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Departamento de Clínica Médica Caso Clínico 27/06/13

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Departamento de Clínica Médica Caso Clínico 27/06/13. Anamnese. Identificação : AF, sexo mascul ino , 45 anos, branco, casado, natural do RJ, trabalhador na indústria de cerâmica, residente em Campos dos Goytacazes . QP – Caroços nas pernas. Anamnese. - PowerPoint PPT Presentation

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Departamento de Clínica Médica Caso Clínico

27/06/13

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Anamnese

• Identificação: AF, sexo masculino, 45 anos, branco, casado, natural do RJ, trabalhador na indústria de cerâmica, residente em Campos dos Goytacazes.

• QP – Caroços nas pernas.

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Anamnese• HDA: O paciente foi atendido no ambulatório de

dermatologia referindo lesões nas pernas há 1 semana em expansão numérica desde então. Relata serem as lesões dolorosas espontaneamente, mas principalmente à palpação.

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• Anamnese Dirigida- Astenia (tempo?), tosse persistente de longa data e febre há 2 meses. Em uso de análgesico (não sabe o nome) desde início da febre.

• HPP – VCI. Vacinação completa. Nega cirurgias e transfusões prévias a internação. Nega hepatopatias, neoplasias, DM, HAS ou alergias.

• HFIS – NDN• HFAM – Mãe e pai hipertensos. Tio com doença

pulmonar que não sabe qual.• H. PESSOAL- Boas condições higiênicas e

sanitárias. Não possui animais domésticos. Tabagista desde 15 anos (1 maço/dia). Nega etilismo ou uso de drogas ilícitas.

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• Exame físico: • PA 130 x 80 mmHg; FC 80 bpm;• ACV: ictus visível no 5º EIE na LHCE,

palpável com 1,5 polpas digitais, móvel. RCR 2T bulhas normofonéticas, sem sopros;

• AR: tórax atípico, expansibilidade e elasticidade reduzidas. Som atimpânico à percussão. MV reduzido nos 1/3 superiores pp/ à esquerda e presença de alguns estertores crepitantes difusamente em ambos os pulmões.

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• ABDOME: atípico, peristalse normal, flácido e indolor à palpação superficial e profunda, sem visceromegalias;

• MMII pulsos presentes e presença de lesões na pele (descrevam).

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• Diagnóstico sindrômico?

• Diagnóstico clínico?

• Diagnóstico etiológico?

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• Como conduzir o caso?

• Solicitaria algum exame laboratorial?

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Exames complementares solicitados:• Glicemia = 90 mg/dl;• Hemograma: Hb 11g/dl; Hto 33%;

leucometria 6.500, sem diferencial:• Plaquetas = 300.000/mm3• VHS 60 • Urina – EAS – sem anormalidades

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• Rx tórax?

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Observa-se cavidade de paredes espessas no campo pulmonar médio à esquerda

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• PPD – 25 mm

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Prova tuberculínica - interpretação

• O resultado da PT deve ser registrado em milímetros. A classificação isolada da PT em: não reator, reator fraco e reator forte não está mais recomendada, pois a interpretação do teste e seus valores de corte podem variar de acordo com a população e o risco de adoecimento.

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• Pesquisa BAAR (escarro) – positivo (em 2 amostras)

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• Biópsia cutânea – histopatológico:– Paniculite septal sem vasculite, presença de

granulomas radiados de Miescher:

(Granulomas radiados de Miescher são pequenos agregados nodulares de histiócitos ao redor de uma fenda central estrelada)

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Eritema nodoso• Processo cutâneo reacional de

hipersensibilidade com formação de imunocomplexos com deposição venular;

• Associado a várias doenças; • EUA e Europa pp/ infecções

estreptocóccicas;• 37% - 60% dos casos permanecem sem

etiologia definida;• Acomete qq idade, pp/ 2ª e 4ª décadas;• 3 a 6 vezes mais comum em mulheres;

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• Nunca ulceram, regridem sem atrofia ou cicatriz em 3 a 6 semanas;

• Pode ser acompanhado de febre, astenia, artralgia, cefaléia, dor abdominal, vômitos, tosse, diarréia, linfadenomegalia, hepato- esplenomegalia, conjutivite, pleurite;

• Tratamento: AINH, iodeto K+

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R (Rifampicina) – H (Isoniazida) – Z (Pirazinamida) – E (Etambutol)

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Tuberculose no Mundo

• Um terço da população está infectada;• 5,8 milhões de casos notificados em 2011;• 80% dos casos em 22 países;• 1 milhão de mortes por ano (HIV negativo);• 430 mil óbitos TB/HIV;• 630 mil casos de MDR;• 10 milhões de crianças órfãs como resultado da

morte dos pais por TBFonte: OMS, 2012

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Tuberculose no Brasil

• 70 mil casos novos de TB notificados em 2012; • 4,6 mil mortes em 2010;• 17º país em número de casos entre os 22

países de alta carga;• 22º país em taxa de incidência, prevalência e

mortalidade entre os 22 países de alta carga; • 111º país em taxa de incidência dentre todos os

países do mundo;• 4ª causa de mortes por doenças infecciosas.

Fonte: MS,SVS, PNCT, 2013

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Tuberculose cutânea

• Acometimento da pele por via endógena (contiguidade ou hematogênica) ou exógena;

• Pode ocorrer a primoinfecção na pele com cancro de inoculação, linfangite e adenite satélite;

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• TUBERCULOSE CUTÂNEA VERDADEIRA– Inoculação exógena

• Cancro tuberculoso• Tuberculose verrucosa• Tuberculose cutânea decorrente do BCG

– Inoculação endógena• Escrofuloderma• Tuberculose periorificial• Tuberculose gomosa• Lúpus vulgar• Tuberculose miliar

• TUBERCÚLIDES (manifestações hiperérgicas)– Verdadeiras

• Tubercúlide pápulo-necrótica• Líquen escrofuloso• Eritema endurado de Bazin• Flebite granulomatosa nodular

– Facultativas• Vasculite nodular• Eritema nodoso

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Escrofuloderma

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Escrofuloderma

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Lupus vulgar

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Tuberculose cutânea verrucosaDiag. Diferencial com: PLECT (paracoccidioidomicose, leishmaniose, esporotricose, cromomicose e tuberculose)

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Tuberculose periorificial e miliar

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Eritema endurado de Bazin

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Tubercúlide pápulo-necrótica

Líquen escrofuloso

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Silicose

• Doença pulmonar fibrosante provocada pela inalação e deposição de partículas de sílica cristalina;

• Dentre as pneumoconioses é a mais prevalente;

• Doença ocupacional: extração e beneficiamento de rochas; mineração de ouro e pedras preciosas; perfuração de poços; jateamento de areia; indústria de cerâmica e vidro; fundição de ferro.

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• Clínica: desde oligossintomática; podendo evoluir com dispnéia aos esforços de caráter progressivo;

• Risco aumentado de desenvolvimento de diversas co-morbidades pulmonares e sistêmicas, particularmente TP;

• Sem tratamento específico além do afastamento da exposição;

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Observa-se cavidade de paredes espessas e superfície irregular à esquerda, múltiplos nódulos distribuídos difusamente pp/ pulmão esquerdo (setas brancas)

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Referência utilizadas:

• Veras TN, Dalacorte J, Muller S, Santana Anc. Tuberculose com apresentação inicial de eritema nodoso em criança: relato de caso e revisão da literatura. Scientia Medica, Porto Alegre, v. 19, n. 2, p. 86-89, abr./jun. 2009.

• Barboza CEG, Winter DH, Seiscento M, Santos UP, Terra Filho M. Tuberculose e silicose: epidemiologia, diagnóstico e quimioprofilaxia. J Bras Pneumol. 2008;34(11):959-966

• Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. 2010.