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Dentifrícios Dentifrícios fluoretadosfluoretados
Histórico...Histórico...
“É necessário limpar os dentes “É necessário limpar os dentes “É necessário limpar os dentes “É necessário limpar os dentes frequentemente, principalmente frequentemente, principalmente depois de das refeições, porém depois de das refeições, porém
jamais com um palito ou ponta de jamais com um palito ou ponta de uma faca e nunca a mesa” uma faca e nunca a mesa” uma faca e nunca a mesa” uma faca e nunca a mesa”
São João Batista de Salle, ‘Regras de Educação e São João Batista de Salle, ‘Regras de Educação e Urbanidade Cristã I’, 1695. In: Newbrun, 1988Urbanidade Cristã I’, 1695. In: Newbrun, 1988
“Queimar a cabeça de 1 coelho e “Queimar a cabeça de 1 coelho e
Histórico...Histórico...
“Queimar a cabeça de 1 coelho e “Queimar a cabeça de 1 coelho e
3 camundongos. Remover o 3 camundongos. Remover o
intestino de 2 deles, porém nem o intestino de 2 deles, porém nem o
fígado nem os rins”fígado nem os rins”fígado nem os rins”fígado nem os rins”
Hipócrates (460Hipócrates (460--377 a.C.)377 a.C.)
Creme dental caseiroCreme dental caseiro
11-- PÃO de CENTEIOPÃO de CENTEIO: Leve ao forno até queimá: Leve ao forno até queimá --lolo11-- PÃO de CENTEIOPÃO de CENTEIO: Leve ao forno até queimá: Leve ao forno até queimá --lolo
22-- Amasse para virar póAmasse para virar pó
33-- Misture com MELMisture com MEL
““ Isto deixará seusIsto deixará seus dentes brancos e dentes brancos e saudáveissaudáveis ””saudáveissaudáveis ””
Rádio AM, 05/07/2000Rádio AM, 05/07/2000
Aspecto culturalAspecto cultural
•• 88% 88% preferiu usar preferiu usar dentifríciodentifrício
•• 46% 46% preferiu preferiu se retirar se retirar da pesquisa à da pesquisa à escovar os dentes sem dentifrícios escovar os dentes sem dentifrícios por por
5 semanas5 semanas
J. Periodontol., 31:386, 1960J. Periodontol., 31:386, 1960
5 semanas5 semanas
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
COMPONENTECOMPONENTE CONCENTRAÇÃO (%)CONCENTRAÇÃO (%)COMPONENTECOMPONENTE
abrasivoabrasivo
umectanteumectante
águaágua
liganteligante
detergentedetergente
CONCENTRAÇÃO (%)CONCENTRAÇÃO (%)
2020--5050
2020--4040
2020--3535
11--22
11--33detergentedetergente
flavorizanteflavorizante
conservanteconservante
preventivopreventivo--terapêuticosterapêuticos
11--33
11--22
0,050,05--0,50,5
0,40,4--1,01,0
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
1. Abrasivos:1. Abrasivos:
“Um sistema abrasivo é necessário “Um sistema abrasivo é necessário
para mecanicamente limpar os para mecanicamente limpar os
dentes e controlar o acúmulo de dentes e controlar o acúmulo de dentes e controlar o acúmulo de dentes e controlar o acúmulo de
manchamentomanchamento dental”dental”
IADR, 1996, Abs. 222IADR, 1996, Abs. 222
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
1. Abrasivos:1. Abrasivos:
““ 81% das voluntárias 81% das voluntárias participantes participantes
do grupo utilizando dentifrício sem do grupo utilizando dentifrício sem
abrasivo abrasivo se retiraram da pesquisa se retiraram da pesquisa
após 3 mesesapós 3 meses ””
IADR, 1996, Abs. 560IADR, 1996, Abs. 560
1.1.Abrasivos:Abrasivos:
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
•• carbonato de cálciocarbonato de cálcio
•• sílica hidratadasílica hidratada
•• fosfato de fosfato de dicálciodicálcio anidroanidro
•• pirofosfatopirofosfato de cálciode cálcio•• pirofosfatopirofosfato de cálciode cálcio
•• aluminaalumina
•• perlitaperlita
ATENÇÃOATENÇÃO PARAPARA::
interaçãointeração comcom oo íoníon flúorflúor eesuasua inativaçãoinativação comocomo agenteagenteanticárieanticárie
“Há suspeita que o “Há suspeita que o flúorflúor possa ser possa ser
agente agente abrasivoabrasivo ””agente agente abrasivoabrasivo ””O Globo 11/07/1990O Globo 11/07/1990
Será a primeira substânciaSerá a primeira substânciaSerá a primeira substânciaSerá a primeira substânciaSOLÚVELSOLÚVEL com tal com tal
propriedade !!!propriedade !!!J.A. CuryJ.A. Cury
Dentifrício e remoção de placa Dentifrício e remoção de placa dentaldental
PlacaPlaca
Escovação% Removida
H O 30
% Neoformada
7,9H2O 30
Dentifrício 65
IADR, 1984, Abs. 1273
7,9
4,3
Dentifrícios e abrasividadeDentifrícios e abrasividade
1. A 1. A maioriamaioria dos dos dentifrícios não provoca danos dentifrícios não provoca danos
aos aos tecidos duros ou moles tecidos duros ou moles e nase nas restauraçõesrestauraçõesaos aos tecidos duros ou moles tecidos duros ou moles e nase nas restauraçõesrestaurações
2. Quando2. Quando excessivo desgaste excessivo desgaste for observado, a for observado, a
possibilidade de:possibilidade de:a) Composição anormal de dentifríciosa) Composição anormal de dentifríciosb) Escovaçãob) Escovação
Int. Dent. J., 35: 256Int. Dent. J., 35: 256--7,19857,1985
b) Escovaçãob) Escovaçãoc) Hábitos dietéticos ec) Hábitos dietéticos ed) Combinações d) Combinações
deveria ser investigadadeveria ser investigada
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
2.2. Umectantes:Umectantes:2.2. Umectantes:Umectantes:
Evitam a perda de água e o endurecimento da pastaEvitam a perda de água e o endurecimento da pasta
•• glicerolglicerol
•• sorbitolsorbitol•• sorbitolsorbitol
•• propilenoglicolpropilenoglicol
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
3.3. Ligantes:Ligantes:3.3. Ligantes:Ligantes:
Evitam a separação das porções sólidas e líquidas, Evitam a separação das porções sólidas e líquidas, dão viscosidadedão viscosidade
•• goma arábicagoma arábica
•• alginatoalginato
•• metilcelulosemetilcelulose e e carboximetilcelulosecarboximetilcelulose
•• carragenacarragena
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
4.4. Detergentes:Detergentes:
�������� LaurilLauril sulfato de sódio (LSS)sulfato de sódio (LSS)
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
Reduzir a irritabilidade da mucosa:Reduzir a irritabilidade da mucosa:Reduzir a irritabilidade da mucosa:Reduzir a irritabilidade da mucosa:
•• Menor concentração de LSSMenor concentração de LSS
•• Detergentes alternativos:Detergentes alternativos:
–– CAPB (cocoamidoproprilbetaína)CAPB (cocoamidoproprilbetaína)–– CAPB (cocoamidoproprilbetaína)CAPB (cocoamidoproprilbetaína)
–– DSS (dodecil sulfoacetato de sódio)DSS (dodecil sulfoacetato de sódio)
–– APG (alquil poliglicosídio)APG (alquil poliglicosídio)
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
5. Flavorizantes:5. Flavorizantes:Importantes para a aceitação do público (“bom hálito ”).Importantes para a aceitação do público (“bom hálito ”).
Devem ser compatíveis com os outros ingredientes e Devem ser compatíveis com os outros ingredientes e
não se alterar com o tempo.não se alterar com o tempo.
•• hortelã, óleos essenciais de anis, cravo, pimenta, hortelã, óleos essenciais de anis, cravo, pimenta,
eucalipto, mentol, cítricos, canela...eucalipto, mentol, cítricos, canela...
•• sacarinasacarina
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
6. Conservante:6. Conservante:6. Conservante:6. Conservante:Evitar contaminação do dentifrício (bactérias e fun gos)Evitar contaminação do dentifrício (bactérias e fun gos)
•• benzoatosbenzoatos
•• formaldeídoformaldeído
•• parabenzenoparabenzeno•• parabenzenoparabenzeno
Composição dos dentifríciosComposição dos dentifrícios
7.7. Agentes preventivos/ terapêuticos:Agentes preventivos/ terapêuticos:
•• clorexidina clorexidina •• clorexidina clorexidina
•• triclosantriclosan
•• zincozinco
•• gantrezgantrez
•• bicarbonato de sódio bicarbonato de sódio
•• outros (própolis...) outros (própolis...)
•• FLÚORFLÚOR
Dentifrício fluoretadoDentifrício fluoretado
“Apenas um método de prevenção é comum a “Apenas um método de prevenção é comum a
todos os países que apresentam redução nos todos os países que apresentam redução nos
índices de cárie: o uso de dentifrícios índices de cárie: o uso de dentifrícios
fluoretadosfluoretados””
Rölla, G.; Ögaard, B.; Cruz, R.A. Clinical effect an d mechanism of cariostatic action of fluorideRölla, G.; Ögaard, B.; Cruz, R.A. Clinical effect an d mechanism of cariostatic action of fluoride--containing toothpastes: a review. Int. Dent. J.; v. 41, 1991.containing toothpastes: a review. Int. Dent. J.; v. 41, 1991.
Bratthall, D.; HänselBratthall, D.; Hänsel--Petersson, G.; Sundberg, H. Reasons for the caries decline: what do the Petersson, G.; Sundberg, H. Reasons for the caries decline: what do the experts believe? Eur. J. Oral Sci., v.104, 1996.experts believe? Eur. J. Oral Sci., v.104, 1996.
Concentração de flúor na saliva após o uso de Concentração de flúor na saliva após o uso de dentifrício fluoretadodentifrício fluoretado
7
8
1
2
3
4
5
6
7
µg F
/mL
Non-F dentifrice
F dentifrice
SERRA; CURY, 1992SERRA; CURY, 1992
0
1
0 10 20 30 40 50 60Time (min)
““ EscovandoEscovando 22xx ouou mais/diamais/dia comcom dentifríciodentifrício
FarmacocinéticaFarmacocinética
““ EscovandoEscovando 22xx ouou mais/diamais/dia comcom dentifríciodentifrício
fluoretadofluoretado desenvolveudesenvolveu menosmenos cáriecárie queque 11xx ouou
menos”menos”
“Uso“Uso dede copocopo dede águaágua parapara lavarlavar aa bocaboca apósapós“Uso“Uso dede copocopo dede águaágua parapara lavarlavar aa bocaboca apósapós
escovaçãoescovação comcom dentifríciodentifrício fluoretadofluoretado diminuiudiminuiu oo
efeitoefeito preventivopreventivo dede reduçãoredução dede cárie”cárie”
Caries Res., 1992Caries Res., 1992
Disponibilidade de F na saliva até 60 min após a escovação com dentifrícios fluoretados , seguida
ou não de um enxágue com água (Média ± EP)
300.0
100.0
150.0
200.0
250.0
300.0
AS
C [F
] sal
ivar
b
c
b
Zamataro, Tenuta, Cury. Eur Arch Paed Dent, 2008
0.0
50.0
500 µg F/g com enxágue
500 µg F/g sem enxágue
1100 µg F/g com enxágue
1100 µg F/g sem enxágue
AS
C [F
] sal
ivar
a
UsoUso dede fluoreto fluoreto ee controle controle da da cárie dentalcárie dental
•• AusênciaAusência dede FLUORFLUORetoeto•• AusênciaAusência dede FLUORFLUORetoeto
-- ExigeExige--se escovação perfeita se escovação perfeita
•• PresençaPresença de FLUORde FLUOReto + eto + má higiene dentalmá higiene dental
-- Proteção parcialProteção parcial
Rolla,G. (Informação pessoal, 1990)Rolla,G. (Informação pessoal, 1990)
-- Proteção parcialProteção parcial
•• Presença Presença de FLUORde FLUOReto + eto + escovação imperfeita escovação imperfeita
-- Proteção contra cárieProteção contra cárie
GRUPOS IP IG CPOGRUPOS IP IG CPO--SS
Dentifrícios e cárieDentifrícios e cárie
GRUPOS IP IG CPOGRUPOS IP IG CPO--SS
Controle 1,54 0,96 8,98Controle 1,54 0,96 8,98
Escovação 0,84 0,33 8,32Escovação 0,84 0,33 8,32
EscovaçãoEscovação ++ F 0,92 0,33 4,40F 0,92 0,33 4,40
Koch & Lindhe, 1969Koch & Lindhe, 1969
% de perda % de perda F no biofilme F no biofilme
Dentifrícios e cárieDentifrícios e cárie
TratamentosTratamentos% de perda % de perda
mineralmineralF no biofilme F no biofilme
(ppm*)(ppm*)
Dentifrício não Dentifrício não fluoretadofluoretado
50,650,6 5,15,1
Dentifrício fluoretado Dentifrício fluoretado (1100 ppm F, NaF)(1100 ppm F, NaF)
12,712,7 54,854,8(1100 ppm F, NaF)(1100 ppm F, NaF)
12,712,7 54,854,8
* µg F/g peso úmido de biofilme* µg F/g peso úmido de biofilme
CárieCárieDENTIFRÍCIOSDENTIFRÍCIOS
Dentifrícios e cárieDentifrícios e cárie
DENTIFRÍCIOSDENTIFRÍCIOSCoronáriaCoronária
SemSem flúorflúor 11,,2424
NaFNaF ((11001100 ppmppm F)F) 00,,7373
RadicularRadicular
0,430,43
0,140,14
%% ReduçãoRedução 4141
Jensen & Kohout, 1988Jensen & Kohout, 1988
n = 800; Idade = 54 anos; incremento em 1 anon = 800; Idade = 54 anos; incremento em 1 ano
6767
Avaliação de um dentifrício Avaliação de um dentifrício comercializado para criançascomercializado para crianças
TratamentosTratamentos
Dentifrício não fluoretadoDentifrício não fluoretado
Dentifrício fluoretadoDentifrício fluoretado
Remineralização (%)Remineralização (%)In vitro*In vitro*
1515
3636
In situ***In situ***
4242
7373
In vitro**In vitro**
4040
5454Dentifrício fluoretadoDentifrício fluoretado(1100 ppmF (1100 ppmF -- NaF)NaF)
3636 7373
* Eur. J. Oral Sci. 111(1), 2003; ** Amer. J. Dent . 16(2), 2003; *** Rev. Fola/Oral 4(12), 1998* Eur. J. Oral Sci. 111(1), 2003; ** Amer. J. Dent . 16(2), 2003; *** Rev. Fola/Oral 4(12), 1998
5454
[F] na água x [F] no biofilme dental[F] na água x [F] no biofilme dental
Condições de fluoretação Condições de fluoretação da águada água
F no biofilme (ppm)*F no biofilme (ppm)*da águada água
Fluoretada (0,8 ppm)Fluoretada (0,8 ppm)
Paralisada (0,06 ppm)Paralisada (0,06 ppm)
Refluoretada (0,7 ppm)Refluoretada (0,7 ppm)
21,721,7
1,71,7
17,317,3
* µg F/g de peso seco de biofilme* µg F/g de peso seco de biofilme
Nobre dos Santos & Cury, 1988; Cury, 2001Nobre dos Santos & Cury, 1988; Cury, 2001
* µg F/g de peso seco de biofilme* µg F/g de peso seco de biofilme
Kuopio, Finlandia, depois da paralisação da fluoret ação da água, a Kuopio, Finlandia, depois da paralisação da fluoret ação da água, a concentração de F no biofilme não diminuiuconcentração de F no biofilme não diminuiu
Seppa et al. Eur J Oral Sci 104(4) 1996 Seppa et al. Eur J Oral Sci 104(4) 1996
910
Redução da prevalência de cárie em escolares de Redução da prevalência de cárie em escolares de Piracicaba (água fluoretada) e Iracemápolis (água Piracicaba (água fluoretada) e Iracemápolis (água
não fluoretada)não fluoretada)
3456789
CP
OD
aos
12
anos
Piracicaba
123
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Ano
CP
OD
aos
12
anos
Piracicaba
Iracemápolis
CURY, J.A., 2001; PEREIRA, A.C.; CUNHA, F.L.; MENEG HIM, M.C., 2000CURY, J.A., 2001; PEREIRA, A.C.; CUNHA, F.L.; MENEG HIM, M.C., 2000
NaF foi o primeiro agente fluor ado
incorporado aos dentifrícios.incorporado aos dentifrícios.
Estudos feitos entre 1945 e 1955
falharam em demonstrar seu efeito e
isto ocorreu devido a
incompatibilidade química da incompatibilidade química da
formulação
1) Na1) NaFF++
((CaCaCOCO33))nn ““ CaCaFF22””
FF--
CaCa++++((CaCaCOCO33))nn ““ CaCaFF22””InsolúvelInsolúvel
O OO O
F F -- P P -- ONa 2 NaONa 2 Na++ + + F F -- P P -- OO--
CaCa++++
MMFFPP == MMaximoaximo FFlúorlúor PProtetor = rotetor = MonoMono FluorFluor PhosphatePhosphate
F F -- P P -- ONa 2 NaONa 2 Na++ + + F F -- P P -- OO--
ONa OONa O--
MFP = MFP = monoflúorfosfatomonoflúorfosfato
2 Na+ +
fosfatases
H2OH2PO4
- + F-
Ativo contra cárie
Dentifrícios fluoretados no BrasilDentifrícios fluoretados no Brasil
UsoUso dede dentifríciosdentifrícios::
19811981:: 00,,66 g/diag/dia (per(per capita)capita) –– 1212%% fluoretadosfluoretados
19971997:: 11,,44 g/diag/dia (per(per capita)capita) –– todostodos fuoretadosfuoretados
((33ºº maiormaior consumidorconsumidor mundial,mundial, atrásatrás dosdos EUAEUA
ee Japão)Japão)
Narvai, P.C. Cárie dentária e flúor: uma relação do século XX. Ciência e Saúde Coletiva 2000.Narvai, P.C. Cárie dentária e flúor: uma relação do século XX. Ciência e Saúde Coletiva 2000.
UsoUso dede dentifríciosdentifrícios ::
Dentifrícios fluoretados no BrasilDentifrícios fluoretados no Brasil
UsoUso dede dentifríciosdentifrícios ::
11,,44 g/diag/dia perper capitacapita
xx 186186 milhõesmilhões dede brasileirosbrasileiros
== 250250 toneladastoneladas dede dentifríciodentifrício produzido/dia!produzido/dia!
3030%% éé CaCOCaCO33:: 7575 toneladas/dia!toneladas/dia!
NaF vs. MFP
“Dentifrícios com NaF, produzidos na Venezuela e México, são mais eficientes do que os com e México, são mais eficientes do que os com MFP” IADR, abst. 2320- 21, 1996
“Os estudos foram feitos in vitro , nos Estados
Unidos, não simulando a hidrólise do MFP que Unidos, não simulando a hidrólise do MFP que
ocorre na cavidade bucal quando da
escovação com dentifrício fluoretado ” Cury, JA
NaF vs. MFPNaF vs. MFP
Estudo clínico aleatorizado, 3 anos:Estudo clínico aleatorizado, 3 anos:
“The findings support the conclusion that“The findings support the conclusion that MFP MFP
and NaF and NaF as currently formulated in as currently formulated in
commercially available dentifrices provide commercially available dentifrices provide
equivalent anticaries protectionequivalent anticaries protection ””
DePaola et al., 1993DePaola et al., 1993
2) Na2) Na22FFPOPO33 FFPOPO33---- FF--
com o tempo.....com o tempo.....
2) Na2) Na22FFPOPO33 FFPOPO33(M(MFFP) P)
++((CaCaCOCO33))nn
FF
CaCa++++
““ CaCaFF22””InsolúvelInsolúvel
AA 5555
DentifríciosDentifrícios Fluoreto insolúvel Fluoreto insolúvel (%)(%)
AA 5555BB 0101CC 1919DD 0101EE 0707FF 0000
Cury et al. Rev. Ass. Paul. Cirug. Dent., 35(2), Ma r./Abr., 1981Cury et al. Rev. Ass. Paul. Cirug. Dent., 35(2), Ma r./Abr., 1981
DentifríciosDentifrícios ppm F solúvelppm F solúvel
Dentifrícios fluoretados no BrasilDentifrícios fluoretados no Brasil
ColgateColgate
CloseClose--upup
GessyGessy
SignalSignal
1026,6 1026,6 ±±±±±±±± 159,4159,4990,7 990,7 ±±±±±±±± 19,019,0
1217,3 1217,3 ±±±±±±±± 116,9116,9
1305,6 1305,6 ±±±±±±±± 96,896,8
DentifríciosDentifrícios
SorrisoSorriso
ContenteContente1164,9 1164,9 ±±±±±±±± 28,428,4
635,0 635,0 ±±±±±±±± 9,49,4
Rev. OdontoCiência, v.16, p.27Rev. OdontoCiência, v.16, p.27--33, 200133, 2001
ppm F
Inicial Após 1 ano **DENTIFRÍCIOS
Flúor solúvel nos dentifrícios*Flúor solúvel nos dentifrícios*
• Close-up 1.087,6 1.061,8
• Colgate 1.122,8 757,9
• Crest 1.101,2 1.107,1
• Gessy 1.363,6 979,2
• Signal 1.375,7 1.057,8• Signal 1.375,7 1.057,8
• Sorriso 1.243,3 795,6
• Tandy 1.114,8 1 .085,0
* Temperatura ambiental de Manaus, AM ** Mínimo 600,0 (SVS)
Pesq. Odontol. Bras. 17(3), 2003
-- Setembro/1988: fluoretação do dentifrício Setembro/1988: fluoretação do dentifrício
Dentifrícios fluoretados no BrasilDentifrícios fluoretados no Brasil
-- Setembro/1988: fluoretação do dentifrício Setembro/1988: fluoretação do dentifrício
responsável por 50% do mercadoresponsável por 50% do mercado
-- 1990: todos os dentifrícios vendidos no 1990: todos os dentifrícios vendidos no
Brasil eram fluoretadosBrasil eram fluoretados
Cury, J.A. Dentifrícios fluoretados no mercado bras ileiro e sua confiabilidade Cury, J.A. Dentifrícios fluoretados no mercado bras ileiro e sua confiabilidade
como método preventivo. ABOPREV, 1989.como método preventivo. ABOPREV, 1989.
Cury, J.A. Cárie dental e dentifrícios. J. ABOPREV, 1998.Cury, J.A. Cárie dental e dentifrícios. J. ABOPREV, 1998.
Brasil eram fluoretadosBrasil eram fluoretados
Regulamentação da agregação deRegulamentação da agregação de F F
aos dentifrícios no aos dentifrícios no BraBrasilsil
•• 1.000 a 1.500 ppm F 1.000 a 1.500 ppm F solúvel solúvel (iônico ou ionizável)(iônico ou ionizável)
•• mínimo 600 ppm F mínimo 600 ppm F solúvel solúvel após 1 anoapós 1 ano
•• mínimo 450 ppm F mínimo 450 ppm F solúvelsolúvel até o final do prazo até o final do prazo
1. Portaria nº 22, de 20/12/1989:1. Portaria nº 22, de 20/12/1989:
Fluoretação não é OBRIGATÓRIA!!!Fluoretação não é OBRIGATÓRIA!!!
•• mínimo 450 ppm F mínimo 450 ppm F solúvelsolúvel até o final do prazo até o final do prazo
de validadede validade
2.2. Portaria nº 108, de 26/09/1994:Portaria nº 108, de 26/09/1994:
. solúvel. solúvel
. vários sais fluoretados (solubilidade!). vários sais fluoretados (solubilidade!). vários sais fluoretados (solubilidade!). vários sais fluoretados (solubilidade!)
. continuou estabelecendo as . continuou estabelecendo as
concentrações ao início, até 1 ano e ao concentrações ao início, até 1 ano e ao
fim da validade!!! fim da validade!!!
3.3. Portaria nº 71, de 29/05/1996Portaria nº 71, de 29/05/19963.3. Portaria nº 71, de 29/05/1996Portaria nº 71, de 29/05/1996
4. Resolução nº 79, de 28/08/20004. Resolução nº 79, de 28/08/2000
solúvelsolúvel
MMEERRCCOOSSULUL
Resolução do Grupo Mercado Comum Resolução do Grupo Mercado Comum MERCOSUL/GMC/RES NMERCOSUL/GMC/RES Noo 48/02 “Lista de substâncias 48/02 “Lista de substâncias
que os produtos de higiene pessoal, cosméticos e que os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes não devem conter, exceto nas condições e perfumes não devem conter, exceto nas condições e
com as restrições estabelecidas” com as restrições estabelecidas”
DentifríciosDentifrícios
00,,1515%% expressoexpresso comocomo FF.. QuandoQuando misturadomisturado comcom outrosoutroscompostoscompostos dede flúorflúor permitidospermitidos nestanesta listalista ,, aaconcentraçãoconcentração totaltotal dede flúorflúor nãonão excederáexcederá aa 00,,1515%%
NaF, MFP ............................
http://www.sice.oas.org/trade/mresrs/resolutions/re s4802p.asp
NaF, MFP ............................
CaF2
ARMONIZAÇÃO
Efeito in situ da exposição freqüente a sacarose na desmineralização do esmalte e na composição da placa
após aplicação de FFA e uso de dentifrício F
Tratamentos Perda mineral % Dif. µg F/g biofilme
Controle 1108,0
FFA 697,5
DF
FFA + DF
410,0
417,4
-
40
60
60
1,5
7,2
46,6
43,8
Paes Leme et al., J Dent Res 83 (1) 2004
• Em conclusão, os dados sugerem que a combinação de umaúnica aplicação de APF gel seguida do uso diário de dentifríc io Fnem decresce a desmineralização do esmalte nem muda acomposição da placa dental em comparação com a aplicação deAPF ou dentifrício F utilizados individualmente.
Cochrane Database Syst Rev. 2004;(1):CD002781. Combinations of topical fluoride (toothpastes, mouthrins es, gels, varnishes)versus single topical fluoride for preventing dental carie s in children and
adolescents.Marinho VC, Higgins JP, Sheiham A, Logan S.MAIN RESULTS: Eleven of the 12 included studies contributed data for the meta-analyses. For the nine trials that provided data for the main meta-analysis on theeffect of fluoride mouthrinses, gels or varnishes used in combination witheffect of fluoride mouthrinses, gels or varnishes used in combination withtoothpaste (involving 4026 children) the D(M)FS pooled PF w as 10% (95% CI, 2% to17%; p = 0.01) in favour of the combined regimens. Heterogene ity was notsubstantial in these results (I square = 32%). The separate m eta-analyses offluoride gel or mouthrinse combined with toothpaste versus toothpaste alonefavour the combined regimens, but differences were not stat istically significant;the significant difference in favour of the combined use of f luoride varnish andtoothpaste accrues from a very small trial and appears likel y to be a spuriousresult. Not all other combinations of possible practical va lue were tested in theincluded studies . The only other statistically significant result was in favour of theincluded studies . The only other statistically significant result was in favour of thecombined use of fluoride gel and mouthrinse in comparison to gel alone (pooledDMFS PF 23%; 95% CI, 4% to 43%; p = 0.02), based on two trials. No othercombinations of TFT were consistently superior to a single T FT.
REVIEWER'S CONCLUSIONS: Topical fluorides (mouthrinses, gels, orvarnishes) used in addition to fluoride toothpaste achieve a modestreduction in caries compared to toothpaste used alone.
OO flúorflúor nãonão interfereinterfere nosnos fatoresfatores responsáveisresponsáveis pelapeladoençadoença cáriecárie masmas reduzreduz aa manifestaçãomanifestação dada suasuaprogressãoprogressão.. Assim,Assim, efeitoefeito maiormaior seráserá obtidoobtido quandoquandodada associaçãoassociação comcom::
a)a) limpeza dentallimpeza dental , desorganizando periodicamente biofilme , desorganizando periodicamente biofilme dental. Quando odental. Quando o acesso mecânico não for possívelacesso mecânico não for possível , o , o controle controle ququíímico de placa usando mico de placa usando substâncias substâncias antibacterianasantibacterianas pode ser viabilizado;pode ser viabilizado;
b) o b) o controle da dietacontrole da dieta , reduzindo a freqüência de consumo de , reduzindo a freqüência de consumo de b) o b) o controle da dietacontrole da dieta , reduzindo a freqüência de consumo de , reduzindo a freqüência de consumo de carboidratos fermentáveis ecarboidratos fermentáveis e particularmente da sacaroseparticularmente da sacarose ;;
ConsiderandoConsiderando queque fluoretofluoreto interfereinterfere nana dinâmicadinâmica dodoprocessoprocesso dede cáriecárie ,, devedeve serser consideradoconsiderado maismaisimportanteimportante suasua presençapresença nono meiomeio ambienteambiente bucalbucaldodo queque suasua incorporaçãoincorporação aoao dentedente..
Assim,Assim, doisdois meiosmeios dede usarusar fluoretofluoreto sese destacamdestacam::
a) a) ÁGUA FLUORETADA: ÁGUA FLUORETADA:
.. concentraçõesconcentrações pequenaspequenas ee constantesconstantes dede fluoretofluoreto nana cavidadecavidadebucalbucal quandoquando continuamentecontinuamente ingeridaingerida;;
.. métodométodo importanteimportante dodo pontoponto dede vistavista dede custo/benefíciocusto/benefício ,, sendosendo.. métodométodo importanteimportante dodo pontoponto dede vistavista dede custo/benefíciocusto/benefício ,, sendosendoaindaainda relevanterelevante parapara muitosmuitos paísespaíses emem termostermos dede saúdesaúde públicapública;;
.. suasua importânciaimportância tendetende aa diminuirdiminuir ouou desaparecerdesaparecer àà medidamedida quequeoutrosoutros meiosmeios dede usarusar fluoretofluoreto consigamconsigam preencherpreencher asaspeculiaridadespeculiaridades destedeste métodométodo..
Cury JA. Uso do flúor e o controle da cárie como do ença. In: Baratieri LN e cols., capitulo 2, 2001Cury JA. Uso do flúor e o controle da cárie como do ença. In: Baratieri LN e cols., capitulo 2, 2001
b) DENTIFRÍCIO FLUORETADO: b) DENTIFRÍCIO FLUORETADO:
.. meiomeio maismais racionalracional dede usarusar fluoreto,fluoreto, poispois aoao mesmomesmotempotempo emem queque oo biofilmebiofilme dentaldental éé desorganizadodesorganizado pelapelaregularidaderegularidade dada escovação,escovação, mantémmantém --sese fluoretofluoretoregularidaderegularidade dada escovação,escovação, mantémmantém --sese fluoretofluoretoconstanteconstante nono meiomeio ambienteambiente bucalbucal parapara interferirinterferir comcom aaprogressãoprogressão dada cáriecárie dentaldental;;
.. éé importanteimportante parapara pessoaspessoas dede todastodas asas idadesidades ,,controlandocontrolando cárie,cárie, tantotanto dede esmalteesmalte comocomo dede dentinadentinaradicularradicular;;
.. dependendodependendo dada qualidadequalidade dede vidavida dada população,população, oo usousoabrangenteabrangente dede dentifríciodentifrício fluoretadofluoretado podepode tornartornar águaáguafluoretadafluoretada umum métodométodo dispensáveldispensável
Cury JA. Uso do flúor e o controle da cárie como do ença. In: Baratieri LN e cols., capitulo 2, 2001Cury JA. Uso do flúor e o controle da cárie como do ença. In: Baratieri LN e cols., capitulo 2, 2001
OO efeitoefeito dodo fluoretofluoreto éé essencialmenteessencialmente terapêuticoterapêuticoreduzindoreduzindo aa progressãoprogressão dada lesãolesão dede cáriecárie ououparalisandoparalisando--aa.. Assim,Assim, aa associaçãoassociação dede meiosmeios dede usarusarfluoretofluoreto ::
a)a) podepode serser importanteimportante ,, querquer sejaseja dodo pontoponto dede vistavista populacionalpopulacionalcomocomo individual,individual, considerandoconsiderando oo riscorisco ouou atividadeatividade dede cáriecárie
presentepresente .. DesseDesse modo,modo, aa associaçãoassociação dede águaágua fluoretadafluoretadae/oue/ou dentifríciodentifrício fluoretadofluoretado aoao usouso dede bochechobochechofluoretadofluoretado ouou aplicaçãoaplicação tópicatópica profissionalprofissional dede fluoretofluoretocontinuacontinua válidaválida ;;
b) deve ser feita,b) deve ser feita, mas também interrompidamas também interrompida quando da quando da diminuição diminuição b) deve ser feita,b) deve ser feita, mas também interrompidamas também interrompida quando da quando da diminuição diminuição do risco ou atividade de cáriedo risco ou atividade de cárie ;;
c)c) podepode , em determinadas situações clínicas, , em determinadas situações clínicas, não ser a solução não ser a solução mais apropriadamais apropriada para o controle da doença uma vez que,para o controle da doença uma vez que,isoladamente fluoreto não impede o desenvolvimento da cárie.isoladamente fluoreto não impede o desenvolvimento da cárie.
Cury JA. Uso do flúor e o controle da cárie como do ença. In: Baratieri LN e cols., cap. 2, 2001Cury JA. Uso do flúor e o controle da cárie como do ença. In: Baratieri LN e cols., cap. 2, 2001