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DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE EM ALAGOAS PROFª. MARIA CONSUELO CORREIA SINTEAL

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DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE EM ALAGOAS

PROFª. MARIA CONSUELO CORREIASINTEAL

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Alagoas: Educação nunca foi prioridade

Índice de escolaridade no Ensino Primário em Alagoas: até 1921 não ultrapassou 6% e em 1930 era 12%.

Ação do Estado Colonial e Nacional sempre foi violenta na contenção dos movimentos sociais, bem como nas disputas entre facções das oligarquias.

O Estado socorreu as oligarquias durante as crises dos produtos de exportação no mercado mundial. Setor açucareiro mantém-se hegemônico por mais tempo, em Alagoas, beneficiando-se. Fase IAA: 1933/1990.

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Período pós ditadura 1964/85

Movimentos sociais organizam-se e promovem mobilização social contra a crise.

Plano Real (1994) agrava déficit público estadual, endividamento amplia-se. Crise social e política.

17 de julho de 1997 - movimentos sociais lutam por impeachment do Governador Suruagy, aparelho policial foge ao controle do governo e o governador afasta-se.

Serviços públicos e educação estadual desestruturam-se (PDV na Educação demite maioria dos servidores da área).

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GESTÃO E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA EM ALAGOAS

Historicamente, em Alagoas, a expansão da Educação Pública para a população se deu de forma desqualificada: com professores leigos, salários irrisórios abaixo do mínimo, sem definição de carreira, sem concursos públicos.

Esta expansão se deu nas redes municipais, principalmente, com custos-alunos baixíssimos.

Resultado: Alagoas tornou-se o Estado com mais alto índice de municipalização da Educ. Básica, com piores indicadores de qualidade

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IMPACTOS DA IMPLANTAÇÃO DO FUNDEF EM ALAGOAS

Processo de prefeiturização chegou ao ápice: 70,95% das matrículas da Educ. Básica, em 1997, estavam sob a responsabilidade municipal.

Enquanto isso 2/3 dos recursos constitucionalmente vinculados para MDE eram receitas estaduais.

Valor-aluno anual das redes municipais, em 1997: média R$95,06.

Rede estadual: R$1.020,20. Para toda Educ. Básica. FUNDEF redistribuiu aos municípios cerca 70% de

sua receita, a partir de 1988. A relação entre matrículas e recursos disponíveis

era inversamente proporcional entre Estado X Municípios.

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EVOLUÇÃO ENSINO PRIMÁRIO E FUNDAMENTAL 1974-2012

1974 1980 1985 1991 1993 1996 2000 2003 2006 2008 2009 20120

100,000

200,000

300,000

400,000

500,000

600,000

72,304

89,658

152,079128,626

164,984 184,682 177,538

156,196119,843

88,288114,251

134,850

254,557305,582

481,531503,713

473,500

423,522

55,857 56,05478,445

95,764 79,971 80,21050,232 44,506 47,352 53,283 58,065

77,837

MATRÍCULA REDE ESTADUAL

MATRÍCULA REDES MUNICIPAIS

MATRÍCULA REDE PRIVADA

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EFEITOS DO FUNDEF EM ALAGOAS Continuidade da expansão de vagas do

Ensino Fundamental nas redes municipais;

Municípios assumiram a maior parte da oferta do Ensino na etapa de 5ª a 8ª séries, fazendo surgir novos professores leigos;

Redução de leigos na etapa de 1ª a 4 ª séries, com Concursos públicos e PCC.

Expansão do Ensino Médio pela rede estadual, tornando a oferta nesta etapa majoritariamente pública;

Queda da oferta de vagas públicas na Educ. Infantil;

Maior desequilíbrio no financiamento da Educ. Básica na relação Estado x Municípios.

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EFEITOS DO FUNDEF EM ALAGOAS No primeiro momento, o custo-aluno das

redes municipais subiu muito, embora o valor aluno real do Ensino Fundamental tenha sido inferior ao mínimo nacional estabelecido.

Em 1998 e 99 o valor aluno real do FUNDEF das redes municipais foi superior ao da rede estadual.

Com a diferenciação de custo entre 1º e 2º segmento do E.F. , em 2000 o valor aluno real do FUNDEF da rede estadual tornou-se maior. Inverteu-se em 2003, com o aumento das matrículas de 5ª a 8ª séries nos municípios.

O custo-aluno da Educação Básica nos Municípios, em 2004, girava em torno de R$550,00 – isto é, semelhante ao valor mínimo nacional do FUNDEF.

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EFEITOS DO FUNDEF EM ALAGOAS O custo aluno da Educação Básica

da rede estadual caiu, em relação ao disponível em 1998. Ou seja, ampliou-se a oferta e dispunha-se de menor aporte de recursos.

A questão previdenciária dos trabalhadores da educação agravou-se, a folha dos aposentados pesa cada vez mais nas despesas com MDE (não podem ser incluídas no FUNDEF).

Os recursos dos 25% da RRI que não compõe o FUNDEF financiavam: Ensino Médio, Inativos e Ensino Superior do Estado.

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PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 2006/15: UMA CONQUISTA DA SOCIEDADE.

O PEE só foi tratado após a definição do PNE, e após a reestruturação do CEE/AL.

Em 2001 o CEE foi reestruturado para atender a CE de 1989.

Em 2003 o CEE conseguiu que a Secretaria de Educação instituísse um Comitê amplo para trabalhar o PEE.

O processo de debates incluiu as entidades da sociedade civil, educadores e intelectuais.

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PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO 2006/15: UMA CONQUISTA DA SOCIEDADE. A minuta do PEE foi debatida no II

Congresso Escolar Constituinte em 2004.

Após a formatação final do texto pelo Comitê Gestor foi encaminhado pelo Executivo ao Legislativo sendo aprovado como Lei Estadual nº. 6757 de 3 de agosto de 2006,

O PEE teve formato semelhante ao nacional, assumindo suas principais metas e diretrizes.

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CARACTERÍSTICAS DO PEE 2006/15 O PEE é um Plano de Estado e não de governos. É um Plano global para todo Sistema

Educacional, todas as redes de ensino, níveis e modalidades.

É uma Lei estadual, tem caráter mandatório. Baseia-se na: Autonomia dos entes federados e

no Regime de Colaboração. Seus Princípios Norteadores: Equidade; Qualidade; Democratização e Ética.

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O PEE APROVADO 2006/2015

Referências Centrais: Erradicação do Analfabetismo; Universalização do atendimento

escolar; Melhoria da Educação ofertada; Formação para o trabalho e

promoção humanística, científica e tecnológica de Alagoas.

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O PEE APROVADO 2006/2015

O PEE trata dos níveis e modalidades de ensino tal como o PNE e inova:

Educação Básica: Educação Infantil, Ensino Fundamental,

Ensino Médio. Educação Superior. Modalidades: EJA, Educ. Especial, Educ. Profissional e

Tecnológica, EAD, Educ. Indígena, Educação do Campo, Educ. e Saúde Escolar.

Formação e Valorização dos Trabalhadores da Educação.

Financiamento e Gestão. Sistemática de Acompanhamento e

Avaliação do Plano.

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1996 1997 1998 2000 2006 2008 2009 20120

50,000

100,000

150,000

200,000

250,000

300,000

350,000

400,000

450,000

500,000

550,000

600,000

650,000

700,000

RELAÇÃO ENTRE AS MATRÍCULAS DAS REDES ESTADUAL E MUNICIPAIS E AS MATRÍCULAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA - ALAGOAS 1996 - 2012

REDE ESTAD-UAL

REDE MUNICI-PAL

ANOS

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Percentual da população de 6 a 14 anos que frequenta a escola

Percentual de pessoas de 16 anos com pelo menos o ensino fundamental concluído

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OFERTA DO ENSINO MÉDIO – AL 1996-2012

1996 1997 1998 2000 2003 2006 2008 2009 20120

20,000

40,000

60,000

80,000

100,000

120,000

28,59231,384

37,768

62,928

115,962

116,271

112,701

16,64814,738

24,258

51,171

89,466

110,538110,364

107,120

MATRÍCULAS DA REDE PÚBLICA

MATRÍCULAS DA REDE ESTADUAL

MATRÍCULAS DA REDE MUNIC-IPAL

MATRÍCULAS DA REDE FEDERAL

REDE PRIVADA

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Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola.

Jovens de 19 anos que concluíram o Ensino Médio em Alagoas

2009 2011 2012 2013 Alagoas 32,8 40,4 38,1 35,2 Nordeste 38,0 42,2 43,8 45,3 Brasil 51,6 53,4 53,0 54,3

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OFERTA DA EDUCAÇÃO INFANTIL – AL 1996-2012

1996 1997 1998 2000 2006 2008 2009 20120

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

70,000

80,000

90,000

48,866 48,727

40,898 43,723

78,175 75,854

76,775

83,303

10,0207,427

2,8431,368 1,301 946 812 323

20,54615,898

15,356 12,939

19,13716,354 17,563

27,402

REDE PÚBLICA

REDES MUNICIPAIS

REDE FEDERAL

REDE PRIVADA

REDE ESTADUAL

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Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta a escola

Percentual da população de 4 e 5 anos que frequenta a escola

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DEMANDA DE EDUCAÇÃO INFANTIL - POPULAÇÃO NA FAIXA ETÁRIA 0 A 5 ANOS – ALAGOAS. 2010.

População residente - 0 a 3 anos 215.756

População residente - 4 anos 56.728

População residente - 5 anos 57.202

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TAXA DE ANALFABETISMO FUNCIONAL

TOTAL HOMENS MULHERES BRANCOS NEGROS0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

37.440.7

34.4 31.6

40

30.833.7 28.2

24.9

33.2

45.348.5

42.4

37.2

50.1

36.5

39.3

34

28.7

39.5

ALAGOAS 2009ALAGOAS 2004NORDESTE 2009NORDESTE 2004

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12

34

56

78

9

46,697

48,660

87,093 98,824

102,888 108,605

105,133

113,239

103,833

36,29536,255

77,762 91,191

94,615 105,283

101,922

100,400

91,086

1,7672,533 2,850

1,6481,862 3,322 12,357

12,840 12,747

1999 20002001 2002

20032006

20082009 2012

MATRÍCULA EJA 1999-2012 ALAGOAS MATRÍCULA TOTAL MATRÍCULA ENS. FUNDAMENTAL MATRÍCULA ENS. MÉDIO

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ANÁLISE SOBRE A OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM ALAGOAS

O processo de prefeiturização da Educação Básica não foi revertido com o FUNDEF e o FUNDEB pois não foi implantado o Regime de Colaboração em Alagoas;

No início da implantação do FUNDEF houve rápida expansão do Ensino Médio, com ampliação de oferta pelo Estado e transferência de matrículas dos Municípios. Porém esta expansão está estagnada, apesar da crescente demanda.

A rede estadual inclusive reduziu a matrícula a partir de 2007.

A Educação Infantil foi marginalizada durante o FUNDEF, mas a expansão de matrículas com o FUNDEB ainda é baixa e a demanda é altíssima.

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ANÁLISE SOBRE A OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM ALAGOAS

A oferta do Ensino Noturno no Ensino Fundamental foi reduzida, especialmente no 1º segmento, mas a oferta de EJA não se ampliou sequer para assegurar que as vagas existentes no ensino regular fossem supridas.

A oferta de EJA pública no Ensino Médio é ínfima e está estagnada. E ainda, 44,2% da matrícula está na rede privada.

O crescimento da oferta de EJA - Ensino Fundamental no início da década está estagnado, apesar da demanda.

Apesar do aumento da arrecadação de impostos, das transferências federais e da implantação do FUNDEB, há sinais claros de que as redes públicas de Alagoas não avançam para a Universalização da Educação Básica.

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Analfabetismo crônico: entrave ao desenvolvimento

Em 1999 apenas 3,87% das matrículas de EJA eram no Ensino Médio, percentual que subiu um pouco para 11,64% em 2012.

Percebe-se que boa parte do público que recorre à EJA são os jovens que se atrasam no processo em sucessivas repetências e insucessos, e evadem-se da escola regular, retornando pela via de EJA quando a demanda de escolaridade do mercado de trabalho se apresenta para esses indivíduos.

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Analfabetismo crônico: entrave ao desenvolvimento

Em 1999 apenas 3,87% das matrículas de EJA eram no Ensino Médio, percentual que subiu um pouco para 11,64% em 2012.

Percebe-se que boa parte do público que recorre à EJA são os jovens que se atrasam no processo em sucessivas repetências e insucessos, e evadem-se da escola regular, retornando pela via de EJA quando a demanda de escolaridade do mercado de trabalho se apresenta para esses indivíduos.

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Novos Planos: PNE e PEE. Grandes desafios

Tanto o PNE 2001/2011 como o PEE 2006/2015 não foram suficientes para atingirmos a Meta da Universalização da Educação Básica no Brasil e em Alagoas.

Faltou Financiamento, Gestão democrática, Valorização dos Profissionais da Educação, faltou compromisso com a qualidade social da Educação no país. Em Alagoas, a gestão estadual provocou retrocesso grave.

Desafio: cumprir as metas nacionais e construir um PEE que qualifique uma trajetória de gestão democrática que supere os graves entraves para o acesso da nossa população ao conhecimento.