Determinação Cor aparente e Cor verdadeira de águas

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DETERMINAO DA COR APARENTE E VERDADEIRA DA GUA NO RESERVATRIO DE ILHA SOLTEIRA. Mariana Ramos,Maurcio Augusto Leite Cincias Exatas Departamento de Engenharia Civil Faculdade de Engenharia Campus de Ilha Solteira. Engenharia Sanitria Recursos Hdricos. Introduo A degradao de matria vegetal, aliada sua inteirao com a argila e demais constituintes do solo, e pela atividade biolgica de algas e microorganismos por processos biolgicos a responsvel pela formao da matria orgnica natural (MON) em meio aquoso. A presena de MON em mananciais para abastecimento pblico apresenta aspectos negativos, dentre as quais pode-se destacar cor elevada da gua bruta, que dependendo dos compostos orgnicos presentes, pode causar odor e sabor, podendo gerar subprodutos ao ser exposta a agentes oxidantes e desinfetantes. A cor responsvel pela colorao da gua, resulta da existncia de slidos dissolvidos, pode ser causada pelo ferro ou mangans, pela decomposio da matria orgnica da gua. Quando de origem natural, no apresenta risco a sade, e de origem industrial, pode ou no apresentar toxicidade. (Von Sperling, 1996; Branco, 1978).

Objetivo O presente trabalho tem por objetivo avaliar a cor aparente e a cor verdadeira em 6 estaes de amostragem no reservatrio de Ilha Solteira, em duas profundidades (superfcie S e fundo- F) nos meses de maro e agosto de 2006 (perodo chuvoso e seco, respectivamente). Caracterizao da rea O reservatrio de Ilha Solteira apresenta 70 km de comprimento, sendo formado pelos rios Paranaba e Grande. Insere-se em uma regio com baixa densidade demogrfica e com a predominncia da atividade agropecuria em seu entorno. O reservatrio apresenta a caracterstica de usos mltiplos, com a gerao de energia eltrica, irrigao, lazer e navegao.

Material e Mtodos Foram selecionadas seis estaes de coleta (Figura 1) em duas profundidades: superfcie (S) e fundo(F). As coletas de gua foram realizadas por meio de garrafa de van Dorn, sendo acondicionadas em gales plsticos de 5 litros para posteriormente serem levadas ao laboratrio para anlise.

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Figura 1 : Localizao das estaes de coleta ao longo do reservatrio.

Para a determinao da cor aparente usa-se a amostra de gua em seu estado natural, sendo a cor verdadeira determinada aps a filtrao em membrana de 0,45m. A realizao da anlise feita pela leitura da cor aparente e verdadeira (aps a filtrao) em espectrofotmetro da marca DR 2500 HACH com comprimento de onda de 455nm (Figura 2).

Figura 2: Realizao da anlise de cor em espectrofotmetro DR 2500 HACH.

Resultados e discusso O ms de maro apresentou os maiores valores de cor aparente, com valor mximo de 212 uH e para cor verdadeira o valor de 107 uH, na estao 1 (F). Os menores valores tambm foram observados em maro, sendo a cor aparente com valor mnimo de 29 uH, na estao 5(S), e a cor verdadeira, na estao 2(S), com 23 uH , conforme Tabelas 1 e 2.

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Tabela 1: Valores de cor aparente e verdadeira no ms de maro de 2006. Maro 1S 1F 2S 2F 3S 3F 4S 4F 5S 141 212 43 89 56 177 34 92 29 Cor aparente 92 107 23 34 48 90 30 44 24 Cor verdadeira Tabela 2: Valores de cor aparente e verdadeira no ms de agosto de 2006. Agosto 1S 1F 2S 2F 3S 3F 4S 4F 5S 42 105 47 136 41 75 43 74 33 Cor aparente 40 57 42 44 39 41 40 48 32 Cor verdadeira

5F 103 53

6S 44 32

6F 127 88

5F 108 53

6S 41 35

6F 43 40

Os valores de cor aparente e verdadeira foram maiores em maro que em relao a abril, devido ao final do perodo chuvoso que levou uma grande quantidade de material em suspenso na coluna dgua, alm da elevao da concentrao deste material prximo ao fundo (processo de deposio), onde ocorreram os maiores valores de cor. Em agosto a variao entre superfcie e fundo foi menor, devido uma menor entrada de material no reservatrio em decorrncia do perodo seco. Em ambos os meses amostrados os maiores valores de cor aparente e cor verdadeira foram observados nas estaes de fundo (em 100% das amostras). Concluso Os resultados demonstraram a contribuio que a precipitao forneceu s diferenas entre as cores aparente e verdadeira nos meses de maro e agosto, principalmente entre as estaes 1 (rio Paranaba) e 2 ( rio grande), devido basicamente aos barramentos montante desses rios, s diferenas nas caractersticas da bacia hidrogrfica, precipitao e ao processo de deposio do material em suspenso na coluna dgua. Bibliografia Esteves, Francisco de Assis (1998) Fundamentos de limnologia. APHA (1995) Standard Methods for examination and wastewater. Eds. EATON, A. D. 19 th edition. Von Sperling, Marcos (1996) Introduo qualidade da guas e do tratamento de esgotos. 2 ed; rev. Branco, Samuel Murgel. (1978) Hidrobiologia aplicada engenharia sanitria. 2 ed.

Agncia de Fomento: FAPESP (03/07355-7)

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