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Desenvolvimento de Sistema de Monitoramento para Gestão Ambiental da
Aquicultura no Reservatório de Furnas - MG Suporte para a consolidação de indicadores para o plano de
monitoramento e gestão ambiental da aquicultura
RESUMO EXECUTIVO
‘
Jaguariúna - 2013
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Coordenação Científica
Dra. Fernanda Garcia Sampaio Pesquisadora – Embrapa Meio Ambiente
Entidade Gestora
Embrapa Meio Ambiente Chefe Geral - Dr. Celso Vainer Manzatto
Coordenadores das Atividades
Dra. Fernanda Garcia Sampaio Pesquisadora – Embrapa Meio Ambiente
MS.c. Marcos Eliseu Losekann pesquisador – Embrapa Meio Ambiente
Dr. Marcos Corrêa Neves pesquisador – Embrapa Meio Ambiente
Dr. Geraldo Stachetti Rodrigues pesquisador – Embrapa Meio Ambiente
Dr. Jose L. Stech Pesquisador – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
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Introdução
Dentre as modalidades de cultivo de peixes que mais cresce no Brasil esta a piscicultura em
tanques-rede. Parte deste crescimento esta alicerçado nas políticas públicas de demarcação e cessão de
áreas de dominínio da União para a produção de pescado. Com o surgimento da política de cessão de
águas de domínio da União atribuiu-se ao Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) a função do
monitoramento ambiental da aquicultura nos Parques Aquícolas. Das normativas para monitoramento
a Resolução CONAMA N° 413, de 2009, que dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura,
solicita como documentação mínima para o licenciamento ambiental (Licença de Operação) um
Programa de Monitoramento Ambiental. Diante do crescimento das atividades aquícolas em
reservatórios surge a necessidade de desenvolvimento de processos de monitoramento que assegurem
uma correta interpretação dos possíveis impactos e a melhor forma de diminuí-los.
O objetivo geral do Projeto Furnas é desenvolver um modelo para monitoramento e avaliação
de impactos na criação de peixes em tanques-rede, assim como, a adoção de Boas Práticas de Manejo
(BPM) para a gestão ambiental de Parques Aquícolas. Além disso, em decorrência das metodologias
que serão desenvolvidas e validadas durante a execução do Projeto será possível subsidiar a
consolidação de indicadores para compor um Plano de Monitoramento e Gestão Ambiental da
Aquicultura, culminando ainda na criação de uma Rede de Monitoramento Ambiental de Parques
Aquicolas, com ampla capacidade de monitoramento de reservatórios.
O Projeto Furnas coordenado pela Embrapa Meio Ambiente foi proposto em parceria com o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
(APTA). Após um ano de execução mais de dez instituições já são parceiras contribuindo na execução
de suas metas, sendo parceiras hoje a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig),
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG),
Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Centro Universitário
da Fundação de Ensino Otávio Bastos (Unifeob), Faculdade de Jaguariúna (FAJ), Pontifícia
Universidade Católica de Campinas (PUC), Universidades Federal de São Carlos (UFSCar),
Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e Instituto Brasileiro de Veterinária, parceiros que têm sido
fundamentais na execução das atividade.
As atividades desenvolvidas no ano de 2012 e no início de 2013 tiveram como objetivo
principal o reconhecimento do estado atual do uso e ocupação do reservatório de Furnas, pela
piscicultura, com o intuito de identificar a área objeto de estudo para fundeio das plataformas de
monitoramento. Vários resultados importantes já foram obtidos com destaque para os avanços no uso
e aplicação de Sistema de Informações Geográficas (SIG) para o monitoramento ambiental da
aquicultura, incluindo a análise dinâmica das variáveis meteorológicas e limnológicas, com base em
plataformas previamente fundeadas no Reservatório e dados de estações meteorológicas próximas ao
reservatório. Esses estudos permitiram organizar a aplicação das ferramentas analíticas disponíveis para
documentar, arquivar e representar o perfil do Reservatório para produção de peixes em tanques-rede.
As atividades ligadas ao acompanhamento zootécnico das pisciculturas, ao biomonitoramento,
às coletas de sedimento e à limnologia complementar aos dados coletados pelas plataformas também
foram realizadas com sucesso. Além disso, foi completada a adequação do sistema de indicadores de
desempenho APOIA - Novo Rural (Avaliação Ponderada de Impacto Ambiental de Atividades) com a
criação de um módulo APOIA-Aquicultura, específico para a verificação de adoção e implementação
de Boas Práticas de Manejo para produção de peixes em tanques rede.
O grande diferencial tecnológico e estratégico do Projeto Furnas é o uso do Sistema Integrado
de Monitoramento Ambienta (SIMA) para monitoramento ambiental da aquicultura em reservatórios.
O SIMA é um sistema desenvolvido por pesquisadores do INPE e vem sendo usado em reservatórios
para avaliar de forma remota e com alta frequencia parâmetros liminológicos e meteorológicos. Apesar
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de sua tecnologia já estar consolidada será a primeira vez que o SIMA vai ser utilizado com foco no
monitoramento ambiental de uma atividade produtiva. Vale destacar que no presente Projeto um SIMA
específico para a aquicultura está sendo desenvolvido, o SIMA-aquicultura. Esta duas etapas estão em
fase final de execução, sendo o lançamento das plataformas no dia 27 de junho e início do fundeio in
loco à partir de 10 de julho. Serão instalados nas áreas selecionadas do reservatório de Furnas 1 SIMA e
5 SIMA-Aquicultura. Após a instalação destes equipamentos, parâmetros liminológicos e
meteorológicos serão medidos a cada dez minutos pelo período de um ano.
A consolidação das ferramentas propostas no Projeto Furnas permitirá subsidiar a construação
de um Plano de Monitoramento Ambiental da Aquicultura com base em conhecimento científico
nacional, dando mais segurança para o desenvolvimento sustentável do setor. Abaixo segue uma breve
descrição do que foi proposto e o que foi executado.
IMPLANTAÇÃO DE ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO EM TEMPO REAL O Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental (SIMA) foi concebido como uma
plataforma autônoma para a coleta automática e transmissão de dados limnológicos e meteorológicos
via enlace de satélites. Com o desenvolvimento de projetos de pesquisa ao longo do tempo, o INPE
adquiriu grande experiência na área de limnologia física, tendo culminado com o desenvolvimento de
um pacote técnico/científico que se compõe da plataforma SIMA, todo o sistema anexo de recepção
dos dados via enlace de satélites brasileiros e americanos da NOAA por meio de suas várias estações de
recepção, programas de decodificação e processamento dos dados, e a elaboração de um banco de
dados, especificamente desenvolvido para essa aplicação, com disponibilização dos dados via internet
de forma amigável, onde os usuários cadastrados podem acessar os dados, visualizá-los e fazer
download dos dados de interesse. Apesar das inúmeras aplicações do SIMA para monitoramento
ambiental no Brasil, esta será a primeira vez em que o SIMA será utilizado para monitoramento
ambiental em sistemas aquáticos em apoio à aquicultura. Considera-se, portanto um processo inovador
de uso de uma tecnologia amplamente consolidada para aplicação em uma cadeia produtiva em franco
crescimento no Brasil. Além disso, o desenvolvimento de uma SIMA específico para a aquicultura, o
SIMA-Aquicultura, permitirá o uso deste equipamento de forma mais específica.
A – PLATAFORMA PRINCIPAL - Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental (SIMA)
Figura: Modelo de Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental (SIMA), estrutura semelhante ao que será fundeado no reservatório de Furnas.
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Tabela: parâmetros medidos pelo SIMA
Sensores aquáticos Sensores meteorológicos Parâmetros Unidade Parâmetros Unidade
Temperatura (15 profundidades) °C
Radiação Solar de ondas curtas incidente
W/m²
Turbidez UNT Pressão atmosférica Psi ou bar Condutividade µS/cm Temperatura do ar °C
Oxigênio dissolvido mg/L Umidade relativa do ar %
pH unidade Vento (direção) graus Temperatura da água °C Vento (magnitude) m/s
Vale lembrar então que:
- os dados serão coletados a cada 10 minutos e transmitidos via satélite nacional a cada 1
hora;
- a tecnologia do SIMA é totalmente nacional, desenvolvida e integrada no INPE;
- a análise dos dados coletados será realizada por pesquisadores da Embrapa Meio
Ambiente em parceria com instituições nacionais e internacionais.
B - PLATAFORMAS SECUNDÁRIAS – SIMA-Aquicultura
Figura: Modelo de Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental (SIMA-Aquicultura), teste da plataforma em desenvolvimento. Tabela: parâmetros medidos pelo SIMA-Aquicultura
Sensores aquáticos
Parâmetros Unidade
Cadeia de termistores (15 profs.) - temperatura °C
Turbidez UNT
Condutividade µS/cm
Oxigênio dissolvido mg/L
pH
Temperatura da água °C
Vale lembrar então que:
- dados coletados a cada 10 minutos, armazenados e baixados mensalmente;
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- tecnologia nacional em desenvolvimento no INPE no âmbito do Projeto Furnas
específico para atender à Aquicultura
Após o fundeio das plataformas serão realizados periodicamente a manutenção e calibração dos
equipamentos, desenvolvido um banco de dados para armazenamento e análise dos dados coletados,
será feita a gestão dos dados, e emitidos relatórios de gestão para monitoramento efetivo da atividade.
Além do monitoramento com uso das plataformas de coleta de dados remotos serão utilizadas outras
ferramentas de monitoramento para complementação e melhor compreensão do uso do SIMA para a
aquicultura. Sob as Plataformas serão coletadas:
- trimestralmente - coletas de peixes, bivalves, água e sedimento para determinação de metais arsênio,
cádmio, chumbo, cobre, cromo, mercúrio e zinco.
- trimestralmente - amostras de sedimentos (sob as plataformas e nas margens ) para diagnósticos da
macrofauna bentônica, de modo a associar os dados biológicos com os parâmetros físico-químicos
de qualidade da água.
- trimestralmente - amostragem dos peixes de produção para realização de análises fisiológicas de
morfologia e histologia e de hematologia e do metabolismo oxidativo.
- trimestralmente - amostragem dos peixes de produção, água e sedimento para análise de resíduos de
pesticidas identificados no uso agrícola das áreas do entorno.
- trimestralmente - medições da emissão de gases de efeitos estufa.
- Serão realizadas mensalmente avaliações zootécnicas dos peixes nos sistemas de produção
monitorados.
- mensalmente - coletadas amostras de água para determinação de parâmetros limnológicos
complementar aos SIMA*.
*Verifica-se que apesar dos dados coletados pelas plataformas não contemplarem todos os parâmetros
exigidos na Resolução CONAMA 413, atividades complementares serão realizadas de forma a
contempla-los. Desta forma, serão efetivados os parâmetros estabelecidos na Resolução.
Tabela. Comparação entre os parâmetros mínimos solicitados no Anexo VI da Resolução CONAMA 413 de 2009 – programa de monitoramento ambiental e os parâmetros medidos no Projeto Furnas.
Parâmetros CONAMA 413 –ANEXO VI – Programa de monitoramento ambiental – parâmetros mínimos
Parâmetros a serem monitorados no Projeto FURNAS
Parâmetros CONAMA 413 –ANEXO VI –Programa de monitoramento ambiental –parâmetros mínimos
Parâmetros a serem monitorados no Projeto FURNAS
Amônia � pH �
Clorofila a � Salinidade �
Coliformes � Temperatura �
Cor verdadeira � Transparência �
DBO � Turbidez �
Fosfato-P � Silicato x
Nitrato � Material em suspensão
x
Nitrito � Sólidos dissolvidos totais
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OD � Zinco
Para orientação e definição do local exato de fundeio das plataformas foi realizado um
diagnóstico da situação atual da piscicultura no reservatório de Furnas. Foi percorrido todo
Reservatório, aproximadamente 125 produtores foram visitados e georreferenciados, porém apenas 41
encontram-se em áreas próximas aos Parques. Em função da dificuldade de obtenção do
Licenciamento Ambiental para ocupação das áreas demarcadas nenhum dos Parques possui produtores,
porém muitos estão produzindo em áreas limítrofes às demarcadas.
Figuras – Imagens do reservatório de Furnas – MG disponível no Google Earth
®. Os pontos representam as pisciculturas identificadas ao longo das Campanhas de Campo de I a IV realizadas no ano de 2012. As áreas demarcadas representam os polígonos dos Parques Aquícolas demarcados no Estudo... (2007). Após o diagnóstico foram definidas as áreas para fundeio das plataformas. Os braços definidos
para monitoramento foram os que possuem Parques com o maior número de produtores em suas
proximidades, e as seguintes atividades já foram realizadas e programadas:
1. A área objeto de estudo foi selecionada no município de Guapé (MG), nos braços dos Parques
Aquícolas do Guapé I e IV e em uma área aquícola.
2. Serão instaladas 1 SIMA e 2 SIMA-Aquicultura no braço do Guapé IV e um SIMA-Aquicultura
em cada braço do Guapé II, que apesar de não possuir produtores em um dos braços seus
dados servirão como controle para comparação com os demais dados.
3. Nas áreas próximas aos Parques serão acompanhados os trabalhos realizados por 10 produtores
e cerca de 300 tanques rede.
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4. Um quinto SIMA-Aquicultura será fundeado em uma área aquícola de um produtor com
grande volume de tanques-rede e com perspectivas de crescimento em curto prazo.
Figura – Imagens (Google) do reservatório de Furnas, com destaque para os Parques Aquícolas. Região do município de Guapé – MG, onde G1 = PA Guapé 1 e G4 = PA Guapé 4. Os pontos redondos (amarelos) representam os produtores diagnosticados. USO DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) PARA MONITORAMENTO DA AQUICULTURA EM RESERVATÓRIO Uma das estratégias do Projeto Furnas é adaptar ferramentas de SIG para o monitoramento da
aquicultura em reservatórios. Muitas das atividades já realizadas estão armazenadas em um banco de
dados georeferenciados, possibilitando uma análise estruturada considerando todos os impactos
existentes nas bacias de conribuição dos reservatórios de interesse. As informações levantadas,
processadas e geradas nas diferentes atividades, onde a posição espacial é relevante, foram integradas
em uma base de dados geográfica. No processamento dos dados foi utilizado um conjunto de
aplicativos: SPRING, SAGA GIS, Regima e Google Earth. Alguns exemplos podem ser ilustrados com
as imagens abaixo.
G I
G IV
Figuras: Modelo digital de elevação, para a área de entorno da represa de Furnas (MG) e áreas de captação e influência direta dos Parques Aquícolas.
Dentre as principais atividades realizadas destacam
1. Caracterização e mapeamento do uso e ocupação do solo (u
de abrangência das áreas de demarcação dos Parques Aquícolas, identificando os principais
usos.
2. Delimitação das duas principais sub
nos braço do rio Sapucaí e do
3. Avaliação da produção agrícola, pecuária e silvícola a montante do reservatório de Furnas
4. Avaliação do uso e cobertura do solo para toda superfície de captação do reservatório de
Furnas e a quantificação do uso e cobertura do solo para as áreas de captação dos Parques
Aquícolas.
5. Determinação dos principais agroquímicos utilizados e as práticas
realizadas nas áreas de influência dos Parques para verificar se existe alguma correlação com a
piscicultura.
Figura. Delimitação das duas sub-bacias, rios Sapucaí e Grande, a montante do de áreas plantadas com milho, feijão e café, nos municípios que fazem parte da área de captação do reservatório de Furnas.
1 Os dados deste estudos foram publicados em:
produção agrícola, pecuária e silvícola a montante da represa de Furnas, em Minas Gerais.
Documentos Embrapa. Jaguariúna: Embrapa, 2013.
Modelo digital de elevação, para a área de entorno da represa de Furnas (MG) e áreas de captação e influência direta dos Parques Aquícolas.
Dentre as principais atividades realizadas destacam-se:
e mapeamento do uso e ocupação do solo (urbano e rural) no entorno da região
de abrangência das áreas de demarcação dos Parques Aquícolas, identificando os principais
das duas principais sub-bacias hidrográficas a montante do reservatório de Furnas
nos braço do rio Sapucaí e do rio Grande.
Avaliação da produção agrícola, pecuária e silvícola a montante do reservatório de Furnas
Avaliação do uso e cobertura do solo para toda superfície de captação do reservatório de
Furnas e a quantificação do uso e cobertura do solo para as áreas de captação dos Parques
o dos principais agroquímicos utilizados e as práticas agrícolas usualmente
realizadas nas áreas de influência dos Parques para verificar se existe alguma correlação com a
bacias, rios Sapucaí e Grande, a montante do Reservatóriode áreas plantadas com milho, feijão e café, nos municípios que fazem parte da área de captação do
ram publicados em: Neves, M.C.; Luiz, A.J.B.; Salgado, M.P.G. produção agrícola, pecuária e silvícola a montante da represa de Furnas, em Minas Gerais.
pa. Jaguariúna: Embrapa, 2013.
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Modelo digital de elevação, para a área de entorno da represa de Furnas (MG) e áreas de
rbano e rural) no entorno da região
de abrangência das áreas de demarcação dos Parques Aquícolas, identificando os principais
bacias hidrográficas a montante do reservatório de Furnas
Avaliação da produção agrícola, pecuária e silvícola a montante do reservatório de Furnas1.
Avaliação do uso e cobertura do solo para toda superfície de captação do reservatório de
Furnas e a quantificação do uso e cobertura do solo para as áreas de captação dos Parques
agrícolas usualmente
realizadas nas áreas de influência dos Parques para verificar se existe alguma correlação com a
eservatório e distribuição
de áreas plantadas com milho, feijão e café, nos municípios que fazem parte da área de captação do
Neves, M.C.; Luiz, A.J.B.; Salgado, M.P.G. Avaliação da
produção agrícola, pecuária e silvícola a montante da represa de Furnas, em Minas Gerais. Série
Figura. Área de contribuição dos Parques Aquícolas e classes de uso e cobertura do solo presentes.
6. Caracterização da distribuição espacial e temporal dos atributos de qualidade da água inferidos
por imagens de sensoriamento remoto do passado sobre o reservatório de Furnas.
7. Comparação e analise da qualidade da água dos diferentes Parques Aquícolas
multitemporal de imagens do satélite LandSat 5, utilizando um subconjunto de cenas da série
disponível entre os anos de 1984 a 2011, quanto a sua resposta espectral para as bandas 1, 2, 3 e
4 do sensor TM.
A Figura abaixo ilustra uma composição colori
é resultante da associação de diferentes bandas e mostra claramente que existem diferentes respostas
espectrais ao longo do Reservatório para esta passagem. No geral, os tons mais escuros mostram os
locais onde a represa apresenta a água mais pura (em relação aos elementos oticamente ativos) e os tons
claros onde existe mais material em suspensão
Figura. Composição colorida: banda1-azul, 2
2 Os dados deste estudos foram publicados em:
parques aquícolas na represa de Furnas em função da resposta espectral multitemporal.
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Anais.
Área de contribuição dos Parques Aquícolas e classes de uso e cobertura do solo presentes.
aracterização da distribuição espacial e temporal dos atributos de qualidade da água inferidos
por imagens de sensoriamento remoto do passado sobre o reservatório de Furnas.
a qualidade da água dos diferentes Parques Aquícolas
multitemporal de imagens do satélite LandSat 5, utilizando um subconjunto de cenas da série
disponível entre os anos de 1984 a 2011, quanto a sua resposta espectral para as bandas 1, 2, 3 e
A Figura abaixo ilustra uma composição colorida para a área do reservatório de Furnas. A composição
é resultante da associação de diferentes bandas e mostra claramente que existem diferentes respostas
espectrais ao longo do Reservatório para esta passagem. No geral, os tons mais escuros mostram os
cais onde a represa apresenta a água mais pura (em relação aos elementos oticamente ativos) e os tons
claros onde existe mais material em suspensão2.
azul, 2-verde e 3-vermelho (13/01/1987).
Os dados deste estudos foram publicados em: Bacega, A.O.; Neves, M.C.; Luiz, A.J.B. parques aquícolas na represa de Furnas em função da resposta espectral multitemporal.
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Anais... Foz do Iguaçu: INPE, 2013.
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Área de contribuição dos Parques Aquícolas e classes de uso e cobertura do solo presentes.
aracterização da distribuição espacial e temporal dos atributos de qualidade da água inferidos
por imagens de sensoriamento remoto do passado sobre o reservatório de Furnas.
a qualidade da água dos diferentes Parques Aquícolas e análise
multitemporal de imagens do satélite LandSat 5, utilizando um subconjunto de cenas da série
disponível entre os anos de 1984 a 2011, quanto a sua resposta espectral para as bandas 1, 2, 3 e
da para a área do reservatório de Furnas. A composição
é resultante da associação de diferentes bandas e mostra claramente que existem diferentes respostas
espectrais ao longo do Reservatório para esta passagem. No geral, os tons mais escuros mostram os
cais onde a represa apresenta a água mais pura (em relação aos elementos oticamente ativos) e os tons
Bacega, A.O.; Neves, M.C.; Luiz, A.J.B. Classificação de
parques aquícolas na represa de Furnas em função da resposta espectral multitemporal. In: XVI
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ADOÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE MANEJO (BPM) E GESTÃO AMBIENTAL TERRITORIAL PARA SUSTENTABILIDADE DA AQUICULTURA Para gestão ambiental da atividade estão sendo realizadas avaliações de impactos ambientais
junto aos atores sociais envolvidos tanto na escala das cadeias produtivas locais quanto na escala do
Parque Aquícola e dos produtores individuais associados. Ao longo de 2012 um módulo do APOIA-
Aquicultura foi definido para a piscicultura em tanques-rede com 10 critérios de análise, nas dimensões
Organização espacial, Qualidade da água, Qualidade do sedimento, Manejo, Nutrição e Sanidade, com
um total de 68 indicadores. Para consolidação do modelo desenvolvido foram realizados dois estudos
de caso, com emissão de respectivos Relatórios de Gestão Ambiental, para produtores de referência,
nos Parques Aquícolas do Guapé3.
PERSPECTIVAS FUTURAS O atual contexto de crescimento da aquicultura mundial e nacional exigirá não somente
incentivos de estruturação e ordenamento da cadeia produtiva, mas também maior atenção para as
questões de monitoramento ambiental. A aprovação do Projeto “Desenvolvimento de Sistema de
Monitoramento para Gestão Ambiental da Aquicultura no Reservatório de Furnas (MG)”, Projeto
Furnas, reflete a preocupação do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) no desenvolvimento de
novos indicadores que subsidiem a construção de um Plano de Monitoramento Ambiental baseado em
conhecimento científico e tecnológico nacional.
No seu primeiro ano de execução, o Projeto Furnas realizou um diagnóstico produtivo no
reservatório de Furnas, além de ter desenvolvido um Sistema Integrado de Monitoramento da
Aquicultura em alta frequência, adaptando tecnologias de sensoriamento remoto para monitoramento
ambiental da aquicultura e um módulo de verificação de Boas Práticas de Manejo, específicos para a
aquicultura em reservatórios. Após um ano de execução o Projeto conta com mais de 13 instituições
parceiras, gerando cinco publicações científicas4.
O Projeto vem sendo executado com sucesso e a ideia é aproveitar a experiência e os resultados
que estão sendo obtidos para a consolidação de indicadores e dar suporte para um Plano de
3 Os dados deste estudos foram publicados em: Rodrigues, G. S., Queiroz, J. F. De, Frighetto, R. T. S.,
Sampaio, F. G., Frasca-Scorvo, C. M. D., Couto, K. R., Rodrigues, I. A. Best management practices and environmental management in aquaculture – indicators for monitoring in multiple scale. 4th Cleaner Production Workshop - 2013 4 Os dados deste estudos foram publicados em: Sampaio, FG; Losekann, M.E., Luiz, A.J.B.; Neves, M.C.;
Frascá-Scorvo, C.M.D; Rodrigues, S.R. Monitoramento e gestão ambiental da piscicultura em tanques-rede em reservatórios. In: Piscicultura: uma visão de futuro. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 34, n. 272, 2013.
Indicadores de Boas Práticas quanto à Organização
espacial, Manejo e Qualidade do produto
Condições de implantação
Localização dos tanques rede
Arquitetura dos tanques rede
Infraestrutura. eequipamentos
Manejo e operações
Arraçoamento
Sanidade animal
Despesca e qualidade doproduto
Linha de base Índice de desempenho
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Monitoramento e Gestão Ambiental da Aquicultura. Nesse sentido, a Embrapa Meio Ambiente em
conjunto com suas parceiras esta articulando um Workshop Internacional a ser realizado na Embrapa
Meio Ambiente, Jaguariúna, SP. Esse evento será fundamental para definir o foco das pesquisas e o
modus operandus da Rede Nacional de Monitoramento Ambiental dos Parques Aquícolas. O grande
diferencial desse evento será reunir representantes e especialistas de instituições parceiras da Embrapa,
como por exemplo, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG),
Universidade Estadual Paulista (UNESP), e também pesquisadores da Auburn University, AL, EUA,
LABEX/EUA e USDA/ARS. A estratégia que será adotada para esse evento é levar os visitantes à
região de Capitólio e Guapé (MG) para conhecer e avaliar as características do local e o funcionamento
do conjunto de plataformas de coleta de dados limnológicos e meteorológicos. No segundo momento,
na Embrapa Meio Ambiente, os resultados que estão sendo obtidos pelo Projeto serão discutidos e
avaliados. Com base nesse modelo e nas avaliações dos resultados da pesquisa que está sendo
conduzida no reservatório de Furnas, MG, uma proposta para a implantação da Rede Nacional de
Monitoramento Ambiental dos Parques Aquícolas poderá ser elaborada com maior clareza e
efetividade. A participação e apoio do MPA serão fundamentais para a execução e sucesso das
próximas etapas.
