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^176 S. Paulo, 27 de Fevereiro de 1915 ANNO IV -.¦¦¦¦¦¦¦ '¦"——'"3BB *¦—* DEPOIS DO SINISTRO __^i_ui__i-jLumMLiMjiuiim-"¦¦¦¦¦¦- ii mm^hiiiuii ¦ ••-• ²E i '- 'i-mr^TWMr Agitando a gloriosa bandeira do P. R. C,

DEPOIS DO SINISTROmemoria.bn.br › pdf › 213101 › per213101_1915_00176.pdf · antagônicos ao nosso meio, que tere-mos sem duvida resultados mais satis-factorios e profícuos

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^176 S. Paulo, 27 de Fevereiro de 1915 ANNO IV

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DEPOIS DO SINISTRO__^i_ui__i-jLumMLiMjiuiim-"¦¦¦¦¦¦ - ii mm^hiiiuii ¦ ••-• i '- 'i -mr^TWMr

Agitando a gloriosa bandeira do P. R. C,

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Pjjj^ O PIRRALHO Eãll

A FELICIDADESociedade Mutua de Pecúlios por NASCIMENTOS, CASAMENTOS e MORTALIDADE

Approvada e autorizada a funccionar em toda a Republica pelos decretos Ns. 10.470 e 10.706¦^^^^i

PECÚLIOS PAGOS MAIS DE 350:000$000Todos os que se inscreverem até 31 cie Dezembro de 1914, nas series de casamento

receberão os pecúlios um anno depois da inscripção.J)epois da inscripção os mutualistas podem casar quando quizerem,

Quem se inscrever nas séries de nascimento, até o fim do corrente anno, será chamado 10meses depois da inscripção e receberá de uma só vez o pecúlio que llie couber.

õ nascimento pode dar-se em qualquer tempo.

Todo o sócio que propuzer outro para a sua série terá a seu credito a importância decinco contribuições. Depois de completas as séries, por cada oito chamadas feitas, a sociedadedispensará as contribuições dos mutualistas para as duas chamadas immediatas.

Sede Social: RUA S. BENTO N. 47 (sob.) - Caixa Postal, U - Telephone, 2588-^—^ SÃO PAULO —

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Das marcas mais conhecidasSão estas que causam fé:As mais fortes, mais queridas,São marcas T(enault e gerliet

São os melhores da praça!Pasmem todos! Vejam só!Pois custam quasi de graçaOs autos jjer/iet e 7(enault

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Pedidos: CASA ANTUNES DOS SANTOS - Rua Direita N. 41

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UxS. Paulo, 27 de Fevereiro de 1915

Numero 176í£S\V<S>j

Caixa^do Correio, 1026

Semanário lllustradode Importância

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Redaoç&oRUA 15 DE NOVEMBRO, 50-B

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üuiiüiiluíyAU-3*4$-

O vigésimo quarto anniversario danossa magna carta fez voltar á bailao debatido e estafante problema danão adaptação ao nosso paiz dos prin-cipios exarados no nosso código po-litico.

A nosso vêr isso de pretender fazerda constituição o bode expiatório detodos os desmandos e irregularidadesprovenientes da corrupção do nossomeio politico, não passa de uma chis-tosa pilhéria, de uma engraçadissimapuerilidade.

Afinal de contas já temos vinte ecinco annos de Republica e os factosmovam claramente a inconsistênciadessa theoria que affirma ser o regi-men estabelecido pela nossa lei funda-mental a causa das desgraças que pe-zaram sobre o Brasil, desde a quedado throno e que se accentuaram as-sombrosamente no malfadado quatrie-nio marechalicio.

Os maus governos não são absolu-tamente o fructo da nossa organisaçãopolitica e não se pôde invocar paraelles a attenuante da inapplicabilidadeao nosso meio dos princípios cons-titucionaes.

A corrupção dos costumes é a causaúnica desse avaccalhamento politico,porisso é inútil pretender que o par-lamentarismo nos salvará.

Num paiz em que um caudilho con-segue dominar a maioria dos repre-sentautes do povo, obtendo d ellestudo quanto exige a sua desmedidaambição, é até irrisório falar-se emtransformação de regimen, com intuitode regeneração politica.

Tratemos de respeitar a lei que nosrege em vez de fugir aos seus dispo-

sitivos pelo simples facto de achal-osantagônicos ao nosso meio, que tere-mos sem duvida resultados mais satis-factorios e profícuos.

A nossa Enquête

Todo mundo sabe que O Pirralhoabriu um inquérito meio litterario emeio mundano para saber o que sepensava em São Paulo da questão davida superior e elegante e que pormarco de referencia tomou a figurade Fradique Mendes.

Responderam-nos nove intelleetuaes,uns mundanos, outros burguezes, ou-tros solitários.

Foram os srs. Gomes dos Santos,Mello Nogueira, Amadeu Amaral, Oc-tavio Augusto Inglez de Souza, NutoSanfAnna, Jacomino Define, Cláudiode Souza, Guilherme de Andrade eAlmeida e Pedro Rodrigues de Almeida.

A estes que com o Pirralho cum-priram a palavra dada, só temos queagradecer e louvar pela maneira in-telligente com que se desempenharamda tarefa.

Outros, porém, por não terem tempopara ler Fradique ou para escreveras respostas aos quesitos do Pirralhoobrigaram-nos a estacar em meio.

Isto é francamente lamentável, por-que uma iniciativa de moços no sen-tido de dar incremento ao nosso meiointellectual, devia ser acolhida commuito mais enthusiasmo do que o foide facto.

Entretanto empregaremos ainda to-dos os nossos esforços para conseguiras respostas de todos quantos foramincluídos na nossa lista, e, queremoscrer que deante do nosso appello, in-felizmente muito triste, os retardata-rios estugarão os passos.

Jlota Politica-00-

Passou por S. Paulo, o general ZéMachado.

Seguio para Poços de Caldas, ondefoi bancar roleta e esquecer na doçu-ra do «pocker» os amargores da po-litica.

Não pode deixar de ter grande si-gnificação, a maneira glacial por queo generalão foi tratado e recebido emS. Paulo.

Na estação, apenas meia dúzia deamigos íntimos, quatro ou cinco poli-ticos, dois ou trez curiosos e... nadamais.

A reportagem também compareceue, pôde até ouvir, esta phrase authen-tica do caudilho: r

«Olá, Bicudo! Não tem apparecidomais? Pensei que v. tivesse virado acasaca»...

Por essa phrase que o Machadoproferiu no seio dos seus Íntimos, ava-lia-se bem com que dedicações conta,o chefe desse partido esfrangalhadoque, rotulado com o pomposo titulo deP. R. C, vive escarnecendo o povo,mattando a Republica e infelicitandoa Pátria.

São Paulo, como sempre cioso dasua dignidade, dos seus brios, nãomandou, por intermédio do seu presi-dente, qualquer pessoa visitar, nemassistir ao embarque e desembarquedo seu hospede urucubaca.

Outra não podia mesmo ser a atti-tude de um Estado, presidido pelo in-tegro Cons.0 Rodrigues Alves e diri-gido por homens briosos e compe-tentes.

D.

i

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SÊ^==== O PIRRALHO |"HB

A! ABAX'0 0 PIQUESInda oggi i tar-

veiz tambê o otronumaro inconti-nuo a afazê unastraclucó das ce-lebra fábula, duLa Fontana. Nonvó pensa, chi éprigrizia migna,istu nó, che io sóunfuornojoiieste,

ma é farta di assuntimo. Slmagine osignore che aóra tambê tê a grisiadi assuntimo.

O Capito disaparecê cia zona; o Dio-nisio, O Lu gero di Gastro, o Morére daSirva, furo p'ra cesta di lixo; o Pie-dado non tê nisciuna inleçó p'ra acon-corre i tambê non vendi maise patenteda « briosa » che ninguê maise é troxa;o Hermeze non tê maise; a NaTriagiá si gazô; o stado di sitio tambênon tê maise; a cumfrigaçó oropeiagiá sta cabano pur farta di genti, purcausa chi os russo giá amatáro tuttosastriaco, os allemó giá amatáro tuttosrusso i os ingreze giá amatáro tuttosallemó.

No fin, os franceiz mata os ingreze,os ingreze mata os franceiz, i pronto!

Non tê nisciuno contccimente puli-ticco p'ra genti scrivê inzim cFelli;nisciuno grimo celebro; nada! Só têo Lacarato i o La Fontana!! Uh!che sodadeses du tempio du Hermeze,che tuttos dia a genti tinha una rattanuóva p'ra insgugliambá.

O' chi sodadeses che io tegnoDu tempo du MarescialloDaquillo inlustro CalinoDaquillo bunito animalo!

Ma os bon tempo non vorta maise,uguali come as pomba

O LOBO I O GORDERIGNOFábula di La FontanaTraduco du Bananère.

Un dia n'un riberóChi tê lá nu Billezinho,Bebia certa casióUn bunito gorderinho.

Abebia o gorderigno,Chetigno come un jurutí,Quano du matto vizignoUn brutto lobo saí.

O lobo assí chi inxergôO pobre gordêro bibeno,

zoglios arrigalôlogo giá fui dizeno

Olá! ó sô gargamano!Intó vucê non stá veno,Che vucê mi stá sujanoA água che io stô bibeno! ?

Ista é una brutta galuniaChe o signore stá livantáno,Vamos xamá as testimunia,Fui o gordêro aparlano...

Non vê intô sa excelencima,Che du lado d'imbax'0 stó ioI che nessun ribêro ne rio,Non górre nunca p'ra cima?

Eh! non quero sabe di nada!Si vucê non sugiô a água,

Fui vucê chi a simana passadaAndo dizeno que io sô un pau dágua!

Mio Deuse! che farsidade!Chi genti maise mintirosa,Come cuntá istas prosa,Si tegno seis dia cVindade'?!

Si non fui vucê chi aparlô,Fui un molto apparicidoChi tambê tigna o pello cumprido,I cli certo chi é tuo ermo.

Giuro, ó inlustro amigo,Che istu tambê é in venço!Perché é verdade o che digo,Che nunca tive un ermo.

Pois se non fui tuo ermo,Cabemos con ista mixida;Fui di certo o tuo avóChi mexe c'oa migna vida.

I aveno acussi parlato,Apigó nu gorderigno,Carrego illo p?ru mattoI cumeu illo intirigno.

Morale: O que vale nista vida é omuque!

Juó Bananère.

ECHOS DO CARNAVAL

O automóvel do sr-. Gesuaído Castiglione

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1

O PIRRALHO

,/iOt

A ETERNA HISTORIA

Num castello de conto de fada,com mysterios de luz nos vitraes,habitava essa loira, encantadasolarenga dos olhos fataes.

Eis que um bardo que andava indolente,

pelo feudo a cantar, em má horase enamoraloucamente

da fidalga dos olhos fataes.

E a guitarra gemeu noite e dia

pelo pateo do velho solar.«Quem me dera morrer!» — repetia

a guitarra do bohemio, a chorar...

E ella, a dama das loiras madeixas,

na moldura ogival d'uma porta,bem se importacom as queixas

da guitarra a chorar... a chorar...

Conta a lenda que um dia, arvorado

nas seteiras do paço feudal,

viu-se um corpo pender enforcado

nas dez cordas da viola fatal!

Ninguém mais viu a dama alva e linda,

nunca mais se falou do tal moço!

Só no fosso

geme ainda

sem as cordas, a viola fatal!

G. de Andeade e Almeida

.:tfc

I

ÀZ=3QSZ= fe

M.lle acordou cansada, a ? ;) •Abriu preguiçosamente os olhos fati-

gados de ether e de essências e pas-seou-os pelo quarto, espreguiçando-senuma languidez doentia e somnolenta.

Sobre uma cadeira, atirada a esmo,estava a sua rica phantasia de píer-rette, amarfanhacla a exhalar todos osaromas cia festa. :. ,-,,

E M.lle, no torpor, na doce abstra-ção das emoções felizes, foi reconsti-tuindo, na imaginação côr de rosa esonhadora, a figura rechonchuda doseu Pierrot amado.

Viu-o saltitante, folião, vivazmenteencantador, a ostentar através dos la-bios pintados, no sorriso largo e fei-ticeiro, os seus dentes de marfim, afixal-a com aquelle seu olhar pene-trante e macio, avelluclado e áspero,que a estonteava.

M.lle disposta a passar todo o dia,alli, naquella meia luz de alcova, aconversar espiritualmente com o seuPier) ot, deixou-se ficar, inerte, quieta,ditosa, numa semi-consciencia dascoisas, num enlevo doce de saudadee de amor.

Mas, uma pancada forte, na porta,a sobresalta e a voz autoritária damamãe, atravessa a leve atmospherade sonho.

Acorde, menina, são horas damissa, vamos tomar cinza...

E M.lle, toucando-se, indolentemente,diante do grande espelho do seu tou-cador, dizia de si para si, melanco-líca e nervosa:

Como é áspero o dever!

Do Comm. Prof. Gino Gelli ede sua Ex.,,m Senhora M.me EstellaGelli Lemmi, recebemos attenciosocartão de convite para a exposiçãode pintura que numa sala do edifíciodo London Bank, faz a sua gentilfilha M.Ue Anna Gelli e cujo produetoreverterá em beneficio da Cruz Ver-melha Brasileira e das victimas doultimo terremoto na Itália.

Comparecemos á «verníssage» quese realisou na terça feira ultima e delá, trouxemos a mais agradável dasimpressões.

C

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O PIRRALHO

Os nossos instantâneos

e-a-a-a-^-HH*Últimos Echos do Carnaval

M.lle... anda dizendo por ahi que,se pudesse, premiava no corso o carrointitulado «A vacca do Pirralho».

*

Maliciosa e cheia de birra por terfeito Marathona em vez de Corso, éainda M.lle que baptisou de carroçade verdura o bouquet da Cigarra.

E não se esqueceu de apunhalar onosso collega Gelasio, dizendo queelle estava phantasiado de Cigarro.

Que raivinha M.lle...!O dr. Mello Nogueira arregalou-lhe

os olhos? Historias! Elle só olhoupara quem fazia Corso.

M.lle... confunde Ruy Blas com onosso poeta Guilherme de Andrade eAlmeida, que ornava a «Vacca doPirralho», Ruy Blas estava na «Vac-ca das geishas».

Informação útil:A «Vacca do Pirralho» foi exhibi-

da porque é destinada a prêmio aosassignantes.

Tome assignatura, marathonistaM.lle...

* *

Informaram-nos que M.lle zangou-secom a «piada» de um mascara, quepublicamos no nosso ultimo numero,sobre um seu antigo jornalsinho.

, Azambuja affirma que sob sua pa-lavra de honra, se soubesse que setratava de M.lle, que elle quer tantobem, não teria deixado sahir aquillo.

Elle leu, mas como não sabia dequem se tratava, permittio que sahisse.

Diga M.lle, que não está zangadacom elle...

Também motivou um desafio paraduello, a indiscreta noticia que demos,referindo-nos ao dr. Pedro Rodriguesde Almeida.

M.me ao contrario, gostou edeu gostosas gargalhadas. .

O dr. Mello Nogueira gostou tantoque até nos pediu para mantermoseternamente os echos do Carnaval.

***

M.lle Dolly, ainda não nos mandoua sua opinião...

^-a-a-a-..^.?-.f-£-<-

Os nossos instantâneos

M.lle Lisette, deu o desespero.Pardons...

O 'Zezé veio de Batataes só porcausa dos echos do Carnaval...

Dernieh Crts.

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OS NOSSOS INSTANTÂNEOS

Drs.

flnfonio Define

Raul Corrêa da Siloa

Dolor Brito ÇrancoADVOGADOS

Rua 15 de Novembro, 50-B - (Sala 7)ATTENDEM DAS 12 ÁS 15

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O PIRRALHO

"PIRRALHO" SOCIAI

Foi n mverdadeirosuecesso ofilm tiradopela empre-sa do Bra-sil -Cinema,dos festejoscarnavales -cos desteanno.O Bra-zil esteve

repleto nas noites de sexta, sa-hado e domingo, notando-se en-i 10 a numerosa concorrência asmais distinetas famílias do nossomeio social.

Conseguimos tomar nota das.M\guihtes: dr. Estarás1 au Seabra,dr. Pretyman, dr. F. Lu-aya,.Goulart Penteado, Queiroz La-corda, dr. Horacio Sabino, CelCosta, dr. Alberto Ho.ta, mr. em.me Pedro Lacerda, CláudioM. Soares, dr. Marcondes de

' Moura, dr. Mario Freire, Cintrade Paula, Cel Luiz Gonzaga deAzevedo, Cel A meida Nobre,.Conde de Prãtes, Eclú Chaves,José Figueiredo Juninr, Mr. em.me J. Paulino Nogueira Ju-nior, mr. e m.me Cassio Prado,Autonio Prado Júnior, m.llesBourroul, m.me Moraes Barros,dr. Santos Dumont, AntônioCoili, Bouiier, Conde Silvio Pcnteado, dr. C áudio de Souza,dr. Mauro e Olavo Egydio Ju-nior, H. de Souza Queiroz Mey-cr, Edgard de To edo Malta,José B. Gonçalves Pereira, Luisde Araripe Sucupira, mr. e m.me

Cunha Bueno, Francisco Con-ceição o família, dr. Pau o No-gueira e m.lle Ti inha Nogueira,m.lle Silvia Vallâdão, dr. Àtn-iiba do Valle, Luiz Fonseca,

Camilo Lacerda, Cel LuizFerraz, dr. Max Hell, Marti-nho Prado, Toledo Piza. OttoScholembach, dr. Euzebio de

Queiroz Mattoso, Cerqueira

, |*V"> *" «, - "¦.>.-:*t''"- ^-•¦:-':,V»>- * '," * *$fjt ¦¦ ¦¦ í .JHH Vw \

m.lle ESTHER PETRILLI

César, Francisco Malta, AlonsoP. da Kocha, Fritz de Souza

Queiroz, Luiz Alves Júnior,famílias Duprés e Guimarães,dr. Moysés Marx, FernandoChaves, dr. Washington Luiz,dr. Eloy de Miranda Chavese família, dr. Luiz Ayresde A. Freitas, Bego|Freitas, Do-m'ngos Define, dr.&Duarte Nu-nes e fam lia, famüa Pagliucchi*m.lles. Patureau, dr. João Pe-

çanha, dr. E. Bodrgues Alves,dr. Antônio Prost EodovnlhoJúnior e família, além de mui-tas pessoas cujos nomes nos es-capam.

Emlim, a fita do corso valeubem a concorrência selecta quefoi ao Brasil e que, necessária-mente, fará all>, d'ora avante,um dos seus pontos predilectos.

A Empreza do Brasil-Cinemavae pôr em pratica, brevemente,uma felicíssima idéia. Trata-seda Revista Brasil-Cínema, uma

espécie de Patné Journal, ondea elegante sociedade paulistanaverá aspectos da rua 15 de No-

vembro, aos sabbados, do Par-

que Antarctica, ás 6.as, do Ska-

ting, dos teas do Mappin, do

Hyppodromo, do Velodromo e

de todos os pontos onde se ie-

une o pessoal hautoment placé.Diante disto, é de cicr se que a

Emprezn do Brasil Cinema vejacoroados os seus esforços, apa-

* nhando todas as noites finíssimae numerosa concorrência, como,

aliás, já vem a i.nteccndo. Üào

esses os nossos votos.

ALMAS E COISAS-00-

A PASTORAL DO CARDEAL MEHCIER

A carta que o Primaz da Begiea, por oceasião da testa do Na-

tal, dirigiu aos seus piedosos irmãos, é um grito tímido de amar*

j. ura e um hvmno vibrante de altivez. ¦ '

A Bel»ica inteiraesfrangalhada,impiedósamente, chora e soluça

através das palavras repassadas de angustia intensa que o arce-

i^o de Malines arrancou do peito e ao mesmo tempo sente-se

orgulhosa do seu denodo, que enfrentou canhões e metralhadoras

e sem o menor ^esto de desanimo ou desespero viu templos a,ra-

zados, cidades em chamma e milhares e milhares de bravos tom-

barem ensangüentados. ¦ '• \ -

A carta pastoral não é, como a muitos aprouve pensar, um gri-

to de tevolta, um gesto de insurreição ante a desgraça immane

que asso'ou o paiz do rei Alberto.

ün:e-a toda um tom de serenidade christã, de submissão revê-

rente á vontade de Deus..

E' o desabafo piedoso feito de lagrimas e soluços e náo a im-

precação estulta e insidiosa; é o solirimento christão paciente e

resiinado e no o leactiv o desesperado e bruto.

A prin íipio contemplando a devastação do seu paiz, pensando nos

lares desfeitos, nas cathedraes destruídas e nos montões de rumas

a< que ficaram reduzidas algumas cidades que lhe eram tao caras,

o ca deal Mèreiér num momento de quasi. desanimo sente o pavoi

da ctastrophe, xiinfríssan perpassa-lhe o coração e exclama com

o, psalmista, Deus, Deus meus, rèspice in me ...

v

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K2S£ O PIRRALHO eOT

Neste final, lembramos á empreza, a con-

venencia de manter, no palco "da sala de

espera, o sr. Stefano Bruno e as chanteuses

Cotty e L na de Lys, bem como renovar o

contracto com Nella Berty, pois que são,

incontestavelmente, elementos de successo

para o tão apreciado Brasil.

Nj£. JÜC ZiC

M.lle julgou que nos referimos á sua pes-soinlia, no dialogo que ouvimos no Club

Internacional. Pois não é verdade. sNão foi

a senhora a heroina.Está satisfeita ? Esteja tranquilla. Depois,

mlle. tem o1,lios pretos e os da heroina são

azues . . .âfc. âfc. âltC

A Paúlicéa, passado o bom tempo da Fo-lia, entrou no.amente nos seus hábitos pa-catos. Vê se, em cada physionomia, uma

0 BELVEDERE DA AVENIDA PAULISTA

Os nossos instantâneos

mmmmmm*mmSSS!,e!!!^^ '

v.-4v.: feVãí ~:~ .• ¦-."¦.>'''''¦' ¦.:'"•".•;vA^"i-'>'''-v¦"•"'.'--;; •¦';;*A:"

l : 11 tillill".BíffifiSSPMHIHM

Um aspecto apanhado domingo ultimo por occasião do corso

morbidez, um tedhun vitae imcomparavel.E este é o indicio claro da época que atra-

vessamos, em que todas as actividades se

absorvem na eterna conquista, na lucta tre-

menda pela vida.«Em cada coração ba um grito egual», e

o tempo passa, arrastando toda essa enxur-

rada de misérias e calamidades moraes e

materiaes.De modo que, nesse andar, é o caso de

dizer-se (pie o tempo não está para modas...

E as modas não apparecem mesmo. Ha crise

até desse gênero. Festas muito poucas, Afora

as reuniões familiares, motivadas por com-

memorações de datas natali.ias e dias festi-

vos, nada mais tem medrado, no te.reno sá^

faro do mundanismo desta terra.

Os clubs andam também em doidíssimacrise.

São poucas as sociedades que realizam

partidas; e as que o fazem, também têmum esforço não pequeno, e um ingente tra-balho.

Bem hajam essas sociedades, que nestaépoca se constituem verdadeiro balsauoo,allivio e consolo para o nosso tedium vitae..

Bem hajam.

2JC &. JÜC

Mlle., aquella creança que ja tem feito adesventura de muita gente boa, também re-

pete a esta hora o: On revient toujour, ases premiéres amonrs.

Nem era possível que assim não se desse.

Mas esse furtivo lamento de quem se crê abandonado por Deus

deante de um infortúnio desolador nem bem escapava dos lábios

do santo prelado e elle já se penitenciava, dizendo: cEebellarse

contra a dor, insurgir-se contra a Providencia, porque ei a perniitte

a dôr c o luto, seria esquecer a própria origem, a escola em que

fomos educados, a imagem que cada um de nós traz symbolizada

em seu nome de christão».E nessa attitude evangelicamente calma e resignada o cardeal

belga prosegue até o fim da sua hellissima pastoral, mitigando as

dores dos seus fieis com lagrimas e palavras de conforto, aconse-

lhando a submissão ao poder invasor, o respeito á autoridade mi-

miga, tE tão brando se mostrou o cardeal Mercier no exame que tez

da invasão de seu paiz, qne a sua pastoral foi taxada de fria e já

se disse que ella não traduziu na intensidade desejada, o pranto

das cathedraes abatidas, o frêmito da alma religiosa espezinhada

nos seus mais recônditos sacrarios.

* **

Alem da parte cxliortatoria hum Ide e piedosa, incapaz de

acirrar o anmo do magnata mais discrecionario e carrancudo, ha

na pastoral o lado que chamaremos philosopliico, destinado a estu-

dar a guerra na sua essência.A religião de Christo, diz o cardeal phiosopho, faz do pátrio-

tismo uma lei: não é christão perfeito quem não fôr perfeito pa-triota.

Não é exaeto que o Estado valha, essencialmente, mais do que o

indivíduo e a familia, porque o bém estar das famílias e dos indi-

viduos é a base da organ zaçáo do Estado. Não é verdade que a

pátria seja um deus Moloch em cujo altar todas as vidas humanas

possam ser legitimamente sacrificadas.. A brutalidade dos costumes

pasãos e o despotismo dos Cesa.es, que o militarismo moderno está

fazendo reviver, conduziram-nos a aberração de que o Estado é

omn potente é que o direito foi creado por sua força arbtraria.

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Os nossos instantâneos

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Mr., que viu interrompia a sua marcha

pela estrada Ho ida do amor, que ambos

palmilhavam, por questões de futi' capricho,nâo ponde esquecer a imagem daquel a queiôva sou premier amour. Ivllle. também nãose olvidou do seu es Vhido, daqueile que

-a impressionou pela primeira vez.A s tuaçáo estava, pois, clara. Haviam de

reunir-se outra vez esses dois corações. amantes.

E ago a, entoando suas canções apaixona-•das caminham elles de novo, em busca daFelicidade ...

He He He

No corso de Domingo, que festiva mente seívalisou desta vez na Avenida Paulista, cheia

•com as fanfarras da banda da Força Pub'i-«a, vimos:

0 cons. Rodrigues Alves, d d. presidente• tio Estad », com suas gentis filhas e o Major

Eduardo Lejeune, D:. A t no Arantes e fa-milia, Dr. Sampaio Vidal e família, Dr.Eloy Chaves e família, Dr. Ca doso de Al-meida e fami ia, com. Leoncio Gkirgel, Dr.Cláudio de Souza e família, Dr. Kené Thio-Ihire e senhora, Família Lacerda, m.me Ti-nottt Gambá, Guilherme Prates e senhora,m.me Herminia Prado, m.me Amélia Bar-cellos, Fami lia Castilho de Andrade, Fami-lia Almeida, .Dr. Mello Nogueira o família,Família Matarazzo, Deputado Cezar Ver-gueiro, Dr. Komeu Petrochi, José MarioJunqueira Netto e senhora, Mariano Proco-pio e senhora. Abrilhantavam os trottoirs dabella avenida, m.lles Zu'eika Nobre, Tetraz-zini Nobre, Sylvia Valladão, Tanga, Mindo-ca, Buth e Bebe Bourroul, Maria Valladão,Célia Cardoso, e'outras d stinctas senhoritas.

He He HeA simpathi 'a figurinha de m.lle Esther

Petr lli orna o nosso numero de hoje.Seu doce sorriso e sua feição ins"nuante

encantarão por certo 05 leitores do "O Pir-ralho."

\\r \[r -»|/-

MJle D. de A.

E' mais alta que baixa. Morena pai lida,inteligente e viva, o seu porte revela-noslogo a elegante perfeita e impecsavel queé Mlle.

Culta e viajada, diversas vezes tem visita-do o Velho Mundo, onde tem aprimorado osseus hábitos chies.

E' elemento imprescindível nas nossasfestas chies, dança muito bem; patina me-lhor ainda, é perita tchaufeuse,» ama ossports e, não sabemos se mais alguma coisa.

E' assídua no rink e no circulo das suasamizades é um precioso e disputado ele-mento.

E' castanho escuro o seu cahello, escurose travessos os seus olhos encravados no seurosto «mi.unon».

Mora numa agradável alameda onde vi-ce;am as bellas margaridas e na sua casa

ha sempre agradáveis palestras e optimasreuniões.

Eis ahi em rapidíssimos traços, os denun-ciadores s gnaes da sympathica Mlle. D. de A.

Euy Blas

6 6 JVIicjnon > 9

Graciosamente entrou-nos pela re-dacção, em amável visita, o 2.° nu-mero desta gentil revista feminina,que se publica nesta Capital.

O numero que temos sobre a mesa.não desnv-nte o primeiro, ambos mui-to bem feitos.

E' sua redactora, a Snr.« DinaliLi via.

Gratos.

Os nossos instantâneos"v"^"*^ *("-'- . ^hh BB&

Mas a doutrina christã, responde o arcebispo de Malines, affirma

que o direito é a paz, isto é, a Ordem interna da nação baseada

na justça e a justiça só é absoluta quando representa a expressão

das relações essenciaes dos homens com Deus.Deste modo a guerra pela guerra é um delicto, pois ella só pôde

ser justificada como meio para assegurar a paz.S.ant'Agostinho já pregava: « No?i enim pax quaeritur ui bellvm

creitetur; sed belhtm geritur vt pax adquiratur.»Nestas poucas palavras o primaz da Bélgica deixa obvia e clara

a distineção existente entre a guerra dos belgas, que comba-

tem pila independência da sua pátria, pela liberdade dos seus

princípios, e a guerra germânica, que nada mais é, na opinião do

illustre arcebispo, que um renascimento do paganismo com todas

as suas brutalidades e despotismos.Não foi, entretanto, esta parte, que a intelligencia rude dos go-

vernadores militares não seria capaz de perceber, que motivou a

incriminação da pastoral.

O que fez explodir a cólera germânica foi o facto, aliás muitobem observado por um chronista italiano, de ter o cardeal Mercieraffirmado que o único poder legitimo na Bélgica é o de seu roí,de seu governo, dos representantes da nação. Entretanto, a parteoecupada do paiz acha-se numa situação que ella deve supportarlealmente. A maior parte das cidades belgas rendeu-se ao inimigo,

portanto ella é obrigada a respeitar as condições firmadas no mo-mento da capitulação.

Os invasores não souberam interpretar esta subtileza do pensa-mento do cardeal e dahi a prohibição da leitura do soberbo mani-

festo, que nada mais é que um soluço escapado ante as ruinas da-

invasão e uma saudação profundamente enthusiasta aos defenso-res de um paiz de heroes.

Antônio Definb.

\\\

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O PIRRALHO

LIVROS NOVOS«Cartas de Btaz Coutinho» e

«Amigos e Mest.es» de Ban-i>el Moreira.

S. Paulo - 915.1Ü **

ft a"*O dr. Rangel Moreira, jovendacioso escriptor que do Pernambuco

arribou para estas terras do sul, teve

a gentileza de nos enviar dois exem-

plares dos seus últimos livros, com

expressivas e muito affectuosas dedi-

catorias.Agradecemos muito essa prova de

estima que nos deuojoven escriptor,

lemos tudo quanto se contem nas qui-nhentas e tantas paginas dos seus dois

volumes e, vamos passar para aqui,

sem ares de critica, as nossas im-

pressões.Com a sua ultima, obra «Amigos e

Mestres» uma bem confeccionada bro-

chura da typographia do «O Pensa-

mento» fecha o snr. Rangel Moreira

o quadro das suas producções anterio

re» ao» viiic" o onn-v *»"«vfc-.

Nessa declaração que, lealmente o

auctor faz na primeira pagina do seu

ultimo livro, vão todas as justificati-vas para os pequenos defeitos da sua

obra, pois, para um moço que chega

aos vinte e cinco ãnnos com uma ba-

gagem literária bem considerável, de-

vemos ter nesta época de esterilidade

quasi absoluta e neste século cie au-

tomoveis e possantes machinas elec-

tricas, muita admiração e, até mesmo

indulgência.O snr. Rangel Moreira é ura visio-

nario.Filho do glorioso Norte que produ-

ziu um Tobias, um Sylvio e um Clovis7

para não fallar em outros, não se poudefartar á «tara» de combatente quecada um desses grandes vultos pos-suio, influenciando quasi todos os es-

criptores da ardente região nortista.

Acrescente-se ainda a isso a poucaidade do escriptor e veremos então

como vemos no snr. Rangel Moreira

um possante D. Quixote que troca a

espada pela pena e sahe por esse

inundo em tora. destruindo e demo-

lindo tudo quanto o seu espirito de

moço digno, nâo acha direito.

Tudo isso é muito bonito mas...

nesta época de commodismo e de ne-

cessidades, em que os grandes talen-

tos têm que- sep empregados;, públicos

para não morrer de fome, nesta época

repetimos, essas idéias são quasi im-

pr&tieaveis.Felizes dos que, como o joven es-

criptor, estão bem installados na vida,

podendo portanto ter e pregar as idéias

de altivez e independência que o snr.

Rangel Moreira, prega.Imagine-se o snr. Moreira, pobre,

tendo o talento que tem e, recusando

empregos de toda a espécie, por ser

bacharel, instruido, e não querer men-

digar collocações publicas, apezar de,

supponhamos, não ter clientela na sua

banca de advogado!?...

E' por isso, que achamos imprati-

caveis as muito bonitas idéias do snr.

Moreira.Mesmo assim, o escriptor se nos re-

vela puro, com um bom estylo, intel-

ligente, lido, saturado de Nietzsche e

de.. . socialismo.Das suas obras, a melhor, dizem-nos,

é a que trata de umas questões da

nossa fronteira, e que foi bastante fes-

tejada pela critica indigena. ^Não a conhecemos.Do que do joven escriptor conhe-

cemos, aqui deixamos a nossa im-

pressão.O tempo se encarregará de modifi-

car as ideias do moço escriptor e te-

mos certeza que, ao em vez do snr..

Rangel Moreira fazer uma literatura

para Íntimos, publicando cartas e fa-

zendo perfis a amigos seus, desconhe-

cidos para t/io. o., resto do publico,nos dará obras melhores, approvei-

tando assim a matéria prima que tem

de primeira qualidade, amparada pelanaturalidade do seu cérebro, que será

pujante depois dos trinta e cinco-

annos.Balzac, se celebrisou depois dessa-

idade e, como elle a maioria dos gran-des escriptores.

A precocidade, é um mal e a impa-

ciência é ontro não menos grande,

para os moços que escrevem, na poe-tisada terra dos Brazis.

Xisto

0 BELVEDERE DA AVENIDA PAULISTA

Outro aspecto tirado domingo passado

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' /

O PIKRALHO

y/mT

P

DOIS PERFISResposta a cartas anonymasã

I II

Não te busco nem quero ouvir-te a voz presaga,Sombra de um sonho mau, esqueleto de um sonlio!Não dás vida e não tens a vida que propagaA orgulhosa altivez que na humildade ponho,

Doce orgulho o de ser humilde e igual á vaga(]ue após, altiva, inflar o seio ao mar medonho,Morre escrava no vil beijo que a areia apagaComo eu quando de ser soberbo me envergonho.

A trama que teceste, habilmente desato-a!Oue te vale á vaidade esse fingido apreçoOu fingido terror á tua audácia fatua?

Do medo que me impões, eu, feliz, me envaideço,0' inoffensivo leão de projecto de estatua!Garras de papelão, mandibulas de gesso!

Ninguém lhe sabe o nome e não ha quem a origemLhe possa descobrir. Elle é o mysterio errante.São d'um deus sem Olympo as mapas que o aiíligemDia a dia, hora em hora, instante por instante.

F: que de instante a instante, aloucado á vertigemDe achar baixa c mesquinha a vida circumdante,Não comprehende o infeliz que as forças (pie o dirigemSão as que lhe detêm o passo para diante.

Torce-lhe a inveja o olhar. EnvesgahYo a infecundaVontade de galgar sobre alheios escombros.Deixa entrever a injuria e a calumnia secunda.

Na idade varonil dos grandes desassombros.Elle ahi vae carregando, a esmagar-lhe a corcunda,Todo o Humano Rancor sobre os míseros hombros 1

Emílio de Menezes.

'¦¦¦'¦.-. I

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O PIRRALHO

TENOR SANTOS MOREIRA INSUPPORTAVEL

imummmmÊmmmmmmÊÊÊÊmmKÊÊÊmÊmÊíiÊSmmiÊmÊÊ^^^Ê^Ê^ÊÊÊimaammÊiÊÊÊm^^^^

Embora pobre c mui depauperadoNão temo esse teu largo poderio.Não cedo aos teus caprichos e indignado,Cheio de orgulho, lanço o desafio.

For certo não verás com muito agrado,Esse meu gesto meditado e frio,Mas si ha um grande orgulho do teu ladoDo meu lado, querida, ha muito brio.

Livrar-me do teu rude despotismoOue me envencilha e me embaraça os passosE', portanto, o maior dos meus desejos.

Pois é bem preferível o ostrascismo,A ter que supportar os teus abraçosE a vandalica fúria dos teus beijos.

Jacinthü Góes.

Realisou mais uma audição em S.Paulo, o sympathico tenor SantosMoreira, que actualmente nos visita.

Sobre os méritos do distineto tenorpatrício, já tivemos oceasião de fazeras referencias que elle merece.

Esta audição de Santos Moreira rea-lisou-se no Royal Theatre perante nu-

merosa e selecta concorrência.A pedido de diversos amigos e ad-

miradores, far-se-á ouvir ainda umavez em S. Paulo, no club Germania,o tenor brasileiro, despedindo-se assimdo publico paulistano que tantas ho-menagens lhe soube prestar.

>-a-a-a-Mfe^fefeiAnnuncia-se para breve ein S. Paulo, o

appaiecimento de um novo jornal, moderno,de feicção européa que se propõe a fazerboa literatura, politica e, sobretudo a fazero publico rir á bandeira despregada.

E* seu director um moço que tem longa

pratica do mètier e fazem parte do quadrodos seus collaboradores, todos os caricatu-ristas de S. Paulo, inclusive o distineto pin-tor paulista.Wasth Rodrigues, que collabo-rara também.

Moacyr Piza, Nuto SanfAnna, Guilhermede Andrade e Almeide, Jacyntho Góes, Go-mes Gardim, formam a galeria dos seus poetas

Conhecido e hahilissimo jornalista politicode S. Paulo, conhecedor como ninguém dossegredos dos corredores da Gamara, fará assuas indiscreções no novo jorna! ; distinetoe sympathico «gentlemann» fará as suaschronicas sociaes e assim, contando comesses elementos é. qne o no .o jornal, pro-mette um programma esplendido.

Será vendido á'200 réis, terá oito paginase, já recebeu na pia baptismal o nome de«O Tagarella».

ilil

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O PIRRALHO

Vida acadêmica "Pirralho" Carteiro:z:s s>

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V- ¦ •;

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•1

¦.. j^jjgtggggMg^a • —^ .w^i_±^_

Da turma que saliiu cia, Escola deMedicina no Rio cie Janeiro no annode 1914 fazia parte o dr. Jayme Ro-semburg, que muito se salientou pelaintelligencia c pelo trabalho.

Quando cursava o terceiro anno odr. Rosemburg casou-se com sua col-lega D. Cecília Pedroso, filha do dr.Ernesto Pedroso, advogado do nossoforo.

A distincta senhora que havia feitoum curso brilhantíssimo, falleceu pou-co tempo depois de ter recebido ograu.o

1—«^-^ 7"~'r •-^^——-' ' •'• »J»—¦——

M.r Telles: Não nos ^convém um agenciadorem Aracaju. Commu-n:que isso ao candi-dato. Agradecidos.

M.r Eólo Campos:Gratos pela paitecipa-ção do nascimento doseu filho.

A. S. R. Os votos

que nos enviou já sãotão velhos! Poi que sóagora se lembrou di sso?

Aqueles concursosjá foram todos encer-cerrados. Não acertou com a sua descobertaAo seu dispor.

M.me Genovéva : A consulta que M.me no«

faz é muito seria e de difficil resposta. Não

d zemos que sim nem que não. Casamentoé coisa em que não devem entrar cambaia-lachos e combinições. Impressionou.-nos se-riamente tudo aquillo que vimos. FelizmenteM.me também, ali estava vendo e observando.

M.me Dolorosa: Vio, quanta exigenca faz

aquella ereatura? Aconselhe - lhe prudência,menos ciúmes, mais confiança no seu amadoe, que deixe aquellas «fitas» que tão seriasconseqüências podem ter. O nosso peor re-

ceio é que a paxão se extinga ou arrefeça.É só.

M."e X ... Gosta também dos seus pas-seios pela Avenida hein? t

Como é que foi se assentar no cascalho

amontoado ao lado da sargêta ? Estava tão

cançada assim? Quasi chamamos um taxi

para ieval-a, e as amiguinhas á casa. Não

fique brava.M.He Filhinha: Coitadinha Não lhe

podemos dar remédio nenhum. Conforme-see peça qua quer outra cousa ao nosso ai-

cance e, será attendida de bom grado.

M.1,e Ninette: Sua espirituosa carta che-

gou e foi lida com muito prazer.™ Não era vacca aquillo. Só o jornal pagou.

Apezar desse seu engano, a sua carta está

cheia de espirito. M.Ue estava mesmo de

íandauf....Só para M.Ue é que aquelle Dr. arregala

os olhos. Disse-nos el.e que faz de propósito.Não conf unda mais Euy BI as. Naqnelle

automóvel não havia nenhum Ruy Blas. El.e

estava no caminhão das < geishas > e é o

mesmo S. B. Portanto, o moço appellidadonão é o Ruy Blas. A sua letra é muito nossa

conhecida. Sempre a eterna historia do des-

peito contro o seu bonequinho.... Bem, é

só. Os erros de portuguez são perdoados na

sua carta. Escreva sempre.

Myriam: O portador trouxe-me a tua carta.

Cuidado! Irei. Não foi nada do que pensas.Verás que estou com a razão. Ainda e

sempre, serás a luz dos meus olhos, a deusados meus sonhos.

Mr. Pierre: Pode ser que sim, pode ser

que não. Porque não tenta?

Mr. A. V. Parou? Não nos manda mais

nada.M.Ue Cecy: Ficou surda ao nosso pe-

dido ?M.»e A.: Também?M.Ue Fíeur de Lys: Também?

M.'le Ninon: Então que fim levou? Es-

tamos zangados....M.,1e Dolly: Só no próximo numero. Che-

6 ou muito tarde. Adieu.AZAMBUJA .. Administrador

Palcos & FitasSão «José

A companhia derevistas e outrasdrogas que trabalha neste theatro \£vae cavando a vidana medida de suasforcas.

A época é bem yj%^^difficil, entretantoa empreza não deve estar descontente,

pois algum arame sempre entra.Os artistas não se encommodam com

o vil metal, porque vivem da gloria.Bt«asil Cinema

A fita. «O Corso na Avenida» feitae exhibida pela empreza do BrasilCinema foi um sucesso colossal.

Os aspectos apanhados, são muitonítidos e escolhidos com raro gosto e

perfeição.A revista Brasil Cinema de que

damos noticia em outra parte estádestinada a um triumpho retumbante.

ÍrisOs espectaculos deste elegante ei-

nema são sempre concorridissimos.As fitas exhibidas agradam sobre-

maneira e tudo vae ás mil maravilhas.Hoje soirée chie e amanhã grande

mabinée com variado programma.

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