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DESAFIOS PARA A
VIDA CONJUGAL NA
PÓS-MODERNIDADE
Prof. Roney [email protected]
Site Teologia & Discernimento
“Se somos cristãos, devemos demonstrar
esse fato em todas as áreas da vida – no
serviço, no convívio social e no lar... Quem
ama sua esposa ama a si mesmo: maridos,
atentem para isso!”.
H. H. Halley, 2002: 643.
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REFLEXÃO
I. O que é a vida conjugal na perspectiva bíblica;
II. O que é a Pós-modernidade;
III. Os desafios pós-modernos à solidez do
casamento;
IV. Recorrendo aos valores bíblicos para um
casamento feliz.
V. Recomendações para um casamento feliz.
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SUMÁRIO
Uma união estabelecida por Deus entre um
homem e uma mulher, com vistas à constituição
de uma família e à geração de filhos.
Em Mateus 19 Jesus retoma o ensino do Gênesis
para falar sobre a indissolubilidade do casamento
e afirma que “o que Deus ajuntou não o separe o
homem” (v. 6).
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I. O QUE É A VIDA CONJUGAL
NA PERSPECTIVA BÍBLICA
KASCHEL e ZIMMER (2005: 40) definem
casamento como sendo uma “instituição divina
pela qual um homem e uma mulher se unem por
amor numa comunhão social e legal com o
propósito de estabelecerem uma família”.
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I. O QUE É A VIDA CONJUGAL
NA PERSPECTIVA BÍBLICA
“Ninguém ousa definir a Pós Modernidade. A tentativa de
definição é, por si só, uma atitude que contraria seus
cânones (se é que existem). Situá-la no espaço e no
tempo segundo características marcantes é a única
atitude plausível...” (TRASFERETTI. GONÇALVES, 2003,
p. 53).
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II. O QUE É A PÓS-MODERNIDADE
2.1. Marcas da pós-modernidade: mudanças velozes.
II. O QUE É A PÓS-MODERNIDADE
2.2. Marcas da pós-modernidade: digitalização.
“[...] o docente se encontra mais perdido hoje, num
cenário que tem uma modificação absolutamente
acelerada. Há 20 anos, eu diria para um aluno em sala de
aula prestar atenção, em vez de falar com o colega.
Agora ele não precisa falar com o colega para ficar
distraído, basta um celular. Mudou. Antes eu poderia dizer
para um aluno: “Joga esse chiclete no lixo”, “Tira esse
boné”... Olha que problemão!”Prof. Roney Ricardo
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II. O QUE É A PÓS-MODERNIDADE
2.2. Marcas da pós-modernidade: digitalização.
“Agora é “guarde esse celular”, “desliga esse tablet”, “tira esse
fone de ouvido”. De uma sociedade que se ocupava em afirmar
que nem mascar chiclete em sala de aula era admissível – não
estou falando dos anos 1950, estou falando dos anos 1980 –, em
que não se podia assistir à aula de boné, vir com um tênis
diferente do uniforme, para, agora, uma discussão do que é
permitido no pátio ou em sala de aula foi uma mudança muito
veloz. Não deu tempo de nos organizarmos mentalmente, nem
como habilidade e competência, para uma situação com essa
pressa. Há certa estupefação em relação a isso” (CORTELLA,
2014: 30).
II. O QUE É A PÓS-MODERNIDADE
2.2. Marcas da pós-modernidade: digitalização.
Alguns perigos iminentes que devem ser considerados nesta
relação com os meios de comunicação digitais:
* A “blindagem” da tela pode ser enganosa e perigosa!
* A falsa sensação de que tudo se resolve facilmente mediante o
apagar do histórico, o deletar de mensagens e o bloqueio desse
ou daquele “contato”.
* A construção de uma imagem que não corresponde ao ser real
que está do “outro lado” da tela.
II. O QUE É A PÓS-MODERNIDADE
A matéria do Globo News de 28 de
Dezembro de 2011 traz os resultados de
uma pesquisa feita com 5 mil pessoas,
por uma empresa britânica, que
indicavam, à época, que 20% das
pessoas indicavam a rede social como
“causa principal ou secundária do
desgaste da relação”.
A psicóloga Ana Olmos, no entanto,
comenta na matéria: “O mundo virtual é
apenas mais um fator que influencia na
vida das pessoas. O veículo em si é
fantástico, mas o uso que você fará dele
vai depender do seu mundo mental”.
Disponível em:
<http://g1.globo.com/globo-
news/noticia/2011/12/pesquisa-mostra-
redes-sociais-como-causa-de-separacao-
de-casais.html> Acesso em 27 mai. 2017.
2.3. Marcas da pós-modernidade: fragilização das
relações humanas.
Na pós-modernidade, as relações humanas estão cada
vez mais fragilizadas. E o casamento, evidentemente,
sofre com esse influxo. O número de divórcios cresce de
maneira abrupta e a sociedade passa a encarar a
separação conjugal como um caminho viável.
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II. O QUE É A PÓS-MODERNIDADE
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II. O QUE É A PÓS-MODERNIDADEMatéria publicada no site EBCAgência Brasil afirma que “Onúmero de divórcios no país cresceumais de 160% na última década.Dados da pesquisa Estatísticas doRegistro Civil 2014, divulgados hoje(30) pelo IBGE, indicam que, no anopassado, foram homologados 341,1mil divórcios, um salto significativoem relação a 2004, quando foramregistrados 130,5 mil divórcios”.
Disponível em:
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-11/divorcio-cresce-mais-de-160-em-uma-decada> Acesso em 26 abr. 2017.
3.1. O relativismo moral
Na pós-modernidade, o conceito de verdade vem sendo
relativizado. O pensamento é: o que é verdade para mim
pode não ser verdade para você. Assim, valores éticos
vitais à manutenção do casamento são questionados e
até abandonados.
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III. OS DESAFIOS PÓS-MODERNOS
À SOLIDEZ DO CASAMENTO
3.2. O consumismo pós-moderno.
O consumismo na pós-modernidade está para além do
consumo de bens e serviços. Pessoas tornaram-se coisas
e coisas foram personificadas. As pessoas “consomem”
umas às outras, e como acontece com um produto,
quando não “atendem” mais, são descartadas.
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III. OS DESAFIOS PÓS-MODERNOS
À SOLIDEZ DO CASAMENTO
3.3. A falta de tempo para o casal.
Um dos grandes e talvez maiores desafios para a
manutenção de um casamento é a falta de tempo para o
casal. Vivemos dias extremamente “corridos” e as
habituais 24 horas que ele nos proporcionam já não são
mais suficientes.
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III. OS DESAFIOS PÓS-MODERNOS
À SOLIDEZ DO CASAMENTO
3.3. A falta de tempo para o casal.
Contudo, nessa enorme falta de tempo para tudo, acabamos não
tendo tempo também para as coisas e pessoas mais importantes e
relevantes em nossas vidas, incluindo o cônjuge. Focamos o urgente,
não o importante; substituímos presença por presentes e assim
vamos sendo “engolidos” por um sem número de afazeres que
parecem se avolumar mais e mais.
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III. OS DESAFIOS PÓS-MODERNOS
À SOLIDEZ DO CASAMENTO
3.3. A falta de tempo para o casal.
O casal precisa com efeito ter tempo para repensar a relação,
para o diálogo, para o resgate do romance entre os dois. O dia
a dia, a rotina intensa de trabalho, as muitas ocupações com
tudo menos para com o casal, dentre outros fatores, vão
“minando” a vida conjugal e invertendo as prioridades.
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III. OS DESAFIOS PÓS-MODERNOS
À SOLIDEZ DO CASAMENTO
4.1. O exercício do amor.
O amor, além de um sentimento, é também um “esforço
contínuo”. “Amai vossa mulher”, é o que nos ensina a Palavra
de Deus (Ef 5.25). Dizem que “o amor é cego”. Na verdade,
isso é um grande engano. Na verdade, amor enxerga muito
bem e o que o define é justamente a capacidade de continuar
alcançando o outro, apesar de todos os seus defeitos.
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IV. RECORRENDO AOS VALORES BÍBLICOS
PARA UM CASAMENTO FELIZ
4.2. O exercício da compreensão mútua entre o casal.
A compreensão tem a incrível capacidade de nos colocar no
lugar do outro, de olhar pela sua ótica e sentir as dores que ele
sente. É empatia. Se num casamento a compreensão acabar,
certamente ele ruirá. Envolve sensibilidade e percepção. É
também um esforço contínuo por parte dos cônjuges.
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IV. RECORRENDO AOS VALORES BÍBLICOS
PARA UM CASAMENTO FELIZ
4.3. O exercício de uma sexualidade saudável.
O sexo é vital à saúde de um casamento, e foi Deus Quem o
criou. Deve ser encarado como fonte de bênção e deleite para
os cônjuges. Infelizmente, em nossas igrejas, há muitas
“travas” ainda quanto à este assunto, e não poucas vezes,
casais estão vivendo sufocados por causa de convicções em
torne desse assunto que nem bíblicas são.
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IV. RECORRENDO AOS VALORES BÍBLICOS
PARA UM CASAMENTO FELIZ
4.3. O exercício de uma sexualidade saudável.
Procure pensar em como agradar seu cônjuge na relação
sexual. Sexo é cumplicidade, é relacional. O outro não deve
ser visto como objeto.
Cuide da aparência. Jogue fora o mito de que ele/ela se
arruma para os de fora. Pense na possibilidade de se
embelezar para o seu cônjuge.
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IV. RECORRENDO AOS VALORES BÍBLICOS
PARA UM CASAMENTO FELIZ
4.3. O exercício de uma sexualidade saudável.
Jamais use o sexo como forma de manipulação para obter o
que deseja do cônjuge. Isso denota imaturidade e até mesmo
infantilidade por parte do cônjuge que assim procede.
Cuidado com a higiene pessoal na sexualidade. Isso é
fundamental.
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IV. RECORRENDO AOS VALORES BÍBLICOS
PARA UM CASAMENTO FELIZ
Cautela com o ativismo religioso.
Cautela para não priorizar coisas mais que pessoas.
Cautela para não “desgarrar” da família dele ou dela.
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V. RECOMENDAÇÕES PARA UM
CASAMENTO FELIZ
Referências
CORTELLA, Mario Sérgio. Educação, escola e
docência: novos tempos, novas atitudes. São Paulo:
Cortez, 2014.
COZZER, Roney R. Família Cristã: Projeto e Criação
de Deus. Instituto de Educação Cristã DOCEO, Vila
Velha: ES, 2017, 117p.
HALLEY, Henry Hampton. Manual Bíblico de Halley:
Nova Versão Internacional. Trad.: Gordon Chown. São
Paulo: Editora Vida, 2002.
Referências
KASCHEL, Werner. ZIMMER, Rudi. Dicionário da Bíblia
de Almeida. 2ª ed. São Paulo: Sociedade Bíblica do
Brasil, 2005.
TRASFERETTI, José. GONÇALVES, Paulo Sérgio Lopes
(org.s.). Teologia na pós-modernidade: abordagens
epistemológica, sistemática e teórico-prática. São
Paulo: Paulinas, 2003.
