próxi-mos 12 meses, que passou de5,58% para 5,47%, na segundaredução seguida. Há um mês, aexpectativa estava em 5,63%.

PIB– Deacordocomolevan-tamento do BC, a mediana dasexpectativas para a expansãodo Produto Interno Bruto (PIB)no próximo ano – índice quemede o tamanho da economia –subiu ligeiramente, de 3,46%para 3,48%, ante 3,5% registra-dos quatro semanas antes.

Para 2011, os números se-guiram em trajetória contráriae a expectativa de crescimentoda economia caiu pela segun-da semana seguida, passandode 3,1% para 3,09%. Há ummês, o mercado previa alta pa-ra o PIB de 3,2% em 2011.

Em linha com a economiamais fraca, as projeções para odesempenho do setor indus-trial também pioraram. Para2012, a expectativa de expan-são do setor caiu de 3,5% para3,46%, na quarta redução se-guida. Há um mês, o mercadoapostava em avanço industrialde 4,08% no próximo ano.

Para 2011, os números sãoainda piores: a aposta de cres-cimento foi cortada de 1,33%para 0,94%, na quinta quedaseguida. Quatro semanas an-tes, essa estimativa estava em1,83%. (AE)

Jorge Araújo/Folha Imagem

Arroz, café e óleo influenciaram aumento em 14 das 17 capitais pesquisadas. Já o preço do leite caiu em 11 delas, e o do feijão, em dez.

Cesta básicacusta mais

Ovalor dos itens essen-ciais na mesa do brasi-leiro subiu no mês de

novembro, em relação a outu-bro, em 15 das 17 capitais ondeo Departamento Intersindicalde Estatística e Estudos So-cioeconômicos (Dieese) faz aPesquisa Nacional da Cesta Bá-sica. A maior elevação ocorreuem Vitória (4,73%), seguida deFortaleza (3,91%) e do Rio de

Janeiro (3,86%). Já em Aracaju,o preço da cesta caiu 0,49% epassou a custar R$ 181,7, o me-nor valor do País. Em Salvador,o preço foi R$ 205,11, indican-do estabilidade.

A capital gaúcha, Porto Ale-gre, continua tendo a cesta dem a i o r v a l o r d o B r a s i l(R$ 279,64), com alta de 0,83%.Em São Paulo foi constatado os e g u n d o m a i o r v a l o r(R$ 276,31), com alta de 3,5%.

No acumulado do ano, o va-lor da cesta subiu em 15 capi-tais e, nos últimos 12 meses,em 14. No período de dezem-

bro de 2010 a novembro des-te ano, os índices de aumentoatingiram dois dígitos em Flo-rianópolis (12,38%) e PortoAlegre (11,95%).

O tomate e a carne bovinaforam os produtos que mais in-fluenciaram a elevação de pre-ço na passagem de outubropara novembro. Eles ficarammaiores em 15 capitais.

O arroz, em plena entressa-fra, e o café também ajudarama encarecer a cesta em 14 ca-pitais. Outro produto em altafoi o pão, mais caro em dez lo-calidades e com maior corre-

ção em Recife (4,35%). O óleode soja também passou a cus-tar mais em dez capitais.

Segundo o Dieese, houvequeda de preços do leite em11 capitais; do feijão, em dez;e da batata, em nove.

Na Capital paulista, o valor dacesta já subiu neste ano 4,21% e,no acumulado de 12 meses,4,42%. De outubro para novem-bro, destacam-se as elevaçõesdos preços do tomate (17,11%),da batata (9,58%), da manteiga( 3 , 0 2 % ) , d a c a r n e b ov i n a(2,82%), do café em pó (2,15%) edo pão francês (2%). (AE)

Salário-mínimo deveria serde R$ 2.349,26, diz Dieese.

Osalário-mínimonecessário para otrabalhador suprir

despesas básicas comoalimentação, moradia, saúde,educação, vestuário, higiene,transporte, lazer eprevidência, como determinaa Constituição Federal,deveria ser de R$ 2.349,26.

O cálculo foi feito peloDepartamento Intersindicalde Estatística e EstudosSocioeconômicos (Dieese)com base no preço mais altoda cesta básica alimentar,verificado em Porto Alegreno mês de novembro, deR$ 279,64.

O valor do salário calculadopelo Dieese corresponde a4,31 vezes o mínimo em vigor,de R$ 545, montante superiorao de outubro, quando ocalculado pelo Dieese fora deR$ 2.329,94. Em novembro de2010, o mínimo necessário erade R$ 2.222,99 ou 4,35 vezes osalário vigente, de R$ 510.

O levantamento também

apontou que, para adquirir acesta básica em novembro, oconsumidor brasileiro queganha o salário-mínimoprecisava trabalhar 96 horas e13 minutos. Esse tempo ficouacima do verificado emoutubro, quando a mesmacompra requisitava ocumprimento de 94 horas e 4minutos. Na comparação comnovembro de 2010, noentanto, o tempo era maior:exigia 98 horas e 12 minutos.

Segundo o Dieese, o custoda cesta básica, quandocomparado com o salário-mínimo líquido, ou seja, apósos descontos da PrevidênciaSocial, também mostrou amesma correlação. "No mêspassado, a cesta demandava,na média das 17 capitaispesquisadas, 47,54% dorendimento líquido,enquanto em outubro eramnecessários 46,48% e emnovembro de 2010, 48,52%",informaram os técnicos doDieese. (AE)

Média diária deexportações caiem dezembro

Amédia diária das exportaçõesbrasileiras na primeira semanade dezembro caiu 1,9% em

relação a dezembro de 2010, em razãoda retração de 10,3% das exportaçõesde produtos básicos, segundo oMinistério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior (MDIC).A média diária das vendas externasem apenas dois dias úteis de 2011 foide US$ 892,5 milhões.

Por outro lado, cresceram em12,8% as exportações desemimanufaturados e 6,1% as demanufaturados. Nas importações, amédia diária da primeira semanadeste mês, de US$ 733 milhões, ficou8,3% acima da média de dezembro de2010 (US$ 677,1 milhões).

No mesmo período, a balançacomercial registrou superávit deUS$ 319 milhões, resultado deexportações no valor de US$ 1,785bilhão e importações de US$ 1,466bilhão. No ano, as exportações somamUS$ 235,697 bilhões, e as importações,U$S 209,404 bilhões, com saldopositivo de US$ 26,293 bilhões. (AE)

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMUNICADO - CONCORRÊNCIA n° 01/SP-IQ/GAB-ATJ/2011Processo Administrativo nº 2011-0.254.175-0. Objeto: CONTRATAÇÃO DEEMPRESA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS PARA CONTENÇÃO DETALUDE EM ÁREA DE RISCO NA RUA PONCHE VERDE COM RUA PERO VAZ DECAMINHA, CIDADE LÍDER, ITAQUERA, SÃO PAULO COM FORNECIMENTO DEEQUIPAMENTOS, MATERIAIS DE 1ª LINHA E MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA,em conformidade com as especificações contidas no Anexo I - Memorial Descritivo,Anexo III - Planilha de Orçamento e Projeto.Face à edição do Decreto nº 52.828 de 01/12/2011, publicado no DOC de 02/12/2011página 1, a Comissão Permanente de Licitação de Compras, Obras e Serviços daSubprefeitura de Itaquera COMUNICA aos interessados que a data de abertura daConcorrência nº 01/SP-IQ/GAB-ATJ/2011, passa a ser 26/12/2011 às 14:00 horas.Ficam mantidas as demais condições.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMOP/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)70/00646/11/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista - EE Clarice Lispector - Rua Miguel Biondi, 566- Cep: 07060-080 - Torres Tibagi - Guarulhos/SP; EE Hélio Helene - Rua Dener, s/nº - Cep: 08072-132 - União da Vila Nova- São Paulo/SP; EE CHB Faz Itaim IV - Rua Valsa dos Casais, 101 - Cep: 08121-800 - Jd. Mabel - São Paulo/SP; EE Dep. JoãoDoria - Rua Conquista, 50 8140999 - CHB Tibúrcio de Souza - São Paulo/SP - 150 - R$ 142.446,00 - R$ 14.244,00 - 14:00- 22/12/2011.69/00824/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Dr. Francisco de P. Abreu Sodré - Rua Profª Maria do Carmo Soares CorrêaQueiroz, 714 - Cep: 17440-000 - Centro - Ubirajara/SP - 150 - R$ 28.457,00 - R$ 2.845,00 - 14:30 - 22/12/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composiçãodo BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ouatravés da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 06/12/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitaçõesda FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamentecom a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia departicipação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da aberturada licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nasCONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,foram ajuizados no dia 05 de dezembro de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Banif – Banco Internacional do Funchal (Brasil) S/A.Requerido: K Takaoka Indústria e Comércio Ltda. Avenida Bosque daSaúde, 519 - 2ª Vara de Falências.

Recuperação JudicialRequerente: Dautec Indústria e Comércio Ltda. Requerido: DautecIndústria e Comércio Ltda. R Joaquim Nunes Teixeira, 106 - 2ª VaraFalências.

Villanova CompanhiaSecuritizadora de Créditos

CNPJ 04.832.682/0001-50Edital de Ratificação de Convocação

Ficam convocados os senhores debenturistas da 2ª série,da Primeira Emissão Privada de Debêntures da VillanovaCompanhia Securitizadora de Créditos, CNPJ04.832.682/0001-50, nos termos da cláusula V, item5.13 da Escritura, a comparecerem na sede daCompanhia, mediante prévio agendamento de horário,através do endereço eletrônico [email protected],a fim de obterem informações acerca do vencimentodas debêntures e outras providências. Eventuaisesclarecimentos que se fizerem necessários tambémpoderão ser obtidos através do mesmo endereçoeletrônico acima. São Paulo, 01 de dezembro de 2011.José Eduardo da Costa Freitas - Diretor Presidente

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P U B L I C I D A D EFone: 11 3244-3344Fax: 11 3244-3894

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O Brasil é o terceiro mercado emergente emque a Penguin aposta, depois de China e Índia.economia

Livro para jovens: mercado em expansão.Nos últimos anos, a quantidade de livros infanto-juvenis, publicados para os pequenos leitores, mais do que dobrou no Brasil, segundo a Câmara Brasileira do Livro.

Aliteratura infanto-juvenil está em ex-pansão no Brasil.Nos últimos anos,

a quantidade de livros para ospequenos leitores mais doque dobrou no País.

No ano passado, foram pro-duzidos 70,2 milhões de livrosclassificados como infantil oujuvenil, de acordo com dadosda Câmara Brasileira do Livro.

O n ú m e r o r e p r e s e n t a14,27% da produção total de li-vros em 2010. Em 2003, essepercentual era bem menor: dosquase 300 milhões de livrospublicados, 19,7 milhões (7%)foram infantojuvenis.

"Nenhuma editora pode fi-car sem livros infanto-juvenis,porque tem a adoção escolar, ointeresse do pai, a preocupa-ção do jovem pela leitura. Tu-do isso acaba movimentandoo mercado de alguma forma",afirma Fabrício Valério, editor

da V&R Editoras.As vendas da série "Diário

de um Banana" representam30% do faturamento da em-presa, cujo catálogo inclui cer-ca de 350 títulos.

A compra sistemática de li-vros pelo governo federal,por meio de programa criadono fim da década de 1990,também contr ibu iu paraaquecer o segmento, avaliaJúlia Schwarcz, editora dosselos Cia. das Letras e Com-panhia das Letrinhas.

"As tiragens são em geral de3 mil e o Plano Nacional Biblio-teca da Escola (PNBE) faz com-pras de 15 mil, 30 mil ou 40 mil,e a gente sabe que todos osanos tem esse programa."

No ano passado, o plano foiresponsável pela aquisiçãode 13,3 milhões de livros, oque representou um fatura-mento de R$ 70,9 milhões pa-ra as editoras. (AE)

Produção do iPhonecomeça dia 16 no Brasil

Div

ulga

ção

O iPhone 4S ganhou mais rapidez com o processador o A5, do iPad 2.

Aprodução brasileirado iPhone deverá seriniciada no dia 16 de

dezembro, disse ontem o mi-nistro da Ciência e Tecnologia,Aloizio Mercadante.

Em abril, a Foxconn, fabri-cante dos produtos da Apple,anunciou um investimento decerca de US$ 12 bilhões no Bra-sil nos próximos anos, mas asnegociações, desde então, têmandado a passos lentos.

A taiuanesa Foxconn, contu-do, ainda não tem estimativasde quando começará a produ-zir os tablets iPad, da Apple,no País, apesar de ter anuncia-do a fabricação do produtotambém para este mês.

Em setembro, o ministrohavia informado que um dosprincipais problemas para aprodução local do iPad eraencontrar um sócio brasileirocapacitado.

De acordo com Mercadan-te, sem a produção local, os ta-blets da Apple continuarão aser tributados em 36%. Emoutubro, a fabricante haviaestimado que produziria osiPads em sua fábrica em Jun-diaí até o final deste ano.

Consumo – As operadorasTIM, Claro, Vivo e Oi confir-maram ontem que as vendasdo iPhone 4S devem come-

çam à meia-noite do próximodia 16. Entretanto, as empre-sas informaram que aindanão podem divulgar o preçodo aparelho. Lojas das opera-doras abrirão à meia-noitepara atender os compradoresque quiserem comprar o apa-relho no primeiro dia.

O iPhone 4S mantém o mes-mo design do antecessor, masganhou um processador denúcleo duplo, que deixa oaparelho mais rápido – o A5, omesmo do iPad 2.

Outra novidade é o progra-ma Siri, "assistente pessoal"que conversa com o usuário.Entre outras coisas, com o Sirié possível ditar mensagens ee-mails, programar alarmes,procurar contatos, criar ano-tações, fazer buscas e procu-rar na Wikipedia, sempreusando o comando de voz.

A câmera do 4S, agora com8 megapixels, grava vídeosem alta definição (1080p).

Qualquer iPhone 4S funcio-nará tanto em redes GSMquanto em CDMA, o que signi-fica maior abrangência geo-gráfica de funcionamento.Além disso, o aparelho é com-patível com a rede HSPA+,mais veloz que a 3G e na qual épossível fazer downloads deaté 14,4 Mbps. (Agências)

SECRETARIA DA SAÚDE

DIVISÃOTÉCNICADESUPRIMENTOS-SMS.3ABERTURADELICITAÇÕESEncontram-seabertosnoGabinete,osseguintespregões:PREGÃO ELETRÔNICO 308/2011-SMS.G, processo 2011-0.245.681-7, destinadoao registro de preços para FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS DIVERSOSXIII, para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área Técnica de Medicamentos, do tipo menor preço. A sessão pública depregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 19 de dezembro de 2011, a cargo da1ªComissãoPermanentedeLicitaçõesdaSecretariaMunicipal daSaúde.PREGÃO PRESENCIAL 380/2011-SMS.G, processo 2011-0.225.356-8, destinadoà aquisição de VACINA INATIVA CONTRA RAIVA EM CÃES E GATOS, para aCoordenação de Vigilância em Saúde, do tipo menor preço. A sessão pública depregão ocorrerá a partir das 10 horas do dia 19 de dezembro de 2011, a cargo da5ªComissãoPermanentedeLicitaçõesdaSecretariaMunicipal daSaúde.RETIRADADEEDITAISOs editais dos pregões acima poderão ser consultados e/ou obtidos nos endereços:http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br; www.comprasnet.gov.br,quando pregão eletrônico; ou, no gabinete da Secretaria Municipal da Saúde,na Rua General Jardim, 36 - 3º andar -Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010,mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital,atravésdoDAMSP,DocumentodeArrecadaçãodoMunicípiodeSãoPaulo.DOCUMENTAÇÃO-PREGÃOELETRÔNICOOs documentos referentes às propostas comerciais e anexos, das empresasinteressadas, deverão ser encaminhados a partir da disponibilização do sistema,www.comprasnet.gov.br, até a data de abertura, conforme especificado no edital.DOCUMENTAÇÃO-PREGÃOPRESENCIALOs documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostascomerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverãoser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão públicadepregão.

Cia das Letras e Penguin juntasApu Gomes/Folhapress

A editora britânica Penguin comprou 45% da brasileira Cia das Letras, das famílias Moreira Salles e Schwarcz.

Aeditora britânicaPenguin comprou 45%da brasileira

Companhia das Letras. Onegócio foi anunciado ontempelas duas empresas, que nãodivulgaram o valor datransação, mas a reportagemapurou no mercado editorialque a estimativa é que aPenguin tenha pago cerca deR$ 50 milhões.

Será criada uma holding emque as famílias Moreira Sallese Schwarcz, atuais sócias da

Companhia das Letras, terão55% de participação. A Penguinterá os 45% restantes. Deacordo com o representante daeditora britânica, essatransação é a maior já feita pelaPenguin para livros de línguasque não a inglesa. O Brasil é oterceiro mercado emergente emque a empresa aposta, depoisde China e Índia.

A Companhia das Letras e aPenguin já tinham uma parceriapara a publicação de livrosclássicos. (Folhapress)

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terça-feira, 6 de dezembro de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Queremos um novo tratado, que deixe claro aos povos europeus que as coisas não podem seguir como estão.Nicolas Sarkozy, presidente da Françaeconomia

Standard & Poor's podereduzir nota de 15 países

Agência de classificação de risco revela que os ratings de nações da zona do euro podem cair nesta semana

Angela Merkel e Sarkozy: propostas para mudar o tratado da UE.

Aagência de classi-f icação de r iscoStandard & Poor's(S&P) divulgou,

ontem, em comunicado, quecolocou em revisão para po-tencial rebaixamento os ra-tings de 15 países da zona doeuro e que manteve sob revi-são negativa a nota do Chi-pre, afirmando que a tensãosistêmica no bloco monetárioaumentou nas últimas sema-nas e agora ameaça o créditoda região como um todo.

A S&P também informouque não colocou em revisãopara rebaixamento o rating daGrécia – o único país da zonado euro cuja nota, atualmenteem "CC", encontra-se na regiãodos investimentos especulati-vos. A agência disse que as ten-sões sistêmicas na zona do eu-ro decorrem de cinco fatoresinterligados: as condiçõesapertadas de crédito, os prê-mios de risco elevados regis-trados em dívidas soberanaseuropeias (algumas delas coma nota máxima, triplo A), a fal-ta de acordo entre as autorida-

des da região sobre como con-ter a crise e garantir integraçãofiscal e econômica, os níveiselevados de endividamento degovernos e famílias e o riscocrescente de uma recessão nazona do euro em 2012.

"No momento, prevemosque a produção encolherá noano que vemem países co-mo Espanha,Portugal e Gré-cia, mas atribuí-mos uma pro-babil idade de40% de declíniona produção dazona do euro co-m o u m t o d o " ,acrescentou a S&P.

A revisão das notas deve serconcluída o mais rápido pos-sível depois da reunião de cú-pula da União Europeia (UE)nesta semana (dias 8 e 9), afir-mou a agência, acrescentandoque os ratings podem ser re-baixados em até um grau noscasos de Áustria, Bélgica, Fin-lândia, Alemanha, Holanda eLuxemburgo e até dois graus

no caso dos demais governos.Os países serão rebaixados

caso a S&P encontre proble-mas políticos que pareçam es-tar limitando a eficácia dos es-forços para conter a crise. Tam-bém serão analisadas as condi-ções de empréstimo para os

governos e os ban-cos da zona do eu-ro, além dos meca-nismos do BancoCentral Europeupara abordar astensões econômi-cas e políticas tra-zidas pela crise.

T r a t a d o –França e Alema-nha concorda-

ram em uma série de reformascontra a crise da zona do euro,que será apresentada ao presi-dente da UE, Herman VanRompuy, amanhã, afirmou on-tem o presidente francês, Nico-las Sarkozy, após encontrocom a chanceler alemã, AngelaMerkel. "Queremos ter certezade que os desequilíbrios quelevaram à situação na zona doeuro não acontecerão outra

vez", disse Sarkozy. "Portantoqueremos um novo tratado,que deixe claro aos povos eu-ropeus, aos membros da Euro-pa e aos membros da zona doeuro que as coisas não podemseguir como estão."

Sarkozy afirmou que as no-vas propostas podem incluiruma modificação do tratadoda UE para todos os 27 inte-grantes do bloco, mas que asalterações também podemser feitas apenas para os 17que usam o euro.

Esse tratado incluiria san-ções automáticas para os paí-ses que descumprirem o limitede 3% do Produto Interno Bru-to (PIB) de déficit, além de re-gras para equilibrar o orça-mento na zona do euro.

Ações – O principal índicedas ações europeias avançouao maior nível em cinco sema-nas ontem, após o presidenteda França e a chanceler da Ale-manha concordarem com umasérie de medidas para ajudar aresolver a crise. O índice FT-SEurofirst 300 subiu 0,93%, pa-ra 994 pontos, maior patamar

John Schults/Reuters

OPERÁRIOS UNIDOS NA CHINA – Trabalhadores de fábrica de produtos eletrônicos Hi-PInternational, localizada em Xangai, na China, cruzaram os braços ontem em protesto contra corte depessoal na unidade. O movimento grevista da foto desafia as regras da República Popular chinesa.

Carlos Barria/Reuters

Na Itália, surge ameaça de greve.

Todos os olhos domundo estão sobrea Itália. O futuro doeuro depende dasescolhas que a Itáliafizer.

MARIO MONTI, PRIMEIR O-MINISTR O I TA L I A N O

Vendas do varejoeuropeu sobemapesar da crise

Mohammed Dablous/Reuters

Em Doha, o emir do Qatar (ao centro) assegura presença do insumo.

Emir garante oferta de petróleo

Oemir do Qatar disseontem que a oferta depetróleo dos países

exportadores árabes não seráafetada pelos problemas polí-ticos no Oriente Médio, na se-quência da Primavera Árabee das tensões entre o Irã e oOcidente. "Os acontecimen-tos na região árabe provoca-ram preocupações quanto àoferta de energia. Acredita-mos que a oferta vai ultrapas-sar as crises no Oriente Mé-dio", disse o emir Khalifa benHamad Al-Thani, na abertu-ra do 20º Congresso Mundialdo Petróleo em Doha.

I mp o rt a çã o – No Brasil, amédia de importação de ga-solina pela Petrobras em 2011ficou cinco vezes maior queem 2010, informou ontem odiretor de Abastecimento daestatal, Paulo Roberto Costa.

A média diária comprada noexterior saltou de 9 mil litros

As vendas no varejo dazona do euro emoutubro foram mais

fortes do que o esperado,recuperando-se de uma quedaem setembro, mostraramontem dados do Escritório deEstatísticas da União Europeia(Eurostat).O Eurostat informouque as vendas no varejo nos 17países que usam o euroaumentaram 0,4% em outubro,na comparação com mêsanterior, mas recuaram 0,4%em relação a igual período doano passado.

Economistas disseram queesperavam um aumentomensal de 0,1% e uma quedaanual de 0,8%.

O Eurostat também revisoupara cima seus dados parasetembro, e indicou queda de0,6% (em vez de 0,7%, emrelação ao mês anterior), edeclínio de 1,4% (em vez de1,5%, em relação a igualperíodo do ano passado).

Demanda – As vendas novarejo são uma indicação dademanda doméstica, que oseconomistas dizem ter sidosolapada pela crise da dívidasoberana. A crise teria seagravado a partir do últimoverão no Hemisfério Norte,com as preocupações domercado sobre as finanças daEspanha e da Itália. (Reuters)

de fechamento desde 31 de ou-tubro após a alta de 8,5% acu-mulada na semana passada.

Grécia – O Fundo Monetá-rio Internacional (FMI) apro-vou a entrega de 2,2 bilhões deeuros de ajuda para a Grécia,que constitui na sexta parte de

um empréstimo de 30 bilhõesde euros, acordado em maio de2010. A instituição informouque seu conselho de adminis-tração votou pelo desbloqueioda soma, o que elevou o totalentregue à Grécia para 20,3 bi-lhões de euros. (Agências)

Osindicato dos trabalhadoresdo setor de metalurgia e me-cânica Fiom, da Confedera-

ção Geral do Trabalho da Itália(CGIL, pela sigla em italiano) am-pliará uma greve programada na Itá-lia para o dia 16 de dezembro de qua-tro para oito horas. Os trabalhadoresprotestam contra a série de medidasde austeridade tomadas pelo gover-no italiano para equilibrar seu orça-mento, disse ontem o secretário-ge-ral do sindicato, Maurizio Landini.

No domingo, o governo do pri-meiro-ministro Mario Monti anun-ciou um pacote de 30 bilhões de eu-ros, o qual inclui pelo menos 20 bi-lhões de euros em cortes no orça-mento do governo até 2014. Montiprecisará aprovar o pacote no Par-lamento. Ontem, ele advertiu osparlamentares a aprovarem rapi-damente o pacote. "Não existem al-ternativas. Todos os olhos da Euro-pa e do mundo estão sobre a Itália esobre este Parlamento. O futuro doeuro também depende das escolhasque a Itália fizer", afirmou Monti,ao exortar os senadores e deputa-dos a aprovarem as medidas.

Já Landini disse que as medidasoficiais "atingem muito duramenteos trabalhadores. É por isso que pe-dimos à nossa liderança nacionalque amplie a greve de quatro paraoito horas, e ela não será mais so-mente contra a Fiat, mas tambémcontra esse orçamento."

Monti disse que não existem alter-nativas à aprovação das medidas adi-cionais de austeridade. Em setembro,no final do governo do primeiro-mi-

nistro Silvio Berlusconi, o governo ita-liano aprovou medidas de austerida-de de 54,2 bilhões de euros, sob pres-sões da União Europeia (UE). Montiagora está sob enorme pressão dosmercados para aprovar as medidasadicionais. Os custos de empréstimosda Itália têm aumentado nos últimosmeses, o que ameaça o governo italia-no de desastre financeiro, se Roma nãoconseguir pagar juros cada vez maio-res para rolar sua enorme dívida de 1,9trilhão de euros.

Entre as novas medidas, estão oaumento da idade da aposentado-ria para 66 anos, cortes de bilhões deeuros nos repasses às províncias emunicípios, aumento do Impostosobre Valor Agregado (IVA) sobrecirculação de mercadorias e servi-ços e reduções no pagamento de be-

nefícios. Ao mesmo tempo, porém,o governo prometeu realizar umadesoneração fiscal de 10 bilhões deeuros para as empresas, as quais as-sim poderiam contratar mais jovense mulheres, segmentos que sofremmais com o desemprego na Itália.

Mulheres – A agência de estatís-ticas Istat, do governo, estima quemetade das mulheres está fora domercado de trabalho e que entre osjovens a taxa de desemprego é de29%, enquanto que a média nacio-nal se mantém por volta de 8%.

Landini falou a jornalistas enquan-to entrava ontem para participar deconversas entre a direção da Fiat e dossindicatos, por uma disputa em tornode novo contrato de trabalho na cor-poração. O sindicato convocou nomês passado um protesto contra oque descreve como uma violação daFiat aos direitos dos trabalhadores, aoexigir mudanças em regras sobre fal-tas, pausas e horas extras. Entretanto,a Fiat afirma não precisar mais aderirao contrato de trabalho nacional, quea empresa considera obsoleto. (AE)

Tony Gentile/Reuters

O primeiro-ministro Mario Monti discursou ontem no Parlamento e defendeu urgente aprovação do plano de austeridade

no ano passado para 45 mil li-tros atualmente.

O consumo médio de gasoli-na no Brasil aumentou em 90mil barris por dia, uma alta de19% no consumo ante 2010,afirmou Costa. O consumo e aimportação de gasolina têmcrescido em meio a uma que-bra da safra de cana no centro-

sul do Brasil, a principal regiãoprodutora, o que reduziu aoferta de etanol e deixou o bio-combustível menos competiti-vo em relação ao combustívelfóssil na maior parte do ano. Aimportação aumentou no Bra-sil apesar de a Petrobras ter ele-vado a produção de gasolinanas suas refinarias. (Agências)

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terça-feira, 6 de dezembro de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

nGADGETS

Transforme o iPod numa câmera

ALiveAction Câmera, da Belkin, com a ajuda de doiscomponentes (câmera grip e câmera remote) e

um aplicativo, serve para que os usuários do iPodTouch e iPhone tirem fotos e possam compartilharesses conteúdos digitais (imagens e vídeos) de formainstantânea e com mais conforto. O câmera grip éconectado pela entrada da bateria no iPhone ou playere transforma o dispositivo móvel numa câmera. Oremote é um disparador remoto que aciona a câmera adistância de até nove metros, por Bluetooth, e tem doisbotões, um para vídeo e outro para fotos. E o aplicativocarrega as imagens diretamente para as redes sociais.O produto deve chegar ao Brasil em 2012, lá fora elecusta US$ 50.

EQUIPAMENTOS

Ouça músicas e conte calorias

OMotoactv, da Motorola, é um monitor para fitnessleve e funcional e pode ser usado no pulso, como

um relógio, para acompanhar os treinos do usuário, ouno braço como um player de músicas. O equipamentopermite ao usuário fazer exercícios e melhorar aperformance. Ele pode ser sincronizado com umcomputador pessoal para a escolha das músicas ourastrear o itinerário das corridas (tem um GPSembutido), definir metas e criar competições comamigos pelo portal do Motoactv.com. O aparelho, comtecnologia AccuSense, garante medição dodesempenho dos atletas, batimentos cardíacos, tempodo exercício, distância e velocidades. O Motoactvarmazena até 4 mil músicas que são dispostas numaplaylist ao gosto do usuário. É a prova de suor e chuvae pesa 35 gramas. Por R$ 999, a partir do primeirotrimestre de 2012.

NOTEBOOKS

Portátil para games

OPositivo Premium N8145 é um bom presente paraos apaixonados por games que exigem

qualidade de imagens, muita memória, capacidade deprocessamento superior e uma boa relaçãocusto/benefício. Os vídeos e fotos podem serconvertidos em 3D. Com tela de 14 polegadas, 750 GBde HD e memória de 6 GB, o portátil tem teclascôncavas para facilitar a digitação. Possui leitor de CD eDVD, bateria de seis células e peso de 2,3 kg, e é umproduto relativamente barato com chip Intel Core i3 ei5. A partir de R$ 1.500 no varejo

PERIFÉRICOS

Impressões em três dimensões

AHP está lançando a multifuncional TopShot LaserJet M275, com scanner 3D, para empresas de

pequeno e médio que precisem de impressões de altaqualidade. O equipamento possui câmera embutidaem um braço articulado acima do scanner.Com a tecnologia, as imagens sãocapturadas de documentos eobjetos 3D e enviados para ainternet sem a necessidadedo PC. O sistema TopShotScanning captura seisimagens independentes deum documento ou de umobjeto e produz uma únicaimagem de qualidade superior.

Mobilidadecom segurança

Dispositivos móveis facilitam a vida de executivos, mas abrembrechas nos sistemas de segurança, focados apenas em desktops

LIANA AMARAL

S m a r t p h o n e s e t a-blets:quem não tem,ainda vai ter. Pelo me-nos é o que indicam as

tendências e pesquisas de consul-torias na área de tecnologia. NoBrasil, os celulares inteligentes jásomam cerca de 19 milhões e, se-gundo pesquisa da TNS ResearchInternational, a presença desseequipamento nas mãos dos brasi-leiros cresceu 29% entre 2010 e2011. Também os tablets, que tra-balham com os mesmos sistemasoperacionais e apresentam fun-cionalidades semelhantes aos dossmartphones, registram altos ín-dices de crescimento nas vendas.

O que boa parte dos usuáriosdesconhece é que o atual mercadode dispositivos móveis – seja parauso pessoal ou corporativo – , assimcomo a maior oferta de serviços quepodem ser acessados por esses apa-relhos, como internet banking,tor-nou-se um filão cada vem maisatraente para os criminosos ciber-néticos. Eles já perceberam que aoinvadir esses dispositivos, têmacesso a informações valiosas comodados cadastrais, senhas, númerosde cartões de crédito, etc.

"É cada vez mais intensa a mi-gração para plataformas móveis,especialmente de atividades quepodem apresentar maior exposi-ção a ameaças digitais. É naturalque os malfeitores comecem a ex-plorar mais essas oportunidades",comenta Alexandre Momma, di-retor de atendimento da TNS Re-search International.

De fato, o número dessas amea-ças tem crescido em progressãogeométrica. Em relatório sobre ce-lulares, a McAfee, uma das líderesem tecnologia de segurança, regis-trou no primeiro semestre 2011 umaumento de 238% no número de

ameaças para o Android, o sistemaoperacional que roda na maioriados smartphones. Segundo a em-presa, são cerca de 1.600 os vírusidentificados. Já o iOS, utilizado noiPhone e iPad, corre menos riscospor ser um sistema operacional to-talmente fechado. Mas também po-de apresentar falhas de segurança,principalmente se o usuário reali-zar o jailbreak para ter liberdade deincluir nele outros programas.

Embora tenham finalidades se-melhantes, ou seja, roubar dados einformações para fins ilícitos, hádiferenças entre os vírus que ata-cam computadores e dispositivosmóveis. Códigos maliciosos comomalwares, spywares e trojans sãocriados especificamente para pla-taformas móveis. Mas há tambémcasos em que o dispositivo móvelpode ser usado como vetor detransmissão de um vírus para umdesktop, sem ser percebido pelousuário. A transmissão aconteceao conectar o celular, por exemplo,para baixar dados no PC.

"Uma das formas mais fre-quentes de um vírus se instalar évia sites preparados para o aces-so por celulares e tablets. Outramaneira muito comum de contá-gio acontece quando o usuáriobaixa um aplicativo que contémuma ameaça", explica José Ma-tias, gerente de Suporte Técnicoda McAfee . Segundo ele, tam-bém é possível receber vírus portransmissão via Bluetooth, em-bora para isso o atacante tenhade estar próximo ao aparelho.

Entre as ameaças que podem le-var à perda ou roubo de dados e in-formações importantes, estão ostrojans, que passam a enviar men-sagens de texto com dados dousuário para o criminoso ou queainda podem gravar ligações e re-direcioná-las. "Geralmente, os tro-jans são disseminados na formade aplicativos aparentemente le-gítimos", diz Fabio Assolini, oanalista da Kapersky Lab no Bra-sil, especializada em tecnologia desegurança. "Mas atualmente, no

Brasil, as principais ameaças à se-gurança do usuário são a perda ouroubo do próprio aparelho. "Pou-cas pessoas se dão conta de quesmartphones e tablets armaze-nam dados como um computa-dor. Pior ainda se esse aparelhofor de um executivo, o que podecolocar em risco dados da empre-sa", complementa Assolini.

Ferramentas de segurança paraprevenir ameaças e até para reme-diar perda ou roubo de dispositivosmóveis já estão disponíveis no mer-cado. A McAffee oferece no Brasil osoftware McAfeeMobile Securitypara smartphones nas plataformasAndroid, Symbian, Blackberry eWindows Phone, e para tablets nosistema Android. Além de antiví-rus e proteção contra ataques, elepossibilita a remoção remota de da-dos e a localização de um dispositi-vo perdido ou roubado. Disponívelna loja Android Market ou no sitehttps://www.mcafeemobile secu-rity.com , por US$ 29,99 a assinaturaanual. A Kaspersky tem o MobileSecurity, para smartphones dos sis-temas Android, Blackberry, Sym-bian e Windowsphone, e tablets dosistema Android. Oferece antivíruse bloqueio, rastreamento e formata-ção remotos. À venda nas lojas es-pecializadas ou no site http://bra-zil.kaspersky.com/ produtos/pro-d ut o s- p a ra - us u ar i os - d om e st i-cos/mobile-security por R$ 39,95 aassinatura anual.

Existem ainda antivírus gra-tuitos para celulares que rodamna plataforma Android, como aL o o k o u t M o b i l e S e c u r i t y(h ttps ://w ww. mylo okou t.co m)e o Z o n e r A n t i v i r u s F r e e( h t t p s : / / m a r k e t . a n d ro i d . c o m /d e t a i l s ? i d = c o m . z o n e r. a n-droid.antivirus). No entanto, elesnão oferecem recursos como ras-treamento, bloqueio e exclusãode dados remotos.

É cada vez mais intensa a migração para plataformas móveisAlexandre Momma, diretor de atendimento da TNS Research International.

PARA AC E S S A R S UA S INFORMAÇÕES

E N AV E G A R DE MODO S E G U RO :

- Só instale aplicativos de fonte segura, como sites e lojas oficiais.Existem muitos aplicativos que são oferecidos de formaindependente, sem mecanismos de controle do que é vendido.

- Muito cuidado ao utilizar Wi-Fi de redes públicas. Alguém podeestar monitorando sua conexão para roubar dados.

- Mantenha o Bluetooth de seu aparelho desativado. Só ligue nahora em que for realizar trocas de arquivos. Há vírus que seutilizam dessa funcionalidade para se espalhar.

- Complemente a segurança com ferramentas que possuamdispositivos que permitem localizar o aparelho,bloquear e excluir dados remotamente. Eles são muito úteis emcaso de perda ou roubo.

Page 18: DC 06/12/2011

terça-feira, 6 de dezembro de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

nformática

Sergio [email protected] amplia

canais de varejoE outra empresa que investe na expansão de mercado é a Nokia, que fabricará no País o Lumia 710

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Os gigantes mostram seustrunfos: a Dell lança o XPS 14z(abaixo), da linha denotebooks finos, e a Nokiaaposta nos smartphonesLumia, os primeiros comWindows Phone

BARBARA OLIVEIRA

Quem entrar numa lojaespecializada emtecnologia ou nasredes varejistas com

espaços específicos paraprodutos eletrônicos verá cadavez mais a presença decomputadores Dell nasgôndolas. A empresa estáampliando seus canais devendas em todo o País,duplicando para 1 mil o númerode lojas em 2011, focando nosmercados do Sudeste, Sul,Nordeste e buscando o varejoespecializado em tecnologia eredes regionais. A Dell semprefoi conhecida por concentrarsuas vendas pelo telefone oupelo site da empresa, masmudou a estratégia paraatender às necessidades doconsumidor, que queriavisualizar e experimentar amáquina antes de comprar,segundo Daniel Neiva, diretorde vendas para consumidorfinal e SMB.

Outra estratégia da Dell, alémda ampliação do portfólio paraos mercados doméstico ecorporativo em 2012, são osserviços pós-venda prestadosao consumidor. "Todos osprodutos comprados em lojascontam com atendimento emdomicílio, e isso está embutidona garantia do produto. Se osuporte é chamado nas capitais,ele chega no próximo dia útil, ese for no interior, em até trêsdias", informa Neiva. Se oequipamento sofrer alguma

avaria, como derramamento delíquidos, tela quebrada, quedas,o consumidor pode acionar oComplete Care, que prevê oconserto ou troca da máquinamediante um pagamento. Asexceções são roubo e incêndio.Outro serviço novo da Dell é oClickFree, um HD externoadquirido à parte (R$ 340) parabackup dos arquivos de formaautomática.

Dois novos portáteis foramanunciados pela marca nasemana passada. Um deles éuma prévia do que deverá ser oultrabook da companhia, pois éleve e fino e com boacapacidade de processamento.O XPS 14z de 14 polegadas HD,pesa 1,98 kg (com bateria de oitocélulas), tem espessura de 2,3cm e um teclado luminoso. É oprimeiro de uma série demodelos finos que a Dell estálançando e vai custar R$ 3.400(com chip Intel i7). O VostroV131, para pequenas e médiasempresas, também traz umdesign slim, peso de 1,6 kg, HD

de 500 GB e memória de 4 GB. Apartir de R$ 2.800.

Nokia – O CEO da empresafinlandesa, Stephen Elop, há umano no cargo, anunciou afabricação local do Lumia 710,um dos primeiros smartphonesda marca com Windows Phonee que deve chegar ao País noprimeiro trimestre de 2012. Ooutro aparelho com o sistemaoperacional da Microsoft será oLumia 800, mas esse seráimportado. Em sua primeiravisita ao País, na semanapassada, Elop lembrou que aAmérica Latina tem o maiorcrescimento na venda desmartphones no mundo. Porisso a empresa olha com

cuidado esse mercado,especialmente o consumidorcom menor poder aquisitivo edisposto a comprar produtosmais básicos, como a linhaAsha que está chegando naClaro, TIM e Vivo. São trêsmodelos coloridos – 303, 200 e201, com acesso à internet eredes sociais, e a preços entreR$ 250 e R$ 450. São produtospara consumidores jovens eque baixam muitosaplicativos. De janeiro aoutubro deste ano foram feitos70 milhões de downloadsna loja de aplicativos daNokia. Cerca de 1500desenvolvedores criam appspara os aparelhos da marca.

Evolução no bolso

Até meados da década pas-sada, eram raros (e caros)os celulares com câmeras.

Não existiam lojas virtuais de apli-cativos (surgiram no começo de2008). Hoje em dia, um número ca-da vez maior de consumidores nãoconsegue imaginar uma experiên-cia de compras sem essas ferra-mentas modernas. Durante oevento da associação de lojas deconveniência dos EUA, o CSP 2011Consumer Insights & EngagementForum, o crescimento das tecnolo-gias de varejo com smartphonesfoi o principal destaque.

A maioria dos consumidoresainda carrega uma carteira ou bol-sa cheia de cartões de plástico dedébito ou crédito de vários bancos,cartões de lojas e vários cartões defidelidade. Na hora de ir às com-pras, muitos esquecem de levar oscupons de descontos e vales depresentes. O celular permite quetodas essas operações sejam inte-gradas de forma prática.

A principal tecnologia que per-mite essa praticidade chama-seNFC (near field communication, oucomunicação por aproximação).Com essa tecnologia, dois equipa-mentos podem se comunicarquando a distância é curta (algunscentímetros). Com a NFC, o desta-que não é como os pagamentossão processados mas sim a virtudede mudar o relacionamento entrecomerciantes e seus clientes.

Quando o celular funciona co-mo ferramenta de pagamento ecrédito, o varejista ganha um canalnovo e cheio de oportunidades decomunicação com o consumidor.As funções atualmente existentesnos smartphones permitem que ocomerciante desenvolva campa-

nhas altamente sofisticadas paraatrair os clientes, usando dados de-mográficos (fornecidos pelo pró-prio consumidor) e a localizaçãogeográfica (a maioria dos smart-phones tem GPS embutido).

Essa tendência deve ganharmais força com a participação degigantes da web, como o Google,que está investindo fortemente nodesenvolvimento de tecnologiasde carteira virtual. Para atender es-se mercado, o Google lançou seusistema operacional para celulares,o Android – que hoje já é líder emvários mercados importantes.

Em trânsito – Serge Kassardjian,diretor de desenvolvimento estra-tégico de comércio móvel do Goo-gle, diz que o modelo de negóciosdo Google não funciona para usuá-rios móveis que estejam na rua,com vontade de comer comidachinesa, por exemplo. A empresabusca agora atender os usuáriosem trânsito, que trafegam pelasruas de centros urbanos e podemter desejos de compras. Com umcelular cheio de capacidades e fun-ções, esses desejos de consumopodem ser atendidos de modomuito mais prático. A versão 1.0 dosistema Google Wallet foi lançadanos EUA em parceria com a opera-dora Sprint e a empresa de cartõesMasterCard em outubro, em qua-tro grandes regiões urbanas dosEUA. Entre os varejistas parceirosdo projetos estão as redes Subway,Walgreen's e Macy's.

Kassardjian ressalta que o essen-cial para o sucesso da iniciativa éter uma plataforma aberta, paraque a proposta ganhe mais varejis-tas e bancos como parceiros, o quepode aumentar o interesse dosconsumidores nos próximos anos.

Todos os produtos contam com atendimento em domicílioDaniel Neiva, diretor de vendas para consumidor final da Dell