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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS DOCENTE: MIRLA MIRANDA DISCENTE: CAMILA DA SILVA DANIELA DE ARAÚJO FRANCISCA MARIANE PAULA ALINE DEFUMAÇÃO CASTANHAL-PA 2014

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  • UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PAR

    CENTRO DE CINCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA

    CURSO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

    DISCIPLINA: PRESERVAO E CONSERVAO DE ALIMENTOS

    DOCENTE: MIRLA MIRANDA

    DISCENTE: CAMILA DA SILVA

    DANIELA DE ARAJO

    FRANCISCA MARIANE

    PAULA ALINE

    DEFUMAO

    CASTANHAL-PA

    2014

  • CAMILA DA SILVA

    DANIELA DE ARAJO

    FRANCISCA MARIANE

    PAULA ALINE

    DEFUMAO

    CASTANHAL-PA

    2014

    Trabalho acadmico apresentado ao curso de

    Tecnologia de Alimentos da Universidade do

    Estado do Par, para complemento da 2

    avaliao da disciplina de Preservao e

    Conservao de alimentos, sob orientao da

    Prof.(a) Mirla Miranda.

  • SUMRIO

    1. INTRODUO ............................................................................................... 2

    2. REFERENCIAL TERICO............................................................................. 3

    2.1- CARACTERSTICAS DA FUMAA............................................................ 3

    2.2- CONSTITUINTES DA FUMAA................................................................. 4

    2.3- TIPOS DE DEFUMAO............................................................................ 4

    2.4- VANTAGENS.............................................................................................. 6

    2.5- DESVANTAGENS...................................................................................... 6

    3- CONCLUSO................................................................................................. 7

    REFERNCIAS.................................................................................................. 8

  • 2

    1- INTRODUO

    A defumao um mtodo de conservao de alimentos que consiste

    em expor a carne ou derivados de carne fumaa produzida pela combusto

    incompleta da madeira. Alm de perder gua, a carne sofre uma ao

    antimicrobiana de alguns compostos presentes na fumaa, como cido

    metlico, aldedos e cetonas que apresentam funo antissptica e tambm

    fenis e cresis que, alm da funo antissptica, so aromatizantes e

    desenvolvem a colorao caracterstica dos alimentos defumados

    (EVANGELISTA, 2001).

  • 3

    2- REFERENCIAL TERICO

    A defumao um processo histrico, pois as carnes defumadas j

    eram consumidas no ano 1.000 a.C. Foi originalmente empregada na

    preservao de alimentos, mas na atualidade ela utilizada principalmente

    pela sua contribuio no aroma e sabor caractersticos.

    O processo de defumao baseia-se na exposio do alimento fumaa

    proveniente da queima incompleta principalmente de madeira, serragem,

    carvo, turva. Este processo utilizado para carnes bovinas, de peixe, de aves,

    embutidos, etc.

    2.1- CARACTERSTICAS DA FUMAA

    De acordo com Callow (1927-1932), a fumaa inibe o crescimento

    microbiano, retarda a oxidao das gorduras e fornece aroma s carnes.

    A fumaa resultante da queima da madeira alm de conter compostos

    qumicos (aldedos, fenis e cidos alifticos) formados durante o processo

    expe o alimento a altas temperaturas, agindo como tratamento de calor e

    desidratante, diminuindo o teor de gua dos alimentos e formando uma casca

    externa que atua como isolante que dificulta a entrada de novos

    contaminantes.

    As madeiras mais usadas para a produo de fumaa so: de olmeiro,

    de roble, de freixo, de zimbre, de faia, de amieiro (aparas). Essas madeiras

    devem apresentar 20-30% de celulose, 40-60% de hemicelulose e 20-30% de

    lignina.

    As madeiras resinosas no podem ser queimadas na defumao, pelo

    fato de que suas substncias volteis conferem ao produto sabores

    inconvenientes; por isso, no servem para a combusto, o pinheiro, o abeto

    roxo e comum, e outras madeiras moles que desprendem muita fuligem e

    transmitem sabores e odores imprprios, de fenol ou terebintina.

    A respeito das caractersticas fsicas e qumicas da fumaa, Foster e

    Simpson consideram a fumaa constituda de uma fase lquida dispersa, com

    partculas de fumaa e outras fase aquosa dispersante.

  • 4

    2.2- CONSTITUINTES DA FUMAA

    Cerca de 300 substncias qumicas contidas na fumaa j foram

    identificadas, dentre as quais podemos citar: aldedos, cetonas, alcois, cidos

    alifticos, steres, benzis, fenis, hidrocarbonetos policclicos, entre outros.

    Na fase gasosa da fumaa se encontram principalmente os cidos frmico,

    actico, caprlico, vanlico, butrico, furfurol, etanol, metanol e, ainda,

    metilglioxal, dimetoxiferol, octanal, diacetil, acetaldedo, cetona, etc.

    Devido ao fato de terem detectado compostos cancergenos na fumaa,

    como o 3-4 benzopireno e 1,2,5,6 fenantraceno, provenientes da combusto da

    lignina em temperatura superior a 250C, tem-se procurado produzir fumaas

    sem essas substncias. Visando coibir o malefcio de fumaas contendo

    elementos cancergenos, se tem procurado obt-las sem essas substncias

    nocivas, atravs da fumaa lquida (smokeflavor), que obtida por

    condensao da fumaa, que, em seguida, fracionadamente destilada, a

    fumaa lquida tambm pode ser produzida sinteticamente.

    A composio da fumaa depende de uma srie de fatores, dentre eles

    podemos citar: temperatura de queima da madeira; presena de ar durante a

    queima; tipo e quantidade de madeira queimada em relao ao tempo de

    queima, entre outros.

    2.3- TIPOS DE DEFUMAO

    O processo de defumao se constitui de defumao frio, quente e

    eletrosttica.

    Defumao frio: destinada defumao de conservas e embutidos

    cozidos. A fumaa elaborada em pontos central distribuidos em

    cmaras de alvenaria, construdas em tipo de torre, com vrios andares

    ou em regos abertos para esse fim. A temperatura da fumaa de at

    18C, obtida geralmente da combusto de serragem. O tempo de

    durao do processo de defumao a frio, de um a quatro dias.

  • 5

    Defumao a quente: o equipamento para a defumao quente consta

    de cmaras dispostas em sries, feitas de material de ao (chapas),

    mveis ou no, capazes de refletir fortemente o calor. A defumao

    quente tambm poder ocorrer em instalao guiza de torre, de chapa

    de ao com vrios andares, a torre tambm poder ser de alvenaria,

    porm revestida internamente por chapas de ao. A fumaa fornecida

    pela queima de serragem ou aparas de madeira e o calor, por gs

    engarrafado. Para efeito de controle na parte baixa da torre so

    colocados registros que regem o sistema existente de umidade e

    temperatura. A conduo da fumaa pode ser feita por via indireta ou

    direta, por via indireta a fumaa impelida do local de sua produo,

    aos andares da torre ou s cmaras de defumao, por via direta a

    fumaa gerada em rego feito de tijolos, ou em cofre mvel de ao (para

    resistir ao fogo) e protegida por tela, para evitar a carbonizao de

    pedaos de carne que possam cair de onde esto presos. A temperatura

    da fumaa alcana de 70 a 100C.

    Defumao eletrosttica: por maior aproveitamento dos constituintes da

    fumaa, a defumao eletrosttica h menor perda dos produtos, o

    processo se realiza mais rapidamente do que nos demais. Os

    componentes do sistema de produo de fumaa, na defumao

    eletrosttica so os seguintes tnel de defumao, seo de

    dessecao, prancha aquecida, seo de defumao, seo de pr

    refrigerao e retificador de alta tenso.

    o Tnel de defumao: pelo seu sistema de propulso em cadeia, o

    produto conduzido por toda sua extenso.

    o Seo de dessecao: nessa parte, para a defumao uniforme

    dos embutidos, se opera a sua dessecao superficial, atravs de

    raios infravermelhos.

    o Prancha aquecida: possui consistncia dura, aquecida

    eletricamente, para gerar fumaa, queimando a serragem nela

    depositada ininterruptamente, acha-se instalada fora do

    equipamento.

    o Seo de defumao: dispe de campo eltrico, se desenrola a

    operao defumao.

  • 6

    o Seo de pr-refrigerao: nessa seo o produto pr-

    refrigerado.

    o Retificador de alta tenso: se produz voltagem exigida no

    processo.

    2.4- VANTAGENS

    Transmite ao produto sabor agradvel;

    Durante o processo, a camada superficial do produto fica impregnada

    dos componentes da fumaa, que lhe do certa proteo contra os

    microrganismos;

    Confere poder conservador, devido ao calor alcanado e a penetrao,

    no produto, dos componentes da fumaa, a combinao da fumaa e de

    elevado grau de calor (60C), pode diminuir de cerca de dez mil vezes, a

    populao bacteriana da superfcie;

    O sal presente e a desidratao resultante da defumao, ajudam a

    conservao do alimento;

    Quase todas as bactrias no esporuladas so destrudas pela

    defumao;

    Pela ao residual dos constituintes bactericidas absorvidos durante a

    defumao, as contaminaes posteriores so mais facilmente controladas;

    Retarda a oxidao das gorduras.

    2.5- DESVANTAGEM

    Em temperaturas superiores a 310C so produzidas substncias

    cancergenas: 3,4-benzopireno e 1,2,5,6-dibenzoantraceno ou fenantreno

    (hidrocarbonetos policclicos).

  • 7

    3- CONCLUSO

  • 8

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    NANTES , R. AKAGI, A: Defumao como conservao de alimentos. Portal

    Educao, Campo Grande, mar. 2013. Disponvel em:

    http://www.portaleducacao.com.br/nutricao/artigos/39321/defumacao-como-

    conservacao-de-alimentos#ixzz39ersqZq9 . Acesso em: 01 ago. 2014.

    COSTA DE CAMARGO, A. Conservao por defumao. USP-CENA-PCLQ, So

    Paulo, p. 652. Set. 2002.

    SOBRENOME, PRENOME abreviado. Ttulo: subttulo (se houver). Edio (se

    houver). Local de publicao: Editora, data de publicao da obra. N de pginas ou

    volume. (Coleo ou srie)