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Desporto &Esport Edição 4• 2015 - Revista Digital Magazine de Estratégia e Gestão Desportiva BARCELONA 2014/2015 - AS TÁTICAS CORRIDA & NUTRIÇÃO BRASIL: MARKETING & PROJETO SÓCIO FUTEBOL: FATOR CASA CICLISMO - TECNOLOGIA E MUITO MAIS... WWW.DESPORTOMATOSINHOS.PT - CONHEÇA ESTA PLATAFORMA VIOLÊNCIA : NO DESPORTO! Casos, Causas, Culpados e Soluções! 6 pág. Os melhores de 2014

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Desporto&EsportEdição 4• 2015 - Revista Digital

Magazine de Estratégia e Gestão Desportiva

BARCELONA 2014/2015 - AS TÁTICAS CORRIDA & NUTRIÇÃOBRASIL: MARKETING & PROJETO SÓCIOFUTEBOL: FATOR CASA CICLISMO - TECNOLOGIA E MUITO MAIS...

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VIOLÊNCIA:NO DESPORTO!Casos, Causas, Culpados e Soluções!

6 pág. Os melhores de 2014

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ESPECIAL DESPORTO&ESPORT68 Os melhores do ano de 2014

38 A importancia da adoção do projeto sócio torcedor como estratégia de inovação para aumentar as receitas dos clubes de futebol no Brasil

58 Particularidades da alimentação de corridas de longa distância

20 NFL: Prevenção de lesões cranianas

82 Corrupção: qual a responsa-bilidade dos patocinadores para a mudança

FIGURA39 Sr. Pedroto: O Zé do Boné

MAIS DESPORTO&ESPORT28 Corfebol25 Liga Inglesa: os pequenos serão maiores que Barcelona e Real Madrid43 Qatar e o Mundial de andebol: faz sentido a estratégia seguida?56 O empreendedorismo em ex atletas profissionais de topo64 Maratona: pode um homem cor-rer 42 km em menos de 2 horas65 Super Bowl: o maior espetaculo televisivo do Mundo77 Snoker: nos jogos olimpicos de toquio em 2020?68 Filme: Ayrton Senna70 Livro: Calor, Fadiga e Hidratação80 e 81 Software & Aplicativo webe muito mais

CAPA: VIOLÊNCIA NO DESPORTO

06 Violência no Desporto: Casos, causas, culpados e soluções

08 Jamor 1996: Crime sem (verda-deiro) Castigo 09 Basil: um caso dramático

52 O papel de lider de claque: segundo S. Freud

53 As razões da violência

54 Eliminando a violência

54 Porque desporto não é violência

DESPORTO&ESPORT10 Barcelona: as táticas 2014/2015 14 Portal Desporto Matosinhos: “Agir Fora da Box”

16 Como ser um treinador de excelência

23 Jogo Duro: uma viagem pela história recente - por não haver antiga - do marketing esportivo brasileiro

50 F1 & Turismo: o caso de São Paulo

26 Ciclismo: ciência no desporto

40 Futebol: Fator Casa

30 Apostas desportivas online - Legalização?

44 Anemia & Performance

63 “ Fair-Play”: o conceito 48 F1 & Tecnologia

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Director geral e Editor Diogo Sampaio [email protected] ColunistasPedro M. Silva, Vitor E. Santos, Diogo Sampaio, Ricardo Reis, Tiago Dinis e Rodolfo Resende Pires.

Colunistas ConvidadosAndré Sales, Alcino Rodrigues, Mónica M. Neves, Alexandre Bonfim, Ana Ferreira, Marcos V. Cardoso e Marcelo P. Silveira, Tiago P. Nunes e Jorge Neves.

[email protected]

Websitewww.desportoeesport.com

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EDITORIALRelações cortadas. Insultos e calúnias. Discursos inflamados onde se diz

unicamente os teus são piores que os meus. Assim anda o futebol portu-

guês, e assim andam os emblemas maiores da cidade de Lisboa, Sporting

CP e SL Benfica. Ás turras e de costas voltadas, e pior, usam os casos de

violência ocorridos entre os seus adeptos como principal arma de arre-

messo. Mas este é só mais um capítulo. Tem existido vários e percorrido

todos os emblemas de norte a sul do país. E não só em Portugal. Mas,

estes acontecimentos; estes desentendimentos só potenciam a violência

no desporto. E, é de violência que falamos nesta edição. Dos casos, e

das causas, dos culpados e das soluções. Ao longo de vários artigos,

analisamos esta problemática tentando encontrar respostas e resoluções

que permitam ou que podem se implementadas impedir novos surtos de

violência e novas mortes.

Nesta edição temos ainda tática no futebol, ciência e desporto, saúde e

performance, alimentação para corridas de longas distâncias, o Portal

Matosinhos que promete maior inclusão desportiva para as gentes do

norte. E marketing no Brasil e o projeto socio, entre muitas outras coi-

sas…

Por fim, agradecendo a todos os colunistas convidados a sua participa-

ção, congratulamo-nos, por cada vez mais sermos uma revista cada vez

mais global com leitores um pouco por todo o mundo, com particular

incidência nos países de língua portuguesa, como o Brasil, Angola ou

Moçambique.

Diogo Sampaio, Director

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A 11 de Maio de 1985 no estádio de de Valley Parade. foto acima, haveria de dar-se uma

das maiores tragedias da história em um recinto desportivo. Num jogo a contar para a

segunda divisão inglesa, entre o Bradford City e o Lincoln City, perto do final da primeira

parte, deflagrou um incendio na bancada principal, que datava de 1908. Investigações

posteriores determinaram que a causa do incêndio foi um cigarro mal apagado, que junto

com os restos de lixo acumuladas ao longo de anos sob os bancos de madeira antiga da

arquibancada teve um efeito devastador. Como resultado do incêndio e da tragédia subse-

quente, as autoridades britânicas decidiram implementar um largo conjunto de novas nor-

mas de segurança e antivandalismo em espaços desportivos, associadas a uma preventiva

e musculada legislação que evitasse novos acontecimentos semelhantes. Tudo parecia estar

em ordem, até que em Liverpool em 1989, aconteceu uma tragedia ainda com maiores

proporções: Hillsborough.

VIOLÊNCIA NO DESPORTO: CASOS, CAUSAS, CULPADOS E SOLUÇÕES!

Entender as causas e os culpados é o decisivo passo para a solução para eliminar definitiv-amente a violência dos recintos desportivos e tornar de novo o des-porto numa atividade familiar.

Diogo Sampaio, diretor e colunista Desporto&[email protected]

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Estes dois casos aconteceram no auge do

hooliganismo em Inglaterra, que não raras

vezes, envolvia invasões de campo e vio-

lência antes e depois do jogo. Outra trage-

dia, envolvendo os adeptos ingleses deu-se

no estádio de Heysel, em 1985, na final

da Taça dos Campeões europeus (antiga

Liga dos Campeões), em que a equipa

inglesa do Liverpool enfrentava a Juventos.

39 adeptos, a grande maioria da italia-

nos e da Juventus, morreram imprensados

contra um muro após tumultos iniciado

pelos Reds. Como punição ao ocorrido,

os clubes do país foram banidos de com-

petições continentais por cinco anos.

Casos como estes multiplicam-se, e apesar

do futebol ter o historial mais grave, a vio-

lência não é uma realidade exclusivamente

sua. Já se registaram ocorrências graves

e com mortes em estádios de basebol,

futebol americano, em jogos de andebol,

e em muitos outras modalidades e eventos

desportivos.

Muitos especialistas apontam os surtos de

violência no desporto como um subprodu-

to natural das sociedades urbanas moder-

nas. Outro apontam para a violência como

um consequência da própria condição

humana e ser hoje o desporto a melhor

forma de a libertar. As causas de tanta

violência são ainda hoje alvo de muita

discussão mas os seguintes fatores têm um

consenso alargado: hooliganismo, nature-

za do recinto desportivo, patriotismo,

condições de temperatura, obscuridade

e ruído, álcool, racismo, grupos ultras,

rivalidade entre os clubes envolventes.Em

Portugal soma-se ainda a falta de cultura

desportiva dos próprios Dirigentes das

associações desportivas e dos Presidentes

dos clubes, que frequentemente, com

declarações irresponsáveis, atiram mais

gasolina para a uma fogueira que arde à

anos. A falta de vontade ou capacidade

das entidades governativas e legislativas de

intervirem seriamente e de forma dura no

desporto, infelizmente muitas vezes com

medo de perder votos, coloca um entrave

extra à resolução desta problemática. E

assim caminhamos, num desporto que em

muitos sítios é dos bárbaros.

Diogo Sampaio, diretor e colunista Desporto&[email protected]

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6 de Maio de 1996, viveu-se em

Portugal um dos seus mais triste

momentos desportivos, e que

cobriu de vergonha as autoridades des-

portivas portuguesas, assim como os diri-

gentes de clubes e claques.

Na final da Taça de Portugal, entre o

Benfica e Sporting, aos oito minutos,

Mauro Airez marca para a equipa encar-

nado; festa nas bancadas; gritos de alegria,

comprimentos e euforia, até que… de

repente é disparado um «very light». Na

bancada 13, Rui Mendes, sportinguista que

viera da Mealhada, cai fulminado. Viria a

morrer. O Benfica leva, mas nessa tarde,

foi o que menos importou. A festa estava

há muito estragada. A polícia acabaria por

analisar as imagens televisivas do jogo e

fotos de vários espetadores e identifica

o autor que lançou o artefacto pirotéc-

nico, que seria levado a tribunal junto com

vários elementos da claque do Benfica No

Name Boys. Acabaria condenado a quatro

anos de prisão por homicídio por neg-

ligência grosseira; uma pena bem inferior

à que era pedida pelo Ministério Público.

Este não é um caso único em Portugal,

mas é sem duvida o mais trágico e aquele

que deixou mais marcas. Talvez, por isso,

de quando em vez, entre as claques rivais

e como “pedra de arremesso” ele é lemb-

rado. O caso mais recente aconteceu no

pavilhão da Luz, num jogo de futsal, onde

foi exibida uma faixa em que se recor-

dava a morte de um adepto do Sporting na

final da Taça de Portugal de 1996. No dia

seguinte, os adeptos do sporting retaliaram

e exibiram também faixas provocatórias,

usando nomeadamente o nome de Eusébio

falecido à um ano. Depois, para piorar

foram lançados para cima de adeptos do

Sporting “artefactos pirotécnicos”, como

lhes chamou o presidente do Sporting.

Bruno de Carvalho. Este acto levou os

responsáveis sportinguistas a cortar rela-

ções com o Benfica, pela “falta de ação”

dos encarnados. Por seu lado, o presidente

encarnado, Luís Filipe Viera, veio relem-

brar casos mais ou menos antigos de vio-

lência sofrida pelos seus adeptos às “mãos

das claques” leoninas.Esta forma, tão por-

tuguesa, de apagar fogos com atirando

gasolina, é contraproducente, mas demon-

strativa, que pelo discurso dos presidentes,

uma desgraça maior ainda não aconteceu

por pura sorte. Em vez, das autoridades,

onde se incluem os presidentes de TODOS

os clubes, e numa mesa redonda, discu-

tirem o problema como homens feitos que

são e eliminarem definitivamente os carros

partidos, os confrontos entre adeptos, as

pedras lançadas na autoestrada contra os

carros das equipas rivais, etc, etc.

JAMOR 1996: CRIME SEM (VERDADEIRO)CASTIGOUMA TRAGEDIA VIVA AINDA HOJE; O RECENTE CORTE DE RELAÇÕES, ENTRE OS EMBLEMAS PORTUGUESES SPORTING E BENFICA, TEVE POR BASE

ESTE INCIDENTE.

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