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Demonstração do Resultado do Exercício - DRE Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

Demonstração do Resultado do Exercício -DRE · Registro dos fatos Lançamentoda Venda em 31/12/2016 D–Clientes (AC) C–Vendas de Mercadorias (Receita) 110.000,00 Reconhecimento

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Demonstração do Resultado do Exercício - DRE

Contabilidade - Prof: Fernando Aprato

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1. Finalidade da DRE, Conteúdo e Previsão Legal

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Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) – Apresentação das DemonstraçõesContábeis, as empresas devem apresentar todas as mutações do patrimônio líquidoreconhecidas em cada exercício que não representem transações entre a empresa e seussócios em duas demonstrações: a Demonstração do Resultado do Período e aDemonstração do Resultado Abrangente do Período.

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a apresentação, em forma resumida,das receitas e despesas decorrentes das operações realizadas pela empresa, durante oexercício social, com o objetivo de demonstrar a composição do resultado líquido doperíodo.

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É uma demonstração contábil que se destina a evidenciar, de forma dinâmica, a formaçãodo resultado líquido em um período (geralmente o exercício social), através do confrontodas receitas realizadas e despesas incorridas, apuradas segundo o princípio contábil doregime de competência.

A DRE evidencia a situação econômica da entidade. É apresentada de forma dedutiva(vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e em seguida, indica-se oresultado (lucro ou prejuízo).

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que apresenta ocotejo entre receitas e despesas da entidade. Todas as mutações do patrimônio líquido quenão sejam resultantes das transações com os sócios devem estar reconhecidas em duasdemonstrações: demonstração do resultado do exercício e demonstração de resultadosabrangentes.

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(FUB/Contador/CESPE/2011) - Com respeito às características das demonstrações contábeis, segundo a legislação e normatização vigentes, julgue os itens a seguir.

O resultado da entidade em determinado período é apresentado na demonstração do resultado do exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = C

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Se as receitas suplantarem as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário,sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo.

Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as receitas edespesas devem ser reconhecidas independentemente de pagamento ou recebimento.

Outro aspecto deveras importante sobre a DRE é que ela integra o chamado capitalpróprio. Ou seja, o lucro ou prejuízo auferido ao término do exercício deverá compor opatrimônio líquido. Por isso, as contas que integram a demonstração do resultado sãozeradas ao fim do exercício. O resultado será integrado ao patrimônio líquido, seja lucro,seja prejuízo.

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RECEITAS > DESPESAS e CUSTOS

RECEITAS

LUCRO

DESPESAS e CUSTOS

RECEITAS < DESPESAS e CUSTOS

DESPESAS

PREJUÍZO

RECEITAS

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O art. 187 da Lei das S/A, em seus incisos I a VI, estabelece a ordem de apresentação dasreceitas, custos e despesas, nessa demonstração, para fins de publicação. A seguir,apresentamos o referido art. 187, em sua redação atual:

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SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e osimpostos;

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e olucro bruto;

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SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

[..]

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesasgerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

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SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

[..]

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias,mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ouprevidência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

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§ 1° Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realizaçãoem moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essasreceitas e rendimentos.

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Concluindo, o objetivo básico da Demonstração do Resultado do Exercício é fornecer aosusuários das demonstrações financeiras da empresa, como já indicado, os dados básicos eessenciais da formação do resultado do exercício.

Quando a operação de venda estiver sujeita a incidência de IPI, o valor da Receita Bruta éobtido a partir do Faturamento Bruto deduzido do valor do IPI.

Faturamento Bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)(-) IPI sobre faturamento= Receita Bruta de vendas (vendas brutas)

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Nessa alternativa, o IPI contido nas vendas é então considerado uma dedução dofaturamento bruto, chegando-se à receita bruta no conceito fiscal.

No caso do IPI, a empresa industrial funciona como mero agente arrecadador de talimposto, já que em suas vendas cobra do cliente o IPI correspondente; desse valor deduz aparcela já paga a seus fornecedores em suas compras, e a diferença entre o impostocobrado nas vendas e o pago nas compras é recolhida aos cofres públicos. Assim, talimposto não representa efetivamente nem receita nem despesa para a empresa. Todavia,como para fins de apresentação deve ser demonstrado o valor bruto faturado, deduz-se daío IPI incidente sobre as vendas, chegando-se ao valor da receita bruta sem o imposto.

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(EBSERH/Técnico Contabilidade/CESPE/2018) - Julgue o próximo item, a respeito dasdemonstrações financeiras.

O imposto sobre produtos industrializados integra a receita bruta apurada na demonstraçãodo resultado do exercício.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = Errado

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(TCE SP/Agente de Fiscalização Financeira/VUNESP/2017) – As despesas na Demonstraçãodo Resultado do Exercício, de acordo com a Lei nº 6.404/76, devem ser discriminadas daseguinte forma:a) despesas financeiras, deduzidas das receitas, despesas gerais e despesas administrativas.b) despesas administrativas, depreciações e amortizações.c) despesas com vendas, despesas com juros e despesas com transporte.d) despesas com vendas, despesas administrativas e despesas com salários.e) despesas com salários e encargos trabalhistas, depreciações e amortizações.

Gabarito = A

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2. Receitas e Despesas no CPC 00

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4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:

(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob aforma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, queresultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com acontribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob aforma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultamem decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuiçõesaos detentores dos instrumentos patrimoniais.

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3. Forma de Apresentação

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A Lei n° 6.404/76 define o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, que deveser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas,ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício, e por ação,sem confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde é feita a distribuição oualocação do resultado.

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4. Clara Definição de Lucro Líquido

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A lei define com clareza, por meio da Demonstração do Resultado do Exercício, o conceitode lucro líquido, estabelecendo os critérios de classificação de certas despesas.

De fato, o lucro ou prejuízo líquido apurado nessa demonstração é o que se pode chamarde lucro dos acionistas, pois, além dos itens normais, já se deduzem como despesas oImposto de Renda e as participações sobre os lucros a outros que não os acionistas, deforma que o lucro líquido demonstrado é o valor final a ser adicionado ao patrimôniolíquido da empresa que, em última análise, pertence aos acionistas, ou é distribuídocomo dividendo.

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5. Regime de Competência

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Pelo texto acima transcrito, observa-se que – no § 1º - há clara referência ao regime decompetência. Assim, na DRE devem constar receitas auferidas e despesas incorridas, emobediência ao princípio da competência. Enfim, na determinação do resultado do exercícioserão computados:(1) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realizaçãoem moeda; e(2) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essasreceitas e rendimentos.

A Lei das Sociedades por Ações não admite exceções.

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6. Estrutura da Demonstração

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A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)( - ) IPI sobre faturamento brutoReceita Bruta de Vendas e Serviços

( - ) Deduções da Receita Bruta de Vendas e Serviços

( - ) Tributos Incidentes Sobre as Vendas (ICSM,PIS,COFINS,ISS)( - ) Devolução de Vendas e Vendas Canceladas( - ) Descontos Incondicionais Concedidos( - ) Abatimentos Concedidos( - ) Ajuste a Valor Presente Sobre Clientes

Receita Líquida de Vendas

( - ) Custo das Mercadorias Vendidas – CMV

Lucro Bruto (LB), Resultado com Mercadorias (RCM) ou Resultado Operacional Bruto (ROB)

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A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76( - ) Despesas Operacionais

( - ) Despesas com vendas (ou despesas comerciais)( - ) Despesas gerais e administrativas( - ) Despesas financeiras, deduzidas das receitas financeiras( - ) Outras despesas operacionais( + ) Outras receitas operacionais

= Resultado Operacional Líquido (Lucro ou Prejuízo Operacional)( - ) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)( + ) Outras receitas (antigas receitas não operacionais)= Resultado antes do Imposto de Renda e CSLL( - ) Despesa com provisão p/ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)( - ) Despesa com provisão para Imposto de Renda (IR)= Resultado após o IR e CSLL (ou Resultado antes das participações)

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A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76( - ) Participações

( - ) Debenturistas( - ) Empregados( - ) Administradores( - ) Partes Beneficiárias( - ) Fundo de assistência/previdência a empregados

= Lucro ou Prejuízo Líquido do ExercícioLUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO/TOTAL DE AÇÕES

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7. Elementos da DRE

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7.1. Receita Bruta de Vendas

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Pela ótica da Lei n° 6.404/76, em seu art. 187, itens I e II, estabelece-se que as empresasdeverão, na Demonstração do Resultado do Exercício, discriminar “a receita bruta dasvendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos” e “a receitalíquida das vendas e serviços”.

Dessa forma, a contabilização das vendas deverá ser feita por seu valor bruto, inclusiveimpostos, sendo que tais impostos e as devoluções e abatimentos deverão ser registradosem contas devedoras específicas, as quais serão classificadas como contas redutoras dasvendas.

É o valor bruto da venda de mercadorias, produtos ou serviços prestados pela empresa,incluindo os tributos sobre ela incidentes, exceto o IPI ou qualquer outro tributo em que ovendedor seja mero depositário do tributo.

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Para registrarmos a receita bruta é necessário saber quando e por quanto deve serregistrada.

De acordo com o item 2 do CPC 47 – Receita de Contrato com Clientes: o princípio básicodeste pronunciamento consiste em que a entidade deve reconhecer receitas para descrevera transferência de bens ou serviços prometidos a clientes no valor que reflita acontraprestação à qual a entidade espera ter direito em troca desses bens ou serviços.

Portanto, a receita deve ser mensurada pelo valor da contraprestação a receber.

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7.2. Deduções da Receita de Vendas

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São deduções da Receita Bruta de Vendas:

►Tributos incidentes sobre as vendas;►Devolução de vendas e vendas canceladas;► Abatimento sobre vendas► Desconto incondicional concedido;► Ajuste a Valor Presente sobre clientes.

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7.2.1. Tributos sobre Vendas

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Os tributos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita bruta de vendas.

A receita bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre elaincidentes (exceto, conforme já mencionado, o Imposto sobre Produtos Industrializados), osquais são assim registrados em contas devedoras, apresentadas como redução das vendasbrutas (ou faturamento bruto) na Demonstração do Resultado do Exercício.

Os principais tributos incidentes sobre as vendas são: ICMS, PIS, COFINS e ISS. São oschamados tributos por dentro.

Já o IPI é considerado um tributo por fora, não é redutor da receita bruta, é demonstradona DRE antes da receita bruta como redutor do faturamento bruto.

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7.2.2. Devoluções de Vendas

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Devoluções de Vendas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas.

Nesse sentido, tais devoluções não devem ser deduzidas diretamente da conta Vendas, masregistradas nessa conta devedora específica.

Representa todas as devoluções e cancelamentos de vendas ocorridas dentro do exercíciosocial. As devoluções de vendas de exercícios anteriores são contabilizadas como despesasoperacionais.

Devolução de vendas do exercício Devolução de vendas de exercícios anterioresDedução da receita bruta de vendas Despesas Operacionais

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7.2.3. Abatimentos sobre Vendas

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Abatimento é uma ferramenta de redução de preço, combinada pelo vendedor e o cliente,para que não haja a devolução da venda ou para que o cliente não se recuse a aceitar oserviço prestado.

Nessa conta são registrados os descontos que são concedidos posteriormente a entrega dasmercadorias ou produtos, pelo fato de apresentarem defeitos de qualidade, divergência naquantidade, avarias no transporte, etc.

O abatimento não afeta a base de cálculo dos tributos (IPI, ICMS, PIS e COFINS), pois éconcedido após a emissão da nota fiscal de venda.

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7.2.4. Descontos Comerciais ou Incondicionais

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Os descontos incondicionais compreendem aqueles descontos que a empresa ganha dosfornecedores no momento em que efetua a compras de mercadorias. São destacados naspróprias notas fiscais, e os fornecedores não nos impõem nenhuma condição para oferecê-los.

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7.2.5. Ajuste a Valor Presente - AVP

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Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se realizar emdata futura a termos monetários de hoje.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros eencargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor total (valor à vista mais os juros) faz com que essasoperações sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Ainda, semo ajuste a valor presente, não temos como diferenciar o resultado financeiro do resultadorealmente apurado com as operações da atividade empresarial da empresa. Por isso,precisamos ajustar a valor presente as operações feitas a prazo.

O Ajuste a Valor Presente (AVP) passou a ser dedução da Receita Bruta com a entrada emvigor da Lei 12.973, de 13 de maio de 2014.

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A Cia “ABC”, em 31 de dezembro de 2016, vendeu mercadorias a prazo, mediantepagamento em 10 prestações, para a empresa Cia “XYZ”, conforme abaixo:

- Preço à vista: R$ 100.000,00.- Preço a prazo de venda: R$ 110.000,00.- Valor dos Juros: R$ 10.000,00.

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Registro dos fatosLançamento da Venda em 31/12/2016D – Clientes (AC)C – Vendas de Mercadorias (Receita) 110.000,00 Reconhecimento do Ajuste a Valor Presente - AVP no momento da venda em 31/12/2016D – Ajuste a valor Presente (AVP) sobre Clientes (Resultado)C – Ajuste a Valor Presente (AVP) a Apropriar sobre Clientes (Retificadora do AC) 10.000,00Reconhecimento da Receita Financeira a cada competênciaD – Ajuste a Valor Presente (AVP) a Apropriar sobre Clientes (Retificadora do AC) C – Receita Financeira (Receita) 1.000,00

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7.3. Receita Líquida de Vendas

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A receita líquida é igual a receita bruta diminuída das devoluções e vendas canceladas, dosdescontos concedidos incondicionalmente, dos abatimentos, dos tributos incidentes sobreas vendas e dos valores decorrentes de ajuste a valor presente sobre clientes.

O Regulamento do Imposto de Renda (art. 208 do RIR/2018) define a receita líquida como areceita bruta diminuída das devoluções, vendas canceladas, dos descontos concedidosincondicionalmente, dos tributos incidentes sobre vendas e valores decorrentes do ajuste avalor presente.

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(SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - A Cia. X vende roupas. A sociedade empresária não é contribuinte do IPI, mas é contribuinte dos impostos estaduais e municipais.Em 31/12/2017, ela apresentava os seguintes saldos:• vendas brutas de vendas: R$ 200.000;• comissão de vendas: R$ 20.000;• devolução de vendas: R$ 10.000;• custo das mercadorias vendidas: R$ 120.000;• devolução de compras: R$ 15.000;• ajuste a valor presente de contas a pagar: R$ 5.000;• ajuste a valor presente de clientes: R$ 12.000;• ICMS sobre vendas: R$ 40.000;• IPI nas compras: R$ 30.000;• despesas com salários: R$ 35.000;• perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa: R$ 10.000;• perdas com a redução do valor dos estoques: R$ 4.000.

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Com base nos dados acima, assinale a opção que indica o valor da Receita Líquida de Vendas da Cia. X, em 31/12/2017.

a) R$ 18.000.b) R$ 70.000.c) R$ 118.000.d) R$ 138.000.e) R$ 150.000.

Gabarito = D

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7.4. Custo das Mercadorias Vendidas - CMV

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O custo das mercadorias e dos produtos vendidos ou o custo dos serviços prestados aserem computados no exercício devem ser correspondentes às receitas de vendas dasmercadorias, dos produtos e serviços reconhecidos no mesmo período. De fato, comomenciona o item II do art. 187 da Lei n° 6.404/76, deve ser computado na Demonstração doResultado do Exercício “o custo das mercadorias e serviços vendidos” no exercício, o qual,deduzido das receitas correspondentes, gera o lucro bruto.

Custo é o preço pago na aquisição ou gasto na fabricação de um bem ou de um serviço.

CMV = EI + CO – EF

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CPC 16

CUSTOS DO ESTOQUE

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e detransformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição elocalização atuais.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos deimportação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custosde transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtosacabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itenssemelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.

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É importante mencionar que, devido à utilização do conceito de valor presente(Pronunciamento Técnico CPC 12 – Ajuste a Valor Presente), mudança significativa deprática contábil é observada na contabilização dos estoques e, por consequência, no valordo custo das mercadorias, dos produtos e dos serviços vendidos, ressalvando que, para esteúltimo, deve-se admitir que parte dos custos não transita, necessariamente, pelosestoques.

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7.5. Lucro Bruto , Resultado Operacional Bruto ou Resultado com Mercadorias

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O resultado operacional bruto (ou resultado com mercadorias) é a diferença entre a receitalíquida e o custo das mercadorias vendidas. Se positivo este resultado, temos lucro bruto.Se negativo, prejuízo bruto.

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(SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - Uma sociedade empresária apresentava em suas contas em 31/12/2016, os saldos listados a seguir:Vendas Brutas - 400.000Compras de mercadorias - 100.000Abatimentos concedidos - 20.000Descontos financeiros obtidos - 22.000Descontos financeiros concedidos - 28.000Devolução de Vendas - 15.000Devolução de compras - 10.000Saldo inicial do estoque de mercadorias - 25.000Saldo final do estoque de mercadorias - 5.000Despesas comerciais - 60.000Despesas administrativas - 65.000Provisão para crédito de liquidação duvidosa - 8.000

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Considerando apenas as informações acima e desconsiderando a incidência de impostos, o valor do Lucro Bruto da sociedade empresária, em 31/12/2016, era de

A) $187.000B) $227.000C) $ 247.000D) $ 255.000E) $ 280.000

Gabarito = D

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7.6. Despesas Operacionais

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As despesas das operações continuadas constituem-se das despesas pagas ou incorridaspara vender produtos e administrar a empresa e, dentro do conceito da Lei n° 6.404/76,abrangem também as despesas líquidas para financiar suas operações; os resultadoslíquidos das atividades acessórias da empresa são também considerados como tais.

O art. 187 da Lei n° 6.404/76, item III, estabelece que, para chegarmos ao lucro ou prejuízo“operacional”, devem ser consideradas as “despesas com as vendas, as despesasfinanceiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesasoperacionais”.

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a) Despesas com vendas (ou despesas comerciais): São os gastos relacionados ao setorcomercial da empresa, ou seja, despesas ligadas à venda de produtos e mercadorias.

Exemplos: Despesa com frete sobre vendas, despesa com propaganda e publicidade,despesa com salários e comissões dos vendedores, despesa com perda estimada paradevedores duvidosos, despesa com devolução de venda referente a exercícios anterioresetc.

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b) Despesas gerais e administrativas: São gastos relacionados com a gestão administrativada empresa.

Exemplos: Despesa de salários do pessoal administrativo, despesa com material delimpeza, despesa com telefone, energia elétrica e água, despesa com depreciação,amortização e exaustão, despesa com honorário da diretoria etc.

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c) Despesas financeiras: São gastos relacionados com a contração de empréstimosbancários ou operações afins. As despesas financeiras devem ser apresentadas pelo valorlíquido após a dedução das receitas financeiras etc.

Exemplo de despesas financeiras: Juros passivos ou despesa de juros, descontosfinanceiros (condicionais) concedidos, variações monetárias passivas, variações cambiaispassivas etc.

Exemplo de receitas financeiras: Juros ativos ou receita de juros, descontos financeiros(condicionais) obtidos, variações monetárias ativas etc.

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d) Outras despesas operacionais: São gastos que não são classificados como despesascom vendas, financeiras, gerais ou administrativas, mas estão ligados a atividadeoperacional da empresa.

Exemplos: Perda de equivalência patrimonial (PEP) e despesas com perdas estimadas paraajuste ao valor de mercado.

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e) Outras receitas operacionais: São receitas que, apesar de não serem classificadas comoreceita bruta ou financeira, representam outras formas de receita da atividadeempresarial.

Exemplos: Ganho de equivalência patrimonial, receita de dividendos e receita de aluguelde imóveis.

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7.7. Resultado Operacional Líquido

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O resultado operacional líquido, também chamado apenas de resultado operacional,corresponde ao resultado operacional bruto (lucro bruto ou prejuízo bruto), deduzido dasdespesas operacionais e acrescido das receitas operacionais.

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7.8. Outras Receitas e Despesas

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A Lei n° 11.941/09 modificou o texto do inciso IV, artigo 187, da Lei n° 6.404/76, excluindoda estrutura da DRE a expressão receitas e despesas não operacionais, que passaram a ser

denominadas, respectivamente, de outras receitas e outras despesas.

A Lei nº 6.404/76 não listou o que vem a se classificar como outras receitas e outras

despesas. Contudo, segundo a legislação do imposto de renda, são não operacionais os

ganhos e perdas de capital, como por exemplo, a alienação de investimentos e de ativos

imobilizados com lucro ou prejuízo.

Portanto, a contabilidade tem-se utilizado dos conceitos inseridos na legislação do IR.

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a) Outras Receitas: Registram receitas extraordinárias cujos eventos são não habituais ealeatórios.

Exemplos: Receita de venda de bens ou direitos do ativo não circulante imobilizado ereceita da venda de investimentos.

b) Outras despesas: Registram os custos ou as despesas relacionadas com a baixa dos bensou direitos alienados.

Exemplos: Custos e despesas decorrentes da baixa de bens ou direitos do ativo imobilizadoe custos e despesas da baixa de investimentos.

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7.9. Resultado Antes do IR e CSLL

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Após deduzidas as outras despesas, e adicionadas as outras receitas ao resultadooperacional líquido, chegamos ao resultado antes do Imposto de Renda e da ContribuiçãoSocial sobre o Lucro Líquido que, se positivo, é chamado por Lucro antes do IR e CSLL, ou,apenas, LAIR.

Esse resultado é o ponto de partida para o cálculo dos tributos (IR e CSLL) que incidemsobre o lucro.

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7.10. IR e CSLL

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A CSLL é a contribuição social sobre o lucro líquido. O tributo foi instituído pela Lei n°7.689/1988.

Para o cálculo da CSLL, vamos utilizar os mesmo procedimentos e modalidades detributação para o cálculo do IR. Para a prova, o IR e a CSLL incidem sobre a mesma base decálculo. Normalmente, as bancas já informam uma alíquota única para os dois tributos.

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O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é um tributo instituído pelaUnião, no exercício da competência regular que lhe confere a Constituição Federal (CF, art.153, III).

O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica é o tributo de competência da União, que incidesobre o lucro auferido pela empresa em determinado período.

Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), a base de cálculo do Imposto de Renda e daContribuição Social sobre o Lucro Líquido é o montante real, arbitrado ou presumido.

Além disso, há contribuintes que estão enquadrados no Simples Nacional e, portanto,sujeitos a regras simplificadas de apuração do Imposto de Renda e demais tributosincluídos nesse regime.

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Lucro Base de CálculoReal (Fiscal) É o lucro líquido do período ajustado pelas adições, exclusões e compensações

previstos no Regulamento do IR (RIR/2018);

Presumido

É uma forma simplificada de apurar a base de cálculo do IR e da CSLL peloscontribuintes cuja receita bruta total no ano calendário anterior tenha sido igualou inferior a R$ 78.000.000,00 ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos milreais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior,quando inferior a 12 (doze) meses, e que não estejam obrigadas à tributação pelolucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ounatureza jurídica. É apurado trimestralmente;

Arbitradouma forma de apurar a base de cálculo do IR e da CSLL pela autoridade fiscal,quando a escrituração contábil possuir fraudes, vícios ou for omissa.

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No caso do lucro presumido, a base de cálculo é apurada por meio da aplicação de um percentual sobre areceita bruta, estabelecido pela legislação de acordo com a atividade.

Serviços em geral 32%

Serviços de transporte, exceto o de cargas 16%

Serviços hospitalares e de transporte de cargas 8%

Indústria e Comércio, exceto revenda de combustíveis para consumo 8%

Revenda para consumo de combustível 1,6%

A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por cento).O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumidoserá calculado mediante a aplicação do percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucropresumido que exceder ao valor da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de mesesdo respectivo período de apuração, sujeita-se a incidência de adicional de imposto sobre a renda à alíquotade 10% (dez por cento).

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Para fins da legislação do imposto de renda, a expressão “lucro real” significa o própriolucro tributável, e distingue-se do lucro líquido apurado contabilmente.

Lucro real é o lucro líquido apurado na escrituração contábil, com observância das normasda legislação comercial, ajustado no Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR, pelasadições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação tributária(arts. 258 a 261 do RIR/2018).

O lucro real será determinado a partir do lucro líquido do período de apuração, obtido naescrituração comercial (antes da provisão para o imposto de renda) e demonstrado noLalur, observando-se que:

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7.11. Participação Estatutárias

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Lei n° 6.404/76[...]

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

[...]

VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias,mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ouprevidência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

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Lei n° 6.404/76[...]

Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partesbeneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros queremanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.

Esse artigo, por lapso, deixou de mencionar as Debêntures, mas, pela sequência do art.187, elas seriam incluídas antes da participação dos empregados.

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Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o seguinte:

Lei n° 6.404/76

[...]

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, osprejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda.

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De início, cabe ressaltar que o art. 189 artigo trata somente da forma de cálculo das

participações e, posteriormente, das reservas e dividendos. Dessa forma, não significa que

os Prejuízos Acumulados anteriormente devam ser mostrados como redução na

Demonstração do Resultado do Exercício, o que estaria totalmente incorreto no PL).

Assim, toma-se o lucro líquido depois do Imposto de Renda e Contribuição Social (mas

antes das participações) e dele deduz-se o saldo eventual de prejuízos acumulados. Esse

valor torna-se a base inicial de cálculo das participações.

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Da análise do artigo 187, inciso VI, e do artigo 190 da Lei n° 6.404/76, concluímos que: asparticipações estatutárias serão determinadas com base nos lucros que remanescerem,depois de deduzida a participação anteriormente calculada, obedecendo rigorosamente aseguinte ordem:

1) Participação de Debêntures;2) Participação de Empregados;3) Participação de Administradores;4) Participação de Partes Beneficiárias;5) Participação de Fundos de Assistência de Empregados.

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Dessa forma, os cálculos das participações não serão feitos sobre o mesmo valor, mas secalculará primeiramente a participação das debêntures; do lucro restante, após deduzir aparticipação das debêntures, calcula-se a participação dos empregados; do lucro agoraremanescente, a dos administradores, e, do saldo, a das Partes Beneficiárias.

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Sendo parte integrante da demonstração do resultado, conclui-se que asparticipações nos lucros são verdadeiras despesas. Há, inclusive, a previsão dededução da participação de empregados e de debêntures na apuração do lucroreal, conforme disposto no RIR/2018. Por sua vez, as participações departes beneficiárias e de administradores são expressamente indedutíveis naapuração do lucro real, conforme disposto no RIR/2018.

Portanto, as participações de terceiros nos lucros, não relativas ao investimento dosacionistas, devem ser registradas como despesas da entidade.

Essas participações e contribuições devem ser contabilizadas na própria data do balanço, debitando-se as contas respectivas de Participações em resultados e creditando-se as contas no Passivo Circulante.

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!! ATENÇÃO !!

As participações de empregados e de debenturistas podem ser deduzidas da base decálculo do IR, conforme autoriza a legislação do imposto de renda.

Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo do IR e das participações,através de cálculo extra contábil. Não entram na DRE.

O resultado do exercício é transferido para o PL. Depois disso, ocorre o cálculo e acontabilização das reservas e dos dividendos. Vale dizer, as Reservas e os dividendos nãoaparecem na DRE e não afetam o resultado do exercício (irão afetar os lucros acumulados,no PL).

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7.12. Lucro ou Prejuízo por Ação do Capital Social

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Depois de deduzidas as participações, chegamos ao lucro ou prejuízo líquido do exercício.O art. 187, inciso VII, da Lei das S/A determina que a empresa identifique o montante dolucro líquido por ação do capital social.

Cálculo:LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO/ TOTAL DE AÇÕES NOMERCADO

As ações existentes no mercado correspondem as ações em circulação.

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Assim, exclui do cálculo as ações em tesouraria ou a parcela relativa ao capital a realizar.

O resultado (lucro ou prejuízo) líquido do período apurado na DRE deve ser transferidopara a conta Lucro ou Prejuízos Acumulados.

A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados não pode apresentar saldo credor (lucrosacumulados) no balanço. A obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-seunicamente às sociedades por ações, e não às demais, e para os balanços de exercíciosocial terminado a partir de 31 de dezembro de 2008.

Esse saldo de lucros acumulados deve ser distribuído para constituição de Reservas deLucros, distribuição para Dividendos e incorporação ao Capital Social.

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Destinação dos Lucros

Reservas de Lucros

Distribuição de Dividendos

Aumento do Capital Social

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(ABIN/Contador/CESPE/2011) – A demonstração do resultado do exercício devediscriminar, entre outros itens, as participações de debêntures, empregados,administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e deinstituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não secaracterizem como despesa.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = C

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(MPU/Analista - Contabilidade/CESPE/2013) - A respeito da demonstração do resultado doexercício (DRE), conforme normatização contábil em vigor, julgue os seguintes itens.

Se uma empresa vender um ativo imobilizado, ela deverá reconhecer seu resultado —ganho ou perda — como resultado não operacional.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = E

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(ABIN/OTI – Área 1/CESPE/2018) – De acordo com dispositivos da Lei n.º 6.404/1976 e delegislação complementar, julgue o item a seguir.

Para fins de apuração da base de cálculo das participações estatutárias, o prejuízoacumulado e a provisão para o imposto de renda são deduzidos do resultado do exercício.Obrigatoriamente, a absorção do prejuízo deverá obedecer à seguinte ordem: lucrosacumulados, reserva legal e reserva de lucros.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = E

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(TCM - BA/Auditor – Controle Externo/CESPE/2018) – Conforme o disposto na Lei n.º6.404/1976, a participação de empregados no resultado líquido da empresa será efetivadase houvera) saldo positivo após a dedução de prejuízos e imposto sobre a renda.b) constituição de reserva de lucros anterior à referida participação.c) proposta de distribuição de resultado líquido do exercício.d) constituição de reserva de legal anteriormente à referida participação.e) constituição de reserva para contingências anteriormente à referida participação.

Gabarito = A

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(TCM - BA/Auditor – Controle Externo/CESPE/2018) – A empresa Catex S.A., quando dafinalização de seu resultado ao final do ano, apresentava lucro de R$ 288.500, antes doimposto sobre a renda, o qual seria de R$ 43.275. Na empresa, há acordo de participaçãonos resultados para empregados e diretores nos percentuais de 10% e 5%,respectivamente.Nessa situação hipotética, considerando-se o disposto na Lei n.º 6.404/1976, o valor total aser distribuído aos diretores é igual aa) R$ 11.035,13.b) R$ 14.425,00.c) R$ 12.261,25.d) R$ 24.522,50.e) R$ 28.850,00.

Gabarito = A

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(EMAP/Analista Portuário II – Financeira e Auditoria Interna/CESPE/2018) – O estatutosocial da empresa W determina o direito a 10% do lucro líquido do exercício paradebêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias. Em 2017, o lucro antes doimposto de renda e a contribuição social foi de R$ 300.000; o imposto de renda e acontribuição social a pagar somaram R$ 60.000. A empresa apresentava ainda um saldo deprejuízo acumulado de R$ 50.000.

Com base nessas informações, julgue o item a seguir.

Em 2017, o lucro líquido da empresa W foi de R$ 124.659.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = C

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1) Em primeiro lugar vamos calcular a Base de Cálculo das participações:

Os prejuízos acumulados e o imposto sobre a renda e a CSLL devem ser deduzidos doresultado do exercício para fins de cálculo das participações estatutárias:

Lucro Antes do IR CSLL 300.000(-) IR e CSLL (60.000)(-) Prejuízo Acumulado (50.000)(=) Base de Cálculo das Participações 190.000

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2) Após procedemos o cálculo de cada participação e consequentemente do LucroLíquido do Exercício:

Base de Cálculo das Participações 190.000Participação dos Debenturistas (10%) (19.000)(=) Base de cálculo participações Empregados 171.000Participações Empregados (10%) (17.100)(=) Base de cálculo participações administradores 153.900Participações administradores (10%) (15.390)(=) Base de cálculo participações Partes beneficiárias 138.510Participações Partes beneficiárias (10%) (13.851)

Total das Participações = 65.341

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Lucro Antes do IR CSLL 300.000

(-) IR e CSLL (60.000)(-) Participações (65.341)

(=) Lucro Líquido do Exercício 174.659

Pelo cálculo acima, de acordo com o disposto na Lei n° 6.404/76, o gabarito teria que serERRADO. Ocorre que o CESPE, contrariando disposição legal, considerou como lucro após oIR e CSLL o valor de 190.000 que é a base de cálculo das participações de forma incorreta,visto que, referida base de cálculo é extra contábil e é calculada através do lucro após IR eCSSL deduzido dos prejuízos acumulados. Os prejuízos acumulados não são parte da DRE.

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Forma de cálculo, INCORRETA , adotada pela banca:

Lucro Antes do IR e CSLL 300.000(-) IR e CSLL (60.000)(-) Prejuízo Acumulado (50.000)(-) Participações (65.341)

= Lucro Líquido do Exercício 124.659

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(TRE BA/Analista Judiciário – Contabilidade/CESPE/2017) - O livro-razão de determinadaempresa apresentou, ao final do exercício, as informações a seguir.

receita operacional bruta 500.000vendas anuladas 5.000ICMS sobre vendas 30.000PIS sobre faturamento 5.000COFINS sobre faturamento 15.000custo das mercadorias vendidas 245.000despesas com vendas 20.000despesas gerais e administrativas 30.000imposto de renda 15.000contribuição social sobre o lucro 15.000participações 12.000

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Considerando-se essas informações, no que se refere à elaboração da demonstração doresultado do exercício, é correto afirmar que

a) o lucro operacional foi de R$ 120.000.b) o resultado antes das participações foi igual a R$ 132.000.c) o resultado antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro foi de R$180.000.d) o lucro operacional bruto foi de R$ 200.000.e) a receita operacional líquida foi igual a R$ 440.000.

Gabarito = D

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(TRT 20/Analista Judiciário – Contabilidade/FCC/2016) - A empresa Capital S.A. obtevelucros no exercício de 2016. Antes de realizar qualquer participação devea) somar os lucros acumulados e distribuir até o montante do capital social.b) compensar as reservas de lucros a realizar e os dividendos propostos.c) reduzir as reservas para contingências e distribuir os dividendos mínimos.d) calcular a reserva legal e o dividendo mínimo.e) deduzir os prejuízos acumulados e a provisão para o imposto de renda.

Gabarito = E

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(Pref. Recife/AFTM/ESAF/2003) - A empresa “Y” Ltda., no encerramento do exercício de2002, obteve as seguintes informações:Valores em R$

Capital Social 50.000,00Financiamentos 30.000,00Lucro Antes do Imposto de Renda 100.000,00Prejuízos Acumulados 20.000,00Provisão para Imposto de Renda e CSLL 25.000,00Estatutariamente, as participações no resultado são:a) empregados 10%;b) b) administradores 10%.

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Indique a opção que contém os valores corretos das participações dos Empregados eAdministradores e do Lucro Líquido do Exercício.

Empregados Administradores Lucro Líquido do Exercícioa) R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 55.000,00b) R$ 7.500,00 R$ 7.500,00 R$ 60.000,00c) R$ 7.500,00 R$ 6.750,00 R$ 60.750,00d) R$ 5.500,00 R$ 5.500,00 R$ 64.000,00e) R$ 5.500,00 R$ 4.950,00 R$ 64.550,00

Devemos lembrar que:- Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo das participações;- Cada participação reduz a base de cálculo (BC) da participação seguinte.

Gabarito = E

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(SEFAZ SP/APO/ESAF/2009) - A empresa Soledade S/A, de Guaraí, no Estado do Tocantins, tem umcapital social de R$ 240.000,00, formado por 30.000 ações ordinárias, que dão a seus donos direitosiguais. No exercício de 2008, a empresa finalizou, corretamente, a sua demonstração de resultadodo exercício com os seguintes valores:- Lucro líquido antes do Imposto de Renda 186.000,00- Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 31.500,00- Participações Estatutárias sobre o Lucro 10.500,00Como se sabe, a última linha dessa demonstração de lucros deverá indicar o montante do lucro poração do capital social que, neste caso, será no valor dea) R$ 6,20.b) R$ 5,15.c) R$ 4,80.d) R$ 1,67.e) R$ 8,00.

Gabarito = C

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(TCE SP/Auditor Substituto de Conselheiro/FCC/2013) Uma empresa adquiriu, em31/12/2010, um equipamento por R$ 220.000,00, à vista. A vida útil econômica estimadadeste equipamento na data de aquisição foi de 8 anos e o valor residual de R$20.000,00. Em 31/12/2011, após um ano de uso, a empresa vendeu esteequipamento, à vista, por um preço líquido de vendas de R$ 200.000,00. Com basenestas informações, o resultado obtido com a venda deste equipamento,apresentado na Demonstração do Resultado do Exercício, foi, em reais,

(A) 0 (zero).(B) 25.000, evidenciado em Outras Receitas Operacionais.(C) 20.000, evidenciado em Outras Despesas Operacionais.(D) 7.500, evidenciado em Outras Receitas com Vendas.(E) 5.000, evidenciado em Outras Receitas Operacionais.

Gabarito = E

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8. DRE Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1

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O referido Pronunciamento determina que a entidade deve apresentar todos os itens dereceitas e despesas reconhecidos no período em duas demonstrações:

a) Demonstração do Resultado do Período (DRE); e

b) Demonstração do Resultado Abrangente do Período (DRA).

A DRA começa sua apresentação pela receita líquida e inclui os outros resultadosabrangentes..

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82. Além dos itens requeridos em outros pronunciamentos, a demonstração do resultadodo período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também àsdeterminações legais:(a) receitas, apresentando separadamente receita de juros calculada utilizando o métodode juros efetivos;(aa) ganhos e perdas decorrentes do desreconhecimento de ativos financeiros mensuradospelo custo amortizado;(b) custos de financiamento;(ba) perda por redução ao valor recuperável (incluindo reversões de perdas por redução aovalor recuperável ou ganhos na redução ao valor recuperável), determinado de acordo coma Seção 5.5 do CPC 48;

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c) parcela dos resultados de empresas investidas, reconhecida por meio do método daequivalência patrimonial;(ca) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao custoamortizado de modo que seja mensurado ao valor justo por meio do resultado, qualquerganho ou perda decorrente da diferença entre o custo amortizado anterior do ativofinanceiro e seu valor justo na data da reclassificação (conforme definido no CPC 48);(cb) se o ativo financeiro for reclassificado da categoria de mensuração ao valor justo pormeio de outros resultados abrangentes de modo que seja mensurado ao valor justo pormeio do resultado, qualquer ganho ou perda acumulado reconhecido anteriormente emoutros resultados abrangentes que sejam reclassificados para o resultado;

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(d) tributos sobre o lucro;(e) (eliminada);(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver PronunciamentoTécnico CPC 31);(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão destePronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as seguintes rubricas:(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos;(ii) lucro bruto;(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitasoperacionais;(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras;(v) resultado antes dos tributos sobre o lucro;(vi) resultado líquido do período.

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9. DRE na Lei n° 6.404/7 versus

Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1

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A estrutura da DRE de acordo com a Lei n° 6.404/76 A estrutura da DRE de acordo com o CPC 26

Receita Bruta(-) Deduções= Receita Líquida(-) CMV= RCM/ROB/LB

Receita Líquida(-) CMV= RCM/ROB/LB

( - ) DespesasVendasGerais e AdministrativasOutras Despesas OperacionaisFinanceiras, deduzidas das receitas financeiras

( - ) DespesasVendasGerais e AdministrativasOutras Despesas e Receitas OperacionaisResultado da Equivalência Patrimonial

Lucro ou Prejuízo Operacional Resultado antes das Receitas e Despesas FinanceirasOutras Receitas e Outras Despesas Despesas e Receitas Financeiras

Resultado antes do IR e CSLL Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro

(-) IR e CSLL(-) ParticipaçõesDebênturesEmpregadosAdministradoresPartes BeneficiáriasFundos de Pensão

(-) Despesas de Tributos sobre o Lucro

= Resultado das Operações Continuadas

+/- Resultado Líquido das Operações Descontinuadas

= Resultado Líquido do PeríodoLucro ou Prejuízo Líquido do ExercícioLucro Líquido do Exercício por Ação

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9.1. Principais Diferenças

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Comparando a DRE segundo a estrutura na Lei n° 6.404/76 com a estrutura do CPC 2 – R1,podemos apontar as seguintes diferenças:

1) Receita Bruta x Receita Líquida

Segundo a Lei das S/As a DRE deve iniciar pela Receita Bruta e logo a seguir demonstrar asdeduções para chegar-se a Receita Líquida.

Já o CPC 26 – R1 determina que a DRE deve iniciar pela Receita Líquida.

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(MPU/Analista - Contabilidade/CESPE/2013) - A respeito da demonstração do resultado doexercício (DRE), conforme normatização contábil em vigor, julgue os seguintes itens.

As sociedades anônimas de capital aberto devem iniciar a apresentação da DRE pela receitalíquida.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = C

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2) Separação das Despesas Financeiras e Receitas Financeiras

O modelo de apresentação constante do CPC 26 R1 apresenta um subtotal denominado“Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras”. Após devemos inserir as Receitas eas despesas Financeiras e após evidenciar o Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro.

Fica evidente a preocupação do CPC 26 R1 em demonstrar separadamente o resultadooperacional do resultado financeiro, o qual está relacionado diretamente com a sobra oufalta de caixa.

Dessa forma, a separação do resultado financeiro evidencia com mais propriedade oresultado oriundo das operações da empresa.

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3) Resultado das Operações Descontinuadas

CPC 31 – R1 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada

32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi baixado ou estáclassificado como mantido para venda e

(a) representa um a importante linha separada de negócios ou área geográfica deoperações;(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linhaseparada de negócios ou área geográfica de operações; ou(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda

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33. A entidade deve evidenciar:

(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:

(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas; e

(ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na mensuração pelovalor justo menos as despesas de venda ou na baixa de ativos ou de grupo de ativos(s)mantidos para venda que constituam a operação descontinuada.

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Observe que a as operações descontinuadas não se equiparam a ganhos e perdasdecorrentes das baixas de bens ou direitos classificados nos grupos Investimentos,Imobilizado e Intangível que devem ser classificados como “outras receitas e despesasoperacionais”.

Por exemplo, se a empresa vende uma máquina, mas tem a intenção de comprar outrapara substituí-lo, o resultado dessa venda será incluído na DRE em “outras receitas edespesas operacionais”, ou seja, não trata-se de uma operação descontinuada.

Por outro lado, se a empresa vende uma de suas fábricas em um determinado exercíciosocial é uma operação descontinuada.

Segundo o CPC 31 – R1, os resultados com as operações descontinuadas não serãoconsiderados como operacionais. É por esse motivo que aparecem na DRE após a provisãodos tributos.

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(MPE PB/Analista Ministerial – Auditor de Contas Públicas/FCC/2015) - De acordo com aResolução CFC no 1.255, os resultados apurados de operações descontinuadas devem serapresentados emA) conjunto com as atividades normais, somados as receitas e despesas operacionais.B) demonstração de resultados apurada e apresentada separadamente da demonstraçãode resultados das atividades continuadas.C) um montante único na demonstração do resultado.D) uma conta própria do patrimônio líquido.E) nota explicativa, não compondo a apuração dos resultados da empresa.

Gabarito = C

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9.2. Outras Particularidades

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Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser incluídos noresultado líquido do período a menos que um ou mais Pronunciamentos Técnicos,Interpretações e Orientações do CPC requeiram ou permitam procedimento distinto.

Alguns Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC especificamcircunstâncias em que determinados itens podem ser excluídos dos resultados líquidos doperíodo. O Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa eRetificação de Erro trata de duas dessas circunstâncias, a saber: a correção de erros e oefeito de alterações nas políticas contábeis.

Nestes casos, a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis devemser ajustados no balanço inicial.

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O Pronunciamento Técnico CPC 26 – R1, não estabelece um modelo rígido deapresentação da DRE. Pelo contrário, outras rubricas, contas, títulos e subtotais devem serapresentados na quando tal apresentação for relevante para compreensão do resultado edo desempenho da entidade.

A entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou despesas como itensextraordinários, quer na demonstração do resultado abrangente, quer na demonstração doresultado do período, quer nas notas explicativas.

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Informação a ser apresentada na demonstração do resultado do período ou nas notasexplicativas

97. Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza e montantes devemser divulgados separadamente.

98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de receitas e despesasincluem:

(a) reduções nos estoques a o seu valor realizável líquido ou no ativo imobilizado ao seuvalor recuperável, bem como as reversões de tais reduções;(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões paragastos de reestruturação;

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(c) baixas de itens do ativo imobilizado;(d) baixas de investimento;(e) unidades operacionais descontinuadas;(f) solução de litígios; e(g) outras reversões de provisões.

A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida (misstating) puderinfluenciar decisões que os usuários Tomam com base na informação contábil-financeiraacerca de entidade específica que reporta a informação.

A materialidade é considera um aspecto de relevância específico da entidade e, por essarazão, não é possível especificar um limite quantitativo uniforme para materialidade oupredefinir o que seria jugado material em uma situação concreta. Há que ser analisado casoa caso para definir se uma informação é material ou não.

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10. Apresentação das Despesas –Método da Função

versus Método da Natureza

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A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma classificação baseadana sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua função dentro da entidade, devendoeleger o critério que proporcionar informação confiável e mais relevante, obedecidas asdeterminações legais.

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A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas sãoagregadas na demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregadose despesas de publicidade), não sendo realocados entre as várias funções dentro daentidade. Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocaçõesde gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de dividir a depreciação doperíodo entre depreciação das máquinas utilizadas na produção (que é alocada ao custo defabricação) e a depreciação dos bens utilizados na administração (despesa administrativa),é demonstrado apenas o valor total da depreciação do período.

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Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o que se segue:

Receitas XOutras Receitas XVariação do estoque de produtos acabados e em elaboração XConsumo de matérias-primas e materiais XDespesas com benefícios a empregados XDepreciações e amortizações XOutras Despesas XTotal da despesa (X)Resultado antes dos tributos X

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A segunda forma de análise é ométodo da função da despesa ou do “custo dos produtos eserviços vendidos”, classificando-se as despesas de acordo com a sua função como parte docusto dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição oudas atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos eserviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas. Esse métodopode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastospor natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias eenvolver considerável julgamento.

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Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é a seguinte:

Receitas XCusto dos produtos e serviços vendidos (X)Lucro bruto XOutras receitas XDespesas de vendas (X)Despesas administrativas (X)Outras despesas (X)Resultado antes dos tributos X

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Como podemos perceber, as empresas utilizam o método da função da despesa (tambémdenominado de “método do custo do produto ou serviço vendido”), no Brasil, pois esse é ométodo constante da Lei das S/As.

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(SEFIN RO/Técnico Tributário/FGV/2018) - A Cia. LOL elaborou sua Demonstração do Resultado do Exercício pelo método da natureza da despesa.Assinale a opção que contém apenas as contas classificadas de acordo com esse método.a) Despesa com Benefícios a Empregados e Despesas Comerciais.b) Variação do Estoque e Custo dos Produtos Vendidos.c) Despesa de Depreciação e Consumo de Matéria Prima.d) Despesa de Vendas e Despesas Administrativas.e) Despesas Administrativas e Despesa de Amortização.

Gabarito = C

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(STM/Analista Judiciário - Contabilidade/CESPE/2018) - Tendo como referência a legislaçãosocietária e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, julgue o item aseguir, relativo à elaboração de demonstrações contábeis.

Na demonstração de resultado, apesar de a legislação societária induzir a apresentação dadespesa por função, ela também poderá ser apresentada de acordo com a sua natureza.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = Certo

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(ABIN/Oficial Técnico de Inteligência – Área 1/CESPE/2018) - De acordo com as normascontidas nas legislações de contabilidade aplicáveis às demonstrações contábeis, julgue oitem que se segue.

Na demonstração de resultado do exercício (DRC), as despesas devem ser subclassificadas.A escolha da classificação dos gastos pela função da despesa ou pelos gastos por naturezaestá baseada na capacidade de o método proporcionar informação mais confiável e maisrelevante à entidade, cumpridas as determinações legais.

( ) Certo( ) Errado

Gabarito = Certo

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(TRASNPETRO/Contador JR/CESGRANRIO/2018) - O novo contador de uma companhiaestá elaborando a demonstração do resultado do exercício, na qual as despesas serãoclassificadas com base na sua função dentro da entidade. Porém, adicionalmente, terá queapresentar informações sobre a natureza da despesa.

Um dos itens evidenciados na classificação, com base na natureza da despesa, éa) despesas de vendasb) despesas financeirasc) despesas administrativasd) custo dos produtos vendidose) depreciações e amortizações

Gabarito = E

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11. Separação do Lucro Líquido do Exercício por Tipo de Sócio

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CPC 26(R1):[...]

81B. A entidade deve apresentar os seguintes itens, além da demonstração do resultado ede outros resultados abrangentes, como alocação da demonstração do resultado e deoutros resultados abrangentes do período:

(a) resultado do período atribuível a:(b) (i) participação de não controladores, e(c) (ii) sócios da controladora;