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RELATÓRIO DE FUNDAMENTOS DE TOXICOLOGIA
DETERMINAÇÃO DE ÁCIDO HIPÚRICO EM URINA POR HPLC
Discentes: Glaucia de Souza Silva
Letícia Ramos de Menezes
Mariana Cristina de Freitas Porto
Curso: Ciências Biológicas (bacharelado) Período: 4º
Docente: Eduardo Costa
Alfenas
Março de 2013
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INTRODUÇÃO:
O ácido hipúrico é considerado um marcador de exposição ocupacional para o tolueno e é o
principal metabólito urinário do tolueno. A determinação urinária é utilizada para monitorização
biológica de trabalhadores expostos ocupacionalmente ao solvente. Os produtos metabólicos do
tolueno são o cresol (menos de 1%) e o metabólito intermediário benzaldeído. O benzaldeído é
metabolizado a ácido benzóico o qual se conjuga com a glicina e forma o ácido hipúrico. Cerca
de 75% do tolueno inalado é metabolizado a ácido hipúrico e é excretado na urina 12 horas após
a exposição.
OBJETIVO:
Determinar a quantidade de ácido hipúrico (AH) na urina para monitorização de indivíduos que
possivelmente está exposto ocupacionalmente ao tolueno. Monitorização onde a coleta da
amostra é por meio não invasivo, utiliza-se a urina, e para quantificação usa-se a técnica de
cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE ou, mais comumente, HPLC) que se trata de
uma técnica muito sensível e, portanto de alta precisão.
MATERIAIS:
Amostra - tratamento
1 ml de urina + 1 ml de etanol em tubo de centrífuga
Homogeneizar
Centrifugar 2000 RPM por 15 min
Injetar 20μL do sobrenadante no HPLC
MÉTODO:
Condições do HPLC
Fase móvel: água/metano/ácido acético (para 1L: 792/200/8)
Calibração - Fazer 3 calibradores e branco da urina(em balão volumétrico)
C1 = 0,1 mg/ml (adicionar 100μL do padrão 2 a 5ml de urina) - homogeneizar no
sonicador, 10 min
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C2 = 0,5 mg/ml (adicionar 50μL do padrão 1 a 5ml de urina) - homegeneizar no
sonicador,10 min
C3 = 1,0 mg/ml (adicionar 100μL do padrão 1 a 5ml de urina) - homegeneizar no
sonicador, 10 min
Padrão de Ácido Hipúrico (AH)
Sol. 1(50mg/ml) : Dissolver 0,2525g de HÁ (Sigma, 99%) em 5 ml de metanol. Sonicar
10 min e deixar a 4ºC
Sol2.(5mg/ml) : Diluir 1:10ml (balão de 10 ml) da sol.1
Técnica de Cromatografia Líquida de Alta Pressão
A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamentada na migração
diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre
duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. A grande variedade de combinações
entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande
aplicação. A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por
comparação com padrões previamente existentes, para a purificação de compostos, separando-
se as substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura. O grande
avanço na cromatografia em coluna foi o desenvolvimento e a utilização de suportes com
Partículas diminutas responsáveis pela alta eficiência, as quais tornam necessário o uso de
bombas de alta pressão para a eluição da fase móvel, devido a sua baixa permeabilidade. A
Figura 1 mostra um equipamento típico de CLAE. As fases móveis utilizadas em CLAE devem
possuir alto grau de pureza e estar livres de oxigênio ou outros gases dissolvidos, sendo filtradas
e desgaseificadas antes do uso.
Figura 1 - Esquema do
equipamento de CLAE (HPLC)
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A bomba deve proporcionar ao sistema vazão contínua sem pulsos com alta reprodutibilidade,
possibilitando a eluição da fase móvel a um fluxo adequado. As válvulas de injeção usadas
possuem uma alça de amostragem para a introdução da amostra com uma seringa e duas
posições, uma para o preenchimento da alça e outra para sua liberação para a coluna. Existem
alças de diversos volumes, sendo utilizadas geralmente alças na faixa de 5-50 μL para injeções
analíticas e 0,5-2 mL para preparativas. As colunas utilizadas em CLAE são geralmente de aço
inoxidável, com diâmetro interno de cerca de0, 45 cm para separações analíticas e na faixa de
2,2 cm para preparativas. O comprimento é variável, sendo comuns colunas analíticas de 10-25
cm e preparativas em torno de 25-30 cm. Essas colunas são reaproveitáveis, sendo empacotadas
com suportes de alta resolução, não sendo necessária sua regeneração após cada separação. O
detector mais utilizado para separações por CLAE é o detector de ultravioleta, sendo também
empregados detectores de fluorescência, de índice de refração, e eletroquímicos, entre outros.
Detectores de polarimetria para CLAE, recentemente desenvolvidos, diferenciam compostos
quirais, através da rotação de seus estereoisômeros frente à luz plano-polarizada.
Fluxograma dos Métodos
Fundamento químico:
O ácido hipúrico é considerado um marcador de exposição ocupacional para o tolueno estando a
sua concentração relacionada à exposição ocupacional, durante a jornada de trabalho do dia. O
tolueno é um composto aromático também chamado de metilbenzeno por sua estrutura química.
É um líquido incolor, volátil quando em pressão de vapor a 25°C, com propriedade significativa
de lipossolubilidade e que apresenta traços de benzeno de até25%, quando utilizado para fins
comerciais. A absorção ocorre principalmente pela via pulmonar, sendo que cerca de 40% do
tolueno inalado é absorvido pelos pulmões. A absorção ocorre principalmente pela via
pulmonar, sendo que cerca de 40% do tolueno inalado é absorvido pelos pulmões. A principal
via de biotransformação é a oxidação do grupamento metila. O primeiro passo corresponde à
formação do álcool benzílico, mediado pelo citocromo P450.Segue-se a oxidação a benzaldeído,
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pela ação de álcool desidrogenase e finalmente a formação do ácido benzóico, etapa catalisada
pela enzima aldeído desidrogenase . Este ácido se conjuga principalmente com a glicina,
formando o ácido hipúrico e em menor proporção com o ácido glicurônico, produzindo
benzoilglicuronatos.
O Etanol utilizado no tratamento da amostra tem função de precipitar cristais de urina.
RESULTADOS:
VR=1,5 g/g de creatinina
IBMP = 2,5 g/g de creatinina
Para as amostras, adotar:
Urina 24 horas
Amostras 1200 ml de urina
Excreção de creatinina =1,5 g de creatinina/ dia
Y= 3.224.147 x + 188.950 (Gráfico)
00,1 726.596,500,5 1.413.607
1 3.585.282,50
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.20
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
3500000
4000000
f(x) = 3224147.00819672 x + 188950.262295082
Series2Linear (Series2)
Média das amostras:
5
A1 = 3.092.192,75
A2 = 4.558.451,00
Substituindo em A1:
3.092.192,75 = 3.224.147 x + 188.950
3.092.192,75 – 188.950 = 3.224.147 x
2.903.242,75 = 3.224.147 x
3.224.147 x = 2.903.242,75
X=2.903.242,75
3.224 .147
x= 0,900468
Substituindo em A2:
4.558.451,00 = 3.224.147 x +188.950
4.558.451,00 -188.950 = 3.224.147x
4.369.501 = 3.224.147 x
X=4.369 .5013.224 .147
X=1,3552
Amostra 1:
0,900468 mg -----1 ml
x--------------------1200 ml
x=1080 mg de ácido hipúrico
Amostra 2:
1,3552 mg ---------1 ml
x---------------------1200 ml
x= 1626 mg de ácido hipúrico
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Para amostra 1:
1080 ÷ 1,5 = 720 mg de ácido hipúrico /g de creatinina ou 0,720 g de ácido hipúrico/g de
creatinina
Para amostra 2:
1626 ÷ 1,5 = 1084 mg de ácido hipúrico/g de creatinina ou 1,084 g de ácido hipúrico/g de
creatinina
INTERPRETAÇÃO:
VR=1,5 g/g de creatinina
IBMP = 2,5 g/g de creatinina
Pode-se interpretar que a quantidade de ácido hipúrico/creatinina na urina tanto na amostra 1,
que equivale a 0,720 g de ácido hipúrico/g de creatinina, assim como na amostra 2 que equivale
a 1,084 g de ácido hipúrico/g de creatinina, estão abaixo do Valor de Referência e abaixo do
IBMP estabelecidos. Portanto, o valor está dentro do esperado.
A creatinina é uma substância inócua no sangue, sendo produzida e eliminada de forma
constante pelo organismo. Se o paciente mantém sua massa muscular mais ou menos estável,
mas apresenta um aumento dos níveis de creatinina sanguínea, isso é um forte sinal de que o seu
processo de eliminação do corpo está comprometido, ou seja, os rins estão com algum problema
para excretá-la. Se os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina produzida diariamente
pelos músculos, eles provavelmente também estarão tendo problemas para eliminar diversas
outras substâncias do nosso metabolismo, incluindo toxinas. Portanto, um aumento da
concentração de creatinina no sangue é um sinal de um possível problema. No caso dos
resultados obtidos, não obteve-se um aumento da concentração de creatinina no sangue, então
não se prevê um possível problema.
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CONCLUSÃO:
Conclui-se que pelo método de HPLC, que a quantidade de ácido hipúrico na urina está abaixo
do estabelecido, portanto dentro do padrão (VR=1,5g/g de creatinina e IBMP= 2,5g/g de
creatinina).
Através do gráfico, pode-se concluir que ele é crescente, porque quanto maior a concentração
do calibrador, maior o sinal. Este aumento é linear, porque respeita a equação de uma reta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
OGA, S Fundamentos de toxicologia. 3° edição. São Paulo: ateneu Editora, 2008
LORENZETTI, G. G.; LETTIERI, M. T. Avaliação de ácido hipúrico como biomarcador de
exposição ocupacional em trabalhadores de postos de combustíveis. Revista Saúde e Pesquisa,
v. 2, n.3, p. 319-324, 2009.
SILVA, Z. L.; NICÁCIO, J. S.; JACINTO, M.; AMORIN, L. C. A.; ALVAREZLEITE, E. M.
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. Vol. 38, n. 2, 2002.
SIQUEIRA, M. E. P. B.; PAIVA, M. J. N. Hippuric acid in urine: reference values. Revista
Saúde Pública, 36 (6), p. 723-727, 2002.
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