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CADERNO DE PROPOSTAS – PESSOA COM DEFICIÊNCIA Capa: Texto da capa: Caderno de Propostas. Pessoa com Deficiência. 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: A transversalidade como radicalidade dos Direitos Humanos. Brasília – 2016. Descrição: A capa possui fundo verde e letras brancas. À esquerda, uma faixa vertical branca. No centro, uma faixa horizontal branca com a logomarca da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A logomarca é composta por uma caixa verde, vista de cima, com as laterais abertas e abas dobradas. Textos em azul escuro. Página 2: Fundo verde sem conteúdo Página 3: Caderno de Propostas. Pessoa com Deficiência. 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: A transversalidade como radicalidade dos Direitos Humanos. Brasília – 2016. Página 4: Fundo verde sem conteúdo Páginas 5 e 6: Carta de apresentação Sem direitos humanos não há democracia, e sem democracia não há direitos humanos. A frase, que já teve uma versão de Norberto Bobbio no clássico A Era dos Direitos, de 1989, foi proferida

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CADERNO DE PROPOSTAS –PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Capa:Texto da capa: Caderno de Propostas. Pessoa com Deficiência. 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: A transversalidade como radicalidade dos Direitos Humanos. Brasília – 2016.

Descrição: A capa possui fundo verde e letras brancas. À esquerda, uma faixa vertical branca. No centro, uma faixa horizontal branca com a logomarca da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. A logomarca é composta por uma caixa verde, vista de cima, com as laterais abertas e abas dobradas. Textos em azul escuro.

Página 2:Fundo verde sem conteúdo

Página 3:Caderno de Propostas. Pessoa com Deficiência. 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: A transversalidade como radicalidade dos Direitos Humanos. Brasília – 2016.

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Páginas 5 e 6: Carta de apresentaçãoSem direitos humanos não há democracia, e sem democracia não há direitos humanos. A frase, que já teve uma versão de Norberto Bobbio no clássico A Era dos Direitos, de 1989, foi proferida com diferentes cores pela presidenta Dilma Roussef em dezembro de 2015 para sintetizar o amadurecimento histórico daquele projeto inicial que surgiu nas Nações Unidas ao final da guerra fria, em 1948.

Passados sessenta e sete anos da adoção da Declaração Universal e vinte e sete do final da ditadura militar no Brasil, a tarefa de renovar a aliança entre estes dois pilares do Estado de Direito está na ordem do dia. Vive-se, no país, um processo de duas décadas de fortalecimento institucional e construção efetiva da cidadania. Ao mesmo tempo, os retratos da conjuntura mais recente nos impõe enfrentar com altivez talvez os maiores desafios que a recente democracia brasileira já teve.

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As páginas da nossa memória histórica recente registram a campanha das “Diretas Já” e a convocação da Assembleia Constituinte; a promulgação da Constituição Cidadã e as primeiras eleições diretas para presidente da República; os programas de eliminação da miséria e a Comissão da Verdade; a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência, bem como o reconhecimento da dignidade e do orgulho da população LGBT.

Em cada uma destas páginas, a redemocratização do Brasil foi escrita em torno do princípio da dignidade da pessoa humana, e o texto da cidadania não nasceu do dia para a noite. O tear da democracia se fez em todas as horas, em cada uma das lutas, no encontro forte e saudável entre as demandas sociais e o Estado. Dentro do espaço simbólico no qual os cidadãos têm voz: o regime democrático. É o nosso próprio testemunho histórico que relembrará que os direitos humanos não existem nas trevas do autoritarismo, nos porões da repressão e nem na ilegalidade.

A realização das conferências conjuntas, convocadas em 18 de novembro de 2015, por iniciativa da Presidenta da República, é uma celebração desta ligação entre democracia e direitos humanos, que só pode encontrar seu verdadeiro sentido por meio da participação social. Pela primeira vez, Brasília sedia o encontro de mais de sete mil pessoas distribuídas em cinco conferências simultâneas, nomeadas de Conferências Conjuntas de Direitos Humanos. Entre os dias 24 e 27 de abril, ocorrem a 10ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o tema “Política e Plano Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes - Fortalecendo os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente”; a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, com o tema “Protagonismo e Empoderamento da Pessoa Idosa - Por um Brasil de Todas as Idades”; a 3ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT, com o tema “Por um Brasil que Criminalize a Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - LGBT”; e a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com o tema “Os Desafios na Implementação da Política da Pessoa com Deficiência: a Transversalidade como Radicalidade dos Direitos Humanos”. Terminados os encontros temáticos, teremos a culminação do processo conferencial com a realização, entre os dias 27 e 29, da 12ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, que traz para o debate o tema “Direitos Humanos para Todas e Todos: Democracia, Justiça e Igualdade”.

No centro do processo conferencial, a linha que tece a continuidade entre os debates temáticos e a Conferência Nacional de Direitos Humanos é o da transversalidade, ou seja: o desafio de construir políticas públicas que integrem as demandas específicas; criem condições reais de acesso a bens e oportunidades de maneira igualitária; e respeitem a diversidade. Nesta etapa de construção dos direitos humanos, “transversalidade” é a palavra que aponta para o desafio de aprofundar estes direitos à luz do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (o PNDH-3), fruto da participação popular e um dos grandes marcos recentes na definição das demandas pelas garantias fundamentais no país.

Acreditamos que o solo fértil no qual igualdade e diversidade podem conviver é o dos direitos humanos, e que a defesa deste projeto é a própria defesa da redemocratização no Brasil. No horizonte ampliado, as Conferências Conjuntas nos dão uma nova oportunidade de repactuar

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a união entre direitos humanos e democracia na tradução das necessidades do presente. E é com este espírito que damos as boas-vindas a todas e todos os participantes destas cinco Conferências.

Nilma Lino Gomes

Ministra de Estado das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos

Rogério Sottili

Secretário Especial de Direitos Humanos

Página 7: Mensagem da Presidência do ConadeO Brasil vive um momento de grandes avanços na eliminação das barreiras com que as pessoas com deficiência lidam em seu cotidiano. A ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas, assim como do Tratado de Marraqueche, trazem ao Brasil novos instrumentos legais com força de Constituição, refletindo o compromisso do país em promover os direitos de uma parcela de quase 24% da população, segundo o Censo de 2010.

A recente sanção da Lei 13.146/2015 (Lei Brasileira da Inclusão – Estatuto da Pessoa com Deficiência) trouxe uma série de novidades ao ordenamento jurídico nacional. Nessa perspectiva nos aproximamos da IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Nosso país já viveu a experiência de três Conferências Nacionais dos Direitos da Pessoa com Deficiência, todas realizadas em Brasília. A primeira ocorreu entre os dias 12 e 15 de maio de 2006 e teve como tema “Acessibilidade: Você também tem compromisso”. A segunda ocorreu de 1 a 4 de dezembro de 2008, com o tema “Inclusão, participação e desenvolvimento: Um novo jeito de avançar”. A terceira aconteceu entre os dias 3 e 6 de dezembro de 2012, com o tema “Um olhar através da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU: Novas perspectivas e desafios”. Esta foi a primeira Conferência pós-ratificação da Convenção da ONU no país, colocando-a como eixo central de todo o processo de debates.

Chegamos então à IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, tendo como tema “Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: a transversalidade como radicalidade dos direitos humanos”. A transversalidade das políticas públicas será o centro de nossas discussões neste importante momento de participação social e exercício da democracia. A transversalidade é condição necessária para superação da histórica fragmentação dos públicos e das políticas que não conseguiu proporcionar aos brasileiros e às brasileiras com deficiência a dignidade merecida enquanto sujeitos de direito.

Certos da importância deste espaço democrático de participação social, desejamos a todas as pessoas um excelente evento, e que o produto desta Conferência seja um norteador claro dos

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caminhos que percorreremos no avanço das políticas públicas transversais e inclusivas nos próximos anos.

Flávio Henrique de Souza

Presidente do Conade

Antonio José Ferreira

Vice-Presidente do Conade e Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Página 8:Fundo verde sem conteúdo

Página 9: SumárioTexto Orientador – página 11

Nota Introdutória – página 11

Apresentação – página 11

Marcos Legais – página 12

Definição das Deficiências – página 13

As Conferências Nacionais – página 15

A Transversalidade no Contexto das Políticas Públicas – página 17

Temário e Metodologia – página 18

Eixo I – Gênero, Raça e Etnia, Diversidades Sexual e Geracional – página 19

Eixo II – Órgãos Gestores e Instâncias de Participação Social – página 20

Eixo III – A Interação entre os Poderes e os Entes Federados – página 22

Regimento interno – página 24

Glossário – página 35

Programação – página 36

Caderno Consolidado de Propostas – página 37

Formulário para Moções – página 53

Formulário para Moções – Assinaturas – página 54

Emendas – página 55

Ficha de Avaliação – página 56

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Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência –CONADE – página 60

Página 10:Fundo verde sem conteúdo

Páginas 11 a 23: 1. Texto Orientador

Nota introdutóriaO texto que se segue é uma adaptação do “Texto-Base e Orientações Gerais”, publicado originalmente em dezembro de 2014 para orientar a execução das conferências estaduais e municipais.

apresentaçãoAs Conferências Nacionais têm sido espaços importantes de participação da sociedade brasileira na proposição, avaliação e monitoramento das políticas públicas. Tendo por base os princípios da transversalidade, interdependência e indivisibilidade dos direitos humanos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, atual Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, propôs a realização das Conferências Nacionais de forma conjunta, possibilitando que o país conheça as temáticas das Crianças e Adolescentes, das Pessoas Idosas, das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, das Pessoas com Deficiência, e que todas essas pessoas passem a ser consideradas como sujeitos de direitos humanos.

Essa iniciativa vem ao encontro de uma maior conexão entre os diferentes Conselhos e organizações da sociedade civil, contribuindo para o fortalecimento das redes de direitos humanos. Associada à criação do Conselho Nacional de Direitos Humanos, a realização das Conferências Conjuntas irá incidir, ainda, em uma Conferência Nacional de Direitos Humanos que venha a fortalecer a participação social de forma ampla e diversa, interligando segmentos e políticas e resultando em uma ação conjunta de todos os públicos envolvidos com direitos humanos do nosso país.

Importantes consensos foram estabelecidos entre as mesas diretoras dos Conselhos Nacionais vinculados à SDH/PR referentes a este novo modelo de conferências, os quais precisam ser destacados:

I. Garantir que as Conferências Nacionais Conjuntas aconteçam com infraestrutura apropriada e contemplando a acessibilidade;

II. Não retroceder no número de delegados [e delegadas] da última Conferência em função da nova metodologia, respeitando a decisão de cada Conselho;

III. Respeitar a individualidade de cada Conferência Temática, inclusive em suas etapas municipais e estaduais;

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IV. Garantir que a comissão organizadora seja composta por representantes de todos os órgãos colegiados vinculados à SDH/PR, além de representantes de cada um dos Conselhos Nacionais.

Em sintonia com essa proposição, o Conade aprovou o processo conferencial conjunto em sua 93ª Reunião Ordinária, bem como a antecipação da IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência para o segundo semestre de 2015, tendo em vista que sua previsão inicial era para o ano de 2016. Posteriormente, foram instalados dois espaços importantes de decisão: a Comissão Organizadora da IV Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e o Comitê Executivo das Conferências Nacionais Conjuntas de Direitos Humanos. Após readequação do calendário, foi deliberado que as Conferências Nacionais serão realizadas entre 25 e 29 de abril de 2016.

Para nortear a realização das Conferências, trazemos neste documento um breve histórico sobre as conferências nacionais já realizadas, com um levantamento de suas principais deliberações. Em seguida, fazemos uma breve contextualização sobre o conceito de transversalidade no contexto das políticas públicas, adentramos no temário e nos eixos de discussão propostos e, por fim, apresentamos o calendário para estados, municípios e Distrito Federal, bem como o quantitativo de delegados e delegadas para a etapa nacional.

Marcos legaisA Constituição brasileira assegura direitos às pessoas com deficiência de duas maneiras. Primeiramente, de forma genérica, já que considera a pessoa com deficiência simplesmente como pessoa e, portanto, em igualdade de condições com as pessoas que não têm deficiência, ou seja, tendo assegurado o direito à igualdade, saúde, educação, cultura, esporte, acesso à justiça e defesa pelo Ministério Público, dentre outros. Além disso, de forma específica, a Constituição expressamente faz referência à pessoa com deficiência, citando o direito ao trabalho, previdência e assistência social, educação e acessibilidade, entre outros direitos assegurados por lei e descritos neste trabalho.

No nível governamental federal, o órgão de promoção dos direitos da pessoa com deficiência é a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), parte da Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos.

O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) é um órgão superior de deliberação colegiada, criado para acompanhar e avaliar o desenvolvimento de uma política nacional para inclusão da pessoa com deficiência e das políticas setoriais de educação, saúde, trabalho, assistência social, transporte, cultura, turismo, desporto, lazer e política urbana dirigidas a esse grupo social.

O Conade foi criado no âmbito do Ministério da Justiça (MJ) em 1o de junho de 1999, por meio do Decreto 3.076/1999. Em dezembro do mesmo ano, o Decreto 3.298/1999, que instituiu a Política Nacional para Inclusão da Pessoa com Deficiência, revogou o Decreto 3.076/1999, mas manteve o Conade ligado ao MJ. Em 2003, a Lei 10.683 de 28/05/2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, trouxe em seu artigo 24 a menção do Conade como parte da estrutura do governo, vinculada à então

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Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Em março de 2010, foi editada a Medida Provisória nº 483, alterando a Lei 10.683 e atualizando o nome do Conade devido à ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Dessa forma, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência passou a ser chamado Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Em 2008, o Decreto nº 186 aprovou o texto da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD) e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York em 30 de março de 2007. A CDPD passa, então, a ter valor constitucional, um ganho inestimável para o movimento pelos direitos da pessoa com deficiência.

Outro marco nos direitos da pessoa com deficiência se deu em 2011, com o Decreto 7.612, de 17 de novembro de 2011, que instituiu o plano “Viver sem Limite”. A proposta do “Viver sem Limite” é que a convenção aconteça na vida das pessoas, por meio da articulação de políticas governamentais de acesso à educação, inclusão social, atenção à saúde e acessibilidade. Elaborado com a participação de mais de 15 ministérios e do Conade, que trouxe contribuições da sociedade civil, o plano envolveu todos os entes federados, prevendo um investimento total de R$ 7,6 bilhões até o final de 2014.

A conquista mais recente em termos legais é a Lei nº 13.146, sancionada pela Presidenta Dilma Rousseff em 6 de Julho de 2015. Conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) ou Estatuto da Pessoa com Deficiência, foi aprovada por unanimidade no Senado. Fruto de um processo de 9 anos de elaboração e tramitação, o texto garante direitos nas áreas de educação; assistência social; comunicação, cultura e lazer; trabalho e previdência social; habitação; além de isenções e incentivos fiscais; direitos civis e ações de combate ao preconceito; e mecanismos de políticas públicas e defesa de direitos. Dentre os vários avanços da LBI, ela institui, por exemplo, que hotéis tenham ao menos 15% de quartos acessíveis, e proíbe que escolas particulares cobrem valores diferenciados para alunos e alunas com deficiência. O texto na íntegra pode ser acessado no site do Palácio do Planalto (em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/ Lei/L13146.htm).

Em relação ao acesso a direitos, um importante marco foi o lançamento da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU em versão completamente acessível – em formato DVD com interpretação em Libras e com audiodescrição –, no dia 2 de dezembro de 2015, pela Secretaria de Direitos Humanos do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos.

Definição das DeficiênciasO Decreto Federal nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, alterado pelo Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, define pessoas com deficiência segundo critérios específicos e estritamente ligados ao discurso médico. A Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência promove uma quebra deste paradigma, definindo pessoas com deficiência como “aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas” (artigo 1).

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Para efeito de comparação, as definições constantes no Decreto Federal nº 3.298, alterado pelo Decreto nº 5.296, são as seguintes:

Deficiência Física – alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando- se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções.

Deficiência Auditiva – perda bilateral, parcial ou total, de 41 dB ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000HZ e 3.000HZ.

Deficiência Visual – cegueira, na qual a acuidade visual seja igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.

Autismo – Caracteriza-se por alterações significativas nas três áreas: comunicação, interação social e comportamental (Lei nº 12.764/2013).

Deficiência Intelectual – funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:

• Comunicação

• Cuidado pessoal

• Habilidades sociais

• Utilização dos recursos da comunidade

• Saúde e segurança

• Habilidades acadêmicas

• Lazer

• Trabalho

Deficiência Múltipla – associação de duas ou mais deficiências.

A definição da CDPD, além de mais ampla, promove o deslocamento da ideia de impedimento, afastando-a da pessoa e aproximando-a à deficiência, que, “em interação com diversas barreiras”, pode obstruir a participação plena e efetiva da pessoa na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. Com este deslocamento, a Convenção pauta a causa das pessoas com deficiência, de maneira inovadora e definitiva, dentro dos direitos humanos.

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Essa mudança de paradigma é claramente observada em contraste com definições anteriores de deficiência, como a da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei 8.742, de 7 de dezembro de 1993, que, em sua redação original (antes das alterações dadas pela Lei 12.435, de 2011), trazia em seu Art. 20, Parágrafo 2o, a definição de “pessoa portadora de deficiência” como “aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho”. Percebe-se, então, o longo caminho, ainda em curso, para a transição das questões relacionadas às pessoas com deficiência do viés assistencialista para o da pauta de direitos humanos.

O mesmo processo se dá na paulatina transição do uso dos códigos CID – Classificação Internacional de Doenças –, estritamente ligados ao âmbito médico- técnico, para o CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde –, que tem maior enfoque psicossocial e se presta melhor à transversalidade entre a saúde, educação, segurança social, emprego, economia, política social, desenvolvimento de políticas e de legislação em geral e alterações ambientais.

as Conferências NacionaisAs conferências são espaços públicos de debate, mecanismos institucionais de democracia participativa. São grandes fóruns organizados, nos quais os diversos segmentos da sociedade debatem, por meio de metodologia específica, todas as políticas públicas do país referentes aos temas discutidos. A etapa nacional é resultante de outras diversas conferências realizadas em nível local, municipal, regional ou estadual.

Entre os anos de 2006 e 2012, ocorreram três conferências nacionais dos direitos da pessoa com deficiência que mobilizaram milhares de pessoas, entidades, conselhos, órgãos gestores e culminaram em centenas de propostas.

A I Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência foi realizada em Brasília entre os dias 12 e 15 de maio de 2006, e teve como tema Acessibilidade: Você também tem compromisso. Nela, foi lançada a campanha “Acessibilidade – Siga essa ideia”, que, por meio de diversas ações nos mais variados campos, buscou sensibilizar a população sobre o tema.

A II Conferência Nacional ocorreu de 1 a 4 de dezembro de 2008, ano especialmente emblemático para o movimento político das pessoas com deficiência no Brasil, pois marcou os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, além de ser o ano de ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD) da ONU pelo país. Com o tema Inclusão, participação e desenvolvimento: Um novo jeito de avançar, a Conferência contou com a participação de cerca de 2 mil pessoas e teve a questão da inclusão como foco dos debates.

A III Conferência Nacional aconteceu entre os dias 3 e 6 de dezembro de 2012, com o tema Um olhar através da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU: Novas perspectivas e desafios. Essa foi a primeira Conferência pós-ratificação da Convenção da ONU no país, colocando-a como eixo central de todo o processo de debates.

Para resgatar os principais temas debatidos ao longo dessas três conferências, trazemos abaixo um quadro com os eixos e os quantitativos das deliberações de cada uma delas:

Tabela 1: 1ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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Descrição: A tabela possui 2 colunas intituladas Temas e Deliberações. Apresenta 4 temas. No tema Acessibilidade, 113 deliberações; tema Transporte, 44 deliberações; Tema Tecnologia Assistiva, 51 deliberações; Tema Comunicação, 57 deliberações. Totalizando 265 deliberações.

Tabela 2: 2ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Descrição: A tabela possui 2 colunas intituladas Temas e Deliberações. Apresenta 5 temas. No tema Educação, 11 deliberações; tema Acessibilidade, 14 deliberações; tema Reabilitação Profissional, 10 deliberações; Tema Saúde, 10 deliberações; Tema Trabalho, 9 deliberações. Totalizando 44 deliberações.

Tabela 3: 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Descrição: A tabela possui 2 colunas intituladas Temas e Deliberações. Apresenta 9 temas. No tema Saúde, 91 deliberações; tema Acessibilidade, 64 deliberações; tema Transporte e Moradia, 54 deliberações; Tema Educação, 49 deliberações; Tema Trabalho e Reabilitação Profissional, 41 deliberações; Tema Padrão de Vida e Proteção Social, 36 deliberações; Tema Segurança e Acesso à Justiça, 28 deliberações; Tema Comunicação, 23 deliberações; Tema Esporte, Cultura e Lazer, 18 deliberações. Totalizando 404 deliberações.

a Transversalidade no Contexto das Políticas PúblicasNos últimos anos, uma nova expressão tem tido cada vez mais presença no cenário das políticas públicas brasileiras, com implicações para a forma de organizar a ação governamental: a transversalidade. Apontada como requisito fundamental para a concepção e a gestão das políticas públicas e a atuação dos movimentos, em especial os relacionados aos direitos humanos, a transversalidade é uma proposta de superação da histórica fragmentação dos públicos e das políticas.

A transversalidade, em termos gerais, é a consideração das “múltiplas facetas da realidade, possibilitando o atendimento a requisitos diversos ou a consideração particular de fatores de vulnerabilidade de diferentes grupos sociais”1. Há um crescente entendimento que esta abordagem complexa e multifacetada da realidade social gera políticas públicas mais efetivas, estratégicas e de maior impacto social.

No contexto das pessoas com deficiência, é fácil verificar que a invisibilidade, a discriminação e a negação de direitos no Brasil são fenômenos identificados em diversas circunstâncias da vida em sociedade. É possível verificá-los no mercado de trabalho, no acesso ao sistema educacional, na vida domiciliar, entre outros contextos. No entanto, tradicionalmente no Brasil, os órgãos governamentais que trabalham com a gestão de políticas públicas estão divididos de forma setorial. Isso significa que cada um deles possui a incumbência de tratar de problemas específicos como educação, saúde, assistência, trabalho, etc.

Ao pensar a não equiparação de oportunidades pelas pessoas com deficiência como um problema multidimensional, que possui seus traços em diversas áreas de políticas públicas, surge o questionamento sobre onde e como deve ser tratado tal tema na estrutura da gestão governamental.1 SILVA, Tatiana Dias. “Gestão da Transversalidade em Políticas Públicas” in XXXV Encontro da ANPAD. Rio de Janeiro: 4 a 7 de setembro de 2011, p. 1.

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Em um contexto histórico de ausência de políticas públicas específicas para as pessoas com deficiência, as políticas setoriais surgiram como grandes avanços para o campo, mas, hoje, com a consolidação dos marcos legais e os avanços na constituição de políticas de Estado para as pessoas com deficiência, já é possível identificar que a simples criação de políticas públicas nas estruturas setoriais não é capaz de dar conta de problemas como educação, emprego, cultura, saúde, moradia ou transporte, uma vez que eles, em geral, decorrem de barreiras que perpassam as diversas áreas de maneira sobreposta e com impactos interrelacionados. A inclusão de uma pessoa com deficiência no mercado de trabalho, por exemplo, depende dos acessos e apoios encontrados desde a infância no ambiente educacional, retaguardas sociais, atenção adequada à saúde, bem como do acesso ao ensino técnico e superior, acessibilidade no trajeto casa-trabalho e no próprio ambiente em que exerce as funções.

Assim, já não é mais suficiente questionar quais seriam as melhores políticas: é preciso que nos debrucemos sob as formas de gestão de políticas públicas, especialmente porque, com os avanços e o desenvolvimento das políticas para as pessoas com deficiência, cada vez mais órgãos são criados com o papel institucional de articular a transversalidade, de dialogar com estruturas setoriais complexas e permeadas por desenhos altamente departamentalizados e com pouca interação.

A transversalidade é um desafio amplo e instigante que esta IV Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência se propõe a debater, pautada pelo propósito de superar os instrumentos clássicos, que não têm conseguido dialogar a contento com o desafio de incluir as pessoas com deficiência. Outro grande estímulo é a experiência inovadora e exitosa do “Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite”, que apresentou uma nova agenda para as políticas para as pessoas com deficiência no Brasil, articulando diferentes órgãos do governo federal com vistas à implementação de políticas para o segmento.

A questão da deficiência deve perpassar e pautar as demais políticas e ações, a fim de garantir igualdade de oportunidades e inclusão verdadeira em todos os campos da vida. Trata-se, pois, de enxergar o cidadão e a cidadã com deficiência como sujeito de direitos e não como objeto de atuação de cada uma das políticas.

Temário e MetodologiaA IV Conferência Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência surge com uma proposta inovadora em termos de método e abordagem. A necessidade de superar a forma tradicional e compartimentalizada de implementação das políticas sociais apresenta-se como o principal desafio frente à premente necessidade de interação e transversalidade das áreas.

Aqui, pretende-se debater a política para pessoas com deficiência através de uma abordagem ampla e agregadora, tanto no que se refere às políticas setoriais quanto ao diálogo com outras temáticas dos direitos humanos: gênero, raça, orientação sexual e ciclos de vida.

A fim de nortear os/as participantes da 4a Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, assinalamos a seguir os eixos e conceitos norteadores da conferência. O temário central, denominado “Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: a

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transversalidade como radicalidade dos Direitos Humanos”, foi dividida em três eixos. Cada eixo deverá debater o seu tema, discutindo e votando as diretrizes para alcançá-las.

Entende-se por Diretrizes: orientações, guias, rumos. São linhas que definem e regulam um traçado ou um caminho a seguir. Diretrizes são instruções ou indicações para se estabelecer um plano, uma ação, uma política.

Eixo i – Gênero, raça e Etnia, Diversidades sexual e GeracionalResultado da invisibilidade histórica e da herança do modelo médico de deficiência, as pessoas com deficiência frequentemente são vistas ou entendidas como um público homogêneo. A diversidade do segmento, quando debatida, restringe-se a discussões sobre as áreas da deficiência e suas especificidades, quase sempre desconhecendo a deficiência como uma condição humana que atravessa as questões de gênero, raça e etnia, ciclos de vida, diversidade sexual, entre outros. Dentro do próprio segmento, essas intersecções foram até hoje pouco exploradas.

Tendo por base os cadernos de propostas das três conferências nacionais já realizadas, é possível constatar a ausência de recortes sobre mulheres ou crianças com deficiência, por exemplo, embora essas temáticas estejam refletidas em artigos da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

O diálogo sobre deficiência e pessoas idosas, segmento com o qual a questão da deficiência está altamente relacionada, também é pouco explorado. Quando lembrada, essa aproximação é feita quase que exclusivamente sob o viés das demandas por acessibilidade. Nisto, um campo rico de interface sobre a funcionalidade humana, a patologização do envelhecimento, os eufemismos e a infantilização, violações tão comuns aos dois segmentos, não são aprofundadas.

Esses são alguns exemplos dos desafios que este eixo se propõe a debater: os modos por meio dos quais questões estruturantes da nossa sociedade, como gênero e raça, atravessam o campo da deficiência, considerando ainda os ciclos de vida e a diversidade sexual como componentes importantes e dialógicos para o segmento.

Para tanto, apontamos os artigos 6 (Mulheres com Deficiência) e 7 (Crianças com Deficiência) da CDPD, como marcos norteadores da construção de diretrizes para este eixo. A carta do I Seminário Nacional sobre Políticas Públicas e Mulheres com Deficiência – Na construção de um recorte de gênero na agenda política das pessoas com deficiência e de um recorte da deficiência nas pautas feministas e nas políticas governamentais para mulheres, realizado em novembro de 2013, também traz elementos importantes para o debate.

Inserido como eixo de uma Conferência que discutirá a transversalidade das políticas para pessoas com deficiência como elemento fundante para o alcance de políticas públicas eficazes, este eixo deve apontar diretrizes e ações que façam a conexão entre deficiência, gênero, raça, ciclos de vida e orientação sexual; identificar os principais entraves que têm impedido que esses diálogos transversais aconteçam; e como aprimorar as políticas públicas frente a esses desafios.

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Metodologicamente, o eixo debaterá o tema Gênero, raça e etnia, diversidades sexual e geracional por meio de uma mesa temática e da divisão em dois subeixos:

• Gênero e deficiência;

• Raça e deficiência;

A diversidade sexual e geracional deverá perpassar os dois grupos.

Eixo ii – Órgãos Gestores e instâncias de Participação socialA construção das políticas públicas tem em suas origens a disputa social. A luta por direitos é permanente e não se esgota com os avanços - pelo contrário, alimenta-se deles como combustível para continuar. A partir da Convenção, a garantia dos direitos das pessoas com deficiência tornou-se pauta inegociável. Ainda assim, não se pode ter os ganhos como permanentes, pois a ameaça de retrocesso se faz sempre presente.

Nos últimos 11 anos, percebemos um importante crescimento na ampliação dos espaços de controle social e de gestão dessa política. Em paralelo, convivem instituições com longos percursos na história, que hoje estão em processo de ressignificação de sua atuação frente ao novo cenário da política.

Hoje, os conselhos de direitos da pessoa com deficiência estão presentes em todos os estados e no Distrito Federal, e ainda em aproximadamente 580 municípios do Brasil.2 São instâncias de participação e controle social, cujo papel pode ter fundamental relevância na luta por políticas transversais e no diálogo com os demais conselhos.

Tabela 5: Evolução do número de conselho no Brasil no período de 2003 a 2014.

Descrição: Tabela com 5 colunas e 8 linhas mostra a quantidade de conselhos estaduais e municipais em todas as regiões do Brasil em 2003 e em 2014. A quantidade de Conselhos Estaduais passou de 0 a 7 na região Norte, de 4 a 9 na região Nordeste, de 2 a 3 na Região Centro-Oeste, de 2 a 4 na região Sul, permaneceu em 4 na Região sudeste. No total os Conselhos estaduais passaram de 12 em 2003 a 27 em 2014.A quantidade de Conselhos Municipais passou de 0 a 21 na região Norte, de 6 a 143 na região Nordeste, de 1 a 45 na Região Centro-Oeste, de 6 a 110 na região Sul, e de 62 a 253 na Região Sudeste. No total, os Conselhos Municipais passaram de 75 em 2003 a 572 em 2014.

Gráfico 1: Evolução do número de conselhos no Brasil

Descrição: Gráfico de colunas mostra a quantidade total de Conselhos Estaduais e Municipais em 2003 (em azul) e em 2014 (em vermelho). Os estaduais eram 12 em 2003 e 27 em 2014. Os municipais eram 75 em 2003 e 572 em 2014.

Os órgãos gestores, por sua vez, também vivem processos de mudança. Com o advento da Convenção, a pauta da pessoa com deficiência deu uma guinada do viés assistencialista para o

2 Os dados a seguir foram extraídos do I Caderno Temático do Conade: Perfil dos Conselhos de Direito da Pessoa com Deficiência, disponível online em http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_130.pdf

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campo dos direitos humanos, o que vem se refletindo em uma mudança paradigmática também no nível desses órgãos.

Cada vez mais as prefeituras e governos dos estados têm estruturado a pauta das pessoas com deficiência em pastas de direitos humanos ou em pastas específicas da temática. Como o momento atual é de transição de modelos, as Secretarias de Assistência Social continuam sendo as principais responsáveis pela política voltada ao segmento, conforme ilustrado no gráfico a seguir:

Gráfico 2: Perfil dos órgãos gestores da política da pessoa com deficiência no Brasil por região (2014).

Descrição: O gráfico de colunas mostra a vinculação dos órgãos gestores da política da pessoa com deficiência por região em 2014. Na Região Norte 5 estão vinculados à Assistência Social, 1 à Direitos Humanos e 1 à Secretaria Exclusiva. Na Região Nordeste 2 estão vinculados à Assistência Social, 5 à Direitos Humanos, 1 ao Governo do Estado e 1 à Secretaria Exclusiva. Na Região Centro-Oeste 2 estão vinculados à Assistência Social e 2 à Direitos Humanos. Na Região Sudeste 3 estão vinculados à Assistência Social e 1 à Secretaria Exclusiva. Na Região Sul 1 está vinculado à Assistência Social e 2 à Direitos Humanos.

Esse deslocamento da política da pessoa com deficiência para o campo dos direitos humanos e o surgimento de secretarias próprias para a temática da deficiência não ocorrem a partir de uma mudança estrutural na organização dos governos, mas sim como complementação. Portanto, ao mesmo tempo em que surgem como uma nova proposta de organização da política nos governos, elas precisam se estabelecer em uma dinâmica já existente e consolidada de gestão pública, daí os desafios enfrentados por estes órgãos que devem pautar a transversalidade.

Eixo iii – a interação entre os Poderes e os Entes Federados

A partir da Constituição de 1988, ficou estabelecida a organização da Federação em União, estados, Distrito Federal e municípios, com Poder Legislativo (Câmara e Senado) e um Poder Judiciário independente.

O princípio federativo é vinculado a um regime de colaboração que não comporta relações hierárquicas entre as esferas do poder político e está calcado na ideia da relação entre iguais. Assim, entre união, estados, Distrito Federal e municípios não há relação de subordinação, por se constituírem entes federados com igual dignidade – a relação desejável e esperada é a de colaboração.

Na prática, as relações intergovernamentais no Brasil têm dependido da disposição dos governos em cooperar e da capacidade e do interesse do governo federal em estimular ou induzir programas e políticas que impliquem alguma forma de coordenação das atividades de estados e municípios.

O tema da coordenação e cooperação federativa tem grande relevância no contexto brasileiro, em função da convivência de três entes federativos. Se as formas de pactuação federativa não

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funcionam a contento, os problemas sociais se agravam. Assim, a presença de articulação horizontal (intrafederativa) e vertical (interfederativa) é condição necessária para a viabilidade da gestão de diferentes políticas públicas.

Igualmente importante é que a sociedade compreenda essa divisão de papéis e atribuições para que o controle social dirija suas demandas e reivindicações ao ente capaz de atendê-las.

Com base nessas questões, é preciso também que Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público estabeleçam um diálogo no sentido de pensar como a temática da pessoa com deficiência se insere em suas estruturas, como promover ações articuladas visando à garantia de direitos e de identificar quais são os desafios a serem superados para que garantir que as políticas públicas sejam efetivadas e as estruturas cumpram suas funções de forma transversal.

Página 24 a 34: 2. Minuta do regimento internoDefine as regras de funcionamento da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência

Capítulo i

Dos ObjetivosArt. 1º - Este Regimento tem por finalidade definir as regras de funcionamento e a organização da Etapa Nacional da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e será apreciado previamente pelo Pleno do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade, em sua 102ª Reunião Ordinária, após Consulta Pública, disponível no período de 2 a 26 de fevereiro de

2016, e será aprovado pela Plenária da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Parágrafo único. A 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência acontecerá no período de 24 a 27 de abril de 2016, conforme disposto na Portaria 754 de 29 de dezembro de 2014, e terá por finalidade discutir a transversalidade da política da pessoa com deficiência com as políticas de direitos humanos.

Capítulo ii

Da realizaçãoArt. 2º - A 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência tem abrangência nacional e caráter deliberativo.

§1º As análises, formulações e proposições decorrentes da Conferência devem observar tanto a abrangência nacional quanto o caráter deliberativo.

§2º A Etapa Nacional deverá considerar a consolidação das Conferências Estaduais e Distrital, Conferências ou Fóruns Municipais dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e deverá tratar dos temas de abrangência nacional.

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Art. 3º - Serão participantes da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência:

I - delegados e delegadas, devidamente credenciados/as, com direito a voz evoto;

II - observadores e observadoras, com direito a voz, exceto na Plenária Final.

§ 1º Os critérios para escolha dos convidados e convidadas para a solenidade de abertura da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência serão definidos pela Comissão Organizadora e referendados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade.

§ 2º Todos/as os/as participantes presentes à 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência devem se ater a propostas e diretrizes consolidadas, preservada a abrangência nacional, e atuar sobre elas, em caráter avaliador, formulador e deliberativo.

Art. 4º - A 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência terá 962 delegados e delegadas, obedecida à seguinte composição:

I - 886 delegados e delegadas eleitos/as nas etapas estaduais e Distrital;

II - 76 delegados e delegadas membros titulares e suplentes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade.

Art. 5º - O credenciamento de delegados e delegadas, observadores e observadoras, e acompanhantes previamente inscritos/as no sistema online, será realizado no dia 24 de abril de 2016, a partir das 14 horas no Balcão de Credenciamento do Centro Internacional de Convenções de Brasília – CICB.

§ 1º Na ausência das delegadas e dos delegados titulares, os/as respectivos/ as suplentes serão credenciados/as no mesmo local e horário, mediante apresentação de documento de substituição, devidamente assinado pela ou pelo chefe da delegação estadual.

§ 2º No ato da inscrição, o/a participante deverá apresentar documento oficial de identificação com foto para receber o crachá e os delegados e as delegadas receberão o material da conferência.

§ 3º No dia 25 de abril, no horário de 8h às 12h, o credenciamento funcionará para atender às excepcionalidades, conforme orientação da ComissãoOrganizadora.

Art. 6º - As excepcionalidades surgidas no credenciamento serão tratadas pela Comissão Organizadora.

Capítulo iii

Da OrganizaçãoArt. 7º - A Etapa Nacional da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência terá a seguinte organização:

I - Abertura Oficial;

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II - Palestra Magna;

III - Palestras Temáticas;

IV - Aprovação do Regimento Interno; V - Mesa de Diálogo sobre a LBI;

VI - Reunião com delegados e delegadas para a Conferência de Direitos Humanos;

VII - Miniplenárias Temáticas;

VIII - Plenária Final.

Art. 8º - A 4a Conferência será presidida pela Ministra de Estado do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos ou, na sua ausência ou impedimento legal, pelo Secretário Especial de Direitos Humanos ou, na sua ausência ou impedimento legal, pelo Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade, ou ainda, na sua ausência ou impedimento legal, pelo Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Parágrafo único. Na ausência dessas autoridades, por impedimento ventual, a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência será presidida por um(a) representante indicado(a) pelo Conade para esta finalidade.

Capítulo iV

Do Temário, dos Eixos e dos subeixosArt. 9º - Nos termos da Portaria 754, de 29 de Dezembro de 2014, da então Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência terá como tema central “Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: a transversalidade como radicalidade dos Direitos Humanos”, que será discutido em 3 (três) eixos e 2 (dois) subeixos, a saber:

I - Eixo I – Gênero, raça e etnia, diversidades sexual e geracional;

Subeixo I: Gênero e deficiência;

Subeixo II: Raça e deficiência.

II - Eixo II – Órgãos gestores e instâncias de participação social; III - Eixo III – A interação entre os poderes e os entes federados.

seção i

Da Abertura OficialArt. 10 - A Abertura Oficial ocorrerá com a participação das autoridades convidadas, sob a coordenação do Secretário Especial de Direitos Humanos, ou seu/ sua representante, no dia 24 de abril às 17 horas, com a presença das delegadas, delegados, convidadas, convidados, observadoras e observadores.

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seção ii

Da Palestra MagnaArt. 11 - A Palestra Magna será sobre o tema central da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, qual seja: “Os desafios na implementação da política da pessoa com deficiência: a transversalidade como radicalidade dos Direitos Humanos”, com palestrante a ser definido/a pela Comissão Organizadora e referendado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade.

seção iii

Das Palestras TemáticasArt. 12 - As Palestras Temáticas serão:

I - Gênero, raça e etnia, diversidades sexual e geracional;

II - Órgãos gestores e instâncias de participação social;

III - A interação entre os poderes e os entes federados.

Parágrafo único. Os/As palestrantes serão definidos/as pela Comissão Organizadora e referendados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade.

seção iV

Das Miniplenárias TemáticasArt. 13 - As Miniplenárias Temáticas terão o objetivo de proporcionar participação ampla e democrática de todos os segmentos representados na Conferência Nacional e obter um produto que forneça subsídio para a Plenária Final, objetivando a qualificação e fortalecimento das políticas públicas na área das pessoas com deficiência.

Art. 14 - As Miniplenárias Temáticas, num total de 12 (doze), são instâncias de debate e deliberação das diretrizes de abrangência nacional constantes no Relatório Consolidado dos Estados e do Distrito Federal. A duração dos trabalhos será de até 9 (nove) horas, com a seguinte organização:

I - as Miniplenárias Temáticas deverão ser instaladas e iniciar os debates com quórum mínimo de 50% (cinquenta por cento), mais um/a, das delegadas e dos delegados credenciados em cada Miniplenária Temática;

II - as delegadas e delegados serão distribuídos nas Miniplenárias Temáticas de acordo número de vagas disponibilizado aos estados, observada a proporciona- lidade.

Parágrafo único. O preenchimento das vagas nas Miniplenárias Temáticas ficará a critério de cada chefe de delegação, mediante consulta aos delegados e delegadas.

III - a votação ocorrerá com qualquer número de presentes nas Miniplenárias Temáticas, e somente terão direito a voto delegados e delegadas inscritos/as na respectiva Miniplenária Temática;

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IV - cada Miniplenária Temática terá uma facilitadora ou um facilitador, uma coordenadora ou um coordenador e dois relatores ou relatoras indicados/as pela Comissão Organizadora;

V - A facilitação terá as seguintes atribuições:

a) realizar uma breve apresentação do eixo;

b) explicar a forma como os trabalhos serão realizados na Miniplenária

Temática;

c) apresentar a equipe de trabalho da Miniplenária Temática;

d) zelar pelo bom andamento dos trabalhos.

VI - A coordenação terá como atribuições:

a) coordenar os debates, assegurando o uso da palavra às e aos participantes dentro dos critérios previamente acordados, objetivando garantir o bom andamento dos trabalhos;

b) controlar o uso da fala pela ordem de inscrição;

c) cronometrar o tempo de intervenção de cada participante;

d) colocar em votação e realizar a contagem dos votos;

e) assegurar que as propostas sejam encaminhadas à Coordenação de

Relatoria, de acordo com a deliberação da Miniplenária Temática.

VII - A relatoria terá como atribuições:

a) responsabilizar-se por verificar o número de delegadas e delegados presentes;

b) acompanhar e relatar os debates do grupo, apresentando e ordenando as deliberações para apoiar a Relatoria Geral;

c) oferecer suporte ao andamento dos trabalhos da Miniplenária Temática;

d) registrar as conclusões da Miniplenária Temática em sistema próprio da relatoria;

e) apresentar a sistematização à Coordenação de Relatoria e contribuir para a organização das propostas para deliberação na Plenária Final.

Parágrafo único. Os observadores e observadoras poderão participar das Miniplenárias Temáticas mediante a disponibilidade de vagas.

Art. 15 - Os grupos reunir-se-ão, simultaneamente, por eixo, na seguinte composição:

I - 2 (duas) salas para o Eixo I – Subeixo I;

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II - 2 (duas) salas para o Eixo I – Subeixo II;

III - 4 (quatro) salas para o Eixo II;

IV - 4 (quatro) salas para o Eixo III;

V - Cada Miniplenária Temática deliberará sobre as propostas do Relatório Consolidado dos Estados e do Distrito Federal.

§ 1º Terão direito a voto na Miniplenária Temática as delegadas e os delegados que nela estejam inscritos/as, devidamente credenciados/as na 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e de posse do crachá de identificação. Os observadores e observadoras terão direito a voz, resguardada a prioridade da fala às delegadas e aos delegados.

§ 2º As Miniplenárias Temáticas poderão realizar alterações, supressões e aglutinações de diretrizes e propostas que constarem no Relatório Consolidado dos Estados e do Distrito Federal, tratando apenas de questões de alcance e abrangência nacional. Não serão acatadas propostas novas nesta etapa.

Art. 16 - Instalada a Miniplenária Temática, a Mesa Coordenadora dos trabalhos fará a leitura de cada proposta referente ao seu respectivo eixo, constante no Relatório Consolidado dos Estados e do Distrito Federal.

Art. 17 - Cada proposta será constituída por uma diretriz.

Art. 18 - Durante a leitura das propostas, a Miniplenária Temática será consul- tada sobre os destaques, registrando-se os nomes dos proponentes, observando- se o que segue:

I - Os destaques serão de alteração, supressão ou aglutinação parcial ou total do texto.

II - Os destaques deverão ser apresentados à Mesa Coordenadora dos trabalhos após a leitura de cada proposta.

Art. 19 - Após a leitura, a votação dos destaques será encaminhada da seguinte forma:

I - Caso haja mais de um destaque para a mesma proposta, os e as proponentes deverão se reunir e apresentar um destaque único. Caso isto não seja possível pela existência de propostas de supressão, a possibilidade de supressão deverá ser votada prioritariamente e, caso rejeitada, os destaques serão unificados.

II - Ao término da leitura, serão apreciados os destaques e a delegada autora ou o delegado autor terá 2 (dois) minutos para apresentar e defender sua proposta.

III - Após a defesa da proposta, serão conferidos 2 (dois) minutos para a delegada ou o delegado que queira fazer a defesa da manutenção do texto original.

IV - Caso a autora ou o autor do destaque não esteja presente no momento da sua apreciação, o destaque não será considerado.

Parágrafo único. Fica assegurado às pessoas com especificidades comunicacionais o dobro do tempo para suas manifestações.

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Art. 20 - A votação será realizada da seguinte forma:

I - a proposta do Relatório Consolidado dos Estados e do Distrito Federal será a proposição número 1 e o destaque será a proposição número 2;

II - na votação, optar-se-á por uma das duas proposições;

III - a proposta final irá novamente para votação na Miniplenária Temática e será contabilizado o total de votos.

Parágrafo único. Não serão discutidos novos destaques para itens já aprovados.

Art. 21 - Para fins de encaminhamento de propostas para a Plenária Final da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, serão considerados os seguintes critérios:

I - as Miniplenárias Temáticas alusivas ao Eixo I, “gênero, raça e etnia, diversidades sexual e geracional”, serão divididas em 4 (quatro) salas, sendo que cada uma aprovará 7 (sete) ou 8 (oito) propostas, distribuídas aleatoriamente, totalizando para este eixo 30 (trinta) propostas;

II - as Miniplenárias Temáticas alusivas ao Eixo II, “órgãos gestores e instâncias de participação social”, serão divididas em 4 (quatro) salas, sendo que cada uma aprovará sendo que cada uma aprovará 7 (sete) ou 8 (oito) propostas, distribuídas aleatoriamente, totalizando para este eixo 30 (trinta) propostas;

III - as Miniplenárias Temáticas alusivas ao Eixo III, “a interação entre os poderes e os entes federados”, serão divididas em 4 (quatro) salas, sendo que cada uma aprovará sendo que cada uma aprovará 7 (sete) ou 8 (oito) propostas, distribuídas aleatoriamente, totalizando para este 30 (trinta) propostas;

IV - a eleição das propostas a serem enviadas para a Plenária Final ocorrerá a partir da contagem de votos de cada proposta, conforme disposto no Art. 20, inciso III.

§ 1º No caso de empate no total de votos das propostas, votações sucessivas serão realizadas, somente entre as propostas empatadas;

§ 2º As propostas mais bem votadas, até o número máximo de propostas por Miniplenária Temática, conforme disposto nos incisos I, II e III, serão enviadas à Plenária Final.

Art. 22 - A critério da Mesa Coordenadora da Miniplenária Temática, poderá ser assegurada às delegadas e aos delegados uma intervenção pelo tempo improrrogável de 2 (dois) minutos, nas seguintes situações:

I - para Questões de Ordem, quando os dispositivos deste Regimento Interno não estiverem sendo observados;

II - para solicitação de Esclarecimento, quando a dúvida for dirigida à Mesa Coordenadora da Miniplenária Temática, antes do processo de votação; e

III - para solicitação de Encaminhamento, quando a manifestação da delegada ou do delegado for relacionada ao processo de condução do tema em discussão.

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§ 1º Não serão permitidas intervenções de qualquer natureza durante o regime de votação.

§ 2º As solicitações de encaminhamento somente serão acatadas pela Mesa Coordenadora dos Trabalhos quando se referirem às propostas em debate, com vistas à votação.

§ 3º Fica assegurado às pessoas com especificidades comunicacionais o dobro do tempo para suas manifestações.

Art. 23 - As ações estratégicas serão incorporadas às diretrizes votadas na Plenária Final e serão consolidadas nos Anais da 4a Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade.

Art. 24 - A sistematização dos grupos deverá ser entregue à Coordenação de Relatoria até às 19 horas do dia 25 de abril, referente aos trabalhos do dia 25 de abril, e até às 13 horas do dia 26 de abril, referente aos trabalhos do dia 26 de abril.

seção V

Da Plenária FinalArt. 25 - A Plenária Final da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, constituída de delegadas e delegados, tem caráter deliberativo, com atribuição de aprovar ou rejeitar as propostas consolidadas nas Miniplenárias Temáticas, bem como as moções de caráter nacional e internacional, e terá início às 8 horas do dia 27 de abril de 2016, com término às 12 horas do mesmo dia.

Parágrafo único. A Plenária Final aprovará um total de 45 (quarenta e cinco) propostas, conforme o Texto-Base, a partir do total de 90 (noventa) propostas aprovadas nas Miniplenárias Temáticas.

Art. 26 - A Plenária Final contará com uma mesa composta por coordenação e relatoria designadas pela Comissão Organizadora.

§ 1º Na Plenária Final, somente serão discutidas e aprovadas propostas que constarem no Relatório Consolidado das Miniplenárias Temáticas, sistematizado pela Comissão de Relatoria.

§ 2º As propostas do Relatório Consolidado das Miniplenárias Temáticas serão projetadas durante a Plenária Final, assegurados os recursos de acessibilidade.

§ 3º Apenas terão direito a voz e voto delegadas e delegados devidamente credenciados/as na 4ª Conferência Nacional de Direitos da Pessoa com Deficiência e que estejam de posse do crachá de identificação.

Art. 27 - A apreciação e votação das propostas que comporão o Relatório Final da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência serão encaminhadas da seguinte forma:

I - será promovida a leitura das propostas aprovadas pelas Miniplenárias Temáticas, identificadas numericamente, consultando a Plenária sobre os destaques e registrando os nomes dos proponentes.

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§ 1º Os destaques serão apenas de supressão total da proposta.

§ 2º Os destaques deverão ser apresentados à Mesa Coordenadora dos trabalhos, por meio da apresentação do crachá pela organização da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, durante a leitura das propostas das Miniplenárias Temáticas.

Art. 28 - Após a leitura, a votação dos destaques será encaminhada da seguinte

forma:

I - caso não haja destaque para a proposta, ela é automaticamente aprovada.

II - ao término da leitura, serão apreciados os destaques e a delegada autora ou o delegado autor do destaque terá 2 (dois) minutos para defender sua proposta de supressão.

III - após a defesa da proposta, serão conferidos 2 (dois) minutos para a delegada ou o delegado que queira fazer a defesa de manutenção da proposta.

IV - será garantida apenas uma defesa de supressão e uma de manutenção da proposta.

V - a Coordenação da Mesa divulgará, ao término da votação em Plenária, as propostas aprovadas, num total de 45, conforme Texto-Base.

§ 1º Caso a autora ou o autor do destaque não esteja presente no momento da sua apreciação, o destaque não será considerado.

§ 2º Fica assegurado às pessoas com especificidades comunicacionais o dobro do tempo para suas manifestações.

Art. 29 - A Plenária Final da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência será considerada habilitada a aprovar Propostas e Moções, com quórum mínimo de 50% mais um das delegadas e dos delegados presentes em Plenário.

Art. 30 - A Mesa Coordenadora dos Trabalhos da Plenária Final assegurará às delegadas e aos delegados o direito de questão de ordem, ou de esclarecimento e propostas de encaminhamento, nos termos do Artigo 20 deste Regimento.

Art. 31 - Instalado o processo de votação, serão vedadas intervenções de qualquer natureza.

Capítulo V

Das MoçõesArt. 32 - As moções, de caráter e repercussão nacional ou internacional, serão encaminhadas por delegadas e por delegados, e devem ser apresentadas junto à Relatoria em formulário próprio, elaborado pela Comissão de Relatoria da 4ª Conferência, até às 17 horas do dia 26 de abril de 2016.

§ 1º Cada moção deverá ser assinada por, no mínimo, 15% (quinze por cento) do total de delegadas e delegados da 4ª Conferência Nacional, tendo como parâmetro o número de inscritos no credenciamento realizado até às 12 horas do dia 25 de abril de 2016.

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§ 2º O formulário para proposição de moção terá campos de preenchimento para identificar:

I - o tipo de moção (apoio, repúdio, apelo, solidariedade ou outro);

II - as destinatárias ou os destinatários da moção, ou seja, a quem ela é dirigida;

III - o fato ou condição que motiva ou gera a moção e a providência referente ao pleito; e

IV - a proponente ou o proponente principal da moção deverá identificar seu nome, sua unidade federativa, bem como o segmento que representa.

§ 3º A Coordenação da Relatoria organizará as moções recebidas, classificando-as segundo o critério previsto no caput deste artigo e agrupando-as por tema.

§ 4º Encerrada a fase de apreciação do Relatório Final da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a coordenadora ou o coordenador da mesa procederá à leitura das moções.

Art. 33 - Após a leitura, as moções serão submetidas à apreciação e votação da Plenária.

Art. 34 - Ficam vedados destaques e intervenções acerca das moções apresentadas.

Art. 35 - Concluída a votação das moções, encerra-se a sessão da Plenária Final da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Capítulo Vi

Das Disposições GeraisArt. 36 - Será apresentado pela Comissão Organizadora da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, até às 12 horas do dia 25 de abril, o número de delegadas e delegados aptos/as a votar e o número de observadoras e observadores presentes.

Art. 37 - Serão conferidos certificados de participação na 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência às delegadas e aos delegados, integrantes da Comissão Organizadora, convidadas e convidados, relatoras e relatores, observadores e observadoras, e equipes de apoio, assessoria e monitoria, especificando-se a condição da sua participação na Conferência.

Parágrafo único. Os certificados de participação na 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência serão disponibilizados online a partir do dia 30 de abril de 2016, mediante credenciamento na Conferência Nacional.

Art. 38 - Assegura-se à Plenária o questionamento, pela ordem, à Coordenação da Mesa, para restabelecer os trabalhos ou no caso em que este Regimento não esteja sendo cumprido.

Parágrafo único. Será enviada cópia do relatório final conclusivo dessa Conferência, para as providências cabíveis, à Presidência do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), à Presidência Nacional do Colégio Nacional dos Procuradores Gerais de Justiça (CNPG), à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) do Ministério Público Federal, à Presidência da Defensoria Pública da União (DPU) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sem

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prejuízo dos demais órgãos relacionados à temática da pessoa com deficiência, a fim de concretizar as deliberações e a vontade expressa dessa Conferência Nacional.

Art. 39 - Os casos omissos serão apreciados pela Comissão Organizadora da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Página 35: 3. GlossárioINDICATIVO: proposta aprovada em plenária que não possui caráter deliberativo.

INFORMES: informações/avisos gerais apresentados no início ou final da plenária/reunião de grupos.

MOÇÃO: manifestação (de apoio, solidariedade, repúdio) a alguém ou a alguma matéria, lida em plenário e submetida à votação dos presentes. As moções só podem ser apresentadas nos grupos de trabalhos, redigidas em, no máximo, 20 linhas, para serem votadas na plenária final. Para ser analisada em plenário, a moção deve ter um percentual mínimo de assinaturas, previsto regimentalmente. Se este número é alcançado, a moção é submetida à plenária final, quando deve obter o percentual mínimo de votos favoráveis, constante no regimento, para aprovação.

PLENÁRIA: período destinado à discussão da organização e apreciação de propostas, conforme definido em regimento.

QUESTÃO DE ENCAMINHAMENTO: é solicitada para a proposição de metodologia e de condução da discussão, reunião ou plenária.

QUESTÃO DE ORDEM: é demandada para suscitar dúvida a respeito de interpretação ou aplicação do regimento ou procedimento. É questionamento relacionado à condução dos trabalhos do grupo ou da plenária.

QUESTÃO DE ESCLARECIMENTO: deve ser solicitada quando alguém tiver dúvidas sobre o que está em discussão.

REGIME DE VOTAÇÃO: período de votação de uma proposta. Durante este, não são aceitas intervenções.

EMENDA: alteração sugerida à proposta em discussão. Pode ser:

• Aditiva: quando propõe adicionar texto ao já proposto. Normalmente é utilizada para detalhar melhor a proposta, não alterando seu objetivo.

• Supressiva: exclui em sua totalidade a proposta.

• Substitutiva: modifica informações (palavra, frase, parágrafo, trecho) da proposta.

• Aglutinativa: quando propõe a fusão de partes do texto/proposta original por conta de similaridade.

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Página 36: 4. Programação

Domingo, 24 de abril de 201614h: Abertura do Credenciamento17h: Solenidade conjunta de abertura das Conferências Nacionais (Pessoa com Deficiência, Pessoa Idosa, LGBT e Criança e Adolescente)19h: Jantar (CICB)

Segunda-feira, 25 de abril de 20168h30: Palestra Magna - Palestrante: Paulo Vannuchi (Membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – OEA.10h: Palestras dos Eixos TemáticosEixo I – Palestrante: Cláudia Grabois (Presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência do Instituto Brasileiro de Direito de Família).Debatedor: Jorge Amaro Borges (Mestre em Educação e Doutorando em Políticas Públicas) Eixo II – Palestrante: Renato Simões (Assessor Especial para a Participação Social do Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República)Eixo III – Palestrante: Rejane Dias (Secretária de Educação e Cultura do Estado do Piauí)12h: Almoço (CICB)14h: Palestra “Arte, Cidadania e Espiritualidade”. Palestrante: Marcos Frota (Ator)14h30: Aprovação do Regimento Interno da 4ª Conferência Nacional16h30: Mesa-redonda sobre a Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência)18h: Encontro com Delegadas(os) da 12ª CNDH19h: Jantar (CiCB)12h: Almoço (CICB)14h: Regimento Interno da Conferência16h: Mesa-redonda sobre a Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência)18h: Encontro com Delegadas(os) da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos19h: Jantar (CICB)

Terça-feira, 26 de abril de 20168h30: Início dos trabalhos das miniplenárias (grupos de trabalho)12h: Almoço (CICB)14h: Continuação dos trabalhos das miniplenárias (grupos de trabalho)19h: Jantar (CICB)

Quarta-feira, 27 de abril de 20168h: Plenária Final12h: Almoço (CICB)17h: Abertura da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos19h: Jantar (CICB)

Quinta-feira, 28 de abril de 2016Programação da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos

sexta-feira, 29 de abril de 2016Programação da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos

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Página 37 a 52: 5. Caderno Consolidado de PropostasCom o objetivo de viabilizar os debates na 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a equipe de sistematização coordenou o trabalho de sistematização pré-conferência nacional. O trabalho consistiu na análise das propostas das conferências estaduais e distrital para composição do documento consolidado de subsídio para as Miniplenárias Temáticas, de acordo com os três eixos da 4ª Conferência Nacional:

Eixo I – Gênero, raça e etnia, diversidade sexual e geracional

Eixo II – Órgãos gestores e instâncias de participação social

Eixo III – A interação entre os poderes e os entes federados

A sistematização nessa fase implicou organizar – compilar, classificar, ordenar e catalogar – a partir de temas, categorias ou palavras-chaves tirados das propostas originais, com o propósito de convergir para enunciados claros e sintéticos, eliminando redundâncias e garantindo que todo o espectro de ideias fosse abrangido nos textos finais.

Cabe destacar que, devido ao grande número de ações estratégicas (um total de 2430), a Comissão Organizadora da 4ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Conade deliberou pelo arquivamento das ações estratégicas para posterior resgate e consolidação nos Anais da Conferência. Esta solução viabilizará mais tempo para o debate de diretrizes, que serão o norte das políticas públicas, consequentemente qualificando as discussões da Conferência ainda mais.

Para a sistematização das propostas foi utilizado o Sistema de Apoio a Conferências do DATASUS – Sisconferência. Com essa ferramenta, todas as propostas originais foram preservadas para permitir a reconstituição da sistematização e garantir que todas tenham sido contempladas.

Eixo i – Gênero, raça e etnia, diversidade sexual e geracional

sala 11. Ampliar as ações de apoio à gestante com deficiência, garantindo uma equipe multiprofissional durante todo período gestacional. (PI-1.3)

2. Criar comissão de políticas públicas para a saúde da mulher com deficiência, numa perspectiva de discutir o planejamento familiar, com ênfase na sexualidade. (BA-1.13; BA-1.2)

3. Organizar e fortalecer grupos de mulheres com deficiência, mobilizando- as, através de carro de som e rádio, bem como divulgar nas escolas e comunidades em geral. (AP-1.8)

4. Promover a transversalização das políticas públicas da pessoa com deficiência, buscando estratégias que assegurem o pleno desenvolvimento e empoderamento das mulheres com deficiência e demais gêneros, na luta pela total independência, por meio da perspectiva dos Direitos Humanos, conforme a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. (RN-1.2)

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5. Promover políticas inclusivas, visando à melhoria da qualidade de vida para mulheres e meninas com deficiência, incluindo o acesso à justiça. (BA-1.4; PB-3.5; SE-1.3)

6. Criar redes, estratégias, instrumentos de registro, diagnóstico e elaboração de indicadores, com definição de fluxos de encaminhamento, para o enfrentamento à violência contra as pessoas com deficiência, respeitando a igualdade de direitos, independente de raça e etnia, identidade de gênero, diversidade sexual e geracional. (PR-1.5; SP-1.6; SE-3.3)

7. Promover a acessibilidade em órgãos e equipamentos de Segurança Pública, incluindo presídios e canais de denúncias de violência contra as pessoas com deficiência. (SC-1.9; RO-2.2; PB-1.5)

8. Promover assistência integral às pessoas com deficiência vítimas de violência, incluindo violência sexual, com atendimento especializado e multiprofissional, prioritário para mulheres com deficiência.

(MT-3.7; PB-1.6; PE-1.1; PE-1.3; RO-2.2)

9. Promover ações de combate a todas as formas de discriminação, preconceito, desigualdade e práticas nocivas direcionadas às pessoas com deficiência, levando em consideração principalmente as questões relacionadas à identidade de gênero, raça, diversidade sexual e geracional. (CE-1.8; MA-1.3; RN-1.3; SE-1.5)

10. Promover políticas públicas visando o enfrentamento à violência contra pessoas com deficiência respeitando especificidades de gênero, raça, etnia e geração considerando ações nas áreas de saúde, esportes, lazer, educação, cultura e trabalho. (AL-1.5; MG-1.4; PB-1.1; PR-1.5)

11. Promover seminário que discuta temáticas relativas às violências sofridas pelas mulheres com deficiência. (AM-1.2)

12. Realizar campanhas educativas para prevenção à discriminação, ao preconceito e à violência contra pessoas com deficiência, considerando as especificidades de gênero, raça e etnia, diversidades sexual e geracional, nos meios rural e urbano, comunidades tradicionais e de pessoas vivendo com HIV/AIDS. (AM-1.1; MG-1.5; MG-1.9)

sala 21. Efetivar políticas públicas de orientação e atendimento aos adolescentes e jovens e adultos com deficiência acerca da sexualidade. (AL-1.6)

2. Promover o respeito aos direitos sexuais e reprodutivos da pessoa com deficiência através da realização de campanhas intersetoriais. (AP-1.3; PE-1.5)

3. Garantir atendimento por equipe multidisciplinar para orientação sexual e identidade de gênero para pessoas com deficiência. (AP-1.4)

4. Criar e implementar programas na área da saúde para orientar acerca da diversidade sexual das pessoas com deficiência e suas famílias nas unidades de saúde. (BA-1.1)

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5. Fazer cumprir a deliberação da Segunda Conferência Nacional de 2008 para alteração da declaração de nascido vivo no item gênero, acrescendo o campo identificado como “A definir” para crianças nascidas com anomalias do desenvolvimento sexual. (BA-1.10)

6. Priorizar cirurgias de redesignação sexual para pessoas com deficiência. (BA-1.12)

7. Ampliar o conhecimento acerca da sexualidade da pessoa com deficiência na rede pública de ensino, efetivando o tema “Educação para a sexualidade” no currículo escolar. (BA-1.6; MG-1.2)

8. Implantar e implementar programas com equipamentos multiprofissionais atuando de maneira interdisciplinar, junto às pessoas com deficiência e das suas famílias, para que se garanta o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos das pessoas com deficiência, especialmente no que se refere à diversidade sexual, a identidade de gênero, o enfrentamento ao racismo, homofobia, xenofobia e a valorização das diferenças étnico-raciais em qualquer período etário. (MS-1.6)

9. Promover, no âmbito da saúde, campanhas voltadas às pessoas com deficiência sobre sexualidade e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, direito ao exercício da sexualidade, direito à constituição de família, ao pleno gozo dos direitos sexuais e reprodutivos, incluindo os direitos à gestação e à adoção. (PA-1.2; PR-1.4; RJ-1.7)

10. Intensificar o Programa Direito à Diversidade, com foco na transversalidade dos direitos humanos. (PA-1.6)

11. Desenvolver ações de saúde comunitária e campanhas de conscientização sobre o câncer de colo de útero, câncer de próstata, testes de HIV, prevenção de DST/AIDS, dentre outras, que sejam acessíveis a pessoas com deficiência, observada a transversalidade. (RN-1.7)

12. Desenvolver ações de orientação e discussão, envolvendo comunidade e familiares, com fins de combate à discriminação contra pessoas com deficiência, em todos os aspectos relativos a gênero e sexualidade, casamento, etnia, família, relacionamentos, paternidade e correlacionados, em igualdade de condições com as demais pessoas. (SC-1.4; SE-1.6)

sala 31. Qualificar políticas, ações e estratégias que alcancem a realidade das pessoas com deficiências dentro de especificidades raciais, étnicas e populacionais. (BA-1.1; PE-1.11; PE-1.12; PE-1.15; RJ-1.12; RJ-1.8)

2. Promover a transversalização das políticas de promoção de igualdade e proteção dos direitos das pessoas com deficiência negras, indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, incluindo mobilização em parceria com a Funai e outros entes governamentais relacionados.

(MT-1.6; PA-1.4; PB-1.9; PE-1.14; PE-1.16; RS-1.2; RS-1.4; RR-1.5; SP-1.5; PA-2.12)

3. Promover a divulgação nos órgãos públicos e privados sobre a importância da transversalidade das pessoas com deficiência (negras, indígenas, LGBTs, idosas, crianças e adolescentes). (PR-1.6)

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4. Promover a transversalização das políticas da pessoa negra com deficiência na perspectiva da resolução 68/237, da UNESCO (2013), que proclamou a década internacional dos afrodescendentes. (SC-1.5)

5. Destinar recursos financeiros para instituições de pesquisa científica para mapeamento e produção de dados sobre o perfil das pessoas com deficiência, considerando as diferenças de renda, raça, gênero, geração, orientação sexual, território, e disponibilizando o conhecimento produzido com interpretação em Libras e audiodescrição. (BA-1.8; MS-1.2; PB-1.2)

6. Promover programas de educação continuada sobre os direitos das pessoas com deficiência, abrangendo todas as dimensões dos direitos humanos, priorizando as questões de identidade de gênero, raça, etnia, diversidade sexual e geracional e promoção de ações de combate a qualquer forma de preconceito. (AP-1.1; MG-1.1; CE-1.6; PR-1.3; MA-1.1)

7. Promover programas de capacitação de servidores públicos que atuam com pessoas com deficiência, incluindo questões relacionadas à diversidade sexual, identidade de gênero, enfrentamento ao racismo, a valorização de diferenças étnico-raciais em qualquer faixa etária. (DF-1.8; MT-1.2; MS-1.1; MG-1.10; RO-3.2; AP-1.9; ES-1.4)

8. Desenvolver ações de formação para políticas nas temáticas de identidade de gênero, raça, diversidade sexual e geracional. (SE-1.1)

9. Criar uma política de esporte adaptado na rede pública de ensino com profissionais habilitados para o atendimento às especificidades das pessoas com deficiência, garantindo materiais e equipamentos necessários para a execução dessa política com vistas à inclusão plena da pessoa com deficiência, respeitando a diversidade de gênero. (AC-1.3; PE-1.18; RN-1.8)

10. Promover o acesso das pessoas com deficiência à fruição e à produção de bens culturais, contemplando zonas rurais, indígenas, quilombolas e público LBGT. (BA-1.9; CE-1.7; RS-1.1)

11. Promover o acesso aos bens culturais, de esporte e lazer com foco na transversalidade dos direitos humanos, assegurando o desenvolvimento de atividades esportivas, artísticas e artesanais, fortalecendo o protagonismo de pessoas com deficiência, considerando as populações negra e indígena, sem restrição geracional. (PA-1.5; PE-1.17)

12. Promover a transversalização das políticas públicas voltadas para as crianças, adolescentes, jovens, adultos, pessoas idosas, pessoas LGBT e da educação em direitos humanos em relação à pessoa com deficiência, na perspectiva da Convenção da ONU dos Direitos das Pessoas com Deficiência. (AC-1.4; AL-1.1; PE-1.7; CE-1.3; MA-1.4; MA-1.5; SP-1.7; RS-1.3; RN-1.1; PB-1.13; PB-1.15; PB-2.5; MT-1.9; PB-1.11; RO-1.9; SC-1.1; SP-1.4; PE-1.4; SP-1.2; PB-1.13; PB-1.15; PB-2.5)

sala 41. Promover a acessibilidade nas unidades de saúde, da atenção básica à alta complexidade, para o atendimento físico e mental da pessoa com deficiência, com o intuito de fortalecer a Política de Humanização do atendimento, com respeito ao recorte de gênero, raça, etnia, diversidade sexual e geracional, com equipamentos adaptados para a realização de exames.

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(AC-1.5; AL-1.2; DF-1.9; MT-1.8; SP-1.1; MS-1.9; TO-1.1; SC-1.10; MS-1.8; PI-1.2; PE-1.8; PB-1.5; PR-1.4; DF-1.6)

2. Garantir a valorização da pessoa idosa com deficiência por meio da intervenção nas áreas de execução da política pública e garantir o atendimento domiciliar por equipe multidisciplinar, garantindo ainda o acesso ao transporte para a saúde. (AP-1.6)

3. Estimular e promover programas de alfabetização e de ingresso ao ensino da pessoa idosa com deficiência. (AP-1.6)

4. Criar e adaptar centros de convivência para pessoas idosas, de maneira a contemplar a pessoa idosa com deficiência. (BA-1.7)

5. Garantir a adaptação em linguagem acessível, contemplando a diversidade geracional, da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, com o objetivo de difundir seu conteúdo, visando fácil entendimento e assimilação, para assegurar a esses seus direitos e deveres constitucionais, possibilitando expressarem livremente sua opinião. (MS-1.7)

6. Fomentar a articulação entre os três poderes (legislativo, executivo e judiciário) para promover o debate sobre a diversidade geracional da pessoa com deficiência. (SC-1.8)

7. Promover estimulação essencial e propostas sociopedagógicas para atender crianças com deficiência, criando, ampliando e promovendo a adaptação acessível de acordo com normativas legais das creches e capacitando os profissionais para melhor atender a este público. (AP-1.7)

8. Fortalecer a atuação de toda a rede socioassistencial da criança e do adolescente com deficiência, garantindo o desenvolvimento de suas capacidades e assegurando o pleno exercício de seus direitos, em igual oportunidade com demais crianças e adolescentes. (PB-2.1; RJ-1.5; SE-1.4)

9. Promover campanhas e materiais sobre os direitos das pessoas com deficiência, destacando a diversidade de gênero, raça e etnia, diversidade sexual e geracional. (DF-1.3; PB-1.10; PR-1.1; RJ-1.1; SC-1.2; PA-1.2; SE-1.2; RN-1.5; SC-1.7; RJ-1.3)

10. Garantir o acesso e a presença de todas as pessoas com deficiência na mídia. (ES-1.5)

11. Fomentar políticas de educação, propiciando salas com recursos multifuncionais, educação bilíngue para pessoas surdas em classes ou escolas bilíngues, com profissionais especializados e atendimento educacional especializado a todos os alunos de acordo com sua deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos específicos e altas habilidades/superdotação, contemplando as questões de gênero, raça, diversidade sexual e geracional. (MG-1.7; PB-1.12; PR-1.9; RN-1.4; RO-1.4; RO-1.5)

12. Promover a inclusão da pessoa com deficiência em situação de rua. (PE-1.9)

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Eixo ii – Órgãos gestores e instâncias de participação social

sala 11. Implantar uma política de estímulo à implementação de conselhos municipais e à capacitação continuada dos conselheiros, fomentando a participação, o monitoramento e o acompanhamento das políticas públicas para pessoas com deficiência. (AL-2.1; MG-1.6; SP-2.8; AL-2.3; CE-2.1; MA-2.6; RS-3.4; AM-2.3; MG-1.5; MT-2.2; PB-2.12; PI-2.9; PI-2.1; SC-2.10; SE-2.2)

2. Instituir marco legal relativo ao controle social das políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência, incluindo a criação de fundo e garantindo que as multas aplicadas pelo descumprimento da legislação federal para pessoas com deficiência, através do órgão jurisdicional, sejam revertidas para este fundo. (PA-2.9; PB-2.13; PE-2.2; CE-2.10; DF-2.6; PI-2.8; CE-3.7; MS-3.5; MA-3.1; PA-3.2; RJ-3.7; PI-3.4; MA-2.1; RJ-2.4; PI-2.6; PB-2.3)

3. Assegurar o cumprimento da legislação que institui e define a missão institucional do Conade como instância democrática de participação direta. (DF-2.1)

4. Implementar Rede Nacional de Gestores da Política da Pessoa com Deficiência e Conselhos de Direitos da Pessoa com Deficiência. (DF-2.7; GO-3.1; MS-2.8; RS-2.2)

5. Garantir a autonomia financeira e administrativa para os órgãos de controle social. (MS-2.2)

6. Promover a participação dos conselhos no processo de discussão, fiscalização, acompanhamento e avaliação das políticas públicas.(MT-2.7; RJ-2.7; RS-3.5; PA-2.3; SE-2.6; SP-2.5)

7. Potencializar o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, mediante atuação dos órgãos de controle. (PA-2.10)

8. Criar políticas de fortalecimento de participação social da pessoa com deficiência, em igualdade de gênero, raça, etnia, diversidade sexual e geracional, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, campanhas e treinamentos, junto aos empregadores, voltadas à superação das barreiras atitudinais que impeçam o acesso ao mercado de trabalho, gerando empoderamento e cidadania de forma a desmistificar a ideia de ineficiência produtiva. (CE-1.5; MG-1.7; RO-1.2; RJ-3.8)

9. Fomentar espaços de debates com a sociedade civil sobre políticas públicas e os direitos da pessoa com deficiência. (CE-1.4; PI-2.5)

10. Empoderar as pessoas com deficiência nos espaços de participação, decisão e construção de políticas públicas em todos os órgãos gestores. (RS-2.4; AC-2.2; MS-2.5; MT-1.5; PB-2.6; PB-2.9; PE-2.3; PE-2.5; RN-2.5)

11. Ampliar espaços de participação que abordem temas das pessoas com deficiência no âmbito geracional, raça, etnia e gênero. (BA-1.3)

12. Elevar o órgão gestor da política à mais alta instância governamental. (DF-2.2)

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sala 21. Criar uma comissão educativa e itinerante para orientar as instituições governamentais e não governamentais, com suas peculiaridades específicas, trabalhando com temas voltados para a pessoa com deficiência. (AM-1.4)

2. Criar estratégias que facilitem de acesso à informação como instrumento de articulação social, para divulgação dos direitos, serviços, avanços e desafios da política das pessoas com deficiência, criando normas para a impressão em braile, impressão em tipo ampliado, vídeos com legenda e janela de Libras. (SE-2.7; CE-3.4; ES-2.2; MT-2.5; MT-2.8; DF-1.7; MG-1.3; MS-2.6; PA-2.12; RJ-3.4; RR-3.3; SC-2.8; SP-3.5; MG-1.4; DF-3.8;)

3. Criar programas de formação permanente para os agentes públicos de todos os níveis, nas três esferas de governo (Municipal, Estadual e Federal), no intuito de melhor atender a demanda das pessoas com deficiência. (BA-2.9; MA-2.8; PA-2.7; RJ-2.8; RS-2.3; SE-2.11)

4. Promover campanhas permanentes de sensibilização, inclusive nos meios de comunicação de massa, sobre os direitos das Pessoas com Deficiência para inclusão social e igualdade de oportunidades. (AM-2.16; BA-2.6; MA-2.7; MT-3.2; PB-2.14; PE-3.7; RN-3.4; RR-2.4; SP-3.7)

5. Realizar Seminário Nacional sobre Inclusão da Pessoa com Deficiência no Parlamento. (PA-3.3)

6. Divulgar informações acerca dos direitos da pessoa com deficiência por meios e mídias acessíveis. (PB-1.7; SC-2.6)

7. Implantar fóruns permanentes da pessoa com deficiência, a fim de avaliar os avanços e desafios das políticas públicas para a pessoa com deficiência, fomentando o debate com a sociedade civil. (PI-2.4; RN-2.2; SC-2.9; SE-2.9; AP-1.2)

8. Promover ações para inclusão social das pessoas com deficiência. (AM-2.5; MA-2.3; SE-3.3; SE-2.12; SP-2.9; SP-2.10)

9. Garantir a continuidade e ampliação do Plano Viver sem Limite, promovendo o protagonismo das pessoas com deficiência no desenvolvimento das ações do plano. (CE-2.3; RO-2.3; CE-3.3; RN-3.10)

10. Fortalecer a transversalidade de ações governamentais na perspectiva da efetivação de Políticas Públicas de e para pessoas com deficiência de forma coletiva. (SE-2.8)

sala 3

1. Estabelecer estratégias, como políticas de parcerias, para efetivar o atendimento humanizado nos serviços públicos, na perspectiva dos direitos humanos. (AL-1.4; PA-2.2; RJ-2.1)

2. Criar uma equipe multidisciplinar e qualificada nas instituições governamentais e não governamentais. (AM-1.6)

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3. Garantir a ampliação dos serviços de atendimentos dos Órgãos Públicos na garantia dos direitos das pessoas com deficiência. (SC-1.3)

4. Criar e aperfeiçoar os instrumentos de gestão da política da Pessoa com Deficiência. (PE-2.1; PR-2.2)

5. Promover a obrigatoriedade por lei de cada ente público possuir um comitê interno para inclusão da pessoa com deficiência. (AP-3.10; BA-3.8; PI-3.6; RJ-3.8; RN-3.9; RS-3.3; DF-3.5; RS-3.3; PI-3.6)

6. Integrar os entes federados com delegação de um órgão específico, contemplando o modelo biopsicossocial da população das pessoas com deficiência, como ferramenta para as políticas públicas. (CE-3.9)

7. Aprimorar mecanismos de fiscalização de vagas de trabalho para pessoas com deficiência. (CE-2.8; SC-2.3)

8. Assegurar incentivo fiscal às empresas, garantido a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, para que empresas que tenham até 100 funcionários obtenham isenção de 2% em IR, IPTU entre outros. (PR-3.8)

9. Flexibilizar os requisitos da empregabilidade das pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho. (GO-1.8)

10. Prestar assistência especializada através de uma equipe multiprofissional junto às empresas que contratam a pessoa com deficiência, a fim de esclarecer a condição da especificidade de deficiência do contratado.

(AM-1.3)

11. Instituir mecanismos que ampliem o acesso das pessoas com deficiência ao mercado formal de trabalho, mediante oferta de estágios, programas de aprendizagem, a aplicação da lei e a oferta - por entes dos três níveis federados - de qualificação plena em cursos teóricos e práticos de qualificação profissional. (PA-3.11; PR-2.5; PI-3.8; MS-2.9; SP-3.10; RN-3.5)

12. Incentivar a formação profissional e a qualificação das pessoas com deficiência, estimulando-as a assumirem o papel de protagonistas da sua própria história, exigindo das políticas setoriais o cumprimento de seus direitos, bem como, manter a lei de cotas, visando à inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e oportunizar o acesso a outras fontes de geração de renda. (AL-3.6; AM-2.8; AP-2.3; AP-2.4; CE-2.5; DF-

3.3; ES-3.7; ES-1.2; GO-2.2; GO-3.2; MA-2.5; MG-1.6; MT-2.10; MT-1.3; PA-2.1; PA-2.6; PR-1.8; RJ-2.9; RJ-1.9; RJ-1.11; RN-1.9; RR-3.2; SE-3.8)

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sala 41. Promover a prática de atividades esportivas e artísticas, inclusive com a criação de Centros de Referência, como recurso para reabilitação, socialização e valorização da pessoa com deficiência, sem distinção de qualquer espécie. (AP-2.9; DF-1.2; ES-2.4; MG-1.8; PR-1.2; RR-2.5)

2. Criar programas de incentivos financeiros e técnicos a parcerias entre o executivo e as entidades do terceiro setor, na perspectiva de fortalecer a atuação destas entidades. (BA-2.11; RN-3.9)

3. Ampliar o Benefício de Prestação Continuada (BPC), alterando os critérios de concessão e o cálculo da renda per capita. (BA-2.17; ES-1.7; MG-1.1; MS-1.5; RO-2.10; GO-2.5; MS-3.10; PB-3.3; TO-3.9)

4. Garantir orçamento para a implementação das políticas públicas para as pessoas com deficiência. (CE-2.2; MA-2.2; PA-2.8; SE-2.4; SP-2.2)

5. Garantir a transparência na aplicação dos recursos públicos destinados às políticas da pessoa com deficiência. (GO-2.6)

6. Ampliar recursos financeiros para aplicação em programas e projetos para qualificar o atendimento às pessoas com deficiência. (MG-1.1; RR-2.3)

7. Implementar políticas de incentivo financeiro e instrumentos de avaliação e acompanhamento das políticas de habitação e moradia no atendimento às pessoas com deficiência, reservando 15% dos empreendimentos habitacionais financiados pelo poder público para pessoas com deficiência e suas famílias. (PE-2.6; RJ-2.5; PA-3.6; RN-2.7; SE-3.14; DF-3.9; PA-3.6)

8. Mapear os equipamentos e a demanda para garantir as questões de políticas de acessibilidade física, tecnológica e atitudinal da pessoa com deficiência. (CE-2.6)

9. Criar instrumentos para a realização de levantamentos estatísticos sobre as pessoas com deficiência, bem como garantir a atualização e o acesso a estes dados. (SE-3.6)

10. Criar estratégias que proporcionem a garantia de inclusão da pessoa com deficiência nos partidos políticos e cota mínima de 5% de cadeiras na participação parlamentar nos poderes legislativos para pessoas com deficiência, visando à efetiva e plena participação na vida política. (AM-3.1; PR-3.4; MS-3.2; CE-3.5; SE-3.9)

11. Garantir a acessibilidade plena no processo eleitoral de forma a garantir à pessoa com deficiência o direito de exercer a cidadania. (SE-3.10)

12. Garantir que os planos, programas, projetos e ações desenvolvidas e implementadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro sejam apreciadas pelo CONADE. (DF-3.10)

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Eixo iii – a interação entre os poderes e os entes federados

sala 11. Implementar a acessibilidade física, arquitetônica, comunicacional e atitudinal no âmbito dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, incluindo o Ministério e as Defensorias Públicas. (AC-3.1; AC-3.3; AL-3.1; PB-3.8; PE-3.1; PE-3.2; PE-3.4; PI-3.1; RN-2.3; AC-3.2; AC-3.4)

2. Promover a acessibilidade plena em todos os eventos, equipamentos, serviços, praças, parques e outros ambientes de cultura, esporte e lazer, públicos e privados de uso coletivo. (AL-1.8; AL-3.4; AL-3.8; BA-3.10; GO-2.4; MA-3.2; MT-1.1; MT-3.4; RO-1.6; RO-2.4; RR-3.5; SE-3.12; RJ-3.6; PR-1.10; MG-1.7; CE-3.6)

3. Assegurar o cumprimento dos prazos previstos em lei para execução das obras e disponibilização dos mecanismos de acessibilidade. (DF-3.7)

4. Assegurar e ampliar a disponibilização gratuita de recursos acessivos em todas as ações dos poderes públicos de modo a potencializar a inclusão da pessoa com deficiência, destacando-se as áreas da educação, saúde, assistência social, trabalho, esporte, turismo, cultura, lazer e comunicação social, nas três esferas de governo. (PR-2.3)

5. Garantir que os prédios públicos, nas três esferas e nos três poderes, e privados de uso coletivo, sob pena de não renovação do alvará, conforme Decreto 5.296, apresentem acessibilidade nos quesitos de infraestrutura, capacitação de pessoal para o atendimento e prestação de serviço. (PR-3.5)

6. Determinar que toda a lei orçamentária tenha itens específicos quanto à inclusão da pessoa com deficiência em cada grupo de direitos, como moradia, acessibilidade, saúde. (AP-3.8; RS-3.6)

7. Garantir o cumprimento da lei em hotéis, motéis, pousadas e pensões de forma a garantir quartos com todas as adaptações acessíveis para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, de acordo com a ABNT. (MS-1.4)

8. Implementar mecanismos de incentivo tributário a tecnologias assistivas, materiais médicos hospitalares e recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. (ES-3.2; TO-3.6; DF-2.9)

9. Normatizar a fabricação e a venda de portas a partir de 80 cm de largura. (TO-3.3)

10. Alterar a Lei de Licitações (Lei 8666/1993) para incluir a necessidade de atendimento do Desenho Universal nas obras e serviços licitados pelo poder público em todas as suas esferas. (MG-1.5)

11. Ampliar a oferta de assistência animal, objetivando o cumprimento da Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência e a efetivação do programa Cão-Guia. (SE-3.5)

12. Assegurar a acessibilidade com igualdade para todas as pessoas, de acordo com o Decreto 5.296 de 2014, que dispõe sobre o atendimento diferenciado à pessoa surda, através da disponibilidade de profissional/ intérprete de Libras, para difusão de Libras e garantia de

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acesso irrestrito nos órgãos públicos. (MA-3.4; SP-1.10; SP-3.1; AM-2.11; MT-1.4; RN-1.10; AM-2.10; MG-1.10; RO-3.4; RO-3.5; SC-1.6; SP-1.3)

13. Elaborar uma política nacional para garantir escolas e classes bilíngues, em todos os níveis escolares e de educação ao longo da vida, nas quais Libras seja a primeira língua da instrução e comunicação escrita seja a segunda, respeitando o Decreto 5.626/2005; a lei 10.436/2002 e os artigos 22, 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência para que pessoas surdas possam desenvolver integralmente suas potencialidades. (AM-2.10; MG-1.10; RO-3.4; RO-3.5; ES-2.3)

14. Ampliar o programa de implementação de Centrais de Interpretação de Língua Brasileira de Sinais (CILs). (RJ-3.2; ES-3.8; PA-3.13)

sala 21. Efetivar os serviços regulamentados na tipificação nacional dos serviços socioassistenciais referentes às demandas das pessoas com deficiência. (AL-2.5; SC-2.7)

2. Assegurar recursos orçamentários para a construção de sedes próprias acessíveis para os CRAS, CREAS, Conselhos Tutelares e CAPS, garantindo o atendimento às pessoas com deficiência. (RR-2.2)

3. Fortalecer, sob a coordenação dos CRAS e CREAS, o apoio intersetorial e a proteção às famílias de pessoas com deficiência, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade. (PA-1.1; PB-2.11; SE-3.11)

4. Ampliar e aprimorar a oferta do atendimento educacional especializado em todos os níveis e modalidades de ensino, de acordo com a Política Nacional de Educação Especial e na perspectiva da educação inclusiva. (CE-2.7; SE-3.13; AC-1.1; AC-1.2; GO-3.4; PA-3.12; SP-2.4; PR-2.4; PA-3.8; PA-3.7; CE-3.10; DF-1.4; RN-2.8)

5. Promover - por intermédio da monitoria e assessoria, da adaptação de materiais e da flexibilização curricular, entre outros mecanismos - o acesso e permanência da pessoa com deficiência à Educação em todos os seus níveis, desde a educação infantil até o nível superior e cursos profissionalizantes, de forma a garantir a elas a igualdade de oportunidades. (MS-1.10; MA-1.2; MG-1.2; MG-1.4; MT-2.1; MT-3.8; PA-3.9; RO-1.8; SC-3.1; SE-3.2; SP-3.2; RO-3.3)

6. Aperfeiçoar e ampliar o Programa de Salas de Recursos Multifuncional, com a formação de profissionais com plena habilitação para incluir a Pessoa com Deficiência na rede pública de ensino. (PA-3.14; PB-3.7)

7. Garantir à pessoa com deficiência o acesso e a aquisição de bens e serviços e tecnologias assistivas que atendam às suas especificidades, especialmente no campo da educação. (RO-2.1; RJ-2.6; RN-3.6)

8. Garantir a inserção da política da pessoa com deficiência nos currículos da educação básica e superior, incluindo disciplina obrigatória sobre Educação Especial nos cursos de licenciatura e afins das universidades públicas e privadas, de acordo com o Plano Nacional de Educação. (AL-1.9; AM-1.5)

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9. Ampliar a oferta de livros didáticas e paradidáticos acessíveis às pessoas com deficiência visual ou baixa visão, deficiência auditiva, bem como surdo cegos e a oferta de livros interativos em materiais resistentes e adequados. (RO-3.6)

10. Garantir a acessibilidade à educação, com transporte acessível, cuidadores e mediadores capacitados com formação na área no interior das escolas e de acordo com as necessidades de cada estudante. (PB-3.2)

11. Alterar a lei de diretrizes e bases da educação – LDB, acrescentando a implementação da educação inclusiva com salas multifuncionais e espaços educacionais para pessoas com deficiência no ensino regular. (PI-1.1)

12. Reestruturar a política educacional para pessoas com deficiência (transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação), acima de 18 anos. (ES-1.3)

13. Garantir às pessoas com deficiência, transtorno global de desenvolvimento e doenças degenerativas, bem como a seus acompanhantes, Carteira Passe Livre com validade de cinco anos que as garanta acesso integral e gratuito a todo tipo de transporte, seja público ou privado. (MS-3.6; SC-2.2; TO-3.10)

14. Promover a mobilidade pessoal das pessoas idosas e com deficiência, entre outras com mobilidade reduzida, promovendo a acessibilidade nos transportes e garantindo o direito de elas irem e virem com segurança. (MG-1.9; PB-3.11; PE-3.5; MT-3.3; RJ-1.4; ES-3.4; PE-3.6; PI-2.2; RJ-3.5)

15. Adequar o DETRAN e as autoescolas com um carro adaptado sem custo às pessoas com deficiência e interprete de Libras, garantindo também semáforos táteis para todas as pessoas com deficiência (ex surdocego), sendo aplicada multa aos que descumprirem a legislação de acessibilidade. (PR-1.10; TO-3.2)

sala 31. Aprimorar o acesso das pessoas com deficiência à justiça, garantindo recursos de tecnologia assistiva para o atendimento, e incidindo junto aos juizados especiais para que deem celeridade à execução dos processos referentes à defesa dos direitos das pessoas com deficiência. (PA-3.1; PB-3.10; RJ-3.15; BA-3.5; PB-3.4; AP-3.1)

2. Ampliar os serviços de assistência especializada em saúde, na perspectiva da integralidade, incluindo serviços intervenção precoce e de reabilitação, às pessoas com deficiência, de forma a garantir o atendimento humanizado, prioritário e de qualidade. (RR-3.1; MS-3.4; SE-3.4; PI-3.5; AL-1.10; GO-2.3; MA-2.4; MA-3.5; MT-1.10; PA-2.13; PA-3.4; PI-2.3; RJ-1.6; RN-3.8; RO-1.1; RS-3.1; SC-3.5; SP-3.3; MG-1.2; SP-1.8; AL-1.7; PA-1.3; SP-3.4)

3. Ampliar, regulamentar e normatizar a equipe multiprofissional (assistente social, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, pedagogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos). (CE-1.1; PA-3.15)

4. Ampliar, reestruturar e financiar a rede de Centros Especializados em Reabilitação-CER para atendimento às pessoas com deficiência em diferentes processos de reabilitação, abordando

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Saúde, Educação e Capacitação Continuada. (MS-2.4; MT-1.7; RO-1.7; RR-2.3BB; SC-3.4; TO-3.1)

5. Promover a interlocução entre Educação e Saúde no que se refere ao atendimento à pessoa com deficiência, incluindo o Transtorno do Espectro Autista – TEA. (MG-1.3; ES-3.10)

6. Criar o sistema brasileiro de atenção às pessoas com deficiência a partir das experiências do SUS e do SUAS, padronizando modelos de gestão e unificando ações nas três esferas de governo. (GO-2.7; BA-3.11)

7. Criar, nas três esferas, Centros de Referência e outros serviços de Saúde especializados voltados para a pessoa com deficiência - assegurando a elas atendimento prioritário e de qualidade para a promoção da saúde física e mental, inclusive a prevenção, promoção e intervenção, e garantindo a presença de intérprete de Libras. (PR-1.7; RJ-3.10; RJ-3.11)

8. Elaborar e implementar a política de Cuidador(a) de pessoas com deficiência com impedimentos permanentes e/ou transitórios. (SP-1.9)

9. Criar uma Central de Laudos para o atendimento a pessoas com deficiência permanente. (DF-1.1)

10. Assegurar às famílias o acesso ao aconselhamento genético. (DF-1.10)

11. Incluir na lista de procedimentos do SUS a Equoterapia e demais procedimentos e instrumentos necessários para habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência. (MS-3.9)

12. Aprovar lei federal obrigando estados e municípios a aprovarem uma agenda mínima quanto à política de inclusão como condição para receberem recursos federais. (AP-3.9)

13. Fortalecer a intersetorialidade e a transversalidade das políticas públicas de Educação, Saúde, Previdência e Assistência Social, entre outros setores, em todos os níveis de governo e entre todos os poderes de forma a promover a publicidade de informações, o fortalecimento da rede de proteção, a conscientização e a efetivação dos direitos da pessoa com deficiência. (CE-3.8; PB-3.9; RJ-3.13; RJ-3.9; RS-3.7; PR-3.2)

14. Ampliar, em todas as esferas e pelos três poderes, a oferta de recursos e serviços que garantem o direito da pessoa com deficiência a ter acesso com qualidade ao Esporte, ao Lazer, à Cultura, à Educação e à Assistência Social, melhorando o convívio social e comunitário. (PA-3.10; AC-3.5; SC-3.7; CE-2.4; MG-1.6)

15. Aprimorar o pacto federativo para promover a implementação intersetorial das políticas para a pessoa com deficiência, com responsabilidade e financiamento entre os três níveis federativos. (BA-3.6; RN-3.1; PI-3.3; RN-3.2)

sala 41. Implementar programas permanentes de formação continuada e transversal para servidores públicos, representantes da sociedade civil e outros agentes públicos de todas as esferas de governo sobre inclusão, acessibilidade, políticas públicas e atendimento a pessoas com deficiência. (AL-3.5; BA-2.3; BA-3.3; MS-3.3; PR-1.6 B; PR-2.1 B; RJ-3.12)

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2. Criar Lei Federal para apoio a ações, programas e projetos de Garantia dos Direitos da Pessoa com Deficiência aprovados pelos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Deficiência nos âmbitos Federal, Estaduais e Municipais, permitindo a destinação de 6% do IR de pessoas físicas e 1% do Imposto de Renda de pessoas jurídicas, via captação dirigida, para organizações da sociedade civil, garantindo que, quando se tratar de pessoa jurídica, o percentual não concorra com as outras leis de incentivo fiscal já existentes; e garantindo que fique sob gestão dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Deficiência e seus respectivos Fundos, sem dependência ou vinculação com o PRONAS/PcD do Ministério da Saúde. (PR-3.9)

3. Criar uma política nacional de financiamento progressivo das instituições públicas e conveniadas que atendam as pessoas com deficiência. (AL-3.2; MG-1.9; RJ-3.7)

4. Implantar políticas públicas que garantam a segurança física, econômica e social para a pessoa com deficiência - garantindo, entre outros, mecanismos que resguardem beneficiárias do BPC da violência ou abuso patrimonial por parte de familiares e/ou instituições. (MG-1.7; PB-3.1)

5. Prever destinação de recursos, a partir do orçamento federal e repasses fundo-a-fundo para investimento nas políticas dos direitos das pessoas com deficiência - transversalmente às áreas de assistência social, educação, trabalho, esporte, cultura, turismo, lazer, saúde e outras - cofinanciando despesas com custeio e investimento. (PR-3.7; PR-3.10; PI-3.1)

6. Estabelecer espaços e dotação orçamentária para rede nacional de pesquisadores de síndromes raras que causam deficiência nos polos regionais, a fim de produzir conhecimento cientifico e tecnológico e de coletar, junto às redes de saúde, informações que possam subsidiar os trabalhos e propostas de políticas públicas. (MS-3.7)

7. Criar o Observatório Integrado para acompanhar o cumprimento da Lei Brasileira de Inclusão nas três esferas de governo, compartilhando dados relativos a políticas públicas para as pessoas com deficiência, a fim de diagnosticar, planejar, monitorar e avaliar a efetividade das ações desenvolvidas de forma a garantir um atendimento de qualidade. (PR-3.3; DF-2.10; ES-3.3; ES-3.5; PB-3.13; CE-3.1; RR-3.4; PE-3.8; BA-3.7; PR-3.1; RJ-3.14; SE-3.7; BA-2.2; RJ-2.12)

8. Mapear e divulgar projetos de lei e outras iniciativas legislativas que promovem os direitos da pessoa com deficiência. (PI-3.7; MS-3.8; PB-3.8)

9. Divulgar informações sobre a legislação referente à pessoa com deficiência e o papel de cada poder na implementação desta legislação forma a promover o seu cumprimento. (AM-3.2; SP-3.8; SC-3.6 ; PI-3.2)

10. Criar fórum de integração e fiscalização da promoção dos direitos da pessoa com deficiência com participação de todos os entes federados e poderes entre os entes federados e os poderes do Estado. (GO-3.10)

11. Promover o cadastramento dos funcionários públicos com deficiência, incluindo os em cargos em comissão, e disponibilizar imediatamente no Portal de Transparência do Governo Federal. (DF-3.1)

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12. Garantir o cumprimento das cotas determinadas na legislação nos cargos e empregos públicos do Governo Federal, incluindo os cargos em comissão. (DF-3.2)

13. Criar um cadastro único nacional com informações federais, estaduais, distritais e municipais que sirva para identificação das pessoas com deficiência. (SC-3.2; SC-3.8)

Página 53: Formulário para MoçõesO Formulário para Moções contém a logomarca da conferência, numeração da Moção e os seguintes campos: entidade proponente; resultado (aprovada, rejeitada ou retirada); tipo de moção (apoio, repúdio, apelo ou solidariedade);destinatário da moção; título da moção; texto da moção; assinatura do proponente; e nome local e data do evento. A entidade proponente e o texto da moção são campos obrigatórios.

Página 54: Formulário para assinaturas de apoio a MoçõesO Formulário para Assinaturas de apoio à Moção contém a logomarca da conferência, numeração da Moção, numeração da folha, total de assinaturas na folha e uma tabela contendo espaços para preenchimento de nome, CPF e Assinatura; e nome local e data do evento.

Página 55: Formulário para EmendasO Formulário para Emendas contém espaço para o nome da Conferência; a natureza da emenda (supressiva, substitutiva ou aglutinativa); Eixo, Sub Eixo, Página, Parágrafo e Linhas; Texto da proposta, Grupo e número de votos.

Página 56: Ficha de AvaliaçãoA Ficha de Avaliação começa com o texto: “Sua opinião é muito importante para a qualificação das conferências. Por favor, preencha este questionário e entregue na saída da plenária final”.

Possui campos para preenchimento de qual conferência participou e em qual condição (delegado/a, observador/a, servidor/a público, Acompanhante ou Convidado/a). Os itens devem ser avaliados em Excelente, Bom, Regular, Ruim ou Indiferente. São eles: Mobilização; Local de realização; Acessibilidade do espaço, do material e da comunicação; Receptividade e acolhida; Alimentação; Hospedagem; Qualidade dos debates; Condução dos grupos e da plenária; Transporte; Atividades culturais; Limpeza dos ambientes; e Infraestrutura.

Páginas 57 a 59:Páginas com linhas para anotações com a seguinte pergunta: Gostaria de acrescentar alguma sugestão para as próximas Conferências?

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Páginas 60 a 62: Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CONADE

Representação da Sociedade CivilAcademia Brasileira de NeurologiaTitular: Nasser AllamSuplente: Cristiano Milani

Associação Brasileira de autismoTitular: Telma Maria Viga de AlbuquerqueSuplente: Maria do Carmo Tourinho Ribeiro

Associação Brasileira de OstomizadosTitular: Rubens Gil JuniorSuplente: Damaris Nunes de Lima Rocha Morais

Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de rodasTitular: Luiz Claudio Alves PereiraSuplente: Luiz Claudio Pontes da Silva

Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiências, de Funcionários do Banco doBrasil e da ComunidadeTitular: Lúcia Maria Pereira ZacheuSuplente: Pedro Leonardo da Luz Loss

Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos das PessoasIdosa e com DeficiênciaTitular: Waldir Macieira da Costa FilhoSuplente: Maria Aparecida Gugel

Central Única dos Trabalhadores Titular: Flavio Henrique de SouzaSuplente: Anaildes Campos Sena

Federação das associações de renais e Transplantados do BrasilTitular: Joao Adilberto Pereira XavierSuplente: Rosangela da Silva Santos

Confederação Brasileira de Desporto de Deficientes VisuaisTitular: Jose Antonio Ferreira FreireSuplente: Sandro Laina Soares

Confederação Nacional do ComércioTitular: Alexandre Sampaio de AbreuSuplente: Janilton Fernandes LimaConselho Federal de Engenharia e AgronomiaTitular: Osvaldo Luiz ValinoteSuplente: Carlos Eduardo de Vilhena Paiva Ordem dos Advogados do BrasilTitular: Joaquim Santana Neto

Page 43: dh.sdh.gov.brdh.sdh.gov.br/.../caderno-pessoa-com-deficiencia.docx · Web viewCADERNO DE PROPOSTAS –PESSOA COM DEFICIÊNCIA Capa: Texto da capa: Caderno de Propostas. Pessoa com

Suplente: Cid Torquato

Federação Nacional de Educação e Integração dos SurdosTitular: Francisco Eduardo Coelho da RochaSuplente: Filipe Trigueiro Xavier Correia

Federação Brasileira das Associações de Síndrome de DownTitular: Glauciane Costa SantanaSuplente: Lenir dos Santos

Federação Nacional das APAEsTitular: Adinilson Marins dos SantosSuplente: Erivaldo Fernandes Neto

Federação Nacional das associações PestalozziTitular: Ester Alves PachecoSuplente: Marco Antonio Castilho Carneiro

Movimento de reintegração das Pessoas atingidas pela HanseníaseTitular: Artur Custódio Moreira de SousaSuplente: Valdenora da Cruz Rodrigues

Organização Nacional de Cegos do BrasilTitular: Clóvis Alberto PereiraSuplente: Patrícia Neves Raposo

Organização Nacional de Entidades de Deficientes FísicosTitular: Carmen Lucia Lopes FogaçaSuplente: Décio Gomes Santiago

Governo

Ministério da Casa CivilTitular: Milena Souto Maior de MedeirosSuplente: Ricardo Bilha Carvalho

Ministério das CidadesTitular: Yuri Rafael Della GiustinaSuplente: Carolina Moreira Barbosa de Brito

Ministério da Ciência e Tecnologia e informaçãoTitular: Emilia Therezinha Xavier FernandesSuplente: Geanine Portela Parizocto

Ministério das ComunicaçõesTitular: Elza Maria Del Negro Barroso FernandesSuplente: Roberta Rodrigues Carneiro Campelo

Ministério da CulturaTitular: Isabelle Cristine da Rocha Albuquerque

Page 44: dh.sdh.gov.brdh.sdh.gov.br/.../caderno-pessoa-com-deficiencia.docx · Web viewCADERNO DE PROPOSTAS –PESSOA COM DEFICIÊNCIA Capa: Texto da capa: Caderno de Propostas. Pessoa com

Suplente: Carolina Dominic de Paula

Ministério do Desenvolvimento socialTitular: Andréa Duarte LinsSuplente: Juliana Moreira Andrade Araújo Fonseca

Ministério da EducaçãoTitular: Martinha Clarete Dutra dos SantosSuplente: Suzana Maria Brainer

Ministério do EsporteTitular: Carla Prado NovaisSuplente: Bruna da Penha Moreira

Ministério da JustiçaTitular: Beatriz Cruz da SilvaSuplente: Priscilla Oliveira

Ministério dos TransportesTitular: Rodrigo Marques de OliveiraSuplente: Ana Cláudia Silveira Torres

Ministério do Trabalho e EmpregoTitular: Fernanda Maria Pessoa di CavalcantiSuplente: Vitório Alves De Freita

Ministério do TurismoTitular: Rafaela Levay Lehmann HerrmannSuplente: Valéria Aparecida Pais

Ministério da Previdência SocialTitular: Raimundo Nonato Lopes de SousaSuplente: Isabel Fernandes Gomes

Ministério das Relações ExterioresTitular: Carlos Fernando Gallinal CuencaSuplente: Laura Berdine Santos Delamonica

Ministério da SaúdeTitular: Vera Lúcia Ferreira MendesSuplente: Flávia da Silva Tavares

Secretaria de Direitos HumanosTitular: Antonio José do Nascimento FerreiraSuplente: Alisson Barbosa Azevedo

Secretaria de Políticas para as MulheresTitular: Janaina Barbosa de OliveiraSuplente: Rurany Ester Silva

Conselho Estadual SPTitular: Maria Gorete Cortez de Assis

Page 45: dh.sdh.gov.brdh.sdh.gov.br/.../caderno-pessoa-com-deficiencia.docx · Web viewCADERNO DE PROPOSTAS –PESSOA COM DEFICIÊNCIA Capa: Texto da capa: Caderno de Propostas. Pessoa com

Conselho Estadual SCSuplente: Alceu Kuhn

Conselho Municipal Fortaleza CETitular: Ana Beatriz Silva Thé Praxedes

Conselho Municipal Joinvile sCSuplente: Irio Correa

Contra-capa:Fundo verde com uma faixa vertical branca à esquerda e outra na parte inferior, na qual estão inseridos, da esquerda para a direita: a logomarca das Conferências Conjuntas de Direitos Humanos, os nomes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – CONADE, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos e a logomarca do Governo Federal: Brasil, Pátria Educadora.