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Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde Ministério da Educação Desenvolvimento de Projeto Educativo na Comunidade Josianne Dias Gusmão

Desenvolvimento de projeto educativo na comunidade

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Curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde

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Desenvolvimento de

Projeto Educativo na ComunidadeJosianne Dias Gusmão

JOSIANNE DIAS GUSMÃO

DESENVOLVIMENTO DE PROJETO EDUCATIVO NA COMUNIDADE

1ª edição

Montes Claros

Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

2015

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DESENVOLVIMENTO DE PROJETO EDUCATIVO NA COMUNIDADE

Josianne Dias Gusmão

Montes Claros-MG

2015

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Presidência da República Federativa do Brasil

Ministério da Educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica

Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

Reitor

Prof. José Ricardo Martins da Silva

Pró-Reitora de Ensino

Ana Alves Neta

Pró-Reitor de Administração

Edmilson Tadeu Cassani

Pró-Reitor de Extensão

Paulo César Pinheiro de Azevedo

Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e

Inovação

Rogério Mendes Murta

Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional

Alisson Magalhães Castro

Diretor de Educação a Distância

Antônio Carlos Soares Martins

Coordenadora de Ensino

Ramony Maria da Silva Reis Oliveira

Coordenador de Administração e

Planejamento

Alessandro Fonseca Câmara

Revisão Editorial

Antônio Carlos Soares MartinsRamony Maria Silva Reis OliveiraRogeane Patrícia Camelo GonzagaAmanda Seixas MurtaAlessandro Fonseca CâmaraKátia Vanelli L. Guedes OliveiraMaircon Rasley Gonçalves AraújoMaykon Thiago Ramos Silva

Coordenação Pedagógica

Ramony Maria Silva Reis Oliveira

Coordenação Adjunta - Cursos SAT

Maircon Rasley Gonçalves Araújo

Coordenação de Curso

Maria Orminda Santos Oliveira

Coordenação de Tutoria do Curso Técnico em

Agente Comunitário de Saúde

Carlos Eduardo Oliveira

Revisão Linguística

Liliane Pereira BarbosaAna Márcia Ruas de AquinoMarli Silva Fróes

Equipe Técnica

Alexandre Henrique Alves SilvaCássia Adriana Matos SantosDilson Mesquita MaiaEduardo Alves AraújoMaria Natália Cardoso Loiola AndradeSolange Martins BritoSônia Maria Gonçalves

Coordenação de Produção de Material

Karina Carvalho de Almeida

Coordenação Gráfica e Visual

Leonardo Paiva de Almeida Pacheco

Projeto Gráfico, Capa e Iconografia

Leonardo Paiva de Almeida Pacheco

Editoração Eletrônica

Antonio Cristian Pereira BarbosaKarina Carvalho de AlmeidaTatiane Fernandes Pinheiro

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ÍCONES INTERATIVOS

Utilizado para sugerir leituras, bibliografias, sites e textos para aprofundar os temas discuti-dos; explicar conceitos e informações.

Utilizado para auxiliar nos estudos; voltar em unidades ou cadernos já estudados; indicar si-tes interessantes para pesquisa; realizar expe-riências.

Utilizado para indicar atividades que auxiliam a compreensão e a avaliação da aprendizagem dos conteúdos discutidos na unidade ou seções do caderno; informar o que deve ser feito com o resultado da atividade, como: enviar ao tutor, postar no fórum de discussão, etc..

Utilizado para defininir uma palavra ou expres-são do texto.

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SUMÁRIO

Palavra do professor-autor 9

Aula 1 - Conhecimento empírico (senso comum), conhecimento científico

e métodos científicos 11

1.1 Conhecimento empírico (senso comum) e conhecimento científico 111.2 Métodos científicos 13

Aula 2 – Pesquisa 22

2.1 Pesquisa 222.1 Classificação da pesquisa 23

Aula 3 - Meios de investigação de uma pesquisa 28

3.1 Meios de investigação de uma pesquisa 28

Aula 4 - Pesquisa em saúde 34

4.1 Pesquisa em saúde 34

Aula 5 - Projeto de pesquisa 40

5.1 Projeto de pesquisa 40

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Aula 6 - Execução da pesquisa 49

6.1 Execução da pesquisa 49

Aula 7 - Estrutura do Projeto de Pesquisa 54

7.1 Estrutura do Projeto de Pesquisa 54

Aula 8 - Validação da pesquisa em saúde 59

8.1 Validação da pesquisa em saúde 59

Aula 9 - Trabalhos científicos 63

9.1 Cursos de pós-graduação 639.2 Trabalhos de síntese 63

Aula 10 - Estratégias metodológicas para a avaliação em saúde 74

10.1 Estratégias metodológicas para a avaliação em saúde 74

Aula 11 - Satisfação do usuário no serviço de saúde 81

11.1 Satisfação do usuário no serviço de saúde 81

Referências Bibliográficas 87

Anexo 92

Currículo do Professor-autor 99

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PALAVRA DO PROFESSOR-AUTOR

Prezado(a) cursista:

Na disciplina “Desenvolvimento de projeto educativo na comunidade” abor-daremos desde o que é o conhecimento empírico, científico e metodologia científica, pesquisa, meios de investigação de uma pesquisa, pesquisa em saúde, projeto de pesquisa, execução da pesquisa, estrutura do projeto de pes-quisa, validação da pesquisa em saúde, trabalhos científicos, estratégias me-todológicas para a avaliação em saúde até a satisfação do usuário no serviço de saúde.

O conhecimento dos temas abordados será de grande importância para a com-preensão da importância da pesquisa científica para o desenvolvimento dos serviços de saúde e o alcance da satisfação do usuário com o serviço de saúde. E vocês como futuros agentes comunitários de saúde poderão perceber na área de atuação a necessidade de desenvolvimento de um projeto de pesquisa para a melhoria do serviço de saúde prestado à comunidade.

Esperamos que vocês possam aproveitar este material e que tenham como um orientador para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa na comunidade.

Bons estudos e sucesso!

“O único homem que está isento de erros é aquele que não arrisca acertar.” (Albert Einstein)

A autora.

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Aula 1 - Conhecimento empírico (senso comum), conhecimento científico e

métodos científicos

Objetivo

Caros cursistas, o objetivo dessa aula é conhecer a diferença entre o conhecimen-to empírico (senso comum), conhecimento científico e os métodos científicos.

“Percebi que todo saber que eu procurava podia ser encon-trado em mim mesmo ou no grande livro do mundo.” (RENÉ DESCARTES).

1.1 Conhecimento empírico (senso comum) e conhecimento científico

É importante diferenciarmos o conhecimento empírico, também chamado de senso comum e o conhecimento científico. Resumidamente podemos falar que o conhecimento empírico (senso comum) é a forma de pensar, agir, os hábitos e tradições que as pessoas têm sem uma comprovação através de pes-quisas científicas. O conhecimento científico tenta explicar os fatos através de pesquisas científicas.

Figura 1: Hipnose pelo senso comum. Fonte:Disponívelem:http://www.claudiacorbisier.com/wordpress/wp-content/uploads/2013/08/1173677_398183916949539_978294216_n.jpg. Acesso em 29/12/2014.

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Dessa forma, o senso comum pode ser considerado como todo o conhecimen-to que a pessoa adquiriu de modo empírico proveniente da experiência prática que as pessoas utilizam no seu cotidiano (CARVALHO; SILVA JUNIOR, 2001).

Como exemplo do senso comum, podemos relatar o fato que um pescador pode prever que o tempo e o mar não estão bons para a pesca, mas não conse-guirá explicar quais são os fatores do tempo e do mar que não estão bons para a prática da pesca (HEERDT; LEONEL, 2007). Outro exemplo de senso co-mum é quando as pessoas falam que se deve cortar os cabelos na lua crescente para que cresçam mais rápido e não há pesquisas que comprovem este fato.

Figura 2: Conhecimento Empírico (senso comum). Fonte: Disponível em: http://images.slideplayer.com.br/6/1695835/slides/slide_2.jpg . Acesso em 29/12/2014.

Já o conhecimento científico é proveniente do critério metodológico, do rigor, constituindo-se como o conhecimento elaborado que a escola normalmente valoriza (CARVALHO; SILVA JUNIOR, 2001).

A figura 3 mostra um esquema que ilustra um conjunto de regras, as quais devem ser seguidas para que um conhecimento possa ser dito científico:

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Figura 3: Esquema que ilustra um conjunto de regras que devem ser seguidas para que um conhecimento possa ser dito científico. Fonte: Disponível em: https://evolucaoenergiaeolica.files.wordpress.com/2012/04/metodo_cientifico1.jpg . Acesso em 29/12/2014.

Sendo assim, o que diferencia o senso comum do conhecimento científico é que no senso comum as opiniões são obtidas e podem ser emitidas como ver-dadeiras e o conhecimento científico pode ser modificado ao longo do tempo por meio de novas pesquisas (FRANCELIN, 2004).

O agente comunitário de saúde deve saber diferenciar o conhecimento em-pírico (senso comum) do conhecimento científico para que possa intervir no estabelecimento de mudança de atitudes das pessoas a partir dos problemas identificados juntamente com os outros profissionais da equipe de saúde.

Agora vamos conhecer os métodos científicos utilizados para uma investiga-ção científica.

1.2 Métodos científicos

O método científico pode ser definido como as regras básicas aplicadas em uma investigação científica para a obtenção de resultados mais confiáveis.

1.2.1 Conceito de método

A palavra método vem do grego méthodos, que significa caminho para chegar a um fim. De acordo com Marconi; Lakatos:

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O método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o obje-tivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o cami-nho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista. (MARCON; LAKATOS, 2003, p.82)

O uso de métodos científicos não é privativo da ciência. Todas as ciências têm como característica o uso de métodos científicos, visto que “não há ciência sem o emprego de métodos científicos”. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p.82).

Sendo assim, em vários momentos em nossas vidas utilizamos esses métodos. Como exemplo, quando você aprende fazer um bolo. Pode ser que na primei-ra vez que você faça, ele não fique macio e analisando o que pode ter acon-tecido você descobre que pode ter sido a falta de algum ingrediente. Dessa forma, na segunda tentativa você verifica a receita e não deixa faltar nenhum dos ingredientes e o bolo fica macio.

Assim, o método científico pode ser usado a qualquer momento. Basta adotar as etapas do método científico como fazer perguntas e buscar respostas. O método científico engloba algumas etapas, como a observação, a formulação de uma hipótese ou hipóteses, a experimentação, a interpretação dos resulta-dos e a conclusão. Mas algumas investigações podem não exigir o cumpri-mento de todas as etapas e não há um tempo determinado para a realização de cada uma delas.

A figura 4 demonstra o diagrama com as etapas do método científico:

Figura 4: Etapas do método científico.Fonte: Disponível em: https://lh4.googleusercontent.com/-CBkYBpZmPWQ/TXFzX9ffgzI/AAAAAAAAAGc/_t4_Ce-FNUE/s1600/metodo+cientifico.jpg. Acesso em 29/03/2015.

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Diante da observação de um fato, o pesquisador é levado pela necessidade de buscar respostas sobre o fato observado. Assim, a partir da observação do fato, que pode ser a olho nu ou com a utilização de instrumentos, como o mi-croscópio, com base nos dados, o pesquisador começa a formular as hipóteses.

Por exemplo, o pesquisador em um município X observa que não atingiu co-bertura de vacinas em crianças menores de 1 ano de idade. Então, o seguinte questionamento pode ser feito: Por que o município X não atingiu cobertura de vacinas em crianças menores de 1 ano de idade ?

Na tentativa de responder ao questionamento anterior, o pesquisador tenta responder através de uma hipótese (afirmações prévias) para explicar o fato observado. Por exemplo, o pesquisador pode levantar a seguinte hipótese: O município X não atingiu cobertura vacinal em crianças menores de um ano de idade porque as mães não levam as crianças na unidade de saúde no dia agendado para vacinar?

Para verificar se a hipótese levantada é verdadeira, o pesquisador ou os pes-quisadores buscam confirmar ou não a hipótese. Para descobrir se as mães não levam as crianças na data agendada da vacina, o pesquisador poderá re-alizar uma entrevista com as mães e verificar o cartão de vacina de todas as crianças menores de um ano de idade.

A partir do procedimento (experimentação) utilizado, a hipótese será ou não confirmada. E em seguida serão realizadas as conclusões da pesquisa.

Há alguns tipos de métodos científicos que são o método indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo e dialético. Vamos conhecer cada um desses métodos.

1.2.2 Método indutivo

É o método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume. Para o método indutivo o conhecimento é fundamentado exclusivamente na expe-riência, e não considera os princípios preestabelecidos. O método indutivo favorece a observação como processo para atingir o conhecimento.

Segundo Diniz; Silva:

Método indutivo prevê que pela indução experimental o pesqui-sador pode chegar a uma lei geral por meio da observação de certos casos particulares sobre o objeto (fenômeno/fato) obser-vado. Nesse sentido, o pesquisador sai das constatações particu-lares sobre os fenômenos observados até as leis e teorias gerais. (DINIZ; SILVA 2008, p.5).

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O método indutivo realiza-se em três fases que são: a observação dos fenô-menos, a descoberta da relação entre eles e a generalização da relação (MAR-CONI; LAKATOS 2003).

a. Observação dos fenômenos – Nessa etapa há a observação e análise dos fatos com o objetivo de descobrir as causas de sua manifestação;

b. Descoberta da relação entre eles – Nesta etapa procuramos comparar, aproximar os fatos ou fenômenos, com o objetivo de descobrir a relação constante existente entre eles;

c. Generalização da relação – Nesta etapa generalizamos a relação encontra-da na etapa anterior entre os fenômenos e fatos semelhantes, muitos dos quais ainda não observamos e muitos que não são observáveis.

A figura 5 mostra o método indutivo. O método indutivo inicia com a obser-vação de fatos particulares que são consideradas inicialmente como verda-deiras, e as generalizações são constatadas a partir da observação de casos concretos que confirmam a realidade. Parte de observações particulares para a universalização (geral).

Figura 5: Método indutivo.Fonte: http://www.fisica-interessante.com/image-files/indutivo.png. Acesso em 04/03/2015.

Há um exemplo clássico de Marconi e Lakatos (2003, p. 91),“Todos os cães que foram observados tinham um coração. Logo, todos os cães têm um coração.”

E um exemplo de Rodrigues (2007, p. 13), “Observo que Pedro, José, João, etc. são mortais; verifico a relação entre ser homem e ser mortal; generalizo dizendo que todos os homens são mortais”.

No método científico indutivo, se todas as premissas são verdadeiras, a con-clusão possivelmente será verdadeira, mas não necessariamente verdadeira. A conclusão encerra uma informação que não estava, nem implicitamente, nas premissas (MARCONI; LAKATOS 2003).

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1.2.3 Método dedutivo

O método dedutivo foi proposto por Descartes, Spinoza e Leibniz. Este méto-do salienta que só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro e tem como objetivo explicar o conteúdo das premissas.

Diniz; Silva (2008, p.8), ressalta que o método dedutivo busca “conhecer, além do fenômeno observado, utilizando-se da razão como caminho para che-gar à certeza sobre a verdade do fenômeno investigado”.

Diniz; Silva ressalta ainda que:

O método dedutivo parte das teorias e leis consideradas gerais e universais buscando explicar a ocorrência de fenômenos par-ticulares. O exercício metódico da dedução parte de enunciados gerais (leis universais) que supostos constituem as premissas do pensamento racional e deduzidas chegam a conclusões. O exer-cício do pensamento pela razão cria uma operação na qual são formuladas premissas e as regras de conclusão que se denomi-nam demonstração (DINIZ; SILVA, 2008, p. 8).

Há um exemplo clássico de Marconi e Lakatos (2003, p. 90), “Todo mamífero tem um coração. Ora, todos os cães são mamíferos. Logo, todos os cães têm um coração.”

No método dedutivo observamos a afirmação do antecedente: Se p, então q. Ora, p. Então, q. Como exemplo desse método, sendo assim:

Se José tirar nota inferior a cinco, será reprovado.

– José tirou nota inferior a cinco.

– José será reprovado.

– Então, José não foi bem nos exames. (RODRIGUES, 2007, p. 17).

Sendo assim, a figura 6 mostra que o método indutivo tem como objetivo ampliar o alcance dos conhecimentos através dos fatos adquiridos através da observação e o método dedutivo tem o propósito de explicar o conteúdo das premissas.

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Figura 6: O método das ciências naturais nem sempre chega a ser visto com bons olhos pelos especialistas em ciências humanas.Fonte: Disponível em: http://www.ecientificocultural.com/figuras/argind.gif . Acesso em 29/12/2014.

1.2.4 Método hipotético-dedutivo

Este método foi proposto por Karl Popper. O método hipotético-dedutivo consiste na elaboração de hipóteses que devem ser testadas.

Segundo Diniz; Silva (2008,p.9), no método hipotético-dedutivo “a observa-ção é precedida de um problema, de uma hipótese, enfim, de algo teórico”.

As fases do método hipotético-dedutivo estão apresentadas na figura 7, a seguir.

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Figura 7: Três Concepções do Conhecimento Científico: Empirismo, Método Hipotético-Dedutivo (Verificacionismo) e Falsificacionismo.Fonte: Disponível em: http://1.bp.blogspot.com/-CZ0rORo9zpY/U2ActxtuNeI/AAAAAAAAN8c/aV71zXNObf8/s1600/Slide15.jpg. Acesso em 21/01/2015.

No método hipotético-dedutivo quanto aos conhecimentos disponíveis sobre um assunto são insuficientes para explicar um fato, surge o problema. Para tentar explicar o problema, são formuladas hipóteses; destas são deduzidas as consequências que deverão ser testadas ou falseadas. Em seguida há a obtenção de resultados.

1.2.5 Método dialético

Método proposto por Hegel. É um método de interpretação dinâmica e total da realidade e considera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social, político, econômico.

De acordo com Diniz; Silva (2008, p.13), o método dialético “penetra o mun-do dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade”.

Segundo Marconi; Lakatos (2003) o método dialético apresenta quatro leis fundamentais:

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a) Ação recíproca: Nesta fase tudo se relaciona, assim, os determinantes po-dem explicar um acontecimento.

b) Mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”: Nesta fase todo movimento, mudança ou desenvolvimento ocorre através das con-tradições, ou através da negação de algo. E essa negação corresponde à trans-formação das coisas.

c) Passagem da quantidade à qualidade ou mudança qualitativa: A quantidade se transforma em qualidade.

d) Interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários: Levan-do em conta que toda realidade é movimento, sendo universal, as formas quantitativas e qualitativas ligadas entre si se transformam uma na outra.

Resumo

Nessa aula você aprendeu a diferença entre o senso comum e o conhecimento científico e entre o método científico indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo e dialético. O senso comum pode ser considerado o conhecimento prove-niente da experiência prática que as pessoas utilizam no seu dia a dia, já o conhecimento científico é proveniente do critério metodológico, do rigor, e é o conhecimento elaborado que a escola, de forma geral, valoriza. O método indutivo prevê que, pela indução experimental, o pesquisador possa chegar a uma lei geral, por meio da observação de certos casos particulares sobre o objeto (fenômeno/fato) observado. O método dedutivo busca conhecer além do fenômeno observado, utilizando-se da razão como caminho para chegar à certeza sobre a verdade do fenômeno investigado. O método hipotético-dedu-tivo inicia-se com a formulação de hipóteses, já o método dialético contradiz o fenômeno.

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1. O que é senso comum?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Marque a alternativa correta para a seguinte pergunta: O que é conheci-mento científico?

a. Conhecimento que a pessoa adquiriu antes de determinada aprendizagem, mediada pela ciência.

b. Conhecimento proveniente do critério metodológico.

c. Conhecimento proveniente da experiência prática que as pessoas utilizam no seu dia a dia.

d. Conhecimento proveniente do cotidiano.

3. No exemplo citado abaixo, é possível identificar qual método científico?

Cobre conduz energia.

Zinco conduz energia.

Cobalto conduz energia.

Ora, cobre, zinco e cobalto são metais.

Logo, (todo) metal conduz energia.

a. Método científico dedutivo

b. Método científico indutivo

c. Método científico duplo

d. Método científico comum

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Aula 2 – Pesquisa

“Pesquisar é ver o que outros viram, e pensar o que nenhum outro pensou.” (Albert Szent-Gyorgyi)

Objetivo

Compreender o que é uma pesquisa, sua classificação e como o Agente Co-munitário de Saúde pode realizar uma pesquisa na comunidade.

2.1 Pesquisa

No cotidiano percebemos muitas situações onde são realizadas pesquisas como pesquisa eleitoral, pesquisa de preço, pesquisa de opinião etc... Uma pesquisa é realizada quando se tem um problema e não tem como resolvê-lo. A pesquisa científica é uma forma sistemática da aplicação do método cientí-fico e tem como objetivo descobrir repostas para problemas através do uso de procedimentos científicos.

A pesquisa é realizada quando não há informação suficiente para responder ao questionamento (GIL, 2002, p. 17). A pesquisa é um tipo de estudo que se baseia em métodos e técnicas, com o objetivo de apresentar respostas para problemas que envolvem as pessoas em suas atividades cotidianas (ARAUJO, 1996).

Figura 8: Problema de pesquisa. Fonte: Disponível em: http://www.marcelo.sabbatini.com/wp-content/uploads/problema.jpg . Acesso em 05/01/2015.

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Uma pesquisa pode ser realizada devido ao desejo de conhecer, pela própria satisfação de conhecer ou pelo desejo de conhecer, com o objetivo de fazer algo de maneira mais eficiente ou eficaz (GIL, 2002).

O sucesso de uma pesquisa depende de algumas qualidades do pesquisador, tais como: o conhecimento do assunto a ser pesquisado; curiosidade; criativida-de; integridade intelectual; atitude autocorretiva; sensibilidade social; imaginação disciplinada; perseverança, paciência e confiança na experiência (GIL, 2002).

Assim, a pesquisa é um estudo que busca ampliar o conhecimento sobre um tema e obter novas descobertas que serão úteis para muitas pessoas. As pes-quisas podem ser realizadas de forma individual ou em grupo.

É muito importante que o estudo da pesquisa seja para compreender e avaliar relatórios de pesquisa e artigos que possam fazer parte do contexto profissio-nal ou acadêmico; fazer com que as pessoas possam se engajar em pesquisas no ambiente acadêmico, onde as pesquisas são realizadas com o objetivo de ampliar o conhecimento, por exemplo, para uma tese ou por motivos profis-sionais como gestores que vão precisar de pesquisas realizadas internamente ou contratadas por terceiros. A pesquisa tem um papel importante na defini-ção de políticas, planejamento e gestão (VEAL, 2011).

Sendo assim, a pesquisa passou a ser um complemento imprescindível para a obtenção de informação, além de fornecer informações para os sistemas de informação, seja com o intuito de busca de novas informações, seja com o objetivo de atualização de informações (DANTAS, 2013).

E o agente comunitário de saúde pode identificar um problema na área onde atua e realizar uma pesquisa com o propósito de buscar respostas para a reso-lução do problema ou respostas para explicar o problema detectado. Com a intenção de que possamos entender mais sobre uma pesquisa vamos conhecer como uma pesquisa pode ser classificada.

2.1 Classificação da pesquisa

Há várias classificações para as pesquisas, sendo as formas mais comuns: do ponto de vista da sua natureza e do ponto de vista da forma de abordagem do problema (SILVA; MENEZES, 2005).

2.1.1 Do ponto de vista da sua natureza (Figura 9)

- Pesquisa Básica: Tem como objetivo produzir conhecimentos novos, úteis para o avanço da ciência, sem aplicação prática prevista. Há verdades e inte-resses universais.

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- Pesquisa Aplicada: Tem como objetivo obter conhecimentos para a aplica-ção prática, os quais devem ser dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.

Figura 9: Tipos de pesquisa .Fonte: Disponível em: http://image.slidesharecdn.com/projetodepesquisa-140529095421-phpapp01/95/projeto-de-pesquisa-3-638.jpg?cb=1401375314 . Acesso em 20/11/2014.

2.1.2 Do ponto de vista da forma de abordagem do problema (Figura 10)

- Pesquisa Quantitativa: Julga que tudo pode ser quantificável, o que sig-nifica explicar, em números, opiniões e informações. Necessita do uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, des-vio-padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.).

- Pesquisa Qualitativa: Não precisa do uso de métodos e técnicas estatísti-cas, pois o ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados, e o pesqui-sador é o instrumento-chave. É um trabalho descritivo.

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Figura 10: Método de pesquisa. Fonte: Disponível em: http://2.bp.blogspot.com/-ZM0NUn-9zCI/UmLGygWWDGI/AAAAAAAAAKA/UF-7gFKp4uU/s1600/Imagem1.jpg.png . Acesso em 22/11/2014. Acesso em 20/11/2014.

Gil (2002) classifica as pesquisas, com base em seus objetivos, em explorató-rias, descritivas e explicativas.

Pesquisa exploratória Pesquisa descritiva Pesquisa explicativa

- Tem como objetivo o aperfeiçoamento de ideias ou descoberta de intuições;

-Levantamento biblio-gráfico;

- Entrevistas com pes-soas que tiveram expe-riências práticas com o problema pesquisado;

- Análise de exemplos que “estimulem a com-preensão”.

- Tem como objetivo descrever as características de determinada po-pulação ou fenômeno;

- Estuda características de um gru-po como idade, sexo, procedência, escolaridade e estado de saúde físi-ca e mental;

- Estuda o nível de atendimento de órgãos públicos de uma comunida-de, condições de habitação de seus habitantes e índice de criminalida-de;

- Pesquisas de opiniões, atitudes e crenças de uma população;

- Pesquisas eleitorais, níveis de rendimentos ou de escolaridade.

- Aprofunda o conhecimento da realidade, pois explica a razão, o porquê das coisas;

- Pode ser a continuação de uma pesquisa descritiva, vis-to que identifica os fatores que determinam um fenô-meno;

- Utiliza quase exclusiva-mente o método experimen-tal.

Fonte: Acervo pessoal.

Alguns autores classificam a pesquisa quanto aos fins, além da pesquisa ex-ploratória, descritiva e, explicativa, em metodológica e intervencionista.

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A pesquisa metodológica “se refere à elaboração de um instrumento de captação ou de manipulação da realidade”. Sendo assim, busca caminhos, formas, manei-ras, procedimentos para atingir determinado objetivo (MORESI, 2003, p. 9).

A investigação intervencionista tem como finalidade intervir na realidade estudada para transformá-la, não se satisfazendo em apenas explicá-la. Di-ferencia-se da “pesquisa aplicada pelo compromisso de não somente propor resoluções de problemas, mas também de resolvê-los efetiva e participativa-mente” (MORESI, 2003, p. 9).

Resumo

Nessa unidade você aprendeu que uma pesquisa é um procedimento racional e sistemático, o qual tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. As pesquisas podem ser classificadas: do ponto de vista da sua natureza (pesquisa básica e pesquisa aplicada); do ponto de vista da forma de abordagem do problema (pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa) e com base em seus objetivos (exploratórias, descritivas e explicativas).

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1. Qual a importância da realização de uma pesquisa?

2. O que é uma pesquisa qualitativa?

3. Um grupo de Agentes Comunitários de Saúde – ACS – realizou uma pes-quisa para identificar as características da população da unidade de saúde na qual eles atuam. Esse tipo de pesquisa é classificado como:

a. Pesquisa quantitativa

b. Pesquisa exploratória

c. Pesquisa descritiva

d. Pesquisa explicativa

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Aula 3 - Meios de investigação de uma pesquisa

Objetivo

O objetivo dessa aula é conhecer os meios de investigação de uma pesquisa.

3.1 Meios de investigação de uma pesquisa

Os meios de investigação de uma pesquisa podem ser: pesquisa de campo, la-boratório, telematizada, investigação documental, bibliográfica, experimen-tal, investigação ex post facto, participante e pesquisa-ação. E vamos conhe-cer cada um desses meios.

3.1.1 Pesquisa de campo

A pesquisa de campo é uma atividade realizada por pesquisadores na natureza ou em um local onde o fenômeno estudado acontece. Esta pesquisa é realiza-da através de coleta e/ou acesso ao registro de dados e informações relaciona-das ao fenômeno de estudo.

Essa pesquisa tem como objetivo obter “informações e/ou conhecimentos so-bre um problema para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, objetivo de comprovar, ou ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles”. A pesquisa de campo está direcionada ao estudo de “indivíduos, grupos, comunidades, instituições e outros campos para a compreensão de vários aspectos da sociedade” (MARCONI; LAKATOS 2003, p. 186).

Figura 11: Trabalho de Metodologia da pesquisa, Pesquisa de Campo. Fonte: Disponível em: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAe1XUAC-0.jpg . Acesso em 20/12/2014.

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3.1.2 Pesquisa de laboratório

A pesquisa de laboratório é uma pesquisa onde o pesquisador tenta refazer uma situação de um acontecimento em um local controlado e com materiais específicos.

Este tipo de pesquisa é um processo de investigação mais difícil, no entanto mais exato, visto que “descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas e exige instrumental específico, preciso, e ambientes adequados”. Na pesquisa de laboratório, as experiências são realizadas em locais fechados como casas, laboratórios, salas, ao ar livre, em ambientes artificiais ou reais, de acordo com o campo da ciência. Nesse tipo de pesquisa devem ser consi-derados o objeto, o objetivo, instrumental e técnicas. Os estudos podem ser realizados em pessoas, animais, vegetais ou minerais. No caso das pesquisas de laboratório com pessoas, “estas são colocadas em ambiente controlado pelo pesquisador, que efetua a observação sem tomar parte pessoalmente” (MARCONI, LAKATOS 2003, p.190).

Figura 12: Laboratório de Hipertensão UFMG. Fonte: Disponível em: http://static.wixstatic.com/media/44f017_5e962fe01f054c8888bf330696630f0b.jpg_srz_785_422_85_22_0.50_1.20_0.00_jpg_srz . Acesso em 28/12/2014.

3.1.3 Pesquisa telematizada

E este tipo de pesquisa procura informações em meios que combinam o uso do computador e as telecomunicações. Como exemplo, as pesquisas na inter-net (MORESI, 2003).

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3.1.4 Investigação documental

A investigação documental é realizada a partir de documentos recentes ou antigos considerados científicos e autênticos.

É uma pesquisa “realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videotape, informações em dis-quete, diários, cartas pessoais a outros”. Um exemplo dessa investigação é o livro editado pela Fundação Getúlio Vargas e pelo Siciliano, em 1995, sobre a vida de Getúlio Vargas. É, basicamente, apoiado em pesquisa documental, notadamente o diário de Vargas (MORESI, 2003, p.10).

3.1.5 Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é o primeiro passo para a elaboração de um protocolo de investigação e escolha do método adequado para a realização da pesquisa.

É uma pesquisa desenvolvida com referência em material já elaborado, cons-tituído especialmente por livros e artigos científicos. No entanto, há pesqui-sas desenvolvidas unicamente a partir de fontes bibliográficas e grande parte dos estudos exploratórios podem ser definidos como pesquisas bibliográficas (GIL, 2002).

3.1.6 Pesquisa experimental

A pesquisa experimental é a pesquisa que exige algum tipo de experimento.

Sendo assim, “consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto” (GIL, 2002, p.47). Esse tipo de pesquisa é considerado o mais prestigiado nos meios científicos, e o pesquisador é um agente ativo e não um observador passivo. A pesqui-sa experimental pode ser realizada em qualquer lugar, desde que apresente as seguintes características: manipulação, controle e distribuição aleatória (GIL,2002).

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Figura 13: Trabalho experimental com ratos. Fonte: Disponível em: http://thumbs.dreamstime.com/z/trabalho-experimental-com-os-ratos-no-ambiente-do-labo-rat%C3%B3rio-colagem-30122192.jpg . Acesso em 08/01/2015.

3.1.7 Investigação ex post facto

Na pesquisa ex-post-facto o experimento é realizado depois do fato.

A expressão ex-post facto “significa que neste tipo de pesquisa o estudo foi realizado após a ocorrência de variações na variável dependente no curso natural dos acontecimentos” (GIL, 2002,p.49). Nessa pesquisa ex-post facto, o pesquisador não tem controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do fenômeno, porque o fator já aconteceu. O pesquisador procura “identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar sobre elas como se estivessem submetidas a controles” (GIL, 2002, p.49).

Nas ciências da saúde, a pesquisa caso-controle é uma das mais utilizadas como pesquisa ex-post facto. É baseada na comparação entre duas amostras. Como exemplo, em uma pesquisa para verificar a associação entre toxoplas-mose e debilidade mental, determinado número de crianças com diagnóstico de debilidade mental, que são submetidas a teste sorológico com o intuito de inferir se tiveram ou não infecção prévia pelo Toxoplasma gondi. O mesmo exame é realizado em igual número de crianças sem debilidade mental, do mesmo sexo e idade, que funcionam como controle (GIL, 2002).

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3.1.8 Pesquisa participante

Nesse tipo de pesquisa há uma interação entre os pesquisadores e os integran-tes das situações investigadas (SILVA; MENEZES, 2005).

Sendo assim, a pesquisa participante tenta socializar o saber por meio da par-ticipação dos sujeitos pesquisados.

3.1.9 Pesquisa-ação

Na pesquisa-ação os pesquisadores e participantes representantes da situação ou do problema se envolvem na pesquisa de forma participativa (SILVA; ME-NEZES, 2005).

Vale ressaltar que os tipos de pesquisa não são mutuamente exclusivos, ou seja, uma pesquisa pode ser ao mesmo tempo bibliográfica, documental, de campo e estudo de caso (MORESI, 2003).

Resumo

Os meios de investigação de uma pesquisa podem ser: pesquisa de campo, la-boratório, telematizada, investigação documental, bibliográfica, experimen-tal, investigação ex post facto, participante e pesquisa-ação.

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1. Qual o objetivo da pesquisa de campo?

2. Qual é o tipo de pesquisa em que o processo de investigação é mais difí-cil, no entanto mais exato, visto que descreve e analisa o que ocorrerá em situações controladas e exige instrumental específico, preciso e ambiente adequado?

a. Pesquisa de campo

b. Pesquisa bibliográfica

c. Pesquisa participante

d. Pesquisa de laboratório

3. Qual é o tipo de pesquisa que é realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videotape, infor-mações em disquete, diários, cartas pessoais a outros?

a. Pesquisa documental

b. Pesquisa bibliográfica

c. Pesquisa participante

d. Pesquisa de laboratório

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Aula 4 - Pesquisa em saúde

Objetivo

Essa aula tem como objetivo apresentar como são desenvolvidas e a impor-tância das pesquisas na área da saúde.

4.1 Pesquisa em saúde

As pesquisas em saúde são importantes para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde. No Brasil o Conselho Nacional de Saúde através da Resolução nº 01, de 13 de junho de 1988, aprovou as normas de pesquisa em saúde.

Faça a leitura da Resolução nº 01, de 13 de junho de 1988. Acesse o documen-to através do link: conselho. saude.gov.br/resolucoes/1988/reso01.doc

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP está diretamente ligada ao Conselho Nacional de Saúde - CNS. A CONEP tem como principal fun-ção o exame dos aspectos éticos das pesquisas que envolvem seres humanos. Além disso, tem como função a elaboração e atualização de diretrizes e nor-mas para a proteção dos sujeitos de pesquisa e coordena a rede de Comitês de Ética em Pesquisa - CEP das instituições.

No Brasil o Comitê de Ética em Pesquisa - CEP deve existir nas instituições que realizam pesquisa envolvendo seres humanos visto que foi criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e dignida-de e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Atualmente no Brasil está em vigor a Resolução nº 466/12 do Conselho Na-cional de Saúde – CNS.

O CEP é responsável pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas que envolvam seres humanos. Esta função está base-ada nas diretrizes éticas internacionais - Declaração de Helsinque, Diretri-zes Internacionais para Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres Humanos – CIOMS e brasileiras conforme Resolução CNS 466/12. Conforme as dire-trizes éticas “toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um CEP”.

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Para as pesquisas que envolvem seres humanos é necessário que esteja expli-citado no corpo do trabalho o atendimento às normas da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde - CNS, ou um órgão equivalente no país de origem da pesquisa.

Consulte a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde através do endereço http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Após entendermos as normatizações para as pesquisas no Brasil, vamos co-nhecer alguns exemplos recentes de pesquisas no âmbito da saúde que foram desenvolvidas. E estas pesquisas demonstram a necessidade de pesquisas constantes na saúde para melhoria da qualidade da assistência da saúde a população.

Como os problemas de saúde nem sempre são resolvidos com o conhecimen-to e os instrumentos disponíveis, por isso há uma necessidade constante de se obter novas informações e desenvolver formas mais efetivas de proteger e promover a saúde e reduzir as doenças. Alguns exemplos recentes demons-tram a contínua necessidade de pesquisas, os quais incluem (BRASIL, 2007):

• Aumento da resistência microbiológica em doenças como tuberculose e ma-lária;

• Falta de tratamentos efetivos para doenças como a dengue, em países de baixa renda;

• Tratamento e prevenção do HIV/AIDS;

• Planejamento para novas e emergentes infecções;

• Necessidade de novos conhecimentos sobre os fatores globais que influen-ciam a saúde;

• Necessidade de novos conhecimentos sobre a situação local, condições e prioridades de saúde;

• Necessidade de novos conhecimentos sobre os determinantes sociais, polí-ticos, econômicos e ambientais da saúde, principalmente na compreensão de como ampliar a equidade interna dos países e entre países;

• Pesquisas em sistemas e políticas de saúde – como fazer o sistema de saúde atuar melhor;

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• Necessidade de entender e monitorar os impactos das políticas globais de comércio e da globalização na saúde dos indivíduos, famílias, comunidades e países;

• Pesquisa em saúde ambiental, interação entre atividades econômicas e saúde humana e ambiental, que é cada vez mais pertinente para os países em desen-volvimento;

• Necessidade de novos conhecimentos sobre o que as pessoas precisam para ser e permanecer saudáveis;

•Necessidade de entender como usar da melhor forma a pesquisa, não apenas para melhorias na saúde, mas também para o desenvolvimento social e eco-nômico – de forma igualitária.

E muitos outros exemplos podem ser acrescentados a essa lista, por isso há uma contínua necessidade de pesquisa para criar novos conhecimentos e tec-nologias e para transformá-los em intervenções efetivas, as quais capacitarão as pessoas para terem uma vida saudável (BRASIL, 2007).

Através das pesquisas para a saúde é possível o desenvolvimento de ações, como exemplo, o controle ou eliminação de doenças. Os profissionais de saú-de têm que conhecer as pesquisas desenvolvidas no âmbito da saúde para que as mudanças necessárias sejam implantadas e efetivadas no âmbito do seu território de abrangência.

A pesquisa em saúde inclui a pesquisa biomédica; pesquisa em saúde pública; pesquisa em sistemas e políticas de saúde; pesquisa em saúde ambiental; pes-quisa em ciências sociais e comportamentais; pesquisa operacional e pesquisa em saúde como parte da pesquisa geral em “ciência e tecnologia” (BRASIL, 2007).

As pesquisas biomédicas, de acordo com a Declaração de Helsinque, que en-volver seres humanos devem obedecer aos princípios científicos, e ser base-adas em experiências laboratoriais, in vitro e em animais. E as pesquisas que envolverem seres humanos devem ser submetidas à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa - CEP.

A Declaração de Helsinque, da Associação Médica Mundial, orienta mé-dicos quanto a pesquisa biomédica envolvendo seres humanos. Para saber mais faça a leitura da Declaração de Helsinque disponível em: http://www.uricer.edu.br/cep/arquivos/textos/helsinque.pdf.

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A pesquisa em saúde pública utiliza o conhecimento para a organização dos sistemas dos serviços de saúde para atuar nos fatores condicionantes e deter-minantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de políticas públicas de saúde.

As áreas de estudo do meio ambiente têm relação entre a saúde e o meio ambiente, como os fatores relacionados com os agravos à saúde devido aos fatores físicos, químicos, biológicos e relacionados com a poluição. A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental favorável à vida, visando assegurar, no Brasil, as condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios e incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orien-tadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais.

Faça a leitura da Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. Disponível em: http://pm.al.gov.br/bpa/documentacao/lei_fed_6938.pdf.

É mais adequado falar sobre “pesquisa para a saúde” que sobre “pesquisa em saúde” “para reconhecer que os campos de interesse envolvem as relações entre a saúde e, entre muitos outros, os fatores sociais, econômicos, políticos, legais, agrícolas e ambientais” (BRASIL, 2007, p.9).

Entre vários exemplos, podemos citar: a redução de mortes no trânsito a partir de pesquisas nos setores de transporte e de saúde; na agricultura, o desenvol-vimento de produtos que aumentam a segurança alimentar e a detecção preco-ce de doenças e equipamentos para diminuir as deficiências (BRASIL, 2007).

O Projeto “Vida no Trânsito”, uma parceria do Ministério da Saúde – MS com a Organização Mundial da Saúde – OMS , lançado em 2011, no âmbito da Década de Ações para a Segurança do Trânsito (2011-2020), tem como objetivo “fortalecer as políticas de prevenção de lesões e mortes no trânsito por meio da qualificação, planejamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações”. Na primeira etapa beneficiou cinco capitais: Belo Hori-zonte, Campo Grande, Curitiba, Palmas e Teresina. E, a partir de 2012, outras capitais se envolveram no projeto (BRASIL, 2011b) (Figura 14).

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Figura 14: Projeto vida no trânsito – 2012/2013: expansão. Fonte: Disponível em: http://image.slidesharecdn.com/sistemadevigilnciadeviolnciaseacidentes-130219121417-phpapp02/95/sistema-de-vigilncia-de-violncias-e-acidentes-15-638.jpg?cb=1361297702. Acesso em 03/01/2015.

É importante falar que tanto a “pesquisa para a saúde” quanto a “pesquisa em saúde” não são funções específicas do setor público: “tanto as organizações privadas com fins lucrativos, quanto as não-governamentais sem fins lucrati-vos deram contribuições em pesquisas para a saúde, para a equidade em saúde e para o desenvolvimento” (BRASIL, 2007,p.9).

Leia o livro “Pesquisa para Saúde”, do Ministério da Saúde, disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pesquisa_saude.pdf.

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Resumo

No setor da saúde as pesquisas são importantes para que possam ser desen-volvidas formas mais efetivas de proteger e promover a saúde e reduzir as doenças. É importante falar que as pesquisas para a saúde não são funções específicas do setor público, pois tanto as organizações privadas, com fins lucrativos, quanto as não governamentais, sem fins lucrativos, podem contri-buir nessas pesquisas.

1. Qual a importância da pesquisa na saúde?

2. Quais as pesquisas da área da saúde que você conhece?

3. Dos exemplos citados no texto que demonstram a contínua necessidade de pesquisa na área da saúde, quais você considera mais importantes?

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Aula 5 - Projeto de pesquisa

Objetivo

Esta aula tem como objetivo compreender a importância do projeto de pes-quisa na comunidade e como elaborá-lo.

5.1 Projeto de pesquisa

O projeto de pesquisa é o planejamento do método que será utilizado pelo pesquisador para realizar a pesquisa.

É uma das fases da pesquisa visto que descreve a sua estrutura (ABNT, 2005).

Serve como um instrumento para o pesquisador, auxiliando-o na distribuição de seus recursos, definição do problema, metas gerais e específicas da pes-quisa. Além disso, indica a metodologia para o alcance das metas propostas e precede qualquer trabalho científico. O projeto de pesquisa busca responder às seguintes questões: O que pesquisar? Por que e para que quer a pesquisa? Como pesquisar? Com quais recursos? Em que período? (KAUARK; MA-NHÃES; MEDEIROS, 2010).

Figura 15: Charge.Fonte: Disponível em: http://www.trabalhos-prontos-escolares.com/imagens/charge02.gif . Acesso em 20/11/2014.

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5.1.1 Planejamento da pesquisa

O planejamento da pesquisa consiste em (MARCONI; LAKATOS, 2003):

a. Decidir;

b. Definir os objetivos;

c. Elaborar um esquema;

d. Constituir uma equipe de trabalho;

e. Levantar o quantitativo de recursos e definir o cronograma.

A – Decisão

É a primeira etapa de uma pesquisa, seja por interesse próprio do pesquisador, de outra pessoa ou de alguma instituição. Não é tarefa fácil definir o que in-vestigar, atitude que requer do pesquisador dedicação, persistência, paciência e esforço permanente (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Figura 16: O que fazer, que profissão escolher. Fonte: Disponível em: http://www.brasilescola.com/upload/e/adiando%20a%20decisao.gif. Acesso em 20/11/2014.

B - Definição de objetivos

Nesta etapa são traçados os objetivos como o que vai procurar e o que se quer alcançar.

O objetivo geral é o que se pretende obter com a pergunta que se quer responder. Já os objetivos específicos são etapas que preci-sam ser realizadas para que se consiga atingir o objetivo geral. Tanto o objetivo geral quanto o específico devem ser sempre iniciados por verbo no infinitivo, ou seja, por aqueles verbos terminados em -ar, -er e -ir. Exemplo: descobrir, verificar, in-vestigar, analisar, compreender, mensurar, relatar, descrever, etc. (PEREIRA; OTRE, 2014).

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C- Elaboração de um esquema

O esquema ajuda o pesquisador a alcançar uma abordagem mais objetiva. Para que as fases da pesquisa aconteçam, a pesquisa deve ser bem estudada e planejada, assim como a obtenção de recursos materiais, humanos e de tempo (MARCONI; LAKATOS, 2003).

D - Formação da equipe de trabalho

No início da pesquisa, é necessário o recrutamento e treinamento de pesso-as, distribuição das tarefas ou funções, indicação de locais de trabalho e todo o equipamento necessário ao pesquisador. Uma única pessoa também pode realizar uma pesquisa. Responde à pergunta: Quem? (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Figura 17: A liderança é a arte de conseguir que um outro faça alguma coisa que você quer feita...Fonte: Disponível em : http://moodle.aeperafita.pt/pluginfile.php/1513/course/summary/equipe_CG.jpg . Acesso em 22/11/2014.

E - Levantamento de recursos e cronograma

O pesquisador deverá fazer uma previsão de gastos, durante a realização da pes-quisa, para quem for patrocinar ou quem for arcar com as despesas da pesquisa. Responde às perguntas: Quanto? Quando? (MARCONI; LAKATOS, 2003).

O cronograma (Figura 18) é o tempo necessário para que a pesquisa de cada uma das partes propostas seja realizada, devendo ser realizadas de acordo com a realidade do pesquisador (HEERDT; LEONEL, 2007).

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Figura 18: Modelo de cronograma para colocar no projeto de pesquisa. Fonte: Disponível em: http://viverjunto.zip.net/images/cronogramapesquisa.JPG . Acesso em: 23/11/2014.

5.1.2 Etapas para elaboração do projeto de pesquisa

As etapas para elaboração do projeto de pesquisa são (MARCONI; LAKA-TOS, 2003):

A - Escolha do tema;

B - Revisão de literatura;

C - Formulação do problema;

D - Definição dos termos;

E - Construção de hipóteses;

F - Indicação de variáveis;

G - Delimitação da pesquisa;

H - Amostragem;

I - Metodologia;

J - Organização do instrumental de pesquisa;

K - Teste de instrumentos e procedimentos.

A – Escolha do tema

Nessa etapa você irá decidir sobre o que irá pesquisar.

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Dois fatores influenciam na escolha de um projeto de pesquisa: fatores in-ternos e fatores externos. Os fatores internos estão relacionados com a afeti-vidade em relação ao tema ou ao grande grau de interesse em desenvolver a pesquisa. Já os fatores externos estão relacionados com o significado do tema escolhido, valores acadêmicos e sociais. O tema deve ser algo de interesse para as pessoas; dessa forma, tem que ter importância para as pessoas ou co-munidade em geral (KAUARK; MANHÃES; MEDEIROS, 2010).

Além disso, o tema selecionado deve estar dentro do tempo determinado para a conclusão do trabalho, e o material deve estar disponível para con-sulta. A falta do material para consulta faz com que o pesquisador realize a busca em fontes primárias, o que demanda grande disponibilidade de tempo (KAUARK; MANHÃES; MEDEIROS, 2010).

B – Revisão de literatura

Nessa fase você irá identificar quem já escreveu e o que já existe publicado sobre o tema escolhido.

O levantamento de informações é realizado através da revisão de literatura. A revisão de literatura é o levantamento e análise do que já foi publicado sobre o tema e o problema de pesquisa selecionados (SILVA; MENEZES, 2005).

A revisão de literatura e/ou pesquisa bibliográfica irá auxiliar na obtenção de informações sobre a atual situação do tema ou problema pesquisado; é a fase de conhecer publicações existentes sobre a temática e analisar as opiniões semelhantes e distintas em relação ao tema (SILVA; MENEZES, 2005).

C – Formulação do problema

A formulação do problema demonstra a dificuldade do que se quer resolver ou responder. A problematização é a exposição da ideia principal do trabalho e deve ter a possibilidade de responder ao problema, durante a realização da pes-quisa. Sendo assim, recomenda-se não fazer muitas perguntas, a fim de não incorrer no risco de não conseguir respondê-las. Vale ressaltar que geralmente o problema é exposto em forma de pergunta(s) (HEERDT; LEONEL, 2007).

D – Definição dos termos

A definição de termos tem como intuito torná-los claros, compreensíveis, objetivos e adequados. É fundamental a definição de todos os termos que possam ter interpretações erradas. Sendo assim, os termos devem ser concei-tuados, esclarecidos e explicados (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Há dois tipos de definições de termos (MARCONI; LAKATOS, 2003):

- Simples: Quando somente traduzem o significado do termo ou expressão menos conhecida.

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- Operacional: Quando, além do significado, auxilia, com exemplos, na com-preensão do conceito.

E – Construção de hipóteses

Após a exposição do problema, o pesquisador formula as hipóteses. Uma pes-quisa pode apresentar uma ou mais hipóteses (Figura 19). O enunciado das hipóteses é redigido de forma afirmativa e explicativa (FONSECA, 2002).

Figura 19: Pesquisa teórica. Fonte: Disponível em:http://www.clickmonografias.com.br/cronograma-do-projeto-de-pesquisa_clip_image001.gif. Acesso em 23/11/2014.

F – Indicação de variáveis

Após a delimitação do problema e da hipótese, há a indicação das variáveis dependentes e independentes (Figura 20). As variáveis que podem interferir ou influenciar o objeto em estudo devem ser consideradas e também con-troladas, a fim de impedir o comprometimento ou o risco de se invalidar a pesquisa (MARCONI; LAKATOS 2003).

Figura 20: Variáveis dependentes e independentes. Fonte: Disponível em: http://images.slideplayer.com.br/2/358040/slides/slide_51.jpg. Acesso em 26/11/2014.

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G - Delimitação da pesquisa

A delimitação da pesquisa é realizada para que se possam estabelecer limites para a investigação. A pesquisa pode ser limitada em relação ao assunto, à extensão e a fatores como meios humanos, economia e falta de tempo (MAR-CONI; LAKATOS 2003).

H – Amostragem

A amostra deve ser representativa: em termos quantitativos, como número de indivíduos; em termos qualitativos, como qualidades dos indivíduos; em termos dos vínculos com o tema/problema a ser investigado (REIS; FROTA 2014).

I – Metodologia

É importante ressaltar a distinção entre método e técnica. Método é um con-junto de técnicas que serão utilizadas e o “como eu farei para resolver meu problema”. Já as técnicas se referem a cada etapa cumprida para chegar ao método. Por exemplo: é possível fazer um estudo de caso de uma empresa (método), mas, para isso, será preciso que se usem várias técnicas como en-trevistas com funcionários, análise de documentos, observação do dia a dia da empresa, entre outros (PEREIRA; OTRE, 2014).

J - Organização do instrumental de pesquisa

A organização dos instrumentos de investigação não é fácil, requer tempo e é uma etapa importante da pesquisa. Há a organização do material para inves-tigação e a organização do material de investigação como reflexões e acon-tecimentos que o pesquisador já vivenciou (MARCONI; LAKATOS, 2003).

K - Teste de instrumentos e procedimentos

Nessa etapa são realizados os testes nos instrumentos da pesquisa com uma pequena parte da população do “universo” ou da amostra, antes de ser aplica-do definitivamente. Esse teste tem como objetivo evitar que a pesquisa che-gue a um resultado falso. Normalmente é realizado o teste em 5 a 10% da amostra e deve ser aplicado por pessoas experientes, o que também é chama-do de “piloto da pesquisa” (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Sobre a pesquisa científica pesquise no link: http://www.scielo.br/pdf/jvb/v5n4/v5n4a01.pdf.

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O Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde - PPSUS: gestão com-partilhada em Saúde faz parte de uma das iniciativas do Ministério da Saúde que tem como objetivo fortalecer a pesquisa em saúde no País. O PPSUS foi instituído em 2004 pelo Departamento de Ciência e Tecnologia - Decit da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - SCTIE do Mi-nistério da Saúde - MS, com o intuito do incremento científico e tecnológico em saúde no País, contribuir para a redução das desigualdades inter-regionais nesse campo.

Leia o Guia do Ministério da Saúde 2010: Como elaborar projetos de pes-quisa para o PPSUS.

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/como_elaborar_projetos_ppsus_guia.pdf.

Resumo

Nessa aula você aprendeu que o projeto de pesquisa compreende uma das fases da pesquisa. Para desenvolver o projeto de pesquisa, é preciso selecio-nar o tema ou o problema para a investigação, definir o problema, levantar as hipóteses de trabalho, coletar, consolidar e classificar os dados, analisar e interpretar os dados e realizar um relatório do resultado da pesquisa.

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1. Identifique um problema de saúde na comunidade e defina as etapas de elaboração de um projeto de pesquisa:

- Escolha do tema

- Levantamento de informações

- Problema

- Hipóteses

- Amostragem

- Instrumental de pesquisa

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Aula 6 - Execução da pesquisa

Objetivo

Esta aula tem como objetivo compreender como executar uma pesquisa.

6.1 Execução da pesquisa

A execução da pesquisa é a segunda etapa da pesquisa. É o processo utilizado durante a pesquisa para obter os resultados previstos no projeto.

Para executar uma pesquisa, é necessária a realização da coleta de dados, elaboração dos dados, análise e interpretação dos dados, representação dos dados e as conclusões (MARCONI; LAKATOS, 2003).

- Coleta de dados

A coleta de dados é buscar informações sobre o objeto em estudo e reuni-los para facilitar uma análise posterior.

Nessa etapa da pesquisa, definem-se como os dados serão coletados. Podem ser coletados através de entrevistas, conforme pode se observar na (Figura 21), observações, história de vida, entre outras, e definição das fontes bibliográfi-cas como livros, artigos, censos demográficos, etc... (REIS; FROTA, 2014).

Figura 21: A entrevista é uma técnica de coleta de dados. Fonte: Disponível em: http://www.brasilescola.com/upload/conteudo/images/974899787cacce9203a8839856e-daa27.jpg .Acesso em 28/11/2014.

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- Tabulação dos dados

A tabulação dos dados é uma forma de apresentação de dados. E os dados podem ser apresentados através de tabelas, quadros ou gráficos.

Antes da análise e interpretação, os dados devem seguir estes passos: seleção, co-dificação e tabulação (Figura 22). A tabulação pode ser feita à mão ou através de um sistema. Em projetos com um quantitativo de dados menores, geralmente se utiliza a técnica de tabulação manual (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Figura 22: Monte as duas estruturas da planilha com as seguintes informações: Nome, Altura, Peso, Idade e Resultado Pesquisa. Na outra, coloque Nome, Altura, Peso, ...Fonte: Disponível em: http://te.i.uol.com.br/album/Funcao_Banco_Dados_excel2010_f_002.jpg . Acesso em 17/01/2015.

- Análise e interpretação dos dados

A análise e a interpretação dos dados devem ser realizadas para atender aos objetivos da pesquisa, comparando e confrontando dados e provas, com o ob-jetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os pressupostos da pesquisa (SILVA; MENEZES, 2005).

- Representações dos dados

Tabelas ou Quadros é um método estatístico sistemático de apresentar os da-dos em colunas verticais ou fileiras horizontais, que obedece à classificação dos objetos ou materiais da pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Alguns autores consideram tabelas e quadros como sinônimos. Mas, para ou-tros, há diferenças (MARCONI; LAKATOS, 2003):

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a. Tabela: É construída utilizando-se dados obtidos pelo próprio pesquisador em números absolutos e/ou percentagens.

Figura 23: Exemplo de tabela. Fonte: Disponível em: http://www.bvs-sp.fsp.usp.br:8080/image/pt/internas/guia/cap4tab1.jpg. Acesso em 29/11/2014.

b. Quadro: É elaborado tendo por base dados secundários, isto é, obtidos de fontes como o IBGE e outros, inclusive livros, revistas, etc. Assim, o qua-dro pode ser a transcrição literal desses dados quando, então, necessitam de indicação da fonte.

Figura 24: O indicador usado é a taxa de mortalidade específica por idade, sexo e causa, dependendo do passo (dados secundários).Fonte: Disponível em:http://www.scielo.br/img/revistas/csc/v9n4/a11qdr01.gif . Acesso em 04/12/2014.

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- Conclusões

As conclusões devem estar relacionadas à hipótese de investigação e pode ser comprovada ou refutada. É uma síntese comentada das ideias essenciais e dos principais resultados obtidos, explicitados com precisão e clareza. Sem a conclusão, o trabalho parece não estar terminado. A introdução e a conclusão de qualquer trabalho científico, como regra, são as últimas partes a serem redigidas (MARCONI; LAKATOS, 2003).

- Relatório de Pesquisa

O relatório geral da pesquisa deve ter como base a lógica, a imaginação e a precisão e ser expresso em linguagem simples, clara, objetiva, concisa e coerente. Tem como objetivo dar informações sobre os resultados da pesqui-sa, se possível com detalhes, para que eles possam alcançar a sua relevância (MARCONI; LAKATOS, 2003).

Resumo

Nessa aula você aprendeu que, para executar uma pesquisa, é necessária a realização da coleta de dados, elaboração dos dados, análise e interpretação dos dados, representação dos dados e as conclusões. Cada etapa de execução é de extrema importância para a pesquisa.

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1. Faz parte das etapas de execução de uma pesquisa, exceto:

a. Coleta de dados.

b. Elaboração dos dados.

c. Escolha do tema.

d. Análise e interpretação dos dados.

2. Como os dados podem ser representados?

3. Faça a análise e interpretação dos dados apresentados no gráfico a seguir:

No município de Esperança há 6.200 habitantes. Esse município apresenta uma unidade de saúde “Saúde para todos”. Foi realizada uma pesquisa na uni-dade de saúde para saber o quantitativo de hipertensos e diabéticos. Foram avaliadas 190 pessoas. Os dados foram representados em um gráfico:

Faça a análise e interpretação dos dados da pesquisa.

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Aula 7 - Estrutura do Projeto de Pesquisa

Objetivo

Esta aula tem como objetivo conhecer a estrutura do projeto de pesquisa.

7.1 Estrutura do Projeto de Pesquisa

Um projeto de pesquisa apresenta, na sua estrutura: elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais (ABNT, 2005).

Há elementos obrigatórios e opcionais como no quadro abaixo:

Elementos Pré-textuais

Capa (opcional), lombada (opcional), folha de rosto (obri-gatório), lista de ilustrações (opcional), lista de tabelas (opcional), lista de abreviaturas e siglas (opcional), lista de símbolos (opcional) e sumário (obrigatório).

Elementos Textuais

Introdução (obrigatório), referencial teórico (obrigatório), material e métodos ou metodologia (obrigatório), crono-grama (obrigatório) e orçamento (opcional).

Elementos Pós-textuais

Referências (obrigatório), apêndices (opcional) e anexos (opcional).

Fonte: Acervo pessoal.

7.1.1 Elementos pré-textuais

Os elementos pré-textuais são: capa, lombada, folha de rosto, lista de ilustra-ções, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos e sumário (ABNT, 2005).

- Capa

Elemento opcional. As seguintes informações são transcritas na seguinte or-dem:

a. nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando solicitado;

b. nome(s) do(s) autor(es);

c. título;

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d. subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente);

e. local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado;

f. ano.

- Lombada

Elemento opcional.

- Folha de rosto

Elemento obrigatório. Tem as informações na seguinte ordem:

a. nome(s) do(s) autor(es);

b. título;

c. subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido tipograficamente);

d. tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser submetido;

e. local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado;

f. ano de depósito (entrega).

NOTA: Se for exigência da entidade, devem ser apresentados dados curriculares do(s) autor(es), em folha(s) distin-ta(s), após a folha de rosto.

- Lista de ilustrações

É um elemento opcional, sendo elaborada conforme a ordem apresentada no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página.

- Lista de tabelas

É um elemento opcional, sendo elaborada de acordo com a ordem apresenta-da no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado do respectivo número da página.

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- Lista de abreviaturas e siglas

É um elemento opcional, sendo elaborada conforme ordem alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões correspondentes, grafadas por extenso.

- Lista de símbolos

É um elemento opcional, sendo elaborada de acordo com a ordem apresenta-da no texto, com o devido significado.

- Sumário

Elemento obrigatório (Figura 25).

Figura 25 : Modelo de sumario para monografia.Fonte : http://www.maismonografia.com.br/imagens/modelo-de-sumario-para-monografia.jpg . Acesso em 11/03/2015.

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7.1.2 Elementos textuais

Os elementos textuais são formados por uma parte introdutória, na qual de-vem ser expostos: o tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hipóte-se(s), quando couber(em), bem como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s) (ABNT, 2005).

Fazem parte dos elementos textuais o referencial teórico, a metodologia a ser utilizada, fonte de recursos e o cronograma (ABNT, 2005).

7.1.3 Elementos pós-textuais

São elementos pós-textuais (HEERDT; LEONEL 2007):

- Referências: É um elemento obrigatório.

- Glossário: É um elemento opcional, apresentando-se em ordem alfabética o conceito dos termos utilizados no trabalho.

- Apêndice(s): Os apêndices são textos complementares, de autoria do autor do trabalho.

APÊNDICE A – Instrumento de coleta de dados – questionário

APÊNDICE B – Instrumento de coleta de dados – entrevista estruturada

- Anexo(s): Os anexos são textos complementares já existentes.

ANEXO A - Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996.

ANEXO B - Resolução G.R.nº 02/02 - Institui Comissão de Ética em Pes-quisa

(CEP) na Unisul.

- Índice(s): O índice não deve ser confundido com sumário.

- Sumário é um elemento pré-textual e tem as principais divisões do trabalho, com o número das páginas.

- Índice é um elemento pós-textual e apresenta, em ordem alfabética, lista de assuntos ou pessoas com a indicação de sua localização no texto.

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Resumo

Nessa aula você aprendeu como é a estrutura de um projeto de pesquisa. Os elementos pré-textuais são: capa, lombada, folha de rosto, lista de ilustrações, lista de tabelas, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos e sumário; os elementos textuais são formados por uma parte introdutória, na qual devem ser expostos o tema do projeto, o problema a ser abordado, a(s) hipótese(s), quando couber(em), bem como o(s) objetivo(s) a ser(em) atingido(s) e a(s) justificativa(s); os elementos pós-textuais são as referências, glossário, apên-dice e índice.

1. Quais são os elementos que constituem um projeto de pesquisa?

2. Qual a diferença entre apêndice e anexo?

3. São elementos opcionais em um projeto de pesquisa, exceto:

a. Folha de rosto.

b. Lista de ilustrações.

c. Lista de tabelas.

d. Lista de símbolos.

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Aula 8 - Validação da pesquisa em saúde

Objetivo

Esta aula tem como objetivo entender como validar uma pesquisa em saúde.

8.1 Validação da pesquisa em saúde

Toda medida deve ter dois requisitos essenciais: a confiabilidade e a valida-de. As medidas são confiáveis quando geram o mesmo resultado. Para serem válidas, as medidas devem representar, de forma precisa, as características que se pretendem medir. Confiabilidade e validade são aplicáveis às medidas provenientes de um teste, instrumento de coleta de dados, técnicas de aferição e quanto ao delineamento da pesquisa (MARTINS, 2006).

A validação é um processo de investigação e deve ser repetido várias vezes para o mesmo instrumento utilizado na coleta de dados, em uma pesquisa (RAYMUN-DO, 2009). A validação do instrumento busca aumentar a confiabilidade, melho-rar a compreensão das questões e eliminar possíveis erros (SILVA, 2012).

A validação é o efeito de tornar válida uma pesquisa em saúde.

A validade mostra a capacidade de um instrumento, que desencadeia medidas adequadas e precisas para chegar a conclusões corretas, assim como a chance de aplicar as descobertas para grupos semelhantes não incluídos em determinada pesquisa. Um instrumento pode ter a validade interna ou externa, de acordo com os resultados apresentados (figuras 26 e 27) (RICHARDSON, 1999).

Figura 26: O que é validade interna ?Fonte: http://images.slideplayer.com.br/3/1269483/slides/slide_49.jpg . Acesso em 10/03/2015.

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Já uma pesquisa apresenta validade externa quando ela permite ao pesquisa-dor disseminar os resultados obtidos a outras populações, outros contextos. Sendo assim, a validade externa depende dos resultados da pesquisa, ou seja, os resultados obtidos não podem ser dependentes da amostra da pesquisa, mas os seus resultados são aplicáveis para outros contextos ou pessoas (BAN-DEIRA,2013).

Como exemplo de um processo de avaliação externa, o Programa de Avalia-ção Externa da Qualidade - Sorologia e Imuno-hematologia (AEQ/ANVISA/MS) é um Programa de Controle de Qualidade Externo - CQE, dirigido aos Serviços de Hemoterapia - SH públicos e filantrópicos ou privados convenia-dos ao Sistema Único de Saúde - SUS (Figura 27).

Figura 27: Órgãos Preparação dos painéis práticos Seleção de hemácias e plasma de acordo com o perfil estabelecido pelo Comitê Validação interna Validação externa...Fonte: Disponível em: http://images.slideplayer.com.br/1/47133/slides/slide_17.jpg . Acesso em 10/03/2015.

No município de Aracajú - SE, um instrumento de acompanhamento das vi-sitas domiciliares realizadas pelos profissionais das Equipes de Saúde da Fa-mília – ESF foi validado. O processo de validação foi conduzido por quatro entrevistadores capacitados, alunos do curso de graduação em Enfermagem, que se dirigiram às ESF selecionadas. A validação do instrumento de acom-panhamento das visitas domiciliares aconteceu em três etapas (ANDRADE, 2014):

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- Na primeira etapa, os pesquisadores elaboraram uma ficha adaptada de um modelo anterior e consideraram, também, particularidades das fichas B, con-templadas no SIAB;

- Na segunda etapa, 14 especialistas não incluídos na amostra avaliaram o conteúdo da ficha sob análise;

- Na terceira etapa da validação do instrumento, foram avaliadas as variáveis contidas na ficha sob análise, a importância dos objetivos, a efetividade e pertinência de cada item e a importância da ficha para o registro e acompa-nhamento das famílias.

Depois, foi realizada a análise e incorporação na ficha das sugestões mais importantes. Em seguida, uma segunda avaliação permitiu uma outra oportu-nidade de alterar a ficha com as sugestões propostas pelos profissionais. Os autores ressaltaram ainda que todo o processo de validação “pode apresentar limitações” e que se trata de um instrumento que, após a sua implantação, de-verá ser reavaliado e nele realizadas as adequações necessárias (ANDRADE, 2014).

Leia o artigo da Revista Brasileira de Enfermagem - Instrumento para ava-liação das ações de controle da hanseníase na Atenção Primária. Esse artigo teve como objetivo construir e validar um instrumento de avaliação das ações de controle da hanseníase na atenção primária, na perspectiva dos agentes comunitários de saúde (ACS). Disponível no endereço: http://www.scielo.br/pdf/reben/v67n3/0034-7167-reben-67-03-0339.pdf.

Resumo

Nessa aula você aprendeu como um instrumento de coleta de dados, em uma pesquisa, pode ser validado. Aprendeu que a validade interna significa que os resultados da pesquisa são válidos para a população-alvo do estudo, se o es-tudo for afetado por erros. Já a validade externa significa que os resultados da pesquisa podem ser utilizados em outros grupos semelhantes ao da pesquisa realizada.

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1. Qual a importância da validação de um instrumento de uma pesquisa?

2. O que é uma validação interna de um instrumento de uma pesquisa?

3. O que é uma validação externa de um instrumento de uma pesquisa?

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Aula 9 - Trabalhos científicos

Objetivo

Nesta aula vamos conhecer os tipos de trabalhos científicos.

9.1 Cursos de pós-graduação

Os programas de pós-graduação são programas disponíveis às pessoas com diplomas de graduação para que possam continuar os estudos em níveis mais elevados.

No Brasil há dois tipos de pós-graduação: lato sensu, conhecida como es-pecialização ou MBA, e stricto sensu, que abrange os cursos de mestrado e doutorado (CAPES, 2014).

As pós-graduações lato sensu referem-se a todo e qualquer curso que se segue à graduação. O objetivo é o domínio científico e técnico de uma certa e limi-tada área do saber ou da profissão, para formar o profissional especializado (CAPES, 2014). Compreendem os programas de especialização e incluem os cursos designados como Master Business Administration - MBA. A duração mínima é de 360 horas e, ao final do curso, o aluno obterá um certificado de pós-graduação. Os cursos de pós-graduação lato sensu a distância podem ser ofertados por instituições de educação superior, desde que possuam creden-ciamento para educação a distância (BRASIL, 2013).

As pós-graduações stricto sensu compreendem os programas de mestrado e doutorado disponíveis para os candidatos diplomados em cursos superiores de graduação. No final das pós-graduações stricto sensu, o aluno obterá um diploma (BRASIL, 2013).

9.2 Trabalhos de síntese

A - Sinopses

É uma síntese com as ideias do texto lido, escrito pelo próprio autor ou edi-tor, publicado simultaneamente ao trabalho. Pode ser incluído entre o título e o texto ou ao final da publicação. Deve ser escrito em português, inglês ou outra língua de difusão internacional. Indica o assunto relativo ao trabalho e seu enfoque (ASSIS, 2012).

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Exemplo:

Sinopse do livro: O Pequeno Príncipe

Figura 28: Sinopse do livro: O Pequeno Príncipe. Fonte: Disponível em: http://uptime.com.br/uptimeteens/materia.aspx?cod=2325 . Acesso em 15/12/2014.

Hoje a sinopse é de um livro fantástico, que já encantou e encanta milhares de adultos, crianças e adolescentes. A maioria das pessoas já ouviu falar dele, ou conhecem alguma de suas frases, “Só se vê bem com o coração, o essen-cial é invisível aos olhos.”; “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Já descobriram que livro é este? Não? Tudo bem, a gente conta: O Pequeno Príncipe. Confira a sinopse deste livro que vem encantando gerações!

Um livro aparentemente infantil, escrito pelo francês Antoine de Saint-Exu-péry, traz para o leitor sempre uma lição de vida, uma visão da qual nem nos lembramos mais, a de um olhar que ficou perdido na infância. Voltam os nossos sonhos, os questionamentos, a vontade de fazer diferente, observar e compreender melhor o mundo e o nosso próximo.

“O Pequeno Príncipe” conta a estória de um piloto de avião que, após uma pane, cai no Deserto do Saara. Ele acaba adormecendo e, ao acordar, vê um pinguinho de gente de cabelos dourados, pedindo para que ele lhe desenhe um carneiro. Daí para a frente, o Pequeno Príncipe passa, de forma simples, verdadeiros valores e lições perdidas há tempos pelo piloto.

No Japão, há um museu especialmente para o personagem do livro. Existe também o filme dele. Curtiu? Embarque nesta aventura e compartilhe com os amigos. Boa leitura!

Fonte: Sinopse do livro : O Pequeno Príncipe. Disponível em: http://teens.uptime.com.br/materia.aspx?cod=2325 . Acesso em 15/12/2014.

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B - Resumos

O resumo expõe, de forma breve, a apresentação do texto, enfatizando os elementos de maior importância, isto é, as principais ideias do autor da obra (ASSIS, 2012).

Etapas na elaboração de resumos:

a. Leitura completa do texto, para conhecer o assunto;

b. Sublinhar as principais ideias de cada capítulo;

c. Elaborar um plano ou esquema de redação do resumo;

d. Realizar um rascunho, com base no esquema ou plano de redação;

e. Comparar o que escreveu com o original, a fim de verificar a necessidade de alterações;

f. Realizar a redação final em fichas, de acordo com as normas de fichamento.

BOX 1

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – NBR 6.028) ressalta que, quanto à extensão, os resumos devem ter:

- De 150 a 500 palavras: os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e outros) e relatórios técnico-científicos;

- De 100 a 250 palavras: os de artigos e periódicos;

- De 50 a 100 palavras: os destinados a indicações breves.

Exemplo: Resumo do artigo intitulado “O agente comunitário de saúde na construção da identidade desse personagem híbrido e polifônico” (NUNES, 2002).

Resumo: O presente artigo analisa o processo de construção de identidade dos agentes comunitários de saúde (ACS) a partir de sua inserção na equipe do Programa de Saúde da Família e da interação com os moradores dos bair-ros onde atuam. Destacaremos dessa análise especialmente os aspectos que dizem respeito aos conflitos de interpretações, as relações de poder que se es-tabelecem entre os usuários do programa na construção identitária do ACS, a partir de três perspectivas: aquela que vem inscrita na formação oficial desses

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agentes, aquela produzida pelo próprio agente acerca de si mesmo e da sua prática e aquela veiculada pela comunidade. Pode-se dizer que o fato de ser o ACS uma pessoa que convive com a realidade e as práticas de saúde do bairro onde mora e trabalha, e ser formado a partir de referenciais biomédicos, faz deste um ator que veicula as contradições e, ao mesmo tempo, a possibilidade de um diálogo profundo entre esses dois saberes e práticas.

Fonte : O agente comunitário de saúde na construção da identidade desse personagem híbrido e polifônico. Dispo-nível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v18n6/13260.pdf . Acesso em 17/12/2014.

Os resumos críticos não estão sujeitos a limite de palavras, devido as suas características especiais.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT – NBR 6.028) apresenta os seguintes tipos de resumos:

- Resumo crítico: Resumo redigido por especialistas, com análise crítica de um documento, também chamado de resenha.

- Resumo indicativo: Indica apenas os principais pontos do documento, não apresenta dados qualitativos nem quantitativos. Normalmente não dispensa a consulta ao texto original.

- Resumo Informativo: Informa ao leitor as finalidades, metodologia, resulta-dos e conclusões do documento, de forma que possa dispensar a consulta ao texto original.

C – Fichamento

O fichamento é utilizado para organizar dados da pesquisa e tem como obje-tivo arquivar as principais informações das leituras feitas e ajudar na identifi-cação da obra. O fichamento é um importante recurso utilizado pelos pesqui-sadores para a realização de uma pesquisa (ROVER, 2006).

Um fichamento apresenta a seguinte estrutura mínima (ROVER, 2006):

· O cabeçalho: Pode ser dividido em apenas dois campos: o primeiro deve ser o título geral; o segundo, o título específico.

Ex: Método Indutivo e Dedutivo (título específico)

O Método Científico (título geral)

Maior eficiência nos estudos (título específico)

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Metodologia Científica (título geral)

· Referência: Deve conter a autoria, o título da obra, local de publicação, edi-tora e ano de publicação.

Ex: LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 279 p.

· Corpo ou texto da ficha: Nessa parte o conteúdo é desenvolvido através de um resumo ou citação.

O corpo ou texto da ficha pode mudar, dependendo do tipo de fichamento.

Existem três tipos básicos de fichamentos: o fichamento bibliográfico, o fi-chamento de resumo ou conteúdo e o fichamento de citações (SILVA, 2014):

- Modelo de fichamento de citações: A transcrição textual é chamada de ci-tação direta, ou seja, é a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na escrita do trabalho.

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p. 30 – 132). Segundo capítulo.TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: brasiliense, 1993.“uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como educação e a emanci-pação da mulher e a instauração da República” (p.30).

“na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a defesa de honra” (p.132).

“a mulher buscou com todas as forças sua conquista no mundo totalmente masculino” (p. 43).

- Modelo de fichamento de resumo ou conteúdo: É uma síntese das princi-pais ideias presentes na obra. O autor elabora, com suas próprias palavras, a interpretação do que foi dito no texto lido.

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Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (pp. 30 – 132) segundo capítulo.TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: brasiliense, 1993.O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na própria vivência nos movimentos feministas, como relato de uma prática.

A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500-1822), até os anos de 1975, que foi considerado o Ano In-ternacional da Mulher. A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em greves, saúde e sexualidade.

Fonte: Tipos de Trabalhos Acadêmicos: O fichamento.Disponível em: http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-fichamento.htm . Acesso em 19/12/2014.

- Modelo de fichamento bibliográfico: É a descrição, com comentários dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: brasiliense, 1993.A obra insere-se no campo da história e da antropologia social. A autora uti-liza-se de fontes secundárias colhidas por meio de livros, revistas e depoi-mentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil, a partir do ano de 1500. A autora descreve em linhas gerais todo s processo de lutas e conquistas da mulher.

Fonte: Tipos de Trabalhos Acadêmicos: O fichamento.Disponível em: http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/tipos-trabalhos-academicos-fichamento.htm . Acesso em 19/12/2014.

Agora iremos falar sobre como citar as referências, de acordo com a ABNT 6.023/2002.

- Referências

As referências podem aparecer:

a. no rodapé;

b. no fim de texto ou de capítulo;

c. em lista de referências;

d. em resumos, resenhas e recensões.

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A - Monografia no todo: Inclui livro e/ou folheto (manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário, etc.) e trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, en-tre outros). Apresentam como os elementos essenciais: autor(es), título, edi-ção, local, editora e data de publicação.

Exemplo: GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdU-FF,1998.

Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência, para melhor identificar o documento.

Exemplos: GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdU-FF,1998. 137 p., 21 cm. (Coleção Antropologia e Ciência Política, 15). Bi-bliografia: p. 131-132. ISBN 85-228-0268-8.

Para as obras consultadas online, também são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os sinais <>, precedido da expressão Disponível em: e a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso em: opcionalmente acrescida dos dados referentes a hora, minutos e segundos.

NOTA – Não é aconselhável referenciar material eletrônico de curta duração nas redes.

Exemplo: ALVES, Castro. Navio negreiro. [S.l.]: Virtual Books, 2000. Dis-ponível em: <http://www.terra.com.br/virtualbooks/freebook/port/Lport2/na-vionegreiro.htm>. Acesso em: 10 jan. 2002, 16:30:30.

B - Publicação periódica

Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de jornal, caderno etc., na íntegra, e a matéria existente em um número, volume ou fascículo de periódico (artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções, reportagens etc.).

B.1- Publicação periódica como um todo

A referência de toda a coleção de um título de periódico é utilizada em listas de referências e catálogos de obras preparados por livreiros, bibliotecas ou editoras. Os elementos essenciais são: título, local de publicação, editor, datas de início e de encerramento da publicação, se houver.

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Exemplo: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939.

Se for necessário, são acrescentados elementos complementares à referência, para melhor identificar o documento.

Exemplos: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE,1939. Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acu-mulado, 1939-1983. ISSN 0034-723X.

C - Partes de revista, boletim etc.

Inclui volume, fascículo, números especiais e suplementos, entre outros, sem título próprio. Os elementos essenciais são: título da publicação, local de pu-blicação, editora, numeração do ano e/ou volume, numeração do fascículo, informações de períodos e datas de sua publicação.

Exemplo: DINHEIRO. São Paulo: Ed. Três, n. 148, 28 jun. 2000.

Se for necessário, são acrescentados elementos complementares à referência, para melhor identificar o documento.

Exemplo: DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo: Ed. Três, n.148, 28 jun. 2000. 98 p.

D - Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc.

Inclui partes de publicações periódicas (volumes, fascículos, números espe-ciais e suplementos, com título próprio), comunicações, editorial, entrevistas, recensões, reportagens, resenhas e outros. Os elementos essenciais são: au-tor(es), título da parte, artigo ou matéria, título da publicação, local de publi-cação, numeração correspondente ao volume e/ou ano, fascículo ou número, paginação inicial e final, quando se tratar de artigo ou matéria, data ou inter-valo de publicação e particularidades que identificam a parte (se houver).

Exemplos: As 500 maiores empresas do Brasil. Conjuntura Econômica, Rio de Janeiro, v. 38, n. 9, set. 1984. Edição especial.

E - Artigo e/ou matéria de jornal

Inclui comunicações, editorial, entrevistas, recensões, reportagens, resenhas e outros. Os elementos essenciais são: autor(es) (se houver), título, título do jornal, local de publicação, data de publicação, seção, caderno ou parte do jornal e a paginação correspondente. Quando não houver seção, caderno ou parte, a paginação do artigo ou matéria precede a data.

Exemplos: COSTURA x P.U.R. Aldus, São Paulo, ano 1, n. 1, nov. 1997. Encarte técnico, p. 8.

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Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência, para melhor identificar o documento.

Exemplo: PAIVA, Anabela. Trincheira musical: músico dá lições de cidada-nia em forma de samba para crianças e adolescentes. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. 2, 12 jan. 2002.

Se forem informações de artigo e/ou matéria de jornal em meio eletrônico, devem ser acrescentadas as informações referentes à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online, etc.).

Exemplos: SILVA, Ives Gandra da. Pena de morte para o nascituro. O Estado de S. Paulo,

São Paulo, 19 set. 1998. Disponível em: <http://www.providafamilia.org/pena_morte_nascituro.htm>. Acesso em: 19 set. 1998.

F - Evento como um todo

Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento (atlas, anais, resultados, procedimentos, entre outras denominações). Os elementos essenciais são: nome do evento, numeração (se houver), ano e local (cidade) de realização. Em seguida, deve-se mencionar o título do documento (anais, atlas, tópico temático, etc.), seguido dos dados de local de publicação, editora e data da publicação.

Exemplo: IUFOST INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON CHEMICAL CHANGES DURING FOOD PROCESSING, 1984, Valencia. Proceedings...Valencia: Instituto de Agroquímica y Tecnología de Alimentos, 1984.

Se for necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência, para melhor identificar o documento.

Exemplo: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍ-MICA, 20, 1997, Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997.

Se for em meio eletrônico, devem ser acrescentadas as informações relativas à descrição física do meio eletrônico (disquetes, CD-ROM, online, etc.).

Exemplo: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em:<ht-tp://www.propesq.ufpe.br/anais/anais.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997.

G - Trabalho apresentado em evento

Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento). Os elementos es-senciais são: autor(es), título do trabalho apresentado, seguido da expressão

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In:, nome do evento, numeração do evento (se houver), ano e local (cidade) de realização, título do documento (anais, atas, tópico temático, etc.), local, editora, data de publicação e página inicial e final da parte referenciada.

Exemplos: BRAYNER, A. R. A.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANC DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 1994. p.16-29.

Resumo

Nessa aula você aprendeu que, no Brasil, há dois tipos de pós-graduação: lato sensu (conhecida como especialização ou MBA) e stricto sensu (que abrange os cursos de mestrado e doutorado). Aprendeu, também, sobre os trabalhos de síntese (sinopse, resumo e fichamento) e como citar as referências em um trabalho científico.

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1. Diferencie sinopse de resumo.

2. Qual o objetivo do fichamento?

3. Referencie o artigo abaixo de forma adequada:

O trabalho do Agente Comunitário de Saúde

Ana Cláudia Garabeli Cavalli Kluthcovsky

Angela Maria MagossoTakayanagui

Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade

Rio de Janeiro

Volume 2

Número 5

Abril/Junho

2006

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Aula 10 - Estratégias metodológicas para a avaliação em saúde

Objetivo

Conhecer as estratégias metodológicas para a avaliação em saúde.

10.1 Estratégias metodológicas para a avaliação em saúde

A avaliação é uma atividade inseparável do processo de aprendizagem. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu o conceito de avaliação dos programas públicos, e o Estado passou a aplicá-la nas áreas da educação, do social, do emprego, da saúde etc. Os economistas são os pioneiros no processo de ava-liação, visto que desenvolveram métodos para analisar as vantagens e os cus-tos dos programas públicos (HARTZ, 1997).

A figura 29 demonstra a avaliação do serviço assistencial no Brasil, realizada pela Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, no ano de 2012.

Figura 29: Avaliação do serviço assistencial de saúde no Brasil. Oferta insuficiente de ser-viços.Fonte: Disponível em: http://image.slidesharecdn.com/palestragouveiaabiis-140808142737-phpapp02/95/setor-de-materiais-e-equipamentos-para-medicina-e-diagnstico-carlos-eduardo-gouveia-abiis-14-638.jpg?cb=1407526429. Acesso em 19/12/2014.

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A sociedade está exigindo cada vez mais a qualidade dos serviços de saúde prestados principalmente pelos órgãos públicos. E essa exigência é importan-te, a fim de que normas e mecanismos sejam criados para a avaliação e con-trole da qualidade assistencial. A avaliação é essencial para o planejamento e gestão do sistema de saúde (Brasil, 2006).

A avaliação dessa qualidade deve ocorrer de forma ampla, envolvendo os seguintes aspectos (BRASIL, 2006):

• Avaliação da estrutura: existência de recursos físicos (instalações), humanos (pessoal) e organizacionais (comitês, protocolos assistenciais, etc.) adequa-dos;

• Avaliação dos processos de trabalho no âmbito da gestão, serviços de apoio e serviços assistenciais: organização e documentação, protocolos, normas e rotinas;

• Avaliação dos resultados: o impacto da assistência prestada na situação de saúde, conhecimento e comportamento do paciente. Na área epidemiológica, essa avaliação é feita por meio de indicadores específicos, tais como: taxa de mortalidade e de infecção, média de permanência, etc.;

• Avaliação da satisfação dos pacientes, em relação ao atendimento recebido, e dos provedores desses serviços, em relação aos seus ambientes de trabalho.

Em um país de grande extensão territorial como o Brasil, a avaliação sistemá-tica da qualidade dos serviços de saúde disponíveis para a população atendida pelo SUS, abrangendo os diferentes critérios propostos, representa um grande desafio (BRASIL, 2006).

Figura 30: A gestão da saúde pública representa hoje um dos maiores desafios no Brasil. Fonte: Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/-Lam44KyAJGY/UoeuzZ0TcXI/AAAAAAAAAEg/rEH-zX6ESHRA/s1600/images.jpg . Acesso em 16/12/2014.

A seguir, iremos listar alguns programas de avaliação da saúde, em âmbito nacional e no âmbito do Estado de Minas Gerais.

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10.1.1 Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde – PNASS

Em 2003, a Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, por meio de seu Departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas – DRAC, optou por reformular o Programa Nacional de Avaliação de Serviços Hospitalares – PNASH. Em 2004, com o objetivo de tornar o Programa mais amplo, para que pudesse ser aplicado nas várias complexidades dos serviços de saúde, o PNASH passou a ser denominado Programa Nacional de Avalia-ção de Serviços de Saúde – PNASS (BRASIL, 2006).

O PNASS tem como objetivo avaliar os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde – SUS, no âmbito de suas estruturas, processos e resultados relacio-nados ao risco, acesso e satisfação dos cidadãos diante dos serviços de saúde (BRASIL, 2006).

10.1.2 Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ

O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ teve iniciou em 2011, no Brasil. É um programa de âmbito nacional que tem como objetivo promover a melhoria do acesso e da qualida-de da atenção à saúde. Em 2013 o PMAQ apresentou duas novidades: Todas as equipes do município poderão aderir ao programa; a inclusão dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Centros de Especialidades Odontoló-gicas (CEO) (BRASIL, 2014).

O PMAQ funciona por meio de processos que buscam aumentar a capacidade das gestões municipais, estaduais e federal, em conjunto com as equipes de saúde, no sentido de oferecer serviços que assegurem maior acesso e qualida-de à população (figura 31) (BRASIL, 2014).

Figura 31: Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ).Fonte: Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/cidadao_pmaq2.php . Acesso em 19/12/2014.

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Com o intuito de assegurar maior equidade na comparação, o processo de certificação das equipes é feito a partir da distribuição dos municípios, em estratos que levam em conta aspectos sociais, econômicos e demográficos. O programa está organizado em quatro fases complementares, conforme ilustra-do na figura 32(BRASIL, 2014).

Figura 32: Monitoramento de Indicadores do PMAQ Porto Alegre, fevereiro/2012. Fonte: Disponível em: http://images.slideplayer.com.br/1/51646/slides/slide_2.jpg . Acesso em 20/12/2014.

A meta do PMAQ é garantir um padrão de qualidade através de um conjunto de estratégias de qualificação, acompanhamento e avaliação do trabalho das equipes de saúde. O programa aumenta os recursos do incentivo federal para os municípios participantes que atingirem melhoria no padrão de qualidade, no atendimento. Na avaliação a opinião da população está sendo considerada, a fim de se obter informação sobre como está a qualidade da atenção básica, o que será utilizado como definição do quantitativo de recursos financeiros que serão transferidos para os municípios (BRASIL, 2014).

10.1.3 Saúde em Casa

O Programa Estruturador Saúde em Casa, no estado de Minas Gerais, tem como objetivo constituir um conjunto de ações sistemáticas, direcionadas à universalização da oferta e ampliação da qualidade dos serviços de Atenção Primária à Saúde, através de ações com foco em infraestrutura, equipamentos e processos de trabalho (MINAS GERAIS, 2014).

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Figura 33: Manual do Programa Saúde em Casa. Fonte: Disponível em: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAAhFsAJ-0.jpg . Acesso em 20/12/2014.

São avaliados indicadores, como por exemplo, a cobertura populacional esti-mada pelas equipes de atenção básica; proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal; Utilização do Protocolo de Manchester pelas equipes de saúde e Razão de exames citopatológicos do colo do útero, em mulheres de 25 a 64 anos (Minas Gerais,2012).

10.1.4 Projeto de Fortalecimento de Vigilância em Saúde (PFVS)

O Projeto de Fortalecimento da Vigilância em Saúde – PFVS, do Estado de Minas Gerais, tem como objetivo apoiar a descentralização das ações no mu-nicípio nas áreas de abrangência da Estratégia Saúde da Família – ESF e nas áreas de abrangência de pontos de atenção à saúde específicos a análise per-manente da situação de saúde da população para abordar os determinantes, riscos e danos à saúde garantindo a integralidade da atenção à saúde (MINAS GERAIS, 2012).

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Figura 34: O Projeto de Fortalecimento da Vigilância em Saúde Portaria nº 3252/2009 Vigi-lância em Saúde. Fonte: Disponível em: http://images.slideplayer.com.br/2/355632/slides/slide_14.jpg . Acesso em 19/12/2014.

O acompanhamento do PFVS é realizado através de avaliações quadrimes-trais dos resultados alcançados no cumprimento do indicador pactuado. O desempenho alcançado pelo município, em cada uma das avaliações quadri-mestrais, influenciará nos valores do incentivo financeiro que serão repassa-dos nos meses do quadrimestre posterior (MINAS GERAIS, 2012).

Resumo

Nessa aula você aprendeu que a avaliação é uma atividade inseparável do processo de aprendizagem. E que os economistas são os pioneiros no proces-so de avaliação, visto que desenvolveram métodos para analisar as vantagens e os custos dos programas públicos. No Brasil há alguns programas para ava-liação dos serviços públicos de saúde, tais como: Programa Nacional de Ava-liação de Serviços de Saúde – PNASS e o Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ). No estado de Minas Gerais, há programas de avaliação dos serviços públicos de saúde, como o “Saúde em Casa” e o Projeto de Fortalecimento da Vigilância em Saúde.

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1. Na avaliação da estrutura, são avaliados, exceto:

a. Existência de recursos físicos.

b. Existência de recursos humanos.

c. Existência de recursos adequados.

d. Existência dos processos de trabalho.

2. Qual é o objetivo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qua-lidade da Atenção Básica – PMAQ?

3. Qual é o objetivo do Projeto de Fortalecimento da Vigilância em Saúde – PFVS?

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Aula 11 - Satisfação do usuário no serviço de saúde

Objetivo

Verificar a satisfação do usuário no serviço de saúde.

11.1 Satisfação do usuário no serviço de saúde

A avaliação do grau de satisfação dos usuários do sistema de saúde é um im-portante indicador a ser considerado no planejamento das ações. O alcance da satisfação do usuário é o objetivo de profissionais dos serviços, pesquisadores e gestores.

E você está satisfeito com o serviço de saúde do seu município?

A palavra satisfação indica o contentamento de um indivíduo em uma situ-ação, serviço ou até mesmo com outros indivíduos e, por isso, diz-se “que uma pessoa é satisfeita quando sua expectativa é alcançada”, no entanto “a satisfação não é um ponto fixo para a população, ela pode ser diferente para cada indivíduo”. Em uma pesquisa que avalie a satisfação do usuário de um serviço, é importante o monitoramento de atributos como acesso, tempo de espera, acolhimento, bem como outros aspectos, e não somente perguntar como este usuário avalia o atendimento (BRASIL, 2011a).

Figura 35: Charge plano de saúde. Fonte: Disponível em: http://gilmaronline.zip.net/images/dg-cad0823_23pc0250x.jpg . Acesso em 29/12/2014.

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No setor público, os gastos crescentes dos serviços de saúde favoreceram as políticas reformadoras e de contenção de gastos e a criação de novos modelos de gestão, com o objetivo de se obter maior transparência, qualidade e efici-ência dos serviços (VAITSMAN, 2005).

No entanto, no Brasil, na prática diária dos serviços de saúde, a avaliação não é realizada na rotina, ou enfrenta dificuldades metodológicas e operacionais não respondidas completamente no âmbito da investigação. Dependendo da realidade, os problemas metodológicos e teóricos podem ser diferentes. Se o enfoque for direcionado ao indivíduo, ganham atenção as relações entre pres-tadores e usuários e, quando a avaliação é para um sistema de saúde, ganham visibilidade a acessibilidade, a cobertura e a equidade (SILVA, 1994).

Figura 36: Uma coisa já é mais do que certa: quem precisa de atendimento médico no Brasil pode, literalmente, preparar-se para muita dor de cabeça. Fonte: Disponível em: http://glaucocortez.files.wordpress.com/2011/06/em-defesa-da-saude-da-populacao-brasilei-ra.jpg?w=630. Acesso em 23/12/2014.

A Pesquisa de Satisfação dos Usuários do Sistema Único de Saúde – SUS – foi desenvolvida, no Brasil, com o objetivo de avaliar o grau de satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS em relação aos aspectos de acesso e qualidade percebida na atenção básica e urgência/emergência, com um in-quérito amostral. Os dados foram coletados pelo Departamento de Ouvidoria Geral do SUS, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Minis-tério da Saúde, através de contato telefônico, em dois períodos distintos: 1º) de 30 de junho a 29 de julho de 2011 e 2º) de 08 de novembro de 2011 a 09 de janeiro de 2012. A amostra contou com um quantitativo de 384 entrevistas por capital e 18 municípios com 500 mil ou mais habitantes. Os municípios com menos de 500 mil habitantes foram reunidos em um estrato de 384 en-trevistas (BRASIL, 2011 a).

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Os números de telefones fixos e móveis foram sorteados de forma aleató-ria, a partir de bases de dados fornecidas por empresas de telefonia. Para os entrevistados que utilizaram o SUS nos últimos 12 meses, o instrumento de pesquisa se constituiu de um questionário com 41 perguntas, divididas em quatro partes: Atenção Básica; Atenção Odontológica;Urgência e Emergência e Perfil (identidade de gênero, idade, escolaridade, raça/cor, renda familiar). Para quem não possuía histórico de utilização do SUS no período citado, além do perfil, os demais questionamentos visaram identificar a opinião quanto ao SUS e acesso a outras formas de assistência à saúde (BRASIL,2011a).

De acordo com a Pesquisa de Satisfação dos Usuários do SUS, no período citado, mais da metade dos entrevistados não receberam visita do agente co-munitário de saúde ou de algum membro da Equipe de Saúde da Família, nos últimos 6 meses. E entre os entrevistados que receberam visita do agente co-munitário de saúde, 72,73% consideraram sua atuação “boa” ou “muito boa”; 20,35% consideraram regular e 5,97% “ruim” ou “muito ruim” (BRASIL, 2011).

No Brasil muitas propostas direcionadas para a avaliação em saúde vêm sen-do desenvolvidas. A Organização Mundial de Saúde – OMS, entre os anos de 2003 e 2005, desenvolveu pesquisas no Brasil, com o objetivo de avaliar o desempenho do Sistema de Saúde brasileiro. Em 2003, essa pesquisa foi realizada em o todo território nacional, sendo chamada de Pesquisa Mundial de Saúde – PMS, e, em 2005, foi realizada a Pesquisa Mundial de Saúde, com foco na Atenção Básica – PMS/AB. (GOUVEIA, 2009).

A PMS evidenciou questões referentes às desigualdades em saúde, que podem auxiliar na reorientação da organização dos serviços no Brasil. Já através da PMS/AB, será possível analisar as desigualdades de acesso e utilização dos serviços de saúde e outros serviços coletivos, necessários ao bem-estar social e ao desempenho do Programa de Saúde da Família, em contextos diferentes de cobertura e abrangência. Além disso, a PMS/AB possibilita comparar, por área geográfica, o estado de saúde, em diversos domínios, levando em con-sideração os efeitos contextuais da concentração de residencial da pobreza, permitindo dar continuidade à investigação de hipóteses referentes à influên-cia dos efeitos da desigualdade na distribuição de renda sobre a situação de saúde (SZWARCWALD, 2008).

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Figura 37: Acesse a ‘Carta dos direitos dos usuários da saúde’ e ajude o Brasil a ter um siste-ma de saúde com mais qualidade. Fonte: Disponível em: http://pensesus.fiocruz.br/sites/pensesus.fiocruz.br/files/atendimento_0.jpg . Acesso em 29/12/2014.

Na cidade de Goiânia-Goiás, foi realizada uma pesquisa para avaliar o nível de satisfação da população, no período de 4 a 11 de setembro de 2014. Foram entrevistados usuários, acompanhantes e profissionais de saúde das unidades pesquisadas, totalizando 1.514 pessoas. Os resultados estão apresentados na figura 38.

Figura 38: Saúde de Goiânia tem 65,60% de satisfação na pesquisa Serpes/O Popular. Fonte: Disponível em: http://www.saude.goiania.go.gov.br/images/noticia/14/09/Saude-Goiania-65-60-satisfacao.png . Acesso em 22/12/2014.

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No estado de São Paulo, foi realizada uma Pesquisa de Satisfação dos Usuá-rios do Sistema Único de Saúde – SUS –, a qual foi um instrumento adotado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – SES-SP –, com o objetivo de conhecer o grau de satisfação dos pacientes que utilizaram os serviços de saúde do SUS de São Paulo. Utilizou-se o método de encaminhamento de cartas padrão aos usuários de unidades de saúde do SUS/SP, cujos atendimen-tos haviam sido registrados nos sistemas de informação oficiais do SUS, em meses selecionados dos anos de 2007 e 2008 (MASSUIA, 2009).

As cartas continham informações sobre os procedimentos de saúde realizados e, ainda, solicitavam resposta dos pacientes por meio de “Cartão Resposta” (impresso), por telefone ou meio eletrônico, sem quaisquer custos para os usuários, sobre questões simples e padronizadas (múltipla escolha), para ava-liação do serviço prestado pela unidade. Trata-se de estratégia para avaliar a dimensão subjetiva dos serviços prestados, isto é, a percepção do usuário sobre as unidades de saúde e os procedimentos ali realizados (MASSUIA, 2009).

Resumo

Nessa aula você aprendeu que, em uma pesquisa que avalia a satisfação do usuário de um serviço, é importante o monitoramento de atributos como aces-so, tempo de espera, acolhimento, bem como outros aspectos, e não somente perguntar como esse usuário avalia o atendimento. No Brasil a Pesquisa de Satisfação dos Usuários do Sistema Único de Saúde – SUS – foi desenvolvida com o objetivo de avaliar o grau de satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde em relação aos aspectos de acesso e qualidade percebida na atenção básica e urgência/emergência, com um inquérito amostral.

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1. O que é importante de ser avaliado em uma pesquisa de satisfação do usu-ário de um serviço de saúde?

2. Qual é o objetivo da Pesquisa de Satisfação dos Usuários do Sistema Úni-co de Saúde – SUS?

3. Se a pesquisa for avaliar um sistema de saúde, deverão ser observadas questões como, exceto:

a. Acessibilidade.

b. Cobertura.

c. Usuários.

d. Equidade.

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ABNT NBR 6028. Informação e documentação — Resumo — Apresenta-ção. Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2003.

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ANEXO

Exemplo Projeto de Pesquisa

(Margem superior 3cm)

Nome completo do pesquisador ou aluno

(nome do autor, centralizado, Arial ou Times New Roman 14)

(Margem esquerda: 3 cm)

(Margem direita: 2 cm)

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TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: subtítulo (se houver)

(Arial ou Times New Roman 14, negrito, espaço 1,5 entrelinhas)

Cidade e Estado

Ano de entrega da pesquisa

(Arial ou Times New Roman 12)

(Margem inferior: 2 cm)

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Nome do Autor (Completo)

TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA: subtítulo (se houver)

Projeto de Pesquisa elabora-do e apresentado como requi-sito parcial para aprovação ...

Orientador: Prof.

Co-orientador: (se houver)

(Arial ou Times New Roman11, espaço simples, justificado)

Cidade e EstadoAno de entrega da pesquisa(Arial ou Times New Roman12)

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SUMÁRIO

( Arial ou Times New Roman 14, centralizado)

(dois espaços 1,5 em fonte 12 )

1. INTRODUÇÃO..................................................................................... 04

2. JUSTIFICATIVA................................................................................... 05

3. HIPÓTESES........................................................................................... 06

4. OBJETIVOS........................................................................................... 07

4.1 Objetivo Geral........................................................................................ 07

4.2 Objetivos Específicos............................................................................ 07

5. METODOLOGIA...................................................................................08

5.1 Tipo de Estudo........................................................................................ 08

5.2 Local....................................................................................................... 08

5.3 Sujeitos da Pesquisa................................................................................ 08

5.4 Variáveis................................................................................................. 08

5.5 Análise dos Dados.................................................................................. 08

5.6 Comitê de Ética em Pesquisa.................................................................. 09

6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO......................................................10

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................. 11

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Desenvolvimento de projeto educativo na comunidade

1. INTRODUÇÃO

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

Na introdução pode ser enfatizado o objeto do estudo...

2. JUSTIFICATIVA

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

A justificativa deve ser escrita tendo como objetivo responder o questiona-mento que se pretende realizar a pesquisa.

3. HIPÓTESES

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

As hipóteses são as tentativas de responder o questionamento da pesquisa.

4. OBJETIVOS

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

(dois espaços 1,5)

4.1 OBJETIVO GERAL

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

(dois espaços 1,5)

O objetivo geral refere-se diretamente ao objeto (problema) da pesquisa. Ini-cia-se com a frase do objetivo geral com verbos no infinitivo. Como exemplo: avaliar, analisar, conhecer, entender etc...

(dois espaços 1,5)

Desenvolvimento de projeto educativo na comunidade.indd 96Desenvolvimento de projeto educativo na comunidade.indd 96 26/05/2015 15:11:1426/05/2015 15:11:14

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e-Tec Brasil

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

(dois espaços 1,5)

Os objetivos específicos são aqueles que irão contribuir para o alcance do ob-jetivo geral. São iniciados no infinitivo. Como exemplo: observar, identificar, caracterizar etc...

5. METODOLOGIA

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

(dois espaços 1,5)

5.1 TIPO DE ESTUDO

Será realizado um estudo.......... de caráter....

5.2 LOCAL

O estudo será realizado no período .......... no local_______

5.3 SUJEITOS DA PESQUISA

A amostra será composta por...

5.4 CRITÉRIO DE INCLUSÃO

Serão incluídos na amostra ...

5.5 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO

Serão excluídos da amostra...

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Desenvolvimento de projeto educativo na comunidade

5.6 ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados serão analisados através do ....

5.7 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

A coleta dos dados terá início após apreciação e aprovação do Comitê de Éti-ca em Psquisa da ....

6. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

(dois espaços 1,5)

Ano: ETAPAS J F M A M J J A S O N DElaboração do projeto X XEnvio para o comitê de ética em pesquisa

X

Coleta dos dados X XAnálise de dados X XConclusão do projeto X XApresentação do Projeto

X

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(Fonte Arial ou Times New Roman 14, negrito, maiúsculo)

(dois espaços 1,5)

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Currículo do Professor-autor

Josianne Dias Gusmão

Possui Mestrado em Ciências da Saúde (2012), graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Montes Claros (2005), graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Montes Claros (2004). Atualmente trabalha na Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais, na Superinten-dência Regional de Saúde de Montes Claros, como Especialista em Políticas e Gestão da Saúde, Autoridade Sanitária da Vigilância Epidemiológica e Am-biental e é Coordenadora do setor de Imunização.

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