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Desafios para o Desenvolvimento Brasileiro
Fabio Gallo04/05/2011
“Das coisas a mais bela é a mais justa, assim como a melhor é o ser sadio; a mais doce é, por natureza, alcançar o que amas.”
Aristóteles
Objetivo
Discutir sobre os nossos Desafios, Barreiras e Necessidades para obter Crescimento Sustentável.
A manchete do The Wall Street Journal trouxe: “Nos anos recentes, o Brasil tem atraído um frenesi de
investimentos em parte por apresentar taxas de crescimento que ultrapassam as Norte-Americanas”
Crescimento do PIB em 2010 foi de 7,5% e tornamo-nos a 7ª economia Mundial.
Mas com os nossos Portos, Rodovias e Infra-estrutura, no geral estamos no limite de nossa capacidade de crescimento.
Isto é Verdadeiro? Quais são os nossos Reais Desafio?
Cenário Econômico do Brasil
Brasil
O Brasil apresentou ao longo de sua vida econômica períodos de muita turbulência. Inflação alta, Planos macroeconômicos
de todos tipos, mudanças de regras, enfim toda sorte de alterações.
Este ambiente tornava a vida do empresário uma verdadeira aventura, mas por outro lado, permitiu que ele fosse forjado com muita temperança.
1.167
1.448
1.485
1.704
1.737
1.894
2.181
2.422
2.472
2.751
3.519
5.822
6.51615.227
Mexico
Australia
Spain
India
Canada
Russia
Italy
Brazil
United Kingdom
France
Germany
Japan
China
United States
PIB Países US$ bi
Fonte: FMI
10,40
11,3411,94
13,97
8,15
5,17
10,26
4,934,97
6,76
9,23
(4,25)
0,89
(2,93)
5,40
7,857,49
3,53
(0,06)
3,16
(4,35)
1,03
(0,54)
4,92
5,85
4,22
2,663,27
0,13
0,79
4,36
1,311,92
0,55
4,94
2,302,90
5,405,10
(0,20)
7,50
1970 1972 1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010
Crecimento PIB (%)
Fonte: FMI
Projeção do PIB
-0,20%
7,50%
4,00% 4,25%
2009 2010 2011 2012Fonte: FOCUS / BACEN
Inflação (IPCA)
4,31%
4,50%
5,91%
4,50%
6,37%
4,50%
5,00%
4,50%
2009 2010 2011 2012
IPCA Metas de Inflação
Fonte: FOCUS / BANCEN
IGP-DI
-1,43%
11,31%
7,01%
5,00%
2009 2010 2011 2012Fonte: FOCUS/BANCEN
SELIC x Taxa Real de Juro
13,75
12,00
8,75
11,25
13,25
16,50
17,75 18,00
6,32
4,44
7,85
6,64
10,23
12,31
10,6010,02
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
SELIC
Taxa Real de Juro
Saldo Comercial
Saldo ComercialR$ Bi
40,03
17,0020,3222,16
24,7229,24
2007 2008 2009 2010 2011 2012
US$18
US$10
Crédito
A nossa economia é Complexa, assim as causas dessa escassez de crédito são as mais variadas e as soluções tornam-se difíceis.
Não há consenso sobre quais medidas devem ser tomadas para melhor solução da questão.
As causas vão desde: Ineficiência fiscal, Depósito compulsório, Inadimplência, e também causas mais gerais como:
A má distribuição de renda, déficit público, insegurança jurídica e condições macroeconômica.
Brasil - Crédito e o PIB
Crédito / PIB
46,00%
41,00%
37,00%
36,50%
31,30%
27,00%26,20%
23,90%
27,80%
37,00%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
50%
1994 2000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Fonte: BACEN
Relação Crédito / PIB
O fato é que o Brasil apresenta média histórica da relação Crédito versus PIB muito baixa.
Embora essa relação apresente-se acima da média latino-americana
Crédito / PIB
120%
22%
40%
69%
150%
América Latina
Uruguai
Chile
EUA
Alemanha
WIR 2010 – UNCTADDados de 2009
O padrão dos IED sofreu algumas mudanças: Manutenção de Crescimento da participação das
economias em Desenvolvimento e em Transição como destinação e fonte de IED.
O recente declínio dos IED em manufaturas, relativamente ao setor primário e de serviços, deve permanecer.
A despeito do impacto severo da crise sobre os IED, não foi alterado grau de internacionalização da produção.
WIR 2010 – UNCTADDados de 2009
Houve forte queda de M&As além fronteiras. As aquisições internacionais declinaram em 34% (65% em valor), comparando-se com o corte de 15% do número de projetos greenfield FDI (projetos iniciantes).
M&As são usualmente mais sensíveis as condições financeiras do que projetos greenfield.
Fonte: UNCTAD
Entradas de IED – 2008 / 2009 20 Maiores Economias US$ bi
73,3
10,9
55,3
46,7
44,6
45,1
9,3
17,3
110,0
40,4
38,2
24,4
75,5
91,5
59,6
62,3
108,3
324,5
15,0
16,8
18,7
22,6
25,0
25,3
26,0
27,0
27,3
30,5
33,7
34,6
35,5
35,6
38,7
45,7
48,5
59,6
95,0
129,9
-20,0
-7,6
-50 0 50 100 150 200 250 300 350
Espanha
Cingapura
Canadá
Austrália
Irlanda
Ilhas Virgens
Brasil
Holanda
Luxemburgo
Itália
Belgica
India
Arábia Saudita
Alemanha
Russia
Reino Unido
Hong Kong, China
França
China
Estados Unidos
2009
2008
Crescimento anual dos componentes do PIB (%)
5,7%
13,6%
4,2%
-10,4%
7,0%
21,9%
5,6%10,4%
2008 2009 2010 2011
Consumo da Famílias Investimento
Expectativas de Mercado
Expectativas de MercadoMediana - agregado
Taxa de câmbio - fim de período (R$/US$) 1,62 1,70Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) 39,23 38,00Conta Corrente (US$ Bilhões) (60,00) (69,50)Invest. Estrangeiro Direto (US$ Bilhões) 46,00 45,00Produção Industrial (% do crescimento) 4,04 4,58
2011 2012
Resumo do Cenário
Moeda Valorizada Crédito em expansão de 20% ao ano Aumento da Renda Inflação mais Alta Juros Imbatíveis Carga Tributária muito Alta
Qual seria o conjunto de políticas que consiga reduzir a Taxa Estrutural de Juros?
Cenário Social do Brasil
População 2008
Brasil e Grande Regiões
Projeção da população Total
Taxa de Crescimento
anual (1)
Taxa de Urbanização
(1)Brasil 165.371.493 1,4 78,4Norte 12.342.627 2,4 62,4Nordeste 46.995.094 1,1 65,2Sudeste 70.190.565 1,4 89,3Sul 24.546.983 1,2 77,2Centro-Oeste 11.296.224 2,2 84,4
População – Censo 2010
2000 2010Brasil 169.799.170 190.755.799
Região Norte 12.900.704 15.864.454
Região Nordeste 47.741.711 53.081.950
Região Sudeste 72.412.411 80.364.410
Região Sul 25.107.616 27.386.891
Região Centro-Oeste 11.636.728 14.058.094
Total HomensMulhere
s
Brasil 1,94 15,77 6,27 22,50 73,1 69,4 77,0
Norte 2,51 20,01 4,86 23,50 72,2 69,3 75,1
Nordeste 2,04 18,91 6,56 33,20 70,4 66,9 74,1
Sudeste 1,75 13,65 6,44 16,60 74,6 70,7 78,7
Sul 1,92 12,34 6,23 15,10 75,2 71,9 78,7
Centro-Oeste 1,93 16,36 5,29 17,80 74,3 70,9 77,8
Esperança de vida ao nascer
Taxa de fecundidade total, taxa bruta de natalidade, taxa bruta de mortalidade,
Grandes Regiõese
Unidades da Federação
Taxa demortalidade
infantil(‰)
Taxa defecundidade
total
Taxabruta denatalidad
e
Taxabruta de
mortalidade(‰)
taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer, por sexo,segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2009
Total(1)
Branca Preta ou parda
Brasil 1,94 1,63 2,20
Norte 2,51 2,02 2,67
Nordeste 2,04 1,85 2,10
Sudeste 1,75 1,55 2,00
Sul 1,92 1,64 2,63Centro-Oeste 1,93 1,65 2,37
Taxa de fecundidade total, por cor ou raça das mulheres, segundo as Grandes Regiões - 2009
Taxa de fecundidade total, por cor ou raça das mulheresGrandes Regiões
IDH
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o Brasil entrou pela primeira vez para o grupo de países com elevado desenvolvimento humano, com um índice medido em 0,800 no ano de 2005.
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano2007
██ acima de 0,950██ 0,900–0,949██ 0,850–0,899██ 0,800–0,849██ 0,750–0,799
██ 0,700–0,749██ 0,650–0,699██ 0,600–0,649██ 0,550–0,599██ 0,500–0,549
██ 0,450–0,499██ 0,400–0,449██ 0,350–0,399██ abaixo de 0,350██ não disponível
IDH Brasil
IDH - Brasil
2010 0,699
2005 0,800
2000 0,789
1995 0,753
1990 0,723
1975 0,649
Brasil 2010Posição 73
IDH - Cálculo
Para calcular o IDH de uma localidade, faz-se a seguinte média aritmética:
(onde L = Longevidade, E = Educação e R = Renda)
nota: pode-se utilizar também a renda per capita (ou PNB per capita).
Legenda:EV = Expectativa de vida; TA = Taxa de Alfabetização; TE = Taxa de Escolarização;
Sociedade BrasileiraSociedade Brasileira
Nas últimas décadas mostras de melhoria generalizada de seus indicadores sociais, principalmente com relação a educação, saúde e condições gerais de seus domicílios.
No entanto, quando observamos os números apresentados pelo IBGE, no relatório síntese dos Indicadores Sociais de 2006, verificamos que a distância entre os extremos ainda é muito grande.
Sociedade Brasileira
Há desigualdade de todos os tipos. A primeira notada é a de gênero, as mulheres tem menor grau de escolaridade e ganham menos que os homens, em todos os estados brasileiros.
A melhora do nível educacional, ainda não trouxe alívio para a desigualdade por cor, que é mais forte do que a por gênero.
Sociedade Brasileira
O número de famílias com rendimento familiar per capita de até ½ salário mínimo caiu de 32,4% para 22,6%, em dez anos. No entanto, em 2008, metade das famílias brasileiras ainda vivia com menos de R$ 415 per capita. Mais da metade das mulheres sem cônjuge e com todos os filhos menores de 16 anos viviam com menos de R$ 249 per capita.
Classes D / E 39% da População72,9 mi pessoasRenda Familiar Média = R$580
Classe C46% da População86,2 mi pessoas
Renda Familiar = R$ 1.063
Classe A / B15% da População
28 mi pessoasRenda Familiar = R$ 2.217
ClassesSociaisClassesSociais
Desigualdade
Esse perfil pode ser marcado pela seguinte observação: 88% das pessoas pertencentes ao grupo de 1% mais
ricos eram brancas. 70% das pessoas situadas entre os 10% mais pobres
eram negras ou pardas.
A marca de desigualdade de ganhos é geral na sociedade brasileira. O 1% de pessoas mais ricas acumula o mesmo
volume de rendimentos dos 50% mais pobres.
Marca da Desigualdade2006
Renda Média R$ 888,00 10% Mais Pobres = 1% do Total10% Mais Ricos = 44,4 % do Total
50% Mais Pobres = R$ 293,00 (SM R$ 350)50% Mais Ricos = R$ 1.482,00
Educação
Um outro dado marcante:23,4% dos estudantes de nível superior,
entre 20 a 24 anos, pertencem ao grupo de 10% mais ricos,
enquanto que entre os 40% mais pobres os estudantes de nível superior são apenas 4%.
Marca da Desigualdade
Existem diferenças sociais entre as regiões brasileiras, praticamente em todos os indicadores observados.
O problema da desigualdade é tal que traz amarras praticamente definitivas para a mobilidade social e a inclusão de pessoas de maneira mais justa em nossa sociedade.
Educação
Taxa de Analfabetismo Pessoas com mais de 15
anos
Censos Taxa
1940 56,2%1950 50,5%1960 39,6%1970 33,6%1980 25,5%1991 20,1%2000 13,6%2010 9,6%
Homens Mulheres Urbana Rural Brasil 20,3 20,9 19,8 16,7 40,7
Norte 23,1 25,1 21,1 18,9 39,2
Nordeste 30,8 33,7 28,2 24,0 50,3
Sudeste 15,2 14,5 16,0 13,8 33,6
Sul 15,5 14,9 16,1 13,5 25,8
Centro-Oeste 18,5 19,0 17,9 16,3 34,2
Total
Características selecionadas
Taxa de analfabetismo funcional das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por características selecionadas, segundo as Grandes Regiões - 2009
Grandes Regiões
Taxa de analfabetismo funcional das pessoas de 15 anos ou mais de idade (%)
Sexo Situação do domicílio
1995 2005Previdência Social 44% 51%Assistência Social 1% 6%
Saúde 16% 11%Educação 8% 6%Fonte: Veja - Mar 08
Participação no Gastos Sociais do Governo
Pobreza
16.267.197 Brasileiros 8,5% da População
Renda de R$70 mensais por pessoa da família
Quais as Conseqüências?
Desafios
PrevidênciaSaúdePolíticas PúblicasServiços Sociedade???Para Nós????
Crise Mundial 2008/2009
Todos nós tivemos a oportunidade de acompanhar as mais diferentes opiniões sobre como a crise.
Diversos diagnósticos foram traçados sobre suas causas e de maneira geral, houve o consenso de que a crise deveria, sim, ser debelada prontamente em virtude do altíssimo risco sistêmico.
Ganância
Caso pudéssemos reduzir toda a crise a uma única palavra, esta seria “Ganância”.
A ganância humana aparentemente não tem limites.
Números relativos à Crise
Encontramos algo que é de espantar. Uma das notícias mais veiculadas foi a de que
os Bancos dos EUA devem ter pago, referente ao desempenho de 2009, cerca de US$145 bilhões em bônus aos seus executivos, o que deverá ser um recorde.
Isto devido ao bom desempenho das instituições financeiras, outra notícia muito divulgada, dava conta que os bancos comerciais americanos divulgaram ganhos de US$5,2 bilhões em operações com derivativos no segundo trimestre de 2009.
Conta do Socorro
US$12,5 trilhões. Sem fazermos muitas contas, é algo como
8 vezes o PIB anual do Brasil, ou seja, daria para comprar 8 Brasis inteiros. Neste caso, quem tivesse essa oportunidade - comprar o Brasil - poderia ter oito Copas do Mundo e oito Olimpíadas no seu quintal.
Fome no Mundo
Um dos poucos artigos que foram veiculadas em larga escala sobre o assunto foi o da Secretária de Estado do EUA Hillary Clinton. “pessoas famintas e subnutridas são tomadas
por sentimentos de desesperança e desespero” e que rebeliões por comida ocorreram em mais de 60 países desde 2007.
Dados da FAO Desde o início da década de 70, a fome no mundo vinha
diminuindo, mas nos últimos dois anos esse declínio sofreu reversão.
Em 2009, a fome deve ter atingido mais de 1 bilhão pessoas, marcando o recorde histórico.
Segundo relatórios do Programa Alimentar Mundial da ONU (WFP), custa cerca de US$0,19, por dia, para alimentar uma criança e, no entanto, morrem 20.000 crianças de fome por dia no mundo.
Realizando uma conta simples, digamos que o custo de alimentação diário de uma pessoa seja de US$1,50, para poder-se alimentar o número de famintos no mundo por ano deveria ser gasto algo como US$559 bilhões.
Colocando em outra perspectiva, o gasto com socorro à economia em virtude da crise daria para alimentar todo contingente de famintos por 22 anos.
Busca de Soluções
As autoridades mundiais devem tomar medidas firmes e urgentes para o combate definitivo deste mal que nos aflige. Políticas de investimento agrícola, expansão de
programas e redes de proteção social (não assistencialismo somente) são absolutamente essenciais.
Fato regimes socioeconômicos que temos vivido não conseguiram cumprir o seu papel. Após a derrocada do Consenso de Washington, temos um
vazio reinanteUma nova ordem social e econômica que permita que
vivamos melhor, que a justiça prevaleça e que os critérios éticos sejam a base da verdade.
Competitividade Brasil
DesafiosCâmbioTaxa de JurosQuestão FiscalCrédito
Bônus Demográfico A proporção de Brasileiros em idade ativa
encontra-se num pico Dois Terços da população frente a um terço
de crianças e idosos
Como Aproveitar o Bônus Demográfico?
Especialistas Dizem que o bônus pode assegurar um
crescimento de 2,5% ao ano Formar a mão de obra Praticamente todas as crianças estão na
escola hoje, mas sequer metade chega aos 15 anos tendo completado o ensino fundamental
Pontos a solucionar
Fortalecimento IndustrialHiato TecnológicoReforma TributáriaDesenvolvimento de Crédito de
Longo PrazoCustos da Infra
Obrigado