DECLARAÇÃO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    eg c o ur co e

    Falta e Vicios da Vontade

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    CONCEITO

    Vcios da vontadeVcios da vontade--ConceitoConceito Trata-se de perturbaes do processo formativo da vontade, operando

    , ,determinada por motivos anmalos e valorados, pelo Direito, comoilegtimos.

    A vontade no se formulou de um modo julgado normal e so. Divergncia entre a vontade e a declarao .

    Mas o que a Declarao Negocial? O comportamento que, exteriormente observado, cria a aparncia de

    exterioriza o de um certo contedo de vontade ne ocial sendo estacaracterizada como a inteno de realizar certos efeitos prticos, comnimo de que sejam juridicamente tutelados e vinculantes.

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    CONCEITO

    onta e e ec ara o-- ons ste em o ec arante terconscincia e vontade que o seu comportamento declarativo tenha

    significado negocial vinculativo e produza efeitos negociais no.

    Exp: Quando alguem subscreve um contrato, julgando que estassinar uma carta de felicitaes

    C) Vontade Negocial---Consiste na vontade de celebrar um negociojurdico de contedo com o significado exterior da declarao. Pode

    Exp: o caso de o declarante querer comprar a quinta doMosteiro e declara querer comprar a Quinta da Capela

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    DIVERGNCIA

    Uma vonta e nexpressa no po e ser enten a por outrm nem pro uz refeitos jurdicos. Precisa de ser "declarada", para que constitua direitos ou

    obrigaes em relao ao ou aos destinatrios da declarao

    A vontade real do declarante pode no corresponder vontade declarada.

    O le islador tem de tutelar, ois, a boa f, nas rela es urdicas, e or isso

    pode ser invlida a declarao da vontade que no corresponda inteno realde quem a declarou.

    Verificando-se uma divergncia entre a vontade real e a vontade declarada, hque distinguir os casos em que tal divergncia intencional daqueles em que a

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    DIVERGNCIA

    ,declarao ---o elemento interno (vontade) e o elemento externo da

    declarao negocial (declarao propriamente dita) no coincidero e esta vergnc a po e ser ntenc ona ou no.

    Normalmente o elemento interno vontade e o elemento externo

    da declarao (declarao propriamente dita) coincidiro se noconcidirem temos a divergncia entre a vontade e a declarao.

    o a:

    Divergncia--simulao; reserva mental; declarao no srias

    intencional; coao fsica; falta de conscincia e erro na declarao. Vicios de vontade--erro;dolo;coao moral, incapacidade e estado de

    necessidade.

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    DIVERGNCIA

    elementos fundamentais

    vontade e emen o ps co g co n erno su ec vo

    declarao

    e emen o ps co g co ex erno o ec vo

    ,negcio tem traduo adequada na sua declarao

    diver ncias entre a vontade e a declara o

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    DIVERGNCIA

    A divergncia entre a Vontade Real e a Declarao

    pode ser:

    Quando o declarante emite, conscientemente e livremente, umadeclara o com um sentido ob ectivo diferente da sua vontade

    real. Divergncia no intencional

    Quando a divergncia que existe entre a vontade real e adeclarao involuntria ouporque o declarante se no

    aprecebe da divergncia ou poruqe forado irresistivelmentea emitir uma declarao com um sentido diferente do seu realintento.

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL

    A divergncia intencional pode apresentar-se sob 3

    formas principais :1. Simulao

    2. Reserva mental Enganosas

    3. Declaraes no srias No Enganosas

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL

    A divergncia no intencional pode apresentar-se

    sob 3 formas principais :1. Erro-Obstculo ou erro na declarao art247CCiv

    2. Falta de conscincia na Declarao art246CCiv

    3. Coao Fisica ou violncia absoluta

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    Simulao (art. 240)

    O declarante emite uma declarao com um sentido objectivo diferente, ,inteno de enganar terceiros.

    Exemplo :Venda fantstica

    "A" finge vender um prdio a "B", por conluio com este, a fim deprejudicar os seus credores; no querem na realidade vender nemcomprar, mas apenas criar uma aparncia danosa para aqueles

    terceiros. A simulao negocial consitui uma divergncia intencional entre o

    com a celebrao do negcio juridico.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    Noo de Simulao criar uma falsa aparncia.

    ,simulado pede 3 requesitos:

    1. Intencionalidade da divergncia--entre a declarao e a vontadeas partes am as querem ce e rar um negc o que no para

    valer)

    2. Acordo entre declarante e declartrio--assente em combina oou concluio das mesmas.acordo simulatrio-Pactum Simulationis

    3. Intuiro de enganar terceiro--inteno ou proposito de enganar

    terceiros (animus decipiendi vel nocendi)

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-NOO

    A origem etimolgica da palavra simulao

    simulatio, cujo significado em latim fingimento.

    No mbito jurdico, simulao , de acordo com

    Universidade De Coimbra), o ato de algum que,conscientemente e com a convenincia de outrapessoa, a que a sua declarao dirigida, faz conter

    nesta, como vontade declarada, uma coisa quenen uma e as quer, ou uma co sa versa aque aque ambas querem.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    s partes acor am em em t r ec ara es n o correspon entes sua vontade real com intuito de enganar terceiros (art

    240/1CCiv). Esta operao, uma operao complexa quepostula trs acordos:

    ACORDOS

    ACORDO SIMULATRIO

    Visa a montagem da operao

    ACORDO DISSIMULADO Exprime a vontade real de ambas

    as partes, visando o negcio

    ACORDO SIMULADO

    Traduz uma aparncia de contratoenganar terceiros

    elas, ou um puro e simples retirarde efeitos ao negcio simulado

    jurdica

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    a s mu a o as partes tem uma n ca vonta e--a vonta esimulada, que por definio implica a dissimulada e implica a

    simulatria. No art 240, pede-se trs requesitos:

    Art 240 CCiv

    Acordo entre declarante edeclaratrio

    Divergncia entre declarao

    e vontade das artes

    Intuito de enganar terceiros

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    o os estes reques tos t m es er nvoca os e prova os porquem pretender prevalecer-se do regime da simulao

    Este acordo entre declarante e declaratrio, muito importante,at para que se fique prevenido contra uma certa confuso que

    simulao.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    Exemplos de simulao:

    Caso 1 Factos: O A tem 1 casa arrendada ao C. Mas o A quer vender a casa ao B que a quer

    comprar, e entre os 2 (A+B) simulam 1 doao do Apara o B que este ltimo aceita,para que o C no possa usufruir do direito de preferncia na aquisio.O A fez escriturapblica da casa que doou ao B e este aceitou a doao.

    Vejamos: 1-O A no doou a casa que possui. Vendeu a casa ao B (existe aqui um acordo

    simulatrio entre A e B)

    2-O B comprou a casa ao A (H vontade de enganar C)

    3-Declaram uma doao, por escritura pblica, e o que houve foi uma compra e venda-- --COMPRA E VENDA)

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    onc u n o: Este negcio jurdico est ferido por SIMULAO RELATIVA e portante,

    NULO, de acordo com o art 241 do CC e ainda de acordo com o artigo 220 doCC no obedeceu forma le al ou se a foi feirta escritura de doa o uandodevia ter sido feita compra e venda.

    Caso 2

    Factos: A est cheio de dividas, e os credores no o largam. A possui um terreno ereceia que o credores o penhorem. Para tentar retirar o dito terreno da sua esferajurdica, A fala com um amigo de longa data, em quem tem uma confiana ilimitada, ecom nam azer uma escr tura em que ven e o terreno em causa ao am go que ocompra (fazem isto para enganar os credores, a chmada venda fantstica). O terrenoagora vendido ao amigo , de que o A no recebe qualquer valor, ser passados alguns

    anos vendido novamente ao A elo ami o conforme fora combinado.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    e amos: 1- A no vendeu o terreno que possui ao amigo (existe aqui um acordo simulatroio

    entre A e o amigo)- ,

    3-Declaram uma compra e venda, por escritura pblica, e no houve compra e vendaverbal ( existe aqui uma simulao absoluta-um s negcio- art 240 CC)

    Concluindo:

    Este Negcio jurdico est ferido por SIMULAO ABSOLUTA e portanto NULO,de acordo com o artigo 240 do CC.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    so u a- r - u o por r s o neg c o na a esescondido

    Simulao Relativa Subjectiva ou dos sujeitos--Por supresso do sujeito real (3)

    --Interposio fictcia do sujeito(4)

    Objectiva

    --Sob a natureza do ne cio 1

    -- Sob o valor (2)

    1--Fingimos fazer uma doao e fazemos uma venda

    2--Declaramos a venda por um preo inferior ao real. O negcio valido, s o preo que nulo

    3--Um construtor civil celebra uma venda de 10 a artamentos a um investidor sob a condi o de a escriturade compra e venda ser feita a pessoas que o investidor indicar e que ainda vai arranjar. Trata-se de umnegcio simulado relativo, subjectiva de sujeitos, e existe aqui uma supresso do sujeito real. Assim oinvestidor no paga impostos nem pela propriedade nem pela venda

    4--A casado com B e proprietrio de um automvel que no utilizado em conjunto pelo casal. A quer daro au om ve a que sua am ga--ar e se or aman e e -ar --a oa o nu a.

    Para contornar a impossibilidade legal de doar o autombel, A comvina com D (que amigo de A e C) avenda do automvel, desde que D de seguida doe a C.

    Temos aqui uma interposio ficticia de sujeitoart242CC. O negcoio nulo por violar o art 2196 CC e ,

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-NOO

    SIMULA O

    um dos defeitos dos negcios jurdicos, consiste numa declarao devontade distinta da vontade real com a concordncia de ambas as

    partes e visando, geralmente, fugir de obrigaes e dos imperativoslegais para prejudicar terceiros, por isso considerada um vcio social.

    Juridicamente, pode-se definir simulao como a aparncia de umnegcio jurdico contrrio realidade, destinado a provocar uma ilusono pblico, seja por no existir negcio de fato, seja por existir umnegcio diferente daquele que se aparenta.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-NOO

    A simulao tem o seu campo de actuao

    por excelncia no contrato, negcio bilateral Pode haver, tambm, simulao no

    testamento, negcio unilateral no

    recipiendo, (2200), j que o legislador noexclui esta possibilidade no art. 240.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO

    o a a es e s mu a o:

    Simulao Fraudulente

    Simulao Absoluta

    Simulao Relativa

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO INOCENTE E FRAUDULENTA

    Simulao fraudulenta e simulao inocente

    A distino consiste em a simulao ser com a inteno deenganar ou no enganar (animus dicipiendi) terceiros. Com esta inteno pode ou no cumular-se a de prejudicar

    an mus nocen ou rem.

    Simulao fraudulenta animus dicipiendi e animusnocendi inten o de en anar inten o de re udicar

    Simulao inocente animus dicipiendi (inteno deenganar)

    Nota: esta distino aludida no art 242/1

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO INOCENTE

    SIMULA O INOCENTE-(sem interesse

    civilistico) Mero intuito de enganar terceiros, sem prejudicar. Existe

    apenas a inteno de enganar terceiros sem os prejudicar.

    ,

    visa a prejudicar qualquer desses ou violar qualquerdeterminao legal.

    s s mu a ores ese am com o neg c o ur co s mp esmenteocultar de terceiros a verdadeira natureza do negcio, sem, no

    entanto, causar dano a interesses de qualquer pessoa.

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    Sumrio:

    I-Para que se verifique a nulidade do negcio simulado necessrioue exista: a acordo simulatrio actum simulationis ou naterminologia legal, acordo entre declarante e declaratrio); b) intuitode enganar terceiros (animus decipiendi, gerador da chamadasimulao inocente, ao qual acresce ou se cumula, por vezes, a

    nocendi) e c) divergncia entre a declarao negocial e a vontadereal do declarante (ou, na referncia de PINTO, Mota, Teoria Geral doDireito Civil, Coimbra, 1976, pg. 357, intencionalidade da

    .II- Para a exigncia enganar terceiros ter significado, necessrioque o engano seja relevante, ou seja, que produza efeitos ao nvel dos

    interesses englobados na esfera jurdica de terceiro.- ,simulao funcionou, como mero vnculo interno de proteco doproprietrio relativamente efectiva transmisso do direito depropriedade e sem salincia ou reflexo na esfera jurdica de terceiros

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO FRAUDULENTA

    Se houver o intuito de prejudicar terceiro ilicitamente ou contornarqualquer norma da lei ( art 241 CCiv)--Simulao Fraudulenta.

    A simulao fraudulenta (animus decipiendi) aquela a que se faz como proposito de prejudicar terceiros.

    Nota: Em todo o caso a distino entre simulao inocente e simulaofraudulenta no tem efeitos rticos Salvo

    Quanto previso do art 242 n2 CCiv relativo simulaofraudulenta em prejuzo dos herdeiros legitimarios referidos no art

    .

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    : As partes fingem celebrar um negocio jurdico e na realidade no

    querem nenhum negocio jurdico, h apenas o negcio simulado e, ,nullam. H simulao absoluta quando uma declarao nocorrespondente vontade de celebrar qualquer contrato.

    As partes fingem celebrar um certo negcio jurdico e na realidadequerem um outro negcio jurdico de tipi ou contedo diverso. Pelo art 241/2 CC en uanto o ne cio simulado nulo e na

    simulao absoluta no se pe mais nenhum problema, nasimulao relativa surge o problema do tratamento a dar ao

    negcio dissimulado ou real que a descoberto com a nulidade doneg c o s mu a o Nota: A lei Portuguesa supe a classificao entre simulao absoluta e

    relativa no art 241, sob a epigrafe Simulao Realtiva

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Simulao absoluta e simulao relativa

    Distino feita atendendo ao tipo de divergnciaverificada. Simulao/Divergncia absoluta quando o pactum

    partes no querem, na realidade, celebrar esse negcionem qualquer outro.

    x: ven a ant st ca , cre or e , s mu a com vender-lhe certa coisas, masA e C no querem, na

    verdade, a venda nem qualquer outro negcio.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    mu a o verg nc a re a va as par es ec aram querercerto negcio, quando, na verdade querem outro

    Existem dois negcio: 1) a que se dirige o pactums mu at on s, o neg c o s mu a o, que n oefectivamente querido pelas partes e 2) que estencoberto pela simulao, mas que a que se dirige avon a e os s mu a ores, o neg c o ss mu a o. Ex: doao encoberta por venda declara-se

    vender, mas a vontade real das partes doar Estes dois negcios so distintos e devem ser tratados

    autonomamente .

    Art. 241 n1 a validade do ne cio dissimulado no afectado pela simulao, sendo-lhe aplicado o regimeque lhe corresponderia se fosse celebrado semdissimulao.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    ,pois, para alm do fingido, as partes dirigem, efectivamente,desde o incio, a sua vontade a outro negcio, chegandomesmo a estabelecer ara ele um ttulo urdico diferente contradeclarao

    Assim, o negcio dissimulado tem de ser valorado em simesmo, segundo os elementos integrados da simulao, ouse a, os re at vos a am os os neg c os.

    Em suma: na simulao relativa, as partes querem manter umaparncia correspondente ao negcio simulado, pois no lhes

    efeitos ab initio a sua vontade se dirige. Por isso, se a aparncia no puder manter-se, por ser

    ,invocado, para sendo juridicamente possvel, os seus efeitossubsistirem

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    s mu a o re a va po e ver car-se quan o a v r os e emen os osnegcios jurdicos. Casos mais frequentes:

    , -contratar comA e na verdade declara-se comB;

    uma venda e efectivamente se faz uma doao, por exemplo; umadas modalidades de simulao objectiva ou sobre o contedo done cio

    simulao de valor ocorre quando se declara no acto simulado

    um re o ou elemento corres ondente diferente do real outramodalidade de simulao objectiva.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Efeitos das Modalidades de Simulao:

    Simulao Absoluta--art 240CCiv

    simulao existe uma declarao que no corresponde vontade decelebrar qualquer contrato.

    ,

    interessado invocar a nulidade e o Tribunal declar-aoficiosamente(art 286-242 CCiv)

    de excepo. Pois a lei no o diz expressamente a propsito dasimulao, mas obvio que qualquer nulidade ou anulabilidade

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Como todas as nulidades, a invalidade dos negcios simuladospode ser arguida a todo o tempo (art286 CC), quer o negcio

    no seja cumprido quer tenha tido lugar o cumprimento.

    Sob a aparncia de um negcio, no h negocio nenhum: O , .

    Neste caso falso ne ocio a enas a rente nulo conformen2 do art 240 CCiv, com as consequncias previstas nos art286 e 289 CCiv.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    exemp o e s mu ao a so uta e rau u ente a enom na aVENDA FANTSTICA

    Que algum celebra com o objectivo de , desfazeno-se (aparentemente)e pa r mon o, rus ar pre u car os cre ores

    Inoponibilidade da nulidade, emrelao aos terceiros de boa f.

    A nulidade pode ser invocada por qualquer interessado (art 286 CCiv)

    Enquanto o negoc o no est ver cumpr o, a s mu ao po e ser argu a

    tanto por via de aco como por via de excepo art 287 n2 CCIV. A invalidade dos negocios simulados (absoluto) pode ser arguida a todo

    --

    O simulado adquirente um possuidor em nome alheio, um detentorprecrio (art 1253 CCiv), no podendo adquir a propriedade por

    usuca io, salvo achando-se invertido o titulo da osse art 1290 CCiv

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Simulao Relativa--art 241CCiv

    Quando ao negocio aparente ou simulado-nulo-subjaz negocio real

    ou dissimulado isto , quando o negocio jurdico levado a efeitocolorem habet, substantiam vero alteram, a simulao relativa Subjectiva ou Objectiva

    Tal como na simula o absoluta o ne ocio ficticio ou simulado estferido de nulidade. No negocio real ou dissimulado, ser objecto dotratamento jurdico que lhe caberia se tivesse sido concludo semdissimulao --art 241 CCiv

    A simulao relativa manifesta-se em, especies diversas consoante oelemento do negocio disimulado a que se refere (simulao subjectiva

    ou sobre os su eitos e simula o ob ectiva ou sobre o contedo . Podem ser, desde logo, simulados os sujeitos do negocio jurdico, o

    que se verifica com a chamada interposio fictcia de pessoas.

    ,sujeito aparente, mas na supresso de um sujeito real.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    s mu a o re a va man es a-se em, esp c es versas consoan e oelemento do negcio dissimulado a que se refere.

    Consoante o elemento do Negocio dissimulado a simulao relativapode ser (a distino atende ao elemento do acto jurdico a que respeita o pactum

    simulationis) :

    Reporta-se s partes do negcio, que no so aquelas que aparentementenele intervm, h uma interposio fictcia de pessoas.

    .887, n1 .

    Est em causa a natureza do acto (diz-se fazer um acto, quando se quer

    outro) ou o contedo do negcio (finge-se fazer certa estipulao, quando.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Simulao Relativa Subjectiva ( dos sujeitos)

    H uma interposio ficticia de pessoas--um assim dito, testa de

    ferro ou homem de alha Exp: A doa a C par que este transmita-a B. A pretende doar um

    prdio a B, , finde doar a C para este posteriormente doar a B,. -

    interposio fictcia com o intuito de contornar uma norma legal(art 953 e 2196 CCiv) que poriba a doao de A a B.

    ota: a interposio fictcia de pessoas no se deve confundir com ainterposio real. Na interposio fictcia h um concluio entre os dois

    sujeitos reais da operao e interposto. Este um simples testa de ferro.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    A interposio ficticia de pessoas (simulao relativa subjectiva) no confundivel com a interposio real de pessoas

    Esta ocorre no mandato sem representao, previsto no art 1157,1180 e 1181 CCiv por exp: Quando porque A no lhe vende, B (mandante)(hinterman-homem

    oculto) encarrega C (mandatrio-stvhman-homem palha) de comprarpara lhe transmitir.

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    Ac STJ de 5/9/2002, Porc 02B511

    III) A interposio ficticia, veririca-se quando um negocio jurdico

    ralizado simultaneamente com uma pessoa, dissimulando-se nele um outronegocio (real) de contedo idntico do primeiro, mas celebrado com outrapessoa..

    Ac STJ de 3/25/2010, Proc 983/06.7TBGR.G1.S1 Em caso de simulao relativa, por interposio ficticia de pessoas, nulo o

    negocio aparenre por simulado.

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Simulao Relativa Objectiva ( dos contedo do negocio)

    Esta pode incidir na natureza do negocio (v.g., compra e venda) ou

    no valor do ne ocio v. . doa o Simulao sobre a natureza do objecto: Sobre a natureza do

    negocio--se o negocio simulado resulta de uma alterao do tipo-- -

    uma venda quando se quer uma doao Simulao de Valor: Do valor--incide sobre o quantum de

    pres a es es pu a as en re as par es--exp: o caso a s mu a ode preo de compra e venda.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Efeitos da simulao relativa:

    O negocio Simulado-- est ferido de nulidade, tal como na

    simula o absoluta O negocio dissimulado--No afectado na sua validade pela

    unidade do negocio simulado, ser objecto do tratamento jurdico

    241CCiv). O negocio dissimulado ser vlido se no estiver afectado por

    qualquer causa de invalidade (nulidade ou anulabilidade n1 art241 CCiv).

    Pois ser nomeadamente vlido ou nulo consoante se mosstre ouno observada a forma legal respectiva--241n2 CCiv.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Enquanto o negc o s mu a o sempre nu o--art 240,n2

    O negocio dissimulado fica sujeito a uma valorao jurdicaautnoma, destinada a verificar se os requesitos legais de validadepara o negcio em causa foram ou no observados com a celebraodo negcio simulado. Se houverem sido, o negciodissimulado vlido; se no foram, o negcio ser nulo ou

    anulvel,conforme o vcio que stiver em causa. Ac STJ de 7-2-2002-Simulao

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    O negoc o ss mu a o e natureza orma , s va o se t versido observado a forma exigida por lei--art 241 n2 CCiv.

    Deste perceito resulta que: se o negocio simulado ou aparente, nose cumpriram os requesitos de forma exigidos para o negciodissimulado ou real, este ser nulo por vicio de forma, mesmo quesse tenham observado as formalidades exigidas para o negociosimulado ou aparente. Ac STJ de 10/9/2003 Proc 03B2536

    destinado a encobrir uma doao

    Ac STJ de 7/2/2002 Proc 01B4168

    .doao valida a compra e venda.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO ABSOLUTA E RELATIVA

    Simulao de Valor-- incide sobre o quantum de prestaesestipulados entre as partes. Quanto simulao de preo no h

    obstculos de natureza formal. Vale o preo real. Ac STJ de 7/12/2011,Proc 2378/06.3TBB.CL.G1.S1

    Na simulao relativa parcial quanto ao valor, a nulidade reporta-se aesse elemento arcial do ne ocio mantendo-se o ne ocio vlido como preo realmente convencionado.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    eg t m a e para argu r a s mu a o: reg me gera Para esta matria interessam os seguintes artigos:

    242 Le itimidade ara ar uir a simula o 286Nulidade 605Legitimidade dos Credores

    pe a con uga o es es prece os que se a cana o reg me a

    legitimidade para arguir a simulao. Na legitimidade para arguir a simulao o que est em causa a

    nu a e o neg c o s mu a o. 242, n1 irrelevante a distino entre simulao inocente e

    fraudulenta Prevalecem aqui as limitaes dos meios de prova dos simuladores

    nos termos do 394, n2 e 351

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Arguio da Simulao pelos prprios simuladores:

    Art 242n1 CCiv--consente a arguio da nulidade do negcio

    simulado elos ro rios simuladores e herdeiros entre si e emrelao a terceiros. Este perceito d legitimidade aos propriossimuladores, mesmo na simulao fraudulenta.

    ---

    prova documental e confisso confor-me o art 394 n2 CCiv. A prova testemunhal e as presunes jurdicas quando a simulao

    feita pelo proprio simulador s sero de admitir--na qualidadede complemento--enquanto meio complementares de prova

    Ac STJ de 5/472010, Proc 2964/05.9 TBSTS.P1S1; Ac STJ de6/17/2003, Proc 03A1565;AcTRP de 15/1/2008, Proc 7782/08; AcTRG de 4/27/2005, Proc 1285/04-1; Ac TRC de 5/23/2006, Proc1482/06

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Va e gua reg me em re ao as presunes u c a s, ace ao spostono art 351 CCiv

    Ac STJ de 5/4/2010, Proc 2964/05.9TBSTS.P1.S1 Esta limitao de prova da simulao pelos simuladores vale tanto

    quando invoncam a simulao entre si (simulador Vs simulador),uando invocam em rela o a terceiros simuladores VS Terceiros e

    tanto em relao prova do acordo simulatrio como emrelao prova do negocio dissimulado--art 394 n2 CCiv

    Art 394n3 CCiv-- tal limitao no vale me relao a terceiros, istoporque estes (terceiros) no estava ao seu alcance, como estava ao dossimuladores, munirem-se de documentos comprovativos de simulao, enem estes a ex st rem, estaro na sua spon a e.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Art 243--Inoponibilidade da simulao a terceiros de boa f

    A nulidade proveniente da simulao no pode ser arguida pelo

    simulador contra terceiro de boa f. A boa f consiste na ignornci da simulao do tempo em que

    foram consitudos os respectivos direitos.

    Cons era-se sempre e m o terce ro que a qu rr u o re to

    posteriormente ao registo da aco de simulao, quando a estehaja lugar.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    A prova do pacto simulatrio no pode ser realizada por testemunhasquando o negcio simulado seja celebrado por documento autntico,

    ou por algum dos documentos particulares mencionados nos art 373.e379. e aquele pacto seja invocado pelos simuladores--art 394 n2

    Nada impede que seja realizada prova testemunhal a partir de

    Ac STJ de 17.6.2003 Arguida simulao pelos simuladores entende-se admissivel prova

    es emun a se o ac os a provar surgem, com a gumaverosimilhana, em provas escrita.

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Art 242 n2 CCiv--(Herdeiros) qual o regime de prova quando oherdeiro legitimrio do simulador invoca a nulidade do negcio

    simulado contra o outro simulador? Na hipotese prevenida no art 242n2 CCiv, o herdeiro visto

    como um terceiro e no tem cabimento quanto prova, a limitao .

    Ac TRL de 28/11/76, CJ, I,211-I e II e 212-A Ac STJ de 5/4/2010, Proc 2964/05.9TBSTS.P1S1

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Art 286, n1 ex 242 evocao da nulidade, na simulao, por

    quaisquer interessados (terceiros genericamente abrangidos)

    Esta remisso significa o reconhecimento de legitimidade paraarguirem a simulao aos terceiros interessados

    A distino entre simulao inocente e fraudulenta ou de o terceiroestar ou no de boa f no momento da constituio da situao jurdica,

    A arguio da simulao segue o regime da nulidade tpica (286)

    No so aplicveis aos terceiros as limitaes impostas aossimuladores

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Arguio da Simulao por Terceiros: Conceito de Terceiros--(para efeitos de simulao)--quaisqueres pessoas,

    titulares de uma relao afectada pelo negocio simulado e que no sejam ospropr os s mu a ores ou os seu er e ros epo s a mor e o e cu us

    Sero, nomeadamente, terceiro todos os que, integrando uma mesma cadeia de,

    anteriores ao acto em que foram intervenientes.

    --consoante sem n3, a proibio da prova testemunhal constante do art 394 CCiv

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    a egor as e erce ros eg ma os para argu rem a s mu a o: herdeiros legitimrios (242 n2), desde que a simulao seja

    fraudulenta, ou seja, com o intuito de os prejudicar. O regimeespecfico do 242 n2 no afasta a possibilidade de acataremdepois da morte do autor da simulao os actos simulados por este

    praticados credores do simulado alienante (605), meio de conservao da

    garantia patrimonial dos seus dtos. indiferente se o crdito anterior ou posterior ao negcio simulado e se o credor comumou pr v eg a o. penas se ex ge o nteresse o cre or nainvocao da simulao (esse interesse existe sempre que onegcio simulado envolva risco da no realizao do crdito)

    preferentes, a favor da legitimidade destes terceiros valeimediatamente o regime do art. 286

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    nopon a e a s mu ao a terce ros

    289 - regime geral da oponibilidade dos efeitos da invalidade da

    simula o Este regime sofre importantes desvios.

    No campo da simulao o legislador fixou um regime particular

    contido no 243 (norma especial)

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    O Art 243 CCiv-- consagra expressamente a regra dainoponibilidade da simulao a terceiros de boa f, que era j

    correspondente corrente dominante entre ns, mesmo na falta de umtexto nesse sentido, por ser uma soluo postulada por elementaresexigncias de justia e segurana.

    terceiros--a simulao inoponivel a quaisqueres terceiros de boaf, quer derivem os seus direitos de um acto oneroso, quer os.

    Pelo que h um regime especial da inoponibilidade da simulao

    a terceiros de boa f art 243 em confornto com o re imegeral da inoponibilidade das nulidades e anulabilidade art 291

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    A simulao inoponivel s aos terceiros de boa f prejudicados coma invalidao ou tamabm o ser queles que apenas deixam de lucrar,

    por esse motivo? No h duvida que, dado o fim do art 243(proteger a confiana dos terceiros), a soluo mais acertada a queimpede que a invocao da simulao possa causar prejuzos e no j a

    ue vai ao onto de or essa causa ori inar vanta ens ou lucros uenada legitima. Em conformidade com o exposto, feita uma venda por 100 e tendo-se

    ,a sua qualidade de terceiro de boa f, para preferir pelo preo declarado; -lhe oponivel a nulidade do negcio simulado, sendo admitido a prefeirir

    elo re o real. S no ser assim quando exisitir disposio especial que autorize a

    preferncia pelo preo declarado--exp art 55 do Cdigo do ImpostoMunici al sobre as Transmisses Onerosas de imveis.

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    on os en re erce ros peran e a s mu a o pos o a op a a : A posio adoptada envolve o recurso ao sistema legal de soluo de

    conflitos e qualificao adequada das posies dos terceiros perante o acto.

    todos os terceiros de boa f todos os terceiros de m f , , ,

    terceiro de boa f pretende invocar a nulidade do negcio ou valer-se da sua

    inoponibilidade O problema esclarece-se com o apelo aos critrios do 335CCiv Se todos os terceiros esto de m f prevalece a posio do interessado em

    se valer da declarao de nulidade Quando os terceiros esto ambos de boa f as suas posies so de igual

    va a, a zer-se que o con to e terce ros s ex ste quan o am os est ode boa f: o conflito de terceiros deve ser resolvido segundo as regras decoliso de direitos Art 335 CCiv

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    uem po e argu r a s mu a o como erce ro I)Qualquer interessado--art 2421 e 286, ressalvado pelo

    juridicamente interessado

    II)Herdeiros legitimrio--aart2422, podem agir em vida do autorda sucesso contra os ne ocios or ele simuladamente feitos com ointuito de os prejudicar (Agem como terceiros e no como

    sucessores, pois tem em vista a defesa das suas legitimas)

    III)Credores--O CCiv atravz do art 286 declara legitimidadepara invocar as nulidades a qualquer interessado. Mas tambm

    actos praticados pelo devedor, quer anteriores quer posteriores consittuio do crdito, desde que tenham interesse na declaraoda nulidade--art605

    -

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Quanto legitimidade dos credores para obter a declarao de nulidadedos actos simulados do seu devedor, levantava-se na nossa doutrina o

    problema de saber se era indispensvel, para surgir aquelapossibilidade, a insolvncia do devedor, ao tempo da aco destinada declarao de invalidade.-- Art 605 CCiv, que ao lado de outrosmeios destinados conserva o da arantia atrimonial dos crditos(sub-rogao do credor ao devedor, impugnao pauliana, arresto),reconhece aos credores legitimidade para invocar a nulidade dos actos

    ,crdito, desde que tenham interesse na declarao da nulidade, nosendo necessrio que o acto produa ou agrave a insolvnvia do

    .

    -

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    - DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO

    Arguio da Simulao pelos Herdeiros dos Simuladores:

    Temos que distinguir duas situaes

    No sendo os herdeiros sucessores terceiros (mortis causa), e uma

    vez que antes disso no tem mais que a simples expectativa, s aps

    cuius, teriam legitimidade para arguir a simulao--Prova--

    limitao

    simulador) Tendo porm, em vista a proteco da legitima, e da legitima

    --estabelece um caso especial de legitimidade-Assento 19/12/1941

    -

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO PROVA

    Prova da simulao O regime jurdico da simulao assenta na demonstrao de que o

    , ,de um negcio dissimulado.

    Em matria de simulao, a questo da sua prova coloca-se em termoscomplexos e especficos.

    A prova de simulao respeita aopactum simulationis negciosimulado - , podendo tambm referir-se ao negcio dissimulado a leiestabelece o mesmo regime para ambos.

    -

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO PROVA

    rova a s mu a o A prova de simulao pode interessar aos simuladores ou a

    . Prova de simulao pelos simuladores est sujeita s

    limitaes do art. 394, n1, quanto prova testemunhal es o , quan o prova por presun es u c a s.

    Este preceito (351) s admite a prova por presunesjudiciais nos termos e casos em que admitida a provatestemunhal.

    Assim, quando os simuladores pretendam invocar a

    ,prova documental, j que neste domnio ser em geralpouco significa a prova pericial.

    -

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO PROVA

    Tem de ser feita uma interpretao restritiva do art. 394,quanto s limitaes impostas aos simuladores, em matria

    e prova, por v r as raz es A inadmissibilidade da prova testemunhal contra o contedo de

    documentos, enquanto eles faam prova plena, no impede o recursoquele meio de prova para demonstrar afalta ou os vcios da vontade

    com base nos quais se impugna a declarao, nem para a simplesinterpretao do contexto do documento (393, n3)

    Quanto prova da simulao pelos prprios simuladores, a lei estabelece,quando o negcio simulado conste de documento autntico ou particular, aimportante restrio constante do art 394 n2--no admissivel o

    recurso prova testemunhal e, consequentemente, esto tambm excludasas presunes judiciais--art 351.

    -

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO PROVA

    ua o a or o neg c o s mu a o O regime da simulao, pelo que respeita ao valor do negcio

    simulado, no sofre influncias significativas da modalidade desimulao. S a simulao fraudulenta tem relevo, mas no campo especfico da

    arguio da simulao por terceiros. irrelevante a distino entre simulao absoluta e simulao relativa. Simulao absoluta est em causa o negcio simulado (240, n2)

    nulo Simulao relativa existncia de dois negcios torna o regime dos

    efeitos da simulao mais complexo: negcio simulado continua a ser

    , ,

    -

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-ARGUIO PROVA

    O art 241, n1 o negcio dissimulado no afectado pela simulao

    e deve ser apreciado em si mesmo, como se no houvesse

    . Daqui no resulta necessariamente a validade do negcio

    dissimulado, apenas a sua validade no afectada pela simulao. , ,

    eventualmente ineficaz, como qualquer negcio do seu tipo,

    consoante se verifiquem todos os requisitos ou falte algumrequisito. 241, n2 negcios formais dissimulados estabelece que a sua

    validade depende de ter sido observada a forma exigida por lei. Em suma, o negcio dissimulado no afectado, no seu valor, pela

    s mu a o. as po e s - o por ne e ocorrerem certos v c os. Quando no observada a forma legal do negcio dissimulado 241,

    n2 e 221 (forma legal)

    -

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-FOGURAS AFINS

    az o e or em Vrios institutos jurdicos apresentam certa proximidade

    da simulao, sem com ela se confundirem, devendosustentar-se a sua autonomia.

    A simulao no deve confundir-se com os casos de erradaqualificao do negcio. rra a qua ca o o neg c o quan o as par es, ao ce e rarem

    certo negcio jurdico, por erro lhe apem um nomem iuris noconforme ao contedo do acto por elas efectivamente.

    ,das partes e a qualificao por eles atribuda ao negcio.

    -

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL SIMULAO-FOGURAS AFINS

    mu a o e at va

    - as partes pretendem fazer

    crer ue celebraram uma

    rra a ua ca o

    - as partes designam como

    com ra e venda o ne ciocompra e venda ecelebraram uma doao em

    de doao em cumprimentoque efectivamente

    - h dois negcios e no ums sob falsa denominao

    - h um s negcioefectivamente celebrado e

    - o negcio simulado nuloe o negcio dissimulado

    ode ou no ser vlido

    quer o so um nome erra o

    - negcio vlido segundo aualifica o corres ondente

    ao seu contedo e produz osefeitos correspondentes

    -

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-RESERVA MENTAL

    Noo Caracterizada pela falta do acordo das partes, a reserva mental j foi

    . Reserva mental existe quando o declarante manifesta uma vontade

    que no corresponde sua vontade real, com o fim de enganar o

    declaratrio. --( noo extrada do 244, n1) So duas as notas que definem o conceito:

    1)Emisso de uma declarao contrria vontade real

    2)Intuito de enganar o declartario(se a contraparte se deixou enganar peladeclara o mas o declarante ensara ue ela se a erceberia da diver ncia no

    h reserva mentamas sim declarao no sria)

    -

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-RESERVA MENTAL

    Reserva mental Simulao A reserva mental unilateral, ou seja, a divergncia entre a

    . Mesmo quando ambas as partes emitam uma vontade com reserva

    mental, no h simulao, porque falta o conluio entre elas.

    Continua a no haver simulao quando o declaratrio conhece a

    vontade real do declarante falta o conluio simulatrio.

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    c o , e . . - mu a o eserva enta

    I-Por via de regra, pelo menos, identifica-se o intuito de enganar

    terceiros com a inten o de criar uma a arncia II- no fingimento, na inteno de riar a aparncia de uma

    realidade fazendo crer que, como proprio da simulao, que h

    enganar terceiros III-Na reserva mental o intuito de enganar dirige-se ao declaratrio,

    no sendo, naturalmente, precedido de acordo-CJSTJ, 1995, II,118.

    -

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-RESERVA MENTAL

    Mo a a es e reserva Menta :

    Reserva Mental Inocente

    Reserva Mental Fraudulenta Reserva Mental Absoluta

    Reserva Mental Relativa

    Reserva Mental Bilateral Estas distines s podem ter relevncia no caso de reserva mental

    conhecida do declaratrio aplicvel o regime da simulao.

    Reserva mental inocente muito rara

    querido - , s para o dissuadir da sua inteno de praticar um actode desespero, a que o move a sua difcil situao financeira

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-RESERVA MENTAL

    Efeitos da Reserva Mental: Negcio celebrado com reserva mental vlido (244, n2)

    Este perceito estatui irrelevncia da reserva mental, excepto se for conhecida do

    ec ara r o. or consequ nc a, a ec ara o negoc a em a pe o ec aran e, comreserva, ocultada ao declaratrio, de no querer o que declara, no em principio nula, onegcio valido--conforme estatui o n2 do art 244--no conhecida pela contraparte irrelevante--NO PRODUZ NULIDADE

    Este regime geral de validade sofre UMA excepo quando o declaratrio conhea areserva Por tanto a excepo da parte final do n2 244 CCiv

    , , ,que merea tutela, o negocio nulo.

    Ou seja o negocio nulo se o declaratrio teve conhecimento da reserva.

    O C. Civil estabelece sem excepo, que s o conhecimento efectivo da reserva motivo

    de nulidade. A rigidez desta doutrina poder ser atenuada, nalguns casos por aplicao da clausula

    geral do art 334 cCiv --ABUSO DE DIREITO

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-DECLARAES NO SRIAS

    DIVERG NCIAS ENGANOSAS N O INTENCIONAIS: AS DECLARAES NOSRIAS

    Noo Art 245 - declaraes no srias --Infere-se do artigo 245 a notafundamental a seguinte: a divergncia entre a vontade e a declarao,embora intencional, no visa enganar ningum, pois procede-se naexpectativa de que a falta de seriedade no passe despercebida.

    Declarao no sria quando o declarante manifesta uma vontadeue efectivamente no tem na convic o de o declaratrio se

    aperceber da falta de seriedade na declarao. Existe, assim, uma declarao sem a correspondente vontade negocial,

    situa o esta uerida elo declarante mas sem o intuito de en anar. reserva mental o declarante tem a inteno de enganar) est emcausa a inteno do declarante

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-DECLARAES NO SRIAS

    Modalidades de Declaraes no Sria:

    Declara es ocosas cnicas didcticas ublicitrias etc

    Em certos casos, a falta de seriedade da declarao revela-se de forma evidente.Ex: declaraes feitas com intuitos docentes (docendi / demonstrationis causa)ou declaraes feitas com fins cnicos (ludendi causa); e tb declaraes feitas por

    graa ou troa (iocandi causa).

    Em principio, a declarao carece de qualquer efeito ( art 245), se o declaratrioconhecia a falta de seriedade da declarao ou ela era exteriormente perceptvel,parece nem chegar a haver uma verdadeira declarao negocal ( faltar, desde logo,

    .

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-DECLARAES NO SRIAS

    No n2 245--prevem-se casos marg na s: aque es, poss ve s so retu o nasdeclaraes jocosas (graa pesada) e, eventualemnte, publicitrias, em que adeclarao foi feita em circuntncias que induzem o declraratrio a aceitar

    us ca amen e a sua ser e a e. As prprias circunstncias da emisso da declarao no sria podem dar lugar

    a um caso particular, com implicaes no regime do negcio: nas modalidadese ec ara o ocan causa, o ec arante po e azer acompan ar a sua

    declarao de ingredientes tais, sem pr em causa a falta de seriedade da suadeclarao, podem levar o declaratrio a atribuir um razovel crdito deser e a e ao neg c o graa pesa a

    Sanciona-se, a esse respeito, a mesma soluo (2a declarao carece dequalquer efeito, corrigida, porm , no interesse do declaratrio, pela

    responsa a e o ec aran e pe o c ama o n eresse nega vo ou eocnfiana ( responsabilidade pr-negocial), e no a soluo da validade dadeclarao.

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    Ac do STJ, de 9-11-1999: I) as declaraes mediante as quais autor e rs subscreveram certo documento

    consubstanciando um negcio titulado como contrato promessa de compra e venda, sem a

    , , ,partes tivesse a inteno de enganar as outras, carecem, como declaraes no srias, dequalquer efeito (art 245, n1, do CCiv), determinando a nulidade do aludido contrato.

    II)Po isso mesmo, a clusula contratual que reere haverem as rs recebido determinada quantia,

    constituir uma declarao de verdade (art 352 CCiv), assenta na vontade de esprimir uma

    certa realidade embora desfavorvel s declarantes como prprio da confisso. III) A pretenso, alis, de cindir essa declarao, expurgando-a do ttulo do sinal e princpio de

    pagamen o, e mo o a gn car que as r s po er am er rece o a quan a em causa a u odiverso, violaria frontalmente a regra da indivisibilidade da confisso (art 376, n2, segunda

    parte, e 360 do CCiv). BMJ 491-238

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-DECLARAES NO SRIAS

    e tos Em principio a declarao no sria carece de qualquer efeito jurdico,

    no tem or isso ual uer efeito --245 n1 a declara o sriacarece de qualquer efeito O acto nulo

    ,jurdica.

    (Carvalho Fernandes)- a carncia de qualquer efeito jurdico o.

    No tendo o acto qualquer correspondncia com a vontade e sendo a

    ec ara o e a em ermos a s que o ec aran e espera que odeclaratrio no conhea a falta de seriedade, verifica-se uma falta deaparncia do negcio jurdico.

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-DECLARAES NO SRIAS

    Este regime sofre um desvio graa pesada

    A declarao no sria emitida em termos tais que induzem o

    declaratrio a aceitar ustificadamente a sua seriedade 245 n2 Se a reserva desconhecida do declaratrio, ele tem razes para

    acreditar na veracidade do negcio

    ,seriedade do negcio. Assim, estas duas situaes so equivalentes

    .

    245, n2 - o negcio no vlido

    O declarante fica obrigado a indemnizar o declaratrio do prejuzo que

    . Na hiptese de graa pesada, h j uma aparncia de negcio jurdico,

    que impe o regime da nulidade.

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA INTENCIONAL-DECLARAES NO SRIAS

    xcep o o art n eterm na que se odeclartario justificadamente acreditar na seriedade dadeclarao, h lugar a indemnizao pelo interesse negativp dpcpntrato, isto , a responsabilidade pr-negocial.

    Portanto em certos casos, em que a declarao jacose foi

    justificadamente a sua seriedade, sanciona-se a declaraopela invalidade, imputando-se, porm a responsabilidade do

    --responsabilidade pr-contratual.

    Declarao Ne ocial-Falta e Vicios da Vontade

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    o o Art 247 CCiv, no erro-obstculoou erro na declarao, havendo embora uma

    divergncia inconsciente entre a vontade e a declarao, h um comportamento

    declarativo do errante. Erro na declarao/ Erro-obstculo quando algum, por lapso, manifesta

    uma vontade que no corresponde sua vontade real. Trata-se de uma diver ncia no intencional, ois o declarante retendia

    manifestar a sua vontade real em termos adequados; s no o fez, porque

    uma circunstncia alheia sua vontade o impediu. Jos Alberto Vieira, Negcios Jurdicos, Coimbra Editora, 2006 Exemplos de erro na

    declarao encontramos nas seguintes hipteses: A pretende vender a jia X a B, mas envia a proposta de venda a C, em vez de

    o fazer a B; D declara doar o automvel a Y a E quando queria dizer o

    , F encarrega G de comunicar a H o projecto de venda da sua casa pelo preo de

    100.000 euros, mas G comunica o preo de 10.000 euros.

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    O erro na declarao consiste num desvio entre a representaointelectual da declarao, pelo declarante, e a declarao como surgerealmente objectivamente na sua exteriorizao.

    O erro resulta de uma anomalia do processo de comuicao, queenvolve os sinais ou as palavras escolhidas pelo declarante ou a

    que no o declarante (cfr. Ferreira de Almeida, Texto e Enunciado na Teoria do NegcioJurdico, cit., pgs. 104 e seg.)

    o un amenta , uma ec ara o negoc a em t a com erro nadeclarao uma declarao cujo significado veiculado no coincidecom o significado a veicular pelo declarante por virtude de uma falha

    na respectiva comunicao.

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    erro na ec ara o po e reca r so re versos e emen os o neg c o,sendo concebveis, nesta base, diversas modalidades de erro. Contudoo regime continua a ser o mesmo.

    menor evidncia do erro em face do contedo da declarao: erro conhecido quando o declaratrio sabe qual a vontade real

    do declarante o ue lhe ermite imediatamente identificar aexistncia de erro na declarao

    erro cognoscvel erro, desconhecido do declaratrio, masapreensvel atravs dos prprios termos da declarao ou dasc rcunst nc as em que em t a, por qua quer pessoa norma menteatenta poder deduzir, de tais elementos, a vontade real

    erro no conhecido quando se verifica um caso destes:A, sem

    ,lhe prope arrendamento da sua casa para os meses de Abril eMaio; contudo, da carta no possvel conhecer ou deduzir averdadeira vontade deB

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    Erro conhecido 236, n2 quando o declaratrio conhea avontade real do declarante, o negcio vale de acordo com estavonta e; o erro rre evante e o neg c o v o, ta como odeclarante efectivamente o queria

    Erro cognoscvel 236, n1 no h erro conhecido, contudoum declaratrio normal no poderia atribuir ao negcio outro

    sentido que no fosse coincidente com a vontade real dodeclarante, apurado o contexto e as circunstncias do negcio 249 - validade do negcio, reconhecendo apenas ao declarante a

    sua rectificao

    Erro no conhecido aplica-se o regime dos arts. 247 e 248

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    O principio geral regulador consta no art 247 CCiv que exige aanulao do negcio jurdico que o declartario conhecesse ou nodevesse ignorar a essencialidade, par o declarante, o elemento sobreque incidir o erro

    Nem todo o erro na declarao juridicamente relevante:

    ,declarao:

    1) A essencialidade, para o declarante, do elmento sobre o qual oerro incidiu

    2) A cognoscibilidade da essencialidade pelo declraratrio.

    -

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    Trata-se apenas da relevncia do erro autntico ( erro no conhecido nemcognoscvel)

    A necessidade de tutela do declaratrio no conhece a vontade real dodeclarante) no permite atribuir relevncia, para o efeito da invalidade donegcio, a qualquer erro na declarao.

    Tem de encontrar-se o adequado equilbrio entre os interesses do declarante e,

    relevncia da invalidade verificao de certos requisitos, nos termos do 247: essencialidade, para o declarante, do elemento sobre que recaiu o erro (elemento sobre que recaiu o erro ser decisivo para a celebrao do negcio) conhecimento ou no dever ignorar essa essencialidade, por parte do

    declaratrio ( conhecimento da essencialidade e no do erro)

    - ,erro, em si mesmo, acaba por ser tomado em considerao, mas no sentido davalidade do negcio segundo a vontade real, por implicar tambm oconhecimento ou a cognoscibilidade dessa vontade.

    -

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    Efeitos O erro na declarao, verdadeiro e prprio, , quando relevante determina a anulabilidade

    do negcio (247)

    Na falta de regime especial, segue-se o regime geral do art. 287, com a nica ressalvada possibilidade validao do negcio.

    O negcio jurdico anulvel por erro na declarao relevante, nos termos do 247, podevalidar-se por iniciativa do declaratrio. Essa validao envolve a no invocabilidade da anulabilidade pelo declarante, quando o

    declaratrio aceitar o negcio como o declarante o queria (248) ,

    sentido correspondente sua vontade real.

    A declarao negocial ser valida com o sentido pretendido pelo declarante se o declratrioaceitar o negocio com esse sentido--art 248 CCiv Validao do Negcio

    e o ec ratar o n o ace tar o neg c o com o sent o correspon ente vonta e rea odeclarante, a declarao pode ser anulada casa ocorram os requesitos estabelecidos no art 247,n2 (2parte) ou seja conhecimento ou cognscibilidade pelo declratrio da essencialidadedo elemento sobre que incidiu o erro do declarante.

    -

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Erro-Obstculo ou erro na declarao

    O regime do 248 pode aplicar-se a todos os negcios formais?

    As exigncias formais podem obstar ao funcionamento do

    . ,do declarante no esteja coberto pela forma do negcio.

    Declarao Ne ocial-Falta e Vicios da VontadeG C A O C O A F l d i i D l

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Falta de conscincia na Declarao

    Noo de falta de conscincia da declarao Falta de conscincia da declarao o declarante adopta um

    vontade, que efectivamente no tem.

    Aqui existe vontade de aco, mas no vontade de declarao referidaao negcio que se tem por celebrado: o agente quer o comportamento

    adoptado, mas no quer a declarao que a esse comportamento ob ectivamente atribuda. Ex: num leilo, vendo entrar na sala um amigo, levanta o brao para o

    saudar. Nas circunstncias de lugar e tempo o gesto vale como umalicita o. a essoa ue o com ortamento levantar o bra o mas noquer a declarao negocial que lhe imputada (licitar)

    - DIVERGNCIA NO INTENCIONAL F lt d i i D l

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Falta de conscincia na Declarao

    a a e consc nc a a ec ara o aprox ma-se o erro nadeclarao.

    Assim, alguma doutrina sustenta que a falta de conscincia da

    declarao ainda um caso de erro na declarao, j que a declaraono querida em ambos os vcios. (Carvalho Fernandes) Estes dois institutos devem manter-se

    distintos.

    Falta de conscincia da declarao o autor do comportamentodeclarativo no tem vontade / conscincia da declarao que a essecomportamento, o ect vamente, correspon e.

    Erro na declarao o declarante quer certo comportamento para oefeito de manifestar certa vontade negocial. Somente a declarao

    . falar em divergncia entre a vontade real e a vontade declarada.

    - DIVERGNCIA NO INTENCIONAL F lt d i i D l

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Falta de conscincia na Declarao

    Efeitos da falta de consci ncia da declarao

    Tal como para o negcio celebrado sob coaco fsica, a lei diz que

    no roduz ual uer efeito o ne cio uando o declarante no tenhaconscincia da declarao.

    Se houver culpa do declarante, ao no tomar conscincia de emitir uma

    declarao negocial, deve indemnizar o declaratrio

    - DIVERGNCIA NO INTENCIONAL C Fi i i l i b l t

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Coao Fisica ou violncia absoluta

    Noo de coaco fsica Coaco fsica quando uma fora exterior ao agente o leva a assumir um

    ,excluda por essa fora.

    Coaco fsica - 246 (juntamente com a falta de conscincia da declarao)--

    fissica a emitir uma declarao Exp: numa votao entre sentados e levantados, que que alguns so forados a

    .

    Coaco fsica pode ter na sua origem uma fora fsica/natural ou uma forahumana.

    o aqu nem vonta e e ac o, nem vonta e e ec ara o

    - DIVERGNCIA NO INTENCIONAL Coao Fisica o iolncia absol ta

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    DIVERGNCIA NO INTENCIONAL- Coao Fisica ou violncia absoluta

    Efeitos da coaco fsica No art 246 - a declarao emitida sob coaco fsica no produz

    . (Carvalho Fernandes) o valor jurdico negativo em causa a

    inexistncia jurdica e no a nulidade.

    No caso de coaco fsica, o declarante (coagido) fica sem qualquer

    dever de indemnizar o declaratrio (246, a contrario sensu)

    negocial.

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

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    TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

    NO O

    Para alm daquelas divergncias, existem ainda os vcios da

    vontade Vicios da Vontade--Perturbaes do processo formativo da

    vontade. Trata-se de perturbaes do processo formativo da, ,

    declarao, determinada por motivos anmalos e valoradas, peloDireito, como ilegitimos.

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

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    TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

    -declarao e so 5:(todas estas situaes so anomalias,patologias jurdicas)

    Vicios da vontade

    Erro vicioArt 251

    A252

    IncapacidadeAcidentalArt 251

    Estado denecessidade

    Art 282

    Coao moralArt 255

    A250

    DoloArt 253

    A254

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

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    TIPOS DE VICIOS DA VONTADEo a a es e v c os na orma o a von a e

    Os vcios na formao da vontade podem revestir vrias modalidades. As disposies legais (arts. 251 a 257) identificam 3 elementos perturbadores da

    erro, medo e incapacidade acidental.

    Porm, esses vcios so tradicionalmente designados por ERRO-VICIO DOLO INCAPACIDADE ACIDENTAL ESTADO DE NECESSIDADE

    A estes vcios h a acrescentar a usura tal como a definem os arts. 282 a 284.(este

    nc u o na ma r a o o ec o negoc a O negcio usurrio apenas anulvel, enquanto que um negcio que sofra de um vcio do

    objecto nulo (arts. 282,n1 e 280/281).

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

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    TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

    Leso e vcios redibitrios institutos com afinidade com a matria dos vciosdo negcio.

    Leso consiste numa rave des ro or o entre a resta o de uma daspartes e a contraprestao de outra, num negcio oneroso comutativo.O Cdigo Civil vigente continua a no dar , em sede de regime geral,valor anulatrio leso, sendo ela apenas um dos elementos

    .

    Vcios Redibitrios vcios ocultos de uma coisa, que prejudicam o seuuso tornando-a menos r ria ara a realiza o do fim a ue se destina.Estes vcios no so tidos com valor autnomo como causa geral de anulaodo negcio. S so considerados atendveis quando se verifiquem os requisitosdo erro relevante (tal como acontece com a leso).

    compra e venda (arts. 905 e ss. e 913 e ss.), regime aplicvel aosdemais negcios onerosos (art. 939), e a locao (art. 1035).

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

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    TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

    Consequncias dos vcios na formao da vontade:

    ,vontade tm de preencher certos requisitos, que variam de caso paracaso.

    Existe um regime idntico quanto ao valor negativo do negcio, doual se afastam dois vcios : o erro sobre a base do ne cio e a usura

    Os vcios na formao da vontade, quando relevantes, geram

    anu a a e o respect vo neg c o arts. ; ,n ; ; e257 ).

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE

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    TIPOS DE VICIOS DA VONTADEo aven o um reg me espec co emos e socorrer-nos os ar s. e288 (regime geral). Interessa destacar desse regime :

    , atribuda s pessoas no interesse de quem a lei estabelece aanulabilidade ( o errante, o enganado, o coagido, o incapaz)

    o prazo de anulao ( 287, n2) se o negcio no estiver cumprido, a

    anulabilidade pode ser invocada a todo o tempo; se o negcio j estivercum rido a lei estabelece um razo de 1 ano a contar da cessa o dovcio

    a ossibilidade de sana o do vcio a invalidade emer ente dos

    vcios na formao da vontade sanvel, segundo o regime geral daanulabilidade, convalidando-se o negcio, em dois casos: caducidadedo direito potestativo de anulao e confirmao (288)

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-ERRO

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    TIPOS DE VICIOS DA VONTADE ERRO

    o oMas o que o erro vicio? O erro-vicio o desconhecimento ou falsa representao da realidade que a

    no existir determinaria outra vontade vontade hipottica ou conjectural. No erro vicio h uma conformidade entre a vontade real e a declarada, mas a

    vontade do declarante assenta na (e foi afectada pela) ignorncia ou

    formao dessa vontade por determinantes da deciso de efectuar o negcio(erro absoluto) ou pelo menos de o realizar nos termos em que o conclui (errorelativo).

    rro enquan o v c o na orma o a von a e, cons s e no escon ec men oou na falsa representao da realidade que determinou ou podia terdeterminado a celebrao do negcio.

    O erro-vicio traduz-se numa re resentao inexactaou na i norncia de uma

    qualquer circuntncia de facto ou de direito que foi determinante na deciso deefectuar o negcio.

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-ERRO

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    ss m, o erro a range a pr pr a gnor nc a a rea a e.

    O elemento, no considerando ou falsamente representado, no curso deformao de vontade, tem de respeitar a uma realidadepassada oupresente em relao ao momento da declarao.

    Quanto a factosfuturos no pode haver erro; h sim umapreviso

    deficiente ou uma impreviso.

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-ERRO

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    erro enquan o v c o po e reves r v r as mo a a es, segun o oCdigo Civil.

    Para distinguir as modalidades de erro necessrio ter em conta 2 ordens deconsidera es:

    1) a falsa representao da realidade ou a ignorncia dela podem ter na suaorigem factores que respeitam apenas pessoa do declarante, que formou a suavontade sem se ter informado correctamente ou apreendeu mal os factos que

    ,do negcio induzido em erropela actuao de outrem orientada no sentido de

    criar ou manter o erro erro qualificado por dolo ou erro provocadoAtende-se causa do erro, o comportamento enganatrio de outrem sre evar se or eterm nante o erro po e aver o o e ser rre evante para oregime do negcio)

    . modalidades:

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    1. erro quanto ao objecto

    2. erro quanto pessoa do declaratrio

    3. erro quanto base do negcio4. erro sobre os motivos (art. 252 - erro no abrangido por

    qua quer as outras categor as

    Estas modalidades de erro interessam apenas ao regimedo erro simples, sendo irrelevantes quanto ao erro

    .

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    Erro sobre a pessoa do declaratrio e erro sobre oobjecto

    Embora com regime comum, existem algumasparticularidades:

    rro so re a pessoa o ec arat r o

    Aqui est apenas em causa a pessoa do declaratrio ( se o .

    Relativamente pessoa do declaratrio o erro pode referir-se sua identidade, a qualquer qualidade que nela ocorra

    (exp:A contrataBpensando que este C ou A doa um prdio a B,porque julga erradamente que B filho de um seu vellho amigo).

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    Erro sobre o objecto negocial Abrange tanto o objecto material como o objecto jurdico

    . Quando relativo ao objecto material, o erro relevante

    reporta-se sua identidade ou s suas qualidades objectivas

    no cabe no mbito do 251, mas sim no do 252 n1

    (exp: A compra um terreno julgando erradamente que ele tem guaerro sobre o ob ecto mediato do ti o erro sobre as ualidade

    (exp:A faz um contrato, julgando qu ele tem os efeitos da locao,

    quando afinal tem a eficcia de uma venda a prestaes (erro sobre a

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    Por spos o expressa o art. 251, o erro ne e a rang o re evante nos termosdo 247:

    Alm da essencialidade/ causalidade, no erro sobre a pessoa do

    declaratrio ou sobre o objecto, tem de, em alternativa, para o negcio seranulvel:

    o declaratrio conhecer a essencialidade, para o declarante, do motivosobre que recaiu o erro

    o declaratrio, no conhecendo essa essencialidade, no a dever, contudo,ignorar ( a cognoscibilidade respeita causalidade e no ao erro)

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    rro so re a ase o neg c o 252 n 2 Abrange este preceito o erro que incida sobre as

    circunstncias que constituem a base do negcio. Base do negcio conceito muito complexo

    A base do negcio constituda por aquelas circunstncias que,,

    considerao por elas na celebrao do negcio.

    Assim, a ideia central do erro sobre a base do negcio a de um erro

    jurdico. Tratam-se de circunstncias que, ou determinaram as partes ou que,

    ,condicionamento do negcio, sem violao dos princpios da boa f(art. 437 n1)

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    e as par es, ao ce e rarem e erm na o neg c o, o como ver ca ascertas circunstncias, que no existem ou so diferentes das que elastomaram como certas, h erro

    Este requisito do erro sobre a base do negcio, como modalidade deerro vcio a necessidade de se referir a circunstncias passadas ou

    presentes, relativamente ao momento do negcio demarca-o dafigura dapresuno (situao futura, relativamente ao momento dacelebrao do negcio)

    252 n2 no estabelece directamente o regime do erro sobre a basedo ne cio remetendo ara os receitos ue re em sobre a resolu o

    ou modificao do contrato por alterao das circunstncias vigentesno momento da sua concluso (art. 437 a 439)

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    a rem ss o con a no ar . n , resu a que o erro so re a ase onegcio relevante, desde que:

    1. incida sobre circunstncias patentemente fundamentais em que aspartes fundaram a deciso de contratar

    2. essas circunstncias sejam comuns a ambas as partes

    . a manu en o o neg c o, a como o ce e ra o, se a con r r aboa f

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    en o o erro so re a ase o neg c o re evan e qua o va or o neg c o

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    en o o erro so re a ase o neg c o re evan e, qua o va or o neg c o

    No pode sustentar-se a aplicao directa do regime dos arts. 437 a

    , ,do negcio, mas deixam em aberto quanto ao destino do acto, j quetais preceitos, para alm da resoluo, prevem a modificao done cio.

    Tal significa que, havendo erro relevante sobre a base do negcio, este anulvel ou modificvel.

    A modificao pode ser pedida por qualquer uma das partes done cio nos termo do n1 do art. 437 e deve ser feita se undo uzos

    de equidade.

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    E b i

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    Erro sobre os motivos Art 252 - Erro sobre os motivos (sendo regulado pelo n1 do mesmo

    . Abrange, ainda o erro sobre a pessoa do declarante ou de terceiro

    (resulta a contrario do art. 251 erro que recaia sobre os motivosdeterminantes da vontade, mas no se refira pessoa do declaratrio

    nem ao objecto do negcio; devendo acrescentar-se enumerao oerro sobre a base do ne cio ue se ue um re ime r rio .

    Este erro vicio de vontade reca sempre sobre os motivos quedeterminaram o declarante a celebrar o negcio.

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    as v r as p eses e erro que ca em nes a ca egor a um

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    as v r as p eses e erro que ca em nes a ca egor a umelemento comum o facto de respeitarem a fins ou a mbeis de natureza subjectiva do

    . Para alm da essencialidade do motivo (251) (s relevante o erro

    -, ,acordo, essa essencialidade (252 n1).

    Mas o que o erro essencial? .ele, se no celebraria o negcio, ou se celebraria um negcio comoutro objecto ou de outro tipo ou com outra pessoa--exp: A compraum objecto de prata por 1000, porque julga erradamente ser o objecto de ouro e,

    , .

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    No caso de erro incidental (parcial) o negcio ale nos termos em q e

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    No caso de erro incidental, (parcial), o negcio vale nos termos em queteria sido concluido sem o erro-mas s se bem conhecidos essestermos, com segurana ou alta probabilidade. O erro incidental

    aquele que influi apenas nos termos do negcio, e sem o qual oerrante, embora noutros termos, sempre caberia o mesmo negcio

    ode invocar-se um ar umento de analo ia a artir do art 911 --exp: A se soubesse a verdade teria comprado o objecto em parta, mas

    apenas por 200 ( art 911 e 292 CCiv). , , ,

    aquele que levou o errante a concluir o negocio, em si mesmo e noapenas nos termos em que foi conluido, e que logo produziu a

    au a a e o negoc o.

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-ERRO

    Seria pouco razovel permitir a anulao do negcio uma vez

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    Seria pouco razovel permitir a anulao do negcio, uma vezcomprovado o conhecimento pela contraparte da essencialidade domotivo que levou o errante a celebr-lo, pois aquela no daria o seu

    acordo ao contrato, se este ficasse na dependncia da circunstnciacuja suposio levou o enganado a contratar.

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    s amos na presena e uas ec ara es e c nc a parecen o

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    s amos na presena e uas ec ara es e c nc a, parecen orazovel entender que s a do declaratrio tem natureza negocial.

    O acordo no integra o contedo do negcio no sequer umaclusula acessria do negcio; o acordo referido no art. 252 n 1 noest sujeito s formalidades do prprio negcio. Nada impede que asdeclaraes sejam verbais, sem prejuzo, da sua validade.

    O conhecimento refere-se essencialidade do motivo e o acordo temeste objecto (essencialidade do motivo)

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    Condies gerais do erro vicio com motivo de

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    Condies gerais do erro-vicio com motivo deanulabilidade:

    ,isto aquele que levou o errante a concluir o negcio, em si mesmo e noapenas dos seus termos.

    O erro essencial--sem ele no se celebraria ual uer ne cio ou secelebraria um negcio com outro objecto ou outro tipo ou com outrapessoa.

    J no relevaria o erro incidental isto , aquele que influi apenas nostermos o neg c o, po s o errante sempre contrar a em ora outrascondies.

    O erro, para ser relevante, deve atingir os motivos determinantes da

    O erro s proprio quando incide sobre uma circunstncia que no seja averificao de qualquer elemento legal da validade do negcio.

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    o o e o o

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    o o e o o O dolo definido no art 253 n1 CCiv como O erro provocado por

    su esto ou artificio da contra arte dolo activo ositivo ou comissivo ouquando haja dever legal de eludicdar cfr. Art 253 n2, (2parte), pordissimulao (ocultao) pelo declaratrio ou por terceiro (deceptor) do errodo declarante.

    Erro qualificado erro provocado por dolo relevante. Se houver dolo, mas este no for juridicamente atendvel, continua a existir

    erro (erro simples) 253 n1 dolo consiste em qualquer sugesto ou artifcio , sob a forma de

    aco ou omisso, que intencional ou conscientemente tenta a induzir outremem erro ou a dissimular o erro em que este haja cado.

    con u a o osa po e v r o ec ara r o ou e erce ro n , n ne Deceptor = autor do dolo Decepto = contraente enganado

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    O o o tem uma up a concepo comp etamente st nta, po e ser:

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    p p p , p Uma sugesto ou artificios usados com o fim de enganar o autor da declarao

    Ou bem como a dissimulao pelo declaratrio ou por terceiro, do erro do

    declarante-- art 253 A relevncia do dolo depende da sitematizao colhida pela doutrina e

    jurisprudncia de trs factores:

    1) que o declarante esteja em erro

    2) que esse erro tenha sido provocado (doloso positivo ou comissivo) ou(quando haja dever de eluciar-cfr. Art 253, n2 (2parte) ocultado ( dolonegativo ou omissivo tambm dito reticncia ou m f) pelo declartrio ou porterceiro.

    3) no erro provocado, que o declaratrio tenha para tanto recorrido a artificio,

    sugesto embuste ou meis enganatrios. O dolo tem de ser causa do erro temde ser a causa do negcio que no se pretendida

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    A noo de dolo contida no art 253 muito ampla

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    A noo de dolo contida no art. 253 muito ampla,compreendendo:

    ,ou sugesto, visem um dos seguintes fins: 1) fazer cair algum emerro; 2) manter o erro em que algum se encontre; 3) encobrir o erroem que a gum se encontre

    condutas positivas no intencionais com as caractersticas e os finsmencionados nas alneas anteriores desde ue o dece tor tenhaconscincia de, atravs delas, estas a prosseguir esses fins

    condutas omissivas que consistam em no esclarecer o declarante do

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  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    MODALIDADES DE DOLO

    DOLO POSITIVOE

    DOLO NEGATIVO

    DOLUS BONUSE

    DOLUS MALUS

    DOLO INOCNETEE

    DOLO FRAUDULENTO

    DOLO PROVENENTEDO DELCARATRIO

    E

    DOLO PROVENIENTEDE TERCEIRO

    DOLO ESSENCIALOU

    DOLO DETERMINANTE

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    Dolus bonus e Dolus Malus:

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    Dolus bonus e Dolus Malus : S relevante, como fundamento da anulabilidade, o dolus malus. A lei tolera a

    sim les astucia re utada le tima elas coce e im erantes num certo sector

    negocial. A lei declara no consituitem dolo ilicito sendo, portanto, dolus bonus,as sugestes ou artifcios usuais, considerados legtimos, segundo as concepesdominante no comrcio jurdico (art 253/2 CC)

    O grande mbito do conceito de dolo sofre uma ampla e perigosa restrio por

    efeito do disposto no n2 do art.253, ao consagrar a distino entre dolus malus edolus bonus. S d relevncia ao dolus malus.

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    H dolus bonus ou dolo irrelevante quando o deceptor recorre a

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    artifcios ou sugestes usuais, consideradas legais, segundo asconcepes dominantes no comrcio jurdico.

    Assim, quanto ao caso especfico da dissimulao do erro, o dolo ,

    conveno ou pelas concepes dominantes no comrcio jurdico uso

    negocial

    Dever legal de informao art. 573 e 485, restringe .

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    e ev nc a o o o

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    O requisito especfico da relevncia do dolo a dupla.

    Pessoalidade e Unilateralidade no so hoje requisitos derelevncia do dolo.

    A lei expressamente admite a relevncia do dolo bilateral(254 n1, in fine)

    -causa do erro e este, por seu turno, seja causa determinantedo negcio.

    - .254 (para o dolo ser anulatrio, exige-se que a vontade dodeclarante tenha sido determinada pelo mesmo)

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    O regime do erro qualificado por dolo varia consoante ele

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

    124/155

    g q pprovenha do declaratrio ou de terceiro, pressupondo

    . deceptor = declaratrio: o negcio anulvel, desde que se verifique asituao da dupla causalidade, sem se tornar necessrio que o declaratriocon ea ou n o eva gnorar a essenc a a e o erro n o art. en2, a contrario)

    deceptor = terceiro : se o declaratrio no conhecia ou no devia ignorar odolo de terceiro, havendo o requisito da dupla causalidade, o negcio anulvel (254 n2)

    se o declaratrio no conhecia ou no devia conhecer o dolo de terceiro, odolo irrelevante, a menos que haja algum beneficirio do negcio (254 n2).

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    e o ene c r o o erce ro au or o o o, o neg c o anu ve eml l ifi d i it d d l lid d

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    relao a ele, verificado o requisito da dupla causalidade.

    Se o beneficirio outro terceiro, o negcio s anulvel em relao aele, se conhecia ou no devia ignorar a existncia do dolo.

    O que caracteriza o dolo a inteno de enganar e no a inteno de

    prejudicar, havendo normalmente prejuzo.

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    Efeitos do dolo

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    O dolo relevante determina a anulabilidade do negcio.

    O dolo pode gerar outros efeitos para alm da invalidadedo negcio responsabilidade civil (483 e ss.) para o

    eceptor , n o o um acto c to .

    A existncia de responsabilidade civil independente de o.

    O dolo pode constituir o seu autor em responsabilidade,

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    Regime do dolo irrelevante

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    g

    Irrelevncia do dolo pode dar-se por:A)dolus bonus

    ser anulvel

    ,

    dolo, continua a haver erro do seu autor

    - TIPOS DE VICIOS DA VONTADE-DOLO

    on es e re ev nc a o o o como mo vo

  • 8/12/2019 DECLARAO NEGOCIAL Falta e Vicios Da Vontade2 [Modo de Compatibilidade]

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    de anulao:

    pr nc pa e e o o o o anu a a o oneg c o ar ,mas acresce a responsabilidade pr-negocial do autor do dolo(decpetor), por ter dado origem invalida