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Definir febre. Identificar os aspectos peculiares da ... · diária habitual, relacionada a um novo ajuste no “set point” hipotalâmico. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues . Prof

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Definir febre.

Identificar os aspectos peculiares da avaliação e condução de pacientes com febre no ambiente de atenção primária à saúde / atenção básica.

Reconhecer os elementos fundamentais da avaliação do paciente com febre.

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Em uma unidade de atenção primária à saúde você atende Mônica de 19 anos, que apresenta paroxismos de febre, cefaléia, mialgia e calafrios há cerca de oito dias. Há dois dias ela procurou o serviço de pronto atendimento da cidade e foi medicada com paracetamol, com diagnóstico de suspeita de Dengue. Mônica informa que há 10 dias chegou de viagem, após visitar o noivo que atualmente mora e trabalha como vaqueiro na zona rural de Novo Progresso, município localizado no sul do Pará. Mônica havia permanecido lá por cerca de 20 dias e informa não ter outras doenças, nem fazer uso de medicações. Como método contraceptivo ela utiliza preservativos masculinos de modo regular e a última menstruação ocorreu normalmente há 8 dias. O exame físico de Mônica é normal, exceto pela temperatura axilar de 38ºC. A prova do laço foi negativa. José, o pai de Mônica, que foi garimpeiro em Peixoto de Azevedo – MT no início da década de 80 lhe dá a seguinte dica: “Ta parecendo malária Doutor... Pede para fazer um exame de lâmina.

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Sintoma comum em APS.

Provavelmente um dos mais comuns em situações agudas.

Maioria dos casos causados por infecções agudas e sem gravidade.

O serviço de atenção primária deve identificar os casos mais graves ou que necessitam de maior investigação.

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O que é importante?

Quais são os principais dados a serem valorizados?

Como investigar?

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• Hipotermia. – Temperatura axilar: < 35,5°C

– Temperatura retal: < 36° C

• Normal. – Temperatura axilar: 35,5°C a 37°C

– Temperatura bucal: 36 a 37,4°C

– Temperatura retal: 36 a 37,5°C

• Hipertermina / Febre: – Febre leve ou febrícula: 37°C a 37,5°C

– Febre moderada: 37,5°C a 38,5°C

– Febre elevada: acima de 38,5°C

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• Hipertermia. – Hiperthermia é caracterizada pelo aumento

incontrolavel da temperatura corporal que vai além da capacidade do corpo de perder calor. O “Set point” do hipotálamo está normal. Em contraste com a febre em infecções e reações imunológicas não envolve moléculas com propriedades pirogêncas. Exposição ao calor externo e produção de calor endógeno são os dois mecanismos que podem resultar em temperaturas centrais elevadas.

• Febre: – Aumento da temperatura corporal além da variação

diária habitual, relacionada a um novo ajuste no “set point” hipotalâmico.

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• Analisar:

– Início.

– Intensidade.

– Duração.

– Modo de evolução.

– Término.

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• Hipertermia.

– Insuficiência cardíaca congestiva.

– Ictiose.

– Hipertermia maligna.

– Insolação.

– Intermação.

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• Febre.

– Infecções.

• Vírus, bactérias, fungos, protozoários.

– Neoplasias malignas.

• Linfomas, hepatocarcinomas, tumores renais.

– Doenças autoimunes.

• Artrite reumatóide, LES.

– Fármacos.

• Antimoniato de meglumina.

• Anfotericina B.

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• Processo febril com duração de mais de três semanas, com temperaturas maiores que 38,3°C por várias vezes, cujo diagnóstico não é encontrado após uma semana de internação hospitalar.

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• Febre contínua - Febre diária com variações de até de 1ºC sem períodos de apirexia.

• Febre irregular – Picos muito elevados intercalados por períodos de apirexia ou mesmo hipotermia.

• Febre remitente - Febre diária com variações de mais de 1ºC sem períodos de apirexia.

• Febre intermitente – Picos de febre intercalado por períodos de apirexia de no máximo dois ou três dias.

• Febre recorrente ou ondulante – Períodos de temperatura normal que dura dias ou semanas interrompidos por períodos de temperatura elevada.

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• Associada a condições que aumentam a perda de calor ou diminuem a produção de calor pelo corpo humano.

– Exposição ambiental.

– Hipotireoidismo.

– Choque.

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Abordagem.

Anamnese e exame físico.

De acordo com a situação e ambiente.

Aspectos importantes:

Idade.

Sexo.

Ocupação.

Procedência.

Exposições importantes.

Epidemiologia.

Exames laboratoriais.

Quanto indicada, de modo seletivo e adequado.

Atenção à interpretação.

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Existe infecção ?

Sintomas comuns de infecção:

Febre.

Pode ser ausente:

Imunodepressão.

Idosos.

Crianças muito pequenas.

Infecções graves.

Sintomas gerais.

Sinais de acometimento do órgão ou sistema sede do processo infeccioso.

Inflamação do órgão causando sintomas.

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Agentes infeciosos.

Prions.

Vírus.

Bactérias.

Clamídias, Riquetsias e Micoplasmas.

Fungos.

Protozoários.

Helmintos.

Ectoparasitas.

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Imunossupressão.

SIDA.

Drogas imunossupressoras.

Corticoterapia.

Esplenectomia.

Neoplasias.

Cardiopatia valvar.

Cirrose hepática/insuficiência hepática.

Extremos de idade.

Etilismo.

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Não há rotina ou exames obrigatórios.

Baseado nas particularidades clínicas e epidemiológicas.

Atenção aos custos e solicitações sem fundamentação.

Mais não é igual a melhor.

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Não deve ser rotina.

Efeitos colaterais dos medicamentos.

Piora de prognóstico.

Considerado em algumas situações específicas.

Grande desconforto.

ICC.

Desidratação.

Risco de convulsão.

Temperatura extrema > 41ºC

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Métodos não farmacológicos.

Farmacológicos.

Ácido acetil-salicílico.

325 a 1000 mg de 6/6 ou 4/4 horas, até 3,5 g/dia.

Dipirona.

320 a 1000 mg de 6/6 horas.

Ibuprufeno.

200 a 300 mg de 6/6 horas, máximo 1200 mg/d.

Paracetamol.

325 a 750 mg de 6/6 ou 4/4 horas, até 3,0g/dia.

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Antimicrobianos não são antipiréticos.

A maioria dos pacientes com estado geral preservado pode, e deve, aguardar um diagnóstico antes da instituição de antimicrobianos.

Uso empírico de antimicrobianos deverá ser indicado quando houver alta probabilidade de infecção.