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Confiabilidade, Durabilidade, Qualidade e Disponibilidade, o que são ? Quando fazemos a pergunta, o que é Confiabilidade, que idéias nos vêm à mente ? Alguém poderá dizer: um produto é confiável quando dura bastante. Esse é o conceito de Durabilidade. Outro dirá: um produto é confiável quando faz exatamente aquilo que eu espero que ele faça. Esse é o conceito de Qualidade. Um terceiro poderá afirmar: um produto é confiável quando está sempre pronto para funcionar quando eu preciso dele. Esse é o conceito de Disponibilidade. Confiabilidade é um conceito que deve englobar todas aquelas expectativas acima enunciadas. Quantificar Confiabilidade é algo mais difícil. Isso ocorre porque Confiabilidade não pode ser confundida com Qualidade. Confiabilidade é algo mais amplo. O conceito está ligado a falhas no domínio do tempo. Tanto o número de falhas quanto o tempo em que elas ocorrerão são difíceis de prever devido às incertezas inerentes a essas variáveis. Incertezas que levam à moderna definição de Confiabilidade como variável estatística. A definição técnica de Confiabilidade é: “A probabilidade de um produto funcionar da maneira como foi projetado dentro de condições específicas e por de um período de tempo determinado”. Por tratar-se de uma variável estatística, a Confiabilidade lida com distribuições de probabilidade associadas às características das falhas atribuídas ao produto, seja ele um componente discreto ou um conjunto de componentes que formam um equipamento mais complexo. A Engenharia de Confiabilidade é a disciplina que procura entender como um produto pode falhar dentro de sua vida útil e quais são as medidas necessárias para evitar que essas falhas ocorram precocemente, através de ações preventivas. Confiabilidade é, portanto, um aspecto das incertezas em engenharia, daí a disciplina Engenharia de Confiabilidade. Os objetivos centrais da Engenharia de Confiabilidade são: 1. Aplicar os conhecimentos de engenharia e técnicas especializadas para prevenir ou reduzir a probabilidade ou frequência de falhas e as suas consequências. 2. Identificar e corrigir as causas das falhas que ocorrem independentemente dos esforços para preveni-las. 3. Determinar formas de se lidar com as falhas que ocorrem, se suas causas não foram determinadas. 4. Aplicar métodos para estimar a confiabilidade esperada de novos projetos e por analisar os dados de confiabilidade. As falhas são normalmente associadas ao tempo de uso, podendo ter probabilidade constante ou variável à medida que o tempo passa. Os componentes que possuem probabilidade de falha constante ao longo do tempo, desde que submetidos a condições normais de uso especificadas no projeto, em geral não são passíveis de ações preventivas, ao passo que aqueles que possuem características de desgaste em função do tempo de uso, permitem que se tomem ações preventivas de forma a prolongar a vida do produto do qual fazem parte. ___ WILLIAN THORLAY Consultor da ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção. Em trecho do livro “O RCM na quarta geração da Manutenção de Ativos”.

Definição de Confiabilidade

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Confiabilidade, Durabilidade, Qualidade e Disponibilidade, o que são ?

Quando fazemos a pergunta, o que é Confiabilidade, que idéias nos vêm à mente ? Alguém poderá

dizer: um produto é confiável quando dura bastante. Esse é o conceito de Durabilidade. Outro

dirá: um produto é confiável quando faz exatamente aquilo que eu espero que ele faça. Esse é o

conceito de Qualidade. Um terceiro poderá afirmar: um produto é confiável quando está sempre

pronto para funcionar quando eu preciso dele. Esse é o conceito de Disponibilidade.

Confiabilidade é um conceito que deve englobar todas aquelas expectativas acima enunciadas.

Quantificar Confiabilidade é algo mais difícil. Isso ocorre porque Confiabilidade não pode ser

confundida com Qualidade. Confiabilidade é algo mais amplo. O conceito está ligado a falhas no

domínio do tempo. Tanto o número de falhas quanto o tempo em que elas ocorrerão são difíceis de

prever devido às incertezas inerentes a essas variáveis. Incertezas que levam à moderna definição de

Confiabilidade como variável estatística.

A definição técnica de Confiabilidade é: “A probabilidade de um produto funcionar da maneira

como foi projetado dentro de condições específicas e por de um período de tempo determinado”.

Por tratar-se de uma variável estatística, a Confiabilidade lida com distribuições de probabilidade

associadas às características das falhas atribuídas ao produto, seja ele um componente discreto ou

um conjunto de componentes que formam um equipamento mais complexo.

A Engenharia de Confiabilidade é a disciplina que procura entender como um produto pode falhar

dentro de sua vida útil e quais são as medidas necessárias para evitar que essas falhas ocorram

precocemente, através de ações preventivas.

Confiabilidade é, portanto, um aspecto das incertezas em engenharia, daí a disciplina Engenharia

de Confiabilidade.

Os objetivos centrais da Engenharia de Confiabilidade são:

1. Aplicar os conhecimentos de engenharia e técnicas especializadas para prevenir ou reduzir a

probabilidade ou frequência de falhas e as suas consequências.

2. Identificar e corrigir as causas das falhas que ocorrem independentemente dos esforços para

preveni-las.

3. Determinar formas de se lidar com as falhas que ocorrem, se suas causas não foram

determinadas.

4. Aplicar métodos para estimar a confiabilidade esperada de novos projetos e por analisar os

dados de confiabilidade.

As falhas são normalmente associadas ao tempo de uso, podendo ter probabilidade constante ou

variável à medida que o tempo passa. Os componentes que possuem probabilidade de falha

constante ao longo do tempo, desde que submetidos a condições normais de uso especificadas no

projeto, em geral não são passíveis de ações preventivas, ao passo que aqueles que possuem

características de desgaste em função do tempo de uso, permitem que se tomem ações preventivas

de forma a prolongar a vida do produto do qual fazem parte.

___ WILLIAN THORLAY

Consultor da ABRAMAN – Associação Brasileira de Manutenção.

Em trecho do livro “O RCM na quarta geração da Manutenção de Ativos”.