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Definições e breve histórico da Psicologia Social Prof. Rafael Wolter [email protected] O que é a Psicologia Social: definições clássicas Allport (1954): estudo científico de como os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos das pessoas são influenciados pela presença concreta ou imaginada de outras. Rodrigues, Assmar e Jablonski (2000): estudo científico da influência recíproca entre as pessoas (influência social) e do processo cognitivo gerado por esta interação (pensamento social). Implicações da definição clássica Pensamento esfera cognitiva Sentimentos esfera afetiva Comportamento esfera comportamental Resumindo esta definição, segundo Fiske, temos: Presença real, imaginária ou implícita do outro -> Pensamento, sentimento ou comportamento do indivíduo Outro -> Indivíduo Exemplo ilustrando a definição “clássica”: Triplett (1898) e a facilitação social Triplett notou que ciclistas eram mais velozes quando acompanhados; Estudo de laboratório: Pessoas sozinhas ou acompanhadas deviam “girar” uma manivela Resultado: O desempenho das pessoas sozinhas era pior A Psicologia Social: o olhar em 3 dimensões É uma abordagem “ternária”. A maneira como o indivíduo (ego) vê o objeto depende da relação que o “outro” (grupo) tem com o objeto.

Definições e breve histórico da Psicologia Social

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Page 1: Definições e breve histórico da Psicologia Social

Definições e breve histórico da Psicologia Social

Prof. Rafael Wolter

[email protected]

O que é a Psicologia Social: definições clássicas

Allport (1954): estudo científico de como os pensamentos, os sentimentos e os

comportamentos das pessoas são influenciados pela presença concreta ou imaginada

de outras.

Rodrigues, Assmar e Jablonski (2000): estudo científico da influência recíproca entre as

pessoas (influência social) e do processo cognitivo gerado por esta interação

(pensamento social).

Implicações da definição clássica

Pensamento – esfera cognitiva

Sentimentos – esfera afetiva

Comportamento – esfera comportamental

Resumindo esta definição, segundo Fiske, temos:

Presença real, imaginária ou implícita do outro -> Pensamento, sentimento ou

comportamento do indivíduo

Outro -> Indivíduo

Exemplo ilustrando a definição “clássica”: Triplett (1898) e a facilitação social

Triplett notou que ciclistas eram mais velozes quando acompanhados;

Estudo de laboratório:

◦ Pessoas sozinhas ou acompanhadas deviam “girar” uma manivela

◦ Resultado: O desempenho das pessoas sozinhas era pior

A Psicologia Social: o olhar em 3 dimensões

É uma abordagem “ternária”. A maneira como o indivíduo (ego) vê o objeto depende da

relação que o “outro” (grupo) tem com o objeto.

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Implicações deste olhar em 3 dimensões

Abandono da oposição entre o individual e o societal;

A Psicologia social é a ciência do conflito entre o indivíduo e a sociedade (Moscovici,

1984), como na resistência ao conformismo, captação de um indivíduo pela massa...;

Objetivo central e exclusivo é de estudar os fenômenos ligados às ideologias e à

comunicação (gênese, estrutura e função).

Um breve histórico

OS PRECURSORES – Fins Sec. XIX / Início Sec. XX

Gabriel Tarde (1890) – Leis da imitação

Gustave Le Bon (1895) – Psicologia das multidões

Triplett (1897) – Efeito de presença / Facilitação social

Émile Durkheim (1898) – Representações coletivas

Charles H. Cooley (1902) – Indivíduo e sociedade

Wilhelm Wundt (1900-1920) – Psicologia dos povos

Leis da imitação: Gabriel Tarde

Efeitos da sociedade sobre o comportamento individual é o resultado de “reações

recíprocas entre as consciências” (interação).

O processo básico desta interpsicologia é a interação.

Para Tarde a explicação da sociologia deve estar fundamentada na psicologia

As leis de Tarde

• Lei do descender: as tendências ao comportamento são iniciadas por pessoas de status

superior

• Lei da progressão geométrica: a difusão das ideias começa lentamente, para depois

crescer com rapidez

Lei do próprio antes que o estranho: a cultura própria é imitada antes das estrangeiras

Vestígios de Tarde

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Precursor do conceito de interação

Partidário do individualismo metodológico

Durkheim e o determinismo social

Caso escola: o suicídio e seus determinantes sociais

Noção de “fato social”: “é preciso, portanto, considerar os fenômenos sociais em si

próprios, desligados dos sujeitos que os representam: é preciso estudá-los

objetivamente como coisas externas, pois é com este caráter que se apresentam à

nossa consideração . (Durkheim 1895/1991, p.55)

A causa determinante de um fato social se encontra nos fatos sociais que antecedem.

A “guerra”: Durkheim versus Tarde

Determinismo do fato social vs interação

O social determina o individual vs o individual determina o social

Lebon e a Psicologia das massas

Noção de unidade mental das massas: o indivíduo perde sua autonomia para se tornar

parte das massas:

◦ O fato mais chamativo que apresenta uma massa psicológica é o seguinte:

independentemente de quem sejam os indivíduos que a compõem, da

similaridade ou não de seus gêneros de vida, de suas ocupações, caráter e

inteligência, o simples fato de terem se transformado em massa lhes confere

uma espécie de alma coletiva. Esta alma lhes faz sentir, pensar e agir de um

modo completamente diferente de como o faria cada um deles isoladamente

(Le Bon, 1895/1983, p.29).

Völkerpsychologie (Lazarus – Steinthal)

A personalidade individual é consequência da cultura (Herbart 1825/1968);

O indivíduo isolado não teria humanidade;

Para a Völkerpsychologie:

A psicologia ensina que os humanos são, acima de tudo, seres sociais predestinados a

uma vida social, porque só em cooperação com seus pares podem realizar todo seu potencial,

podem chegar a ser aquilo para o que estavam predestinados. Ninguém é o que é por seus

próprios recursos, mas como resultado da influência da sociedade

Wundt e a Völkerpsychologie

Para ele esta psicologia consiste no estudo de processos mentais superiores para cuja

compreensão a psicologia individual não seria adequada (Álvaro e Garrido, 2007)

Page 4: Definições e breve histórico da Psicologia Social

Íntima relação entre a mente e a cultura: a mente individual é o produto do contexto

cultural onde se situa a pessoa

Para Wundt a Psicologia científica possui 2 ramos:

◦ A psicologia experimental

◦ A Völkerpsychologie

A característica da Psicologia social: o situacionismo

Crença na importância da situação;

Abandono de explicações ligadas à personalidade (como no senso comum);

Exemplo de Isen e Levin (1972):

◦ Participantes deviam usar o telefone público. 50% “encontraram” dinheiro no

local do troco. Após ligar ele se deparava com uma mulher que deixa cair a

bolsa e a pasta com vários documentos.

◦ Resultado: 4% das pessoas (1 em 25) que não “encontraram” o dinheiro

ajudaram a mulher. 88% dos participantes que encontraram o dinheiro

ajudaram a mulher.

Primeiras décadas da Psicologia Social

A 1a década – Os primeiros livros

William McDougall (1908)

Edward A. Ross (1908)

Décadas seguintes:

Arthur Ramos (1936)

Floyd Allport (1924) e Gordon Allport

Mensuração das atitudes sociais:

- Bogardus (1925)

- Thurstone (1929)

- Likert (1932)

Primeiras décadas da Psicologia Social

A 1a década – Os primeiros livros

William McDougall (1908)

Edward A. Ross (1908)

Arthur Ramos (1936)

Page 5: Definições e breve histórico da Psicologia Social

Floyd Allport (1924) e Gordon Allport

Mensuração das atitudes sociais:

- Bogardus (1925)

- Thurstone (1929)

- Likert (1932)

McDougall (1908)

Este psicólogo britânico

muito influenciado por Tarde escreveu

sobre os instintos. Foi o autor do livro An Introduction to Social Psychology de 1908.

Sua teoria da motivação afirmava que os indivíduos seguem seus instintos, sem ter

consciência disto. Para ele, grande parte desses traços foram herdados.

Ross (1908)

Este sociólogo americano era adepto

do eugenismo.

Segundo Farr (1996), tanto para McDougall como para Ross o objeto (físico) surge na

experiência humana dentro do contexto de sua socialidade.

Escreveu Social Psychology (1908).

Com McDougall escreveram os primeiros livros com o nome Psicologia Social no título.

Anos 20: surgimento dos estudos sobre as atitudes

Os sociólogos Thomas e Znaniecki (1918-1920) lançam o livro The Polish Peasant in

Europe and America, e marcam o início da “era da mensuração das atitudes” na

Psicologia Social.

Def. de Rodrigues, Assmar e Jablonski (2000, p.97): “sentimentos pró ou contra pessoas e

coisas com quem entramos em contato”

Medida das Atitudes

Likert (1932) criou a escla de Likert:

A Lei Seca é útil para evitar acidentes de trânsito.

1. Concordo Plenamente

2. Concordo

3. Não tenho opinião

4. Discordo em parte

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5. Discordo plenamente

Bogardus (1925) criou a escala de distância social:

◦ O(a) senhor(a) aceitaria X como:

Membro da sua família (casar com filha-irmã...)

Amigo

Colega de trabalho

(...) Expulsaria dos EUA

Ex. Estudo de Lapierre sobre relação entre atitudes e comportamento.

Os anos 30 - Diversos aportes e experimentação

George H. Mead (1931) – Mind, self and society, precursor do interacionismo simbólico

Frederic C. Bartlett (1932) – Memória social: transmissão cultural e convencionalização

Musafer Sherif (1936) – Normas sociais, sua criação experimental (efeito autocinético)

O behaviorismo na psicologia social:

Dollard, Miller et al (1939) – Frustração e agressão

Miller e Dollard (1941) – Aprendizagem social e imitação

George H. Mead (1931) – Mind, self and society, precursor do interacionismo

simbólico

Para este psicólogo da escola de Chicago o indivíduo e a sociedade são duas faces de

uma mesma moeda. “Eu” começo a me ver em função da reação dos outros e do outro

generalizado (sociedade). Ele rompe com a psicanálise e o behaviorismo ao

desenvolver uma abordagem inter-relacional onde o sentido é co-construído.

As três premissas básicas são (Blumer 1969):

◦ " Os seres humanos agem em relação as coisas com base nos significados que

eles atribuem a essas coisas.“

◦ " O significado de tais coisas é derivado de, ou é anterior a, interação social

que uns tem com outros e com a sociedade".

◦ " Estes significados são controlados em, e modificados por, um processo

interpretativo usado pelas pessoas interagindo entre si e com as coisas que

elas encontram (em função do consenso que, no mínimo, torna a comunicação

possível).

Page 7: Definições e breve histórico da Psicologia Social

Frederic C. Bartlett (1932) – Memória social: transmissão cultural e

convencionalização

Fez uma série de experimentos mostrando a importância da cultura na lembrança. Ex.

de lenda africana apresentada a ingleses que ao recordar transformam os eventos até

aproximá-los da cultura inglesa (convencionalização social).

O receptor ajusta o que recebe à sua própria cultura.

Sherif (1936): criação das normas

Efeito auto-cinético (ilusão de ótica)

◦ Quando não estão acompanhados as estimações iniciais de um mesmo sujeito

têm variações. Pouco a pouco ficam mais coerentes e se estabilizam dentro

de um padrão. Em outros termos os sujeitos criam uma norma individual.

◦ Quando estão em grupos (2 ou 3 pessoas), no início, há uma variedade de

estimações entre estas pessoas (ligadas às normas individuais). Logo os

sujeitos começam a dar estimações idênticas, o que corresponde à norma

coletiva.

Arthur Ramos (1936)

Médico, escreveu em 1936 o primeiro

Livro sobre Psicologia social no Brasil.

- Seu livro era bastante atual apresentando trabalhos dos anos 30;

- Seus trabalhos buscam entender o que é “ser brasileiro” (com trabalhos sobre os

índios e os negros);

- Muito influenciado pela psicanálise (Freud, Jung)

O Behaviorismo de Dollard, Miller et al (1939) – Frustração e agressão

Se a agressão não se dirige ao agente frustrador ela se desloca (filho, família etc.)

Esta teoria foi fortemente influenciada pela psicanálise.

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Sessão 1

individual

Sessão 2

grupo

Sessão 3

grupo

Sessão 4

grupo

Sujeito1

sujeito 2

Sujeito 3

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Floyd e Gordon Allport

Estes 2 psicólogos marcaram a Psicologia Social e segundo muitos autores levaram a

individualização da disciplina;

Para eles não existe processo social que não passe pelo individual;

Definição (Allport, G. W. 1954): “a Psicologia Social consiste em tentar compreender e

explicar como os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos são

influenciados pela presença imaginária, implícita ou explícita dos outros”

O grupo para Allport F. (1924)

“Não há psicologia dos grupos que não seja essencialmente e totalmente uma

psicologia dos indivíduos. A psicologia social não deve ser vista em oposição à

psicologia dos indivíduos; ela é parte da psicologia dos indivíduos. As ações do

conjunto não são nada mais que a soma dos atos de cada indivíduo isolado”.

Anos 40 – A década de Kurt Lewin e influências da guerra na Psicologia pós-guerra.

Lewin define um grupo como um conjunto de indivíduos que possui sua própria

realidade, a qual não coincide com a soma das características dos indivíduos que

compõem o grupo.

Definição da teoria do campo:

- Um campo é a totalidade de fatos que coexistem de maneira interdependente. Em

psicologia social é o ambiente do indivíduo;

– O comportamento do indivíduo se define em função do campo em que se situa;

- A base do comportamento individual é a necessidade gerada pela tensão a se

satisfazer;

- Os outros elementos do campo têm um valor positivo ou negativo em relação à

satisfação desta necessidade;

- Existe uma dinâmica das forças do campo caracterizada por estados e mudanças de

estado.

Lewin (1940) e o “grupo como totalidade dinâmica”

“Um grupo é mais que, ou mais exatamente, é diferente da soma de seus membros.

Ele possui a sua própria estrutura e relações próprias com outros grupos. A essência

do grupo não é a similaridade nem a diferença de seus membros, mas sua

interdependência. Cada grupo pode ser qualificado como uma “totalidade dinâmica”;

o que significa que uma mudança de estado em uma das sub-partes acarreta uma

mudança em todas as outras sub-partes”.

Anos 50 - O cognitivismo “quente”

Solomon Asch (1952) – Percepção social, Conformidade

Page 9: Definições e breve histórico da Psicologia Social

Leon Festinger (1957) – Dissonância cognitiva

Fritz Heider (1958) – Da psicologia ingênua a uma psicologia do conhecimento; Teoria

do equilíbrio

O pós-guerra enseia:

a retomada do estudo das atitudes, sua mudança

algo da psicanálise, com a “personalidade autoritária” de Adorno

O princípio de homeostasia

Segundo Guimelli (1999, p.40) este princípio é uma tendência geral no homem em

“buscar o equilíbrio entre cognições próprias a um dado objeto. Esta tendência é tão

marcada que a ruptura deste equilíbrio gera, no sujeito, um estado de tensão e pede

uma quantidade de estratégias cognitivas destinadas a restabelecer o equilíbrio.

Presente nas teorias de Heider e Festinger.

Dissonância cognitiva

O indivíduo na presença de cognições (conhecimentos, opiniões sobre o ambiente,

sobre o self ou sobre seu próprio comportamento) incompátiveis entre elas sente um

estado de tensão desagradável, é o estado de dissonância cognitiva.

Festinger notou isto ao estudar uma seita milenarista que acretidava que o mundo

acabaria em breve. Neste determinado dia, o mundo não acabou. Para sair do estado

de dissonância os membros da seita notaram que graças às suas preces

o mundo não acabou.

Teoria do equilíbrio cognitivo de Heider (1958)

Para Heider o indivíduo busca a ordem, a simetria e, em conseqüência, precisa manter

o equilíbrio nas suas relações com os outros e nas suas atitudes (Guimelli, 1999, p. 49).

Para manter a coerência de seu mundo os sujeitos atribuem uma valência “positiva”

(agradável, bom) ou “negativa” (desagradável, ruim) a todo elemento do ambiente

(objeto ou pessoa). E as valências se equilibram.

P = o sujeito

O = sua esposa

X = o objeto (por exemplo a sogra do sujeito)

A situação está equilibrada se :

- As três relações são positivas

- Uma das relações é positiva e duas são negativas

A situação está desequilibrada se:

Page 10: Definições e breve histórico da Psicologia Social

- Duas relações são positivas e uma é negativa

Os anos 60 - Novos avanços e diversificações

A atribuição de causalidade domina o cenário americano da “cognição social” (Jones e

Davis, 1965; Kelley, 1967)

Consolida-se o interacionismo simbólico (Blumer, 1969)

Uma psicologia social européia começa a se constituir, contra a hegemonia americana:

Henri Tajfel (1972) – Categorização, Relações intergrupais

Serge Moscovici (1961/1976) – Influência minoritária e Representações sociais

Willem Doise (1976) – Desenvolvimento sócio-cognitivo

A atribuição de causalidade (Heider, 1958; Jones e Davis, 1965; Kelley, 1967)

Constantemente buscamos a causa, dos eventos que acontecem, das nossas condutas,

das condutas dos outros...

Para Heider, “somos semelhantes a cientistas amadores, tentando compreender o

comportamento de outras pessoas, reunindo informações, até chegarmos a uma

explicação ou causa razoáveis” (Aronson, Wilson e Akert, 2002).

◦ Por que não fui bem na prova?

Page 11: Definições e breve histórico da Psicologia Social

◦ Por que ele continua desempregado?

◦ Por que está tão quente?

Estas explicações ou atribuições de causalidade alimentam as conversas do dia-a-dia, guiam

nossas interações com os outros e faz parte da nossa percepção do mundo à nossa volta.

Emergência da Psicologia Social europeia

Nos anos 60 começa a surgir uma vertente mais sociológica da Psicologia Social na

Europa. A Social Social Psychology.

A teoria das Representações Sociais (Moscovici, 1961);

Tajfel e estudos dos grupos (sem o enfoque nos processos intra-grupais).

Os longos anos 70 - A Crise da Psicologia Social

“A Crise”: relevância; artificialismo; individualismo

Kenneth Gergen (1973) – Psicologia social como história

Um cognitivismo “frio” – processamento da informação – se instala, oriundo da

psicologia cognitiva

Algum behaviorismo permanece:

Skinner (1971) – O “mito da liberdade”

Bandura (1977) – A “aprendizagem social”

Sá (1979) – A “psicologia do controle social”

O cognitivismo “frio”

O sujeito visto como um “processador de informação”;

Estudos dos vieses e irracionalidades humanas;

Daí nasceu a crise.

Gergen: Social Psychology as History (1973)

Crítica ao método experimental;

Acumulação do conhecimento;

Para ele as sociedades são instáveis e mutáveis e o significado que as pessoas dão as

coisas também o são;

Ao estudar como as pessoas pensam o psicólogo social faz uma foto da realidade para

um período e um local. O que seria muito útil para fazer a História das Mentalidades;

Ênfase na linguagem (ex. Bom dia) o sentido da linguagem é conseqüência de seu

uso.

Page 12: Definições e breve histórico da Psicologia Social

Anos 80/90 Na esteira da crise não resolvida

Uma psicologia social mais social, européia, com as representações sociais, passa a ser

mais reconhecida.

A cognição social prossegue em seu desenvolvimento.

Perspectivas construcionista e discursiva emergem, contra todo e qualquer

cognitivismo.

Uma psicologia cultural começa a se esboçar.

Psicólogos sociais retomam o estudo da memória social, a partir da sociologia e da

psicologia cognitiva naturalista.

VERTENTES Psicologia social Psicológica Psicologia social Sociológica

Psicologia social Americana Atitudes sociais

Processos grupais

Atribuição causal

Interacionismo simbólico

Psicologia social Européia Influência social

- majoritária

- minoritária

Representações

sociais

Rel. intergrupais