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Aula 05 Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos e Anotados Professor: Gilmar Possati

Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis ... · CPC 05 ± Divulgação sobre Partes Relacionadas 2 2. CPC 06 ... o CPC 05 não é muito exigido em provas, porém é claro que

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Detonando os CPCs - Pronunciamentos Contábeis Esquematizados, Resumidos eAnotados

Professor: Gilmar Possati

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# Detonando os CPCs: Pronunciamentos Contábeis esquematizados, resumidos e anotados #

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Sumário 1. CPC 05 – Divulgação sobre Partes Relacionadas 2 2. CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil 20 3. Questões comentadas 55 4. Resumo 86 5. Lista das Questões Apresentadas 89 6. Gabarito 108

AULA 5: CPC 05 - Divulgação sobre Partes Relacionadas CPC 06 - Operações de Arrendamento Mercantil

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Pessoal, hoje vamos estudar mais dois pronunciamentos contábeis: CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil Inicialmente havíamos previsto abordar nessa aula o CPC 07 também. Porém, optamos por deixar para abordá-lo na próxima aula. Bons estudos! Gilmar Possati [email protected]

Curta a nossa página e fique ligado(a) em todas as nossas atividades. www.facebook.com.br/profgilmarpossati Inscreva-se no nosso canal no YouTube: Contabilizando e fique antenado(a) com muitas dicas, análises, questões comentadas, promoções e muito mais.

Siga-me no Periscope: @possati

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Galera, diferente dos Pronunciamentos que estudamos até agora, o CPC 05 não é muito exigido em provas, porém é claro que temos que saber os principais pontos que podem frequentar as provas. Avante!

DEFINIÇÃO

Em primeiro lugar devemos saber qual a definição, o que significa “partes relacionadas”. Segundo o CPC 05, parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a entidade que está elaborando suas demonstrações contábeis. Nesse sentido: A - Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionada com a entidade que reporta a informação se: (i) tiver o controle pleno ou compartilhado da entidade que reporta a informação; (ii) tiver influência significativa sobre a entidade que reporta a informação; (iii) for membro do pessoal chave da administração da entidade que reporta a informação ou da controladora da entidade que reporta a informação. B - Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se qualquer das condições abaixo for observada: (i) a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econômico (o que significa dizer que a controladora e cada controlada são interrelacionadas, bem como as entidades sob controle comum são relacionadas entre si);

CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas

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(ii) a entidade é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra entidade (ou coligada ou controlada em conjunto de entidade membro de grupo econômico do qual a outra entidade é membro); (iii) ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira entidade; (iv) uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de uma terceira entidade e a outra entidade for coligada dessa terceira entidade; (v) a entidade é um plano de benefício pós-emprego cujos beneficiários são os empregados de ambas as entidades, a que reporta a informação e a que está relacionada com a que reporta a informação. Se a entidade que reporta a informação for ela própria um plano de benefício pós-emprego, os empregados que contribuem com a mesma serão também considerados partes relacionadas com a entidade que reporta a informação; (vi) a entidade é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoa identificada na letra A; (vii) uma pessoa identificada na letra A (i) tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do pessoal chave da administração da entidade (ou de controladora da entidade); (viii) a entidade, ou qualquer membro de grupo do qual ela faz parte, fornece serviços de pessoal-chave da administração da entidade que reporta ou à controladora da entidade que reporta. Segundo o CPC 05, não são partes relacionadas: (a) duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro membro do pessoal chave da administração1 em comum, ou porque um membro do pessoal chave da administração da entidade exerce influência significativa sobre a outra entidade; (b) dois empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture). Sei que você não absorveu quase nada dessa montanha de teoria, não é mesmo? Pois é... vida de estudante de CPCs não é fácil...

1 Pessoal chave da administração são as pessoas que têm autoridade e responsabilidade pelo planejamento,

direção e controle das atividades da entidade, direta ou indiretamente, incluindo qualquer administrador

(executivo ou outro) dessa entidade.

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Ciente dessa realidade (será?), o próprio CPC nos deu uma mãozinha, pois trouxe alguns exemplos, os quais (obviamente) adaptamos para torná-los mais fáceis de serem compreendidos... Vamos, então, a esses exemplos que, espero, possam te ajudar a visualizar melhor o que é considerado “Partes Relacionadas” e o que não é! Exemplo 1 - Coligadas e controladas A entidade controladora detém o controle das entidades A, B e C e exerce influência significativa sobre as entidades 1 e 2. A controlada C exerce influência significativa sobre a coligada 3. Conclusões: 1. Para fins das demonstrações contábeis separadas e individuais, as controladas A, B e C e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas. Assim, temos: Para fins das demonstrações contábeis da controlada A, a controladora, as controladas B e C e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas.

Controladora

Controlada A Controlada B

Controlada C

Coligada 2

Coligada 3

Coligada 1

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Para fins das demonstrações contábeis separadas e individuais da controlada B, a controladora, as controladas A e C e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas. Para fins das demonstrações contábeis da controlada C, a controladora, as controladas A e B e as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas. Para fins das demonstrações contábeis das coligadas 1, 2 e 3, a controladora e as controladas A, B e C são consideradas partes relacionadas. Para fins das demonstrações contábeis consolidadas da controladora, as coligadas 1, 2 e 3 são consideradas partes relacionadas com o grupo econômico. 2. As coligadas 1, 2 e 3 não são consideradas partes relacionadas entre elas. Exemplo 2 - Pessoal chave da administração A pessoa X detém 100% de investimento na entidade A e é membro do pessoal chave da administração da entidade C. A entidade B detém 100% de investimento na entidade C. Conclusões: 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade C, a entidade A é parte relacionada com a entidade C em função de a pessoa X controlar a entidade A e ser membro do pessoal chave da administração da entidade C. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, a entidade C é parte relacionada com a entidade A em função de a pessoa X controlar a entidade A e ser membro do pessoal chave da administração da entidade C.

Pessoa X

Entidade A

Entidade B

Entidade C

Controle Controle

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Ilustrando, temos: 2. Para fins das demonstrações contábeis da entidade C, a entidade A também é parte relacionada com a entidade C se a pessoa X for membro do pessoal chave da administração da entidade B e não for da entidade C. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, a entidade C também é parte relacionada com a entidade A se a pessoa X for membro do pessoal chave da administração da entidade B e não for da entidade C. Ilustrando, temos: 3. Ademais, as possíveis situações descritas nos itens 1 e 2 acima produzem os mesmos efeitos se a pessoa X controlar de modo compartilhado (conjunto) a entidade A. Ilustrando, temos:

Pessoa X

Entidade A

Entidade B

Entidade C

Controle Controle

Pessoa X

Entidade A

Entidade B

Entidade C

Controle Controle

Entidade A e Entidade C são partes relacionadas

Entidade A e Entidade C são partes relacionadas

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4. Se a pessoa X exercer tão somente influência significativa sobre a entidade A e não controlá-la de modo pleno ou em conjunto, então as entidades A e C não são consideradas partes relacionadas uma da outra. Ilustrando, temos:

Pessoa X

Entidade A

Entidade B

Entidade C

Influência Significativa

NÃO são partes relacionadas

Pessoa X

Entidade A

Entidade B

Entidade C

Controle Compartilhado

Controle Compartilhado

Entidade A e Entidade C são partes relacionadas

Controle

Pessoa X

Entidade A

Entidade B

Entidade C

Controle Compartilhado

Controle Compartilhado

Entidade A e Entidade C são partes relacionadas

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5. Para fins das demonstrações contábeis consolidadas da entidade B, a entidade A é parte relacionada como grupo econômico, se a pessoa X for membro do pessoal chave da administração do grupo. Exemplo 3 – Pessoa como investidora A pessoa X tem investimento na entidade A e na entidade B Conclusões 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, se a pessoa X controlar, de modo pleno ou em conjunto, a entidade A, a entidade B é considerada parte relacionada da entidade A quando X controlar, de modo pleno ou em conjunto, ou exercer influência significativa sobre a entidade B. Ilustrando, temos: 2. Se a pessoa X exercer influência significativa sobre ambas as entidades A e B, as entidades A e B não são consideradas partes relacionadas uma da outra. Ilustrando, temos:

Pessoa X

Entidade A Entidade B

Entidade A Entidade B

Pessoa X

Controle Pleno ou Conjunto

Entidade A e Entidade B são partes relacionadas

Controle Pleno ou Conjunto ou influência significativa

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Exemplo 4 – Membros próximos à família detentora de holding de investimentos A pessoa X é sócia de Y. A pessoa X tem investimento na entidade A e a pessoa Y tem investimento na entidade B. Conclusões 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade A, se a pessoa X controlar, de modo pleno ou em conjunto, a entidade A, a entidade B é considerada parte relacionada com a entidade A quando a pessoa Y controlar, de modo pleno ou em conjunto, ou exercer influência significativa sobre a entidade B. Para fins das demonstrações contábeis da entidade B, se a pessoa X controlar, de modo pleno ou em conjunto, a entidade A, a entidade A é considerada parte relacionada com a entidade B, quando a pessoa Y controlar, de modo pleno ou em conjunto, ou exercer influência significativa sobre a entidade B.

Entidade A Entidade B

Pessoa X

Influência significativa

Influência significativa

NÃO são partes relacionadas

Pessoa X Pessoa Y

Entidade A Entidade B

Sócia

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Ilustrando, temos: 2. Se a pessoa X exercer influência significativa sobre a entidade A e a pessoa Y exercer influência significativa sobre a entidade B, as entidades A e B não são consideradas partes relacionadas uma da outra. Esse ponto já foi exigido pela FGV.

1. (FGV/Analista Legislativo/Contabilidade/CM Caruaru/2015) João possui investimentos na Cia. J enquanto Maria possui investimentos na Cia. M. João e Maria são sócios em uma empresa holding que não possui participação nas Cias. J e M. De acordo com o pronunciamento técnico CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas, assinale a opção em que a Cia. M e a Cia. J não são partes relacionadas. a) João controla de modo pleno a Cia. J e Maria controla de modo pleno a Cia. M.

Pessoa X Pessoa Y

Entidade A Entidade B

Controle Pleno ou Conjunto

Controle Pleno ou Conjunto ou influência significativa

Entidade A e Entidade B são partes relacionadas

Sócia

Pessoa X Pessoa Y

Entidade A Entidade B

Influência significativa

Sócia

Influência significativa

NÃO são partes relacionadas

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b) João controla em conjunto a Cia. J e Maria exerce influência significativa sobre a Cia. M. c) João controla em conjunto a Cia. J e Maria controla em conjunto a Cia. M. d) João controla de modo pleno a Cia. J e Maria controla em conjunto a Cia. M. e) João exerce influência significativa sobre a Cia. J e Maria exerce influência significativa sobre a Cia. M.

Segundo o CPC 05, não são partes relacionadas: (a) duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro membro do pessoal chave da administração em comum, ou porque um membro do pessoal chave da administração da entidade exerce influência significativa sobre a outra entidade; (b) dois empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) Adaptando nosso exemplo a essa excelente questão, temos: Se a pessoa X (João) exercer influência significativa sobre a entidade A (Cia. J.) e a pessoa Y (Maria) exercer influência significativa sobre a entidade B (Cia. M.), as entidades A e B (Cias. J e M) não são consideradas partes relacionadas uma da outra. Gabarito: E

Pessoa X (João)

Pessoa Y (Maria)

Entidade A (Cia. J.)

Entidade B (Cia. M.)

Influência significativa

Sócia

Influência significativa

NÃO são partes relacionadas

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Exemplo 5 – Entidade que exerça controle compartilhado (venturer) A entidade A controla de modo conjunto a entidade B e, simultaneamente, exerce influência significativa e controla de modo conjunto a entidade C. Conclusões 1. Para fins das demonstrações contábeis da entidade B, a entidade C é considerada parte relacionada com a entidade B. Similarmente, para fins das demonstrações contábeis da entidade C, a entidade B é considerada parte relacionada com a entidade C. Galera, se mesmo com os exemplos não ficou muito claro, tenho uma dica (ufa!) que pode ser muito útil. #ficaadica Sempre que se deparar com uma questão em que

são exigidos exemplos de partes relacionadas, procure a opção

que possua as seguintes palavras-chave: controle, influência

significativa, grupo econômico, coligadas, controladas, pessoal-

chave, entre outras. Já usamos essa técnica das palavras-chave em nosso curso... aqui apenas adaptamos! Vamos ver como isso é útil na prática?

Entidade A

Entidade B Entidade C

Controle Conjunto

Controle Conjunto e Influência

significativa

Entidade B e Entidade C são partes relacionadas

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2. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2009) São consideradas operações com partes relacionadas a) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos. b) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários. c) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas. d) o adiantamento a empregados e a fornecedores. e) os contratos de seguros e benefícios a empregados.

Pessoal, vamos repetir aqui nossa dica: sempre que se deparar com uma questão em que são exigidos exemplos de partes relacionadas, procure a opção que possua as seguintes palavras-chave: controle, influência significativa, grupo econômico, coligadas, controladas, pessoal-chave, entre outras. Veja que somente com esse raciocínio nós podemos acertar esta questão. Observe que a única opção em que há uma palavra-chave (coligadas) ligada a partes relacionadas é a “C”. As demais opções são apenas invenções da mente fértil do examinador. Gabarito: C Vamos ver mais uma questão...

3. (FCC/Analista/CVM/2003) De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, são consideradas partes relacionadas da companhia a) o cônjuge ou companheiro(a) de acionistas com direito a voto. b) entidades que tenham com a companhia um diretor em comum, que não possa ser capaz de afetar as diretrizes de ambas as sociedades nas transações entre si. c) pessoas-chave de sua administração, isto é, pessoas que têm autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da sociedade. d) financiadores, companhias de utilidade pública, sindicatos e órgãos e agências governamentais, no curso de suas transações normais com a entidade.

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e) pessoas físicas ou jurídicas que ela tenha possibilidade de contratar em condições de comutatividade e independência.

Vamos aplicar a nossa técnica da palavra-chave? E aí... qual a única opção que nos remete a alguma palavra-chave ligada a partes relacionadas? Bingo! Opção “C” na veia! Veja que ela fala em “pessoas-chave”. Gabarito: C Meus camaradas, com essa dica superamos o primeiro grande ponto de exigência do CPC 05: saber identificar exemplos do que é considerado parte relacionada e o que não é... Vamos agora estudar outro ponto de grande exigência do CPC 05: divulgação das partes relacionadas.

DIVULGAÇÃO DAS PARTES RELACIONADAS

Objetivamente, devemos saber o seguinte sobre esse ponto: Segundo o CPC 05, os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. A entidade deve divulgar o nome da sua controladora direta e, se for diferente, da controladora final. Se nem a controladora direta tampouco a controladora final elaborarem demonstrações contábeis consolidadas disponíveis para o público, o nome da controladora do nível seguinte da estrutura societária que proceder à elaboração de ditas demonstrações também deve ser divulgado. Veja como o CESPE exigiu esse ponto.

4. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) Não ocorrendo transações entre as partes relacionadas, a divulgação do nome da controladora direta pela empresa controlada supre a divulgação do nome da controladora final.

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Para fixar! Segundo o CPC 05, os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. A entidade deve divulgar o nome da sua controladora direta e, se for diferente, da controladora final. Se nem a controladora direta tampouco a controladora final elaborarem demonstrações contábeis consolidadas disponíveis para o público, o nome da controladora do nível seguinte da estrutura societária que proceder à elaboração de ditas demonstrações também deve ser divulgado. Gabarito: Errado Para possibilitar que os usuários de demonstrações contábeis formem uma visão acerca dos efeitos dos relacionamentos entre partes relacionadas na entidade, é apropriado divulgar o relacionamento entre partes relacionadas quando existir controle, tendo havido ou não transações entre as partes relacionadas. Além disso, o CPC 05 destaca que a entidade deve divulgar a remuneração do pessoal chave da administração no total e para cada uma das seguintes categorias: (a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores; (b) benefícios pós-emprego; (c) outros benefícios de longo prazo; (d) benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e (e) remuneração baseada em ações. O CPC 05 ressalta, ainda, que os valores incorridos pela entidade para a prestação de serviços de pessoal-chave da administração, que são fornecidos por entidade administradora separada, também devem ser divulgados. Veja como o CESPE exigiu o assunto recentemente:

5. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) A entidade que divulgar a informação contábil, caso torne público o total da remuneração do pessoal chave da administração, estará dispensada de

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detalhar os valores dos benefícios de curto prazo a administradores e eventual remuneração baseada em ações.

Conforme estudamos, o CPC 05 destaca que a entidade deve divulgar a remuneração do pessoal chave da administração no total e para cada uma das seguintes categorias: (a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores; (b) benefícios pós-emprego; (c) outros benefícios de longo prazo; (d) benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e (e) remuneração baseada em ações. Não há essa ressalva disposta na questão. Mesmo que a entidade torne público o total da remuneração do pessoal chave da administração ela deve detalhar os valores dos benefícios de curto prazo a administradores e eventual remuneração baseada em ações. Gabarito: Errado Ademais, outro ponto importante que devemos saber é o seguinte: 22A. Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação das condições em que as mesmas transações foram efetuadas. Transações atípicas com partes relacionadas após o encerramento do exercício ou período também devem ser divulgadas. Esse ponto também foi recentemente exigido pelo CESPE... confira!

6. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) As transações atípicas com partes relacionadas ocorridas após o encerramento do exercício em divulgação devem ser evidenciadas nas notas explicativas.

Trata-se de exigência literal do disposto no CPC 05. Para fixar! 22A. Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação das condições em que as mesmas transações foram efetuadas. Transações atípicas com partes relacionadas após o encerramento do exercício ou período também devem ser divulgadas.

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Gabarito: Certo

Por fim, o CPC 05 ressalta que os itens de natureza similar podem ser divulgados de forma agregada, exceto quando a divulgação em separado for necessária para a compreensão dos efeitos das transações com partes relacionadas nas demonstrações contábeis da entidade. O CPC 05 expõe os seguintes exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada: a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados); b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos; c) prestação ou recebimento de serviços; d) arrendamentos; e) transferências de pesquisa e desenvolvimento; f) transferências mediante acordos de licença; g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente); h) fornecimento de garantias, avais ou fianças; i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada. Esses exemplos já foram exigidos (para variar ) pelo CESPE!

7. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) Entre as transações que devem ser divulgadas se realizadas pelas partes relacionadas incluem-se os arrendamentos, as compras de bens não acabados, as vendas de propriedades e as transferências de pesquisa e desenvolvimento.

Conforme estudamos, o CPC 05 expõe os seguintes exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada: a) compras ou vendas de bens (acabados ou não acabados); b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos; c) prestação ou recebimento de serviços;

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d) arrendamentos; e) transferências de pesquisa e desenvolvimento; f) transferências mediante acordos de licença; g) transferências de natureza financeira (incluindo empréstimos e contribuições para capital em dinheiro ou equivalente); h) fornecimento de garantias, avais ou fianças; i) assunção de compromissos para fazer alguma coisa para o caso de um evento particular ocorrer ou não no futuro, incluindo contratos a executar (reconhecidos ou não); e j) liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada. Gabarito: Certo Pessoal, com o que estudamos na aula estamos aptos a acertar eventuais exigências do CPC 05. Antes de você passar ao estudo do CPC 06, sugiro estudar as questões que comentamos do CPC 05 na 2ª parte da aula, ok?

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Pessoal, o CPC 06 é um importante Pronunciamento que vem sendo bastante explorado nos últimos anos.

ALCANCE

Orientação Inicial: Esse ponto do CPC ainda não foi explorado em provas de concursos, mas possui alguns detalhes que podem facilmente ser explorados pelos examinadores. Vamos, portanto, estudar esses pontos. O CPC 06 deve ser aplicado na contabilização de todas as operações de arrendamento mercantil (leasing) que não sejam (essas são as exceções): (a) arrendamentos mercantis para explorar ou usar minério, petróleo, gás natural e recursos similares não regeneráveis; e (b) acordos de licenciamento para itens tais como fitas cinematográficas, registros de vídeo, peças de teatro, manuscritos, patentes e direitos autorais (copyrights). O CPC 06 não deve ser aplicado como base de mensuração para: (a) propriedade detida por arrendatário que seja contabilizada como propriedade de investimento; (b) propriedade de investimento fornecida pelos arrendadores sob a forma de arrendamentos mercantis operacionais; (c) ativos biológicos detidos por arrendatários sob a forma de arrendamentos mercantis financeiros ou arrendamentos mercantis operacionais; ou Além disso, o CPC 06 aplica-se a acordos que transfiram o direito de usar ativos mesmo que existam serviços substanciais relativos ao funcionamento ou à manutenção de tais ativos prestados pelos arrendadores.

CPC 06 (R1) – Operações de Arrendamento Mercantil

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Por fim, o CPC 06 não se aplica a acordos que sejam contratos de serviço que não transfiram o direito de usar os ativos de uma parte contratante para a outra.

DEFINIÇÕES

Orientação Inicial: essas definições, além de importantes para o entendimento da essência das operações de arrendamento mercantil, costumam frequentar as provas, conforme veremos na sequência. Por ora, vamos apenas descrever as definições. Algumas trataremos com maiores detalhes na sequência da aula. Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido. Arrendamento mercantil operacional é um arrendamento mercantil diferente de um arrendamento mercantil financeiro. Arrendamento mercantil não cancelável é um arrendamento mercantil que é cancelável apenas: (a) após a ocorrência de alguma contingência remota; (b) com a permissão do arrendador; (c) se o arrendatário contratar um novo arrendamento mercantil para o mesmo ativo ou para um ativo equivalente com o mesmo arrendador; ou (d) após o pagamento pelo arrendatário de uma quantia adicional tal que, no início do arrendamento mercantil, a continuação do arrendamento mercantil seja razoavelmente certa. Início do arrendamento mercantil é a mais antiga entre a data do acordo de arrendamento mercantil e a data de um compromisso assumido pelas partes quanto às principais disposições do arrendamento mercantil. Nessa data: (a) um arrendamento mercantil deve ser classificado como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional; e

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(b) no caso de arrendamento mercantil financeiro, as quantias a reconhecer no começo do prazo do arrendamento mercantil são determinadas. Começo do prazo do arrendamento mercantil é a data a partir da qual o arrendatário passa a poder exercer o seu direito de usar o ativo arrendado. É a data do reconhecimento inicial do arrendamento mercantil (isto é, o reconhecimento dos ativos, passivos, receita ou despesas resultantes do arrendamento mercantil, conforme for apropriado). Prazo do arrendamento mercantil é o período não cancelável pelo qual o arrendatário contratou o arrendamento mercantil do ativo juntamente com quaisquer prazos adicionais pelos quais o arrendatário tem a opção de continuar a arrendar o ativo, com ou sem pagamento adicional, quando no início do arrendamento mercantil for razoavelmente certo que o arrendatário exercerá a opção. Pagamentos mínimos do arrendamento mercantil são os pagamentos durante o prazo do arrendamento mercantil que o arrendatário está ou possa vir a ser obrigado a fazer, excluindo pagamento contingente, custos relativos a serviços e impostos a serem pagos pelo arrendador e a ele serem reembolsados, juntamente com: (a) para o arrendatário, quaisquer quantias garantidas pelo arrendatário ou por parte relacionada a ele; ou (b) para o arrendador, qualquer valor residual garantido ao arrendador: (i) pelo arrendatário; (ii) por parte relacionada com o arrendatário; ou (iii) por terceiro não relacionado com o arrendador que seja financeiramente capaz de dar cumprimento às obrigações segundo a garantia. Contudo, se o arrendatário tiver a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção se torne exercível, para que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida, os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil compreendem os pagamentos mínimos a serem feitos durante o prazo do arrendamento mercantil até à data esperada do exercício dessa opção de compra e o pagamento necessário para exercê-la. Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e

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independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem transação compulsória. Vida econômica é: (a) o período durante o qual se espera que um ativo seja economicamente utilizável por um ou mais usuários; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que um ou mais usuários esperam obter do ativo. Vida útil é o período remanescente estimado, a partir do começo do prazo do arrendamento mercantil, sem limitação pelo prazo do arrendamento mercantil, durante o qual se espera que os benefícios econômicos incorporados no ativo sejam consumidos pela entidade. Valor residual garantido é: (a) para um arrendatário, a parte do valor residual que seja garantida por ele ou por parte a ele relacionada (sendo o valor da garantia o valor máximo que possa, em qualquer caso, tornar-se pagável); e (b) para um arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo arrendatário ou por terceiro não relacionado com o arrendador que seja financeiramente capaz de satisfazer as obrigações cobertas pela garantia. Valor residual não garantido é a parte do valor residual do ativo arrendado, cuja realização pelo arrendador não esteja assegurada ou esteja unicamente garantida por uma parte relacionada com o arrendador. Custos diretos iniciais são custos incrementais que são diretamente atribuíveis à negociação e estruturação de um arrendamento mercantil, exceto os custos incorridos pelos arrendadores fabricantes ou comerciantes. Investimento bruto no arrendamento mercantil é a soma: (a) dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro; e (b) de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador. Investimento líquido no arrendamento mercantil é o investimento bruto no arrendamento mercantil descontado à taxa de juros implícita no arrendamento mercantil.

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Receita financeira não realizada é a diferença entre: (a) o investimento bruto no arrendamento mercantil; e (b) o investimento líquido no arrendamento mercantil. Taxa de juros implícita no arrendamento mercantil é a taxa de desconto que, no início do arrendamento mercantil, faz com que o valor presente agregado: a) dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil; e b) do valor residual não garantido seja igual à soma (i) do valor justo do ativo arrendado e (ii) de quaisquer custos diretos iniciais do arrendador. Taxa de juros incremental de financiamento do arrendatário é a taxa de juros que o arrendatário teria de pagar num arrendamento mercantil semelhante ou, se isso não for determinável, a taxa em que, no início do arrendamento mercantil, o arrendatário incorreria ao pedir emprestado por prazo semelhante, e com segurança semelhante, os fundos necessários para comprar o ativo. Pagamento contingente é a parcela dos pagamentos do arrendamento mercantil que não seja de quantia fixada, e sim baseada na quantia futura de um fator que se altera sem ser pela passagem do tempo (por exemplo, percentual de vendas futuras, quantidade de uso futuro, índices de preços futuros, taxas futuras de juros do mercado). Vamos ver como já foi exigido em prova essas definições acima descritas?

8. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEFAZ-PR/2012) A resolução que trata de operações de arrendamento mercantil define o termo arrendamento mercantil como sendo um acordo pelo qual o a) arrendador transmite ao arrendatário, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. b) arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado nunca inferior a um ano, nem superior a cinco anos. c) arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado.

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d) arrendatário transmite ao arrendador, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. e) arrendatário transmite ao arrendador, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Nos termos do CPC 06, Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Veja que a questão exige conhecimento literal da definição de arrendamento mercantil disposta no CPC 06. Gabarito: C

9. (FUNCAB/Contador/CRF-RO/2015) De acordo com a NBC TG 06 – Operações de Arrendamento Mercantil, a soma dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro e de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador, é denominada: a) custos diretos iniciais. b) receita financeira não realizada. c) investimento bruto no arrendamento mercantil. d) pagamento contingente. e) investimento líquido no arrendamento mercantil. Trata-se de questão que exige conhecimentos sobre as definições descritas no item 4 do CPC 06, Investimento bruto no arrendamento mercantil é a soma: (a) dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro; e (b) de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador. Gabarito: C

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CLASSIFICAÇÃO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL

Orientação Inicial: Esse ponto do CPC é o mais explorado, se considerarmos as bancas como um todo. Trata-se de um conhecimento básico que frequenta provas de todos os níveis. Logo, fique alerta! Vimos nas definições acima que existem dois tipos de arrendamento mercantil: o financeiro e o operacional. Segundo o CPC 06, a classificação de arrendamentos mercantis adotada baseia-se na extensão em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de ativo arrendado permanecem no arrendador ou no arrendatário. Os riscos incluem as possibilidades de perdas devidas à capacidade ociosa ou obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas condições econômicas. Os benefícios podem ser representados pela expectativa de operações lucrativas durante a vida econômica do ativo e de ganhos derivados de aumentos de valor ou de realização do valor residual. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Galera, a ideia é a seguinte: no arrendamento mercantil financeiro temos em essência uma compra financiada/a prazo (financiamento). Imagine que determinada empresa esteja precisando adquirir um veículo para transportar suas mercadorias e não possui grana para tanto (o que é normal no atual cenário em que vivemos, não é mesmo?) ou, por questões estratégicas, não quer “torrar” a grana com o veículo. Sendo assim, vai até uma instituição financeira e faz o seguinte negócio: a instituição financeira compra o veículo e aluga (arrenda) esse veículo para a empresa que, por sua vez, vai pagando os “aluguéis” (as prestações) mensalmente ao banco. Observe que, na essência o banco está vendendo o veículo para a empresa de maneira financiada. Trata-se de uma aquisição disfarçada de aluguel e, por isso, veremos na sequência da

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aula, que esse veículo, mesmo não pertencendo à empresa, deve ser reconhecido no ativo da empresa e, em contrapartida, também reconhecemos a dívida junto ao banco no passivo da empresa. Nesse tipo de arrendamento, ao final da última prestação, a empresa possui a opção de adquirir o bem (no nosso exemplo, o veículo) geralmente por um valor, irrisório, bem próximo de zero. Assim, após esse último pagamento residual, finalmente o banco transfere a propriedade para a empresa. Beleza, professor... entendi a essência da “parada”, mas porque a empresa não efetua um financiamento “normal”? Objetivamente, essa operação é interessante para ambas as partes: Para o arrendador (instituição financeira) o bem objeto da transação é uma espécie de garantia da operação. Assim, caso a empresa não efetue o pagamento acordado, fica muito mais fácil para a instituição financeira reaver o prejuízo, pois ela “pega” o bem de volta, afinal a propriedade é dela. Para o arrendatário tendo em vista a garantia acima comentada e o fato de que no arrendamento não há desconto por quitação antecipada total ou parcial de parcelas futuras (diferentemente do financiamento normal), as taxas de juros praticadas no arrendamento financeiro (leasing) é mais baixa. Já no arrendamento mercantil operacional, de fato, temos na essência um aluguel. Assim, a Contabilidade reconhece essa operação como despesa, conforme estudaremos oportunamente nesta aula. Esquematicamente, temos:

Não há transferência dos

riscos e benefícios inerentes

à propriedade

Há transferência dos riscos e

benefícios inerentes à

propriedade

Possui essência de um aluguel

Prestações apropriadas ao

resultado como despesa

Possui essência de uma compra financiada

Bem é registrado no ativo

(imobilizado ou intangível)

Arrendamento Mercantil

FINANCEIRO

Arrendamento Mercantil

OPERACIONAL

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Professor, se no arrendamento mercantil operacional não há a transferência dos benefícios, qual a vantagem para o arrendador? E para o arrendatário? Para o arrendador a principal vantagem é de ordem tributária. De forma objetiva é o seguinte: a vantagem decorre em função da não incidência de ICMS nas remessas de Bens para locação e da não incidência do ISS nas contraprestações mensais. Assim, na comparação com uma operação de venda interestadual, em que há incidência de alíquota do ICMS média de 12%, resta evidenciada essa vantagem na operação de arrendamento mercantil operacional. Para o arrendatário a principal vantagem está atrelada ao custo de oportunidade, ou seja, com o dinheiro que a empresa deixa de aplicar na aquisição do objeto sob arrendamento, poderá aplicar em outras atividades que gerem maior retorno. Além disso, geralmente as despesas de manutenção são assumidas pelo arrendador, ou seja, a empresa não precisa se preocupar com a manutenção do objeto arrendado. Estragou, liga para o arrendador e fala: “Cara, a máquina parou... dá teu jeito”! Por fim, não poderia deixar de citar a questão tecnológica... com a intensa evolução tecnológica que estamos vivenciando, os produtos tornam-se obsoletos em pouco tempo, tornando-se inviável o emprego do capital de giro de uma empresa na compra desse tipo de equipamento. Vamos ver como a classificação dos arrendamentos já foi exigida...

10. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEFAZ-PR/2012) A classificação de arrendamentos mercantis adotada na NBC TG 06 (Operações de Arrendamento Mercantil), aprovada pela resolução CFC 1.304/2010, baseia-se na extensão dos riscos e dos benefícios, inerentes à propriedade de ativo arrendado, que permanecem para o arrendador ou para o arrendatário. Desse modo, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a classificação dos arrendamentos. a) Alto, médio e baixo risco. b) Financeiro e operacional. c) Contabilizáveis e não contabilizáveis.

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d) Mercantis e não mercantis. e) Realizável e não realizável. Questão “mamão com açúcar”! Detalhe... observe que foi aplicada em uma prova para auditor fiscal... típica questão que não podemos jamais errar em uma prova da área fiscal (ou qualquer área, não é mesmo!?). Deixa para os aventureiros errarem esse tipo de questão... Conforme acabamos de estudar, o arrendamento mercantil pode ser financeiro ou operacional, a depender da transferência ou não dos riscos e benefícios inerentes à propriedade. Gabarito: B 11. (CESPE/Contador/TJ-RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A respeito desse assunto, julgue o item. O arrendamento mercantil é classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial de riscos e benefícios inerentes à propriedade. A questão inverteu os conceitos. Corrigindo, temos: No arrendamento operacional financeiro, há transferência substancial de todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro operacional, não há transferência substancial de riscos e benefícios inerentes à propriedade. Gabarito: Errado Segundo o CPC 06, a classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato.

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Trata-se de aplicação da Primazia da Essência sobre a Forma, prevista no CPC 00. Assim, por exemplo, pode acontecer uma situação em que um contrato é elaborado como arrendamento operacional, mas suas cláusulas possuem características de arrendamento financeiro. Sendo assim, o arrendamento deve ser classificado como financeiro, observando-se a essência da operação (arrendamento financeiro) em detrimento da forma (arrendamento operacional). Isso já foi alvo de exigência!

12. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2009) O contador da empresa Inova S.A. conseguiu condições financeiras vantajosas para comprar dois caminhões por meio de arrendamento mercantil (leasing). Como a empresa tem a intenção de ficar com os veículos no final do prazo do contrato e a compra se enquadra dentro dos conceitos de leasing operacional, a empresa contabilizou como ativo imobilizado os dois caminhões. Referido procedimento atende ao a) conceito da essência sobre a forma. b) pressuposto da competência de períodos. c) conceito da neutralidade. d) pressuposto da relevância. e) princípio da materialidade. Observe que no caso apresentado pela questão, o arrendamento formalmente se enquadra dentro dos conceitos de leasing operacional. Porém, como a empresa tem a intenção de ficar com os veículos no final do prazo (o que é uma situação indicativa de um arrendamento mercantil financeiro, conforme veremos na sequência), de acordo com a premissa da Primazia da Essência sobre a Forma, a empresa deve contabilizar como ativo imobilizado os dois caminhões. Observe que na essência a operação envolve uma compra e venda, justamente pela intenção da entidade de adquirir os bens ao final do arrendamento. Gabarito: A O CPC 06 destaca alguns exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro:

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(a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; (d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e (e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. Além desses exemplos, o CPC fornece, ainda, indicadores de situação que individualmente ou em combinação também podem levar um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário; (b) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento mercantil); e (c) o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado. O CPC 06 destaca que esses exemplos e indicadores nem sempre são conclusivos. Se for claro com base em outras características que o arrendamento mercantil não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade, o arrendamento mercantil deve ser

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classificado como operacional. Isso pode acontecer se, por exemplo, a propriedade do ativo se transferir ao final do arrendamento mercantil mediante um pagamento variável igual ao valor justo no momento, ou se há pagamentos contingentes, como resultado dos quais o arrendatário não tem substancialmente todos os riscos e benefícios. Vamos ver como esse ponto já foi exigido em prova?

13. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2013) O auditor externo, para certificar-se de que uma operação de leasing se enquadra na classificação de leasing operacional, deve, além de verificar se o arrendamento mercantil não transfere os riscos e benefícios inerentes à propriedade, constatar se a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil. b) o prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida. c) o valor presente dos pagamentos mínimos, no início do arrendamento mercantil, totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado. d) os ativos arrendados são de natureza especializada, de tal forma que apenas o arrendatário possa usá-los sem grandes modificações. e) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendador. Segundo o CPC 06, a classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato. O CPC 06 destaca alguns exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; [opção A] (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em

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que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; [opção B] (d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e [opção C] (e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações. [opção D] Além desses exemplos, o CPC fornece, ainda, indicadores de situação que individualmente ou em combinação também podem levar um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são suportadas pelo arrendatário; (b) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento mercantil); e [opção E] (c) o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado. Resta-nos, portanto, a opção “E”. Se os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendador (e não ao arrendatário) estamos diante de um indicativo de arrendamento mercantil operacional. Gabarito: E

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Momento da classificação Nos termos do CPC 06, a classificação do arrendamento mercantil deve ser feita no início do arrendamento mercantil. Se em qualquer momento o arrendatário e o arrendador concordarem em modificar as disposições do arrendamento mercantil, exceto por renovação do contrato, de tal maneira que resulte numa classificação diferente do início do arrendamento mercantil, o acordo revisto é considerado como um novo acordo durante o seu prazo. Contudo, as alterações nas estimativas (por exemplo, alterações nas estimativas relativas à vida econômica ou ao valor residual da propriedade arrendada) ou as alterações nas circunstâncias (por exemplo, inadimplência por parte do arrendatário) não originam uma nova classificação de um arrendamento mercantil para fins contábeis. Classificação do arrendamento de terrenos e edifícios O CPC 06 destaca que quando o arrendamento mercantil contempla tanto terreno quanto edifícios, a entidade deve avaliar individualmente cada elemento objeto do contrato de arrendamento para fins de classificação e enquadramento como arrendamento operacional ou financeiro. Nesse sentido, o CPC informa que ao julgar se um dos elementos objeto do contrato é um arrendamento operacional ou financeiro, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o terreno, via de regra, apresenta uma vida útil econômica indefinida. Ainda sobre essa classificação de edifícios e terrenos, o CPC informa que para classificar e contabilizar um arrendamento mercantil de terreno e edifícios, os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil (incluindo qualquer pagamento inicial, antecipado), sempre que for necessário, devem ser alocados no início do período do arrendamento mercantil entre os elementos terreno e edifícios na proporção dos valores justos relativos das participações no terreno e nas edificações objeto do arrendamento no início do arrendamento mercantil. Se os pagamentos do arrendamento mercantil não puderem ser alocados com confiabilidade entre esses dois elementos, a totalidade do arrendamento mercantil deve ser classificada como arrendamento mercantil financeiro, a não ser que esteja claro que ambos os elementos são arrendamentos mercantis operacionais, em cujo

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caso a totalidade do arrendamento mercantil deve ser classificada como arrendamento mercantil operacional. Por fim, o CPC 06 destaca que a mensuração separada dos elementos terreno e edifícios não é exigida quando os interesses do arrendatário tanto com o terreno quanto com os edifícios forem classificados como propriedade de investimento. Bem... com isso fechamos tudo o que devemos saber sobre a classificação dos arrendamentos.

ARRENDAMENTO MERCANTIL NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO

ARRENDATÁRIO Orientação Inicial: trata-se de um ponto bastante exigido do CPC 06 e também o mais complexo, pois envolve contabilização. A maioria das bancas não exigem a contabilização. Porém, se você estiver se preparando para provas da FCC, dê total atenção à contabilização, pois é muito (muito mesmo!) exigido. Preparado(a)? Então, segure-se, pois vamos “detonar”! Arrendamento mercantil financeiro

Reconhecimento inicial Segundo o CPC 06, no reconhecimento inicial de um arrendamento mercantil financeiro, deve-se no início do prazo registrá-lo como ativo e passivo, ou seja, o direito de uso do bem ficará registrado no ativo e a dívida assumida no passivo. O valor a ser registrado deve ser igual ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Observe que aqui o CPC adota o Princípio da Prudência, empregando certo grau de precaução a fim de não superestimar os ativos. Vamos ver um exemplo bem simples. Exemplo: Arrendamento Mercantil Financeiro de um veículo no valor de R$ 40.000,00 a ser pago em 60 prestações de R$ 750,00. O arrendatário possui a opção de compra ao final do contrato por R$ 3.000,00.

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D – Veículo (imobilizado) ................................................... 40.000 D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora passivo) ..... 8.000 C – Leasing a pagar (passivo) ............................................. 48.000* * (750 x 60) + 3.000 = 48.000

O CPC 06 destaca que a taxa de desconto a ser utilizada no cálculo do valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil deve ser: a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil, se for praticável determinar essa taxa; a taxa incremental de financiamento do arrendatário, se não for praticável determinar a taxa de juros implícita. Quaisquer custos diretos iniciais do arrendatário devem ser adicionados à quantia reconhecida como ativo. Custos diretos iniciais são frequentemente incorridos em relação às atividades específicas de arrendamento mercantil. Tais custos, como os de negociação e os de garantia de acordos de arrendamento mercantil, se identificados como diretamente atribuíveis às atividades executadas pelo arrendatário para um arrendamento mercantil financeiro, devem ser adicionados ao montante reconhecido como ativo. Ademais, o CPC 06 alerta que não é adequado que os passivos originados da contabilização de ativos arrendados sejam apresentados nas demonstrações contábeis como dedução dos ativos arrendados. Os passivos devem ser segregados em circulante e não circulante, a depender do prazo de pagamento das parcelas. Além disso, deve-se separar no seu registro o valor dos encargos financeiros a transcorrer como conta redutora da dívida. Esses encargos devem ser reconhecidos a cada período (Princípio da Competência), durante o prazo do arrendamento como uma despesa financeira, de forma a produzir uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Vamos ver como esse ponto do reconhecimento inicial dos arrendamentos mercantis financeiros já foi explorado em prova.

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14. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Em uma aquisição de ativo por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro, na data de início do contrato de arrendamento, a empresa arrendatária a) deve registrar um ativo pelo valor presente das obrigações assumidas ou pelo valor justo nesta data, dos dois o menor valor. b) deve registrar um ativo pelo valor presente das obrigações assumidas ou pelo valor justo nesta data, dos dois o maior valor. c) deve registrar um ativo pelo valor correspondente à soma das obrigações assumidas. d) não deve fazer qualquer registro. e) deve registrar um ativo pelo custo incorrido.

Excelente questão teórica para fixarmos o conhecimento que estudamos acima. No reconhecimento inicial de um arrendamento mercantil financeiro, deve-se registrá-lo como ativo e passivo, ou seja, o direito de uso do bem ficará registrado no ativo e a dívida assumida no passivo. O valor a ser registrado deve ser igual ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Gabarito: A Mensuração Subsequente Pessoal, aqui vamos transcrever toda a teoria do CPC e, posteriormente, vamos ver como as bancas exploram o assunto, ok? Vocês vão ver que na prática é bem mais fácil do que parece. Nos termos do CPC 06, os pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devem ser segregados entre encargo financeiro e redução do passivo em aberto, ou seja, deve-se separar no registro o valor dos encargos financeiros a transcorrer como conta redutora da dívida. O encargo financeiro deve ser apropriado a cada período durante o prazo do arrendamento mercantil (Princípio da Competência) de forma a

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produzir uma taxa de juros periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo. Logo, pode-se afirmar que a mensuração do encargo financeiro deve corresponder ao cálculo exponencial e pro rata, isto é, os juros são compostos e determinados em função da decorrência do tempo, conforme ensina a doutrina. No caso de haver pagamentos contingentes, estes devem ser contabilizados como despesa nos períodos em que são incorridos, não alterando, portanto, o valor do registro inicial do ativo e do passivo. Como no registro inicial do arrendamento mercantil financeiro o bem foi lançado no ativo, se este ativo for passível de depreciação ou amortização, deve-se proceder ao seu cálculo e contabilização. Nesse sentido, o CPC 06 orienta que a política de depreciação (amortização) para os ativos arrendados depreciáveis (amortizáveis) deve ser consistente com a política dos demais ativos depreciáveis (amortizáveis) sobre os quais se detenha a propriedade e a depreciação reconhecida deve ser calculada de acordo com o CPC 27 – Ativo Imobilizado, ou para o caso de amortização, de acordo com o CPC 04 – Ativo Intangível. Além disso, quanto ao prazo da depreciação (amortização), o CPC 06 destaca que o valor depreciável de ativo arrendado deve ser alocado a cada período contábil durante o período de uso esperado em base sistemática consistente com a política de depreciação que o arrendatário adote para os ativos depreciáveis de que seja proprietário. Se não houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o ativo deve ser totalmente depreciado durante o prazo do arrendamento mercantil ou da sua vida útil, o que for menor. Se houver certeza razoável de que o arrendatário virá a obter a propriedade no fim do prazo do arrendamento mercantil, o período de uso esperado é a vida útil do ativo. O CPC 06 informa que raramente a soma da despesa de depreciação do ativo e da despesa financeira do período é igual ao pagamento da

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prestação do arrendamento mercantil durante o período, sendo, por isso, inadequado simplesmente reconhecer os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil como despesa. Por conseguinte, é improvável que o ativo e o passivo relacionado sejam de valor igual após o começo do prazo do arrendamento mercantil. Por fim, o CPC 06 destaca que para determinar se um ativo arrendado está desvalorizado, a entidade deve aplicar o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Logo, fique alerta para o fato de que o CPC 01 é aplicável aos arrendamentos mercantis. Vamos ver um exemplo doutrinário extraído do Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI), o qual adaptamos para fins didáticos: A empresa “Detonando tudo” (arrendatária) contratou no início do mês, na forma de arrendamento, um veículo. As características do contrato são:

Valor da contraprestação mensal, vencível no final de cada mês = R$ 1.000,00;

Prazo de arrendamento = 36 meses Valor residual a ser pago ao final do 36º mês = R$ 120,00 Taxa de juros implícita no contrato = 1,03679% ao mês Vida útil do veículo = 5 anos Valor justo = R$ 32.000,00 Valor Presente = R$ 30.000,00

Sabe-se que o contrato transfere substancialmente os riscos e benefícios ao arrendatário. Vamos efetuar a contabilização. Observe que há transferência substancial dos riscos e benefícios ao arrendatário. Logo, estamos diante de um arrendamento mercantil financeiro. Além disso, no arrendamento mercantil financeiro, o reconhecimento inicial é feito pelo valor justo ou pelo valor presente dos pagamentos, dos dois o menor. Assim, vamos usar o valor de 30.000 e não 32.000.

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Usando-se os dados do exemplo temos o seguinte cenário (não se preocupe... na hora da prova você não vai precisar ter esse trabalho, ok?):

Data Dívida de Arrendamento

Pagamento Mensal

Despesa de Juros

Redução da Dívida

A B C D E Na

contratação 30.000,00

1 29.311,04 1.000,00 311,04 688,96 2 28.614,93 1.000,00 303,89 696,11 3 27.911,61 1.000,00 296,68 703,32 4 27.200,99 1.000,00 289,38 710,62 5 26.483,01 1.000,00 282,02 717,98 6 25.757,58 1.000,00 274,57 725,43 7 25.024,63 1.000,00 267,05 732,95 8 24.284,09 1.000,00 259,45 740,55 9 23.535,86 1.000,00 251,78 748,22 10 22.779,88 1.000,00 244,02 755,98 11 22.016,06 1.000,00 236,18 763,82 12 21.244,32 1.000,00 228,26 771,74 13 20.464,58 1.000,00 220,26 779,74 14 19.676,75 1.000,00 212,17 787,83 15 18.880,76 1.000,00 204,01 795,99 16 18.076,51 1.000,00 195,75 804,25 17 17.263,93 1.000,00 187,42 812,58 18 16.442,92 1.000,00 178,99 821,01 19 15.613,40 1.000,00 170,48 829,52 20 14.775,28 1.000,00 161,88 838,12 21 13.928,47 1.000,00 153,19 846,81 22 13.072,87 1.000,00 144,41 855,59 23 12.208,41 1.000,00 135,54 864,81 24 11.334,99 1.000,00 126,58 873,42 25 10.452,51 1.000,00 117,52 882,48 26 9.560,88 1.000,00 108,37 891,63 27 8.660,01 1.000,00 99,13 900,87 28 7.749,79 1.000,00 89,79 910,21 29 6.830,14 1.000,00 80,35 919,65 30 5.900,95 1.000,00 70,81 929,19 31 4.962,14 1.000,00 61,18 938,82 32 4.013,58 1.000,00 51,45 948,55 33 3.055,19 1.000,00 41,61 958,39 34 2.086,87 1.000,00 31,68 968,32 35 1.108,51 1.000,00 21,64 978,36 36 0,00 1.120,00 11,49 1.108,51

Somatório 36.120,00 6.120,00 30.000,00 Legenda: B = B - E C = valor definido no contrato de arrendamento D = dívida x a taxa E = Pagamento efetuado (coluna C) - despesa de juros (coluna D)

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O lançamento da operação é o seguinte: D – Ativo Imobilizado (veículos arrendados) ... 30.000,00 D – Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo circulante) ... 3.244,32 D – Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo não circulante) ... 2.875,68 C – Arrendamento financeiro a pagar (passivo circulante) ... 12.000,00 C – Arrendamento financeiro a pagar (passivo não circulante) ... 24.120,00 Observe que o Imobilizado fica mensurado pelo valor presente calculado da mesma forma que o Passivo. Entretanto, nele é evidenciado o valor do compromisso total assumido pela arrendatária (R$ 36.120,00) menos o valor dos juros contabilizados na conta retificadora - Encargos Financeiros a Transcorrer (R$ 6.120,00 = R$ 36.120,00 - R$ 30.000,00) lançada no passivo. A segregação dos juros (R$ 6.120,00) em circulante (R$ 3.244,32) e não circulante (R$ 2.875,68) deve corresponder à despesa financeira a ser reconhecida pelo Regime de Competência, cuja mensuração deve ser feita com utilização do cálculo exponencial e pro rata, isto é, os juros são compostos e determinados em função da decorrência do tempo. Nesse exemplo foram considerados como curto prazo os primeiros 12 meses do contrato, portanto, de acordo com o quadro anterior, a soma dos juros das primeiras doze parcelas totaliza R$ 3.244,32 ficando o restante registrado no longo prazo. Vamos ver como fica a contabilização subsequente ao final do 1º mês: D – Arrendamento financeiro a pagar (passivo circulante) C – Disponibilidades ... 1.000,00 (pelo pagamento da primeira prestação)

D – Arrendamento financeiro a pagar (passivo não circulante) C – Arrendamento financeiro a pagar (passivo circulante) ... 1.000,00 (pelo decurso do tempo)

D – Despesa Financeira C – Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo circulante) ... 311,04 (pelo reconhecimento da despesa financeira)

D – Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo circulante) C – Encargos Financeiros a Transcorrer (passivo não circulante) ... 220,26 (pelo decurso do tempo)

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D – Despesa de Depreciação C – Depreciação acumulada (veículos arrendados) ... 500,00 (pela depreciação do bem)

Observações: a) Para o cálculo da depreciação, assumiu-se que o valor residual, após a vida útil de 5 anos, será igual a zero, porque esse veículo terá um uso totalmente fora do comum. Se, por exemplo, o valor residual do veículo tivesse sido fixado em R$ 5.000,00 a depreciação mensal seria de R$ 416,67, ou seja, R$ 25.000,00 divididos por 60, que é a quantidade de meses prevista como vida útil desse veículo. b) Adicionalmente, a despesa financeira foi efetivamente reconhecida pro rata e pelo cálculo exponencial, daí por que se transferiram do longo para o curto prazo R$ 220,26 correspondentes aos juros relativos ao décimo terceiro mês.

Bem... agora vamos ver como essa contabilização já foi explorada em provas. Conforme comentamos inicialmente, a FCC é a banca que mais explora o assunto, geralmente seguindo esse mesmo padrão abaixo.

15. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Em 01/01/2013, a empresa Full S.A. adquiriu um caminhão pipa por meio de arrendamento mercantil financeiro. O caminhão será pago em 4 prestações anuais, iguais e consecutivas de R$ 50.000 cada, vencendo a primeira em 31/12/2013. Na data da aquisição o valor justo era R$ 170.000 e o valor presente das prestações era R$ 173.000. Sabendo que a taxa efetiva de juros era de 6,83% ao ano, que a vida útil do caminhão pipa era 10 anos e que a empresa pretende ficar com o bem no final do contrato, a empresa Full S.A. reconheceu, no ano de 2013, uma despesa a) financeira de R$ 13.660. b) financeira de R$ 11.611. c) financeira de R$ 11.816. d) de depreciação de R$ 17.300. e) financeira de R$ 7.500.

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Excelente questão para estudarmos a contabilização dos arrendamentos mercantis financeiros. Primeiramente, devemos saber que no arrendamento mercantil financeiro, o reconhecimento inicial é feito pelo valor justo ou pelo valor presente dos pagamentos, dos dois o menor. Assim, vamos usar o valor de 170.000 e não 173.000. Sendo 4 prestações x 50.000,00 = 200.000,00 devemos efetuar o seguinte registro: D – Ativo imobilizado (veículos arrendados)........................... 170.000,00 D – Encargos Financeiros a transcorrer (redutora passivo)....... 30.000,00 C – Arrendamento financeiro a pagar (passivo) ................... 200.000,00 Observe que reconhecemos um ativo em 01/01/2013 no valor de 170.000,00 e um passivo de igual valor, conforme determina o CPC 06. Para calcular a despesa financeira, devemos multiplicar o valor inicial (nesse caso o valor justo) pela taxa efetiva fornecida pela questão: 170.000,00 x 6,83% = 11.611,00 Para o cálculo da depreciação, sabemos que a vida útil do caminhão é de 10 anos. Sendo assim, a depreciação anual será de: 170.000/10 = 17.000 ao ano. Dúvida de aluno: Não consigo entender os lançamentos anuais referentes as despesas financeiras, no valor de R$ 11.611,00, pois se eu creditar encargos financeiros (passivo) e debitar despesa financeira (no resultado) em R$ 11.611,00 no primeiro ano, quais serão os lançamentos nos anos seguintes? Questiono isso, pois o valor que tenho em encargos financeiros a transcorrer (passivo - R$ 30.000,00) é menor que o valor das minhas despesas financeiras anuais (R$ 11.611,00 X 4 = R$ 46.444,00).

Pessoal, a “jogada” é que a cada ano diminui o saldo devedor e os juros incidem sobre o novo saldo devedor. A tabela a seguir ilustra a ideia. Para fechar o cálculo utilizei a taxa efetiva com todas as casas decimais: 6,833267% (claro que usei o excel para isso ). Assim, em vez de

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11.611,00 na tabela constará 11.616,55. Caso utilizasse a taxa arredondada fornecida pela banca sobraria em torno de R$ 16,00 a pagar.

Data Dívida de Arrendamento

Pagamento Mensal

Despesa de Juros

Redução da Dívida

A B C D E Na

contratação 170.000,00

1 131.616,55 50.000,00 11.616,55 38.383,45 2 90.610,2 50.000,00 8.993,71 41.006,29

3 46.801,91 50.000,00 6.191,64 43.808,36

4 0,00 50.000,00 3.198,10 46.801,90

Somatório 200.000,00 30.000,00 170.000,00 Legenda: B = B - E C = valor definido no contrato de arrendamento D = dívida x a taxa E = Pagamento efetuado (coluna C) - despesa de juros (coluna D)

Observe que no ano 1 a taxa incide sobre os 170.000 dando uma despesa financeira de 11.616,55 (arredondando a taxa daria os 11.611,00 – gabarito da questão). Já no ano 2 incide sobre 131.616,55 (170.000 - 38.383,45) e assim sucessivamente.

Gabarito: B Veja que não tem mistério! Veremos mais questões sobre contabilização na 2ª parte da aula (questões comentadas). Divulgação Nos termos do CPC 06, os arrendatários, além de cumprir os requisitos do CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis financeiros: (a) para cada categoria de ativo, valor contábil líquido ao final do período; (b) conciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento mercantil ao final do período e o seu valor presente. Além disso, a entidade deve divulgar o total dos futuros pagamentos mínimos do arrendamento mercantil ao final do período, e o seu valor presente, para cada um dos seguintes períodos: (i) até um ano; (ii) mais de um ano e até cinco anos;

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(iii) mais de cinco anos; (c) pagamentos contingentes reconhecidos como despesa durante o período; (d) valor, no final do período, referente ao total dos futuros pagamentos mínimos de subarrendamento mercantil que se espera sejam recebidos nos subarrendamentos mercantis não canceláveis; (e) descrição geral dos acordos materiais de arrendamento mercantil do arrendatário incluindo, mas não se limitando a, o seguinte: (i) base pela qual é determinado o pagamento contingente a efetuar; (ii) existência e condições de opções de renovação ou de compra e cláusulas de reajustamento; e Arrendamento mercantil operacional

Segundo o CPC 06, para os arrendamentos mercantis operacionais, os pagamentos da prestação (excluindo os custos de serviços tais como seguro e manutenção) devem ser reconhecidos como despesa na base da linha reta (linear) durante o prazo do arrendamento, salvo se outra base sistemática for representativa do padrão temporal do benefício do usuário, mesmo que tais pagamentos não sejam feitos nessa base. Pessoal, basicamente temos que saber o seguinte: o arrendamento mercantil operacional deve ser registrado periodicamente como despesa em contrapartida a exigibilidades ou disponibilidades. Não há contabilização no ativo. Assim, na contratação do arrendamento não há contabilização. Somente ao final do período. Exemplo: Contratação de arrendamento operacional de uma máquina no dia 01.06.15 para pagamento em 10 parcelas de R$ 1.000,00. A primeira parcela vence no dia 05 do mês seguinte. Na contratação Não há contabilização. Em 31.06.15 D – Despesa arrendamento operacional (resultado) C – Arrendamento Operacional a Pagar (passivo) ..... 1.000,00 Em 05.07.15 D – Arrendamento Operacional a Pagar (passivo) C – Caixa............................................................. 1.000,00

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Essa contabilização se deve ao fato de que esse tipo de arrendamento é mais compatível com as características de um contrato de aluguel do que de uma compra financiada (como é o caso do leasing financeiro). “Dessa forma, na contabilização do leasing operacional, mesmo se o contrato tiver duração de 60 meses, por exemplo, não se reconhece o passivo total no início do contrato e sim no decorrer do pagamento das parcelas, como se estas representassem um aluguel. Portanto, não há evidência do total da dívida no balanço patrimonial nem tampouco do ativo arrendado” (Manual FIPECAFI). Divulgação Os arrendatários, além de cumprir os requisitos do CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações relativas aos arrendamentos mercantis operacionais: (a) total dos pagamentos mínimos futuros dos arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis para cada um dos seguintes períodos: (i) até um ano; (ii) mais de um ano e até cinco anos; (iii) mais de cinco anos; (b) total dos pagamentos mínimos futuros de subarrendamento mercantil que se espera que sejam recebidos nos subarrendamentos mercantis não canceláveis ao final do período; (c) pagamentos de arrendamento mercantil e de subarrendamento mercantil reconhecidos como despesa do período, com valores separados para pagamentos mínimos de arrendamento mercantil, pagamentos contingentes e pagamentos de subarrendamento mercantil; (d) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil significativos do arrendatário, incluindo, mas não se limitando ao seguinte: (i) base pela qual é determinado o pagamento contingente; (ii) existência e termos de renovação ou de opções de compra e cláusulas de reajustamento; e (iii) restrições impostas por acordos de arrendamento mercantil, tais como as relativas a dividendos e juros sobre o capital próprio, dívida adicional e posterior arrendamento mercantil.

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ARRENDAMENTO MERCANTIL NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO

ARRENDADOR

Orientação Inicial: diferentemente do ponto anterior, a contabilização do arrendador não vem sendo muito explorado em provas. O enfoque deve ser dado à teoria, pois possui maior probabilidade de exigência. Arrendamento mercantil financeiro

Reconhecimento inicial Segundo o CPC 06, os arrendadores devem reconhecer os ativos mantidos por arrendamento mercantil financeiro nos seus balanços e apresentá-los como conta a receber por valor igual ao investimento líquido no arrendamento mercantil. Num arrendamento mercantil financeiro, substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade legal são transferidos pelo arrendador e, portanto, os pagamentos do arrendamento mercantil a serem recebidos são tratados pelo arrendador como amortização de capital pelo investimento feito e receita financeira para reembolsá-lo e recompensá-lo pelo investimento e serviços. Os custos diretos iniciais são muitas vezes incorridos por parte dos arrendadores e incluem valores como comissões, honorários legais e custos internos que sejam incrementais e diretamente atribuíveis à negociação e estruturação do arrendamento mercantil. Esses custos excluem gastos gerais relacionados à venda como aqueles que são incorridos por equipe de vendas e marketing, pois essa fase ocorre antes da negociação. Mensuração Subsequente (reconhecimento subsequente da receita financeira pelo arrendador) Segundo o CPC 06, o reconhecimento da receita financeira deve basear-se no padrão que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido, apropriando-se durante o prazo do arrendamento mercantil em base sistemática e racional.

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Nesse sentido, os pagamentos do arrendamento mercantil relacionados ao período, excluindo custos de serviços, devem ser aplicados ao investimento bruto no arrendamento mercantil para reduzir tanto o principal quanto as receitas financeiras não realizadas. O CPC 06 menciona, ainda, que os valores residuais não garantidos estimados, usados no cálculo do investimento bruto do arrendador em arrendamento mercantil, devem ser revisados regularmente. Se tiver ocorrido redução no valor residual estimado não garantido, a apropriação da receita durante o prazo do arrendamento mercantil deve ser revista e qualquer redução relacionada a valores apropriados deve ser imediatamente reconhecida. Vale destacarmos aqui o item 41 do CPC 06, segundo o qual a receita de vendas reconhecida no começo do prazo do arrendamento mercantil por arrendador fabricante ou comerciante é o valor justo do ativo, ou, se inferior, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil devidos ao arrendador, calculado a uma taxa de juros do mercado. O custo de venda reconhecido no começo do prazo do arrendamento mercantil é o custo, ou o valor contábil se diferente, da propriedade arrendada menos o valor presente do valor residual não garantido. A diferença entre a receita da venda e o custo de venda é o lucro bruto da venda, que deve ser reconhecido de acordo com a política seguida pela entidade para as vendas definitivas. Divulgação Segundo o CPC 06, os arrendadores, além de cumprir os requisitos do CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis financeiros: (a) conciliação entre o investimento bruto no arrendamento mercantil no final do período e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber nessa mesma data. Além disso, a entidade deve divulgar o investimento bruto no arrendamento mercantil e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber no final do período, para cada um dos seguintes períodos: (i) até um ano; (ii) mais de um ano e até cinco anos; (iii) mais de cinco anos; (b) receita financeira não realizada;

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(c) valores residuais não garantidos que resultem em benefício do arrendador; (d) provisão para pagamentos mínimos incobráveis do arrendamento mercantil a receber; (e) pagamentos contingentes reconhecidos como receita durante o período; (f) descrição geral dos acordos materiais de arrendamento mercantil do arrendador. Arrendamento mercantil operacional

O Manual de Contabilidade Societária lembra que nesse tipo de operação o ativo é de propriedade do arrendador, como no arrendamento financeiro, mas a essência da operação não é de uma compra financiada e sim como se fosse um aluguel, pois os riscos e benefícios não são substancialmente transferidos para o arrendatário. Por isso, além da receita, a arrendadora deve reconhecer também a depreciação do bem. Nos termos do CPC 06, a receita de arrendamento mercantil proveniente de arrendamentos mercantis operacionais (excluindo recebimentos de serviços fornecidos tais como seguro e manutenção) deve ser reconhecida no resultado na base da linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do padrão temporal em que o benefício do uso do ativo arrendado é diminuído. Os custos, incluindo a depreciação, incorridos na obtenção da receita de arrendamento mercantil devem ser reconhecidos como despesa. Os custos diretos iniciais incorridos pelos arrendadores quando da negociação e estruturação de um arrendamento mercantil operacional devem ser adicionados ao valor contábil do ativo arrendado e devem ser reconhecidos como despesa durante o prazo do arrendamento mercantil na mesma base da receita do arrendamento mercantil. A política de depreciação (amortização) para ativos arrendados depreciáveis (amortizáveis) deve ser consistente com a política de depreciação (amortização) normal do arrendador para ativos semelhantes.

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Ademais, o CPC 06 destaca que a entidade deve aplicar o CPC 01 para determinar se o ativo arrendado está sujeito a uma redução ao seu valor recuperável. Por fim, no caso de arrendador comerciante ou fabricante, quando se tratar de arrendamento operacional, o CPC 06 informa que não é reconhecido qualquer lucro de venda porque não é o equivalente a uma venda. Divulgação Segundo o CPC 06, os arrendadores, além de cumprir os requisitos do CPC 40 – Instrumentos Financeiros: Evidenciação, devem fazer as seguintes divulgações para os arrendamentos mercantis operacionais: (a) pagamentos mínimos futuros de arrendamentos mercantis operacionais não canceláveis no total e para cada um dos seguintes períodos: (i) até um ano; (ii) mais de um ano e até cinco anos; (iii) mais de cinco anos; (b) total dos pagamentos contingentes reconhecidos como receita durante o período; (c) descrição geral dos acordos de arrendamento mercantil do arrendador. Bem, pessoal... estamos quase fechando o estudo do CPC 06. Vamos estudar agora o último ponto deste Pronunciamento.

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TRANSAÇÃO DE VENDA E LEASEBACK

Orientação Inicial: pessoal, esse ponto não tem sido explorado pelas bancas. Até o momento, temos apenas uma exigência em concursos pela ESAF (veremos a questão a seguir). Portanto, não precisa “se matar” para entender todos os detalhes, ok? Segundo o CPC 06, uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador) envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. Que doidera, não? Mas, você pode estar se perguntando... qual o objetivo dessa operação? Calma que já veremos! O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes por serem negociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido: Leaseback é um arrendamento mercantil financeiro a transação é um meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, mantendo o ativo como garantia. Esse é objetivo da operação. O que ocorre é um financiamento do arrendatário (aquele que “vende” o ativo) ao arrendador (aquele que está “comprando” o ativo). Observe que na essência não terá havido nenhuma venda, já que a empresa ficará juridicamente com o bem após o final do prazo contratual do arrendamento. Vamos ver um exemplo adaptado do Manual FIPECAFI: Determinada empresa “vende” seu prédio industrial registrado pelo valor contábil líquido de R$ 2.000.000,00 a um banco, pelo valor de R$ 3.000.000,00 e faz um arrendamento mercantil financeiro para pagamento em dez prestações anuais de R$ 643.970,00, já que a taxa pactuada é de 17% ao ano, com valor residual a ser pago na última prestação de R$ 1,00. Pessoal, o CPC 06 destaca que não é apropriado considerar como receita um excedente do preço de venda obtido sobre o valor contábil. No exemplo acima, esse excedente seria de R$ 1.000.000,00. Tal excedente deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil.

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A contabilização ficaria assim (desconsiderando-se qualquer tributação): D – Valor a Receber ... 3.000.000,00 C – Imóveis ... 2.000.000,00 C – Resultado a Apropriar ... 1.000.000,00 (conta retificadora do valor a receber)

Ao receber o valor da venda... D – Disponibilidades C – Valor a Receber ... 3.000.000,00 D – Imóvel Arrendado ... 3.000.000,00 D – Juros a Apropriar ... 3.439.700,00 C – Financiamento ... 6.439.700,00 Possivelmente, você pode não ter entendido muito bem essa contabilização e isso é perfeitamente normal, até porque o próprio Manual FIPECAFI informa ser discutível tecnicamente essa contabilização. Mas, a boa notícia é que essa contabilização ainda não foi exigida em provas de concursos (ufa!) e creio que nem será! A única exigência que temos desse ponto do CPC 06 é eminentemente teórica, conforme veremos a seguir. Leaseback é um arrendamento mercantil operacional se estiver claro que a transação é estabelecida pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente reconhecido, pois houve uma transação de venda normal. E se a transação não for estabelecida pelo valor justo? Aí temos duas situações: Preço de venda abaixo do valor justo: qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente reconhecido, exceto se o prejuízo for compensado por futuros pagamentos do arrendamento mercantil a preço inferior ao de mercado, situação em que esse prejuízo deve ser diferido e amortizado proporcionalmente aos pagamentos do arrendamento mercantil durante o período pelo qual se espera que o ativo seja usado. Preço de venda acima do valor justo: o excedente sobre o valor justo deve ser diferido e amortizado durante o período pelo qual se espera que

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o ativo seja usado. Por fim, o CPC 06 destaca que para os arrendamentos mercantis operacionais, se o valor justo no momento de transação de venda e leaseback for menor do que o valor contábil do ativo, uma perda equivalente ao valor da diferença entre o valor contábil e o valor justo deve ser imediatamente reconhecida. Para arrendamentos mercantis financeiros, esse ajuste não é necessário salvo se tiver ocorrido uma redução do valor recuperável, caso em que o valor contábil deve ser reduzido ao valor recuperável, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01. Vamos ver como a ESAF explorou esse ponto do CPC 06?

16. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/Contábil/STN/2013) O excedente de preço de venda obtido sobre o valor contábil de um leaseback enquadrado como arrendamento mercantil financeiro é uma a) despesa diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento mercantil. b) receita financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em que a operação for realizada. c) complementação do valor do ativo que deve ser incorporado ao valor do imobilizado e ter seu valor recuperável avaliado. d) despesa financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em que a operação for realizada. e) receita diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento mercantil.

Segundo o CPC 06, 59. Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido acima do valor contábil não deve ser imediatamente reconhecido como receita por um vendedor arrendatário. Em vez disso, tal valor deve ser

diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. 60. Se o leaseback for um arrendamento mercantil financeiro, a transação é um meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, com o ativo

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como garantia. Por essa razão, não é apropriado considerar como receita um excedente do preço de venda obtido sobre o valor contábil. Tal excedente deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. Logo, o excedente de preço de venda obtido sobre o valor contábil de um leaseback enquadrado como arrendamento mercantil financeiro é uma receita diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento mercantil. Gabarito: E

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A seguir fizemos uma criteriosa seleção de questões, para que você fixe os conhecimentos estudados na parte teórica da nossa aula. Questões CPC 05

17. (IADES/Analista Técnico/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP/2014) A partir de 2008, com a edição de novas normas contábeis, houve maior exigência quanto à divulgação de informações em notas explicativas, inclusive em relação às transações com partes relacionadas. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta. a) As transações com partes relacionadas referem-se apenas àquelas com pessoas jurídicas. b) Empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico não são consideradas partes relacionadas. c) As transações com a pessoa física ocupante de cargo de direção ou controle em uma pessoa jurídica que é parte relacionada não devem ser evidenciadas em notas explicativas. d) A divulgação de partes relacionadas nas notas explicativas tem por finalidade evidenciar se a posição financeira de uma empresa e o respectivo resultado foram afetados por essas transações. e) Por razões de sigilo, as divulgações sobre transações com partes relacionadas limitam-se a informar a data da ocorrência e a identificação da parte, não sendo necessário informar montantes, saldos e garantias.

Vamos analisar cada uma das assertivas. a. Errado. Segundo o CPC 05, parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a entidade que está elaborando suas demonstrações contábeis. Logo, percebe-se que as transações com partes relacionadas envolvem pessoas jurídicas e/ou pessoas físicas.

Questões Comentadas

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b. Errado. Empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico são consideradas partes relacionadas, segundo o CPC 05. c. Errado. Referidas transações devem sim ser alvo de divulgação em notas explicativas. d. Certo. Segundo o CPC 05, o conhecimento das transações, dos saldos existentes, incluindo compromissos, e dos relacionamentos da entidade com partes relacionadas pode afetar as avaliações de suas operações por parte dos usuários das demonstrações contábeis, inclusive as avaliações dos riscos e das oportunidades com os quais a entidade se depara. Nesse sentido, é importante que as partes relacionadas sejam divulgadas em notas explicativas de maneira a evidenciar se a posição financeira de uma empresa e o respectivo resultado foram afetados por essas transações. e. Errado. Não há essa restrição de sigilo no CPC 05. Gabarito: D

18. (IADES/Contador/SUDAM/2013) Se uma Sociedade Anônima tiver realizado transações entre partes relacionadas durante os períodos cobertos pelas demonstrações contábeis, a entidade deve divulgar a) a natureza do relacionamento entre as partes relacionadas, assim como as informações sobre as transações e saldos existentes. b) o efeito das transações realizadas somente para a Diretoria da Entidade. c) o efeito das transações realizadas somente para a Diretoria da Entidade e o Conselho Fiscal. d) a natureza do relacionamento entre as partes somente para a Diretoria e o Conselho Fiscal. e) a natureza do relacionamento entre as partes somente para os acionistas.

Segundo o CPC 05, 18. Se a entidade tiver realizado transações entre partes relacionadas durante os períodos cobertos pelas demonstrações contábeis, a entidade deve divulgar a natureza do relacionamento entre as partes

relacionadas, assim como as informações sobre as transações e

saldos existentes, incluindo compromissos, necessárias para a

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compreensão dos usuários do potencial efeito desse relacionamento nas demonstrações contábeis. [...] Gabarito: A

19. (CONSULPLAN/Analista de Tributos/ISS-Cascavel/2014) “O conceito de partes relacionadas abrange toda entidade, física ou jurídica, desde que haja qualquer vínculo entre as partes, o qual resulte em uma relação de dependência ou significativa influência, que permita a chance de as negociações não se realizarem como se fossem praticadas com terceiros alheios à entidade.” (Iudícibus et al, 2009. p. 483.) Com base no disposto, consideram-se partes relacionadas, EXCETO: a) Empresas com administradores comuns ou que possam influenciar determinadas decisões nas mesmas. b) Entidades financiadoras, sindicatos ou prestadoras de serviços públicos que não controlam ou exercem influência sobre a empresa. c) Clientes, fornecedores ou financiadores com os quais seja mantida uma relação de dependência econômica, financeira ou tecnológica. d) Pessoas-chave da administração, que possuem autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da empresa. e) Pessoa ou membro próximo da família que tiver controle ou influência sobre as decisões da entidade que apresenta as demonstrações contábeis.

Das opções apresentadas na questão, apenas a opção “B” apresenta uma situação em que não há partes relacionadas. Se não há controle e influência sobre a empresa, não há que se falar em partes relacionadas, não é mesmo? Essa questão dava para resolver apenas utilizando um raciocínio mais apurado... Gabarito: B

20. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-RO/2013) Em relação à divulgação sobre partes relacionadas, considere: I. Uma pessoa está relacionada com a entidade que reporta a informação se for membro do pessoal chave da administração da controladora da entidade que reporta a informação.

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II. Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econômico. III. Os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados somente quando há transações entre essas partes relacionadas. IV. A atenção deve ser direcionada para a forma legal e não para a essência do relacionamento, ao considerar cada um dos possíveis relacionamentos com partes relacionadas. Está correto o que consta APENAS em a) I e II. b) II. c) II e III. d) III e IV. e) I, III e IV.

Vamos analisar cada uma das assertivas.

I. Certo. Segundo o CPC 05, uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionada com a entidade que reporta a informação se: [...] for membro do pessoal chave da administração da entidade que reporta a informação ou da controladora da entidade que reporta a informação. II. Certo. Segundo o CPC 05, uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se ambas são membros do mesmo grupo econômico (o que significa dizer que a controladora e cada controlada são inter-relacionadas, bem como as entidades sob controle comum são relacionadas entre si). III. Errado. Segundo o CPC 05, os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente de ter havido ou não transações entre essas partes relacionadas. IV. Errado. Segundo o CPC 05, ao considerar cada um dos possíveis relacionamentos com partes relacionadas, a atenção deve ser direcionada para a essência do relacionamento e não meramente para sua forma legal.

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Esse dispositivo do CPC nos remete a um dos grandes postulados da Contabilidade atualmente: a Primazia da Essência sobre a Forma. Gabarito: A

21. (FCC/Analista/CVM/2003) Representa entidade ou pessoa considerada parte relacionada de uma companhia aberta: a) a Comissão de Valores Mobiliários. b) o cliente cujas compras da companhia representam menos de 3% de suas vendas totais. c) o fornecedor em relação ao qual a companhia não tenha relações de dependência econômica, financeira ou tecnológica. d) uma sociedade da qual a companhia detenha direitos de preferência na subscrição de valores mobiliários. e) entidade com a qual a companhia tenha condições de transacionar com comutatividade e independência.

Mais uma questão em que a banca solicita um exemplo de parte relacionada. Essa questão já é mais “camuflada” porque não dá ênfase a uma palavra-chave forte, porém nos dá um indicativo. Qual é esse indicativo? Está na opção “D”, encontrou? “a companhia detenha direitos de preferência”. Se ela possui direitos de preferência há alguma influência não é mesmo? Pois é... essa seria a opção “mais bonita” e nesse caso marcamos ela sem medo de ser feliz... veja que essa é uma questão mais “da antiga”. Provavelmente, as questões atuais vão seguir os exemplos dispostos no CPC 05, o que facilita a nossa vida. Na época em que essa questão foi aplicada o CPC 05 nem pensava em “nascer” rsrsrsrs. Gabarito: D

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Questões CPC 06

22. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa Biogás S.A. foi contratada pela empresa Aves S.A. para fornecer gás para sua fábrica de processamento de carnes. A Biogás S.A. produz gás a partir de biodigestores que transformam resíduos animais em gás. Como a contratante fica em região sem estrutura, a única fonte de fornecimento de gás é esta. O produtor de gás não tem interesse em fornecer para outras empresas, sendo exclusivo o fornecimento para empresa Aves S.A, por 10 anos. A manutenção, reparos e outros é de responsabilidade da empresa fornecedora do gás. Nesse caso, pode-se afirmar que esse contrato representa a) uma compra de imobilizado, devendo ser reconhecido. b) uma prestação de serviços, devendo ser reconhecido como despesa. c) um gasto, podendo ser contabilizado como passivo ou despesas. d) um acordo que contém um arrendamento. e) um contrato de imobilizações em andamento, devendo ser reconhecido no ativo imobilizado.

De antemão já informo que a questão apresenta problemas, pois as informações disponibilizadas não permitem um julgamento objetivo, deixando espaço para a subjetividade (interpretação de cada um), o que certamente bastaria para que a questão fosse anulada. O mero fornecimento de gás, a meu ver, não caracteriza uma operação de arrendamento, pois não há a transferência do direito de uso do ativo (minha interpretação). De qualquer forma, a banca manteve o gabarito, com os seguintes argumentos. A questão está perfeitamente em consonância com as normas brasileiras de contabilidade, estabelecidas na resolução 1.256/09 – Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil e exemplo número 1, da mesma norma SEGUE ABAIXO O EXEMPLO NUMERO 1 CITADO ACIMA: 1. Uma entidade pode celebrar um acordo, incluindo uma transação ou uma série de transações relacionadas, que não tenha a forma legal de arrendamento, mas transfere o direito de usar um ativo (por exemplo, item do imobilizado) em troca de um pagamento ou de uma série de

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pagamentos. Os exemplos de acordos em que a entidade (fornecedor) pode transferir esse direito de usar um ativo à outra entidade (comprador), frequentemente em conjunto com serviços relacionados, incluem: - acordos de terceirização (por exemplo, terceirização das funções de processamento de dados de uma entidade); - acordos na indústria de telecomunicações, em que fornecedores de capacidade de rede celebram contratos para fornecer direitos de capacidade aos compradores; - contratos take-or-pay e similares, em que os compradores devem fazer pagamentos especificados, independentemente de receberem ou não os produtos ou serviços contratados (por exemplo, contrato take-or-pay para adquirir substancialmente toda a produção do gerador de energia de fornecedor). Pessoal, não é o caso ficarmos “remoendo” se a questão deveria ser anulada ou não. Afinal, não temos tempo a perder. Esse tipo de questão polêmica eu nem costumo inserir nos cursos, pois acabam mais atrapalhando o aprendizado do que ajudando. Porém, como são bem restritas as questões da ESAF sobre o assunto, creio que seja interessante visualizarmos aqui, principalmente porque muitos alunos se preparam para provas da ESAF. O que importa é entendermos a essência das operações de arrendamento. Gabarito: D

23. (FCC/TRE-RO/2014) A empresa Financiadora S.A. adquiriu, em 31/12/2011, uma máquina para utilizar em suas operações, cuja vida útil econômica estimada foi de 10 anos e valor residual igual a zero. A máquina foi adquirida por meio de arrendamento mercantil financeiro para ser paga em 5 prestações anuais, iguais e consecutivas de R$ 30.026,72, com taxa efetiva de juros de 5% a.a., vencendo a primeira prestação em 31/12/2012. No dia da aquisição, o valor justo da máquina era R$ 132.000,00, o valor presente das prestações era R$ 130.000,00 e a empresa pretendia ficar com a máquina no final do contrato. Considerando que a empresa utiliza para depreciação do ativo o método das quotas constantes, é correto afirmar que a empresa Financiadora S. A. reconheceu: a) uma despesa de depreciação de R$ 13.000,00 em 2012.

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b) um ativo de R$ 132.000,00 em 31/12/2011. c) uma despesa financeira de R$ 4.026,72 em 2012. d) um passivo de R$ 150.133,60 em 31/12/2011. e) uma despesa financeira de R$ 6.600,00 em 2012.

Questão bem semelhante a que estudamos na parte teórica da aula. Nessa questão vamos utilizar o valor presente (130.000), pois é menor que o valor justo (lembre-se: valor justo ou presente, dos dois o menor). Sendo 5 prestações x 30.026,72 = 150.133,60, devemos efetuar o seguinte registro: D - Ativo imobilizado (máquinas e equipamentos) ........... 130.000,00 D – Encargos Fin. a transcorrer (redutora do passivo) ....... 20.133,60 C - Arrendamento financeiro a pagar (passivo) ............... 150.133,60 Observe que a empresa reconheceu um ativo em 31/12/2011 no valor de 130.000,00 e um passivo de igual valor. Calculando a despesa financeira, devemos multiplicar o valor inicial (nesse caso o valor presente) pela taxa efetiva fornecida pela questão: 130.000,00 x 5% = 6.500,00 Para o cálculo da depreciação, sabemos que a vida útil da máquina é de 10 anos. Sendo assim, a depreciação anual será de: 130.000/10 = 13.000 ao ano. Gabarito: A

24. (FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) Em 31/12/2012, a empresa Serviços & Cia. adquiriu um caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em 6 parcelas anuais e consecutivas no valor de R$ 100.000,00 cada, vencendo a primeira em 31/12/2013. Sabe-se que o valor presente das prestações, na data de início do contrato, era R$ 462.000,00 e que se a empresa Serviços & Cia. tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 470.000,00 (valor justo).

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Nesse caso, a empresa Serviços & Cia. reconheceu a) um passivo no valor de R$ 462.000,00 na data da aquisição. b) um ativo no valor de R$ 470.000,00 e um ganho no valor de R$ 8.000,00 na data da aquisição. c) um ativo no valor de R$ 470.000,00 na data da aquisição. d) um passivo no valor de R$ 600.000,00 na data da aquisição. e) uma despesa financeira no valor de R$ 100.000,00 no ano de 2013.

Conforme já é de nosso conhecimento, no arrendamento mercantil financeiro o reconhecimento inicial é feito pelo valor justo ou pelo valor presente dos pagamentos, dos dois o menor. Assim, na data de aquisição devemos reconhecer simultaneamente um ativo e um passivo no valor de R$ 462.000,00. O lançamento seria: D – Ativo imobilizado (máquinas e equipamentos) .......... 462.000,00 D – Encargos Fin. a transcorrer (redutora do passivo) ..... 138.000,00 C – Arrendamento financeiro a pagar (passivo) .............. 600.000,00 Observe que a empresa reconheceu um ativo em 31/12/2012 (data de aquisição) no valor de 462.000,00 e um passivo de igual valor (600.000 – 138.000). Gabarito: A

25. (FCC/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/SEFAZ-PI/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Transportadora adquiriu um caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro. O contrato será pago em 5 parcelas anuais, iguais e consecutivas de R$ 80.000,00, vencendo a primeira parcela em 31/12/2014. Sabe-se que o valor presente das prestações, na data de início do contrato de arrendamento, era R$ 288.000,00 e que, se a Cia. Transportadora tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 300.000,00 (valor justo). A vida útil do caminhão é 5 anos, o valor residual esperado no final deste prazo será zero e a empresa utiliza o método das cotas constantes para cálculo da depreciação. Com base nestas informações, a Cia. Transportadora reconheceu

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a) um ativo no valor de R$ 300.000,00 em 31/12/2013. b) um passivo no valor de R$ 400.000,00 em 31/12/2013. c) um ativo no valor de R$ 288.000,00 em 31/12/2013. d) despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014. e) receita financeira no valor de R$ 12.000,00 em 31/12/2013. Mais uma questão da FCC com o mesmo padrão de exigência. Nessa questão vamos utilizar o valor presente (288.000), pois é menor que o valor justo (lembre-se: valor justo ou presente, dos dois o menor). Sendo 5 prestações x 80.000,00 = 400.000,00, devemos efetuar o seguinte registro: D - Ativo imobilizado (máquinas e equipamentos) ........... 288.000,00 D – Encargos Fin. a transcorrer (redutora do passivo) ....... 112.000,00 C - Arrendamento financeiro a pagar (passivo) ............... 400.000,00 Observe que a empresa reconheceu um ativo em 31/12/2011 no valor de 288.000,00 e um passivo de igual valor. Pronto! Já chegamos no nosso gabarito! Nessa questão nem precisamos calcular a despesa financeira e a despesa de depreciação. Gabarito: C

26. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF3/2014) Um equipamento industrial foi adquirido por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro nas seguintes condições: − Data da aquisição: 01/12/2010. − 24 parcelas mensais de R$ 30.000,00. − Uma parcela de R$ 52.406,48 a título de valor residual garantido que deverá ser paga junto com a última parcela mensal. − A taxa de juros incluída no contrato é 2% a.m. e a empresa pretende ficar com o bem ao final do prazo do contrato de arrendamento. O valor presente das parcelas do contrato de leasing, em 01/12/2010, era R$ 600.000,00 e o valor justo da máquina na data de início do contrato era R$ 630.000,00. Sabendo-se que a empresa pretende utilizar a máquina por 8 anos, que, ao final deste prazo, a máquina não terá valor

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de mercado e a empresa adota o método das quotas constantes para depreciação de todos os seus ativos, o resultado do mês de dezembro de 2010, será: a) Despesa de arrendamento = R$ 30.000,00. b) Despesa de depreciação = R$ 6.250,00 e Despesa financeira = R$ 12.000,00. c) Despesa de depreciação = R$ 6.562,50 e Despesa financeira = R$ 12.600,00. d) Despesa de depreciação = R$ 6.250,00 e Despesa financeira = R$ 5.000,00. e) Despesa de depreciação = R$ 25.000,00 e Despesa financeira = R$ 12.000,00. Alguma dúvida que a FCC gosta dessa forma de exigência? Veja que ela somente muda a exigência final... nessa questão ela quer saber o resultado do mês de dezembro. Logo, temos que encontrar o valor da despesa financeira e da depreciação. Mais uma vez vamos utilizar o valor presente (600.000), pois é menor que o valor justo (lembre-se: valor justo ou presente, dos dois o menor). Sendo 24 prestações x 30.000,00 = 720.000,00, devemos efetuar o seguinte registro: D – Ativo imobilizado (máquinas e equipamentos) ........... 600.000,00 D – Encargos Fin. a transcorrer (redutora do passivo) ....... 120.000,00 C – Arrendamento financeiro a pagar (passivo) ............... 720.000,00 Observe que a empresa reconheceu um ativo em 01/12/2010 no valor de 600.000,00 e um passivo de igual valor. Calculando a despesa financeira, devemos multiplicar o valor inicial (nesse caso o valor presente) pela taxa efetiva fornecida pela questão: 600.000,00 x 2% = 12.000,00 Para o cálculo da despesa de depreciação, sabemos que a vida útil da máquina é de 8 anos. Sendo assim, a depreciação anual será de: 600.000/8 = 75.000,00 ao ano ou 6.250,00 ao mês

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Agora veja que na hora da prova basta pegar o menor valor (entre o presente e o justo) e: 1) multiplicar pela taxa efetiva para encontrar a despesa financeira; e 2) dividir pela vida útil para encontrar a depreciação anual (se a questão pedir o resultado mensal, como no caso desta sob comento, basta dividir o valor por 12. Ah... e se a questão solicitar o valor reconhecido no ativo e/ou no passivo, será o menor valor e ponto, conforme vimos na questão anterior! Dá para resolver em segundos... é esses detalhes que separam os aventureiros dos “detonadores de CPCs”, aqueles que irão constar na relação de aprovados obviamente! O aventureiro vai ficar confuso com o monte de informações expostas no comando da questão... você não! Bateu o olho já sabe o que tem que fazer! Nunca foi tão fácil acertar uma questão que muita gente vai errar! Gabarito: B

27. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT18/2013) A empresa Industrial S.A. adquiriu, em 31/12/2012, uma máquina para utilizar em seu processo produtivo. A máquina foi adquirida por meio de arrendamento mercantil financeiro para ser paga em 60 prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 6.000,00. No momento da aquisição, a taxa de juros implícita na operação, o valor presente das prestações e o valor justo da máquina eram, respectivamente, 2% a.m., R$ 208.565,62 e R$ 205.000,00. Com base nessas informações, é correto afirmar que, em 31/12/2012, a empresa reconheceu um ativo a) e um passivo no valor de R$ 208.565,62. b) e um passivo no valor de R$ 205.000,00. c) e um passivo no valor de R$ 360.000,00. d) e um passivo no valor de R$ 205.000,00 e uma despesa financeira no valor de R$ 3.565,62. e) no valor de R$ 205.000,00, um passivo no valor de R$ 208.565,62 e uma despesa financeira no valor de R$ 3.565,62.

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E, aí prezado(a) “detonador(a)”. Bora resolver em 15 segundos essa questão?

Como assim, professor!?

Simples, meu camarada... vamos aplicar a “técnica ninja”! Passo 1 – verifique antes de tudo o que a questão solicita. Nesse caso é o valor do ativo e passivo a ser reconhecido... Tempo gasto: 5” Passo 2 – Identifique qual o menor valor entre o valor presente e o valor justo Nesse caso, o valor é R$ 205.000,00. Tempo gasto: 5” Passo 3 – Veja a opção que descreve o menor valor identificado e “tasca” um “X” nela... Nesse caso, a opção é a “B”. Tempo gasto: 5” Ahh, professor... e a opção “D”? Ela poderia estar mais completa... tá bom... põe mais 5 segundos na conta! Despesa financeira = 205.000,00 x 2% 4.100,00 Veja que o valor informado na opção “D” (3.565,62) está errado! Gabarito: B

28. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT5/2013) A empresa Crédito Bom S.A. é uma companhia de capital aberto e, em 01/01/2012, adquiriu um caminhão por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em 3 prestações anuais iguais de R$ 63.635,47 cada, vencendo a

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primeira em 31/12/2012. Se a empresa tivesse adquirido o caminhão à vista teria pagado R$ 183.000,00. Sabendo que o valor presente das prestações é de R$ 180.000,00 e que a taxa efetiva de juros é de 3% ao ano, a empresa Crédito Bom S.A. reconheceu a) uma despesa financeira de R$ 3.635,47 em 2012. b) uma despesa financeira de R$ 2.635,47 em 2012. c) um ativo imobilizado de R$ 183.000,00 em 01/01/2012. d) uma despesa financeira de R$ 5.400,00 em 2012. e) uma despesa financeira de R$ 5.490,00 em 2012. Bora praticar nossa “técnica ninja”? Passo 1 – verifique antes de tudo o que a questão solicita. Nesse caso é o reconhecimento da despesa financeira ou do ativo (opção C). Passo 2 – Identifique qual o menor valor entre o valor presente e o valor justo Nesse caso, o valor é R$ 180.000,00. Já podemos descartar a opção “C”, pois o valor reconhecido do ativo é justamente os 180 mil! Passo 3 – Multiplicar a taxa fornecida pelo menor valor identificado para encontrar a despesa financeira Despesa financeira = 180.000,00 x 3% 5.400,00 Tranquilo? Gabarito: D

29. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2013) A Empresa Aérea Voos Seguros (arrendatária) fechou contrato de arrendamento mercantil financeiro de uma aeronave para transporte de passageiros com uma Empresa Espanhola (arrendadora), sendo que a arrendatária possui a opção de compra do bem, no final do período, pelo valor de R$ 1.000,00. Considere as seguintes informações: − Período do contrato: 96 meses − Vida útil econômica da aeronave: 100 meses − Capacidade da aeronave: 80 passageiros − Valor mensal do arrendamento mercantil: R$ 350.000,00

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− Valor presente das contraprestações futuras: R$ 21.535.080,77 − Valor justo da aeronave: R$ 25.000.000,00 No início do prazo do arrendamento mercantil, na arrendatária, o valor do registro contábil do bem no ativo imobilizado deve ser, em R$: a) 350.000,00. b) 3.464.919,23. c) 21.535.080,77. d) 25.000.000,00. e) 33.600.000,00. Pessoal, bora resolver mais rápido... 15 segundos é demais para resolver essa questão O que o examinador solicita? É o valor reconhecido do ativo... interessante... Qual o menor valor? É o valor presente 21.535.080,77 Por acaso tem alguma opção com esse valor? SIM! Então, pode marcar ela e partir para o abraço! Ops... na hora da prova, não faça isso, não! Apesar da emoção, controle-se... senão o aplicador da prova vai te expulsar da sala! Gabarito: C

30. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT6/2012) Uma empresa adquiriu um caminhão por meio de arrendamento mercantil financeiro que será pago em 60 prestações mensais de R$ 2.000,00 cada. O valor presente das prestações era de R$ 78.760,54 e a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil era de 1,5% ao mês. O valor justo da máquina arrendada era de R$ 78.000,00. A empresa reconheceu no momento da aquisição, em reais, um a) ativo de 78.760,54. b) ativo de 78.000,00. c) passivo de 120.000,00. d) passivo de 78.760,54 e uma despesa financeira de 41.239,46. e) ativo de 78.000,00 e uma despesa financeira de 42.000,00. Você provavelmente deve já ter identificado que a FCC simplesmente AMA exigir esse assunto, não é mesmo?

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Nós, simplesmente agradecemos! Vamos lá... me ajude a agradecer a FCC... todos juntos no tempo 3 bradando “obrigado, FCC”. 1, 2, 3 ... OBRIGADO, FCC!

Valeu! Palmas para nós... Vamos lá... aplicando a técnica: O que a questão solicita? É o valor reconhecido do ativo e do passivo... Qual o menor valor? É o valor justo 78.000,00 Por acaso tem alguma opção com esse valor? SIM! E a opção “E”, professor? Não é mais completa!? Vamos lá: Despesa financeira = 78.000,00 x 1,5% = 1.170,00 Resposta: Não! A opção “E” está “fora da casinha”... Gabarito: B

31. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF1/2011) Uma operação de arrendamento mercantil efetuada no prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato, cuja propriedade será transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá ser registrada a) no Realizável de Longo Prazo. b) em conta de Ajustes Patrimoniais. c) como item do Ativo Diferido. d) em conta do Imobilizado. e) como uma Despesa Diferida. Como há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato estamos diante de um arrendamento mercantil financeiro. Conforme já sabemos, o valor do arrendamento mercantil financeiro deve ser reconhecido tanto no ativo como no passivo.

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Caso o ativo objeto do arrendamento seja tangível (material/corpóreo) devemos classificá-lo no ativo imobilizado. Caso seja intangível (imaterial/incorpóreo) classificamos no ativo intangível. Como a questão não nos dá maiores detalhes e somente temos uma opção com ativo imobilizado, marcamos essa opção!

Gabarito: D

32. (FUNCAB/Contador/Cariacica/2015) Marque a alternativa que apresenta como deve ser contabilizado, no arrendatário, os encargos financeiros a incorrer, embutidos em um contrato de leasing financeiro, por ocasião do seu reconhecimento inicial. a) Despesa antecipada b) Diretamente no resultado c) Redutora de passivo d) Redutora de ativo e) Receita antecipada Conforme estudamos, no reconhecimento inicial temos o seguinte registro na contabilidade do arrendatário por ocasião do arrendamento mercantil financeiro: D – Ativo imobilizado D – Encargos Financeiros a transcorrer (redutora do passivo) C – Arrendamento financeiro a pagar (passivo) Gabarito: C

33. (FBC/Exame de Suficiência CFC/2014.2) Uma Sociedade Empresária celebrou um contrato de arrendamento mercantil, na condição de arrendatária, com as seguintes informações: Bem arrendado: Máquina Prazo do arrendamento: 48 meses Valor mensal das prestações: R$1.000,00 Valor residual a ser pago no final dos 48 meses: R$1.200,00 Valor presente das prestações mais valor presente do valor residual: R$38.700,00 Valor do bem no mercado para compra à vista: R$39.000,00

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De acordo com os critérios da NBC TG 06 (R1) Arrendamento Mercantil, a operação foi classificada como arrendamento mercantil financeiro. Conforme as informações acima, o reconhecimento inicial irá gerar um registro no ativo imobilizado no valor de: a) R$38.700,00. b) R$39.000,00. c) R$48.000,00. d) R$49.200,00. Essa questão da FBC apresenta a mesma ideia das questões que estudamos da FCC. Bora aplicar a técnica? O que a questão solicita? É o valor reconhecido do ativo... Qual o menor valor? É o valor justo 38.700,00 Por acaso tem alguma opção com esse valor? SIM! Gabarito: A

34. (FBC/Exame de Suficiência CFC/2014.1) Uma sociedade empresária adquiriu um ativo imobilizado por meio de arrendamento mercantil financeiro em 60 parcelas mensais de R$1.000,00 cada. O valor presente das prestações equivale ao valor justo do ativo arrendado que é de R$43.500,00. No momento da aquisição, a sociedade empresária deve reconhecer: a) Um ativo de R$43.500,00 e uma despesa financeira de R$16.500,00. b) Um ativo de R$43.500,00. c) Um ativo de R$60.000,00 e uma despesa financeira de R$16.500,00. d) Um ativo de R$60.000,00. De novo... que fase! Assim, não tem graça! O que a questão solicita? É o valor reconhecido do ativo... Qual o menor valor? Os dois valores são iguais 43.500,00 Por acaso tem alguma opção com esse valor? SIM! Como a questão não informou a taxa, esqueça a despesa financeira. Gabarito: B

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35. (FBC/Exame de Suficiência CFC/2014.1) Uma sociedade empresária é arrendatária em um contrato de Arrendamento Mercantil Financeiro. O valor presente das contraprestações é de R$280.000,00 e o valor justo do bem arrendado é de R$285.000,00. O contrato estabelece o pagamento de 36 parcelas mensais de R$10.000,00. O reconhecimento inicial da operação de arrendamento resultará em: a) aumento de R$280.000,00 no Ativo e de R$280.000,00 no Passivo. b) aumento de R$285.000,00 no Ativo e de R$285.000,00 no Passivo. c) reconhecimento de R$280.000,00 como Despesa e de R$280.000,00 no Passivo. d) reconhecimento de R$360.000,00 como Despesa e de R$360.000,00 no Passivo. Duas questões praticamente iguais em uma mesma prova! Pode isso, Arnaldo?! Pode... quem não sabe o macete se lasca, mas nós “detonadores” nos divertimos! O que a questão solicita? É o valor reconhecido do ativo e do passivo... Qual o menor valor? Valor presente 280.000,00 Por acaso tem alguma opção com esse valor? SIM! Gabarito: A 36. (FEPESE/Auditor Fiscal de Tributos Municipais de Florianópolis/2014) A essência da transação deve ser considerada na classificação de um arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento operacional. Analise as afirmativas abaixo em relação ao assunto: 1. O arrendamento financeiro transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo desse arrendamento. 2. O arrendatário tem a opção de comprar o ativo. Espera-se que esse valor de compra seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data do exercício da opção de compra. 3. No início do arrendamento financeiro deve haver razoável certeza que a opção de compra, ao final do contrato, será exercida.

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4. O prazo do arrendamento mercantil financeiro não possui relação com a vida econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida. 5. O valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento financeiro totaliza, na época do início do arrendamento, todo o valor justo do ativo arrendado. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. b) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5. c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 5. e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3, 4 e 5. A questão exige conhecimento dos exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: (a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil; [assertiva 1 correta] (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; [assertivas 2 e 3 corretas] (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; [assertiva 4 errada] (d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e [assertiva 5 correta] (e) os ativos arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

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Gabarito: D 37. (FEPESE/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEF-SC/2010) Quanto ao leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador), pode-se afirmar: a) Uma transação de venda e leaseback envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes, por serem negociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback independe do tipo de arrendamento mercantil envolvido. b) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido acima do valor contábil deve ser imediatamente reconhecido como receita, por um vendedor-arrendatário. Tal valor não deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. c) Uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador) envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes por serem negociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido. d) Se o leaseback for um arrendamento mercantil financeiro, a transação é um meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, com o ativo como garantia. Por essa razão, é apropriado considerar como receita um excesso de vendas obtido sobre o valor contábil. Contudo, esse excesso não é diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. e) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil operacional ou financeiro, e se a transação for estabelecida pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo advindo dessa operação não pode ser imediatamente reconhecido. Vamos analisar as opções. a. Errada. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback independe depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido b. Errada. Segundo o CPC 06,

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59. Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido acima do valor contábil não deve ser imediatamente reconhecido como receita por um vendedor arrendatário. Em vez disso, tal valor deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. c. Certa. Nos termos do CPC 06, 58. Uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador) envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes por serem negociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido. d. Errada. Segundo o CPC 06, 60. Se o leaseback for um arrendamento mercantil financeiro, a transação é um meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, com o ativo como garantia. Por essa razão, não é apropriado considerar como receita um excedente do preço de venda obtido sobre o valor contábil. Tal excedente deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. e. Errada. Nos termos do CPC 06,

61. Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil operacional, e se estiver claro que a transação é estabelecida pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo deve ser imediatamente reconhecido. Gabarito: C 38. (FGV/Auditor/Tribunal de Contas dos Municípios do Pará/2008) Segundo a Resolução CFC 921/01, determinada empresa firma contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, em que na data de opção, o valor residual é significativamente inferior ao valor de mercado do bem.

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A dívida decorrente do arrendamento deverá ficar mensurada e evidenciada em seu patrimônio do seguinte modo: a) pelo valor presente, parte no Passivo Circulante e parte no Passivo Não Circulante. b) pelo valor nominal, parte no Passivo Circulante e parte no Passivo Não Circulante. c) pelo valor zero, pois a arrendatária não deve ter nada em seu patrimônio. d) pelo valor presente, parte no Passivo Não Circulante. e) pelo valor nominal, no Passivo Não Circulante. Pessoal, apesar de a questão estar baseada em uma Resolução do CFC já revogada, ela pode ser resolvida com o conhecimento atual que estudamos. O legal dessa questão é que ela não informa “de cara” qual o tipo de arrendamento, porém nos fornece um indicativo, qual seja: “na data de opção, o valor residual é significativamente inferior ao valor de mercado do bem”. Estamos diante de um exemplo de situação que indica se tratar de um arrendamento mercantil financeiro: Exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente um arrendamento mercantil a ser classificado como arrendamento mercantil financeiro: [...] (b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por um preço que se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data em que a opção se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; Pessoal, valor de mercado no contexto da questão pode ser entendido como valor justo. Logo, como esse valor é maior, chegamos a conclusão que o valor presente é menor e, portanto, é por esse valor que o ativo deve ser reconhecido. Além disso, estudamos que o reconhecimento no passivo deve considerar a segregação em circulante e não circulante de acordo com o prazo. Resta-nos, portanto, a opção “A”. Gabarito: A

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39. (FGV/Auditor Substituto de Conselheiro/TCM-RJ/2008) Segundo a Resolução CFC 921/01, se determinada empresa mercantil firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de mercado do bem na data da opção, o bem arrendado deverá ficar avaliado e evidenciado em seu patrimônio: a) pelo valor do bem, no ativo permanente imobilizado. b) pelo valor das contraprestações mais o valor residual, no ativo circulante ou realizável a longo prazo. c) como zero, pois não deve ser reconhecido como patrimônio da arrendatária. d) pelo valor das contraprestações, no passivo circulante ou exigível a longo prazo. e) pelo valor residual, como conta redutora do passivo circulante ou exigível a longo prazo.

Mesma ideia da questão anterior... Veja que a questão é de 2008 e, por isso, usa nomenclaturas ultrapassadas. Mas a essência é a mesma. O bem deve ser reconhecido pelo menor valor no ativo imobilizado. Inseri essas questões mais “velhinhas” da FGV porque não encontrei questões mais recentes sobre o CPC 06 dessa banca. Gabarito: A 40. (CESPE/Analista/Finanças e Controle/MPU/2015) Julgue o item que se segue, relativo à contabilização dos itens do ativo e do passivo. O arrendamento mercantil operacional deve ser reconhecido pelo arrendatário em contas específicas do ativo e do passivo no seu balanço por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada. É no arrendamento mercantil financeiro que devemos reconhecer na contabilidade do arrendatário um ativo e um passivo.

Gabarito: Errado 41. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) No que diz respeito ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual para elaboração e divulgação do relatório contábil-financeiro, julgue o item que se segue.

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Uma empresa arrendatária deve reconhecer contabilmente, no início de um contrato de arrendamento financeiro, ativos e passivos decorrentes da operação, pelo valor justo da propriedade arrendada ou pelo valor presente dos pagamentos mínimos do contrato, se este último for o menor valor. Perfeito! Trata-se de exigência literal do disposto no CPC 06: 20. No começo do prazo de arrendamento mercantil, os arrendatários devem reconhecer, em contas específicas, os arrendamentos mercantis financeiros como ativos e passivos nos seus balanços por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil, cada um determinado no início do arrendamento mercantil [...]. Gabarito: Certo 42. (CESPE/Especialista/Contabilidade/ANATEL/2014) No que diz respeito a normas contábeis e a registros/evidenciação das informações contábeis das EPST, julgue o item que se segue. Os pagamentos do arrendamento mercantil operacional serão reconhecidos como despesa em uma base de linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, não sendo admitida a adoção de outra base sistemática, ainda que mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário. Segundo o CPC 06,

33. Os pagamentos da prestação do arrendamento mercantil segundo um arrendamento mercantil operacional devem ser reconhecidos como despesa na base da linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, exceto se outra base sistemática for mais representativa do padrão temporal do benefício do usuário.

Gabarito: Errado 43. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item a seguir.

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A contabilização de uma operação de venda com compromisso de recompra como se fosse um empréstimo obtido pelo vendedor em que o bem objeto da transação é uma espécie de garantia da operação configura uma aplicação do princípio da essência econômica sobre a forma jurídica. Conforme estudamos, o arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido. Além disso, segundo o CPC 06: 21. As transações e outros eventos devem ser contabilizados e

apresentados de acordo com a sua essência e realidade financeira

e não meramente com a sua forma legal. Embora a forma legal de um acordo de arrendamento mercantil seja a de que o arrendatário possa não adquirir a propriedade legal do ativo arrendado, no caso dos arrendamentos mercantis financeiros, a essência e a realidade financeira são tais que o arrendatário adquire os benefícios econômicos do uso do ativo arrendado durante a maior parte da sua vida econômica em troca da obrigação de pagar por tal direito uma quantia que se aproxima, no início do arrendamento mercantil, do valor justo do ativo e do respectivo encargo financeiro. Trata-se de aplicação da Primazia da Essência sobre a Forma, prevista no CPC 00. Gabarito: Certo 44. (CESPE/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-ES/2013) Em relação às operações de arrendamento mercantil, assinale a opção correta. a) O ativo arrendado na modalidade operacional não passa por teste de impairment. b) Nas operações de arrendamento mercantil operacional ou financeiro, a arrendatária contabiliza o bem e as prestações como despesa no momento do vencimento das prestações. c) No arrendamento mercantil financeiro, ocorre a transferência, para o arrendatário, dos riscos e benefícios da operação. d) No leasing financeiro, o bem objeto da transação deve ser comprado pelo arrendatário ao final da operação, pelo valor de mercado ou valor justo do bem.

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e) Os bens objeto das operações de arrendamento não sofrem depreciação na arrendatária, porque esses não são de sua propriedade. Vamos analisar as assertivas. a. Errado. Pessoal, conforme estudamos na parte teórica, tanto no arrendamento financeiro como no operacional, há aplicação do teste de impairment. b. Errado. Somente no arrendamento mercantil operacional contabilizamos as prestações como despesa. c. Certo. Perfeito! Conforme estudamos, Arrendamento mercantil financeiro é aquele em que há transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes à propriedade de um ativo. O título de propriedade pode ou não vir a ser transferido.

d. Errado. Não há obrigação, mas sim OPÇÃO! e. Errado. Sofrem sim! Caso o objeto do arrendamento seja um ativo imobilizado sofrerá depreciação normalmente. Gabarito: C 45. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/2013) Considere que, em um contrato de arrendamento de determinado ativo, cujo tempo estimado de vida útil seja de cinco anos, tenham sido estabelecidos os seguintes itens: prazo de vigência de 50 meses, soma das prestações com 95% do valor justo do bem na data do início do contrato e uma cláusula que prevê que, no final do contrato, a empresa arrendatária possa exercer a opção de compra, desembolsando um valor que represente cerca de 5% do valor justo do bem na data da opção. Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. A empresa arrendatária deverá reconhecer o ativo como imobilizado, aumentando o ativo total, no momento da opção de compra, quando a propriedade do bem é transferida para a empresa. Apesar de parecer uma questão difícil, ela exige um conhecimento bem simples... o arrendatário deve proceder o reconhecimento como

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imobilizado no início do prazo de arrendamento e não no momento da opção pela compra do bem. Esse é o erro do item! Gabarito: Errado 46. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/2013) Considere que, em um contrato de arrendamento de determinado ativo, cujo tempo estimado de vida útil seja de cinco anos, tenham sido estabelecidos os seguintes itens: prazo de vigência de 50 meses, soma das prestações com 95% do valor justo do bem na data do início do contrato e uma cláusula que prevê que, no final do contrato, a empresa arrendatária possa exercer a opção de compra, desembolsando um valor que represente cerca de 5% do valor justo do bem na data da opção. Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. A empresa arrendatária deverá, durante a vigência do contrato, contabilizar a depreciação do bem, calculada numa base sistemática, lançando crédito em conta patrimonial de depreciação acumulada, e débito em conta de resultado, ou de custo no caso de um ativo utilizado na produção. Perfeito! Conforme estudamos, quanto ao prazo da depreciação (amortização), o CPC 06 destaca que o valor depreciável de ativo arrendado deve ser alocado a cada período contábil durante o período de uso esperado em base sistemática consistente com a política de depreciação que o arrendatário adote para os ativos depreciáveis de que seja proprietário. O lançamento da depreciação é: D – Despesa de Depreciação (resultado) C – Depreciação Acumulada (redutora de ativo) Gabarito: Certo 47. (CESPE/Técnico/MPU/2010) A contabilização de componentes patrimoniais obedece à legislação societária e às resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Acerca da contabilização dos itens patrimoniais, julgue o item subsequente.

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Em uma operação de arrendamento mercantil financeiro, ao se efetuar reconhecimento subsequente da receita financeira pelo arrendador, deve ser adotado cálculo que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido, uma vez que essa taxa dever ser apropriada durante o prazo do arrendamento em base sistemática e racional. Segundo o CPC 06, 39. O reconhecimento da receita financeira deve basear-se no padrão que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido do arrendador no arrendamento mercantil financeiro.

40. Um arrendador tem como meta apropriar a receita financeira durante o prazo do arrendamento mercantil em base sistemática e racional. Essa apropriação da receita baseia-se no padrão que reflete o retorno periódico constante sobre o investimento líquido do arrendador no arrendamento mercantil financeiro. Os pagamentos do arrendamento mercantil relacionados ao período, excluindo custos de serviços, devem ser aplicados ao investimento bruto no arrendamento mercantil para reduzir tanto o principal quanto as receitas financeiras não realizadas.

Gabarito: Certo 48. (CESPE/Contador/SEAD/CEHAP-PB/2008/Adaptada) No Brasil, há duas modalidades de arrendamento mercantil utilizadas: o leasing operacional e o financeiro. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir. A operação de arrendamento mercantil que transfere ao arrendatário substancialmente todos os riscos inerentes ao uso do bem arrendado, como obsolescência tecnológica e desgastes, é denominada leasing operacional. Segundo o CPC 06, arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. Um arrendamento mercantil pode ser classificado em financeiro ou operacional. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

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Um arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Logo, a operação de arrendamento mercantil que transfere ao arrendatário substancialmente todos os riscos inerentes ao uso do bem arrendado, como obsolescência tecnológica e desgastes, é denominada leasing financeiro. Gabarito: Errado 49. (CESPE/Analista Legislativo/Ciências Contábeis/AL-CE/2011) Um arrendamento mercantil será classificado contabilmente como financeiro se transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade; caso contrário, o arrendamento será classificado como operacional. Para fixar! Um arrendamento mercantil deve ser classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Um arrendamento mercantil deve ser classificado como operacional se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade. Gabarito: Certo 50. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) Julgue o item a seguir, relativo ao reconhecimento e à mensuração de contas patrimoniais. Quando um financiamento por arrendamento financeiro apresenta o valor presente das prestações mínimas, menor do que o valor justo do bem, a empresa arrendatária credita o passivo pelo valor da soma dos pagamentos mínimos e debita conta redutora no valor calculado dos juros efetivos, ao passo que debita o ativo pelo valor presente das prestações mínimas.

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Pessoal, em outras palavras a questão exige conhecimentos do seguinte item do CPC 06: No reconhecimento inicial de um arrendamento mercantil financeiro, deve-se registrá-lo como ativo e passivo, ou seja, o direito de uso do bem ficará registrado no ativo e a dívida assumida no passivo. O valor a ser registrado deve ser igual ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil. Gabarito: Certo

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DEFINIÇÃO A - Uma pessoa, ou um membro próximo de sua família, está relacionada com a entidade que reporta a informação se:

(i) tiver o controle pleno ou compartilhado... (ii) tiver influência significativa... (iii) for membro do pessoal chave da administração...

B - Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se qualquer das condições abaixo for

observada:

(i) a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo (ii) a entidade é coligada ou controlada em conjunto (joint venture) de outra entidade

(iii) ambas as entidades estão sob o controle conjunto (joint ventures) de uma terceira entidade;

(iv) uma entidade está sob o controle conjunto (joint venture) de uma terceira entidade e a outra entidade for coligada

dessa terceira entidade;

(v) a entidade é um plano de benefício pós-emprego... (vi) a entidade é controlada, de modo pleno ou sob controle conjunto, por uma pessoa identificada na letra A;

(vii) uma pessoa identificada na letra A (i) tem influência significativa sobre a entidade, ou for membro do pessoal chave da

administração da entidade (ou de controladora da entidade);

(viii) a entidade, ou qualquer membro de grupo do qual ela faz parte, fornece serviços de pessoal-chave da administração da

entidade que reporta ou à controladora da entidade que reporta.

Não são partes relacionadas:

(a) duas entidades simplesmente por terem administrador ou outro membro do pessoal chave da administração em comum,

ou porque um membro do pessoal chave da administração da entidade exerce influência significativa sobre a outra entidade;

(b) dois empreendedores em conjunto simplesmente por compartilharem o controle conjunto sobre um empreendimento

controlado em conjunto (joint venture).

DIVULGAÇÃO Os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados independentemente de ter havido ou não

transações entre essas partes relacionadas.

A entidade deve divulgar a remuneração do pessoal chave da administração no total e para cada uma das seguintes

categorias: (a) benefícios de curto prazo a empregados e administradores; (b) benefícios pós-emprego; (c) outros benefícios

de longo prazo; (d) benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e (e) remuneração baseada em ações.

Para quaisquer transações entre partes relacionadas, faz-se necessária a divulgação das condições em que as mesmas

transações foram efetuadas. Transações atípicas com partes relacionadas após o encerramento do exercício ou período

também devem ser divulgadas.

Os itens de natureza similar podem ser divulgados de forma agregada, exceto quando a divulgação em separado for

necessária para a compreensão dos efeitos das transações com partes relacionadas nas demonstrações contábeis da

entidade.

Exemplos de transações que devem ser divulgadas, se feitas com parte relacionada:

a) compras ou vendas de bens; b) compras ou vendas de propriedades e outros ativos; c) prestação ou recebimento de

serviços; d) arrendamentos; e) transferências de pesquisa e desenvolvimento; f) transferências mediante acordos de licença;

g) transferências de natureza financeira; h) fornecimento de garantias, avais ou fianças; i) assunção de compromissos... j)

liquidação de passivos em nome da entidade ou pela entidade em nome de parte relacionada.

Resumo da Aula

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... da entidade que reporta a informação

Parte relacionada é a pessoa ou a entidade que está relacionada com a entidade que está elaborando suas

demonstrações contábeis.

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DEFINIÇÃO

CLASSIFICAÇÃO

A classificação de um arrendamento mercantil como arrendamento mercantil financeiro ou

arrendamento mercantil operacional depende da essência da transação e não da forma do contrato.

Exemplos de situações que individualmente ou em conjunto levariam normalmente um arrendamento mercantil a ser

classificado como arrendamento mercantil financeiro:

(a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo ...; (b) o arrendatário

tem a opção de comprar o ativo por um preço [...] mais baixo do que o valor justo [...] de forma que, no início do

arrendamento mercantil, seja razoavelmente certo que a opção será exercida; (c) o prazo do arrendamento mercantil refere-

se à maior parte da vida econômica do ativo mesmo que a propriedade não seja transferida; (d) no início do arrendamento

mercantil, o valor presente [...] totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado; e (e) os ativos

arrendados são de natureza especializada de tal forma que apenas o arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

Indicadores de situação que individualmente ou em combinação também podem levar um arrendamento mercantil a ser

classificado como arrendamento mercantil financeiro:

(a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do arrendador associadas ao cancelamento são

suportadas pelo arrendatário; (b) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao

arrendatário; e (c) o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por um período adicional com

pagamentos que sejam substancialmente inferiores ao valor de mercado.

ARRENDAMENTO MERCANTIL NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO ARRENDATÁRIO Arrendamento Mercantil Financeiro

No reconhecimento inicial de um arrendamento mercantil financeiro, deve-se no início do prazo registrá-lo como ativo e

passivo, ou seja, o direito de uso do bem ficará registrado no ativo e a dívida assumida no passivo.

O valor a ser registrado deve ser igual ao valor justo da propriedade arrendada ou, se inferior, ao valor presente dos

pagamentos mínimos do arrendamento mercantil.

Arrendamento Mercantil Operacional

Para os arrendamentos mercantis operacionais, os pagamentos da prestação (excluindo os custos de serviços tais como

seguro e manutenção) devem ser reconhecidos como despesa na base da linha reta (linear) durante o prazo do

arrendamento, salvo se outra base sistemática for representativa do padrão temporal do benefício do usuário.

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Arrendamento mercantil é um acordo pelo qual o arrendador transmite ao arrendatário em troca de

um pagamento ou série de pagamentos o direito de usar um ativo por um período de tempo

acordado.

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ARRENDAMENTO MERCANTIL NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO ARRENDADOR Arrendamento Mercantil Financeiro

Os arrendadores devem reconhecer os ativos mantidos por arrendamento mercantil financeiro nos seus balanços e

apresentá-los como conta a receber por valor igual ao investimento líquido no arrendamento mercantil.

Arrendamento Mercantil Operacional

A receita de arrendamento mercantil proveniente de arrendamentos mercantis operacionais (excluindo recebimentos de

serviços fornecidos tais como seguro e manutenção) deve ser reconhecida no resultado na base da linha reta durante o

prazo do arrendamento mercantil, a menos que outra base sistemática seja mais representativa do padrão temporal em que

o benefício do uso do ativo arrendado é diminuído.

Os custos, incluindo a depreciação, incorridos na obtenção da receita de arrendamento mercantil devem ser reconhecidos

como despesa.

TRANSAÇÃO DE VENDA E LEASEBACK

Uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador) envolve a venda de um ativo

e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor.

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1. (FGV/Analista Legislativo/Contabilidade/CM Caruaru/2015) João possui investimentos na Cia. J enquanto Maria possui investimentos na Cia. M. João e Maria são sócios em uma empresa holding que não possui participação nas Cias. J e M. De acordo com o pronunciamento técnico CPC 05 (R1) – Divulgação sobre Partes Relacionadas, assinale a opção em que a Cia. M e a Cia. J não são partes relacionadas. a) João controla de modo pleno a Cia. J e Maria controla de modo pleno a Cia. M. b) João controla em conjunto a Cia. J e Maria exerce influência significativa sobre a Cia. M. c) João controla em conjunto a Cia. J e Maria controla em conjunto a Cia. M. d) João controla de modo pleno a Cia. J e Maria controla em conjunto a Cia. M. e) João exerce influência significativa sobre a Cia. J e Maria exerce influência significativa sobre a Cia. M.

2. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2009) São consideradas operações com partes relacionadas a) as compras ou as vendas de bens realizadas com fornecedores diversos. b) o pagamento de dividendos a acionistas minoritários. c) o fornecimento de garantias, avais ou fianças a empresas coligadas. d) o adiantamento a empregados e a fornecedores. e) os contratos de seguros e benefícios a empregados.

3. (FCC/Analista/CVM/2003) De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, são consideradas partes relacionadas da companhia a) o cônjuge ou companheiro(a) de acionistas com direito a voto. b) entidades que tenham com a companhia um diretor em comum, que não possa ser capaz de afetar as diretrizes de ambas as sociedades nas transações entre si. c) pessoas-chave de sua administração, isto é, pessoas que têm autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da sociedade.

Lista das questões apresentadas na aula

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d) financiadores, companhias de utilidade pública, sindicatos e órgãos e agências governamentais, no curso de suas transações normais com a entidade. e) pessoas físicas ou jurídicas que ela tenha possibilidade de contratar em condições de comutatividade e independência.

4. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) Não ocorrendo transações entre as partes relacionadas, a divulgação do nome da controladora direta pela empresa controlada supre a divulgação do nome da controladora final.

5. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) A entidade que divulgar a informação contábil, caso torne público o total da remuneração do pessoal chave da administração, estará dispensada de detalhar os valores dos benefícios de curto prazo a administradores e eventual remuneração baseada em ações.

6. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) As transações atípicas com partes relacionadas ocorridas após o encerramento do exercício em divulgação devem ser evidenciadas nas notas explicativas.

7. (CESPE/Analista/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP-EXE/2016) Entre as transações que devem ser divulgadas se realizadas pelas partes relacionadas incluem-se os arrendamentos, as compras de bens não acabados, as vendas de propriedades e as transferências de pesquisa e desenvolvimento.

51. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEFAZ-PR/2012) A resolução que trata de operações de arrendamento mercantil define o termo arrendamento mercantil como sendo um acordo pelo qual o a) arrendador transmite ao arrendatário, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. b) arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado nunca inferior a um ano, nem superior a cinco anos. c) arrendador transmite ao arrendatário, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado.

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d) arrendatário transmite ao arrendador, mediante um contrato de comodato sem uma contraprestação de remuneração, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado. e) arrendatário transmite ao arrendador, em troca de um pagamento ou série de pagamentos, o direito de usar um ativo por um período de tempo acordado.

52. (FUNCAB/Contador/CRF-RO/2015) De acordo com a NBC TG 06 – Operações de Arrendamento Mercantil, a soma dos pagamentos mínimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro e de qualquer valor residual não garantido atribuído ao arrendador, é denominada: a) custos diretos iniciais. b) receita financeira não realizada. c) investimento bruto no arrendamento mercantil. d) pagamento contingente. e) investimento líquido no arrendamento mercantil.

53. (COPS UEL/Auditor Fiscal/SEFAZ-PR/2012) A classificação de arrendamentos mercantis adotada na NBC TG 06 (Operações de Arrendamento Mercantil), aprovada pela resolução CFC 1.304/2010, baseia-se na extensão dos riscos e dos benefícios, inerentes à propriedade de ativo arrendado, que permanecem para o arrendador ou para o arrendatário. Desse modo, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a classificação dos arrendamentos. a) Alto, médio e baixo risco. b) Financeiro e operacional. c) Contabilizáveis e não contabilizáveis. d) Mercantis e não mercantis. e) Realizável e não realizável.

54. (CESPE/Contador/TJ-RR/2012) Com a aplicação de critérios contábeis homogêneos advindos das normas internacionais de contabilidade e dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), as empresas e os contadores procuraram adequar-se ao novo arcabouço de padrões contábeis em relação ao registro e à mensuração dos eventos contábeis. A respeito desse assunto, julgue o item. O arrendamento mercantil é classificado como financeiro ou operacional. No arrendamento operacional, há transferência substancial de todos os

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riscos e benefícios inerentes à propriedade, ao passo que, no financeiro, não há transferência substancial de riscos e benefícios inerentes à propriedade.

55. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2009) O contador da empresa Inova S.A. conseguiu condições financeiras vantajosas para comprar dois caminhões por meio de arrendamento mercantil (leasing). Como a empresa tem a intenção de ficar com os veículos no final do prazo do contrato e a compra se enquadra dentro dos conceitos de leasing operacional, a empresa contabilizou como ativo imobilizado os dois caminhões. Referido procedimento atende ao a) conceito da essência sobre a forma. b) pressuposto da competência de períodos. c) conceito da neutralidade. d) pressuposto da relevância. e) princípio da materialidade.

56. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2013) O auditor externo, para certificar-se de que uma operação de leasing se enquadra na classificação de leasing operacional, deve, além de verificar se o arrendamento mercantil não transfere os riscos e benefícios inerentes à propriedade, constatar se a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo do arrendamento mercantil. b) o prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida. c) o valor presente dos pagamentos mínimos, no início do arrendamento mercantil, totaliza pelo menos substancialmente todo o valor justo do ativo arrendado. d) os ativos arrendados são de natureza especializada, de tal forma que apenas o arrendatário possa usá-los sem grandes modificações. e) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor justo do valor residual são atribuídos ao arrendador.

57. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Em uma aquisição de ativo por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro, na data de início do contrato de arrendamento, a empresa arrendatária a) deve registrar um ativo pelo valor presente das obrigações assumidas ou pelo valor justo nesta data, dos dois o menor valor.

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b) deve registrar um ativo pelo valor presente das obrigações assumidas ou pelo valor justo nesta data, dos dois o maior valor. c) deve registrar um ativo pelo valor correspondente à soma das obrigações assumidas. d) não deve fazer qualquer registro. e) deve registrar um ativo pelo custo incorrido.

58. (FCC/Analista de Gestão/Contabilidade/SABESP/2014) Em 01/01/2013, a empresa Full S.A. adquiriu um caminhão pipa por meio de arrendamento mercantil financeiro. O caminhão será pago em 4 prestações anuais, iguais e consecutivas de R$ 50.000 cada, vencendo a primeira em 31/12/2013. Na data da aquisição o valor justo era R$ 170.000 e o valor presente das prestações era R$ 173.000. Sabendo que a taxa efetiva de juros era de 6,83% ao ano, que a vida útil do caminhão pipa era 10 anos e que a empresa pretende ficar com o bem no final do contrato, a empresa Full S.A. reconheceu, no ano de 2013, uma despesa a) financeira de R$ 13.660. b) financeira de R$ 11.611. c) financeira de R$ 11.816. d) de depreciação de R$ 17.300. e) financeira de R$ 7.500.

59. (ESAF/Analista de Finanças e Controle/Contábil/STN/2013) O excedente de preço de venda obtido sobre o valor contábil de um leaseback enquadrado como arrendamento mercantil financeiro é uma a) despesa diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento mercantil. b) receita financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em que a operação for realizada. c) complementação do valor do ativo que deve ser incorporado ao valor do imobilizado e ter seu valor recuperável avaliado. d) despesa financeira que deve ser reconhecida no resultado do exercício em que a operação for realizada. e) receita diferida que deve ser amortizada durante o prazo do arrendamento mercantil.

Questões CPC 05

60. (IADES/Analista Técnico/Contabilidade e Finanças/FUNPRESP/2014) A partir de 2008, com a edição de novas normas contábeis, houve maior

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exigência quanto à divulgação de informações em notas explicativas, inclusive em relação às transações com partes relacionadas. Acerca desse assunto, assinale a alternativa correta. a) As transações com partes relacionadas referem-se apenas àquelas com pessoas jurídicas. b) Empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico não são consideradas partes relacionadas. c) As transações com a pessoa física ocupante de cargo de direção ou controle em uma pessoa jurídica que é parte relacionada não devem ser evidenciadas em notas explicativas. d) A divulgação de partes relacionadas nas notas explicativas tem por finalidade evidenciar se a posição financeira de uma empresa e o respectivo resultado foram afetados por essas transações. e) Por razões de sigilo, as divulgações sobre transações com partes relacionadas limitam-se a informar a data da ocorrência e a identificação da parte, não sendo necessário informar montantes, saldos e garantias.

61. (IADES/Contador/SUDAM/2013) Se uma Sociedade Anônima tiver realizado transações entre partes relacionadas durante os períodos cobertos pelas demonstrações contábeis, a entidade deve divulgar a) a natureza do relacionamento entre as partes relacionadas, assim como as informações sobre as transações e saldos existentes. b) o efeito das transações realizadas somente para a Diretoria da Entidade. c) o efeito das transações realizadas somente para a Diretoria da Entidade e o Conselho Fiscal. d) a natureza do relacionamento entre as partes somente para a Diretoria e o Conselho Fiscal. e) a natureza do relacionamento entre as partes somente para os acionistas.

62. (CONSULPLAN/Analista de Tributos/ISS-Cascavel/2014) “O conceito de partes relacionadas abrange toda entidade, física ou jurídica, desde que haja qualquer vínculo entre as partes, o qual resulte em uma relação de dependência ou significativa influência, que permita a chance de as negociações não se realizarem como se fossem praticadas com terceiros alheios à entidade.” (Iudícibus et al, 2009. p. 483.) Com base no disposto, consideram-se partes relacionadas, EXCETO: a) Empresas com administradores comuns ou que possam influenciar determinadas decisões nas mesmas.

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b) Entidades financiadoras, sindicatos ou prestadoras de serviços públicos que não controlam ou exercem influência sobre a empresa. c) Clientes, fornecedores ou financiadores com os quais seja mantida uma relação de dependência econômica, financeira ou tecnológica. d) Pessoas-chave da administração, que possuem autoridade e responsabilidade de planejar, dirigir e controlar as atividades da empresa. e) Pessoa ou membro próximo da família que tiver controle ou influência sobre as decisões da entidade que apresenta as demonstrações contábeis.

63. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRE-RO/2013) Em relação à divulgação sobre partes relacionadas, considere: I. Uma pessoa está relacionada com a entidade que reporta a informação se for membro do pessoal chave da administração da controladora da entidade que reporta a informação. II. Uma entidade está relacionada com a entidade que reporta a informação se a entidade e a entidade que reporta a informação são membros do mesmo grupo econômico. III. Os relacionamentos entre controladora e suas controladas devem ser divulgados somente quando há transações entre essas partes relacionadas. IV. A atenção deve ser direcionada para a forma legal e não para a essência do relacionamento, ao considerar cada um dos possíveis relacionamentos com partes relacionadas. Está correto o que consta APENAS em a) I e II. b) II. c) II e III. d) III e IV. e) I, III e IV.

64. (FCC/Analista/CVM/2003) Representa entidade ou pessoa considerada parte relacionada de uma companhia aberta: a) a Comissão de Valores Mobiliários. b) o cliente cujas compras da companhia representam menos de 3% de suas vendas totais.

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c) o fornecedor em relação ao qual a companhia não tenha relações de dependência econômica, financeira ou tecnológica. d) uma sociedade da qual a companhia detenha direitos de preferência na subscrição de valores mobiliários. e) entidade com a qual a companhia tenha condições de transacionar com comutatividade e independência.

Questões CPC 06

65. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2012) A empresa Biogás S.A. foi contratada pela empresa Aves S.A. para fornecer gás para sua fábrica de processamento de carnes. A Biogás S.A. produz gás a partir de biodigestores que transformam resíduos animais em gás. Como a contratante fica em região sem estrutura, a única fonte de fornecimento de gás é esta. O produtor de gás não tem interesse em fornecer para outras empresas, sendo exclusivo o fornecimento para empresa Aves S.A, por 10 anos. A manutenção, reparos e outros é de responsabilidade da empresa fornecedora do gás. Nesse caso, pode-se afirmar que esse contrato representa a) uma compra de imobilizado, devendo ser reconhecido. b) uma prestação de serviços, devendo ser reconhecido como despesa. c) um gasto, podendo ser contabilizado como passivo ou despesas. d) um acordo que contém um arrendamento. e) um contrato de imobilizações em andamento, devendo ser reconhecido no ativo imobilizado.

66. (FCC/TRE-RO/2014) A empresa Financiadora S.A. adquiriu, em 31/12/2011, uma máquina para utilizar em suas operações, cuja vida útil econômica estimada foi de 10 anos e valor residual igual a zero. A máquina foi adquirida por meio de arrendamento mercantil financeiro para ser paga em 5 prestações anuais, iguais e consecutivas de R$ 30.026,72, com taxa efetiva de juros de 5% a.a., vencendo a primeira prestação em 31/12/2012. No dia da aquisição, o valor justo da máquina era R$ 132.000,00, o valor presente das prestações era R$ 130.000,00 e a empresa pretendia ficar com a máquina no final do contrato. Considerando que a empresa utiliza para depreciação do ativo o método das quotas constantes, é correto afirmar que a empresa Financiadora S. A. reconheceu: a) uma despesa de depreciação de R$ 13.000,00 em 2012. b) um ativo de R$ 132.000,00 em 31/12/2011. c) uma despesa financeira de R$ 4.026,72 em 2012.

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d) um passivo de R$ 150.133,60 em 31/12/2011. e) uma despesa financeira de R$ 6.600,00 em 2012.

67. (FCC/Auditor/Contabilidade/TCE-RS/2014) Em 31/12/2012, a empresa Serviços & Cia. adquiriu um caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em 6 parcelas anuais e consecutivas no valor de R$ 100.000,00 cada, vencendo a primeira em 31/12/2013. Sabe-se que o valor presente das prestações, na data de início do contrato, era R$ 462.000,00 e que se a empresa Serviços & Cia. tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 470.000,00 (valor justo). Nesse caso, a empresa Serviços & Cia. reconheceu a) um passivo no valor de R$ 462.000,00 na data da aquisição. b) um ativo no valor de R$ 470.000,00 e um ganho no valor de R$ 8.000,00 na data da aquisição. c) um ativo no valor de R$ 470.000,00 na data da aquisição. d) um passivo no valor de R$ 600.000,00 na data da aquisição. e) uma despesa financeira no valor de R$ 100.000,00 no ano de 2013.

68. (FCC/Auditor Fiscal da Fazenda Estadual/SEFAZ-PI/2015) Em 31/12/2013, a Cia. Transportadora adquiriu um caminhão por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro. O contrato será pago em 5 parcelas anuais, iguais e consecutivas de R$ 80.000,00, vencendo a primeira parcela em 31/12/2014. Sabe-se que o valor presente das prestações, na data de início do contrato de arrendamento, era R$ 288.000,00 e que, se a Cia. Transportadora tivesse adquirido o caminhão à vista, teria pagado R$ 300.000,00 (valor justo). A vida útil do caminhão é 5 anos, o valor residual esperado no final deste prazo será zero e a empresa utiliza o método das cotas constantes para cálculo da depreciação. Com base nestas informações, a Cia. Transportadora reconheceu a) um ativo no valor de R$ 300.000,00 em 31/12/2013. b) um passivo no valor de R$ 400.000,00 em 31/12/2013. c) um ativo no valor de R$ 288.000,00 em 31/12/2013. d) despesa no valor de R$ 80.000,00 em 2014. e) receita financeira no valor de R$ 12.000,00 em 31/12/2013.

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69. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF3/2014) Um equipamento industrial foi adquirido por meio de um contrato de arrendamento mercantil financeiro nas seguintes condições: − Data da aquisição: 01/12/2010. − 24 parcelas mensais de R$ 30.000,00. − Uma parcela de R$ 52.406,48 a título de valor residual garantido que deverá ser paga junto com a última parcela mensal. − A taxa de juros incluída no contrato é 2% a.m. e a empresa pretende ficar com o bem ao final do prazo do contrato de arrendamento. O valor presente das parcelas do contrato de leasing, em 01/12/2010, era R$ 600.000,00 e o valor justo da máquina na data de início do contrato era R$ 630.000,00. Sabendo-se que a empresa pretende utilizar a máquina por 8 anos, que, ao final deste prazo, a máquina não terá valor de mercado e a empresa adota o método das quotas constantes para depreciação de todos os seus ativos, o resultado do mês de dezembro de 2010, será: a) Despesa de arrendamento = R$ 30.000,00. b) Despesa de depreciação = R$ 6.250,00 e Despesa financeira = R$ 12.000,00. c) Despesa de depreciação = R$ 6.562,50 e Despesa financeira = R$ 12.600,00. d) Despesa de depreciação = R$ 6.250,00 e Despesa financeira = R$ 5.000,00. e) Despesa de depreciação = R$ 25.000,00 e Despesa financeira = R$ 12.000,00.

70. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT18/2013) A empresa Industrial S.A. adquiriu, em 31/12/2012, uma máquina para utilizar em seu processo produtivo. A máquina foi adquirida por meio de arrendamento mercantil financeiro para ser paga em 60 prestações mensais, iguais e consecutivas de R$ 6.000,00. No momento da aquisição, a taxa de juros implícita na operação, o valor presente das prestações e o valor justo da máquina eram, respectivamente, 2% a.m., R$ 208.565,62 e R$ 205.000,00. Com base nessas informações, é correto afirmar que, em 31/12/2012, a empresa reconheceu um ativo a) e um passivo no valor de R$ 208.565,62. b) e um passivo no valor de R$ 205.000,00. c) e um passivo no valor de R$ 360.000,00. d) e um passivo no valor de R$ 205.000,00 e uma despesa financeira no valor de R$ 3.565,62.

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e) no valor de R$ 205.000,00, um passivo no valor de R$ 208.565,62 e uma despesa financeira no valor de R$ 3.565,62.

71. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT5/2013) A empresa Crédito Bom S.A. é uma companhia de capital aberto e, em 01/01/2012, adquiriu um caminhão por meio de arrendamento mercantil financeiro, para ser pago em 3 prestações anuais iguais de R$ 63.635,47 cada, vencendo a primeira em 31/12/2012. Se a empresa tivesse adquirido o caminhão à vista teria pagado R$ 183.000,00. Sabendo que o valor presente das prestações é de R$ 180.000,00 e que a taxa efetiva de juros é de 3% ao ano, a empresa Crédito Bom S.A. reconheceu a) uma despesa financeira de R$ 3.635,47 em 2012. b) uma despesa financeira de R$ 2.635,47 em 2012. c) um ativo imobilizado de R$ 183.000,00 em 01/01/2012. d) uma despesa financeira de R$ 5.400,00 em 2012. e) uma despesa financeira de R$ 5.490,00 em 2012.

72. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/SEFAZ-SP/2013) A Empresa Aérea Voos Seguros (arrendatária) fechou contrato de arrendamento mercantil financeiro de uma aeronave para transporte de passageiros com uma Empresa Espanhola (arrendadora), sendo que a arrendatária possui a opção de compra do bem, no final do período, pelo valor de R$ 1.000,00. Considere as seguintes informações: − Período do contrato: 96 meses − Vida útil econômica da aeronave: 100 meses − Capacidade da aeronave: 80 passageiros − Valor mensal do arrendamento mercantil: R$ 350.000,00 − Valor presente das contraprestações futuras: R$ 21.535.080,77 − Valor justo da aeronave: R$ 25.000.000,00 No início do prazo do arrendamento mercantil, na arrendatária, o valor do registro contábil do bem no ativo imobilizado deve ser, em R$: a) 350.000,00. b) 3.464.919,23. c) 21.535.080,77. d) 25.000.000,00. e) 33.600.000,00.

73. (FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT6/2012) Uma empresa adquiriu um caminhão por meio de arrendamento mercantil financeiro que

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será pago em 60 prestações mensais de R$ 2.000,00 cada. O valor presente das prestações era de R$ 78.760,54 e a taxa de juros implícita no arrendamento mercantil era de 1,5% ao mês. O valor justo da máquina arrendada era de R$ 78.000,00. A empresa reconheceu no momento da aquisição, em reais, um a) ativo de 78.760,54. b) ativo de 78.000,00. c) passivo de 120.000,00. d) passivo de 78.760,54 e uma despesa financeira de 41.239,46. e) ativo de 78.000,00 e uma despesa financeira de 42.000,00.

74. (FCC/Analista Judiciário/Contadoria/TRF1/2011) Uma operação de arrendamento mercantil efetuada no prazo de cinco anos, na qual identifica-se a transferência substancial dos riscos e benefícios inerentes ao bem objeto do contrato, cuja propriedade será transferida ao arrendatário no final do contrato, deverá ser registrada a) no Realizável de Longo Prazo. b) em conta de Ajustes Patrimoniais. c) como item do Ativo Diferido. d) em conta do Imobilizado. e) como uma Despesa Diferida.

75. (FUNCAB/Contador/Cariacica/2015) Marque a alternativa que apresenta como deve ser contabilizado, no arrendatário, os encargos financeiros a incorrer, embutidos em um contrato de leasing financeiro, por ocasião do seu reconhecimento inicial. a) Despesa antecipada b) Diretamente no resultado c) Redutora de passivo d) Redutora de ativo e) Receita antecipada

76. (FBC/Exame de Suficiência CFC/2014.2) Uma Sociedade Empresária celebrou um contrato de arrendamento mercantil, na condição de arrendatária, com as seguintes informações: Bem arrendado: Máquina Prazo do arrendamento: 48 meses Valor mensal das prestações: R$1.000,00 Valor residual a ser pago no final dos 48 meses: R$1.200,00 Valor presente das prestações mais valor presente do valor residual: R$38.700,00

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Valor do bem no mercado para compra à vista: R$39.000,00 De acordo com os critérios da NBC TG 06 (R1) Arrendamento Mercantil, a operação foi classificada como arrendamento mercantil financeiro. Conforme as informações acima, o reconhecimento inicial irá gerar um registro no ativo imobilizado no valor de: a) R$38.700,00. b) R$39.000,00. c) R$48.000,00. d) R$49.200,00.

77. (FBC/Exame de Suficiência CFC/2014.1) Uma sociedade empresária adquiriu um ativo imobilizado por meio de arrendamento mercantil financeiro em 60 parcelas mensais de R$1.000,00 cada. O valor presente das prestações equivale ao valor justo do ativo arrendado que é de R$43.500,00. No momento da aquisição, a sociedade empresária deve reconhecer: a) Um ativo de R$43.500,00 e uma despesa financeira de R$16.500,00. b) Um ativo de R$43.500,00. c) Um ativo de R$60.000,00 e uma despesa financeira de R$16.500,00. d) Um ativo de R$60.000,00.

78. (FBC/Exame de Suficiência CFC/2014.1) Uma sociedade empresária é arrendatária em um contrato de Arrendamento Mercantil Financeiro. O valor presente das contraprestações é de R$280.000,00 e o valor justo do bem arrendado é de R$285.000,00. O contrato estabelece o pagamento de 36 parcelas mensais de R$10.000,00. O reconhecimento inicial da operação de arrendamento resultará em: a) aumento de R$280.000,00 no Ativo e de R$280.000,00 no Passivo. b) aumento de R$285.000,00 no Ativo e de R$285.000,00 no Passivo. c) reconhecimento de R$280.000,00 como Despesa e de R$280.000,00 no Passivo. d) reconhecimento de R$360.000,00 como Despesa e de R$360.000,00 no Passivo.

79. (FEPESE/Auditor Fiscal de Tributos Municipais de Florianópolis/2014) A essência da transação deve ser considerada na classificação de um arrendamento mercantil financeiro ou arrendamento operacional.

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Analise as afirmativas abaixo em relação ao assunto: 1. O arrendamento financeiro transfere a propriedade do ativo para o arrendatário no fim do prazo desse arrendamento. 2. O arrendatário tem a opção de comprar o ativo. Espera-se que esse valor de compra seja suficientemente mais baixo do que o valor justo à data do exercício da opção de compra. 3. No início do arrendamento financeiro deve haver razoável certeza que a opção de compra, ao final do contrato, será exercida. 4. O prazo do arrendamento mercantil financeiro não possui relação com a vida econômica do ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida. 5. O valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento financeiro totaliza, na época do início do arrendamento, todo o valor justo do ativo arrendado. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. b) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5. c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4. d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 5. e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3, 4 e 5.

80. (FEPESE/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEF-SC/2010) Quanto ao leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador), pode-se afirmar: a) Uma transação de venda e leaseback envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes, por serem negociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback independe do tipo de arrendamento mercantil envolvido. b) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil financeiro, qualquer excesso de receita de venda obtido acima do valor contábil deve ser imediatamente reconhecido como receita, por um vendedor-arrendatário. Tal valor não deve ser diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil.

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c) Uma transação de venda e leaseback (retroarrendamento pelo vendedor junto ao comprador) envolve a venda de um ativo e o concomitante arrendamento mercantil do mesmo ativo pelo comprador ao vendedor. O pagamento do arrendamento mercantil e o preço de venda são geralmente interdependentes por serem negociados como um pacote. O tratamento contábil de uma transação de venda e leaseback depende do tipo de arrendamento mercantil envolvido. d) Se o leaseback for um arrendamento mercantil financeiro, a transação é um meio pelo qual o arrendador financia o arrendatário, com o ativo como garantia. Por essa razão, é apropriado considerar como receita um excesso de vendas obtido sobre o valor contábil. Contudo, esse excesso não é diferido e amortizado durante o prazo do arrendamento mercantil. e) Se uma transação de venda e leaseback resultar em arrendamento mercantil operacional ou financeiro, e se a transação for estabelecida pelo valor justo, qualquer lucro ou prejuízo advindo dessa operação não pode ser imediatamente reconhecido.

81. (FGV/Auditor/Tribunal de Contas dos Municípios do Pará/2008) Segundo a Resolução CFC 921/01, determinada empresa firma contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, em que na data de opção, o valor residual é significativamente inferior ao valor de mercado do bem. A dívida decorrente do arrendamento deverá ficar mensurada e evidenciada em seu patrimônio do seguinte modo: a) pelo valor presente, parte no Passivo Circulante e parte no Passivo Não Circulante. b) pelo valor nominal, parte no Passivo Circulante e parte no Passivo Não Circulante. c) pelo valor zero, pois a arrendatária não deve ter nada em seu patrimônio. d) pelo valor presente, parte no Passivo Não Circulante. e) pelo valor nominal, no Passivo Não Circulante.

82. (FGV/Auditor Substituto de Conselheiro/TCM-RJ/2008) Segundo a Resolução CFC 921/01, se determinada empresa mercantil firmar contrato de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, com a característica de valor residual significativamente inferior ao valor de mercado do bem na data da opção, o bem arrendado deverá ficar avaliado e evidenciado em seu patrimônio: a) pelo valor do bem, no ativo permanente imobilizado.

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b) pelo valor das contraprestações mais o valor residual, no ativo circulante ou realizável a longo prazo. c) como zero, pois não deve ser reconhecido como patrimônio da arrendatária. d) pelo valor das contraprestações, no passivo circulante ou exigível a longo prazo. e) pelo valor residual, como conta redutora do passivo circulante ou exigível a longo prazo.

83. (CESPE/Analista/Finanças e Controle/MPU/2015) Julgue o item que se segue, relativo à contabilização dos itens do ativo e do passivo. O arrendamento mercantil operacional deve ser reconhecido pelo arrendatário em contas específicas do ativo e do passivo no seu balanço por quantias iguais ao valor justo da propriedade arrendada.

84. (CESPE/Analista Administrativo/Ciências Contábeis/ANTAQ/2014) No que diz respeito ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e à estrutura conceitual para elaboração e divulgação do relatório contábil-financeiro, julgue o item que se segue. Uma empresa arrendatária deve reconhecer contabilmente, no início de um contrato de arrendamento financeiro, ativos e passivos decorrentes da operação, pelo valor justo da propriedade arrendada ou pelo valor presente dos pagamentos mínimos do contrato, se este último for o menor valor.

85. (CESPE/Especialista/Contabilidade/ANATEL/2014) No que diz respeito a normas contábeis e a registros/evidenciação das informações contábeis das EPST, julgue o item que se segue. Os pagamentos do arrendamento mercantil operacional serão reconhecidos como despesa em uma base de linha reta durante o prazo do arrendamento mercantil, não sendo admitida a adoção de outra base sistemática, ainda que mais representativa do modelo temporal do benefício do usuário.

86. (CESPE/Contador/TCE-RO/2013) Com relação à estrutura conceitual do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), julgue o item a seguir. A contabilização de uma operação de venda com compromisso de recompra como se fosse um empréstimo obtido pelo vendedor em que o

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bem objeto da transação é uma espécie de garantia da operação configura uma aplicação do princípio da essência econômica sobre a forma jurídica.

87. (CESPE/Auditor Fiscal da Receita Estadual/SEFAZ-ES/2013) Em relação às operações de arrendamento mercantil, assinale a opção correta. a) O ativo arrendado na modalidade operacional não passa por teste de impairment. b) Nas operações de arrendamento mercantil operacional ou financeiro, a arrendatária contabiliza o bem e as prestações como despesa no momento do vencimento das prestações. c) No arrendamento mercantil financeiro, ocorre a transferência, para o arrendatário, dos riscos e benefícios da operação. d) No leasing financeiro, o bem objeto da transação deve ser comprado pelo arrendatário ao final da operação, pelo valor de mercado ou valor justo do bem. e) Os bens objeto das operações de arrendamento não sofrem depreciação na arrendatária, porque esses não são de sua propriedade.

88. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/2013) Considere que, em um contrato de arrendamento de determinado ativo, cujo tempo estimado de vida útil seja de cinco anos, tenham sido estabelecidos os seguintes itens: prazo de vigência de 50 meses, soma das prestações com 95% do valor justo do bem na data do início do contrato e uma cláusula que prevê que, no final do contrato, a empresa arrendatária possa exercer a opção de compra, desembolsando um valor que represente cerca de 5% do valor justo do bem na data da opção. Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. A empresa arrendatária deverá reconhecer o ativo como imobilizado, aumentando o ativo total, no momento da opção de compra, quando a propriedade do bem é transferida para a empresa.

89. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo/2013) Considere que, em um contrato de arrendamento de determinado ativo, cujo tempo estimado de vida útil seja de cinco anos, tenham sido estabelecidos os seguintes itens: prazo de vigência de 50 meses, soma das prestações com 95% do valor justo do bem na data do início do contrato e uma cláusula que prevê que, no final do contrato, a empresa arrendatária possa exercer a opção de compra, desembolsando um valor que represente cerca de 5% do

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valor justo do bem na data da opção. Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue. A empresa arrendatária deverá, durante a vigência do contrato, contabilizar a depreciação do bem, calculada numa base sistemática, lançando crédito em conta patrimonial de depreciação acumulada, e débito em conta de resultado, ou de custo no caso de um ativo utilizado na produção.

90. (CESPE/Técnico/MPU/2010) A contabilização de componentes patrimoniais obedece à legislação societária e às resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Acerca da contabilização dos itens patrimoniais, julgue o item subsequente. Em uma operação de arrendamento mercantil financeiro, ao se efetuar reconhecimento subsequente da receita financeira pelo arrendador, deve ser adotado cálculo que reflita a taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido, uma vez que essa taxa dever ser apropriada durante o prazo do arrendamento em base sistemática e racional.

91. (CESPE/Contador/SEAD/CEHAP-PB/2008/Adaptada) No Brasil, há duas modalidades de arrendamento mercantil utilizadas: o leasing operacional e o financeiro. Acerca desse assunto, julgue o item a seguir. A operação de arrendamento mercantil que transfere ao arrendatário substancialmente todos os riscos inerentes ao uso do bem arrendado, como obsolescência tecnológica e desgastes, é denominada leasing operacional.

92. (CESPE/Analista Legislativo/Ciências Contábeis/AL-CE/2011) Um arrendamento mercantil será classificado contabilmente como financeiro se transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade; caso contrário, o arrendamento será classificado como operacional.

93. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência/Ciências Contábeis/2010) Julgue o item a seguir, relativo ao reconhecimento e à mensuração de contas patrimoniais. Quando um financiamento por arrendamento financeiro apresenta o valor presente das prestações mínimas, menor do que o valor justo do bem, a empresa arrendatária credita o passivo pelo valor da soma dos pagamentos mínimos e debita conta redutora no valor calculado dos juros

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efetivos, ao passo que debita o ativo pelo valor presente das prestações mínimas.

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1. E 2. C 3. C 4. E 5. E 6. C 7. C 8. C 9. C 10. B 11. E 12. A 13. E 14. A 15. B 16. E 17. D 18. A 19. B 20. A 21. D 22. D 23. A 24. A 25. C 26. B 27. B 28. D 29. C 30. B 31. D 32. C 33. A 34. B 35. A 36. D 37. C 38. A 39. A 40. E 41. C 42. E 43. C 44. C 45. E 46. C 47. C 48. E 49. C 50. C

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