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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
Danilo Chorfi Berton
Desenvolvimento e Validação de uma Metodologia
Bioanalítica para Quantificação de Risedronato em
Plasma Humano Utilizando a Técnica de
Cromatografia Líquida Acoplada a Espectrometria
de Massas (LC-MS/MS)
BRAGANÇA PAULISTA
2010
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Ficha catalográfica elaborada pelas bibliotecárias do Setor de Processamento Técnico da Universidade São Francisco.
QV 38 Berton, Danilo Chorfi. B462d Desenvolvimento e validação de uma metodologia bioanalítica para quantificação de Risedronato em plasma humano utilizando a técnica de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas (LC-MS/MS) / Danilo Chorfi Berton. -- Bragança Paulista, 2010. 59 p. Dissertação (mestrado) – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Saúde da Universidade São Francisco. Orientação de: Silvana Aparecida Calafatti Carandina. 1. Risedronato. 2. Validação. 3. Cromatografia líquida. 3. Espectrometria de massas. 1. Carandina, Silvana Aparecida Calafatti. 2. Título.
DANILO CHORFI BERTON
Desenvolvimento e Validação de uma Metodologia
Bioanalítica para Quantificação de Risedronato em
Plasma Humano Utilizando a Técnica de
Cromatografia Líquida Acoplada a Espectrometria de
Massas (LC-MS/MS)
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Saúde, da Universidade São Francisco, como
parte dos requisitos para a obtenção do título
de Mestre em Ciências da Saúde. Área de
Concentração: Farmacologia Clinica e Geral.
Orientadora: Profa. Dra. Silvana Aparecida Calafatt i Carandina
BRAGANÇA PAULISTA
2010
DANILO CHORFI BERTON
Desenvolvimento e Validação de uma Metodologia
Bioanalítica para Quantificação de Risedronato em
Plasma Humano Utilizando a Técnica de
Cromatografia Líquida Acoplada a Espectrometria de
Massas (LC-MS/MS)
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Saúde, da Universidade São Francisco, como
parte dos requisitos para a obtenção do título
de Mestre em Ciências da Saúde. Área de
Concentração: Farmacologia Clinica e Geral.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Profa. Dra. Silvana Aparecida Calafatti Carandina
_______________________________________________________
Prof. Dr. Eduardo César Meurer
_______________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Alberto Moraes
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho, com todo amor e carinho, à
minha mãe Áurea e ao meu pai Luiz Edward, que tanto
me incentivaram e me deram exemplos de dignidade e
honestidade.
Ao meu irmão Luiz Henrique, pela ajuda e apoio
científico e também pelo companheirismo de todos
esses anos.
À minha amada esposa Maíra, que nunca me
abandonou nos momentos de angustia e que sempre
me trouxe alegria e conforto nas etapas difíceis da
vida...
AGRADECIMENTO
Agradeço principalmente à Deus e a Nossa
Senhora por me iluminarem e me protegerem em todos
os momentos de minha vida.
Meus sinceros agradecimentos à Professora
Doutora Silvana Calafatti, pela orientação científica
desta tese, pela amizade e confiança. .
Ao Professor Doutor Fabio Alessandro Proença
Barros, por toda a disponibilidade e apoio concedido,
pela amizade e incentivo.
Aos meus colegas e amigos dos laboratórios
Core Pesquisas Clinicas e Unifag, que de uma forma ou
outra, deram suas contribuições.
EPÍGRAFE
"...pedras no caminho, guardo todas, um dia vou
construir um castelo." [Fernando Pessoa]
vi
Lista de Tabelas
Tabela 3.1 - Descrição dos equipamentos e materiais utilizados..............
22
Tabela 3.2 - Descrição dos componentes do CLUE.................................. 23
Tabela 3.3 - Valores do preparo da curva de calibração Risedronato...... 24
Tabela 3.4 - Preparo dos controles de qualidade...................................... 25
Tabela 4.1 - Equações da curvas de calibração e do respectivo
coeficiente de correlação linear (R)............................................................
43
vii
Lista de Figuras
Figura 1.1 - Diferença de lacunas e cavidades entre um osso com
osteoporose e outro normal.......................................................................
04
Figura 1.2 - Estruturas químicas dos ácidos pirofosfórico e bifosfônico,
respectivamente.........................................................................................
06
Figura 1.3 - Estruturas representativas das classes dos bisfosfonatos.... 08
Figura 1.4 - Ácido Risedrônico.................................................................. 09
Figura 1. 5 - Representação esquemática de um sistema de
cromatografia líquida..................................................................................
12
Figura 1.6 - Foto de um sistema de cromatografia líquida de ultra
eficiência.....................................................................................................
13
Figura 1.7 - Fotografia de um Espectrômetro de Massas.......................... 14
Figura 1.8 - Esquema de um filtro quadrupolar......................................... 15
Figura 1.9 - Demonstração esquemática do espectrômetro de massas
triplo quadrupolar........................................................................................
16
Figura 1.10 - Ilustração da fonte de electrospray...................................... 17
Figura 4.1 - Reação do p-toluil-sulfonil-nitrosamida com hidróxido de
potássio para a formação do diazometano e reação do ácido fosfônico
com diazometano para formação do produto metilado..............................
30
Figura 4.2 - Reação do Risedronato com Diazometano gerando
produtos tetra e pentametil derivados .......................................................
31
Figura 4.3 - Espectro Risedronato e Risedronato D4 em modo MS/MS...
Figura 4.4 - Proposta de fragmentação para a molécula de Risedronato
com m/z 354 (íon precursor). As rotas a,b,c e d sugerem íons produtos
correspondentes à fragmentação do íon precursor....................................
Figura 4.5 - Estrutura molecular do Risedronato D4..................................
33
34
35
Figura 4.6 - A) Plasma branco normal lote 3869/6, cromatograma
referente ao Risedronato. B) Plasma branco normal lote 3869/6,
cromatograma referente ao padrão interno................................................
38
Figura 4.7 - A) Plasma branco normal lote 56342/1, cromatograma
viii
referente ao Risedronato. B) Plasma branco normal lote 56342/1,
cromatograma referente ao padrão interno................................................
38
Figura 4. 8 - A) Plasma branco normal lote 37647/4, cromatograma
referente ao Risedronato. B) Plasma branco normal lote 37647/4,
cromatograma referente ao padrão interno................................................
39
Figura 4.9 - A) Plasma branco normal lote 54497/2, cromatograma
referente ao Risedronato. B) Plasma branco normal lote 54497/2,
cromatograma referente ao padrão interno.
39
Figura 4.10 - A) Plasma branco lipêmico lote 26210/7, cromatograma
referente ao Risedronato. B) Plasma branco lipêmico lote 26210/7,
cromatograma referente ao padrão interno................................................
40
Figura 4. 11 - A) Plasma branco hemolisado lote 4056/9, cromatograma
referente ao Risedronato. B) Plasma branco hemolisado lote 4056/9,
cromatograma referente ao padrão interno................................................
40
Figura 4. 12 - A) Solução aquosa de Risedronato na concentração de
0,5 ng/mL (concentração do LQ)................................................................
41
Figura 4.1 3 - A) Solução aquosa de Risedronato D4 na concentração
de 31,2 ng/mL (concentração final de padrão interno na amostra
extraída)......................................................................................................
41
Figura 4.1 4 - Representação gráfica da média das curvas de calibração. 43
Figura 4.15 - Resultados obtidos das análises intra-lote dos controles
de qualidade e do LQ para matriz (plasma) normal...................................
44
Figura 4.1 6 - Resultados obtidos das análises intra-lote dos controles
de qualidade e do LQ para matriz (plasma) lipêmica.................................
45
Figura 4.1 7 - Resultados obtidos das análises intra-lote dos controles
de qualidade e do LQ para matriz (plasma) hemolisada............................
45
Figura 4.1 8 - Resultados obtidos das análises inter-lote........................... 46
Figura 4.1 9 - Resultados das análises intra-lote dos controles de
qualidade de diluição..................................................................................
47
Figura 4.20 - Resultados das análises intra-lote dos controles de
qualidade de diluição..................................................................................
47
ix
Figura 4.21 - Resultados obtidos para a recuperação do fármaco e do
padrão interno............................................................................................
48
Figura 4.22 - Resultados obtidos para as análises de estabilidade em
função do tempo e condição de exposição................................................
49
Figura 4.2 3 - Resultados obtidos para as análises de estabilidade nos
ciclos de degelo..........................................................................................
50
Figura 4.2 4 - Resultados obtidos para as análises de estabilidade para
as amostras não-processadas...................................................................
51
Figura 4.25 - Resultados obtidos para as análises de estabilidade da
solução padrão...........................................................................................
52
Figura 4.26 - Resultados obtidos para as análises de estabilidade da
longa duração.............................................................................................
53
x
Lista de Abreviaturas
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Ar - Argônio
atm - Atmosfera
BFs - bisfosfonatos
B - Branco
Ca2+ - íon Cálcio
Cl - Cloro
CLAE - Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
CLAE-EM - Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada a Espectrometria de
Massas
CLAE-EM/EM - Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada a Espectrometria de
Massas seqüencial
CLUE - Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência
CLUP - Cromatografia Líquida de Ultra Performance
cm - centímetro
Cmáx - Concentração Máxima
CQ - Controle de Qualidade
CQA - Controle de Qualidade Alto
CQB - Controle de Qualidade Baixo
CQD - Controle de Qualidade Diluído
CQM - Controle de Qualidade Médio
CRM - charged residue mode
CV% - Coeficiente de Variação oC - graus Celsius
DC - direct current
DP - Desvio Padrão
DRP - Desvio Padrão Relativo
EFS - Extração em Fase Sólida
EM/EM - Espectrometria de Massas seqüencial
ESI - Ionização por Electrospray
xi
eV - eletronvolts
g - grama
h - hora
HCl - Ácido Clorídrico
He - Hélio
HPLC - High Performance Liquid Cromatrography
HUSF - Hospital Universitário São Francisco
IEM - íon evaporation mode
K - Fator de Retenção
KV - Kilovolts
KOH - Hidróxido de Potássio
LC-EM - Cromatografia Líquida Acoplada a Espectrometria de Massas
LC/MS/MS - Liquid chromatography-mass spectrometry -mass spectrometry
LD - Limite de Detecção
LQ - Limite de Quantificação
M - Molar
MeCN - Acetonitrila
MeOH - Metanol
min - minuto
mg - miligrama
mL - mililitro
µL - Microlitro
µm - Micrometro
mM - milimolar
MRM - Monitoramento de Reações Múltiplas
MS - Mass spectrometry
MS/MS - Mass Spectrometry/Mass Spectrometry
m/z - razão massa/carga
NBR - Norma Brasileira
ng - nanograma
N2 - Nitrogênio Gasoso
xii
OH - Hidroxila
OMS - Organização Mundial de Saúde
Pa - Pascal
pg - picogramas
pH - Potencial Hidrogeniônico
PI - Padrão Interno
R - Coeficiente de Correlação
RDC - Resolução da Diretoria Colegiada
rpm - Rotação por Minuto
RE - Resolução (Legislação)
RF - Radio Frequência
Rs - Resolução
Tmax - Tempo Máximo
Tr - Tempo de Retenção
T0 - Tempo Zero
UNIFAG - Unidade Integrada de Farmacologia e Gastroenterologia
UPLC - Ultra Performance Liquid Cromatrography
USP - United States Pharmacopeia
UV - Ultra Violeta
V - Volts
v/v - Volume/Volume
WAX - Weak Anion e-Xchange
Z - Zero
xiii
SUMÁRIO
RESUMO xvi
ABSTRACT xvii
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA 01
1.1 ABORDAGEM GERAL 01
1.1.1 OSSOS 01
1.2 DOENÇAS OSTEOMETABÓLICAS 03
1.2.1 OSTEOPOROSE 03
1.2.2 DOENÇAS DE PAGET 05
1.3 BISFOSFONADOS 05
1.4 RISENDRONATO 08
1.4.1 FARMACOCINÉTICAS 09
1.5 GENÉRICOS 10
1.6 CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE) E ULTRA
EFICIÊNCIA (CLUE) 11
1.7 ESPECTROMETRIA DE MASSAS 13
1.7.1 ANALISADOR DE MASSAS QUADRUPOLO 15
1.8 CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA ACOPLADA A
ESPECTROMETRIA DE MASSAS (LC-EM) 16
1.8.1 IONIZAÇÃO POR ELECTROSPRAY 17
1.9 TRATAMENTO DA AMOSTRA 18
2. OBJETIVO 21
3. MATERIAIS E MÉTODOS 22
3.1 PRINCÍPIOS DO MÉTODO BIOANALÍTICO 22
xiv
3.1.1 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS 22
3.1.2 PREPARO DAS SOLUÇÕES PADRÃO 23
3.1.3 PREPARO DA FASE MÓVEL 23
3.1.4 PREPARO DOS PADRÕES DA CURVA DE CALIBRAÇÃO E DAS
AMOSTRAS CONTROLE DE QUALIDADE 23
3.1.5 PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS 25
3.1.6 PARÂMETROS DE DETECÇÃO NO ESPECTRÔMETRO DE
MASSAS SEQUÊNCIAL MS/MS 25
3.2 PREPARO DA AMOSTRA 26
3.2.1 PREPARO DO REAGENTE DE DERIVAÇÃO DO DIAZOMETANO
26
3.2.2 TRATAMENTO DA AMOSTRA 26
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 29
4.1 PRÉ-DESENVOLVIMENTO 29
4.1.1 DERIVATIZAÇÃO QUÍMICA COM DIAZOMETANO 30
4.2 DESENVOLVIMENTO DA METODOLOGIA BIOANALÍTICA 31
4.2.1 OBTENÇÃO DO ESPECTRO DE MASSAS (MS) 31
4.2.2 OBTENÇÃO DO ESPECTRO DE MASSAS (MS/MS) 32
4.2.3 EXTRAÇÃO DAS AMOSTRAS DA MATRIZ BIOLÓGICA:
EXTRAÇÃO EM FASE SÓLIDA (EFS) E SIMULTÂNEA DERIVATIZAÇÃO
35
4.3 VALIDAÇÃO DE MEODOLOGIA BIOANALÍTICA 36
4.3.1 VALIDAÇÃO DO PRÉ-ESTUDO 37
4.3.2 ESPECIFICIDADE 37
4.3.3 DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE QUANTIFICAÇÃO 42
xv
4.3.4 LINEARIDADE 42
4.3.5 PRECISÃO E EXATIDÃO 43
4.3.5.1 PRECISÃO E EXATIDÃO INTRA-LOTE 44
4.3.5.2 PRECISÃO E EXATIDÃO INTER-LOTES 46
4.3.6 VALIDAÇÃO DA DILUIÇÃO 46
4.3.7 RECUPERAÇÃO 48
4.4 ESTABILIDADES 48
4.4.1 ESTABILIDADE DE CURTA DURAÇÃO 48
4.4.1.1 ESTABILIDADE NO TEMPO E CONDIÇÕES DE ANÁLISE
(ETABILIDADE PÓS-PROCESSAMENTO) 48
4.4.1.2 ESTABILIDADE DO FÁRMACO EM CICLOS DE
CONGELAMENTO E DEGELO 49
4.4.1.3 ESTABILIDADE DAS AMOSTRAS DE PLASMA NÃO-
PROCESSADAS 50
4.4.1.4 ESTABILIDADE DE SOLUÇÃO PADRÃO 51
4.4.2 ESTABILIDADE DE LONGA DURAÇÃO 52
5. CONCLUSÃO 54
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 55
xvi
RESUMO
A crescente expectativa de vida populacional têm gerado na conduta dos
profissionais da área de saúde uma grande preocupação com a qualidade de vida dos
idosos. O elevado número de indivíduos com faixa etária acima dos 65 anos torna
necessário o investimento em prevenção de patologias presentes e caracteristicas do
processo de envelhecimento.
As terapias farmacológicas de reposição hormonal ou com substâncias
estabilizadoras do processo reabsortivo, representam importantes estratégias no campo
da saúde pública, tendo por objetivo impedir a perda adicional de osso e diminuir a
probabilidade de fraturas. Os bisfofonatos (BFs) são extensivamente utilizados no
tratamento de doenças osseas, destacando-se a de Paget, a hipercalcemia maligna e
a osteoporose, atuando como potentes inibidores da reabsorção ossea mediada por
osteoclastos.
A inserção de medicamentos genéricos no mercado mundial amplia –
principalmente aos países de economia emergente – o acesso à medicamentos de
qualidade por menores preços (em média de 30 a 50% mais baratos que os
medicamentos referência). Contudo, para uma intercambialidade segura entre produtos
terapeuticamente equivalentes, é necessária a comprovação da eficácia do
medicamento genérico através de testes específicos, e posterior validação da
metodologia aplicada, para que dessa forma tenha sua confiabilidade, reprodutibilidade
e segurança comprovadas.
A validação de uma metodologia para a quantificação de Risedronato através da
técnica de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de
massas consiste em um processo de alta confiabilidade, devido à seletividade e
sensibilidade elevadas na quantificação de fármacos que a metodologia apresenta. A
comprovação da bioequivalência entre medicamentos teste e referência, permite a
produção de medicamentos classificados como genéricos, com qualidade, segurança e
eficácia comprovada perante a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Palavras-Chave: Risedronato, Validação e Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência
acoplada a espectrometria de massas (CLUE-MS/MS).
xvii
ABSTRACT
The increasing life expectancy have led to population in the conduct of health
professionals is great concern about the quality of life for seniors. The high number of
individuals aged over 65 years makes the necessary investment in prevention of
pathologies and characteristics of the aging process.
Pharmacologic therapies for hormone replacement or with substances stabilizing
the resorptive process, are important strategies in the field of public health, aiming to
prevent the further loss of bone and decrease the likelihood of fractures. The
Bisphosphonates (BFs) are extensively used in the treatment of bone diseases,
especially in Paget, hypercalcemia malignancy and osteoporosis, acting as potent
inhibitors of bone resorption mediated by osteoclasts.
The introduction of generic drugs in the world market expands - particularly the
emerging countries - access to quality medicines for lower prices (on average 30 to 50%
cheaper than the reference drug). However, for a safe interchangeability between
products therapeutically equivalent, is required to confirm the efficacy of generic drugs
through specific tests and validation of the methodology applied, to thereby have its
reliability, proven reliability and safety proven.
The validation of a methodology for quantification of Risedronate by the technique
of ultra performance liquid chromatography coupled to mass spectrometry is a process
of high reliability due to high selectivity and sensitivity in the quantification of drugs that
the methodology presented. Proof of bioequivalence between test and reference drug,
allows the production of drugs classified as generic, with quality, safety and
effectiveness proven before the National Health Surveillance Agency (ANVISA).
Keywords: Risedronate, Validation and Ultra Efficiency Liquid Chromatography coupled
to mass spectrometry (UPLC-MS/MS)
1
1- INTRODUÇÃO TEÓRICA
1.1- Abordagem Geral
Para ficar em pé e caminhar, o homem necessita de diferentes e complexos
materiais que o constituem.1
O sistema esquelético, que inclui os ossos do esqueleto, as articulações onde
eles se encontram e a cartilagem, faz parte da complexa composição do corpo
humano, sendo ele um dos mais importantes dos materiais.2
Sem o esqueleto, seria impossível a locomoção, visto que os músculos não
teriam ossos como suporte para movimentar-se e todas as partes moles se
amontoariam no chão, sem forma definida.3
Mecanicamente, o sistema esquelético pode ser idealizado como um arranjo
de elos rígidos conectados uns aos outros por articulações para permitir movimentos
específicos. O sistema esquelético também possui funções metabólicas. A medula
óssea produz, em alguns ossos, glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Além
disso, os ossos armazenam cálcio e fosfato.
Portanto pode-se dizer que o sistema esquelético desempenha duas funções
essenciais para o organismo: mecânica (sustentação, proteção e movimento) e
fisiológica (produção de células sanguíneas e reserva mineral).2
1.1.1- Ossos
O esqueleto humano adulto é constituído por tecido ósseo metabólicamente
ativo, sofrendo processo contínuo de remodelação com fases subseqüentes de
reabsorção e formação óssea.
O tecido ósseo é bastante complexo e especializado em relação ao
esqueleto, relacionado às funções de manutenção e integridade estrutural, e
também servindo de reservatório de minerais (cálcio e fosfato).4
Os ossos e as articulações são os componentes básicos do sistema
esquelético. Juntos somam 16% do peso total do corpo adulto.2
O osso é um tecido vivo formado por duas porções: uma orgânica e outra
mineral.3,5
A porção orgânica do osso é composta fundamentalmente por colágeno
(95%). Esta proteína contém dois aminoácidos de grande importância: hidroxiprolina
2
e hidroxilisina. O colágeno contribui muito para a resistência e a elasticidade do
osso.3,6
A porção mineral que inclui fosfato de cálcio (85%), carbonato de cálcio (10%)
e pequenas quantidades de fluoreto de cálcio e de magnésio, confere dureza e
rigidez aos ossos.3
Para manter a estrutura normal, a matriz óssea tem uma reserva suficiente de
proteínas e minerais, sendo os minerais armazenados na forma de hidroxiapatita.5
Microscopicamente os ossos são formados por dois tipos de tecidos, um com
componentes densos e compactos (cortical) e outro com esponjosos (trabeculares).
O osso trabecular apresenta maior metabolismo, sendo este mais suscetível às
alterações e remodelamento de massa óssea.2,7
O remodelamento ósseo é um processo contínuo de absorção da matriz
óssea e retirada de íon cálcio para o sangue, com consequente formação de uma
nova matriz. Através do remodelamento, o tecido ósseo substitui células velhas por
novas e o organismo pode dispor de elementos que são armazenados nos ossos.
Neste processo duas células estão envolvidas: os osteoblastos e osteoclastos.7,8
Os osteoclastos são células responsáveis pela reabsorção da matriz óssea
através da remoção de cristais de fosfato de cálcio do osso. No início de cada ciclo
de remodelamento os osteoblastos escavam o osso, formando lacunas na sua
superfície. Os osteoblastos, por sua vez, são responsáveis pela síntese da parte
orgânica da matriz óssea.7,8
Quando a homeostasia do processo de formação e reabsorção óssea é ideal,
espera-se que a quantidade de osso no início e no fim do ciclo de remodelagem seja
igual. Contúdo, quando este equilíbrio é afetado, a estrutura dos ossos é prejudicada
resultando no aparecimento de doenças como osteoporose e doença de Paget.9,10,11
Devido ao desequilíbrio de formação e reabsorção dos ossos, a massa óssea
muda consideravelmente durante as várias fases da vida. Na infância, adolescência
e até os 35 anos de idade a massa óssea está em contínua e acelerada formação.
Nessa fase de crescimento, a atividade dos osteoblastos é intensificada e atinge-se
o pico de massa óssea. No entanto, a partir dos 35 anos, inicia-se um lento balanço
negativo de perda óssea.9
Uma série de condições como: idade, doenças osteometabólicas, mobilidade
diminuída, ação de drogas, entre outras, pode alterar esse equilíbrio entre a
3
formação e a reabsorção, levando ao predomínio de um sobre o outro.11
1.2- Doenças Osteometabólicas
Atualmente, a expectativa de vida da população tende a aumentar, sobretudo
nas próximas décadas. O crescente número de indivíduos na faixa de idade acima
dos 65 anos, ao contrário do que ocorre com outros grupos etários, tem gerado, na
conduta dos profissionais da área de saúde, uma grande preocupação com a
qualidade de vida dos idosos, e conseqüentemente, com a prevenção de patologias
presentes e características do processo de envelhecimento.12
As doenças crônico-degenerativas destacam-se como fator limitante da
qualidade de vida dos idosos. Dentre essas doenças, as osteometabólicas, com sua
elevada freqüência, tem fundamental importância em saúde pública.13
Das doenças osteometabólicas, a osteoporose é a mais freqüente e o seu
estudo tem sido especialmente motivado em decorrência das importantes
repercussões em relação à morbidade e mortalidade de indivíduos portadores dessa
condição.14
Outra doença ósteometabólica é a doença de Paget óssea (osteíte
deformante). É uma doença óssea focal caracterizada por uma alta taxa de
remodelação óssea.15
1.2.1- Osteoporose
A osteoporose é um importante problema de saúde em todas as partes do
mundo. Esta doença acomete ambos os sexos, sendo mais freqüente na mulher, já
que no climatério, a diminuição dos níveis estrogênicos precipita as perdas de
massa óssea. Aos 50 anos, a cada cinco fraturas por osteoporose na mulher
ocorrem duas nos homens. Aos 70 anos, essa relação cai para três fraturas na
mulher a cada duas no homem.16
Estima-se que, 1,7 milhões de fraturas de quadril tenham ocorrido em 1990
em todo o mundo, em decorrência da osteoporose; e que este número irá exceder 6
milhões até 2050.
No Brasil, uma de cada três pessoas com osteoporose, é diagnosticada,
sendo que uma de cada cinco recebe algum tipo de tratamento. Atualmente há a
ocorrência de aproximadamente 100.000 fraturas de fêmur por ano no Brasil. Cerca
4
de 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose, sendo que 2,4 milhões sofrerão
um tipo de fratura, a cada ano, e, destes pacientes 200.000 morrerão por um fator
que é resultado direto da fratura.17
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a osteoporose como sendo
uma doença metabólica óssea sistêmica e progressiva, caracterizada por diminuição
da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, com
conseqüente aumento da fragilidade do osso, podendo levar à diminuição da massa
óssea e deterioração da microarquitetura.18 A Figura 1.1 mostra a diferença entre um
osso com osteoporose e um osso normal.
Figura 1.1- Diferença de lacunas e cavidades entre um osso com (a) osteoporose e
outro (b) normal.
É inevitável, no processo de envelhecimento, a perda de massa óssea. No
individuo com osteoporose a perda é tão importante que a massa óssea cai abaixo
do limiar para fraturas, principalmente em determinados locais, como quadril,
vértebras e antebraço.19
A osteoporose ocorre quando os osteoclastos criam uma cavidade
excessivamente profunda que não consegue ser suficientemente preenchida pelos
osteoblastos ou quando estes não conseguem preencher uma cavidade de
reabsorção normal. 20
As mulheres são as mais atingidas pela osteoporose, devido à cessação da
função ovariana e perda do efeito protetor do estrogênio (osteoporose pós-
menopáusica). A perda de massa óssea esperada durante a menopausa é de cerca
de 15%.21
(a) (b)
5
1.2.2- Doença de Paget
A doença de Paget é a segunda doença osteometabólica mais comum, atrás
apenas da osteoporose. É difícil estimar a sua incidência uma vez que, na maioria
dos casos, ela é assintomática; embora freqüentemente se associe a dor óssea,
deformidades, fraturas patológicas, osteoartrite secundária e surdez. É rara em
pacientes com idade inferior a 40 anos e aumenta progressivamente conforme o
paciente envelhece.
A doença de Paget é uma doença comum em países com população anglo-
saxônica (Reino Unido e Alemanha).15
Na América do Sul a doença é incomum, embora séries grandes tenham sido
descritas na Argentina e no Brasil.22
No Brasil, a maioria dos casos são encontrados na cidade de Recife,
Pernambuco. As razões para este fato estão ligadas à colonização holandesa no
século XVII.
Sir James Paget descreveu a doença em 1887 baseado em observações e
estudos em pacientes com deformidades ósseas.
Ao contrario da osteoporose, que é essencialmente uma doença de redução
de massa óssea, a doença de Paget do osso é uma doença onde ocorre um
aumento da densidade óssea, ocasionando lesões secundárias e deformidades
ósseas.23
Na fisiopatologia da doença de Paget, há um aumento na formação e na
reabsorção óssea levando a um osso em mosaico de padrão lamelar com fibrose
adjacente. Os osteoclastos de pacientes com Paget contêm partículas virais que não
são encontradas em osteoclastos sadios.15
Vários fármacos vem sendo utilizados na prevenção e no tratamento das
desordens relacionadas ao processo de remodelagem óssea, destacando-se entre
estes um grupo de compostos denominados bifosfonados.
1.3- Bisfosfonados
As terapias farmacológicas de reposição hormonal ou com substâncias
estabilizadoras do processo reabsortivo, representam importantes estratégias no
campo da saúde pública, tendo por objetivo impedir a perda adicional de osso e
diminuir a probabilidade de f
Um dos primeiros bifosfonados a ser sintetizado foi o ácido etidronico, cujo
principal objetivo era ser utilizado como aditivo em detergente.
efeitos fisiológicos foram observados
foi precursora de estudos e
bifosfonados e avaliação de seus efeitos fisiológicos.
Os bisfosfonatos (BFs) são extensivamente utilizados no tratamento de várias
doenças ósseas, destacando
concentrações de cálcio no soro de pacientes) e a osteoporose, já que são potentes
inibidores da reabsorção óssea mediada por osteoclastos.
Bisfosfonados são análogos químicos da substância endógena denominada
ácido pirofosfórico, que no organismo se encontra como pirofosfato (P
inibidor natural da reabsorção óssea. No entanto, essa substância não pode ser
utilizada como agente terapêutico no tratamento de doenças ósseas, pois sofre uma
rápida hidrólise enzimática.
estrutural com este grupo de compostos, onde o átomo central de oxigênio do
pirofosfato é substituído por um átomo de carbono. Essa modificação faz com que
os BFs, contendo ligações P
resistentes à degradação enzimática e possuam uma meia
suficiente para influenciar o metabolismo ósseo. As estruturas químicas dos ácidos
pirofosfórico e bifosfônico podem ser observadas na
(a)
Figura 1.2- Estruturas químicas do
Os bifosfonados parecem prevenir a calcificação por um mecanismo físico
químico, agindo como cristais após adsor
reabsorção do osso por efeito nas células dos osteoclastos.
diminuir a probabilidade de fraturas.24
Um dos primeiros bifosfonados a ser sintetizado foi o ácido etidronico, cujo
principal objetivo era ser utilizado como aditivo em detergente.
foram observados, e sua capacidade de inibir a reabsorção óssea
foi precursora de estudos e pesquisas para a síntese de diversos outros
bifosfonados e avaliação de seus efeitos fisiológicos.
Os bisfosfonatos (BFs) são extensivamente utilizados no tratamento de várias
doenças ósseas, destacando-se a de Paget, a hipercalcemia maligna (redução das
concentrações de cálcio no soro de pacientes) e a osteoporose, já que são potentes
inibidores da reabsorção óssea mediada por osteoclastos.12, 25
Bisfosfonados são análogos químicos da substância endógena denominada
sfórico, que no organismo se encontra como pirofosfato (P
inibidor natural da reabsorção óssea. No entanto, essa substância não pode ser
utilizada como agente terapêutico no tratamento de doenças ósseas, pois sofre uma
rápida hidrólise enzimática. A ação dos bisfosfonados deve-se à sua semelhança
estrutural com este grupo de compostos, onde o átomo central de oxigênio do
pirofosfato é substituído por um átomo de carbono. Essa modificação faz com que
os BFs, contendo ligações P-C-P, sejam mais estáveis e conseqüentemente, mais
resistentes à degradação enzimática e possuam uma meia-vida biológica maior,
suficiente para influenciar o metabolismo ósseo. As estruturas químicas dos ácidos
nico podem ser observadas na Figura 2.26,27,
(b)
Estruturas químicas dos ácidos (a) pirofosfórico e (b) bifosfô
parecem prevenir a calcificação por um mecanismo físico
químico, agindo como cristais após adsorção na superfície óssea. Atuam
reabsorção do osso por efeito nas células dos osteoclastos.26
6
Um dos primeiros bifosfonados a ser sintetizado foi o ácido etidronico, cujo
principal objetivo era ser utilizado como aditivo em detergente. Entretanto, seus
capacidade de inibir a reabsorção óssea
pesquisas para a síntese de diversos outros
Os bisfosfonatos (BFs) são extensivamente utilizados no tratamento de várias
cemia maligna (redução das
concentrações de cálcio no soro de pacientes) e a osteoporose, já que são potentes
Bisfosfonados são análogos químicos da substância endógena denominada
sfórico, que no organismo se encontra como pirofosfato (P-O-P), um
inibidor natural da reabsorção óssea. No entanto, essa substância não pode ser
utilizada como agente terapêutico no tratamento de doenças ósseas, pois sofre uma
se à sua semelhança
estrutural com este grupo de compostos, onde o átomo central de oxigênio do
pirofosfato é substituído por um átomo de carbono. Essa modificação faz com que
eis e conseqüentemente, mais
vida biológica maior,
suficiente para influenciar o metabolismo ósseo. As estruturas químicas dos ácidos 26,27,28
s ácidos (a) pirofosfórico e (b) bifosfônico.
parecem prevenir a calcificação por um mecanismo físico-
ção na superfície óssea. Atuam inibindo a
7
Diferentes substituintes (R1 e R2) ligados ao carbono central do ácido
bifosfônico, dão características únicas para cada fármaco. O grupo R1 fornece a
afinidade do BFs pelos cristais ósseos, enquanto o grupo R2 é responsável pela
potência e atividade farmacológicas. Os BFs apresentam uma maior afinidade em se
ligar ao osso, prevenindo o crescimento e a dissolução de cristais, quando R1 = OH
ao invés de Cl.28
A maior determinante de potência anti-reabsorção é atribuída à cadeia lateral
R2, porém ambos os grupos fosfonatos também são necessários para a atividade
dos fármacos. Alterações em um ou outro grupo fosfonato reduzem a afinidade para
os ossos.
A alta afinidade dos BFs pelos ossos com alta taxa de remodelagem ocorre
devido à grande exposição da hidroxiapatita nesses sítios.29 A ação dos dois grupos
fosfonatos em conjunto com o grupo hidroxila da cadeia lateral R1, atuam como um
‘gancho nos ossos’, permitindo direcionamento eficiente e rápido desse grupo de
compostos para a superfície do osso. Uma vez localizado dentro do osso, a
estrutura e conformação tridimensional da cadeia lateral R2, bem como os grupos
fosfonatos, determinam a atividade biológica da molécula e influenciam na
capacidade dos fármacos de interagir com alvos específicos.30
Existem diversos fármacos da classe dos bisfosfonatos nos quais os
substituintes R1 e R2 variam sistematicamente com o propósito de: aumentar a
afinidade óssea, melhorar o perfil terapêutico (potência seletividade e toxicidade),
adquirir nova atividade farmacológica e alterar a biodisponibilidade da molécula. As
várias classes de BFs podem ser observadas na Figura 1.3.
Figura 1.3- Estruturas representativas das classes dos bisfosfonat
pamidrônico, (b) ácido risedronico, (c) ácido etidronico, (d) ácido alendronico, (e)
ácido clodronico e (f) ácido ibandronico.
Os bisfosfonatos que contêm nitrogênio terciário na cadeia l
são geralmente mais potentes em inibir a reabsorção óssea. Entre os BFs mais
potentes que inibem a reabsorção óssea estão aqueles contendo o átomo de
nitrogênio em um anel heterocíclico.
1.4- Risedronato
Como citado anteriormente, os
no tratamento de várias doenças ósseas. Entre eles destaca
considerado um dos mais potentes disponíveis no mercado.
Ácido pamidronico (a) Ácido risedronico (b)
Ácido etidronico (c) Ácido alendronico (d)
Ácido clodronico (e) Ácido ibandronico (f)
Estruturas representativas das classes dos bisfosfonat
pamidrônico, (b) ácido risedronico, (c) ácido etidronico, (d) ácido alendronico, (e)
ácido clodronico e (f) ácido ibandronico.
Os bisfosfonatos que contêm nitrogênio terciário na cadeia l
são geralmente mais potentes em inibir a reabsorção óssea. Entre os BFs mais
potentes que inibem a reabsorção óssea estão aqueles contendo o átomo de
nitrogênio em um anel heterocíclico.26
Como citado anteriormente, os bisfosfonados são freqüentemente utilizados
no tratamento de várias doenças ósseas. Entre eles destaca
considerado um dos mais potentes disponíveis no mercado.24
Ácido pamidronico (a) Ácido risedronico (b)
Ácido etidronico (c) Ácido alendronico (d)
Ácido clodronico (e) Ácido ibandronico (f)
8
Estruturas representativas das classes dos bisfosfonatos: (a) ácido
pamidrônico, (b) ácido risedronico, (c) ácido etidronico, (d) ácido alendronico, (e)
Os bisfosfonatos que contêm nitrogênio terciário na cadeia lateral alquílica,
são geralmente mais potentes em inibir a reabsorção óssea. Entre os BFs mais
potentes que inibem a reabsorção óssea estão aqueles contendo o átomo de
bisfosfonados são freqüentemente utilizados
no tratamento de várias doenças ósseas. Entre eles destaca-se o Risedronato,
O Ácido Risedronico (1
(Figura 1.4),31 cuja fórmula molecular é C
uma nova geração de bisfosfonato piridinil utilizado no tratamento de doenças
ósseas como a osteoporose e a de Paget.
que se liga a hidroxiapatita no osso e inibe a reabsorção óssea mediada por
osteoclastos, reduzindo a renovação óssea, enquanto a atividade osteoblástica e a
mineralização são preservadas
Pode-se dizer que o
a perda óssea, dando mais tempo para recuperar o déficit mineral do tecido ósseo
reduzido, produzido pela alta taxa
material ósseo.17
Figura 1.4- Ácido Risedrô
O Risedronato mostrou
vertebrais logo após 6 meses de tratamento.
no risco de fraturas, bem como a redução d
Paget, evitando a perda óssea associada à terapia com cort
1.4.1- Farmacocinéticas
A biodisponibilidade oral, fração de uma dose que alcança a circulação
sistêmica, é determinada pela comparação da área total sob a curva de
concentração no plasma
A biodisponibilidade do r
ser de baixa eficiência (<1%).
dificultando o transporte através da barreira epitelial. Além disso é um
relativamente grande, negativamente carregada no pH intestinal e complexa
facilmente com o cálcio, prejudicando ainda mais a sua absorção.
O Ácido Risedronico (1-hidroxi-2-[3-piridinil] etilideno ácido bisfosfônic
cuja fórmula molecular é C7H11NO7P2 e de peso molecular
uma nova geração de bisfosfonato piridinil utilizado no tratamento de doenças
ósseas como a osteoporose e a de Paget.32 É um agente altamente antireabsortivo
que se liga a hidroxiapatita no osso e inibe a reabsorção óssea mediada por
osteoclastos, reduzindo a renovação óssea, enquanto a atividade osteoblástica e a
mineralização são preservadas.33,34
se dizer que o Risedronato reduz a taxa de remodelame
a perda óssea, dando mais tempo para recuperar o déficit mineral do tecido ósseo
reduzido, produzido pela alta taxa de remodelamento, restaurando
Risedrônico.
isedronato mostrou-se capaz de reduzir as fraturas vertebrais e não
após 6 meses de tratamento. Além de propiciar a continua
bem como a redução da dor em pacientes com doença de
a perda óssea associada à terapia com corticóides.
Farmacocinéticas
A biodisponibilidade oral, fração de uma dose que alcança a circulação
sistêmica, é determinada pela comparação da área total sob a curva de
concentração no plasma versus tempo, após a administração oral e
sponibilidade do risedronato após administração por via oral
(<1%).36 Isso corre devido ao risedronato ser pouco lipofílicos,
dificultando o transporte através da barreira epitelial. Além disso é um
relativamente grande, negativamente carregada no pH intestinal e complexa
facilmente com o cálcio, prejudicando ainda mais a sua absorção.
9
piridinil] etilideno ácido bisfosfônico)
e de peso molecular 283,11 é
uma nova geração de bisfosfonato piridinil utilizado no tratamento de doenças
É um agente altamente antireabsortivo,
que se liga a hidroxiapatita no osso e inibe a reabsorção óssea mediada por
osteoclastos, reduzindo a renovação óssea, enquanto a atividade osteoblástica e a
isedronato reduz a taxa de remodelamento que retarda
a perda óssea, dando mais tempo para recuperar o déficit mineral do tecido ósseo
de remodelamento, restaurando a rigidez do
reduzir as fraturas vertebrais e não-
Além de propiciar a continua redução
m pacientes com doença de
icóides.17,35
A biodisponibilidade oral, fração de uma dose que alcança a circulação
sistêmica, é determinada pela comparação da área total sob a curva de
tempo, após a administração oral e intravenosa.28
após administração por via oral demonstra
Isso corre devido ao risedronato ser pouco lipofílicos,
dificultando o transporte através da barreira epitelial. Além disso é uma molécula
relativamente grande, negativamente carregada no pH intestinal e complexa
facilmente com o cálcio, prejudicando ainda mais a sua absorção.37
10
A absorção do risedronato dentro do trato intestinal superior é relativamente
rápida (tmax~1h) e independe do local de administração. A absorção também
independe da dose oral de 2,5 a 30 mg.35
A excreção renal é a única rota de eliminação do risedronato. Estudos
realizados em animais e humanos indicam que os bisfosfonados administrados
sistematicamente são parcialmente ligados aos tecidos ósseos e o restante é
excretado pelos rins.28
Depois que o risedronato é absorvido, a concentração no soro e a taxa de
excreção urinária são multifasicas, com uma meia-vida inicial de 1,5 horas e uma
meia-vida terminal exponencial de 230 horas em voluntários saudáveis.35
Os alimentos causam uma acentuada diminuição na absorção do
Risedronato, devendo este ser administrado pelo menos 30 minutos antes da
primeira alimentação diária.38
1.5 - Genéricos
O genérico é um medicamento que tem a mesma fórmula e produz os
mesmos efeitos no organismo que um medicamento de referência (conhecido pela
marca comercial).
A indústria de genéricos surgiu na década de 60, quando o governo dos
Estados Unidos decidiu provar a segurança e a eficácia dos medicamentos
produzidos até 1962. O National Research Council of the National Academy of
Scinces, foi indicado para avaliar todos os medicamentos aprovados para uso até
aquela data. Essa informação permitiu que os fabricantes de genéricos obtivessem
permissão para produzir medicamentos classificados como eficazes até 1962, sem a
necessidade da realização de estudos in vivo.39
A lei dos genéricos surgiu por que os preços dos medicamentos vinham
subindo descontroladamente, deixando o consumidor sem opção. A entrada dos
genéricos no mercado incentivou a concorrência no setor, trazendo novas opções ao
consumidor fazendo com que os preços caíssem.
Para serem registrados, os genéricos são submetidos a um rígido controle de
qualidade, que assegura que o consumidor terá resultados exatamente iguais aos
remédios de referência.
Visando garantir a qualidade do genérico, a ANVISA avalia os resultados dos
11
testes de bioequivalência no território nacional brasileiro.
A bioequivalência é um estudo comparativo entre as biodisponibilidades do
medicamento de referência e do genérico correspondente. Se não houver diferença
entre a velocidade e extensão de absorção dos dois medicamentos, isto quer dizer
que eles são intercambiáveis, ou seja, podem substituir um ao outro.40
De acordo com a Resolução RDC no 16 de 02 de março de 2007 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, dois medicamentos são considerados
bioequivalentes quando são administrados na mesma dose molar, nas mesmas
condições experimentais e não apresentam diferenças estatisticamente significativas
em relação a biodisponibilidade. Além disso, um medicamento considerado
bioequivalente tem que conter o mesmo fármaco, isto é, mesmo sal ou éster da
molécula terapeuticamente ativa, na mesma quantidade e forma farmacêutica,
podendo ou não conter excipientes idênticos, sendo portanto equivalente
farmacêutico.40
1.6- Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE ) e Ultra Eficiência (CLUE)
A cromatografia é um método físico-químico de separação e está
fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre
devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis: fase móvel e a fase
estacionária.
O desenvolvimento da cromatografia ocorreu por volta dos anos de 1950,
quando se usavam colunas recheadas com partículas irregulares de 100-200 µm
que alcançavam eficiência de apenas 200 pratos/15 cm.
Baseando-se na teoria da cromatografia gasosa, de que a eficiência de uma
separação aumenta com a diminuição do tamanho da partícula da fase estacionária,
surgiu na década de 60, a cromatografia líquida de alta eficiência. Neste período
foram introduzidas as colunas recheadas com partículas peliculares rígidas de 40-50
µm, mecanicamente resistentes e, dessa forma, próprias para serem usadas com
pressão.41
Com o surgimento da CLAE, através do aprimoramento da cromatografia
líquida clássica, foi possível superar as dificuldades de se separação de alguns
compostos, como corantes polares, isômeros, drogas básicas e seus metabólitos. 42
Um sistema de cromatografia líquida é composto por módulos, que são
12
projetados para proporcionar versatilidade, rapidez, reprodutibilidade e alta
sensibilidade nas análises. Na Figura 1.5 está demonstrado um esquema dos
componentes de um cromatógrafo líquido.
Figura 1.5- Representação esquemática de um sistema de cromatografia líquida.
O avanço mais recentes das técnicas de separação é a cromatografia líquida
de ultra eficiência (CLUE).
A CLUE baseia-se nos mesmos princípios da cromatografia líquida de alta
eficiência, porém são utiliza partículas menores que 2 µm nas colunas
cromatográficas e bombas bem mais potentes já que a pressão do sistema fica ao
redor de 15000 psi. O uso destas partículas juntamente com as altas velocidades da
fase móvel, aumentam a resolução (30000 pratos/15 cm), a detectabilidade e
diminuem o tempo de análise. 42
Na Figura 1.6 está demonstrado um cromatógrafo líquido de ultra eficiência
(CLUE).
13
Figura 1.6- Foto de um sistema de cromatografia líquida de ultra eficiência.
A cromatografia pode ser combinada a diferentes sistemas de detecção e
entre esses sistemas destacam-se: UV-Visível; Fluorescência; Índice de refração;
Infra-Vermelho; Eletroquímicos e o Espectrometro de Massas.
1.7- Espectrometria de Massas
Os primeiros experimentos da ciência em busca do conhecimento das
partículas sub-atômicas, datados do século XIX, contribuíram para o acúmulo de
conhecimento que culminaram com o advento da espectrometria de massa. O
controle do deslocamento por campo eletromagnético de átomos e moléculas
ionizadas através de câmaras de atmosfera rarefeita, bem como o experimento do
físico inglês J.J Thomson (1856-1940), demonstrando diferentes espectros de
massa para uma mesma molécula, se destacam.
O conhecimento desses princípios propiciou a elaboração de um novo
instrumento analítico. O espectrômetro de massas capaz de converter moléculas
neutras em íons na forma gasosa e separá-las eletromagnéticamente de acordo com
sua razão massa/carga e, ao mesmo tempo, quantificá-las usando isótopos estáveis
não-radioativos como padrões internos.43 Na Figura 1.7 pode ser observada a
fotografia de um espectrômetro de massas.
14
Figura 1.7- Fotografia de um Espectrômetro de Massas.
Um espectrômetro de massas pode ser entendido como um instrumento
contendo uma fonte de íons, um separador ou filtro de massas – na realidade,
massa/carga (m/z) – e um detector.44
O espectrômetro de massas pode ser utilizado como um detector
extremamente seletivo, através da fixação de um íon molecular. Nesta técnica
utiliza-se apenas um analisador de massas para separar os íons gerados na fonte
de ionização.45
Outra técnica espectrométrica é a espectrometria de massas sequencial
(MS/MS), onde ao invés de se utilizar apenas um analisador de massas para
separar os íons de mesma razão m/z gerados na fonte de ionização, utilizam-se dois
analisadores ou dois estágios de espectrometria de massas, em que um deles é
usado para isolar o íon de interesse e o outro é usado para estabelecer uma relação
entre este íon de interesse isolado e outros íons que foram gerados a partir de sua
dissociação induzida.45 Esta técnica acoplada à cromatografia é amplamente
empregada na detecção de compostos presentes em matrizes complexas em baixa
concentração, já que possibilita um aumento na detecção e reduz a interferência
espectral de compostos presentes na matriz, além de aumentar a quantidade de
informação estrutural que se pode obter.46
Existem diversos tipos de analisadores de massas, cada um com seus
princípios e características de análise. Entre os analisadores destacam-se o
analisador Quadrupolar, o analisador de Tempo de Vôo e o ion-trap, sendo que no
presente trabalho utilizou-se um instrumento contendo três analisadores de massas
Quadrupolar, ligados em série, constituindo um Triplo Quadrupolo.
1.7.1- Analisador de M assa
O quadrupolo é constituído de quatro
se aplicam uma corrente elétrica do tipo DC e um potencial RF (rádio frequência)
alternante. Os íons produzidos na fonte de ionização do instrumento são focalizados
ao centro da região entre as quatro hastes e atravessa
Suas trajetórias serão dependentes ao campo elétrico produzido onde apenas íons
de uma particular m/z (razão massa sobre carga) terão uma trajetória estável e
chegarão ao detector. Todos outros valores de
ou colidir, ou escapar da região central do quadrupolo, logo não atingindo o detector,
conforme esquema da F
obtenham uma trajetória estável ao longo do quadrupolo chegando ao detector,
gerando assim um espectro de massas
Figura 1.8- Esquema de um filtro quadrupolar.
No instrumento triplo quadrupolar, o íon precursor proveniente do primeiro
quadrupolo é acelerado por um potencial elétrico para uma região de alto vácuo no
interior do segundo quadrupolo, onde sofre repetidas colisões com um gás inerte de
elevada energia (geralmente Ar, He ou N
potencial deste íon até ocasionar sua fragmentação, conduzindo a formação dos
íons produtos. É importante r
separar íons de mesma razão
fragmentação dos íons selecionados no primeiro quadrupolo.
demonstrado o funcionamento de um espect
Quadrupolar, ligados em série, constituindo um Triplo Quadrupolo.
assas Quadrupolo
é constituído de quatro hastes metálicas paralelas
se aplicam uma corrente elétrica do tipo DC e um potencial RF (rádio frequência)
alternante. Os íons produzidos na fonte de ionização do instrumento são focalizados
ao centro da região entre as quatro hastes e atravessam quadrupolo axialmente.
Suas trajetórias serão dependentes ao campo elétrico produzido onde apenas íons
(razão massa sobre carga) terão uma trajetória estável e
chegarão ao detector. Todos outros valores de m/z terão trajetórias inst
ou colidir, ou escapar da região central do quadrupolo, logo não atingindo o detector,
conforme esquema da Figura 1.8. A RF é variada para que íons de diferente
enham uma trajetória estável ao longo do quadrupolo chegando ao detector,
gerando assim um espectro de massas.45
Esquema de um filtro quadrupolar.
No instrumento triplo quadrupolar, o íon precursor proveniente do primeiro
quadrupolo é acelerado por um potencial elétrico para uma região de alto vácuo no
do segundo quadrupolo, onde sofre repetidas colisões com um gás inerte de
elevada energia (geralmente Ar, He ou N2), levando a um aumento da energia
potencial deste íon até ocasionar sua fragmentação, conduzindo a formação dos
íons produtos. É importante ressaltar que o segundo quadrupolo não é utilizado para
separar íons de mesma razão m/z, mas sim como cela de colisão, na qual ocorre a
fragmentação dos íons selecionados no primeiro quadrupolo.47
demonstrado o funcionamento de um espectrômetro de massas triplo quadrupolar.
15
Quadrupolar, ligados em série, constituindo um Triplo Quadrupolo.
hastes metálicas paralelas nos quais
se aplicam uma corrente elétrica do tipo DC e um potencial RF (rádio frequência)
alternante. Os íons produzidos na fonte de ionização do instrumento são focalizados
m quadrupolo axialmente.
Suas trajetórias serão dependentes ao campo elétrico produzido onde apenas íons
(razão massa sobre carga) terão uma trajetória estável e
terão trajetórias instáveis e irão,
ou colidir, ou escapar da região central do quadrupolo, logo não atingindo o detector,
é variada para que íons de diferente m/z
enham uma trajetória estável ao longo do quadrupolo chegando ao detector,
No instrumento triplo quadrupolar, o íon precursor proveniente do primeiro
quadrupolo é acelerado por um potencial elétrico para uma região de alto vácuo no
do segundo quadrupolo, onde sofre repetidas colisões com um gás inerte de
), levando a um aumento da energia
potencial deste íon até ocasionar sua fragmentação, conduzindo a formação dos
essaltar que o segundo quadrupolo não é utilizado para
, mas sim como cela de colisão, na qual ocorre a
Na Figura 1.9, está
rômetro de massas triplo quadrupolar.
Os íons gerados na fonte são inseridos no quadrupolo Q1, liberando apenas um íon
precursor. O segundo estágio q2 o íon precursor colide com as moléculas de N
Ar em uma pressão de aproximadamente 10
íons filhos. O quadrupolo Q3 atua como um segundo filtro, permitindo que somente
determinados íons filhos passem para o detector.
Figura 1.9- Demonstração esquemática do espectrômetro de massas triplo
quadrupolar.
1.8- Cromatografia Líquida de Alta Eficiência Acoplada a E spectrometria de
Massas(LC-EM)
O acoplamento de um cromatógrafo com um espectrômetro de massas
combina as vantagens da cromatografia (alta seletividade e eficiência de separação)
com as vantagens da espect
massa molar e aumento adicional da seletividade).
Na utilização da cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas,
são encontradas dificuldades
cromatográfico com o
espectrômetro de massas.
grandes (da ordem de 1,0 mL min
eluente de um cromatógrafo líquido dir
espectrômetro, que opera a pressões de cerca de 1,3 x 10
função da interface empregada em CLAE
parte, da fase móvel.45
Na tentativa de minimizar os problemas encontrados no interfaceamento do
sistema CLAE-EM, foram desenvolvidas várias interfaces, nas quais, muitas vezes,
Os íons gerados na fonte são inseridos no quadrupolo Q1, liberando apenas um íon
precursor. O segundo estágio q2 o íon precursor colide com as moléculas de N
Ar em uma pressão de aproximadamente 10-8 a 10-6 bar e se fragmenta formando os
íons filhos. O quadrupolo Q3 atua como um segundo filtro, permitindo que somente
determinados íons filhos passem para o detector.
Demonstração esquemática do espectrômetro de massas triplo
omatografia Líquida de Alta Eficiência Acoplada a E spectrometria de
O acoplamento de um cromatógrafo com um espectrômetro de massas
combina as vantagens da cromatografia (alta seletividade e eficiência de separação)
com as vantagens da espectrometria de massas (obtenção de informação estrutural,
massa molar e aumento adicional da seletividade).46
Na utilização da cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas,
dificuldades relacionadas à vazão do eluente do sistema
sistema de vácuo e o projeto da fonte de íons do
espectrômetro de massas.46 As vazões utilizadas na CLAE são relativamente
grandes (da ordem de 1,0 mL min-1), de maneira que não é possível bombear
eluente de um cromatógrafo líquido diretamente para o interior da fonte do
espectrômetro, que opera a pressões de cerca de 1,3 x 10-4 Pa. Por este motivo a
função da interface empregada em CLAE-EM está na remoção de toda, ou grande
Na tentativa de minimizar os problemas encontrados no interfaceamento do
EM, foram desenvolvidas várias interfaces, nas quais, muitas vezes,
16
Os íons gerados na fonte são inseridos no quadrupolo Q1, liberando apenas um íon
precursor. O segundo estágio q2 o íon precursor colide com as moléculas de N2 ou
bar e se fragmenta formando os
íons filhos. O quadrupolo Q3 atua como um segundo filtro, permitindo que somente
Demonstração esquemática do espectrômetro de massas triplo
omatografia Líquida de Alta Eficiência Acoplada a E spectrometria de
O acoplamento de um cromatógrafo com um espectrômetro de massas
combina as vantagens da cromatografia (alta seletividade e eficiência de separação)
rometria de massas (obtenção de informação estrutural,
Na utilização da cromatografia líquida acoplada a espectrometria de massas,
relacionadas à vazão do eluente do sistema
sistema de vácuo e o projeto da fonte de íons do
As vazões utilizadas na CLAE são relativamente
), de maneira que não é possível bombear
etamente para o interior da fonte do
Pa. Por este motivo a
EM está na remoção de toda, ou grande
Na tentativa de minimizar os problemas encontrados no interfaceamento do
EM, foram desenvolvidas várias interfaces, nas quais, muitas vezes,
17
também é realizada a ionização do analito por métodos que permitem a obtenção de
íons a partir de moléculas sensíveis à temperatura e/ou pouco voláteis.45,47 No
presente trabalho foi utilizado electrospray (ESI) como interface e método de
ionização.
1.8.1- Ionização por Electrospray (ESI)
A ionização por electrospray tornou-se uma das técnicas mais importante
para analisar pequenas moléculas polares, peptídeos, proteínas e oligonucleotídeos
e outros compostos de alto peso molecular.48
Em 1968 Dole sugeriu o electrospray como um possível modo de ionização
para espectrometria de massas, mas foi somente me 1984 que Yamashita e Fenn
demonstraram a aplicabilidade da fonte de electrospray como um método de
ionização branda.49
A ionização por electrospray envolve a formação de um spray eletrostático, a
partir do qual são geradas pequenas gotas carregadas e destas são liberados os
íons, conforme demonstrado na Figura 1.10.44, 50
Figura 1.10- Ilustração da fonte de electrospray.
Em “ESI”, o líquido no qual o analito de interesse se encontra dissolvido,
18
passa através de um capilar, a pressão atmosférica, sob alta voltagem. Na saída do
capilar são formadas pequenas gotas altamente carregadas (spray) que são
dessolvatadas ao se deslocarem para uma região com maior ou menor potencial
(depende do modo de ionização: positivo ou negativo), ou seja, em direção ao contra
eletrodo. Assim, a gota sendo formada na ponta do capilar estará enriquecida em
íons. Conforme a densidade da carga aumenta na gota, o campo elétrico formado
entre o capilar e o contra eletrodo aumenta, provocando a deformação da gota. A
gota ganha à forma de um cone que é denominado cone de Taylor. Também
participa da dessolvatação um fluxo contínuo de N2. A medida que ocorre a
dessolvatação, o tamanho das gotas é reduzido até o ponto em que a força de
repulsão entre as cargas similares fica maior que as forças de coesão da fase
líquida. Neste momento ocorre a chamada “explosão coulômbica”, que gera gotas
com tamanhos equivalentes a 10% do tamanho das gotas das quais se originaram.
Uma série de explosões passa então a ocorrer até que são produzido íons do analito
a partir destas gotas, os quais são transferidos para o interior do espectrômetro de
massas por uma série de dispositivos de focalização. Este modelo de formação de
íons é chamado de carga residual (charged residue mode, CRM).
Um outro modelo que explica a formação de íons, consiste na evaporação
das gotículas carregadas até o ponto onde as cargas presentes começam a sofrer
repulsão eletrostática ocasionando a evaporação dos íons. Este modelo é chamado
de evaporação de íons (íon evaporation mode, IEM).44, 45, 46
Para a análise por LC-EM de compostos presentes em matrizes biológicas
complexas, primeiramente é necessário a realização de um pré-tratamento das
amostras a serem analisadas.
1.9- Tratamento da Amostra
A análise cromatográfica de substâncias presentes em matrizes biológicas
(soro, plasma, urina, etc), em geral, requer um pré-tratamento da amostra. As razões
para tal tratamento são inúmeras, destacando-se a complexidade das matrizes
biológicas, das quais os compostos são obtidos, a existência de proteínas que são
incompatíveis com as colunas cromatográficas e a concentração de substâncias a
serem analisadas, a nível de traço. A meta final do tratamento da amostra é a
obtenção de uma sub-fração da amostra original enriquecida com as substâncias de
19
interesse analítico, de forma que se obtenha uma separação cromatográfica livre de
interferentes, com a detecção adequada e um tempo razoável de análise.
Existem várias técnicas para extração de compostos presentes em fluídos
biológicos e dentre elas estão à extração líquido-líquido, a precipitação de proteínas
e a extração em fase sólida.
Na extração líquido-líquido ocorre a partição da amostra entre duas fases
imiscíveis (orgânica e aquosa). A eficiência da extração depende da afinidade do
soluto pelo solvente de extração, da razão das fases e do número de extrações.
A escolha adequada do solvente orgânico e o ajuste do pH da amostra são
necessários para assegurar uma boa recuperação do analito. A extração de
substâncias básicas é, normalmente, realizada a pH maiores que 7,0 e a extração
de substâncias ácidas é feita em pH menores que 5,0. Vários tipos de solventes
orgânicos têm sido empregados na extração de drogas ácidas e básicas presentes
em amostras de fluidos biológicos, tais como éter dietílico, acetato de etíla, hexano,
tolueno, diclorometano, misturas de solventes, etc. Quanto maior a afinidade do
analito pelo solvente orgânico, maior a recuperação do mesmo.51
Outro processo de preparo de amostra é a precipitação de proteínas das
matrizes biológicas. Os compostos ligam-se às proteínas, porém estas ligações
podem ser quebradas através de um processo chamado precipitação.
A precipitação pode ocorrer através de vários métodos, entre eles,
aquecimento, tratamento com ácidos, bases ou solventes orgânicos que são
miscíveis com a água como: metanol, acetonitrila e o etanol. Após o processo de
precipitação, faz-se uma centrifugação para separar o precipitado, e o sobrenadante
é injetado diretamente no cromatógrafo ou submetido a um processo de extração
líquido-líquido.52
Uma das técnicas mais poderosas e muito empregada para a extração de
analitos presentes em matrizes complexas é a extração em fase sólida.
Este processo emprega sorventes recheados em cartuchos, nas formas de
barril ou seringas, e os mecanismos de retenção são idênticos àqueles envolvidos
em cromatografia líquida em coluna. Em geral os procedimentos de extração em
fase sólida envolve 5 etapas: i)ativação do sorvente para deixar os sítios ativos
disponíveis; ii) condicionamento do sorvente com solvente adequado para ajustar as
forças do solvente de eluição com o solvente da amostra; iii) introdução da amostra;
20
iv) limpeza da coluna para retirar os interferentes menos retidos que o analito; v)
eluição e coleção do analíto.
Em geral, os materiais de recheio, empregados para extração em fase sólida,
são similares aos usados em cromatografia líquida (alumina, sílica gel, silicato de
magnésio, fases químicamente ligadas e polímeros). Os grupos mais
frequentemente usados à base de sílica quimicamente ligada podem ser divididos
em 3 categorias: i) fase reversa, quando o sorvente é menos polar que o solvente de
eluição; ii) fase normal, quando o solvente é menos polar que o sorvente e iii) troca
iônica.51
21
2- OBJETIVO
Este trabalho teve por objetivo o desenvolvimento e a validação de um
método bioanalítico para a determinação e quantificação do fármaco Risedronato em
plasma humano por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à
Espectrometria de Massas seqüencial (LC/MS/MS).
22
3- MATERIAIS E MÉTODOS
3.1- Princípios do Método Bioanalítico
O Risedronato juntamente com seu padrão interno Risedronato D4 foram
extraídos do plasma humano através da técnica de extração em fase-sólida (EFS).
Após o preparo da amostra utilizando ácido clorídrico 1,0 M, esta é aplicada no
cartucho de EFS, e em seguida lavada com solução de ácido clorídrico 5 mM,
metanol e água milli-Q, derivatizada com diazometano e eluída com fase móvel.
Após esse procedimento a fase aquosa das amostras foi transferida para insert e
analisada por Cromatografia Líquida de Ultra Performance com detecção por
Espectrometria de Massas Sequêncial (LC/MS/MS).
3.1.1- Equipamentos e Materiais
Para o desenvolvimento e validação da metodologia bioanalítica, foram
utilizados diferentes tipos de equipamentos e materiais. Os equipamentos, materiais
e os componentes da Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência (CLUE) estão
descritos nas Tabelas 3.1 e 3.2, respectivamente.
Tabela 3.1- Descrição dos equipamentos e materiais utilizados.
Descrição Fabricante / País de Origem
Micropipetas de Volume Variável Gilson / França
HTL / Polonia
Ponteira para Micropipeta Axygen / USA
Mesa Agitadora Fine Mixer PCR / Coréia
Misturador (Vortex) Phoenix / USA
Balança Analítica Precisa CP 225 D Sartorius /
Alemanha
Cartucho de Extração de Fase-Sólida
(ESF) OASIS WAX Waters / USA
Bomba à Vácuo Tecnal / Brasil
Extration Plate Manifold Waters / USA
Destilador UFSCAR / Brasil
23
Tabela 3.2- Descrição dos componentes do CLUE.
Descrição Fabricante / Modelo
Espectrômetro de Massas Micromass MS / Premier XE
Nitrogênio Líquido White Martins / TM500
Bomba Analítica Waters / Binary Solvent Manager
Auto-Injetor Waters / Sample Manager / Sample
Organizer
Programa Micromass / Mass Lynx 4.1
3.1.2- Preparo das Soluções Padrão
No desenvolvimento e validação do método, foram preparadas soluções de
Risedronato (fármaco) e Risedronato D4 (padrão interno) na concentração de 100,0
µg/mL. Para o preparo das soluções, tanto de fármaco como de padrão interno,
utilizou-se água Milli-Q como diluente. Todas as soluções padrão preparadas foram
transferidas para frascos de plásticos rotulados, e tampados com batoque e tampa
de rosca. As soluções foram armazenadas na geladeira (de 2o C a 10o C) e
substituídas de acordo com os prazos de validades pré-determinados.
3.1.3- Preparo da Fase Móvel
A fase móvel utilizada no presente estudo foi Acetonitrila / Acetato de Amônio
10mM na proporção 70:30 v/v.
A solução utilizada como fase móvel foi preparada de acordo com a
necessidade e substituída diariamente antes de uma nova corrida analítica.
3.1.4- Preparo dos Padrões da Curva de Calibração e das Amostras Controle
de Qualidade
As concentrações dos padrões da curva de calibração e das amostras
controles de qualidade foram definidas através de uma pesquisa bibliográfica, onde
é determinada a concentração plasmática máxima (Cmax) relativa à dose
administrada. Após definição do Cmax, determina-se os valores da curva de
24
calibração e dos controles de qualidade, sendo que essas concentrações
correlacionam-se com a dose par qual o método foi desenvolvido.
A curva de calibração inclui a análise de uma amostra de branco (matriz
biológica isenta de padrão do fármaco e do padrão interno), uma amostra zero
(matriz biológica com adição de padrão interno) e de amostras contendo padrão do
fármaco e padrão interno contemplando a faixa prevista de concentrações que se
pretende analisar. Os padrões da curva de calibração foram preparados
adicionando-se o fármaco a ser analisado ao plasma humano. Na Tabela 3.3, estão
apresentados os dados referentes aos níveis da curva de calibração.
Tabela 3.3- Valores de concentração para curva de calibração do Risedronato.
Nível Amostra Concentração no Plasma (ng/mL)
B Branco 0
Z Zero 0
1 Risedronato 0,5
2 Risedronato 5,0
3 Risedronato 10,0
4 Risedronato 30,0
5 Risedronato 50,0
6 Risedronato 100,0
7 Risedronato 200,0
Os controles de qualidade (CQ) definidos neste trabalho têm 2 objetivos
distintos: Os definidos por LQ são utilizados para determinar o Limite de
Quantificação (LQ) do método analítico. Para sua determinação foram feitas análises
da matriz biológica contendo concentrações decrescentes do fármaco até o menor
nível quantificável com precisão e exatidão aceitáveis.
Os controles de qualidade baixo (CQB), médio (CQM) e alto (CQA) foram
utilizados para monitorar a precisão e exatidão do método de quantificação durante
os ensaios.
O controle de qualidade baixo (CQB) é determinado como sendo três vezes a
concentração do limite de quantificação (LQ), o controle de qualidade alto (CQA)
como sendo de 75-90% do ponto mais alto da curva e o controle de qualidade médio
25
(CQM) seria a média aproximada do CQB e CQA.
Todas as amostras dos controles de qualidade foram preparadas
adicionando-se o analito a ser analisado ao plasma humano.
Na Tabela 3.4 estão apresentados os dados referentes às concentrações das
amostras dos controles de qualidade.
Tabela 3.4- Preparo dos controles de qualidade.
CQ Analito Concentração no plasma (ng/mL)
LQ Risedronato 0,5
CQB Risedronato 1,5
CQM Risedronato 80,0
CQA Risedronato 160,0
As amostras da curva de calibração e os controles de qualidade foram
fracionadas em alíquotas de 200 µL, armazenadas em tubos tipo eppendorf
devidamente rotuladas e estocadas a -70 °C até a su a utilização.
3.1.5- Parâmetros Cromatográficos
As análises cromatográficas foram realizadas usando uma coluna analítica
Acquity UPLC BEH – Hilic (1,7 µm, 2,1 mm x 50 mm) à temperatura ambiente. O
fluxo no Cromatógrafo Líquido de Ultra Performance foi programado para operar
com 0,25 mL/min, um volume de injeção de 10 µL e o tempo total de corrida foi
ajustado para 3,50 minutos. As análises foram realizadas com auto-injetor à
temperatura ambiente.
O tempo de retenção, tanto para o Risedronato quanto para o Risedronato D4,
foi de 2,0 minutos.
3.1.6- Parâmetros de Detecção no Espectrômetro de M assas Seqüencial
MS/MS
Os parâmetros do equipamento utilizados para a detecção do Risedronato e
Risedronato D4 foram: fonte de ionização por electrospray operando em modo
positivo (ESI+) e MRM 354,23 > 228,32 para monitoramento do Risedronato e MRM
358,15 > 232,38 para Risedronato D4. A temperatura da fonte foi de 110 ºC e
26
dessolvatação de 450 ºC. O fluxo dos gases do cone e dessolvatação foram de 14 e
695 L/h, respectivamente. Os valores de voltagem do capilar, cone e energia de
colisão foram, respectivamente, 3,0 KV, 20,0 V e 15,00 eV para o Risedronato e o
Risedronato D4, tendo como pressão de Argônio para a dissociação 3,24 x 10-3
mbar.
3.2- Preparo da Amostra
O preparo do reagente de derivação e o tratamento das amostras,
consecutivamente descritos abaixo, foram utilizados para a extração do Risedronato
e do Risedronato D4 do plasma humano. Este procedimento foi utilizado durante
todo o desenvolvimento e validação da metodologia.
3.2.1- Preparo do Reagente de Derivação Diazometano
Para o preparo do diazometano, primeiramente pesou-se 10,7 g do reagente
p-toluil-sulfonil-nitrosamida (Diazald) e dissolveu-se em 150 mL de éter dietílico.
Resfriou-se a solução em banho de gelo e em seguida transferiu-se a mesma para
um balão de destilação
Em seguida, preparou-se uma solução de 2,0 g de KOH em 50 mL de etanol
96%. Esta solução também foi resfriada em banho de gelo. Adicionou-se ao balão
de destilação contendo a solução de Diazald, a solução de KOH em etanol 96%.
Deixou-se o sistema em repouso por 10 minutos em banho de gelo.
Após o repouso do sistema, a mistura foi destilada em banho-maria a 60 ºC.
Ao final da destilação, neutralizou-se a reação com ácido acético (aproximadamente
10 mL).
O produto da reação foi mantido resfriado à -70 ºC.
3.2.2- Tratamento da Amostra
Para a extração do analito (Risedronato) e do padrão interno (Risedronato D4)
das amostras biológicas, as seguintes etapas foram seguidas.
1ª Etapa) Pré-Tratamento da Amostra:
i. Em tubos eppendorff de 2 mL, tranferiu-se uma alíquota de 200 µL de plasma
27
humano e 25 µL da solução de Risedronato D4 1 ug/mL (Água Milli-Q);
ii. Em seguida agitou-se por 1 minuto em mesa agitadora;
iii. Após agitação, adicionou-se 10 µL de HCl 1M;
iv. Agitou-se novamente por 3 minutos em mesa agitadora;
v. Centrifugou-se as amostra a 14000 rpm durante 5 minutos a temperatura de 4 °C.
vi. Transferiu-se para outro eppendorf, 150 µL do sobrenadante e adicionou-se ao
mesmo 450 µL de Água Milli-Q.
vii. Em seguida, agitou-se a amostra por 1 minuto em mesa agitadora e a mesma foi
reservada (extrato 1).
2a Etapa) Condicionamento do Cartucho:
i. No condicionamento do cartucho, primeiramente injetou-se 2 mL de
Metanol 100% (1 mL por vez);
ii. Em seguida injetou-se 2 mL de HCl 5 mM (1 mL por vez);
iii. E finalmente injetou-se no cartucho 2 mL de água (Milli-Q) (1 mL por vez).
3a Etapa) Injeção do Extrato:
i. Nesta etapa, injetou-se no cartucho, 300 µL do extrato 1 reservado na
primeira etapa.
4a Etapa) Lavagem do Cartucho:
i. Para a lavagem do cartucho após a injeção do extrato, primeiramente injetou-se 1
mL de HCl 5 mM;
ii. Em seguida injetou-se 1 mL de Metanol 100%;
iii. E finalizou-se a lavagem injetando-se 1 mL de Água (Milli-Q).
5a Etapa) Eluição e Reação das Amostras:
i. Na eluição das amostras contidas no cartucho, primeiramente injetou-se 1 mL de
Diazometano, sendo 0,5 mL injetado de cada vez.
ii. Em seguida injetou-se 0,5 mL de Fase Móvel, finalizando a eluição.
iii. Os tubos contendo o eluente foram cobertos com papel alumínio, porém não
28
foram selados completamente já que a reação entre o diazometano e o fármaco em
análise libera gás nitrogênio.
iv. Os tubos contendo as amostras foram deixados em repouso durante 30 minutos.
v. Após o término da reação, transferiu-se do tubo contendo amostra reagida, 200
µL de fase inferior para inserts de vidro descartáveis e injetou-se10 µL no sistema
cromatográfico.
29
4- RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1- Pré-Desenvolvimento
Como mencionado anteriormente o Risedronato é um fármaco pertencente ao
grupo dos bifosfonados. Os bifosfonados apresentam em comum dois grupos
fosfóricos o que confere a esse grupo de moléculas, como característica principal, a
capacidade de se quelarem com íons metálicos tornando sua extração seletiva de
matrizes biológicas e sua determinação e quantificação por cromatografia líquida
acoplada a espectrometria de massas, muito desafiadora.
Os bifosfonados podem interagir facilmente com metais nos sistemas de
cromatografia líquida (por exemplo, na injeção ou colunas cromatográficas), dando
origem ao formato de picos pobres e cromatografia irreprodutível. Além disso, os
bifosfonados não são normalmente passíveis de análise por cromatografia líquida
acoplada a espectrometria de massas.53
A experiência tem demonstrado que os bifosfonados produzem uma
distribuição de múltiplos íons carregados, e são propensos a formação de aduto sob
condições de ionização por electrospray (ESI). Esses fatores limitam, por sua vez, a
sensibilidade do ensaio inviabilizando a determinação e quantificação dessa classe
de fármacos por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas.53
A baixa sensibilidade e a irreprodutibilidade dos bifosfonados quando
analisados por cromatografia liquida acoplada a espectrometria de massas, devido
principalmente à sua característica de se quelarem facilmente com íons metálicos,
induz a pensarmos na necessidade de se obter amostras livre desses íons, porém
essa não é uma tarefa tão simples.
Já é sabido que em matrizes biológicas como o plasma, que foi utilizado no
presente estudo, encontra-se dissolvidos íons metálicos e dentre esses íons está o
cálcio (Ca2+).
A presença dos íons cálcio dissolvidos no plasma é sem dúvida o fator mais
importante que dificulta a extração do Risedronato da matriz biológica.
O Risedronato quando solubilizado no plasma, na sua grande maioria de
moléculas, encontra-se fortemente quelado com os íons cálcios e técnicas
usualmente utilizadas na extração de fármacos de matrizes biológicas, como a
30
precipitação de proteínas, não são eficientes o bastante para a extração do
Risedronato livre dos íons cálcio.
Uma solução para driblar as dificuldades da extração do Risedronato livrando-
o de interferentes e, tornar a análise por cromatografia líquida acoplada à
espectrometria de massas possível, foi a derivatização química com diazometano
juntamente com a extração em fase sólida.
4.1.1- Derivatização Química com Diazometano
A derivatização é um processo no qual o constituinte em análise é modificado
quimicamente para torná-lo mais fácil de ser detectado ou separado. Este processo
químico de derivatização tem sido largamente utilizado para aumentar a detecção de
analítos por LC/MS/MS.48,54
O diazometano, reagente utilizado para derivatizar o risedronato, é um líquido
amarelado extremamente tóxico e altamente explosivo. Em geral é preparado a
partir do p-toluil-sulfonil-nitrosamida por reação com hidróxido de potássio e éter
etílico (Figura 4.1).
S
O
O
N
NO
CH3
CH3
C7H7SO3- +
CH3 N-
N O
CH3 N N OH..
H+
OH -
N+
NCH3
PO
-R
O OH
+ N+
NCH3 N2 +
p-toluil-sulfonil-nitrosamida
Diazometano
DiazometanoÁcido Fosfonico
POR
O OH
CH3
Produto Metilado
Reação a
Reação b
Figura 4.1- a) Reação do p-toluil-sulfonil-nitrosamida com hidróxido de potássio para
a formação do diazometano e b) Reação do ácido fosfônico com diazometano para
formação do produto metilado.
O diazometano é um reagente muito útil na metilação de ácidos carboxílicos e
ácidos fosfônicos, permitindo obter ésteres metílicos.48,54
A reação entre o risedronato e o diazometano resultou em produtos tetra e
31
pentametil derivados, (Figura 4.2), que são facilmente ionizados em electrospray em
modo positivo, resultando em um aumento substancial na sensibilidade da detecção
espectrométrica.
Figura 4.2- Reação do Risedronato com Diazometano gerando produtos tetra e
pentametil derivados.
O produto pentametil derivado é conseqüência de reações que ocorreram não
só nos ácidos fosfônicos do Risedronato, mas também na hidroxila presente na
molécula. Como o produto pentametil derivados foi o que apresentou maior
intensidade de sinal, este foi utilizado para a determinação e quantificação do
Risedronato. Dessa maneira, através da derivatização química, foi possível detectar
e quantificar concentrações muito baixas de risedronato, da ordem de pg/mL.
4.2- Desenvolvimento da Metodologia Bioanalítica
4.2.1- Obtenção do Espectro de Massas (MS)
Para a obtenção do espectro de massas, primeiramente foi necessário a
derivatização da solução de Risedronato preparada em água. Para isso diluiu-se
uma solução de Risedronato para 100 µg/mL, e uma alíquota de 200 µL desta
solução foi transferida para um eppendorf. Adicionou-se ao eppendorf contendo a
solução de Risedronato 1 mL do reagente diazometano previamente preparado em
éter dietílico. O tubo então foi tampado e a mistura foi agitada manualmente. Após
algumas agitações, a tampa dos eppendorfs foram abertas permitindo a liberação do
gás nitrogênio formado na reação. Este processo de agitação e abertura do tubo
eppendorf foram realizadas até desprendimento total do gás, bem como a perda da
coloração da solução de amarelo para transparente. Ao final da reação transferiu-se
uma alíquota da parte inferior aquosa (~ 150 µL) para outro tubo eppendorf.
N
OH P
P
O
O
OH
OHOH
OH
N
OH P
P
O
O
O
OO
O
CH3
CH3CH3
CH3
+N
O P
P
O
O
O
OO
O
CH3
CH3CH3
CH3
CH3
CH3N2
FM= C7H11NO7P2
PM= 283FM= C11H19NO7P2
PM= 339FM= C12H22NO7P2
PM= 353
32
Como o volume da solução produto da reação é baixo, foi necessária a
realização de várias reações em eppendorfs no intuito de se obter um volume
razoável de solução de Risedronato para posterior infusão direta no espectrômetro
de massas.
Previamente à infusão, o espectrômetro de massas foi programado para
realizar uma varredura de massas que compreendesse a massa do Risedronato
derivatizado.
Como o Risedronato possui uma cadeia lateral contendo um anel piridínico, o
que confere a molécula uma basicidade considerável, a infusão foi feita em modo
positivo de ionização (ES+). Após a programação dos parâmetros do espectrômetro
de massas com as condições tradicionais para a obtenção de espectros de massas
em modo MS (resolução do primeiro e terceiro quadrupolo 15 V; energia de saída do
íon do primeiro quadrupolo 1 V; entrada e saída no quadrupolo de colisão 50 V,
energia de colisão 0 V; resolução do terceiro quadrupolo 15 V; saída do terceiro
quadrupolo 3 V; multiplicador de elétrons 950 V), iniciou-se a infusão direta da
solução de Risedronato derivatizado, com um fluxo que variou de 10 µL/mim a
50µL/mim.
4.2.2- Obtenção do Espectro de Massas (MS/MS)
Para a obtenção do espectro de massas do Risedronato em modo MS/MS,
foram necessárias algumas mudanças nos parâmetros do espectrômetro de
massas. Primeiramente aumentou-se a energia de colisão para um valor maior que
0 V e alterou-se os valores de entrada e saída da cela de colisão para -1 e 1 V
respectivamente, e em seguida abriu-se o gás de colisão (argônio) com uma
pressão inicial de 3x10-3 Torr. Os demais parâmetros permaneceram iguais aos do
modo MS.
Com essas mudanças nos parâmetros do espectrômetro de massas, uma
seleção da massa do íon precursor ocorre no primeiro quadrupolo, que é
posteriormente fragmentado no segundo quadrupolo (sela de colisão), e finalmente
no terceiro quadrupolo é realizada uma varredura de massas dos fragmentos
gerados (íons produtos). Na Figura 4.3 estão demonstrados os espectros de massas
em modo MS/MS do Risedronato e Risedronato D4 e na Figura 4.4 está
demonstrada a proposta de fragmentação do Risedronato.
33
Figura 4.3- a) Espectro Risedronato em modo MS/MS.
Figura 4.3- b) Espectro Risedronato D4 em modo MS/MS.
Risedronate 100 ug/mL
m/z60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400
%
0
100
Risedronate_system_12 369 (1.862) Sm (Mn, 2x1.00); Cm (362:383-107:120) Daughters of 354ES+ 1.62e6228.32
166.32
150.36
134.33107.32
212.16
196.27
322.18
244.28
258.14289.91
354.09
Risedronate D4 100 ug/mL
m/z60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 400
%
0
100
Risedronate_system_11 374 (1.887) Sm (Mn, 2x1.00); Cm (353:383-233:248) Daughters of 358ES+ 2.17e6326.23232.31
170.31154.35
138.18111.45
216.29
199.21
248.34
262.34 294.11
358.22
34
N+
OP
P
O
O
O
OO
O
CH3
H H
Me
MeMe
Me
H
MeOH−
N+
P
P
O
O
O
OO
O
Me
MeMe
Me
H
N+
H
P
P
O
O
OMe
OMe
OMe
MeO
..
N
P
P
O
O
OMe
OMeOMe
MeO
H
+
: MeOH−N
P
P
O+
O
OMeOMe
MeO
N
C+ P
O
MeOOMe
m/z 354 m/z 322 m/z 290
m/z 212
CH3PO2−
a
b
ba
a
b C2H7PO3
N+
P
O
O
O
Me
Me
H
OMe
N+
H
PO
OMe
OMe
OMe
:MeOH− N
PO+
OMe
OMe
CH3PO2
−
− N
C+ OMe
m/z 244
m/z 212 m/z 134
NP
P
O+
O
O
OO
O
Me
MeMe
Me
H
..
N
CH+
P
P
O
O
OO
O
Me
MeMe
Me
OH
C+
N P
PO
O
OO
O
Me
MeMe
Me
OH
H
N P
PO
O
OO
O
Me
MeMe
Me
OH
C+
H
CH+N P
PO
O
OO
O
Me
MeMe
Me
O
H
..N P
PO
O
OO
O
Me
MeMe
Me
O+
H ..
CH+N P
PO
O
O
O
O
Me
MeOH
Me
CH3
CH+N P
O
O
Me
MeOH
CH3
-CH3OPO2
m/z 228
H
m/z 322
NP
PO
O
O
O
Me
Me
Me
O+
MeOH−
m/z 290
c
cc
c
c
c
d
dd
Figura 4.4- Proposta de fragmentação para a molécula de Risedronato com m/z 354
(íon precursor). As rotas a,b,c e d sugerem íons produtos correspondentes à
fragmentação do íon precursor.
Através dos espectros de massas em modo MS e MS/MS, foi possível
determinarmos a função MRM (Monitoramento de Reações Múltiplas).
Na função MRM os parâmetros do espectrômetro de massas são ajustados
para que no primeiro quadrupolo ocorra o monitoramento apenas do íon precursor, e
no terceiro quadrupolo seja monitorado somente o íon produto escolhido. O objetivo
35
da função MRM é a obtenção do aumento da seletividade de íons e da sensibilidade.
Com base nesses conceitos determinou-se a função MRM para o
Risedronato: 354,23 > 228,32.
O Risedronato D4 (Figura 4.5), utilizado como padrão interno, foi procedido da
mesma maneira que o Risedronato para a determinação do MS, MS/MS e MRM.
N
OHP
P
O
O
OH
OHOH
OH
D
D
D
D
Figura 4.5- Estrutura molecular do Risedronato D4.
Após a determinação da função MRM, realizou-se o acoplamento da
cromatografia líquida ao espectrômetro de massas. No acoplamento utilizou-se uma
coluna cromatográfica Acquity UPLC BEH – Hilic (1,7 µm, 2,1 mm x 50 mm) e a
mesma fase móvel utilizada no modo MS e MS/MS.
Primeiramente ajustou-se a proporção dos solventes da fase móvel, a fim de
minimizar interferentes cromatográficos e em seguida ajustou-se fonte de ionização
e analisadores, assim como energia de colisão e cone do espectrômetro de massas,
no objetivo de um aumento substancial na intensidade do sinal.
Ajustes também foram realizados no sistema de lavagens do cromatógrafo
líquido, afim de minimizar possíveis contaminações.
4.2.3- Extração das Amostras da Matriz Biológica: E xtração em Fase Sólida
(EFS) e Simultânea Derivatização
Experiências anteriores mostraram que a realização da derivatização química
do Risedronato após a extração em fase sólida, ocasionava grande variabilidade de
resultados entre os diferentes lotes analisados. Isso devido à inconsistência da
reação gerada por interferentes que se desprendem do sorvente e são arrastados
juntos com o Risedronato na eluição, geralmente feita com ácido clorídrico.
Pesquisas em sínteses orgânicas demonstraram que a reação de
derivatização com diazometano pode ser realizada de forma eficiente em sorventes
36
de fase sólida.54
Baseado nesses dados científicos, escolheu-se para extração em fase sólida
e simultânea derivatização do risedronato, cartuchos Oasis WAX (Weak Anion e-
Xchange) que são recheados com sorventes que possuem moléculas contendo
trocadores iônicos básicos fracos, que propiciam alta seletividade na análise de
compostos ácidos.
Para os testes iniciais de extração do risedronato do plasma, a fim de
avaliarmos a eficiência dos cartuchos e a reação de derivação, utilizamos plasma
branco, plasma branco com padrão interno, e plasma com concentrações de LQ,
CQB, CQM e CQA.
Os cartuchos WAX foram carregados com o extrato de plasma, e em seguida
foram lavados com ácido clorídrico 5 mM, metanol e finalmente água. A lavagem dos
cartuchos após a adição do extrato é essencial para a eliminação dos interferentes
que por vez possam estar interagindo com o sorvente e dificultando a posterior
reação do Risedronato com o Diazometano.
Após a lavagem, passou-se pelo cartucho o regente derivatizador
Diazometano, e após a sua passagem, eluiu-se as amostras com fase móvel. O
Risedronato uma vez tendo os seus ácidos fosfônicos derivatizados, passa a perder
a interação iônica que o mantinha preso ao sorvente tornando-se mais hidrofóbico, e
desta forma é facilmente arrastado pela fase móvel utilizada na eluição.
Este processo de derivatização na superfície do sorvente do cartucho de
extração em fase sólida se mostrou muito específico quanto à seletividade na
retenção do Risedronato, resultando em extratos muito limpos que resultaram em
uma alta sensibilidade na detecção e quantificação do Risedronato.
4.3- Validação de Metodologia Bioanalítica
A validação do método bioanalítico tem por objetivo demonstrar que a
metodologia préviamente desenvolvida para a quantificação do Risedronato
utilizando o Risedronato D4 como padrão interno, está dentro das normas descritas
na resolução RE nº 899, de 29 de maio de 2003.
A validação do método bioanalítico engloba um pré-estudo que inclui os
parâmetros de especificidade, linearidade, precisão e exatidão, além da definição
37
dos parâmetros de limite de quantificação, concentração dos padrões de calibração
e das amostras do controle de qualidade e é finalizada pela determinação das
estabilidades das amostras tanto em matriz biológica quanto em solução.
4.3.1- Validação do Pré-Estudo
Na realização destes testes foram utilizados padrões de referência com
procedência rastreáveis para o preparo das soluções. Os padrões de referência
utilizados nesta validação estavam todos dentro da vigência determinada pelo
fabricante.
4.3.2- Especificidade
Para o teste de especificidade do método, foram realizadas análises de
amostras de plasma branco de seis indivíduos, sendo quatro amostras normais, uma
lipêmica e uma hemolisada, identificadas pelos respectivos lotes: 3869/6, 56342/1,
37647/4, 54497/2, 26210/7, 4056/9, obitidas no hemonúcleo do hospital universitário
São Francisco (HUSF)
As amostras foram testadas, utilizando o procedimento de extração e as
condições cromatográficas desenvolvidas, para avaliar possíveis interferentes no
tempo de retenção do fármaco (2,0 min) e do padrão interno (2,0 min). Os resultados
foram comparados com aqueles obtidos com uma solução aquosa do analito, em
concentração próxima ao LQ e do padrão interno próxima a sua concentração final.
Nas figuras abaixo estão demonstrados os cromatogramas referentes ao plasma
normal (Figuras 4.6, 4.7, 4.8 e 4.9), ao plasma lipêmico (Figura 4.10), ao plasma
hemolisado (Figura 4.11) e aos cromatogramas referentes à solução de LQ do
Risedronato (Figura 4.12) e do padrão interno na concentração final na amostra
extraída (Figura 4.13).
38
A
B
Figura 4.6- A) Plasma branco normal lote 3869/6, cromatograma referente ao
Risedronato. B) Plasma branco normal lote 3869/6, cromatograma referente ao
padrão interno.
A
B
Figura 4.7- A) Plasma branco normal lote 56342/1, cromatograma referente ao
Risedronato. B) Plasma branco normal lote 56342/1, cromatograma referente ao
padrão interno.
Lote # 3869/6
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
Especificidade_01 Sm (Mn, 2x2) 1: MRM of 3 Channels ES+ 354.23 > 228.32
5.49e32.140.47
1.32
Especificidade_01 Sm (Mn, 2x2) 2: MRM of 3 Channels ES+ 358.15 > 232.38
4.89e30.53
0.161.06 2.93
1.91
Lote # 56342/1
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
Especificidade_02 Sm (Mn, 2x2) 1: MRM of 3 Channels ES+ 354.23 > 228.32
5.34e32.261.890.35
0.92 1.28
2.712.99
Especificidade_02 Sm (Mn, 2x2) 2: MRM of 3 Channels ES+ 358.15 > 232.38
4.69e31.02
0.570.12 1.99 2.52
39
A
B
Figura 4.8- A) Plasma branco normal lote 37647/4, cromatograma referente ao
Risedronato. B) Plasma branco normal lote 37647/4, cromatograma referente ao
padrão interno.
A
B
Figura 4.9- A) Plasma branco normal lote 54497/2, cromatograma referente ao
Risedronato. B) Plasma branco normal lote 54497/2, cromatograma referente ao
padrão interno.
Lote # 37647/4
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
Especificidade_03 Sm (Mn, 2x2) 1: MRM of 3 Channels ES+ 354.23 > 228.32
6.02e32.34
0.220.59 1.12
2.87
Especificidade_03 Sm (Mn, 2x2) 2: MRM of 3 Channels ES+ 358.15 > 232.38
5.23e30.49
1.83
1.260.89
3.05
Lote # 54497/2
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
Especificidade_04 Sm (Mn, 2x2) 1: MRM of 3 Channels ES+ 354.23 > 228.32
5.22e30.59
0.26 1.32 2.582.01
Especificidade_04 Sm (Mn, 2x2) 2: MRM of 3 Channels ES+ 358.15 > 232.38
4.61e30.20 2.97
0.65 2.561.79 2.20
40
A
B
Figura 4.10- A) Plasma branco lipêmico lote 26210/7, cromatograma referente
ao Risedronato. B) Plasma branco lipêmico lote 26210/7, cromatograma
referente ao padrão interno.
A
B
Figura 4.11- A) Plasma branco hemolisado lote 4056/9, cromatograma referente
ao Risedronato. B) Plasma branco hemolisado lote 4056/9, cromatograma
referente ao padrão interno.
Lote # 26210/7 (Plasma Lipemico)
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
Especificidade_05 Sm (Mn, 2x2) 1: MRM of 3 Channels ES+ 354.23 > 228.32
5.62e31.890.47
1.00 1.32
2.50 3.03
Especificidade_05 Sm (Mn, 2x2) 2: MRM of 3 Channels ES+ 358.15 > 232.38
5.04e32.280.45 0.98
1.79 2.81
Lote # 4056/9 (Plasma Hemolisado)
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50
%
0
100
Especificidade_06 Sm (Mn, 3x3) 1: MRM of 3 Channels ES+ 354.23 > 228.32
5.01e32.580.35
Especificidade_06 Sm (Mn, 3x3) 2: MRM of 3 Channels ES+ 358.15 > 232.38
4.41e32.520.04
41
A
Figura 4.12- A) Solução aquosa de Risedronato na concentração de 0,5 ng/mL
(concentração do LQ).
A
Figura 4.13- A) Solução aquosa de Risedronato D4 na concentração de 31,2
ng/mL (concentração final de padrão interno na amostra extraída).
Residronato 0.5 ng/mL
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50
%
0
100
Solucao-LQ-02 Sm (Mn, 2x3) 1: MRM of 1 Channel ES+ 354.23 > 228.32
1.48e4Area
2.031422
Solucao-LQ-02 Sm (Mn, 3x3) 2: MRM of 1 Channel ES+ 358.15 > 232.38
7.27e30.63
0.22 3.202.870.98 2.04
Residronato D4 31.2 ng/mL
Time0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00
%
0
100
Solucao_PI_05 Sm (Mn, 2x2) 1: MRM of 3 Channels ES+ 354.23 > 228.32
7.88e31.24
0.302.792.22
Solucao_PI_05 Sm (Mn, 2x2) 2: MRM of 3 Channels ES+ 358.15 > 232.38
3.48e5Area
2.24134295
1.421067
42
Os resultados obtidos demonstraram que não houve interferências nos
tempos de retenção tanto do risedronato quanto do risedronato D4.
4.3.3- Determinação do Limite de Quantificação
Na definição do limite de quantificação foi considerado a sensibilidade,
especificidade/seletividade, precisão e exatidão do método analítico. O LQ foi
determinado através de análises da matriz biológica contendo concentrações
decrescentes do fármaco até o menor nível quantificável com precisão e exatidão
aceitáveis.
Alguns critérios foram seguidos para a definição do LQ: a) a resposta de pico
para o LQ deve ser, no mínimo, 5 vezes maior que qualquer interferência na amostra
de branco no tempo de retenção do fármaco; b) o pico de resposta do fármaco no
LQ deve ser identificável e reprodutível com precisão de 20% e exatidão entre 80-
120% em relação à concentração nominal do padrão, através da análise de, no
mínimo, cinco amostras de padrões.
Dentro destas condições, o valor encontrado para o LQ foi de 0,5 ng/mL.
4.3.4- Linearidade
Para a avaliação da linearidade da curva de calibração alguns critérios foram
seguidos: a) o desvio deve ser menor ou igual a 20% em relação a concentração
nominal para o LQ, em pelo menos duas das triplicatas e para as outras
concentrações da curva de calibração, o desvio deve ser menor ou igual a 15% em
relação a concentração nominal em pelo menos duas das triplicatas; b) No mínimo
66% das concentrações da curva de calibração devem cumprir com os critérios
descrito no item a incluindo LQ e ponto de maior concentração da curva de
calibração; c) o coeficiente de correlação deve ser igual ou maior do que 0,98.
Na Figura 4.14 e na Tabela 4.1 estão apresentados os dados referentes às três
linearidades e as curvas de calibração respectivamente.
43
Figura 4.14- Representação gráfica das Linearidades.
Tabela 4.1- Equações da curvas de calibração e do respectivo coeficiente de
correlação linear (R).
Equação da Curva de Calibração
Equação da Curva de Calibração 1: Y= 0,00828006X + 0,00783981 (R = 0,998296)
Equação da Curva de Calibração 2: Y= 0,00854124X + 0,00567678 (R = 0,997895)
Equação da Curva de Calibração 3: Y= 0,0084085X + 0,0110804 (R = 0,997754)
4.3.5- Precisão e Exatidão
A avaliação da precisão e exatidão do método bioanalítico, foram analisadas
quatro concentrações distintas dentro da faixa da linearidade. A precisão e exatidão
foram determinadas dentro de um mesmo lote (intra-lote) e em lotes diferentes (inter-
lote).
As concentrações dos controles de qualidades foram definidas como sendo o
CQ-LQ com a mesma concentração do LQ, o CQB (Controle de Qualidade Baixo)
0,000
50,000
100,000
150,000
200,000
250,000
0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0
Co
nce
ntr
açã
o E
nco
ntr
ad
a (
ng
/mL)
Concentração Nominal (ng/mL)
Linearidades
Linearidade 01
Linearidade 02
Linearidade 03
sendo menor ou igual a 3 vezes o valor do LQ, o CQM (Controle de Qualid
Médio) aproximadamente a média entre o CQB e o CQA (Controle de Qualidade
Alto) e o CQA definido entre 75
4.3.5.1- Precisão e Exatidão Intra
Na determinação da precisão e exatidão intra
contendo uma curva de calibração nas concentrações definidas anteriormente e
nove amostras de cada controle de qualidade.
Para a validação intra
de Variação (CV) não devem ser maior
(CQB, CQM e CQA) e não exceder os 20% para o LQ. Em relação à exatidão, as
amostras CQB, CQM e CQA devem estar dentro do desvio de
nominal e para o LQ, desvios menores ou iguais a 20%.
Os resultados da
hemolisado estão apresentados nas Figuras 4.1
Figura 4.15- Resultados
do LQ para matriz (plasma) normal
-20
LQ
CQB
CQM
CQA
Coeficiente de Variação Encontrado
sendo menor ou igual a 3 vezes o valor do LQ, o CQM (Controle de Qualid
Médio) aproximadamente a média entre o CQB e o CQA (Controle de Qualidade
Alto) e o CQA definido entre 75-90 % da maior concentração da curva de calibração.
Precisão e Exatidão Intra -lote
Na determinação da precisão e exatidão intra-lotes uti
contendo uma curva de calibração nas concentrações definidas anteriormente e
nove amostras de cada controle de qualidade.
Para a validação intra-lote ser aprovada, em relação à precisão, o Coeficiente
de Variação (CV) não devem ser maior que 15% para os controles de qualidade
(CQB, CQM e CQA) e não exceder os 20% para o LQ. Em relação à exatidão, as
amostras CQB, CQM e CQA devem estar dentro do desvio de
nominal e para o LQ, desvios menores ou iguais a 20%.
Os resultados das análises intra-lote para o plasma normal, lipêmico e
hemolisado estão apresentados nas Figuras 4.15, 4.16 e 4.17; respectivamente.
s obtidos das análises intra-lote dos controles de qualidade e
para matriz (plasma) normal.
20-10
010
20
7,07
7,076
2,509
3,646
Coeficiente de Variação (CV) %
Intra-Lote - Plasma Normal
Coeficiente de Variação Encontrado Limites do Coeficiente de Variação
Exatidão
44
sendo menor ou igual a 3 vezes o valor do LQ, o CQM (Controle de Qualidade
Médio) aproximadamente a média entre o CQB e o CQA (Controle de Qualidade
90 % da maior concentração da curva de calibração.
lotes utilizou-se um lote
contendo uma curva de calibração nas concentrações definidas anteriormente e
lote ser aprovada, em relação à precisão, o Coeficiente
que 15% para os controles de qualidade
(CQB, CQM e CQA) e não exceder os 20% para o LQ. Em relação à exatidão, as
amostras CQB, CQM e CQA devem estar dentro do desvio de ± 15% do valor
lote para o plasma normal, lipêmico e
; respectivamente.
lote dos controles de qualidade e
Plasma Normal
Limites do Coeficiente de Variação
100,3
102,47
99,43
91,60
Exatidão
Figura 4.16- Resultados
do LQ para matriz (plasma) lipêmica
Figura 4.17- Resultados
do LQ para matriz (plasma) hemolisada
CQB
CQM
CQA
Coeficiente de Variação Encontrado
CQB
CQM
CQA
Coeficiente de Variação Encontrado
s obtidos das análises intra-lote dos controles de qualidade e
para matriz (plasma) lipêmica.
s obtidos das análises intra-lote dos controles de qualidade e
para matriz (plasma) hemolisada.
-15 -10 -5 0 5 10
CQB
CQM
CQA
7,42
1,906
2,557
Coeficiente de Variação (CV) %
Intra-Lote - Plasma Lipêmico
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
-15 -10 -5 0 5 10 15
4,55
2,128
1,998
Coeficiente de Variação (CV) %
Intra-Lote - Plasma Hemolisado
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
45
lote dos controles de qualidade e
lote dos controles de qualidade e
15
Plasma Lipêmico
Limites de Coeficiente de Variação
Plasma Hemolisado
Limites de Coeficiente de Variação
Exatidão (%)
4.3.5.2- Precisão e Exatidão Inter
Na determinação da precisão e exatidão inter
mesmos critérios de avaliação da intra
Os resultados das análises inter
Figura 4.18- Resultados
4.3.6- Validação da Diluição
A validação da diluição
ultrapassem o limite superior da curva de calibração apresentem resultados precisos
e exatos. Para avaliação da
uma concentração 1,7 vezes maior do que o último ponto da curva de calibração.
Esse ponto então foi diluído
identificado como CQD (Controle de Qu
exatidões.
A validação da diluição obedeceu os mesmos critérios de avaliação da precisão
e exatidão.
-20 -15
LQ
CQB
CQM
CQA
Coeficiente de Variação Encontrado
Precisão e Exatidão Inter -lotes
Na determinação da precisão e exatidão inter-lotes foram seguidos os
mesmos critérios de avaliação da intra-lote.
Os resultados das análises inter-lote estão apresentados na Figura 4.1
s obtidos das análises inter-lote.
Validação da Diluição
validação da diluição tem por objetivo garantir que as diluições de pontos
o limite superior da curva de calibração apresentem resultados precisos
e exatos. Para avaliação da exatidão e precisão dopou-se o plasma branco com
uma concentração 1,7 vezes maior do que o último ponto da curva de calibração.
Esse ponto então foi diluído na proporção de 1:4 com plasma branco, e
CQD (Controle de Qualidade Diluído) e quantificado
A validação da diluição obedeceu os mesmos critérios de avaliação da precisão
15 -10 -5 0 5 10 15 20
2,819
2,160
0,970
2,080
Coeficiente de Variação (CV) %
Inter-Lote
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
100,32
99,95
104,97
98,12
Exatidão(%)
46
lotes foram seguidos os
lote estão apresentados na Figura 4.18.
diluições de pontos que
o limite superior da curva de calibração apresentem resultados precisos
o plasma branco com
uma concentração 1,7 vezes maior do que o último ponto da curva de calibração.
na proporção de 1:4 com plasma branco, e o mesmo foi
iluído) e quantificado na curva das
A validação da diluição obedeceu os mesmos critérios de avaliação da precisão
Limites de Coeficiente de Variação
100,32
99,95
104,97
98,12
Exatidão(%)
Verificou-se que os resul
dentro dos limites ace
respectivamente.
Figura 4.19- Resultado
diluição.
Figura 4.20- Resultado
diluição.
-15,000
CQD 1
CQD 2
CQD 3
Intra
Coeficiente de Variação Encontrado
CQD
Inter
s resultados da validação da diluição intra e inter
dentro dos limites aceitáveis, como demonstrado nas Figuras 4.1
Resultados das análises intra-lote dos controles de qualidade
Resultados das análises intra-lote dos controles de qualidade
15,000-10,000-5,000 0,000 5,000 10,000 15,000
3,297
2,761
3,152
Coeficiente de Variação (CV) %
Intra-Lote - Controle de Qualidade de
Diluição
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
-15 -10 -5 0 5 10 15
CQD 2,123
Coeficiente de Variação (CV) %
Inter-Lote - Controle de Qualidade
de Diluição
47
tados da validação da diluição intra e inter-lotes estão
Figuras 4.19 e 4.20,
lote dos controles de qualidade de
lote dos controles de qualidade de
Controle de Qualidade de
Limites de Coeficiente de Variação
99,06
102,17
98,13
Exatidão (%)
Controle de Qualidade
99,79
Exatidão
99,79
4.3.7- Recuperação
O cálculo da recuperação do fármaco é feito comparando
picos do Risedronato (controles baixo, médio e alto) das amostras extraídas do
plasma com as áreas dos picos do Risedronato preparado em solução.
O padrão interno é
31,2 ng/mL .
Na Figura 4.21
risedronato e do risedronato D
Figura 4.21- Resultados obtidos para a recuperação do fármaco e do padrão interno.
4.4- Estabilidades
4.4.1- Estabilidade Curta Duração
4.4.1.1- Estabilidade no
Processamento)
No processo de avaliação da estabilidade das amostras
mesmas foram mantidas dentro do auto
cada amostra de controle de qualidade
(seis) réplicas nos tempos
Padrão Interno
O cálculo da recuperação do fármaco é feito comparando
picos do Risedronato (controles baixo, médio e alto) das amostras extraídas do
plasma com as áreas dos picos do Risedronato preparado em solução.
O padrão interno é calculado da mesma maneira, porém na concentração de
21 estão apresentados os resultados da recuperação do
risedronato e do risedronato D4.
Resultados obtidos para a recuperação do fármaco e do padrão interno.
Estabilidade Curta Duração
Estabilidade no Tempo e Condições de A nálise (Estabilidade
No processo de avaliação da estabilidade das amostras
foram mantidas dentro do auto-injetor, a temperatura ambiente de 20,4°C, e
cada amostra de controle de qualidade (CQB,CQM e CQA) foram analisadas
(seis) réplicas nos tempos : 0; 3,53; 5,37; 7,21; 9,05 e 10,49 horas.
0 10 20 30 40 50 60 70 80
CQB
CQM
CQA
Padrão Interno
78,57
78,96
Recuperação (%)
Recuperação
Recuperação Encontrada Recuperação Nominal
48
O cálculo da recuperação do fármaco é feito comparando-se as áreas dos
picos do Risedronato (controles baixo, médio e alto) das amostras extraídas do
plasma com as áreas dos picos do Risedronato preparado em solução.
calculado da mesma maneira, porém na concentração de
estão apresentados os resultados da recuperação do
Resultados obtidos para a recuperação do fármaco e do padrão interno.
nálise (Estabilidade Pós-
No processo de avaliação da estabilidade das amostras processadas, as
injetor, a temperatura ambiente de 20,4°C, e
(CQB,CQM e CQA) foram analisadas em 6
3,53; 5,37; 7,21; 9,05 e 10,49 horas.
90 100
78,57
78,96
80,06
80,16
Recuperação Nominal
Utilizou-se dos mesmos critérios
teste de estabilidade pós processamento.
Os resultados apresentados na Figura 4.2
controles de qualidades entre o período de análise de 0 a 10,49 horas são estáveis
já que estão abaixo do desvio permitido de 15%.
Figura 4.22- Resultados obtidos para as análises de estabilidade em função do
tempo e condição de exposição.
4.4.1.2- Estabilidade do F
Para se avaliar a estabilidade do
congelamento e degelo, foram analisadas nove amostras de cada controle de
qualidade em cada um dos ciclos. Primeiramente as amostras
foram congeladas a -70o
tempo, todas as amostras foram submetidas ao descongelamento natural (primeiro
degelo), a temperatura ambiente, e nove controles de cada concentração foram
extraídas e imediatamente analisadas. Depois de completamente descongeladas, as
amostras foram novamente congeladas
a 24 horas e descongeladas
CQB
CQM
CQA
Estabilidade em Tempo e Condições
Coeficente de Variação Encontrado
se dos mesmos critérios de avaliação da exatidão e precisão para o
teste de estabilidade pós processamento.
Os resultados apresentados na Figura 4.22, observa-se que a variação dos três
controles de qualidades entre o período de análise de 0 a 10,49 horas são estáveis
ão abaixo do desvio permitido de 15%.
Resultados obtidos para as análises de estabilidade em função do
tempo e condição de exposição.
Estabilidade do F ármaco em Ciclos de Congela mento
Para se avaliar a estabilidade do Risedronato durante três ciclos de
congelamento e degelo, foram analisadas nove amostras de cada controle de
qualidade em cada um dos ciclos. Primeiramente as amostras o C e mantidas nesta temperatura por 24 horas e apó
tempo, todas as amostras foram submetidas ao descongelamento natural (primeiro
degelo), a temperatura ambiente, e nove controles de cada concentração foram
extraídas e imediatamente analisadas. Depois de completamente descongeladas, as
m novamente congeladas a -70o C, mantidas nesta temperatura de 12
a 24 horas e descongeladas (degelo 2). O mesmo procedimento foi repetido mais
-15 -10 -5 0 510
CQB
CQM
CQA
2,46
1,55
2,16
Coeficiente de Variação - CV (%)
Estabilidade em Tempo e Condições
de Análises
Coeficente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
49
de avaliação da exatidão e precisão para o
se que a variação dos três
controles de qualidades entre o período de análise de 0 a 10,49 horas são estáveis
Resultados obtidos para as análises de estabilidade em função do
mento e Degelo
Risedronato durante três ciclos de
congelamento e degelo, foram analisadas nove amostras de cada controle de
qualidade em cada um dos ciclos. Primeiramente as amostras CQB, CQM e CQA
e mantidas nesta temperatura por 24 horas e após este
tempo, todas as amostras foram submetidas ao descongelamento natural (primeiro
degelo), a temperatura ambiente, e nove controles de cada concentração foram
extraídas e imediatamente analisadas. Depois de completamente descongeladas, as
mantidas nesta temperatura de 12
O mesmo procedimento foi repetido mais
15
Estabilidade em Tempo e Condições
Limites de Coeficiente de Variação
uma vez, com o intuito de completar o 3
(degelo 3).
Na Figura 4.23 podem ser observadas as variações das médias dos controles de
qualidades para cada ciclo de degelo.
Figura 4.23- Resultados obtidos para as análises de estabilidade nos ciclos de
degelo.
4.4.1.3- Estabilidade das Amostras de Plasma N
Neste teste foram analisadas nove amostras de cada controle de qualidade
recém preparados e outras nove amostras de cada controle de qualidade não
processados mantidos à temperatura ambiente
estão apresentados os resultados
Os critérios utilizados para a avaliação deste teste de estabilidade são os
mesmos da precisão e exatidão.
CQB Degelo 01
CQB Degelo 02
CQB Degelo 03
CQM Degelo 01
CQM Degelo 02
CQM Degelo 03
CQA Degelo 01
CQA Degelo 02
CQA Degelo 03
Coeficiente de Variação Encontrado
uma vez, com o intuito de completar o 3o ciclo de congelamento e descongelamento
em ser observadas as variações das médias dos controles de
qualidades para cada ciclo de degelo.
Resultados obtidos para as análises de estabilidade nos ciclos de
Estabilidade das Amostras de Plasma N ão-Processadas
Neste teste foram analisadas nove amostras de cada controle de qualidade
recém preparados e outras nove amostras de cada controle de qualidade não
processados mantidos à temperatura ambiente durante 6 horas. Na Figura 4.24
estão apresentados os resultados obtidos nesta análise.
Os critérios utilizados para a avaliação deste teste de estabilidade são os
mesmos da precisão e exatidão.
-15 -10 -50
510
CQB Degelo 01
CQB Degelo 02
CQB Degelo 03
CQM Degelo 01
CQM Degelo 02
8,76
7,60
2,14
2,20
3,61
2,47
2,24
2,10
Coeficiente de Variação - CV (%)
Ciclos de Degelo
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
50
ciclo de congelamento e descongelamento
em ser observadas as variações das médias dos controles de
Resultados obtidos para as análises de estabilidade nos ciclos de
rocessadas
Neste teste foram analisadas nove amostras de cada controle de qualidade
recém preparados e outras nove amostras de cada controle de qualidade não
durante 6 horas. Na Figura 4.24
Os critérios utilizados para a avaliação deste teste de estabilidade são os
15
10,01
8,76
7,60
Limites de Coeficiente de Variação
Figura 4.24- Resultados obtidos para as análises de estabilidade para as amostras
não-processadas.
4.4.1.4- Estabilidade de
Para avaliar a estabilidade das soluções pad
Risedronato e do Risedronato D
soluções. Foram comparadas as áreas dos picos
com as áreas dos picos
soluções refrigeradas durante 51 dias para o Risedronato e 49 dias para o
Risedronato D4.
Na Figura 4.25 estão apresentados os resultados das análises de soluç
padrão, onde pôde-se notar que as variações obtidas são menores que 15%, o que
indica a estabilidade das soluções padrão do fármaco e do padrão interno.
-15
CQB
CQM
CQA
Amostras Não Processadas
Coeficiente de Variação Encontrado
Resultados obtidos para as análises de estabilidade para as amostras
Estabilidade de Soluções Padrão
Para avaliar a estabilidade das soluções padrão foram utilizados
Risedronato e do Risedronato D4 na concentração de 15,0 ng/mL para as duas
soluções. Foram comparadas as áreas dos picos das soluções
com as áreas dos picos das soluções mantidas à temperatura ambiente por 6 h e
refrigeradas durante 51 dias para o Risedronato e 49 dias para o
estão apresentados os resultados das análises de soluç
se notar que as variações obtidas são menores que 15%, o que
indica a estabilidade das soluções padrão do fármaco e do padrão interno.
-10 -5 0 510
15
9,76
2,83
1,680
Coeficiente de Variação - CV (%)
Amostras Não Processadas
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
51
Resultados obtidos para as análises de estabilidade para as amostras
rão foram utilizados do
na concentração de 15,0 ng/mL para as duas
soluções recém-preparadas
mantidas à temperatura ambiente por 6 h e
refrigeradas durante 51 dias para o Risedronato e 49 dias para o
estão apresentados os resultados das análises de solução
se notar que as variações obtidas são menores que 15%, o que
indica a estabilidade das soluções padrão do fármaco e do padrão interno.
15
Limites de Coeficiente de Variação
Figura 4.25- Resultados obtidos para as análises de estabilidade da solução padrão.
4.4.2- Estabilidade de Longa D
Para avaliar a estabilidade do fármaco, em plasma, em condições de longa
duração, o tempo de armazenamento deve exceder o intervalo de tempo
compreendido entre a coleta da primeira amostra na Etapa Clínica (07/11/08) e a
análise da última amostra dos voluntários na Etapa Analítica (1
03/11/08 foram preparadas, em plasma, amostras de controles de qualidade e os
mesmos foram armazenados em temperatura
em plasma a curva de cali
de calibração em triplicata (recém preparada) e nove controles de qualidade de cada
concentração recém preparados.
Risedronato - Recém Preparada
Risedronato - Após 6 horas
Risedronato- Após 51 dias
Risedronato D4 - Recém Preparada
Risedronato D4 - Após 6 horas
Risedronato D4 -Após 49 dias
Estabilidade Soluções Padrão
Coeficiente de Variação Encontrado
Resultados obtidos para as análises de estabilidade da solução padrão.
Estabilidade de Longa D uração
Para avaliar a estabilidade do fármaco, em plasma, em condições de longa
duração, o tempo de armazenamento deve exceder o intervalo de tempo
compreendido entre a coleta da primeira amostra na Etapa Clínica (07/11/08) e a
lise da última amostra dos voluntários na Etapa Analítica (1
03/11/08 foram preparadas, em plasma, amostras de controles de qualidade e os
mesmos foram armazenados em temperatura -70 °C. No dia 20/02/09 preparou
em plasma a curva de calibração e os controles de qualidade. Extraiu
de calibração em triplicata (recém preparada) e nove controles de qualidade de cada
concentração recém preparados. Também foram extraídos
-15 -10 -5 0 5 10
Recém Preparada
Após 6 horas
Após 51 dias
Recém Preparada
Após 6 horas
Após 49 dias
0,86
0,65
2,47
1,68
0,34
0,07
Coeficente de Variação - CV (%)
Estabilidade Soluções Padrão
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
52
Resultados obtidos para as análises de estabilidade da solução padrão.
Para avaliar a estabilidade do fármaco, em plasma, em condições de longa
duração, o tempo de armazenamento deve exceder o intervalo de tempo
compreendido entre a coleta da primeira amostra na Etapa Clínica (07/11/08) e a
lise da última amostra dos voluntários na Etapa Analítica (12/02/09). No dia
03/11/08 foram preparadas, em plasma, amostras de controles de qualidade e os
No dia 20/02/09 preparou-se
bração e os controles de qualidade. Extraiu-se uma curva
de calibração em triplicata (recém preparada) e nove controles de qualidade de cada
nove controles de
10 15
0,86
CV (%)
Limites de Coeficiente de Variação
qualidade de cada concentração preparados e
armazenados à -70 °C por um período de 109 dias
demonstrados os resultados da análise de longa duração.
Figura 4.26- Resultados obtidos para as análises de estabilidade da longa duração.
-15 -10
CQB
CQM
CQA
Coeficiente de Variação Encontrado
qualidade de cada concentração preparados em plasma dia 03/11/08 e
°C por um período de 109 dias . Na Figura 4.26
demonstrados os resultados da análise de longa duração.
Resultados obtidos para as análises de estabilidade da longa duração.
10 -50
510
6,53
2,41
2,58
Coeficente de Variação - CV (%)
Longa Duração
Coeficiente de Variação Encontrado Limites de Coeficiente de Variação
53
m plasma dia 03/11/08 e
. Na Figura 4.26 estão
Resultados obtidos para as análises de estabilidade da longa duração.
15
Limites de Coeficiente de Variação
54
5- CONCLUSÃO
O método bioanalítico desenvolvido para determinação e quantificação de
risedronato em plasma humano, demonstrou ser bastante robusto, uma vez que
foram cumpridos todos os critérios estabelecidos na RE nº 899, de 29 de maio de
2003.
Na análise da especificidade não ocorreram interferências nos tempos de
retenção do fármaco e do padrão interno, ou estas foram menores que 20% da
resposta do LQ e 5% da resposta da concentração do padrão interno utilizada no
estudo.
Quando analisado a sensibilidade do método, também foram encontrados
resultados positivos, já que a menor concentração da curva de calibração foi aceito
como LQ apresentando uma variação < 20%.
O coeficiente de variação (CV) calculado para os controles de qualidade CQB,
CQM e CQA foram menores ou iguais a 15% e menores ou iguais a 20% para o
controle de qualidade LQ, demonstrando a precisão do método. Na exatidão
calculada para o controle de qualidade LQ e para os controles de qualidade CQB,
CQM e CQA apresentaram valores compreendidos dentro do desvio de + 20% e +
15%, respectivamente, em relação ao valor nominal.
No teste de estabilidade no tempo e condições de análises as amostras
processadas foram estáveis dentro do auto-injetor durante um período de 10,49 h,
(tempo suficiente para as análises de qualquer uma das etapas da validação) já que
os desvios, para os três controles de qualidade, foram inferiores aos 15 %
permitidos. O risedronato também se mostrou estável tanto para os três ciclos de
congelamento e degelo quanto para as amostras de plasma não processadas, uma
vez que o CV não ultrapassou os 15% permitidos na legislação.
Contudo, conclui-se que o método analítico desenvolvido, é extremamente
eficiente para a determinação e quantificação do risedronato em plasma humano,
uma vez que o mesmo foi validado com sucesso cumprindo todos os critérios
impostos pela legislação vigente.
55
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