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Modelos de desenvolvimento micro-territoriais Desenvolvimento e Participação Desenvolvimento comunitário Desenvolvimento comunitário Os passos habituais: Definição de comunidade Definição de «desenvolvimento da comunidade» ou «desenvolvimento comunitário» • Conceitos simplistas e acríticos de comunidade • Visão «romântica» e pouco realista do D.C. • D.C. definido sem ligar ao contexto histórico / político / económico

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Modelos de desenvolvimento micro-territoriais

Desenvolvimento e Participação

Desenvolvimento comunitário Desenvolvimento comunitário

• Os passos habituais:– Definição de comunidade– Definição de «desenvolvimento da comunidade» ou

«desenvolvimento comunitário»

• Conceitos simplistas e acríticos de comunidade• Visão «romântica» e pouco realista do D.C.• D.C. definido sem ligar ao contexto histórico / político / económico

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Desenvolvimento comunitário – um exercício Desenvolvimento comunitário – um exercício

1. Comentar criticamente a definição. O D. da Comunidade é:

“Um movimento dirigido à promoção de melhores níveis de vida

para a comunidade, com a participação activa e, se for possível,

com a iniciativa da dita comunidade; mas esta iniciativa deve ser

espontânea, promovida pelo uso de técnicas, para aumentá-la, com

a finalidade de assegurar a resposta activa e entusiasta ao

movimento. Inclui todas as formas de melhoramento. Envolve

também o conceito de actividades de desenvolvimento no distrito,

levadas a cabo pelo governo ou por entidades não – oficiais”…

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Desenvolvimento e Participação

Desenvolvimento comunitário – um exercício Desenvolvimento comunitário – um exercício

2. Comentar criticamente a definição:

“O desenvolvimento da comunidade abarca todos os aspectos da

actividade do governo neste campo, o melhoramento da agricultura,

a eliminação da erosão social, a promoção de cooperação e melhor

sistema de mercados, desenvolvimento da florestação, educação,

centros de saúde e actividades comunais… Na realidade não é

mais que uma concepção moderna de administração”.

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Desenvolvimento comunitário – um exercício Desenvolvimento comunitário – um exercício

Já escreveu os seus comentários críticos sobre as duas definições aqui apresentadas? Então agora reveja os seus comentários sabendo que…

A) Ambas as definições são dos anos 50 (1958 / 1952)

B) A definição 1 foi produzida durante um congresso em Cambridge sobre a Administração Africana no Gabinete Colonial… e….

C) A definição 2 foi produzida pelo Governador do Uganda no Gabinete Colonial, no Artº 490/52 de 22 Julho

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Desenvolvimento comunitário: as grandes tendências Desenvolvimento comunitário: as grandes tendências

1. Em contexto colonial ou para a gestão das colónias; para promover a coesão social durante as transições para a independência; ou para prevenir a desagregação social no caso das agitações dos movimentos de independência. Nestas situações, apareceu nos anos 50 em países de Terceiro Mundo.

2. Para colaborar com as grandes premissas da modernização: instrumento normalizador, controlado de forma centralizada pelo Estado, para sustentar o crescimento económico, promovendo formas de intervenção baseadas na transição comunidade / direitos individuais; individualismo e uma divisão de trabalho crescente .

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Desenvolvimento comunitário: as grandes tendênciasDesenvolvimento comunitário: as grandes tendências

• Para alguns sectores / autores / militantes, portanto:

– O DC não passava de um instrumento centralizado, integrado como uma forma de acção governamental;

– Muitos recusavam-se ao controlo / dependência estatais…

– Durante os anos 70 outras alternativas ao D.C. foram surgindo, algumas vezes como cisões ou dissenções em relação ao movimento original do D.C.

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Conceitos Alternativos ao D C: A Acção ComunitáriaConceitos Alternativos ao D C: A Acção Comunitária

• Duas formas distintas de A.C. :

• Como termo preferível em relação ao D C

• Como corrente que se afastou do DC, devidos aos fracassos deste

• A acção comunitária (70) recusa a dependência e controlo do Estado

• Estimula as pessoas a tomar o controlo total das actividades comunitárias

• Estimula a politização da acção, a organização activa para exigir do Estado os serviços e deveres respectivos

• Tentar ultrapassar as elites locais e dar mais poder aos pobres e aos que o não têm

EMPOWERMENT

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Conceitos Alternativos ao D C: A Organização ComunitáriaConceitos Alternativos ao D C: A Organização Comunitária

• A organização comunitária tem as suas raízes nos anos 70, nos Estados Unidos da América e no Reino Unido

• Duas formas distintas de O.C.:

1. Tradicional – Organização Confrontacional

2. Mais recente – Organização Consensual

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Organização Comunitária Confrontacional:Organização Comunitária Confrontacional:

• Baseados no princípio de que certos grupos – raciais e sócio-económicos – eram sistematicamente discriminados.

• A confrontação com os interesses ocultos era necessária para combater essa discriminação.

• O poder não está igualmente distribuído; a mudança só ocorre quando os grupos oprimidos tenham o controlo ou quando pressionem fortemente as autoridades.

• É necessário uma organização muito forte daqueles que não têm poder para que se dê a mudança.

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Organização Comunitária Confrontacional:Organização Comunitária Confrontacional:

• Método:

• Grande organização das pessoas nos bairros, comunidades ou instituições de pertença;

• Mobilização das pessoas para confrontos que confrontem instituições poderosas ou pessoas poderosas;

• Só assim se poderia «mudar o sistema».

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Organização Comunitária Consensual:Organização Comunitária Consensual:

• Nega os confrontos directos;

• Tenta estabelecer consensos baseados no respeito mútuo entre as pessoas e as instituições que representam o poder

• Método da organização paralela:

• Por um lado, organizar as pessoas nos bairros, etc.

• Por outro, organizar os que têm recursos e poder, para que possam apoiar as pessoas dos bairros.

• Tenta, portanto, criar laços entre as pessoas e pontes entre realidades mais amplas

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Desenvolvimento Comunitário / correntes alternativas Desenvolvimento Comunitário / correntes alternativas em tempo de modernização: sínteseem tempo de modernização: síntese

O desenvolvimento comunitário esteve sempre «bem» integrado no contexto histórico em que se desenvolveu, reproduzindo as tendências económicas e sociais da época e participando nos ideais hegemónicas de cada época ou contextos particulares;

Não representava nenhum instrumento progressista, nem especialmente humanista, nem destinado à libertação das pessoas, etc., etc.;

Nos anos 70 – quando a modernização entrava na sua crise final – o desenvolvimento comunitária entra no seu período mais criticado de sempre… e…

Surgem durante essa década, em força, alternativas críticas e dissenções em relação ao movimento inicial (acção comunitária, organização comunitária, etc.)

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Desenvolvimento Comunitário / correntes alternativas Desenvolvimento Comunitário / correntes alternativas em tempo de modernização: sínteseem tempo de modernização: síntese

Muitos foram os que propuseram o abandono do desenvolvimento comunitário, o que nunca chegou a acontecer, porque:

A semântica existente facilita a confusão em torno de todas estas correntes;

O discurso do desenvolvimento comunitário, nalguns casos, representava uma excepção em relação às correntes normalizadoras;

A diversidade de países, contextos e realidades históricas nunca possibilitou o surgimento de reflexões teóricas e práticas unificadas;

A passagem do tempo facilita o esquecimento em relação aos contextos históricos, sociais e económicos que geraram determinados fenómenos e práticas

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Desenvolvimento LocalDesenvolvimento Local

Surgido durante os anos 80, em contexto de:

Aceleração das tendências globalizantes

Crescimento exponencial da força do neo-liberalismo

Uma nova revalorização do espaço e dos significados amplos do conceito de território

Na esteira dos movimentos sociais dos anos 70

Beneficiando do aparecimento do paradigma auto-centrado de Friedman e Weaver e das noções do desenvolvimento como movimento down-top (e não top-down)

Beneficiando já do manancial de críticas feitas ao antigo (?) desenvolvimento comunitário…

As suas características reflectiram muitas destas tendências histórico-contextuais (tanto como assimilação ou resistência a…)

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Desenvolvimento LocalDesenvolvimento Local

Não é uma corrente unificada, nem mesmo em contexto Europeu: (exemplos)

No Reino Unido, DL teria ainda a conotação de activiade controlada pelo Estado;

No RU, fala-se muito mais em «community regeneration», devido aos acontecimentos dos anos 80;

Nalguns países da América Latina, ou Espanha, continua a utilizar-se desenvolvimento comunitário;

Surgem as concepções de desenvolvimento regional – importante em contextos como o Alemão, por exemplo;

Surgem as noções de learning spaces, learning cities, etc;

Em França, o D.L. é importante (leis da descentralização de 81); na Polónia é importante o DL ainda hoje em dia…

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Desenvolvimento LocalDesenvolvimento Local Evolução das noções de território;

O que é o local?

Local como um território variável, de acordo com as especificidades em causa;

Local como unidades de trabalho com as populações, nas quais a proximidade é uma vantagem;

Local como mediação entre o poder central e o poder local;

Local como o sítio onde as coisas acontecem e onde o entre-cruzar entre as várias tendências se torna concreto e real;

Local como uma possibilidade de re-criação identitária;

Local como possibilidade de resistência face às forças da globalização;

Local como integração das estratégias globalizantes

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Desenvolvimento Local: as linhas de força em contexto neo-Desenvolvimento Local: as linhas de força em contexto neo-liberal e de globalização: liberal e de globalização: O DL como forma de resistências: identitárias, de homogeneização,

etc.

O DL como forma de participação popular em processo de decisão, de melhoria social;

O DL como forma de criar pontes entre a tradição e a modernização

O DL militante: desertificação, desemprego, etc. (luta contra tendências causadas por políticas globais)

O DL como um conjunto de processos intensivos, concentrados em determinados territórios, como forma de fazer evoluir esses territórios e combater os factores que provocam a sua exclusão;

O DL como um conjunto de processos políticos, educativos, económicos e sociais, ancorados na participação popular

Neste sentido, o DL pode ver-se como um processo de resistência consciente em relação aos factores globais, de corte contra-hegemónico MAS

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Desenvolvimento Local: as linhas de força em contexto neo-Desenvolvimento Local: as linhas de força em contexto neo-liberal e de globalização: liberal e de globalização:

A quem interessa a intervenção da sociedade civil em contexto de uma sociedade neo-liberal?

A co-optação das práticas e discursos… (esq./ dtas?)

Qual o sentido, hoje, da antiga divisão entre Estado / Sociedade Civil?

Quais os significados actuais da participação?

É o voluntariado um conceito de sentido único?

Como se podem controlar, a nível global, as actividades que se fazem a nível local?

O «jogo» entre tendências muito diferentes faz do DL uma actividade que pode ter muitos usos, muitas práticas e muitos resultados…

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A Participação em contexto neo-liberal: A Participação em contexto neo-liberal:

• Nos anos 50, a participação emerge a partir de militantes, activistas, etc., e é vista na sua vertente de:

•Subversão

•Agitação social

•Discurso característico da esquerda, contra a direita

•Reivindicação política, etc.

• No entanto, os significados da participação têm vindo a mudar muito ao longo das épocas…

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A Participação em contexto neo-liberal: A Participação em contexto neo-liberal:

1. O conceito de participação já não é concebido como uma ameaça.

Se no passado havia um grande potencial de contestação nas demandas de maior

participação dos cidadãos na vida das sociedades, os governos e demais instituições

aprenderam a controlar os riscos inerentes aos resultados, em princípio imprevisíveis,

da participação. Não só pelos elementos já apontados, mas também porque as

políticas de desenvolvimento foram caminhando no sentido da indução de uma forte

dependência de certas necessidades, geralmente ligadas com o acesso a bens e

serviços. Também parece ser uma realidade que a dependência do consumismo

garante o apoio popular a projectos de desenvolvimento ao mesmo tempo que as

vantagens são reais apenas para minorias, perpetuando a ilusão de que no futuro

essas mesmas vantagens se estenderão a todos.

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A Participação em contexto neo-liberal: A Participação em contexto neo-liberal:

2. A participação converteu-se num slogan politicamente atraente.

Os slogans participativos criam laços de cumplicidade entre os políticos e as pessoas, dando a aparência de que os problemas concretos dos últimos são compreendidos. Tornou-se portanto uma moda – acrescento – convidar-se as populações, através de associações ou outras entidades, a aclarar e ampliar as suas necessidades e aspirações, mesmo se em determinados casos isso não passa de um discurso retórico ou dogmático. Neste sentido importa lembrar que é sobre o controlo do financiamento que as prioridades políticas se tornam nítidas. O financiamento é, pois, a política sem o dogmatismo, como vários autores nos lembram.

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A Participação em contexto neo-liberal: A Participação em contexto neo-liberal:

3. A participação converteu-se numa proposição atraente também desde o ponto de vista económico.

Rahnema (1999) lembra-nos que através da participação e do seu corolário – a auto-ajuda – muitos dos custos reais, por exemplo de projectos de desenvolvimento, podem ser passados directamente para os mais pobres, o que não é visível apenas localmente como se poderia pensar. Projectos realizados com fundos do Banco Mundial mostraram que, ao contrário do que pensavam as instituições de crédito até aos anos 70, “os pobres provaram ser clientes mais fiáveis que muitos dos ricos” (p. 119), principalmente se organizados em contextos participativos locais. Sintetizando, a participação é rentável.

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A Participação em contexto neo-liberal: A Participação em contexto neo-liberal:

4. A participação é concebida como um instrumento para conseguir maior eficácia e novas fontes de investimento.

Os projectos participativos representam oportunidades para evitar alguns dos fracassos do passado, por diversos motivos: i) trouxeram um conhecimento mais preciso da realidade, que muitos técnicos e burocratas não têm; ii) contribuíram para a construção de redes relacionais, essenciais para o êxito a longo prazo dos investimentos realizados; iii) abriram caminhos de cooperação entre as organizações que operam a nível local, dando todo o sentido à expansão da ênfase nas parcerias, face aos sucessos que assim se podem obter.

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Os discursos do D. Local / D. Comunitário: Os discursos do D. Local / D. Comunitário:

• Unidades de estudo e análise (comunidade / local)Unidades de estudo e análise (comunidade / local)

• O conceito movediço de comunidadeO conceito movediço de comunidade

• Os significados do localOs significados do local

• As confluências aglutinadorasAs confluências aglutinadoras

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Desenvolvimento Local: principais finalidades Desenvolvimento Local: principais finalidades

• Melhoria global da qualidade de vidaMelhoria global da qualidade de vida

• Fortalecer as capacidades, organização, e Fortalecer as capacidades, organização, e confiança das pessoasconfiança das pessoas

• Valorização dos recursos locaisValorização dos recursos locais

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Desenvolvimento Local: qualificação dos processos Desenvolvimento Local: qualificação dos processos

• Problemas ou necessidades como ponto de partidaProblemas ou necessidades como ponto de partida

• Processos de mudançaProcessos de mudança

• Processos colectivosProcessos colectivos

• Processos educativosProcessos educativos

• Processos participativosProcessos participativos

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Desenvolvimento Local: qualificação dos processos Desenvolvimento Local: qualificação dos processos

• Carácter endógenoCarácter endógeno

• O controlo local (do processo, tomada de decisões, O controlo local (do processo, tomada de decisões, resultados)resultados)

• Carácter integradoCarácter integrado

• Implica redistribuição de poder ou empowermentImplica redistribuição de poder ou empowerment

• Articulação com elementos externosArticulação com elementos externos