92
www.maracamisassa.com.br Página 1 de 92 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO CURSO COMPLETO DE TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS AULA DEMONSTRATIVA CLT - Título II – Capítulo V Artigos 154 a 201 Da Segurança e da Medicina do Trabalho Olá futuros colegas! Tudo bem? Bem vindos ao curso de TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Meu nome é Mara Queiroga Camisassa, sou engenheira eletricista formada pela PUC MG, e Auditora Fiscal do Trabalho (AFT) aprovada no concurso de 2006. Trabalho atualmente na Seção de Segurança e Saúde no Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE-MG). Antes de tomar posse no Ministério do Trabalho, exerci o cargo de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil, após 15 anos de trabalho na iniciativa privada. Este curso é indicado principalmente para aqueles que buscam conquistar uma vaga no concurso de Auditor Fiscal do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego. Chamo este curso de COMPLETO, pois serão apresentados teoria e exercícios de todas as normas regulamentadoras em vigor. “Mas professora, porque o curso não apresenta somente as normas principais?” A resposta a esta pergunta é muito simples: porque não temos bola de cristal para saber quais normas serão cobradas! É claro que algumas normas são “figurinhas carimbadas” e são muito cobradas pela maioria das bancas, e estas, a maioria dos candidatos já conhecem. Estudaremos em detalhes estas normas, claro! Mas o que também conta em uma aprovação é aquele “plus”, aquele conteúdo a mais que poucos estudaram e que é cobrado pela banca, inesperadamente! Para vocês terem uma ideia, o CESPE tem questões de provas de TODAS as NRs. Então, não podemos arriscar! Prefiro apresentar um curso completo e nivelar por cima, do que um curso intermediário, e nivelar por baixo, afinal de contas, o meu objetivo é ajudar vocês a gabaritar a prova de SST, pois na nossa matéria pode estar aquela questão que vai garantir a sua aprovação!

De Mostra Tivo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

demostrativo

Citation preview

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 1 de 92

    SEGURANA E SADE NO TRABALHO CURSO COMPLETO DE TEORIA E QUESTES COMENTADAS

    AULA DEMONSTRATIVA

    CLT - Ttulo II Captulo V

    Artigos 154 a 201 Da Segurana e da Medicina do Trabalho

    Ol futuros colegas! Tudo bem? Bem vindos ao curso de TEORIA E QUESTES COMENTADAS de Segurana e Sade no Trabalho (SST). Meu nome Mara Queiroga Camisassa, sou engenheira eletricista formada pela PUC MG, e Auditora Fiscal do Trabalho (AFT) aprovada no concurso de 2006. Trabalho atualmente na Seo de Segurana e Sade no Trabalho da Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE-MG). Antes de tomar posse no Ministrio do Trabalho, exerci o cargo de Analista Tributrio da Receita Federal do Brasil, aps 15 anos de trabalho na iniciativa privada. Este curso indicado principalmente para aqueles que buscam conquistar uma vaga no concurso de Auditor Fiscal do Trabalho, do Ministrio do Trabalho e Emprego. Chamo este curso de COMPLETO, pois sero apresentados teoria e exerccios de todas as normas regulamentadoras em vigor. Mas professora, porque o curso no apresenta somente as normas

    principais?

    A resposta a esta pergunta muito simples: porque no temos bola de cristal para saber quais normas sero cobradas! claro que algumas normas so figurinhas carimbadas e so muito cobradas pela maioria das bancas, e estas, a maioria dos candidatos j conhecem. Estudaremos em detalhes estas normas, claro! Mas o que tambm conta em uma aprovao aquele plus, aquele contedo a mais que poucos estudaram e que cobrado pela banca, inesperadamente! Para vocs terem uma ideia, o CESPE tem questes de provas de TODAS as NRs. Ento, no podemos arriscar! Prefiro apresentar um curso completo e nivelar por cima, do que um curso intermedirio, e nivelar por baixo, afinal de contas, o meu objetivo ajudar vocs a gabaritar a prova de SST, pois na nossa matria pode estar aquela questo que vai garantir a sua aprovao!

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 2 de 92

    Este curso tambm indicado para aqueles que pretendem prestar concursos para os cargos de engenheiro de segurana do trabalho, tcnico de segurana, mdico do trabalho, enfermeiro do trabalho ou auxiliar de enfermagem do trabalho. Neste CURSO COMPLETO sero apresentadas 1.139 questes comentadas: ATENO: Cada questo comentada possui, em mdia 5 itens, ou 5 opes, que so comentados(as) individualmente, dessa forma, o curso apresenta mais de 4.000 (quatro mil) itens comentados!!! Alm de tabelas, esquemas, fotos, inclu ao longo das aulas vrios comentrios sobre a jurisprudncia relativa segurana e sade do trabalho do TST Tribunal Superior do Trabalho e STF Supremo Tribunal Federal. Como ser o curso? A matria ser disponibilizada atravs de vinte e uma aulas, alm desta aula demonstrativa, distribudas da seguinte maneira:

    AULA ASSUNTO QUESTES

    COMENTADAS Aula Demo SST na CLT Artigos 154 a 201 20

    Aula 1 NR1 Disposies Gerais NR 2 Inspeo Prvia NR 3 Embargo e Interdio

    31

    Aula 2 NR 4- SESMT NR 5 CIPA

    101

    Aula 3 NR6 Equipamentos de Proteo Individual 57

    Aula 4 NR7 PCMSO - Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional NR8 - Edificaes

    48

    Aula 5 NR9 PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais 47

    Aula 6

    NR10 Segurana em Instalaes e Servios em eletricidade NR11 - Transporte, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais

    52

    Aula 7 NR12 Segurana no Trabalho em Mquinas e Equipamentos

    47

    Aula 8 NR13 Caldeiras e Vasos de Presso 35

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 3 de 92

    Aula 9 NR14 - Fornos NR15 Atividades e operaes insalubres

    78

    Aula 10 NR 16 Atividades e operaes perigosas NR17 - Ergonomia

    59

    Aula 11 NR18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo

    69

    Aula 12

    NR19 Explosivos NR20 Segurana e sade no trabalho com inflamveis e combustveis NR21 Trabalho a cu aberto NR22 - Segurana e Sade Ocupacional na Minerao NR23 Proteo contra incndios NR26 Sinalizao de Segurana

    26

    Aula 13

    NR24 Condies sanitrias e de conforto nos locais de trabalho NR25 Resduos industriais NR31 Segurana e sade no trabalho na agricultura, pecuria, silvicultura, explorao florestal e aquicultura.

    31

    Aula 14 NR32 Segurana e sade no trabalho em servios de sade

    20

    Aula 15

    NR 28- Fiscalizao e Penalidades NR 33 Segurana e Sade no Trabalho em espaos confinados NR 35 Trabalho em altura

    40

    Aula 16 NR36 - Segurana e sade no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados

    8

    Aula 17

    NR 29 - Segurana e Sade no Trabalho Porturio NR30 - Segurana e Sade no Trabalho Aquavirio NR34 - Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo e Reparao Naval

    10

    Aula 18 360 exerccios V ou F TOTAL: Teoria + 779 questes comentadas

    + 360 exerccios de fixao V ou F = TEORIA + 1.139 QUESTES ! (mais de 4.000 itens comentados)

    Ateno: 1 - Todas as aulas j esto disponveis para serem baixadas!

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 4 de 92

    As aulas so divididas em quatro partes: PARTE 1 Apresentao da teoria PARTE 2 Lista de exerccios com gabarito ao final PARTE 3 Exerccios comentados

    PARTE 4 Resumo da aula: lista dos principais tpicos (do tipo reviso para a semana da prova!!)

    Todas as NRs esto disponveis para download no site :

    http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm. EXERCCIOS V OU F O objetivo da incluso dos exerccios V ou F complementar o contedo das questes apresentadas, uma vez que as bancas insistem em repetir determinados assuntos, deixando de lado outros no menos importantes. Estes exerccios so inditos e foram elaborados por mim atravs de uma cuidadosa anlise do texto das NRs. NOSSO OBJETIVO: GABARITAR A PROVA DE SST Pessoal, meu objetivo ajud-los a gabaritar a prova de SST. isso mesmo gente, vamos nivelar por cima: nosso objetivo estar frente dos demais candidatos tanto em volume de informao quanto em nvel de profundidade do aprendizado da matria. E no se preocupem, quando eu digo volume de informao estou me referindo informao til, claro, necessria para vocs fecharem a prova. Vocs vero que o entendimento das aulas no exige formao especfica. Mas exige sim, muito estudo e dedicao!! E vamos comear dos conceitos bsicos at chegarmos ao nvel exigido pela ESAF. SORTE ? Quando fui aprovada neste concurso, em 2006, vrios conhecidos me disseram que eu tive sorte. OK.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 5 de 92

    H uns tempos atrs, ouvi pelo rdio um jornalista comentar sobre a sorte que determinadas pessoas bem sucedidas tiveram em sua trajetria; na verdade ele falava sobre o Bill Gates. E ele disse o seguinte:

    SORTE = OPORTUNIDADE + PREPARO

    Naquele momento eu conclu que realmente eu tive muita sorte quando fui aprovada no meu concurso: havia a oportunidade (a prova) e eu estava muito bem preparada!! Ento, futuros colegas, dediquem-se da melhor forma possvel, estudem, leiam, faam centenas e mais centenas de exerccios, na verdade, eu diria milhares! No existe uma frmula certa para estudar, mas existe sim a frmula certa que se aplica ao seu jeito, sua vida, seu tempo. E no tenham vergonha de perguntar nada! Perguntem, discutam, se no entenderem, perguntem de novo!! S assim vocs estaro preparados para a prova e tero a segurana necessria para faz-la

    quando a oportunidade aparecer!! Ou seja, tero sorte!! Normas regulamentadoras? Mas o que isto? O trabalho acompanha o homem desde o incio da sua existncia na Terra, mas o mesmo no aconteceu com a segurana do trabalho. Infelizmente, foi preciso que muitos trabalhadores morressem no exerccio de sua atividade laboral ou ficassem doentes em funo dela, para que governos e empresas comeassem a ser importar com as melhorias nas condies de trabalho. Em 1700 foi publicada na Itlia uma das obras pioneiras da histria da sade do trabalho: um mdico italiano, chamado Bernardino Ramazzini, publicou um trabalho sobre doenas ocupacionais chamado De Morbis Artificum Diatriba (As Doenas dos Trabalhadores), no qual ele relacionou os riscos sade ocasionados por produtos qumicos, poeira, metais e outros agentes encontrados nas atividades exercidas por trabalhadores em vrias ocupaes. Por sua vida dedicada a este assunto, Ramazzini ficou conhecido como o pai da Medicina Ocupacional.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 6 de 92

    J no incio do sculo XIX, em 1833, foi aprovado na Inglaterra o Factory Act, que tinha como objetivo melhorar as condies de trabalho de menores e combater as jornadas excessivas s quais mulheres e crianas eram submetidos.

    Anos mais tarde, surgiram na Alemanha as primeiras leis de acidente do trabalho, o que tambm comeou a acontecer em outros pases da Europa, at chegar a vez do Brasil em 1919, quando foi publicado o decreto legislativo nmero 3.724, que introduziu o conceito de risco profissional. Em 01 de maio de 1943 foi publicado o Decreto Lei 5.452 que aprovou a CLT, Consolidao das Leis do Trabalho, cujo Captulo V do Ttulo II, possua o ttulo Higiene e Segurana do Trabalho. Em 22 de dezembro de 1977 foi publicada a lei 6.514, que deu nova redao ao Captulo V do Ttulo II da CLT, que passou a se chamar Da Segurana e da Medicina do Trabalho. E no ano seguinte, foi aprovada a Portaria 3.214 de 1978 (h mais de 30 anos!) que criou as Normas Regulamentadoras (NRs), que dispem sobre a Segurana e Sade do Trabalho. As NRs j sofreram vrias alteraes desde sua primeira publicao. A figura a seguir apresenta de forma simplificada a origem das NRs:

    As NRs possuem fora de lei e tm carter fiscalizatrio. Um dos seus principais objetivos estabelecer as diretrizes bsicas para a implementao de condies de trabalho que garantam a sade e a segurana dos empregados. COMO FIXAR ALGUNS CONCEITOS Gente, uma dica para vocs fixarem alguns conceitos que estudaremos neste curso trazer as NR para o seu dia-a-dia. Exemplos:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 7 de 92

    NR17 - Ergonomia: Ser que a empresa onde voc trabalha possui uma Anlise Ergonmica do Trabalho? Ou, na prxima vez que voc for ao supermercado, ao passar pelo caixa (checkout), verifique se existe um apoio para os ps da(o) atendente, independente da cadeira, como determina o Anexo I da NR17 Ergonomia Trabalho dos Operadores de Checkout veja a foto a seguir: NR18 Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo: Quando voc passar por uma obra da construo civil tente identificar alguns requisitos exigidos pela norma. Por exemplo, existe proteo contra queda de altura na periferia da edificao? Os empregados esto utilizando Equipamentos de Proteo Individual: capacete, calado e cinto de segurana (no caso de trabalho em altura)?

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 8 de 92

    NR7 PCMSO - Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional: procure saber se este programa existe na empresa em que voc trabalha (deve existir!). Voc fez o exame admissional antes de iniciar suas atividades? E o exame peridico? Na data correta? NR9 PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais Voc trabalha conhece algum que trabalhe em ambiente com rudo excessivo? Ou submetido a calor? Ou poeira? O rudo excessivo, o calor, a poeira e vrios outros agentes so considerados riscos ambientais e precisam ser identificados e quantificados. Ser que a intensidade ou concentrao destes agentes est dentro de limites aceitveis na sua empresa? Em caso negativo, ser que a empresa adotou alguma medida para controle destes riscos? Veremos todos estes detalhes quando estudarmos a NR9. Observaes finais 1 Antes de iniciarem qualquer estudo das normas regulamentadoras verifiquem se tm em mos material atualizado! Sugiro que vocs sempre consultem o site do MTE www.mte.gov.br para verificar a data da Portaria correspondente ltima atualizao da norma em estudo. Mas como saber se o material que tenho em mos est atualizado? Muito simples: Antes do incio do texto de cada uma das NRs (disponveis em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm), apresentado um histrico das portarias que alteraram aquela NR. Por exemplo, vejam a seguir o histrico de alteraes da NR13:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 9 de 92

    Sempre tomo o cuidado de informar em cada aula a ltima atualizao da NR (nmero da Portaria e data de publicao). Isso vai facilitar o estudo de vocs, caso haja alguma alterao posterior ao nosso curso. De qualquer forma, caso haja alguma alterao, de quaisquer das normas regulamentadoras abordadas nesse curso, voc receber a aula atualizada por email, sem nenhum custo adicional, claro! 2 Vocs vero que uso quadros, figuras, diagramas, fotos e muitas cores, pois acho que a memria visual um importante aliado para nossos estudos. 3 Sempre que ocorre alguma alterao em qualquer norma, eu atualizado a aula correspondente, imediatamente. Todas as aulas j esto atualizadas de acordo com as recentes alteraes das NR. Recadinho final: As NRs so a principal ferramenta de trabalho dos AFTs lotados nas sees de Segurana e Sade do Trabalho. Portanto, podem ter certeza de que todo o contedo deste curso ser aplicado no seu dia-a-dia da auditoria! Feita esta breve introduo, podemos comear nossa primeira aula!

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 10 de 92

    AULA 0 DEMONSTRATIVA

    Captulo V do Ttulo II da CLT Artigos 154 a 201

    Da Segurana e da Medicina do Trabalho O tema Segurana e Sade no Trabalho tratado nos Artigos 154 a 201 da CLT Consolidao das Leis do Trabalho -, que compem o Captulo V, intitulado Da Segurana e da Medicina do Trabalho. Este captulo dividido em dezesseis sees cujos artigos foram regulamentados com a publicao da Portaria 3.214 de 08 de junho de 1978, que aprovou as Normas Regulamentadoras (NR). Cada artigo ou conjunto de artigos do Captulo V regulamentado por uma ou mais NRs. A tabela a seguir faz a associao entre as sees e artigos do Captulo V da CLT e a NR correspondente:

    CLT CAPTULO V NORMA REGULAMENTADORA SEO ARTIGOS

    I Disposies Gerais 154 a 159 NR1 Disposies Gerais II Da Inspeo Prvia e do Embargo ou Interdio

    160 e 161

    NR2 Inspeo Prvia NR3 Embargo ou Interdio

    III Dos orgos de Segurana e Medicina do Trabalho nas empresas

    162 a 165

    NR4 Servios Especializados em Segurana e Medicina do Trabalho nas empresas NR5 Comisso Interna de Preveno de Acidentes

    IV Do Equipamento de Proteo Individual

    166 e 167 NR6 Equipamento de Proteo Individual (EPI)

    V Das medidas preventivas de medicina do trabalho

    168 a 169

    NR7 Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    VI Das Edificaes 170 a 174 NR8 Edificaes VII Da Iluminao 175 NR17 Ergonomia VII Do conforto trmico 176 a 178 NR17 Ergonomia IX Das instalaes eltricas

    179 a 181 NR10 Segurana em instalaes e servios em eletricidade

    X Da movimentao, armazenagem e manuseio de materiais

    182 e 183

    NR11 Transporte, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais NR26 Sinalizao de Segurana

    XI Das mquinas e equipamentos 184 a 186

    NR12 Segurana no trabalho em mquinas e equipamentos

    XII Das caldeiras, fornos e equipamentos sob presso

    187 e 188

    NR 13 Caldeiras e Vasos de Presso NR 14 Fornos

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 11 de 92

    XIII Das atividades insalubres e perigosas

    189 a 197

    NR15 Atividades e operaes insalubres NR16 Atividades e operaes perigosas

    XIV Da preveno da fadiga 198 e 199

    NR11 Transporte, movimentao, armazenagem e manuseio de materiais NR17 Ergonomia

    XV Das outras medidas especiais de proteo

    200

    NR9 Programa de Preveno de Riscos Ambientais NR18 Condies e meio ambiente de trabalho na indstria da construo NR19 Explosivos NR20 Lquidos combustveis e inflamveis NR21 - Trabalho a Cu Aberto NR22 - Segurana e Sade Ocupacional na Minerao NR23 - Proteo Contra Incndios NR24 - Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho NR25 - Resduos Industriais NR 29 - Segurana e Sade no Trabalho Porturio NR30 - Segurana e Sade no Trabalho Aquavirio NR31 - Segurana e Sade no Trabalho na Agricultura, Pecuria Silvicultura, Explorao Florestal e Aquicultura NR32 - Segurana e Sade no Trabalho em Estabelecimentos de Sade NR33 - Segurana e Sade no Trabalho em Espaos Confinados NR34 - Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo e Reparao Naval NR 9 Programa de Preveno de Riscos Ambientais NR35 Trabalho em altura

    XVI Das penalidades 201 NR28 Fiscalizao e penalidades

    Veremos a seguir os aspectos tericos de cada seo do Captulo V, do Ttulo II da CLT e na prxima aula iniciaremos o estudo das normas regulamentadoras.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 12 de 92

    SEO I DISPOSIES GERAIS Nesta seo so apresentadas as obrigaes dos orgos governamentais responsveis pela regulamentao da matria Segurana e Sade no Trabalho, e tambm as obrigaes dos empregadores e dos empregados. So elas: Obrigaes do orgo de mbito nacional competente em matria de Segurana e Medicina do Trabalho: Antes de tudo, precisamos saber qual este rgo, e para isto, peo que vocs deem uma olhada na figura a seguir que mostra o atual organograma do Ministrio do Trabalho e Emprego:

    Neste quadro vemos que uma das secretarias subordinadas diretamente ao Ministro do Trabalho e Emprego a Secretaria de Inspeo do Trabalho (SIT). Esta secretaria possui vrios rgos subordinados a ela, um deles o Departamento de Segurana e Sade no Trabalho (DSST). Ento, atualmente so dois os rgos de mbito nacional competentes em matria de segurana e medicina do trabalho: o DSST e a SIT. (obs.: Eu consideraria correta uma questo na prova que citasse apenas um destes dois rgos como orgo competente em matria de SST).

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 13 de 92

    Apenas a ttulo informativo, o Decreto 5.063/2004 que aprovou a atual estrutura organizacional do MTE, apresenta em detalhes as competncias da SIT e do DSST. Mas ento quais so as obrigaes do rgo nacional? 1 - Estabelecimento das normas sobre SST:

    Esta a competncia legislativa privativa da Unio exercida atravs do Ministrio do Trabalho e Emprego na elaborao das normas regulamentadoras. Tal competncia est prevista no Artigo 22, inciso I, da Constituio Federal/1988:

    Compete privativamente Unio legislar sobre: ... direito do trabalho. E esta competncia se limita s normas de contedo trabalhista. Isto pode parecer um pouco bvio, mas precisamos ficar atentos: comum que alguns alunos confundam obrigaes previstas na legislao previdenciria com outras previstas na legislao trabalhista. Documentos como, por exemplo, o PPP - Perfil Profissiogrfico Previdencirio e o LTCAT Laudo Tcnico das Condies Ambientais de Trabalho so documentos previstos pela legislao previdenciria e no trabalhista! 2 - Coordenao, orientao, controle e superviso da fiscalizao e de todas as atividades de SST em mbito nacional:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 14 de 92

    Esta tambm uma competncia da Unio, prevista na Constituio Federal/1988, no seu Artigo 21, XXIV : Compete Unio: organizar, manter e executar a inspeo do trabalho. Mas vejam que as atribuies da SIT/DSST se referem gesto das atividades de SST no territrio nacional (coordenar, orientar, controlar e supervisionar). Veremos adiante que as atividades relativas execuo da fiscalizao do trabalho so atribudas aos rgos regionais. Todas as aes de fiscalizao realizadas pelos AFTs em todos os estados brasileiros so coordenadas, orientadas, controladas e supervisionadas pela SIT/DSST. Tambm cabe ao orgo nacional a gesto da Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho (CANPAT). 3 - Recebimento, em ltima instncia de recursos voluntrios ou de ofcio das decises dos Superintendentes Regionais do Trabalho e Emprego: Pessoal, a situao aqui a seguinte: Sempre que o AFT, durante procedimento fiscalizatrio, identificar alguma situao irregular por descumprimento de norma regulamentadora, ele dever lavrar um auto de infrao (Artigo 628 da CLT). A partir do recebimento do auto de infrao, a empresa ter um prazo de 10 (dez) dias corridos para protocolar defesa escrita, atendendo ao princpio do contraditrio e da ampla defesa. Uma vez apresentada a defesa, ela ser analisada por um AFT analista de processos, que poder deferi-la ou indeferi-la. (Veja que a anlise do processo infrao x defesa, ocorre em nvel regional).

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 15 de 92

    Se a defesa for indeferida, o auto de infrao ser considerado subsistente, e a empresa receber, via postal, a comunicao da imposio da multa referente infrao cometida. Caso no concorde com a imposio da multa, a empresa dever protocolar recurso voluntrio na SRTE (orgo regional), porm o recurso ser enviado a Braslia, para ser analisado pelo orgo nacional. Por outro lado, se a defesa for deferida, ou seja, acatada, o auto de infrao ser considerado insubsistente, e o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego dever apresentar recurso de ofcio ao orgo nacional, para apreciao. Vejam a redao do artigo 36 da Portaria 148/96, que regula o processo administrativo das multas administrativas: Do Recurso de Ofcio Art.36. De toda deciso que implicar arquivamento do processo, a autoridade prolatora recorrer de ofcio autoridade competente de instncia superior

    O acatamento da defesa implicaria no arquivamento do processo, da a obrigatoriedade do recurso de ofcio. Vejam que esta a segunda e ltima instncia administrativa para conhecimento de recursos. Obs: O Delegado Regional do Trabalho passou a se chamar Superintendente Regional do Trabalho e Emprego. Mas tanto na redao da CLT quanto a redao das NRs ainda consta o termo antigo, e se assim cair na prova, deve ser considerado correto! Vejam o diagrama a seguir:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 16 de 92

    Observem pelo diagrama que uma vez lavrado o auto de infrao, o AFT no ter mais nenhuma participao no processo administrativo de anlise deste auto, nem mesmo no momento da imposio da multa, conforme veremos a seguir. Obrigaes das Superintendncias Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) (antiga Delegacia Regional do Trabalho) Vejam no quadro a seguir que as Superintendncias Regionais do Trabalho e Emprego so subordinadas ao Ministro do Trabalho e Emprego. As SRTEs tambm possuem competncias especficas, aplicveis no limite de sua jurisdio. Mas qual a jurisdio de uma SRTE? o respectivo estado da federao onde ela se localiza, ou o Distrito Federal. Cada estado e tambm o DF possuem uma SRTE; no caso dos estados a SRTE localizada nas capitais. Vejamos ento as competncias das Superintendncias Regionais do Trabalho e Emprego:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 17 de 92

    1 - Promover a fiscalizao do cumprimento das normas de segurana e medicina do trabalho:

    Vejam que, enquanto o orgo nacional responsvel pela coordenao, orientao, controle e superviso da fiscalizao em mbito nacional, a SRTE responsvel em promover as aes de fiscalizao, na sua respectiva jurisdio, ou seja, regionalmente. Promover, no sentido de realizar, executar, a fiscalizao de SST. Esta responsabilidade do orgo regional executada atravs dos procedimentos de fiscalizao realizados pelos Auditores Fiscais do Trabalho. 2 - Adotar as medidas que se tornem exigveis, em virtude das disposies deste Captulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se faam necessrias:

    Este o procedimento que chamamos de notificao para regularizao das no conformidades constatadas nos locais de trabalho. Sempre que o AFT encontrar alguma irregularidade na empresa que est fiscalizando, ele poder notific-la para regularizar tal situao, determinando a adoo das medidas necessrias (exigveis).

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 18 de 92

    3 - Impor as penalidades cabveis por descumprimento das normas constantes deste Captulo, nos termos do art. 201

    Pessoal, aqui temos a competncia para aplicao da multa (penalidade), uma vez concludo o processo administrativo do auto de infrao, com indeferimento da defesa apresentada pela empresa. Esta competncia do orgo regional, atravs do Superintendente Regional do Trabalho. Ento, lembro novamente a vocs que o AFT autor do auto de infrao no ter nenhuma participao na imposio da multa. Obrigaes das Empresas 1 - Cumprir e fazer cumprir as normas de SST: Alm da obrigao de cumprir as normas de SST, a empresa tem tambm a obrigao de exigir que seus empregados as cumpram (fazer cumprir). Isto quer dizer que, por exemplo, durante procedimento fiscalizatrio, caso um empregado da construo civil seja encontrado sem o uso do capacete (e a empresa tenha disponibilizado este equipamento de proteo individual ao empregado), a empresa dever ser autuada, pois obrigao da empresa no somente fornecer o capacete, como tambm exigir o seu uso.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 19 de 92

    2 - Instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto s precaues a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenas ocupacionais:

    Todos os empregados devem ser informados, atravs de ordens de servio sobre os riscos aos quais esto expostos e as medidas de proteo a serem tomadas na execuo da sua funo, a fim de se procurar evitar acidentes e doenas ocupacionais. Tal informao transmitida ao empregado atravs de ordens de servio. claro que esta medida, por si s, no tem o condo de impedir a ocorrncia de acidentes, mas a conscientizao dos empregados uma parte importante deste processo. 3- Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional competente:

    Durante uma fiscalizao, a empresa poder ser notificada pelo AFT a adotar algumas medidas, a fim de se regularizar determinada situao que se encontre em desconformidade com as normas.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 20 de 92

    4 - Facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente: A empresa no poder dificultar ou causar nenhum embarao durante a fiscalizao realizada pelo AFT, sob pena de ser autuada. Caracterizam o embarao situaes que dificultem, atrapalhem ou at mesmo impeam a fiscalizao, como por exemplo, impedir ou retardar propositalmente o acesso do AFT ao estabelecimento aps a apresentao da Carteira de Identificao Funcional (CIF). Vejam que o livre acesso do AFT ao estabelecimento garantido pelo Artigo 630 3 e 6 da CLT: Artigo 630 3: O agente da inspeo(1) ter livre acesso a todas dependncias dos estabelecimentos sujeitos ao regime da legislao, sendo as empresas, por seus dirigentes ou prepostos, obrigados a prestar-lhes os esclarecimentos necessrios ao desempenho de suas atribuies legais

    e a exibir-lhes, quando exigidos, quaisquer documentos que digam

    respeito ao fiel cumprimento das normas de proteo ao trabalho. O no cumprimento deste artigo caracterizar embarao fiscalizao, capitulada no artigo 630 6: Artigo 630 6: A inobservncia do disposto nos 3, 4 e 5 configurar resistncia ou embarao fiscalizao e justificar a lavratura do respectivo auto de infrao... ___________________________________ (1) Agente da inspeo corresponde atualmente ao cargo de Auditor Fiscal do Trabalho.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 21 de 92

    Obrigaes dos Empregados

    Os empregados devem cumprir no somente as normas regulamentadoras, mas tambm as instrues (ordens de servio!) dadas pelo empregador com a finalidade de se prevenir doenas e acidentes do trabalho. Mas os empregados devero conhecer todas as NRs? Os empregados precisam conhecer todos os procedimentos de segurana para a realizao da sua atividade, a fim de garantir a sua segurana e a segurana de terceiros. Vimos que tais procedimentos podero ser informados atravs de ordens de servio. Mas veremos tambm que algumas NRs obrigam as empresas a treinar seus empregados para a execuo de determinadas atividades ou para conscientizao da necessidade de adoo de procedimentos de segurana especficos. Os empregados devero tambm colaborar com a empresa na aplicao dos dispositivos de SST. Mas como isto pode acontecer? Por exemplo, sempre que identificar alguma situao que oferea risco a ele prprio ou a terceiros, o empregado dever informar a empresa (por exemplo, seu superior ou o responsvel pelo setor). E se o empregado, sem justificativa, se recusar a seguir as instrues do empregador relativas preveno de acidentes do trabalho e a usar os Equipamentos de Proteo Individual fornecidos pela empresa? Estar caracterizado o ato faltoso. Vejam o quadro a seguir:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 22 de 92

    O ato faltoso pode acarretar inclusive demisso por justa causa.

    Importante !!! No podemos confundir ato faltoso com ato inseguro!!! O ato inseguro faz parte de uma cultura de segurana ultrapassada, baseada no comportamento do trabalhador, atribuindo a este toda a culpa no caso de acidentes do trabalho. Esta expresso constava na antiga redao da NR1, no item 1.7 letra b, inciso I, que foi revogado em 2009 pela Portaria 84. Segundo Sebastio Geraldo de Oliveira, Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 3 regio, a preveno centrada no combate aos atos inseguros entrava o desenvolvimento de uma cultura de preveno de acidentes e doenas ocupacionais, e infelizmente ainda uma postura dominante no Brasil. Segundo este mestre, quando ocorre um acidente, as investigaes, normalmente conduzidas por prepostos do empregador, sofrem forte inclinao para constatar um ato inseguro da vtima, analisando apenas o ltimo fato que desencadeou o infortnio, sem aprofundar nos demais fatores da rede causal, at por receio das consequncias jurdicas ou para no expor a fragilidade do sistema de gesto de segurana da empresa. Ademais, no campo da responsabilidade civil, quando fica comprovado que o dano ocorreu por

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 23 de 92

    culpa exclusiva da vtima, no cabe indenizao alguma. Esta tendncia de culpabilizar a vtima est impedindo que haja progresso nas polticas de segurana e sade do trabalhador no Brasil, tanto que os ndices de acidentes do trabalho continuam elevados.

    Faamos ento uma releitura do artigo 2 da CLT: CLT, Art 2: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econmica, admite, assalaria e dirige a prestao pessoal de servio.

    Existe uma tendncia atual do seguinte entendimento do Art 2 da CLT: o empregador no assume apenas os riscos da gesto do negcio, mas tambm, os riscos sade e segurana dos empregados, existentes no ambiente de trabalho. Delegao das atribuies de fiscalizao ou orientao s empresas O artigo 159 da CLT prev ainda a possibilidade de delegao, a outros rgos federais, estaduais ou municipais, das atribuies de fiscalizao ou orientao s empresas quanto ao cumprimento das disposies de SST nos Artigos 154 a 201 a CLT. Esta delegao se dar mediante convnio autorizado pelo Ministro do Trabalho e Emprego. Questiona-se a recepo deste artigo pela Constituio Federal principalmente por causa do artigo 21, inciso XXIV que determina que compete Unio organizar, manter e executar a inspeo do trabalho.

    SEO II DA INSPEO PRVIA E DO EMBARGO OU INTERDIO

    Inspeo prvia Nenhum estabelecimento poder iniciar suas atividades sem a prvia inspeo e aprovao das respectivas instalaes pela SRTE Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego, atravs dos seus auditores fiscais.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 24 de 92

    Vejam a tabela a seguir: Pessoal, apesar de o Artigo 160 da CLT estar em pleno vigor, na prtica a inspeo prvia no vem acontecendo, devido ao nmero reduzido de auditores fiscais. Tal fato no desobriga as empresas de emitirem a Declarao das Instalaes. Mas como eu disse, o Artigo 160 est em vigor, e o que vale para a prova!! Veremos em detalhes a NR2 na Aula1. Embargo e Interdio Vamos estudar em detalhes este assunto i-m-p-o-r-t-a-n-t--s-s-i-m-o quando estudarmos a NR3. Por enquanto importante que vocs saibam que sempre que o assunto for EMBARGO ou INTERDIO, estaremos falando de risco grave e iminente para o trabalhador. Mas o que significa esta expresso: Risco grave e iminente? Vamos buscar o conceito desta expresso na NR3:

    Considera-se grave e iminente risco toda condio ou situao de trabalho que possa causar acidente ou doena relacionada ao trabalho com leso

    GRAVE integridade fsica do trabalhador.

    Para caracterizar o risco grave e iminente, a leso que o trabalhador poder sofrer no mdia nem mnima grave!!

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 25 de 92

    Tanto o EMBARGO quanto a INTERDIO so procedimentos de urgncia de carter preventivo, e referem-se paralisao total ou parcial das atividades quando, em procedimento fiscalizatrio, o auditor do trabalho constatar situao de grave e iminente risco segurana, sade e integridade fsica dos trabalhadores.

    _____________________________________________________________

    Durante a paralisao dos servios, em decorrncia da interdio ou embargo, os empregados recebero os salrios como se estivessem em efetivo exerccio. INDEPENDENTE DO TEMPO QUE DURAR O EMBARGO OU A INTERDIO!!!

    _____________________________________________________________

    Quem pode requerer o embargo ou a interdio? Segundo o 2 do Artigo 161 da CLT, a interdio ou embargo podero ser requeridos por:

    Servio competente da Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego SRTE (por exemplo: a Seo de Segurana e Sade no Trabalho)

    Agente da inspeo do trabalho (atual AFT) Entidade sindical

    O servio competente da SRTE corresponde Seo de Segurana e Sade do Trabalho. _____________________________________________________________

    O sindicato pode requerer o embargo ou interdio, mas no pode embargar nem interditar!!!! Pois esta uma competncia do Superintendente Regional do Trabalho, que pode ser delegada aos AFTs da SRTE atravs de portaria!!!

    ____________________________________________________________

    As fotos a seguir ilustram situaes de grave e iminente risco:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 26 de 92

    Situao de grave e iminente risco 1: Risco de queda de altura. Torre de elevador tracionado a cabo. A cabine do elevador no se encontra no pavimento e no existe nenhuma proteo que impea o acesso do empregado periferia da edificao, protegendo-o contra queda de altura. Deve ser instalada, em cada pavimento, uma cancela que oferea proteo contra queda de altura quando a cabine do elevador no estiver na altura do pavimento. Nesta situao o elevador deve ser interditado.

    A foto a seguir mostra uma cancela instalada. Vejam que a cabine do elevador no se encontra no pavimento, porm no h risco de queda de altura devido instalao da cancela, que somente poder ser aberta quando o elevador estiver ao nvel do pavimento.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 27 de 92

    Situao de grave e iminente risco 2: Elevador de carga - rea de estoque de um supermercado: A porta do elevador de carga est aberta sem que a cabine esteja no nvel do pavimento: risco de queda de altura. O elevador deve ser interditado.

    Situao de grave e iminente risco 3: Obra de construo de edifcio residencial: Caixa do poo do elevador definitivo, sem fechamento provisrio, em todos os pavimentos: risco de queda de altura. A obra deve ser embargada. Situao de grave e iminente risco 4: Talude sem conteno adequada, em obra de construo civil: Risco de desmoronamento / soterramento: A obra deve ser embargada.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 28 de 92

    Situao de grave e iminente risco 5: Obra de edifcio residencial sem proteo na periferia contra queda de altura, do tipo guarda corpo e rodap, em todos os andares: A obra deve ser embargada. Lembrando que se o risco de queda de altura estiver presente em todos os andares, o embargo da obra deve ser total. Caso o risco exista apenas em alguns andares, possvel que o embargo seja parcial (considerando que no existiro outros riscos nos demais andares).

    Situao de grave e iminente risco 6: Batedeira de indstria de panificao sem dispositivo de proteo mvel intertravada, que impea o acesso zona de perigo (bacia), quando em operao, e sem botes de emergncia (dentre outros itens). A mquina

    deve ser interditada.

    Situao de grave e iminente risco 7: Cilindro de massa usado na indstria de panificao (muito antigo..) sem dispositivo de proteo mvel intertravada e sem botes de parada de emergncia (dentre outros itens). A mquina deve ser interditada.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 29 de 92

    SEO III DOS ORGOS DE SEGURANA E MEDICINA DO TRABALHO NAS EMPRESAS

    Os Artigos 162 a 165 da CLT tratam dos dois rgos de segurana e medicina do trabalho que devem ser constitudos pelas empresas, a partir de determinados critrios. So eles o SESMT (Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho) e a CIPA (Comisso Interna de Preveno de Acidentes). A CIPA foi introduzida no ordenamento jurdico nacional h mais de cinquenta anos, com a publicao do Decreto Lei 7.036/44, e incorporada redao da CLT em 1967, em razo da nova redao do artigo 164, promovida pelo Decreto-lei 229/67. Dez anos mais tarde, com a publicao da lei 6.514/77, a CIPA passou a ser disciplinada pelos artigos 163 a 165. Naquela poca, na dcada de 70, o Brasil recebeu uma triste premiao, tendo sido considerado o pas campeo mundial em acidentes de trabalho, com grande repercusso internacional. Este fato teve como consequncias uma srie de providncias por parte do governo como forma de alterar aquela realidade, como por exemplo, a obrigatoriedade de constituio de CIPA para um nmero maior de empresas, obrigatoriedade de realizao da SIPAT Semana Interna de Preveno de Acidentes e tambm da garantia da estabilidade para os membros eleitos da CIPA, representantes dos empregados. O mesmo Decreto-lei que incorporou a CIPA CLT, tambm incluiu a obrigatoriedade de as empresas manterem servios especializados em segurana e higiene do trabalho, posteriormente denominados Servios Especializados em Medicina e Segurana do Trabalho (SESMT). Tanto a CIPA quanto o SESMT possuem carter prevencionista e so hoje regulamentados respectivamente pelas NR5 e NR4. Nestas NRs constam os critrios que devem ser observados pelas empresas para criao destes rgos; nem todas as empresas so obrigadas a constitu-los. Veremos em detalhes este assunto na aula 2.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 30 de 92

    SEO IV DO EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL O empregador responsvel pelo fornecimento gratuito ao empregado de equipamento de proteo individual, adequado ao risco e em perfeito estado de conservao e funcionamento, e tambm por exigir o seu uso. Mas o que Equipamento de Proteo Individual (EPI)? todo produto ou dispositivo que tem por objetivo proteger o trabalhador, individualmente, contra um ou mais riscos que ameacem sua segurana e sade durante sua atividade laboral. Na verdade, este conceito de EPI deve ser lido de forma restritiva, pois, no basta somente que o produto proteja o trabalhador, contra um ou mais riscos que possam ameaar sua segurana e sade: para ser considerado EPI, o produto ou dispositivo deve constar da Lista do Anexo I da NR6 e tambm possuir CA Certificado de Aprovao emitido pelo MTE. Mas no se preocupem, veremos todos estes assuntos em detalhes na aula sobre a NR6! Voltando ao conceito de EPI: Vejam que o objetivo do EPI no evitar o acidentes, mas sim proteger o trabalhador contra riscos!! Vejam as figuras a seguir:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 31 de 92

    Veremos nas aulas sobre a NR6 e a NR9 que o fornecimento de EPIs deve ser ltima opo do empregador, que dever priorizar, antes da adoo destes produtos ou dispositivos, medidas de proteo coletiva e medidas de ordem geral, como medidas administrativas e de organizao do trabalho. O equipamento de proteo individual (EPI) s poder ser posto venda ou utilizado com a indicao do Certificado de Aprovao (CA) expedido pelo Ministrio do Trabalho.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 32 de 92

    SEO V DAS MEDIDAS PREVENTIVAS DE MEDICINA DO TRABALHO

    A CLT determina que os empregados devem ser submetidos a exames mdicos ocupacionais, por conta do empregador, na seguintes ocasies: O empregado no poder arcar com o nus da realizao destes exames, que devem ser custeados pelo empregador, inclusive com relao ao transporte at a clnica onde os exames sero realizados (caso no sejam realizados no prprio local de trabalho). Veremos na aula sobre a NR7 que existem mais dois exames mdicos obrigatrios: o exame de retorno ao trabalho e o exame de mudana de funo. A NR7 tambm determina a realizao de alguns exames complementares, como por exemplo, a audiometria, que deve ser realizada nos casos em que o empregado, durante sua atividade laboral, esteja submetido a rudo excessivo. A audiometria permite a avaliao da capacidade auditiva. O mdico responsvel poder exigir outros exames complementares a fim de atestar a capacidade ou aptido fsica e mental do empregado para a funo que ele exercia, exerce ou vai exercer. Outros exemplos de exames

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 33 de 92

    complementares: hemograma, raio X do trax, espirometria (avaliao da capacidade pulmonar), etc. O resultado dos exames mdicos, inclusive dos exames complementares, ser comunicado ao trabalhador. Pessoal, a entra o sigilo mdico-paciente. Somente o mdico do trabalho responsvel pela realizao dos exames e o prprio trabalhador que podero ter acesso ao resultado dos exames. Mas como ento a empresa saber se o empregado tem condies fsicas e mentais para exercer uma determinada funo? Atravs da indicao pelo mdico do trabalho da aptido do trabalhador: ou seja, aps analisar os resultados dos exames, o mdico do trabalho indicar no Atestado de Sade Ocupacional (ASO) se o empregado est APTO ou INAPTO para exercer a funo. Veremos o ASO em detalhes na aula sobre a NR7. A CLT determina tambm a obrigatoriedade do empregador de manter, no estabelecimento, o material necessrio prestao de primeiros socorros mdicos, de acordo com o risco da atividade. _____________________________________________________________

    A disponibilizao do kit de material de primeiros socorros INDEPENDE da quantidade de empregados. Mas os materiais que vo compor este kit DEPENDEM da atividade da empresa!!

    _____________________________________________________________

    O Artigo 169 determina a obrigatoriedade de notificao, por parte do empregador, das doenas profissionais e daquelas produzidas em virtude de condies especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 34 de 92

    Pessoal, encontramos o conceito de doenas profissionais e doenas do trabalho na legislao previdenciria, mais precisamente na Lei 8.213/91. So estes os conceitos:

    Art. 19. Acidente do trabalho o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou pelo exerccio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. [...] Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mrbidas: I - doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade. Um exemplo de doena profissional a silicose, que uma doena pulmonar incurvel causada pela inalao de poeira de slica. A exposio a esta poeira ocorre em quase todas as atividades de minerao e construo civil. Esta doena se manifesta aps vrios anos de exposio ao agente. Na doena profissional o nexo causal presumido, ou seja, a relao da doena com o trabalho exercido presumida. II - doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I.

    Um exemplo de doena do trabalho a alergia respiratria, desenvolvida nos casos de trabalho em ambientes com ar condicionado sem manuteno para limpeza dos filtros. Ou seja, neste exemplo, as condies ambientais do local de trabalho levaram ao surgimento da doena. Na doena do trabalho o nexo causal no presumido, o que significa que h necessidade de se comprovar que a doena se desenvolveu devido s condies especiais que o trabalho foi executado.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 35 de 92

    Tanto a doena profissional quanto a doena do trabalho so considerados acidentes do trabalho. Resumindo: No caso da doena profissional, a molstia que acomete o trabalhador tem origem na atividade por ele desenvolvida: devido ao exerccio de determinada atividade, surge a doena. Existe um vnculo (nexo causal) entre a doena e a atividade exercida. Outro exemplo: asbestose desenvolvida por trabalhador que trabalhava com telhas de amianto (asbesto) ou embolia aps descompresso sofrida por um mergulhador. Foi a prpria atividade que levou ao aparecimento da doena. Por outro lado, a doena do trabalho surge quando determinadas condies (agentes nocivos) existentes no ambiente de trabalho levam ao desencadeamento da doena. Por exemplo, um trabalhador que exerce atividade de almoxarife em ambiente com rudo excessivo, e desenvolve uma Perda Auditiva Induzida por Rudo (PAIR). A atividade exercida no a causa da doena, mas sim o rudo existente no ambiente de trabalho ("condies especiais em o trabalho realizado").

    Ento, voltando ao Artigo 169, tanto a doena profissional quanto a doena do trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, devem ser comunicadas Previdncia Social. Atualmente esta comunicao encontra fundamento na lei 8.213/91, atravs da Comunicao de Acidente do Trabalho (CAT).

    SEO VI - DAS EDIFICAES ARTIGOS 170 a 174

    As edificaes devero garantir a segurana aos que nelas trabalhem. Os locais de trabalho devero ter, no mnimo, 3 (trs) metros de p-direito. O p-direito

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 36 de 92

    a altura livre do piso ao teto. Esta altura mnima poder ser reduzida, desde que atendidas as condies de iluminao e conforto trmico compatveis com a natureza do trabalho. A reduo da altura mnima do p-direito deve-se sujeitar ao controle do rgo competente em matria de segurana e medicina do trabalho. Os pisos dos locais de trabalho no devero apresentar salincias nem depresses que prejudiquem a circulao de pessoas ou a movimentao de materiais. Alm disso, as aberturas nos pisos e paredes devem estar protegidas de forma que impeam a queda de pessoas ou de objetos: As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores, coberturas e passagens dos locais de trabalho devero garantir condies de segurana e de higiene do trabalho e estar em perfeito estado de conservao e limpeza.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 37 de 92

    SEO VII - DA ILUMINAO ARTIGO 175

    Em todos os locais de trabalho a iluminao, natural ou artificial, dever ser adequada e apropriada natureza da atividade. A iluminao dever ser uniformemente distribuda, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento, reflexos incmodos, sombras e contrastes excessivos. Os nveis mnimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho so os valores de iluminncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. As condies de iluminao para fins de conforto esto regulamentadas na NR17.

    SEO VIII - DO CONFORTO TRMICO Os locais de trabalho devem ter ventilao natural, compatvel com o servio realizado. A ventilao artificial ser obrigatria sempre que a natural no preencha as condies de conforto trmico.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 38 de 92

    _____________________________________________________________

    Ateno pessoal!! No vamos confundir: Conforto trmico x Sobrecarga trmica As condies de conforto trmico esto regulamentadas na NR17. J os limites de tolerncia referentes sobrecarga trmica esto regulamentados na NR15 Anexo 3, para fins de caracterizao de atividade insalubre!

    _____________________________________________________________

    SEO IX

    DAS INSTALAES ELTRICAS

    Os procedimentos de segurana das instalaes eltricas devem ser observados em qualquer das fases de produo, transmisso, distribuio ou consumo de energia.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 39 de 92

    Os sistemas relacionados produo, transmisso e distribuio de energia eltrica compem o chamado Sistema Eltrico de Potncia (SEP). As atividades de instalao, operao, inspeo ou reparao das instalaes eltricas somente podero ser realizadas por profissional qualificado. Veremos detalhes deste conceito quando estudarmos a NR10. Alm disso, todos os profissionais que trabalharem em servios de eletricidade ou instalaes eltricas devero estar familiarizados com os mtodos de socorro a acidentados por choque eltrico.

    SEO X

    DA MOVIMENTAO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

    A movimentao de cargas e materiais nos locais de trabalho bem como os equipamentos a serem utilizados tambm dever obedecer a requisitos mnimos de segurana, conforme j regulamentado na NR11. Esta NR tambm determina quais so as exigncias relativas ao manuseio e armazenagem de materiais, e s condies de segurana e higiene relativas aos recipientes e locais de armazenagem. Os equipamentos utilizados no transporte de materiais devem possuir indicao de carga mxima permitida. Tambm obrigatria a utilizao de avisos de proibio de fumar e de advertncia quanto natureza perigosa ou nociva sade das substncias em movimentao ou em depsito, bem como das recomendaes de primeiros socorros e de atendimento mdico e smbolo de perigo, segundo padronizao internacional, nos rtulos dos materiais ou substncias armazenados ou transportados.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 40 de 92

    SEO XI

    DAS MQUINAS E EQUIPAMENTOS As mquinas e os equipamentos devero possuir dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessrios para a preveno de acidentes do trabalho. Tambm devem ser previstos meios que impeam seu acionamento acidental, sendo proibida a fabricao, a importao, a venda, a locao e o uso de mquinas e equipamentos que no atendam a estes requisitos. As atividades de reparos, limpeza e ajustes somente podero ser executados com as mquinas paradas, salvo se o movimento for indispensvel realizao do ajuste. Veremos mais detalhes sobre este assunto na aula sobre a NR12, que contm tambm requisitos sobre outras medidas de segurana na operao de mquinas e equipamentos, proteo das partes mveis, por exemplo, atravs do enclausuramento ou utilizao de anteparos, distncia entre estas partes, vias de acesso s mquinas e equipamentos de grandes dimenses, emprego de ferramentas, sua adequao e medidas de proteo exigidas.

    SEO XII

    DAS CALDEIRAS, FORNOS E RECIPIENTES SOB PRESSO As caldeiras a vapor so equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob presso superior atmosfrica, utilizando qualquer fonte de energia (eltrica, biomassa, gs, etc). J os vasos de presso so equipamentos que contm fluidos sob presso interna ou externa, como por exemplo, reservatrios de ar comprimido, tanques de amnia. As caldeiras e equipamentos que operam sob presso devero possuir vlvula e outros dispositivos de segurana, que evitem seja ultrapassada a presso interna de trabalho compatvel com a sua resistncia.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 41 de 92

    As caldeiras e vasos de presso devem ser periodicamente submetidos a inspees de segurana. Dentre a documentao obrigatria que toda caldeira deve possuir est o "Pronturio da Caldeira", elaborado pelo fabricante, abrangendo, no mnimo: especificao tcnica, desenhos, detalhes, provas e testes realizados durante a fabricao e a montagem, caractersticas funcionais e a presso mxima de trabalho permitida (PMTP), esta ltima indicada, em local visvel, na prpria caldeira. Os vasos de presso tambm devem possuir o "Pronturio do Vaso de Presso. Veremos que, caso o pronturio seja inexistente ou tenha sido extraviado, ele dever ser reconstitudo pelo proprietrio, com responsabilidade tcnica do fabricante ou de "Profissional Habilitado". As caldeiras e os vasos de presso tambm devem possuir um Registro de Segurana, organizado e mantido atualizado pelo proprietrio, no qual sero anotadas, sistematicamente, as indicaes dos testes efetuados, inspees, reparos e quaisquer outras ocorrncias. O Registro de Segurana deve estar sempre disponvel para ser apresentado fiscalizao do trabalho.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 42 de 92

    SEO XIII

    DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS

    De forma geral, podemos entender que uma determinada atividade ser insalubre se ela colocar em risco a sade do empregado. E ser perigosa se colocar em risco a vida do empregado. A redao do artigo 189 da CLT nos mostra que a caracterizao da atividade insalubre pode ser feita de forma qualitativa ou quantitativa. Vejamos a redao deste artigo: As atividades ou operaes insalubres so aquelas que: Por sua natureza, condies ou mtodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos sua sade,

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 43 de 92

    acima dos limites de tolerncia fixados em razo da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposio aos seus efeitos Os agentes nocivos sade podem ser de natureza fsica (rudo, presses anormais, calor, dentre outros), qumica (gases, vapores, poeira, dentre outros) ou biolgica (fungos, bactrias, parasitas, dentre outros). Atividades insalubres cuja caracterizao qualitativa so aquelas nas quais verificado se o trabalhador estar exposto a determinado agente nocivo durante o exerccio da sua atividade. Por exemplo, a simples exposio ao frio ou a umidade, comprovada por um laudo tcnico de inspeo, caracterizar uma atividade insalubre, independente do tempo de exposio ou da intensidade do agente. A eliminao ou a neutralizao da insalubridade ocorrer: I - com a adoo de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerncia; II - com a utilizao de equipamentos de proteo individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerncia. A expresso limites de tolerncia indica valores numricos que servem de referncia para determinar se a atividade insalubre ou no. Estes valores constam na NR15. Tais limites se referem concentrao (no caso de agentes qumicos) ou intensidade (no caso de agentes fsicos e biolgicos) dos agentes nocivos que podem causar dano sade do trabalhador. Vejam que, no caso de exposio a agentes biolgicos, no h que se falar em limites de tolerncia, uma vez que a caracterizao de insalubridade neste caso qualitativa.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 44 de 92

    ________________________________________________________________ Mas isso no significa dizer que no existe avaliao quantitativa para agentes biolgicos! Existe sim! possvel, por exemplo, a realizao de avaliao quantitativa dos fungos (agentes biolgicos) existentes no ambiente de trabalho, para fins de verificao das condies ambientais de conforto.

    ___________________________________________________________

    Uma vez comprovada a insalubridade, o AFT dever notificar as empresas, determinando o prazo para sua eliminao ou neutralizao. Vimos anteriormente (e veremos em detalhes quando estudarmos as NR6 e NR9) que o fornecimento de EPI ao empregado deve ser a ltima opo do empregador; a prioridade deve ser a adoo de medidas de proteo coletiva e em seguida medidas administrativas. Mas caso seja necessrio o uso do EPI, importante ressaltar para vocs que o simples fornecimento deste produto ou dispositivo no dispensa, por si s, o pagamento do adicional de insalubridade. O EPI deve garantir a eliminao ou neutralizao da insalubridade! Neste sentido, vejam o entendimento do TST dado pela Smula 289: SUM-289 INSALUBRIDADE. ADICIONAL. FORNECIMENTO DO APARELHO DE PROTEO. EFEITO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O simples fornecimento do aparelho de proteo pelo empregador no o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam diminuio ou eliminao da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.

    A palavra diminuio aqui se refere ao enquadramento da concentrao ou intensidade do agente nocivo, abaixo dos limites de tolerncia conforme o disposto na NR15 (que estudaremos detalhadamente), de forma a descaracterizar a atividade como insalubre. Caso a adoo dos equipamentos de proteo individual garanta a eliminao da insalubridade, no caber mais o pagamento do adicional. Sobre este assunto, vejam a redao da Smula 80 do TST:

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 45 de 92

    SUM-80 INSALUBRIDADE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A eliminao da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo rgo competente do Poder Executivo exclui a percepo do respectivo

    adicional.

    A NR15 a norma regulamentadora que trata das Atividades e Operaes Insalubres e contm os critrios para caracterizao quantitativa e qualitativa destas atividades. A NR16 a norma regulamentadora que trata das Atividades e Operaes Perigosas e contm os critrios de caracterizao das atividades perigosas. O adicional de insalubridade O exerccio de atividade insalubre acima dos limites de tolerncia estabelecidos pelo Ministrio do Trabalho (NR15) garante ao trabalhador a percepo da adicional respectivo da seguinte forma: Pessoal, vamos abrir um parntesis aqui para falarmos sobre a base de clculo do adicional de insalubridade. A redao da CLT determina que esta base de clculo o salrio mnimo. Entretanto, o Artigo 7, inciso IV da Constituio Federal/1988, determina que vedada a vinculao do salrio mnimo para qualquer fim.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 46 de 92

    Em 2008, o STF - Supremo Tribunal Federal publicou a Smula Vinculante no. 4 com seguinte redao: Salvo nos casos previstos na Constituio, o salrio mnimo no pode ser usado como indexador de base de clculo de vantagem de servidor pblico ou de empregado, nem ser substitudo por deciso judicial. Ou seja, o adicional de insalubridade no poderia ento, ser vinculado ao salrio mnimo. Por este motivo, em Julho/2008, o TST publicou a Smula 228, com a

    seguinte redao: A partir de 9 de maio de 2008, data da publicao da Smula Vinculante n 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade ser calculado sobre o salrio bsico, salvo critrio mais vantajoso fixado em instrumento coletivo. Entretanto, aps a publicao da Smula 228, foi ajuizada no STF, pela Confederao Nacional da Indstria (CNI), reclamao com pedido de liminar tendo como objeto a suspenso desta Smula. Em sua deciso, o STF acatou o pedido de liminar, pois entendeu que no possvel a substituio do salrio mnimo, seja como base de clculo, seja como indexador, antes da edio de lei ou celebrao de conveno coletiva que regule o adicional de insalubridade....Diz a deciso: ...Ante o exposto, defiro a medida liminar para suspender a aplicao da Smula n 228/TST na parte em que permite a utilizao do salrio bsico para calcular o adicional de insalubridade. A Resoluo Administrativa no 185/2012 incluiu o seguinte adendo Smula 228: Smula cuja eficcia est suspensa por deciso liminar do Supremo Tribunal Federal. Ento, gente, concluindo e fechando o parntesis: por enquanto, a base de

    clculo do adicional de insalubridade continua sendo o salrio mnimo.

    Atividades perigosas A atual redao do Artigo 193 da CLT nos apresenta as atividades consideradas perigosas para fins de percepo do adicional de periculosidade (ateno para a nova redao do 4 deste artigo dada pela lei 12.997/14!): Art. 193. So consideradas atividades ou operaes perigosas, na forma da regulamentao aprovada pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposio permanente do trabalhador a: I - inflamveis, explosivos ou energia eltrica II - roubos ou outras espcies de violncia fsica nas atividades profissionais de segurana pessoal ou patrimonial ... 4o So tambm consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 47 de 92

    Mas o que risco acentuado? No encontraremos este conceito expresso nem na CLT, nem na NR16, nem nas demais leis que dispem sobre atividades perigosas, citadas neste artigo. Mas encontraremos sim, na legislao citada, as condies de risco acentuado, que caracterizam tais atividades como perigosas. A NR16 regulamentou o artigo 193 da CLT, indicando as condies de risco acentuado nas atividades com explosivos e inflamveis (pois na poca da elaborao da norma apenas estas duas atividades constavam na CLT como perigosas). Porm, em 2003, a portaria GM 518, incluiu mais uma atividade perigosa(2) nesta lista da NR16: atividades com radiaes ionizantes; ento, segundo a redao da NR16, as seguintes atividades ensejam o pagamento do adicional de periculosidade (desde que presentes as condies de risco acentuado citadas na norma): - Atividades com inflamveis - Atividades com explosivos - Atividades com radiaes ionizantes ou substncias radioativas Em 2009, tivemos nova incluso na lista de atividades perigosas, com a publicao da lei 11.901, que assegurou aos bombeiros civis o pagamento do adicional de periculosidade. Com a publicao da Portaria MTE n. 1.885, em dezembro de 2013, a NR16 tambm passou a regulamentar as atividades e operaes perigosas com exposio a roubos ou outras espcies de violncia fsica nas atividades profissionais de segurana pessoal ou patrimonial. Em outubro/2014, com a publicao da Portaria GM 1.565 foi includo na norma o Anexo V - ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA, regulamentando o Art. 193 4o da CLT. _______________________ (2) Na aula sobre a NR16 apresento em detalhes o histrico do entendimento jurisprudencial e da doutrina sobre o fato de uma portaria e no uma lei alterar a redao da NR16 e incluir uma atividade no contemplada na CLT, como atividade perigosa.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 48 de 92

    Ento pessoal, resumindo, atualmente as seguintes atividades so consideradas perigosas para fins do pagamento do adicional de periculosidade:

    Atividade Legislao Atividades de

    segurana pessoal e patrimonial

    CLT / Lei 12.740/12

    Inflamveis CLT / NR16 Explosivos CLT / NR16

    Setor eltrico CLT / Lei 12.740/12 Radiaes ionizantes

    ou substncias radioativas

    Portaria GM 518/03 / NR16

    Bombeiros civis Lei 11901/09 Atividades de

    trabalhadores em motocicletas

    CLT / Lei 12.997/14

    Mas ser que somente as atividades elencadas na tabela anterior so realmente perigosas? Claro que no! Porm, apesar de existirem outras atividades at mesmo mais perigosas do que aquelas regulamentadas pelos dispositivos legais citados acima, as mesmas no ensejam o pagamento do adicional de periculosidade, simplesmente por falta de previso legal. O adicional de periculosidade O trabalho em condies de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salrio sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios ou participaes nos lucros da empresa. O empregado poder optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. A OJ347 do TST estendeu o direito percepo do adicional de periculosidade tambm aos cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia (trabalho realizado na proximidade das instalaes

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 49 de 92

    eltricas, segundo a NR10), por exposio ao risco de choque eltrico, j que o trabalho destes obreiros realizado prximo rele eltrica area. OJ-SDI1-347 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SISTEMA ELTRICO DE POTNCIA. LEI N 7.369, DE 20.09.1985, REGULAMENTADA PELO DECRETO N 93.412, DE 14.10.1986. EXTENSO DO DIREITO AOS CA-BISTAS, INSTALADORES E REPARADORES DE LINHAS E APARELHOS EM EMPRESA DE TELEFONIA (DJ 25.04.2007) devido o adicional de periculosidade aos empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, desde que, no exerccio de suas funes, fiquem expostos a condies de risco equivalente ao do trabalho exercido em contato com sistema eltrico de potncia

    Tanto o adicional de insalubridade quanto o de periculosidade so salrio-condio, ou seja, o direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessar com a eliminao do risco sua sade ou integridade fsica. O que significa dizer que a recepo destes adicionais no direito adquirido do empregado, pois, uma vez cessada a condio ou situao insalubre ou perigosa, o respectivo adicional no ser mais devido. Percia O Artigo 195 da CLT prev que a caracterizao e classificao da insalubridade (em grau mximo, mdio ou mnimo) e da periculosidade, segundo as normas do Ministrio do Trabalho, devem ser realizadas por percia a cargo de Mdico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho. No existe mais a necessidade de registro destes profissionais no Ministrio do Trabalho. Eles devem, claro, ser registrados nos respectivos conselhos profissionais. Porm, o texto da CLT ainda mantm esta obrigatoriedade, ento, para a prova, vale a redao da CLT ok? O 1 do Artigo 195 estabelece ainda, que facultado s empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministrio do Trabalho a realizao de percia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 50 de 92

    SEO XIV DA PREVENO DA FADIGA

    A CLT determina que o peso mximo que um empregado pode remover individualmente de 60 kg (sessenta quilogramas), ressalvadas as disposies especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher. Entretanto, sabe-se h algum tempo que tal atividade como descrita na CLT pode trazer danos graves sade do trabalhador, porm este texto ainda est valendo. A NR17 trata deste tema de uma forma mais preocupada com a segurana do trabalhador, determinando que: No dever ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso seja suscetvel de comprometer sua sade ou sua segurana. No est compreendida naquela proibio a remoo de material feita por impulso ou trao de vagonetes sobre trilhos, carros de mo ou quaisquer outros aparelhos mecnicos, podendo o Ministrio do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos do empregado servios superiores s suas foras. A empresa dever disponibilizar assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, e evitem posies incmodas ou foradas, sempre que a execuo da tarefa exija que o trabalho seja realizado sentado.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 51 de 92

    SEO XV

    DAS OUTRAS MEDIDAS ESPECIAIS DE PROTEO ARTIGO 200

    Pessoal, o Artigo 200 prev o estabelecimento, pelo Ministrio do Trabalho, de disposies complementares s normas tratadas nos artigos anteriores. Tais disposies j foram regulamentadas pelas NRs, e tm a seguinte correspondncia:

    INCISO DO ARTIGO 200 NORMA REGULAMENTADORA I - medidas de preveno de acidentes e os equipamentos de proteo individual em obras de construo, demolio ou reparos;

    NR18

    II - depsitos, armazenagem e manuseio de combustveis, inflamveis e explosivos, bem como trnsito e permanncia nas reas respectivas;

    NR19 e NR20

    III - trabalho em escavaes, tneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto preveno de exploses, incndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminao de poeiras, gases, etc. e facilidades de rpida sada dos empregados;

    NR22

    IV - proteo contra incndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigncias ao especial revestimento de portas e paredes, construo de paredes contra-fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fcil circulao, corredores de acesso e sadas amplas e protegidas, com suficiente sinalizao

    NR23

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 52 de 92

    V - proteo contra insolao, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a cu aberto, com proviso, quanto a este, de gua potvel, alojamento profilaxia de endemias;

    NR21

    VI - proteo do trabalhador exposto a substncias qumicas nocivas, radiaes ionizantes e no ionizantes, rudos, vibraes e trepidaes ou presses anormais ao ambiente de trabalho, com especificao das medidas cabveis para eliminao ou atenuao desses efeitos limites mximos quanto ao tempo de exposio, intensidade da ao ou de seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames mdicos obrigatrios, limites de idade controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigncias que se faam necessrias;

    NR7, NR9 e NR15

    VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminao das exigncias, instalaes sanitrias, com separao de sexos, chuveiros, lavatrios, vestirios e armrios individuais, refeitrios ou condies de conforto por ocasio das refeies, fornecimento de gua potvel, condies de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execuo, tratamento de resduos industriais;

    NR24 e NR25

    VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizaes de perigo. Pargrafo nico - Tratando-se de radiaes ionizantes e explosivos, as normas a que se referem este artigo sero expedidas de acordo com as resolues a respeito adotadas pelo rgo tcnico.

    NR26

    SEO XVI

    DAS PENALIDADES ARTIGO 201

    As infraes referentes ao disposto no Captulo V do Ttulo II sero punidas com as seguintes multas:

    Infraes relativas medicina do trabalho: multa de 3 (trs) a 30 (trinta) vezes o valor de referncia previsto no artigo 2, pargrafo nico, da Lei n 6.205, de 29 de abril de 1975

    Infraes relativas segurana do trabalho com multa de 5 (cinco) a 50 (cinquenta) vezes o mesmo valor.

    _______________________________________________________________

    Em caso de reincidncia, embarao ou resistncia fiscalizao, emprego de artifcio ou simulao com o objetivo de fraudar a lei, a multa ser aplicada em seu valor MXIMO. (e no em seu valor mnimo nem dobrado)

    _______________________________________________________________

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 53 de 92

    Chegamos ao final da nossa aula demonstrativa! Espero que vocs tenham gostado! Vejamos agora a lista de questes e os respectivos gabaritos. Em seguida apresentarei os comentrios e ao final, um resumo da aula. Abraos e bons estudos! At a prxima!

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 54 de 92

    LISTA DE EXERCCIOS QUESTO 1 - AFT/MTE/ESAF/2006 Analise as proposies relativas CLT e assinale, a seguir, a opo correta. I. Ser obrigatria a notificao de doena produzida em virtude das condies especiais de trabalho, ainda que seja por suspeio, de conformidade com as instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho. II. As edificaes devero obedecer, de acordo com a viabilidade econmica, aos requisitos tcnicos que garantam perfeita segurana aos que nelas trabalhem. III. Os locais de trabalho devero ter, no mnimo, 3 (trs) metros de p-direito, em geral, assim considerada a altura livre do piso ao teto. IV. Em caso de reincidncia, embarao ou resistncia fiscalizao, emprego de artifcio ou simulao com o objetivo de fraudar a lei, a multa ser aplicada em seu valor mximo dobrado. A) Todas as proposies esto erradas. B) Todas as proposies esto corretas. C) Apenas uma proposio est correta. D) Apenas duas proposies esto corretas. E) Apenas trs proposies esto corretas. QUESTO 2 - AFT/MTE/ESAF/2006 Analise as proposies transcritas, com base na CLT e assinale, a seguir, a opo correta. I. O Delegado Regional do Trabalho, vista do laudo tcnico do servio competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poder interditar estabelecimento, setor de servio, obra, mquina ou equipamento. II. O equipamento de proteo individual s poder ser posto venda ou utilizado com a indicao do Certificado de Aprovao do Inmetro.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 55 de 92

    III. O trabalho em condies de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salrio com os acrscimos resultantes de gratificaes e prmios. IV. Permitida uma reeleio, o mandato dos representantes designados da CIPA ter durao de 1 (um) ano. A) Todas as proposies esto erradas. B) Todas as proposies esto corretas. C) Apenas uma proposio est correta. D) Apenas duas proposies esto corretas. E) Apenas trs proposies esto corretas. QUESTO 3 - AFT/MTE/ESAF/1998 Segundo o Artigo 157, do Captulo V, do Ttulo II da Consolidao das Leis do Trabalho CLT, no de responsabilidade das empresas: A) Cumprir e fazer cumprir as normas de segurana e medicina do trabalho B) Instruir os empregados, atravs de ordens de servio, quanto s precaues a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenas ocupacionais C) Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional competente D) Facilitar o exerccio da fiscalizao pela autoridade competente E) Fornecer os equipamentos de proteo individual para os seus empregados, a preo de custo QUESTO 4 - ENG SEG/CESP/VUNESP/2009 De acordo com a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que alterou o Captulo V, do Ttulo II, da Consolidao das Leis do Trabalho: A) Inscreve-se, entre as atribuies das Superintendncias Regionais do Trabalho, o pronunciamento, em ltima instncia, acerca dos recursos das decises exaradas pelos Delegados Regionais do Trabalho em suas reas de competncia. B) Requerer o embargo de obra ou a interdio de estabelecimento, setor de servio, mquina ou equipamento, que implique grave e iminente risco, constitui prerrogativa exclusiva dos auditores fiscais do trabalho.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 56 de 92

    C) A demisso de membro eleito da CIPA s pode ocorrer por justa causa, pois, em caso de reclamao Superintendncia Regional do Trabalho, o empregador pode ser obrigado a reintegrar o empregado demitido. D) As atribuies de fiscalizao ou orientao s empresas quanto ao cumprimento do disposto nesse captulo, podero ser delegadas a outros rgos federais, estaduais ou municipais, mediante convnio autorizado pelo ministro do trabalho. E) Uma vez determinada a paralisao dos servios pelo auditor fiscal do trabalho, fica caracterizada a suspenso do contrato de trabalho, no cabendo aos empregados, enquanto ela perdurar, a participao nos lucros da empresa e outras vantagens assemelhadas. QUESTO 5 - TEC SEG/PREF SO CARLOS/VUNESP/2011 A Consolidao das Leis do Trabalho, no Captulo V, relativo segurana e medicina do trabalho, estabelece, entre outras providncias, A) A criao da Comisso Tripartite Paritria Permanente CTPP, com objetivo de se elaborar as regulamentaes na rea de segurana e sade no trabalho e de normas gerais relacionadas s condies de trabalho. B) Que ao Tcnico de Segurana do Trabalho cabe informar o empregador, atravs de parecer tcnico, sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho, bem como orient-lo sobre as medidas de eliminao e neutralizao. C) Os direitos e obrigaes do Governo, dos empresrios e dos trabalhadores na rea da segurana e medicina do trabalho, posteriormente, regulamentados na Portaria n. 3.214, de 8.06.1978. D) Que a sade um estado de completo bem-estar fsico, mental e social, e no apenas a ausncia de doenas ou enfermidades. E) Que o seguro contra acidentes do trabalho est a cargo do empregador, sem excluir a indenizao quando incorrer em dolo ou culpa. QUESTO 6 - TEC SEG / CISMEPAR / AOCP / 2011

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 57 de 92

    Assinale a alternativa que apresenta a alternativa correta. A caracterizao e a classificao da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministrio do Trabalho, far-se-o atravs de percia a cargo de: A) Mdico do Trabalho ou Tcnico em Segurana do Trabalho B) Engenheiro do Trabalho ou Enfermeiro do Trabalho C) Tcnico em Segurana do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho D) Enfermeiro do Trabalho ou Mdico do Trabalho E) Engenheiro do Trabalho ou Mdico do Trabalho QUESTO 7 - ENG SEG JR/TRANSPETRO/CESGRANRIO/2011 Nos locais de trabalho, a ventilao natural deve ser compatvel com a natureza da atividade. Se esse tipo de ventilao no preencher os requisitos de conforto trmico, a CLT estabelece que se deve: A) recomendar o uso do EPI B) utilizar a ventilao artificial C) alterar os mtodos de trabalho D) prescrever a ingesto de gua e sal E) realizar avaliaes clnicas periodicamente QUESTO 8 - ENG SEG/ISGH/INSTITUTO CIDADES/2010 De acordo com a Lei n 6.514/77, compete especialmente as Delegacias Regionais do trabalho, nos limites de sua jurisdio: I. Promover a fiscalizao do cumprimento das normas de segurana e medicina do trabalho. II. Coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalizao do ministrio do trabalho relacionado a segurana e a medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho. III. Impor as penalidades cabveis por descumprimento das normas da segurana e da medicina do trabalho. IV. Estabelecer, nos limites de sua competncia, normas sobre a aplicao dos preceitos da segurana e medicina do trabalho.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 58 de 92

    V. Adotar as medidas que se tornam exigveis, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se faam necessrias. Esto corretas apenas: A) I, III e V B) II e IV C) II, III e IV D) I e V QUESTO 9 - TEC SEG/CASA DA MOEDA/CESGRANRIO/2009 O artigo nO 158 da CLT determina que cabe aos empregados: A) Comprar os equipamentos de proteo individual B) Observar as normas de segurana e medicina do trabalho C) Impor as penalidades cabveis por descumprimento das normas D) Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo rgo regional competente E) Promover a fiscalizao do cumprimento das normas de segurana e medicina do trabalho QUESTO 10 MED TRAB/PREF DIADEMA/VUNESP/2010 Conforme prev a Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), a recusa injustificada por parte do empregado ao uso dos Equipamentos de Proteo Individual constitui: A) Crime de desobedincia B) Ato falho C) Ato de rebeldia D) Ato de desafio E) Ato faltoso QUESTO 11 - ENG SEG / IAMSPE / VUNESP /2012 Conforme a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que alterou o Captulo V, do Ttulo II da Consolidao das Leis do Trabalho: A) Constitui atribuio exclusiva e intransfervel das Superintendncias Regionais do Trabalho e Emprego e suas Gerncias Regionais a fiscalizao dos

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 59 de 92

    ambientes de trabalho quanto ao cumprimento das disposies constantes nesse captulo. B) O exerccio de trabalho em condies insalubres assegura a percepo de adicional, respectivamente, de 30% (trinta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salrio-mnimo da regio, segundo se classifiquem nos graus mximo, mdio e mnimo. C) competncia da Diviso de Segurana e Medicina do Trabalho das Unidades Descentralizadas do Ministrio do Trabalho e Emprego coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalizao da Segurana e Sade no Trabalho em sua jurisdio. D) A interdio ou embargo determinado pela Delegacia Regional do Trabalho caracteriza, no mbito jurdico, regime especial de trabalho, em que os empregados continuam a perceber salrio, mas no aquelas vantagens associadas produo. E) Os representantes dos empregados na CIPA, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados. QUESTO 12 - ENG SEG / IAMSPE / VUNESP /2012 De acordo com a Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que alterou o Captulo V, do Ttulo II da Consolidao das Leis do Trabalho: A) Incumbe ao rgo regional competente em matria de segurana e medicina do trabalho conhecer, em ltima instncia, dos recursos, voluntrios ou de ofcio, das interpelaes dos auditores fiscais do trabalho em matria de segurana e medicina do trabalho. B) Responder por desobedincia, alm das medidas penais cabveis, quem, aps determinada a interdio ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento, a utilizao de mquina ou o prosseguimento de obra, independentemente de resultarem danos a terceiros. C) A eliminao ou neutralizao da insalubridade ocorrer com a utilizao de equipamentos de proteo individual que diminuam a intensidade do agente

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 60 de 92

    agressivo a limites de tolerncia ou comprovao clnica de que a exposio no implica alteraes na sade dos trabalhadores. D) Ser obrigatria a notificao das doenas profissionais e das produzidas em virtude de condies especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho. E) As mquinas e os equipamentos devero ser dotados de dispositivos de partida e parada concebidos de forma a prevenir acidentes, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental, e os reparos, limpeza e ajustes somente podero ser executados com as mquinas paradas. QUESTO 13 - ENG SEG /PREF SO J CAMPOS /VUNESP/2012 De acordo com o disposto na Lei n. 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que alterou o Captulo V, do Ttulo II da Consolidao das Leis do Trabalho: A) Constitui crime, com as medidas penais cabveis, o no atendimento da determinao de interdio ou embargo, ordenando ou permitindo o funcionamento de estabelecimento ou a utilizao de mquinas ou equipamentos que, de acordo com a fiscalizao, implicam risco grave e iminente aos trabalhadores. B) A empresa obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteo individual adequado ao risco, e em perfeito estado de conservao e funcionamento, que traga, em caracteres indelveis, o nmero do Certificado de Aprovao emitido pela Fundacentro. C) So consideradas atividades ou operaes perigosas, na forma da regulamentao aprovada pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamveis, explosivos ou eletricidade em condies de risco acentuado. D) Ocorrendo a despedida de membro eleito da Comisso Interna de Preveno de Acidentes, caber ao empregador, em caso de reclamao Unidade Descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego, comprovar a existncia de motivo previsto em Lei, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 61 de 92

    E) O Delegado Regional do Trabalho, independentemente de recurso, e aps laudo tcnico do servio competente, poder levantar a interdio que, ao implicar paralisao dos servios, acarreta aos empregados o direito percepo dos salrios como se estivessem em efetivo exerccio. QUESTO 14 - ENG SEG /PREF SO J CAMPOS /VUNESP/2012 A Consolidao das Leis do Trabalho, ao contemplar a Segurana e Sade no Trabalho, define que: A) Incumbe ao rgo de mbito regional, competente em matria de segurana e medicina do trabalho, coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalizao das condies de trabalho em sua jurisdio. B) Cabe aos empregados observar as normas de segurana e medicina do trabalho, inclusive as ordens de servio internas empresa, fornecendo ao empregador os subsdios necessrios adoo de equipamentos de proteo coletiva. C) facultado s empresas e aos sindicatos das categorias profissionais requererem ao Ministrio do Trabalho a realizao de percia em estabelecimento com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. D) obrigatria a notificao, por meio do preenchimento da CAT, dos acidentes e doenas profissionais e das produzidas em virtude de condies de trabalho, cujo nexo causal j tenha sido estabelecido em estudos epidemiolgicos. E) Cabe ao empregador elaborar ordens de servio sobre segurana e medicina do trabalho, dando cincia aos empregados com o objetivo de prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho e divulgar as obrigaes que os empregados devam atender. QUESTO 15 TEC SEG / BRB / CESPE/ 2010 Segundo a Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), de responsabilidade do rgo de mbito nacional competente em matria de segurana e medicina do trabalho estabelecer normas para a aplicao dos preceitos a respeito de segurana e medicina do trabalho e coordenar a fiscalizao e as atividades

  • www.maracamisassa.com.br Pgina 62 de 92

    relacionadas a essas atividades em todo o territrio nacional, inclusive promovendo a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho. Com relao a esse tema, julgue os itens seguintes. 1 - A Diretoria de Segurana e Sade no Trabalho, do Ministrio do Trabalho e Emprego tem a responsabilidade de executar a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho. 2 - As superintendncias regionais do trabalho e emprego tm a responsabilidade, nos limites de sua jurisdio, de promover a fiscalizao do cumprimento das normas de segurana e medicina do trabalho. QUESTO 16 TEC SEG / FUNESA / CESPE/ 2008 A Lei n. 6.514/1977 alterou o Captulo V do Titulo II da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), relativo a segurana e medicina do trabalho. A respeito dessa legislao, julgue os prximos itens. 1 - Nenhum estabelecimento poder iniciar suas atividades sem prvia inspeo e aprovao das respectivas instalaes pela autoridade regional competente em matria de segurana e medicina do trabalho. 2 - As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, estaro obrigadas a manter servios especializados em segurana e em medicina do trabalho. Essas normas estabelecero classificao das empresas segundo o nmero de empregados e a natureza do risco de suas atividades. 3 - As edificaes devero obedecer aos requisitos tcnicos que garantam perfeita segurana aos que nelas trabalhem. Para isto, os locais de trabalho devero ter, no mnimo, 4 metros de p-direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto. QUESTO 17 TEC SEG / EMBASA / CESPE/ 2009 Com relao consolidao das leis do trabalho (CLT), julgue os prximos itens.