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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 2

INTRODUÇÃO

O Diagnostico Social pretende ser apenas o início de toda a intervenção permitindo

realizar actualizações à medida que surjam dados novos que se considerem pertinentes

para o estímulo de uma melhor intervenção por parte de todos os parceiros.

A nova versão do Diagnóstico Social do Concelho de Alfândega da Fé surge da

necessidade sentida pelos parceiros de actualizar o primeiro diagnóstico social aprovado

em 2006. Teve como objectivo, não só aprofundar um conjunto de informações

(quantitativas e, particularmente qualitativas) mas também identificar as problemáticas

evidenciadas pelos actores locais de forma a se poderem propor estratégias ou medidas

de intervenção.

O mesmo teve como base, dados estatísticos provisórios do INE (2009) visto que os

dados definitivos dizem respeito a 2001, estando estes últimos explorados e analisados

no pré-diagnóstico e diagnóstico social aprovado em 2006.

Daí que um dos capítulos deste documento sejam os Instrumentos de Planeamento,

donde constam os resumos dos seguintes Planos: Quadro de Referência Estratégia

Nacional; Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2007-2010); Plano Nacional

Contra a Droga e Toxicodependência (2005 -2012); Plano Nacional de Acção para a

Inclusão (2008-2010); Plano Tecnológico; Plano Nacional para a Igualdade; Plano

Nacional para o Emprego (2005-2008); Estratégia Nacional de Desenvolvimento

Sustentável; Plano de Acção para a Integração de Pessoas com Deficiência ou

Incapacidade; Plano Nacional de Saúde (2004-2010).

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 3

ENQUADRAMENTO DO PROGRAMA REDE SOCIAL

O Programa Rede Social foi criado pela Resolução do Conselho de Ministros n º

197/97, de 18 de Novembro, num contexto de afirmação de uma nova geração de

políticas sociais activas, que articulam as políticas nacionais com os recursos e politicas

locais baseadas na responsabilização e mobilização do conjunto da sociedade para o

esforço da erradicação da pobreza e da exclusão social.

Posteriormente, surge a Declaração de Rectificação n º 10/99 de 30 de Maio, que

rectifica a Resolução do Conselho de Ministros n º 197/97 de 18 de Novembro, no que

respeita à presidência do Conselho Local de Acção Social e das Comissões Sociais de

Freguesia. Em 2002 é publicado o Despacho Normativo n º 8/2002 de 12 de Fevereiro

que regulamenta o Programa de Apoio à Implementação da Rede Social.

Em 2006 foi criado o Decreto – Lei n º 115/2006, de 14 de Junho, que consagra os

princípios, finalidades e objectivos das Rede Sociais, bem como a sua constituição,

funcionamento e competência dos seus órgãos, introduzindo disposições relacionadas

com. 1) a organização, composição e funcionamento das estruturas orgânicas da Rede

Social; 2) a consagração de uma estrutura supra concelhia; 3) a operacionalização dos

PDS; 4) a consagração de um conjunto de direitos e deveres; 5) a institucionalização do

carácter não vinculativo mas obrigatório dos pareceres da rede social; 6) a articulação

com o Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI).

Este diploma consagra a Rede Social como uma plataforma de articulação de diferentes

parceiros públicos e privados que tem como objectivo combater a pobreza e exclusão

social e promover a inclusão e coesões sociais. (art. º. n º 3). A mesma assenta num

trabalho de parceria alargada, efectiva e dinâmica e visa o planeamento estratégico da

intervenção social, que articula a intervenção dos diferentes agentes locais para o

desenvolvimento social. (art. º. n º 3 n º 2).

A nível Local, a Rede Social foi criada a 30 de Setembro 2004 data em que foi

constituído em Plenário o Núcleo Executivo e Conselho Local de Acção Social. A nível

Supraconcelhio a Rede Social de Alfandega da Fé, faz parte da Plataforma

Supraconcelhia de Trás-os-Montes e Alto Douro.

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Diagnóstico Social 4

METODOLOGIA

“ Os investigadores principiantes pensam que o objectivo da revisão da literatura

é encontrar respostas relativamente ao assunto da investigação; pelo contrário

os investigadores experientes estudam as investigações anteriores para

desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do assunto.”

Yin, 1994

Tendo como ponto de partida que o objectivo principal deste trabalho é conhecer

a realidade social do Concelho de Alfândega da Fé, juntamente com os seus problemas,

necessidades e recursos, a metodologia adoptada deu primazia à observação e análise de

indicadores de origem quantitativa e qualitativa.

A elaboração de um estudo de diagnóstico não é tarefa fácil, exigindo para o

efeito, metodologias de trabalho que permitam incorporar a multidimensionalidade dos

fenómenos e dinâmicas sociais.

O diagnóstico da situação implica um processo de investigação acção

participado e dinâmica onde os actores sociais do sistema em estudo dão um forte

contributo com o conhecimento que têm da situação.

Em termos metodológicos a elaboração do presente diagnóstico social recorreu a

uma panóplia de métodos e técnicas de recolha de informação. Destacando-se a análise

documental e estatística, as entrevistas exploratórias a informadores privilegiados,

nomeadamente os presidentes das Juntas de Freguesia e a elaboração de grelhas de

recolha de informação.

Fontes de Informação

Na elaboração de qualquer diagnóstico, a recolha de informação e as respectivas

fontes, são as suas bases de sustentação.

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Diagnóstico Social 5

Assim, na construção deste trabalho recorremos não só a informações exógenas, mas

também e sobretudo, a fontes endógenas ao concelho de Alfândega da Fé, como se pode

verificar no esquema seguinte, foram os dados fornecidos pelas entidades aqui

apresentadas que nos permitiram conhecer os reais problemas do concelho.

Esta diversidade de fontes de informação permitiu-nos recolher não só informações

quantitativas, mas também de carácter qualitativo.

INE Instituto Nacional

de Estatística

IEFP de Macedo

de Cavaleiros

IPSS sedeadas no

Concelho

Presidentes das Juntas de Freguesia

do Concelho

Câmara Municipal de Alfândega da Fé

CDSSS Bragança - Serviço Local de Alfândega da Fé

Agrupamento

Vertical de Escolas

Centro de Saúde de Alfândega da Fé

Diagnóstico Social Recolha de Informação

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Diagnóstico Social 6

ENQUADRAMENTO HISTÓRICO DO CONCELHO

A Alfândega (da Fé) é um nome de origem árabe que a localidade deve ter

adquirido entre os séculos VIII-IX. A designação “da Fé” que se juntou ao nome

original surge em data incerta, (mas já aparece no Foral de D. Dinis) seguramente por

via popular e ligada à interessante lenda dos “Cavaleiros das Esporas Douradas”, que

reflecte a bravura dos cristãos na luta contra o infiel, apoiados, na batalha decisiva de

Chacim, por Nossa Senhora de Balsemão.

De qualquer forma, existe hoje a convicção de que durante o período da

ocupação árabe foi sede administrativa com alguma importância de uma região

designada “Valiato de Alfandica”, mas a sua história, em termos da nossa

Nacionalidade, só é verdadeiramente reforçada em 1294, (8 de Maio) ano em que D.

Dinis lhe concede carta de foral que, entre outros aspectos, define os primeiros limites

geográficos do concelho. Um ano depois (17 de Setembro) o mesmo monarca concede-

lhe carta de feira, do mesmo tipo da Covilhã, mas com a particularidade de obrigar que

a referida feira se realizasse depois da de Mogadouro e antes da de Mirandela; a carta de

feira foi novamente passada por D. João I, a 13 de Janeiro de 1401.

Em 1385 D. João I obrigou os moradores de Alfândega da Fé a trabalhar na

reconstrução dos muros de Torre de Moncorvo, talvez como “castigo” pelo facto de a

vila ter tomado partido por Castela. Este seria também o primeiro monarca a passar por

Alfândega da Fé, na viagem que no ano de 1396 o

levou a Torre de Moncorvo e Bragança.

Outro dado relevante, ainda no século XV, é a criação,

em 1498, da Misericórdia de Alfândega da Fé.

Dos séculos XVI a XVIII existem ainda menos

dados históricos sobre a localidade e o seu concelho,

sabendo-se que em 1510 D. Manuel I lhe concedeu

novo foral, que altera os limites geográficos do

concelho medieval, aumentando-o em área. No século

XVI a vila estava despovoada, não possuindo sequer uma centena de fogos, (entende-se

assim a simplicidade na construção da Ermida de S. Sebastião, hoje capela com o

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Diagnóstico Social 7

mesmo nome) situação que pouco se alterou pelo menos até à primeira metade do

século XVIII, uma vez que a sua população, na época, não ia ainda além dos 150

vizinhos.

Luís Álvares de Távora intitulava-se então senhor de Alfândega. É desse tempo

a construção da ponte de Zacarias e seguramente o princípio do fim da povoação com o

mesmo nome, a acreditar num documento do século XIX que refere a forma como a

família dos Távora conseguiu os terrenos daquela zona. Dos Távora restam poucos

elementos da sua presença no concelho: a casa que possuíam na vila foi sendo

transformada com o passar dos anos e o que resta não revela grande traça

arquitectónica, merecendo apenas registo aquilo que se supõe ser o campanário da

capela, actualmente na Capela de S. Sebastião e o portal da entrada, também deslocado

para uma casa particular; existe ainda um brasão picado (de Bispo) que pode ter

pertencido à mesma família.

Pelo que se deduz da leitura de algumas passagens do Tombo dos Bens do

Concelho (1766), o castelo da vila terá sido destruído entre os séculos XVII e XVIII,

sendo a pedra (xisto), utilizada para construir habitações; restou aquilo que hoje se

chama Torre do Relógio e que constitui o ex-líbris da localidade.

A par da agricultura, que ainda hoje se mantém como a mais importante

actividade económica do concelho, foram-se desenvolvendo algumas indústrias

artesanais, (quase todas extintas na actualidade), como a moagem de cereais, os pisões

do linho, o fabrico da cal e da telha, os lagares de azeite e a cestaria (estas duas últimas

actividades ainda existem, a primeira em termos modernos e industriais e a segunda

como actividade artesanal).

A primeira rede de água domiciliária, na vila, veio mais tarde, nos anos trinta do

nosso século, e seria ainda por essa altura que se construiria a Central Eléctrica e as

“fossas sépticas”, que serviam igualmente apenas a sede do concelho. As vias

municipais asfaltadas surgiram bem mais tarde, assim como a recuperação da antiga

estrada distrital (já transformada em nacional) e a nova ligação a Macedo de Cavaleiros,

pela serra de Bornes (anos 60).

Politicamente, o século XIX teve momentos bastante importantes, alguns dos

quais bem agitados. As primeiras Posturas Municipais são de 1838/39, em pleno

período “Setembrista” e as de 1821 constituem um exaustivo trabalho jurídico digno de

registo.

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Diagnóstico Social 8

Logo em 1822 foi criada a Sociedade Patriótica, de inspiração liberal, mas as

crises políticas do primeiro liberalismo, até à Regeneração, foram localmente lideradas

pelo Morgado de Vilarelhos, Bacharel Francisco António Pereira de Lemos, que para

além de ter sido Presidente da Câmara em vários mandatos foi deputado às Cortes.

Depois de mais duas alterações dos limites do concelho, em 1852 e 1855 (esta

última corresponde à situação actual), acabaria por ser extinto por decreto de 24 de

Outubro de 1895, por razões meramente políticas e administrativas, como veio a provar-

se.

A revolta da população foi generalizada e em alguns casos violenta. Vale a pena

referir dois nomes que se destacaram na defesa da restauração do concelho: o Dr.

Ricardo d’Almeida, natural de Vila Flor, mas a exercer medicina em Alfândega da Fé,

que assinou um manifesto que foi um verdadeiro apelo à luta (reflectindo já algumas

ideias republicanas que circulavam no concelho) e o Pe. Manuel Pessanha, que em 1897

publicou um livro intitulado “Alfândega da Fé” no qual, demonstrando a importância da

história do município, denuncia as razões puramente políticas da sua extinção,

reclamando do novo governo então formado, a sua restauração. Assim veio a acontecer,

no dia 18 de Janeiro de 1898.

Mas a afronta não foi esquecida e essa é certamente a explicação para o rápido

desenvolvimento e até organização dos ideais republicanos no concelho. E se o jovem

Joaquim Mendonça não pôde assistir à proclamação da República na sua terra, o que

aconteceu a 9 de Outubro de 1910, lá figura, no respectivo Auto, a assinatura do Dr.

Ricardo d’Almeida, entre as de muitos outros que estiveram na primeira linha da luta

pela restauração do concelho em 1895/98!

O concelho mantém hoje os mesmos limites, que vão da serra de Bornes até ao

rio Sabor e do planalto de Castro Vicente até ao vale da Vilariça, num total de 310

quilómetros quadrados distribuídos por uma impressionante e surpreendente diversidade

de paisagens e de micro-climas que permitem culturas agrícolas tão diferentes como a

oliveira, a amendoeira, as cerejeiras, os cereais, a vinha e vários tipos de floresta,

actividades que são servidas pelas barragens da Esteveinha, Salgueiro, Burga e Camba.

Do seu património histórico-cultural destacam-se a Pedra de Revides, o Solar de

Vilarelhos, o Castro da Marruça e outros, a igreja de Sambade, a Capela de S.

Bernardino, em Gebelim, a Torre do Relógio e algumas casas brasonadas, para além do

Santuário Mariano de Cerejais, obra mais recente mas muito visitada.

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Diagnóstico Social 9

No campo da ourivesaria religiosa existem várias peças de valor, já estudadas,

merecendo especial referência a Cruz de Prata de Valverde, do século XVI.

O concelho dispõe hoje de boas condições de vida ao nível dos acessos, do

abastecimento de água e da rede de saneamentos básicos, com praticamente toda a

população servida com estes serviços, para além de importantes infra-estruturas

melhoradas, ou de construção recente, como o Hospital-Centro de Saúde, o Lar e

Infantário da Misericórdia, os Bombeiros Voluntários, a Zona Industrial, a Biblioteca

Municipal e o Complexo Desportivo da ARA, o Mercado Municipal, a Estalagem da

Serra de Bornes e o Parque de Usos Múltiplos.

A par da feira quinzenal, cuja

existência resulta da antiga feira medieval,

realiza-se a feira anual da Cereja, (durante a

primeira quinzena de Junho) inserida no

programa da festa com o mesmo nome e que

actualmente constitui o mais importante cartaz turístico do concelho. Nem seria de

esperar outra coisa na terra que tem um dos maiores cerejais da europa e produz cereja

da melhor qualidade. Mas em matéria de turismo não pode deixar de se referir a festa

das Amendoeiras em Flor e a caça, bem como as inúmeras festas de Verão que se

realizam em todo o concelho nos meses de Agosto e Setembro, com destaque para a

festa do Mártir S. Sebastião, na vila.

Uma passagem por terras de Alfândega da Fé terá todos estes ingredientes

históricos, patrimoniais, paisagísticos e humanos; junte-se-lhe a gastronomia, a doçaria

e um puro queijo de ovelha com marmelada. É uma receita verdadeiramente irresistível!

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Diagnóstico Social 10

Capítulo I – Contextualização Geográfica do Concelho

O concelho de Alfândega da Fé, do distrito de Bragança, está limitado pelos

concelhos de Macedo de Cavaleiros a norte, com o qual reparte a centralidade no

distrito, Mogadouro a este, a sul por Torre de Moncorvo, a oeste tem Vila Flor e a

noroeste Mirandela.

Tem uma área de 321,9 km2 distribuída por 20 freguesias: Agrobom, Alfândega

da Fé, Cerejais, Eucísia, Ferradosa, Gebelim, Gouveia, Parada, Pombal, Saldonha,

Sambade, Sendim da Ribeira, Sendim da Serra, Soeima, Vale Pereiro, Vales, Valverde,

Vilar Chão, Vilarelhos e Vilares de Vilariça.

Em 2009, o concelho apresentava uma população de 5299 habitantes.

O natural ou habitante de Alfândega da Fé denomina-se alfandeguense.

O concelho é bastante acidentado, situado na vertente sudeste da serra de Bornes e é

atravessado pelos vales do Rio de Zacarias na área central, do rio Bornes no limite com

Mogadouro e da ribeira de Vilariça na fronteira Vila Flor.

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Diagnóstico Social 11

Mapa 1

Localização do Concelho de Alfândega da Fé

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Diagnóstico Social 12

Capítulo II – Caracterização Demográfica

TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS / Indicadores Territoriais

Um indicador que pode ser considerado na análise da evolução global da população é a

sua distribuição no espaço, ou seja, a densidade média que relaciona os habitantes de

uma determinada unidade da análise com a superfície dessa mesma unidade.

De facto, a população de uma determinada região/ território não se distribui pela

superfície de uma forma homogénea, tem tendência a concentrar-se em certas regiões, à

partida potencialmente mais atractivas à sua instalação.

Quadro 1

DENSIDADE POPULACIONAL (Hab/Km²)

Área Geográfica

Densidade Populacional

Hab /Km2

2009

Densidade Populacional

Hab / Km2

2011

Variação 2009/2011

Hab / Km2

Portugal 115,4 114,5 -0,9 Norte 176,0 173,3 -2,7

Alto – Trás- os – Montes 26,0 25 -1,0 Alfândega da Fé 16,5 15,9 -0,6

Fonte: INE. Estimativas Anuais da População Residente (2009/2011)

Por referência ao quadro apresentado, verifica-se que entre os de 2009/2011

ocorreu um decréscimo de 0,6 Hab/ Km2

no concelho de Alfândega da Fé.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 13

1-POPULAÇÃO RESIDENTE, SEGUNDO O SEXO

(Indivíduos que, independentemente de no momento censitário, estarem presentes ou ausentes numa

determinada unidade de alojamento, aí habitam a maior parte do ano ou detinham a totalidade ou a maior

parte dos seus haveres).

Gráfico 1

População Residente por sexo (2006/2011)

Fonte: INE. Estimativas Anuais da População Residente (2006/ 2011)

Em termos populacionais Alfândega da Fé tem assistido ao longo dos últimos anos a um

decréscimo populacional muito acentuado, tendo perdido de 2006 a 2011, 420

habitantes o que corresponde a um decréscimo de 7,6%.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 14

2-POPULAÇÃO RESIDENTE, SEGUNDO OS GRANDES GRUPOS ETÁRIOS

Gráfico 2

População Residente por faixas etárias (%)

Fonte: INE. Estimativas Anuais da População Residente (2009)

Relativamente à estrutura etária da população residente, constatamos um duplo

envelhecimento da população. Regista-se um aumento de 5,2% da população com 65

ou + anos e uma diminuição da população mais jovem.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 15

2.1 - POPULAÇÃO RESIDENTE COM MAIS DE 65 ANOS

Quadro - 1 (2.1)

Gráfico – 1 (2.1)

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 16

Agrobom

3%

Alfândega da Fé

25%

Cerejais

3%

Eucísia

2%

Ferradosa

6%Gebelim

4%Gouveia

3%

Parada

3%

Pombal

3%

Saldonha

3%

Sambade

14%

Sendim da Ribeira

2%

Sendim da Serra

2%

Soeima

3%

Vale Pereiro

1%

Vales

2%

Valverde

3%

Vilar Chão

5%Vilarelhos

5%

Vilares de Vilariça

6%

A residir em alojamentos familiares sem outras pessoas

(sozinhas)

Gráfico – 2 (2.1)

Gráfico – 3 (2.1)

Agrobom

3%

Alfândega da Fé

27%

Cerejais

6%

Eucísia

2%Ferradosa

5%Gebelim

3%Gouveia

3%

Parada

3%

Pombal

3%

Saldonha

3%

Sambade

13%Sendim da

Ribeira

2%

Sendim

da

Serra

2%

Soeima

3%

Vale Pereiro

1%

Vales

2%

Valverde

3%

Vilar Chão

5%

Vilarelhos

5%

Vilares de Vilariça

6%

População com 65 ou mais anos de idade

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 17

Quadro - 2 (2.1)

Gráfico – 4 (2.1)

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 18

Gráfico – 5 (2.1)

Gráfico- 6 (2.1)

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 19

Gráfico 7 (2.1)

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 20

3-ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO (Relação entre o número de idosos e o número de jovens.)

Gráfico 4

Índice de Envelhecimento

Fonte:INE Fonte: INE.

Pela leitura do Gráfico IV verifica-se que o índice de envelhecimento, entre o ano de

2006 a 2011 teve um aumento mais significativo em Alfândega da Fé, seguindo-se em

Alto Trás-os-Montes e Portugal. Sendo que em Alfândega da Fé aumentou 84,7%.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2006 2009 2011

Portugal

Norte

Alto-Trás dos

Montes

Alfândega da Fé

250,2282,5

334,9287,9

0

100

200

300

400

2006 2009 2010 2011

Gráfico 5 Índice de Envelhecimento – Alfândega da Fé

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Diagnóstico Social 21

4-ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA TOTAL

(É a relação entre a população jovem e idosa e a população em idade activa, por cada 100 indivíduos)

Gráfico 6

Índice de dependência total

Fonte: INE.

Fonte: INE.

O concelho de Alfândega de Fé apresenta o maior índice de Dependência Total. De

2006 para 2009 ocorreu um aumento insignificante de 0,4 valores. No entanto, de 2006

a 2010 decresceu 0,3%.

Gráfico7 Índice de Dependência Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 22

5-TAXA BRUTA DE NATALIDADE

(Nascimentos que ocorrem por cada mil habitantes, num determinado período de tempo, normalmente,

um ano e numa determinada região).

Gráfico 8

Taxa de Bruta de Natalidade

Fonte: INE Fonte: INE.

A diminuição da Taxa Bruta de Natalidade é uma realidade em todos os indicadores no

entanto, é no concelho de Alfândega da Fé que se verifica a maior descida entre 2006 e

2010 (2,6‰) e a menor taxa Bruta de Natalidade.

Gráfico 9 Taxa Bruta de Natalidade – Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 23

6-TAXA BRUTA DE MORTALIDADE

(Óbitos que ocorrem por cada mil habitantes, num determinado período de tempo, normalmente, um ano

e numa determinada região).

Gráfico 10

Taxa de Bruta de Mortalidade

Centrando a nossa análise nas taxas de Natalidade e Mortalidade o quadro de um

Concelho envelhecido é ainda mais claro. Entre os anos de 2006 e 2010 a taxa bruta de

mortalidade diminuiu 0,4 ‰. No entanto entre 2009 e 2010 ocorreu um aumento de

4,6‰.

Gráfico 11 Taxa Bruta de Mortalidade – Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 24

7-TAXA DE CRESCIMENTO EFECTIVO (%)

(Acréscimo populacional durante um certo período de tempo, normalmente o ano, referido à população

média desse período).

Gráfico 12

Taxa de crescimento efectiva

Fonte: INE. Fonte: INE.

Gráfico XV Taxa de Crescimento Efectivo Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 25

Pelos gráficos expostos, podemos verificar que a taxa de crescimento efectivo no

concelho de Alfândega da Fé apresenta valores negativos. Ocorrendo entre 2006/2010

um decréscimo de 0,35%.

8-TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL

(Diferença entre a taxa de natalidade e taxa de mortalidade).

Gráfico 14

Taxa de crescimento natural

Fonte: INE. Fonte: INE.

Pela leitura do quadro XII podemos verificar que a taxa de crescimento Natural tem

vindo a decrescer em todos os indicadores. Destaca-se que em 2006 Portugal

apresentava valores positivos e em 2010 apresenta encontra-se com valores negativos.

Comparando as alterações corridas entre 2006 e 2010 no concelho de Alfândega da Fé,

verifica-se que sucedeu um decréscimo de 0,49%.

Gráfico 15 Taxa de Crescimento Natural – Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 26

9- TAXA DE FECUNDIDADE

(Estimativa do número médio de filhos que uma mulher teria até o fim de seu período reprodutivo,

mantidas constantes as taxas observadas na referida data)

As alterações sociais e culturais, que se fizeram sentir nos últimos anos, alteraram o

desempenho do papel da mulher na sociedade Portuguesa. Adquirindo, esta, maior

autonomia ao alargar os seus horizontes de intervenção social para além do seio

familiar.

Este fenómeno social leva a que os primeiros partos passem também a ocorrer em

grupos etários mais altos e a baixar a taxa de fecundidade.

Pela leitura do Gráfico 16, a taxa de fecundidade de Alfândega da Fé sofreu o maior

decréscimo entre 2006 e 2010 em comparação aos indicadores apresentados (13,1%).

Gráfico 16

Taxa de Fecundidade

Gráfico 17 Taxa de Fecundidade – Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 27

Fonte: INE. Fonte: INE

10- CRESCIMENTO MIGRATÓRIO

Expresso em percentagem, o saldo migratório indica-nos até que ponto o Concelho é ou

não atractivo ou repulsivo do ponto de vista demográfico. Pelos dados revelados no

Gráfico 18, a taxa de crescimento migratório no concelho de Alfândega da Fé e a

semelhança dos outros indicadores apresenta valores negativos. Assim, de 2006 para

2010 a taxa de crescimento migratório decresceu 0,22%.

Gráfico 18

Taxa de crescimento migratório

Gráfico 19 Taxa de Crescimento Migratório – Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 28

Fonte: INE

Fonte: INE

Gráfico 20 – Nº de fogos no concelho Pela análise do gráfico, podemos concluir que apesar de comparado com os censos de

2001, o concelho ter perdido 747 habitantes, houve um aumento de 132 edifícios

construídos o que equivale a 3,6%.

Quadro I - População com 65 ou mais anos segundo o total e a residir em alojamentos familiares

Desagregação geográfica

População com 65 ou mais anos de idade

Alojamentos familiares de residência habitual nos quais todos os residentes têm 65 ou mais anos

Total

A residir em alojamentos familiares sem outras pessoas

Total

Com 1 pessoa com 65 ou mais anos

Com 2 ou mais pessoas com 65 ou mais anos

3513

3645

3400

3450

3500

3550

3600

3650

3700

2001 2011

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 29

Segundo a análise no quadro nº1, verifica-se que dos 1661 idosos do Concelho, 1056

encontram-se a residir sozinhos em alojamento familiar. Salienta-se ainda que, 330

encontram-se a residir com uma pessoa com mais de 65 anos e 357 com duas ou mais

pessoas com mais de 65 anos.

Conclusões • Primeira - Alfândega da Fé tem vivido um contínuo decréscimo da população,

tendo iniciado o ciclo de maior perca populacional a partir de 1950. Sendo na década de 1960 para 1970 que se verificou o maior decréscimo com a saída de 2262 pessoas. Mais recentemente, de 2009 para 2011, ou seja nos últimos 3 anos perdeu-se em média 65 pessoas por anos. Se esta tendência se mantiver na próxima década teremos menos 650 pessoas, ficando o Concelho com uma população de 4454.

• Segunda – Constata-se um duplo envelhecimento da população, aumentando 5,2% a população com 65 ou mais anos e diminuindo a população jovem (15-24 anos) em 1,6% e 1,2% na camada infantil (0-14 anos).

• Terceira – Alfândega regista, por relação, a Alto Trás-os-Montes, Norte e

Portugal, os índices mais elevados de envelhecimento, menor taxa bruta de natalidade e maior taxa de mortalidade, assim como índices mais negativos da taxa de crescimento natural e taxa de crescimento efectivo. A taxa de fecundidade também fica muito abaixo das percentagens regionais e nacionais.

• Se a situação não se alterar o Concelho de Alfândega da Fé não tem capacidade de renovar a sua população, e consequentemente transformando-se num território cada vez mais envelhecido e dependente.

• Quarta - No que diz respeito ao numero de fogos existentes no concelho,

verificamos que dos 3645, 687 são alojamentos familiares, nas quais todos os residentes têm 65 ou mais anos, o que corresponde a uma percentagem de 18,8% das habitações.

Alfândega da Fé 1661 1056 687 330 357

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 30

Capítulo III – Educação

Artigo 73º

(Educação, cultura e ciência) (…)

2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições para que a educação, realizada através da escola e de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação de outros meios formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a participação democrática na vida colectiva.

(Constituição da República Portuguesa, 2004)

Este capítulo remete a atenção para as crianças que se encontram a frequentar a

creche ou pré-primária e para todos os jovens que se encontram em idade escolar uma

vez que, entendemos que o sistema escolar é um mundo onde o processe de exclusão se

desenrola quase que independentemente de outros domínios. “Este processo de exclusão

está instalado no próprio sistema escolar, que funciona como um campo relativamente

autónomo em relação aos outros campos sociais.” (Clavel, 2004:101).

A educação é apreciada cada vez mais como um factor de importância decisiva, ou

até mesmo o mais importante, do desenvolvimento económico e social. A evolução do

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 31

nível de escolaridade constitui-se um aspecto fundamental para compreensão da

recomposição da estrutura social. O sistema de ensino e as competências por ele

transmitidas vêm desempenhando um papel de importância crescente na dinâmica das

sociedades modernas.

Antes de mais, analisar a importância deste tipo de equipamentos sociais na vida destas

pessoas é também um ponto a abordar, pois

“A importância atribuída à Educação Pré-Escolar na redução de

desigualdades sociais, no desenvolvimento integral das crianças e na

sua integração no sistema escolar durante a Educação Básica e

Secundária, é razão suficiente para justificar os esforços do executivo,

das autarquias, das instituições particulares de solidariedade social, da

iniciativa privada, dos profissionais e das famílias, para que se garantam

ambientes educacionalmente ricos e estimulantes nos primeiros anos de

vida” (Conselho Nacional de Educação, 2003:151).

A rede escolar do concelho de Alfândega da Fé é constituída por um agrupamento

vertical que engloba 9 estabelecimentos de ensino, 7 pertencem ao Pré-Escolar, 1 ao 1.º

Ciclo do Ensino Básico, e 1 que engloba o 2.º, 3.º Ciclo e Secundário, sendo

frequentados por um total de 590 alunos, e com um corpo docente de 81 professores.

A nível privado, a Santa Casa da Misericórdia integra nas suas valências um Jardim-de-

infância e Creche, frequentado por 58 crianças.

Para melhor percebemos as dinâmicas deste domínio de intervenção que é a educação,

apresentamos de seguida uma análise por nível de ensino do Agrupamento de Escolas

de Alfândega da Fé.

1 Conselho Nacional de Educação, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, Educação de Infância em Portugal: Situação e Contextos numa perspectiva de Promoção de Equidade e Combate à Exclusão, 2003

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 32

Gráfico 1

1998

/99

1999

/00

2000

/01

2001

/02

2002

/03

2003

/04

2004

/05

2005

/06

2006

/07

2007

/08

2008

/09

2009

/10

Pré- Escolar 99 85 83 87 98 87 87 82 88 70 72 65

0

20

40

60

80

100

120

de

Alu

no

s

Evolução da População Escolar do Pré- Escolar 89/2010

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Conforme podemos verificar no gráfico 1, desde 1998 até 2009 o número de alunos

inscritos no Pré- Escolar tem vindo a diminuir. Ocorrendo uma diferença de menos 35 alunos.

Gráfico 2

Page 33: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 33

1998/

99

1999/

00

2000/

01

2001/

02

2002/

03

2003/

04

2004/

05

2005/

06

2006/

07

2007/

08

2008/

09

2009/

10

1º ciclo 276 255 244 227 221 191 185 188 166 165 150 160

0

50

100

150

200

250

300N

º d

e a

lun

os

Variação do número de alunos do 1º ciclo 98/2010

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Entre 1998 a 2009 o número de alunos do 1º ciclo diminuiu 57%.

Gráfico 3

1998/

99

1999/

00

2000/

01

2001/

02

2002/

03

2003/

04

2004/

05

2005/

06

2006/

07

2007/

08

2008/

09

2009/

10

2º Ciclo 144 149 139 126 125 122 124 103 101 97 88 80

0

50

100

150

200

de

alu

no

s

Variação do número de alunos do 2º Ciclo 98/2010

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

No que diz respeito ao 2º ciclo podemos verificar que igualmente como ocorreu

no 1º ciclo, também aqui ocorreu um decréscimo acentuado de alunos entre 1998 a

2009.

Gráfico 4

Page 34: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 34

1998/

99

1999/

00

2000/

01

2001/

02

2002/

03

2003/

04

2004/

05

2005/

06

2006/

07

2007/

08

2008/

09

2009/

10

3º Ciclo 238 211 186 188 175 180 164 190 182 198 154 160

0

50

100

150

200

250

de

Alu

no

s

Variação do número de alunos do 3º Ciclo 89/2010

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Após análise do gráfico podemos verificar que também no 3º ciclo ocorreu um

decréscimo de alunos inscritos. Sendo que no ano de 1998 confirma-se 238 alunos

inscritos e em 2009 apenas 160.

Gráfico 5

1998

/99

1999

/00

2000

/01

2001

/02

2002

/03

2003

/04

2004

/05

2005

/06

2006

/07

2007

/08

2008

/09

2009

/10

Ensino Recorrente /

Nocturno42 13 62 81 116 88 68 64 38 0 36 30

020406080

100120140

de

Alu

no

s

Variação do número de alunos do Ensino Recorrente / Nocturno

98/2010

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Quando nos debruçamos na variação dos alunos do ensino recorrente/ Nocturno

entre 1998 até 2010 podemos verificar que em 1998 o número de alunos era de 42.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 35

Ocorrendo um aumento até 2002 onde se atingiu 116 alunos inscritos. Após 2002 o

número de alunos tem vindo a decrescer.

Gráfico 6

1998

/99

1999

/00

2000

/01

2001

/02

2002

/03

2003

/04

2004

/05

2005

/06

2006

/07

2007

/08

2008

/09

2009

/10

Secundário 139 162 165 167 155 142 133 115 130 104 144 122

0

50

100

150

200

de

Alu

no

s

Variação do número de alunos do Secundário 89/2010

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

No que diz respeito a variação de alunos do secundário, podemos concluir que

entre 1998 a 2009 tem ocorrido uma diminuição. No ano de 2008 a 2009 ocorreu um

decréscimo de 22 alunos.

Gráfico 7

199

8/9

9

199

9/0

0

200

0/0

1

200

1/0

2

200

2/0

3

200

3/0

4

200

4/0

5

200

5/0

6

200

6/0

7

200

7/0

8

200

8/0

9

200

9/1

0

201

0/1

1

Total Ensino Diurno/

Nocturno938 875 881 876 890 810 761 742 705 625 644 627 590

0

200

400

600

800

1000

de

Alu

no

s

Total Ensino Diurno/ Nocturno

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 36

No total e segundo o gráfico podemos verificar que entre 1998 a 2011 a

tendência é que de ano para ano o número de alunos tem vindo a diminuir. Em 1998

havia 938 alunos inscritos e em 2011 somente 590.

ABANDONO ESCOLAR

Entre os anos lectivos 1998/2010 não se verifica abandono escolar no 1º Ciclo.

Gráfico 8

0

1

2

3

4

5

6

de

Alu

no

s

Variação do Abandono Escolar do 2º Ciclo 98/2010

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Page 37: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 37

Como podemos verificar no quadro em cima exposto que entre os anos 1998/ 99 e

2000/01 ocorreu a maior taxa de abandono (5 alunos). No entanto, verifica-se que a taxa

tem vindo a decrescer.

Gráfico 9

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

de

Alu

no

s

Variação do Abandono Escolar do 3º Ciclo 98/2010

3º Ciclo

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Page 38: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 38

A taxa de variação do abandono escolar do 3º Ciclo entre 98/2010 apresentou a

sua maior taxa no ano lectivo de 2005/06. No último ano 2009/10 não ocorreu abandono

escolar no 3º ciclo.

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

No que diz respeito à variação do abandono escolar no secundário entre os anos 98/

2010 podemos concluir que, entre os anos lectivos 2000/01 e 2002/03 a taxa de

abandono ultrapassou os vinte alunos. O segundo pico de abandono ocorreu entre 2005

e 2008, verificando-se uma taxa superior aos vinte alunos. Salienta-se que entre 2008/09

e 2009/10 não ocorreu abandono escolar no secundário.

Gráfico 10

0

10

20

30

40

de

Alu

no

s

Variação do Abandono Escolar no Agrupamento Escolar 98/2010

Total do…

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

0

5

10

15

20

25

de

Alu

no

s

Variação do Abandono Escolar no Secundário 98/2010

Secundário

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 39

No que diz respeito à variação do abandono escolar do Agrupamento escolar

verifica-se que entre os anos lectivos 2003/ 04 e 2005/ 06 a taxa total de abandono

escolar ultrapassou os 25 alunos. No entanto, salienta-se que a variação tem vindo a

decrescer.

APROVEITAMENTO ESCOLAR

Gráfico 11

90,00%

95,00%

100,00%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Variação do Aproveitamento Escolar do 1º Ciclo

2006/10

1º Ciclo

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 40

No que diz respeito ao aproveitamento escolar do 1º Ciclo podemos verificar

que, entre os anos lectivos 2006/ 10 a taxa de aproveitamento tem sido sempre superior

aos 95%. De destacar o ano lectivo 2008/09 em que a taxa de aproveitamento foi de

100%.

Gráfico 12

80,0%

85,0%

90,0%

95,0%

100,0%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Variação do Aproveitamento Escolar do 2º Ciclo 2006/10

2º Ciclo

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

No que diz respeito à variação do aproveitamento escolar do 2º ciclo entre os

anos 2006/ 10 podemos concluir que o último ano lectivo 2009/ 10 apresenta uma taxa

de aproveitamento de 100%.

Gráfico 13

75,00%

80,00%

85,00%

90,00%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Variação do Aproveitamento Escolar 3º Ciclo 2006/10

3º Ciclo

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 41

A variação do aproveitamento escolar do 3º Ciclo não ultrapassa os 90%,

verifica-se assim que no ano lectivo de 2006/ 07 a taxa acerca os 80%.

Gráfico 14

68,00%

70,00%

72,00%

74,00%

76,00%

78,00%

2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Variação do Aproveitamento Escolar no Secundário

2006/10

Secundário

FONTE: Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé

Focando-nos agora na variação do aproveitamento escolar no secundário,

podemos verificar que, a taxa de aproveitamento de 2008/ 2009 foi de somente 72%. No

entanto no ano lectivo de 2009/10 foi de aproximadamente 78%.

Conclui-se assim, que comparando a variação do aproveitamento escolar do 1º

Ciclo até ao Secundário, esta tem vindo a diminuir, inversamente verifica-se a taxa de

abandono.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 42

Capítulo IV – EMPREGO/ DESEMPREGO

O Fenómeno do Desemprego tem vindo a crescer progressivamente na sociedade

portuguesa, sendo hoje um dos problemas que, do ponto de vista social, mais atenção

tem merecido. Numa época denominada de crise, o Programa do XVIII Governo

Constitucional estabeleceu como prioridade o apoio ao emprego e o apoio dos

mecanismos de protecção social. Desta forma, foi criado o Programa Iniciativa

Emprego 2010, destinado a assegurar a manutenção do emprego, incentivar a inserção

de jovens no mercado de trabalho e promover a criação do emprego e combate ao

Desemprego.

Vejamos, de seguida, a análise de dados disponíveis na área do emprego e desemprego,

tendo como fonte de informação o Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Quadro 1

Page 43: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 43

Desemprego registado segundo o género, grupo etário, níveis de escolaridade, tempo de inscrição e situação face à procura de emprego

Maio 2009

Maio 2010

Género Masculino 83 93 Feminino 160 178

Grupo Etário

<25 Anos 27 32 25-34 Anos 45 39 35-54 Anos 118 137 55 + Anos 53 63

Níveis de Escolaridade

Nenhum 18 21 1.º Ciclo 85 88 2.º Ciclo 34 54 3.º Ciclo 75 66 Secundário 24 28 Superior 7 14

Tempo de Inscrição <1 Ano 167 187 1 Ano e + 76 84

Situação face à procura de emprego 1º Emprego 27 32 Novo Emprego 216 239

Total 243 271

A tendência para o agravamento da situação de desemprego é evidente na tabela

apresentada comparando Maio de 2009 e Maio de 2010, o número de desempregados

aumentou, em qualquer um dos indicadores analisados.

Analisando a tabela constata-se que o 1.º e o 3.º ciclos representam os níveis de

escolaridade da população desempregada inscritos no Centro de Emprego de Macedo de

Cavaleiros. As mulheres continuam a ser o grupo mais atingido por este fenómeno.

O grupo etário com maior incidência de situações de desemprego é o grupo

compreendido entre os 35-54 Anos.

Verifica-se que grande parte dos desempregados se encontra à procura de novo emprego

e inscrito no centro de emprego à menos de um ano.

Quadro 2

Desempregados Inscritos, ofertas recebidas, colocações efectuadas mensalmente

Abril Abril

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 44

2009 2010 Desempregados Inscritos Homens 8 10

Mulheres 11 16 Ofertas Recebidas

4

5

Colocações

Homens 5 0 Mulheres 3 3

Quadro 3

Desempregados Inscritos, por Motivos de Inscrição – Dados Mensais

Maio 2009

Maio 2010

Ex-Inactivos 7 8 Despedido 2 5 Despediu-se 3 0 Despedimento Mutuo acordo 1 0 Fim Trabalho não Permanente 5 9 Trabalho Conta Própria 0 0 Outros Motivos 14 11 Total 32 78

Capítulo V – ACÇÃO SOCIAL/PROTECÇÃO SOCIAL

Artigo 63º

(Segurança Social e Solidariedade)

(…)

3. O sistema da segurança social protege os cidadãos na doença, na velhice, invalidez, orfandade, bem como no desemprego e em todas as outras situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou de capacidade para o trabalho.

(…)

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 45

(Constituição da República Portuguesa, 2007:34)

A Acção Social é um sistema que gira em torno de uma panóplia de objectivos que

divergem na prevenção e reparação de situações de carência e desigualdade socio-

económica, de dependência, de disfunção, exclusão ou vulnerabilidade sociais, bem

como na integração e promoção comunitárias das pessoas e no desenvolvimento das

respectivas capacidades. Para além disso, também se destina a assegurar a especial

protecção de grupos mais vulneráveis como o dos idosos, das crianças, dos deficientes,

bem como de outras pessoas em caso de carência económica ou social, disfunção ou

marginalização social.

1-Comissão de Protecção de Crianças e Jovens

A CPCJ de Alfândega da Fé no ano de 2009 teve um volume processual (número casos

em acompanhamentos) de 20 processos, sendo que foram:

Quadro 1

Volume Processual

Instaurados 2009 Transitaram 2008 Arquivados

11 9 14

Fonte: CPCJ

Quadro 2

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 46

Caracterização da Criança e Jovem por Idade e Sexo

Fonte: CPCJ

No quadro nº 2 podemos verificar que em 2009, o número de processos foi de 20 casos.

Sendo que, a faixa mais afectada é a dos 6 aos 10 anos (9 casos).

Quadro 3

Frequência Escolar Crianças e Jovens em Acompanhamento

Níveis de escolaridades Processos Transitados Processos Instaurados

Em casa com a Mãe 2 1

Creche 1 0

1.º Ciclo 4 3

2.º Ciclo 1 5

3.º Ciclo 1 2

Total 9 11

Fonte: CPCJ

Idade Sexo

Nº Processos

2009

Processo Instaurado Processo Transitado Total

Total 11 9 20

0 a 2 anos

Total 1 3 4

Feminino 1 1

Masculino 1 2 3

6 a 10 anos

Total 4 5 9

Feminino 1 3 4

Masculino 3 2 5

11 a 14 anos

Total 2 1 3

Feminino 1 1

Masculino 1 1 2

15 a 17 anos

Total 4 4

Feminino 3 3

Masculino 1 1

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 47

No que diz respeito à frequência escolar das crianças e jovens em

acompanhamento, podemos verificar que a maior percentagem de crianças se encontra a

frequentar o 1º Ciclo ou o 2º Ciclo.

Quadro 4

Entidades Sinalizadoras

Entidades Processos Transitados Processos Instaurados

Familiares 1

A Própria Comissão 3

Serviços da Segurança Social 3 3

Estabelecimento de Ensino 2 3

RSI 1

Estabelecimentos de Saúde 1

Outra CPCJ 3

Total 9 11

Fonte: CPCJ

Verifica-se que as entidades que identificarão e sinalizaram mais casos são A própria comissão;

Serviços da Segurança Social e o Estabelecimento de ensino.

Quadro 5

Motivos de Intervenção

Motivos Processos

Transitados

Processos

Instaurados

Negligência 9 8

Abandono Escolar 1

Exposição a Modelos Comportamento Desviante

1

Pratica facto Qualificado Crime 1

Total 9 11

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 48

Fonte: CPCJ

Destaca-se a negligência como o maior motivo de intervenção.

Caracterização do Agregado

Os menores em acompanhamento vivem com a família biológica.

Quadro 6

Tipo de Agregado Familiar

Tipo Agregado Processos

Transitados

Processos Instaurados

Família Nuclear c/ Filhos 7 8

Família Monoparental Feminina 1

Família Reconstruída

Centro Acolhimento 3

Total 9 11

Fonte: CPCJ

Composição etária, níveis de escolaridade e rendimentos do agregado familiar

• A média de idades dos progenitores situa-se entre os 25 e 34 anos;

• Possuem baixos níveis de escolaridade, apresentando apenas como níveis de

ensino o 1.º Ciclo e 2.º Ciclo do ensino básico, existindo apenas um elemento

que possui o 12º ano.

• Ao nível dos rendimentos estes agregados familiares vivem com carências

económicas, uma vez que se encontram desempregados ou com contratos de

trabalho precários que não lhe permitem fazer face a todas as necessidades,

tendo que recorrer aos apoios da Segurança Social, nomeadamente serem

beneficiários do Rendimento Social de Inserção

Quadro 7

Intervenção / Medidas Aplicadas

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 49

MEDIDAS APLICADAS PROCESSOS

TRANSITADOS

PROCESSOS

INSTAURADOS

Apoio Junto dos Pais 9 8

Acolhimento Institucional 3

Total 9 11

Fonte: CPCJ

Verifica-se que no ano de 2009, as medidas aplicadas foram essencialmente junto dos

progenitores.

Quadro 8

Arquivamento

MOTIVOS PROCESSOS

TRANSITADOS

Arquivamento Liminar 1

Situação Perigo já não Subsiste 9

Remetidos ao Tribunal 4

Total 14

Fonte: CPCJ

No ano de 2009 foram arquivados 14 processos em acompanhamento, sendo

apresentado no quadro seguinte os motivos do arquivamento.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 50

2-Violência Domestica:

Quadro 1 e 2

Dados estatísticos, de queixas sobre violência domestica ocorridas entre 2008/ 2010.

Ano 2009

Mês Nº de

Queixas

Arguido Vitima Parentesco Tipo de

ofensas

Sexo Idade Sexo Idade

JANEIRO 1 M 49 F 49 Marido Ameaças

verbais

MARÇO 1 M 50 F 49 Ex. Marido Psicológicas

JULHO 1 M 53 F 44 Marido Psicológicas

NOVEMBRO 1 F 48 M 49 Esposa

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 51

Quadro 2

Após a análise dos quadros referenciados, podemos reter as seguintes conclusões: no

ano de 2008 ocorreram no total 8 queixas, de salientar que no mês de Setembro

verificou-se 3 queixas do foro psicológico e físico.

No ano de 2009 o número de queixas diminuiu 50%. Em 2010, o número de queixas

aumentou significativamente para o total de 9, destacando-se o mês de Março e Julho

como os que apresentaram o maior número de queixas, sendo que o arguindo é

maioritariamente o sexo masculino.

Ano de 2010

Mês Nº queixa Arguido Vitima

Parentesco Tipo de ofensas Sexo Idade Sexo Idade

JANEIRO 1 M 42 F 36 Marido

Físicas e

psicológicas

MARÇO 1 M 39 F 35 Marido

Físicas e

psicológicas

MARÇO 1 M 83 F 75 Marido Físicas

MARÇO 1 M 43 F 36 Marido

Físicas e

psicológicas

JUNHO 1 M 45 F 38 Marido Ameaças

JULHO 1 M 40 F 34 Marido

Ameaças e

psicológicas

JULHO 1 M 80 F 80 Marido

Físicas e

psicológicas

SETEMBRO 1 M 60 F 50 Marido

Ameaças e

psicológicas

SETEMBRO 1 M 83 F 72 Marido

Ameaças e

psicológicas

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 52

3-RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO

Disposições Legais:

Lei nº 13/2003, de 21 de Maio veio revogar o Rendimento Mínimo Garantido previsto

na Lei n º 19-A/96, de 29 de Junho substituindo-o por Rendimento Social de Inserção.

O diploma que regulamenta o RSI é o Decreto – lei n º 283/2003, de 8 de Novembro, no

despacho n º 1810/2004, de 27 de Janeiro, assim como a lei n º 45/2005, de 25 de

Agosto que introduziu algumas alterações à lei n º 13/2003.

O Rendimento Social de Inserção consiste numa prestação social incluída no subsistema

de solidariedade que integra simultaneamente uma prestação pecuniária adaptada à

dimensão do agregado familiar de forma legalmente estabelecida e pressupõe o

estabelecimento de um Programa de Inserção (P.I.) de forma a responder às

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 53

necessidades identificadas no agregado familiar com vista à sua progressiva e efectiva

inserção económica, social e cultural.

Os Núcleos Locais de Inserção – NLI’s – são estruturas operativas locais, constituídos

por representantes de organismos públicos e privados de participação obrigatória,

coordenados pelo representante da Segurança Social, com o objectivo de elaborar,

aprovar e acompanhar programas de inserção, tendo em vista a autonomização das

famílias.

Quadro 1

Rendimento Social de Inserção

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO

N.º de acordos assinados 43 N.º de beneficiários abrangidos 125 Nº de acções contratualizadas 162 Nº de acções contratualizadas e executadas 127 N.º de programas de inserção em acompanhamento 29 N.º de beneficiários que se autonomizaram da medida 17

Fonte: Serviço Local da Segurança Social de Alfândega da Fé

Quadro 2

Número de Processos em Acompanhamento

2010 2009 2008 2007 22 29 27 16

Fonte: Serviço Local da Segurança Social de Alfândega da Fé

No presente quadro denota-se um aumento significativo dos requerimentos do

Rendimento Social de Inserção, a partir do ano 2008, havendo uma quebra simbólica no

ano de 2010.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 54

No atendimento / acolhimento em Acção Social, inúmeros agregados familiares foram

informados, orientados e encaminhados para elaborarem a sua candidatura ao RSI, no

entanto, foi perceptível que a partir de Agosto de 2010, estes agregados inibiram-se de

requerer tendo em consideração a aplicação do regime da nova Condição de Recursos,

Decreto-Lei 70/2010, de 16 de Junho.

Quadro 3

Caracterização dos Beneficiários por sexo

Feminino Masculino 2007 19 21 2008 30 39 2009 45 36 2010 23 18

Fonte: Serviço Local da Segurança Social de Alfândega da Fé

É perceptível neste quadro que nos anos de 2007 / 2008 o sexo masculino prevalecia em

detrimento do sexo feminino, em matéria de auferir a prestação pecuniária do RSI.

Já nos anos 2009 / 2010 esta tendência inverteu-se, sendo o sexo feminino

predominante, enquanto beneficiário desta prestação.

Gráfico 1

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 55

Fonte: Serviço Local da Segurança Social de Alfândega da Fé

Pela apresentação e caracterização dos Beneficiários do RSI por faixa etária, depreende-

se que a esmagadora maioria dos agregados familiares correspondem a núcleos com

filhos a cargo.

Até ao ano de 2009, a população inactiva e com carência económica, aponta para a faixa

etária dos 35-44 anos, havendo uma inversão já no ano de 2010, que comprova a

alteração da tipologia das famílias carenciadas. Estes dados merecem uma reflexão, uma

vez que a partir dos 45-64 anos existe uma população significativa em situação

precariedade social.

A população desprotegida tende a aumentar em proporção nas várias faixas etárias, ou

seja dos 35-64 anos de idade. Esta informação reflecte que a tendência no nosso

concelho é proporcional à conjuntura nacional, tendo em consideração que o

desemprego e a falta de protecção social vão sendo ampliados às várias camadas da

sociedade, incidindo obviamente na população em idade activa e com desorganização

do seu orçamento doméstico, fruto do desemprego, emprego precário, vencimentos

baixos, sobre endividamentos, nível do custo dos bens essenciais e não se pode descurar

também o nível de vida económico e social, a que as famílias se acostumaram e do qual

não se conseguem desprender.

Gráfico 2

Distribuição dos Beneficiários por área de Intervenção

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 56

Fonte: Serviço Local da Segurança Social de Alfândega da Fé

No presente quadro, apresenta-se os encaminhamentos dos nossos Beneficiários do RSI,

por áreas de intervenção, tendo em consideração as suas necessidades e acima de tudo,

as respostas obtidas pelos diferentes Parceiros Sociais.

Salienta-se que as respostas sociais não correspondem numa boa percentagem às

necessidades dos nossos Beneficiários e reporta-se como exemplo do que está

mencionado no quadro, os Beneficiários necessitam com premência de respostas ao

nível da habitação e formação/qualificação profissional, e nem sempre os Parceiros

obrigatórios do NLI têm capacidade de resposta às necessidades da sua população alvo,

havendo inúmeros constrangimentos na sua inclusão social em sentido lato do termo e

condicionando o futuro dos mesmos.

Mais se informa que a integração profissional tem uma taxa reduzida em proporção do

acompanhamento ao nível da saúde, que tem uma taxa superior. Esta discrepância deve-

se sobretudo à apresentação por parte dos Beneficiários do RSI, de declaração médica

comprovativa de que estão em situação de doença prolongada, incapacidade permanente

para o trabalho ou a prestar apoio a membro do agregado familiar. Todo o cidadão que

não for integrado socialmente na sua íntegra, acarreta um ciclo vicioso em torno da sua

desvinculação dos serviços, incapacitando o mesmo, devolvendo-o à sociedade em

situação contingente e desprovido de expectativas em relação ao seu futuro.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 57

Quadro 4

Evolução do Número de Agregados Familiares por Ano, Mês e Distrito

FONTE: SESS 04/02/2011

Reitera-se a fundamentação do primeiro quadro.

É consideravelmente visível que há um acréscimo nas candidaturas ao RSI, desde 2004

até 2009, havendo uma quebra em 2010, sendo o factor responsável por essa quebra, a

entrada em vigor do novo regime da Condição de Recursos, Decreto-Lei 70/2010, de 16

de Junho, que vem esmiuçar rendimentos prediais e capitais, veio alterar o conceito de

agregado familiar e seus rendimentos na sua globalidade e acima de tudo, veio impor a

autorização de acesso dos Serviços Centrais à informação prestada, no que concerne à

comprovação dos rendimentos apresentados. Também é necessário ter em atenção, as

penalizações que foram introduzidas com a prestação de declarações falsas:

“…determina a inibição no acesso ao direito a qualquer das prestações ou apoios

objecto do presente decreto-lei, durante o período de 24 meses após conhecimento do

facto”.

Sendo mais preciso perante o valor constante no quadro relativamente ao ano de 2010,

há que acrescentar que já houve mais requerimentos do RSI, desde de Janeiro de 2011

até Abril do mesmo ano civil, que houve no ano transacto de Agosto até Dezembro,

período no qual entrou em vigor o já referido Decreto-Lei (Agosto de 2010).

Esta tendência também tem uma análise:

Primeiro, os agregados familiares não comportam mais tempo sem solicitarem esta

prestação pecuniária.

Concelho Residência Métrica FAM: Famílias (com processamento)

Ano 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total

Total 18 23 27 31 43 55 47 19 263

ALFÂNDEGA DA FÉ 18 23 27 31 43 55 47 19 263

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 58

Segundo, os cidadãos também se vão apercebendo das “lacunas” da presente Lei e

sabem como contornar certas questões.

Terceiro, o cidadão português tem o “mérito” de se ajustar às normas / regras que lhe

são impostas.

Capítulo VI – SAÚDE

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 59

Segundo o decreto-lei n.º 28/2008 de 22 de Fevereiro, o programa do XVII

Governo Constitucional reconheceu os cuidados de saúde primários como pilar central

do sistema de saúde. Na verdade, os centros de saúde constituem o primeiro acesso dos

cidadãos à prestação de cuidados de saúde, assumindo importantes funções de

promoção da saúde e prevenção da doença, prestação de cuidados na doença e ligação a

outros serviços para a continuidade dos serviços.

No âmbito da prestação dos cuidados de saúde primários, o Concelho de Alfândega da

Fé possui um centro de saúde com novas instalações desde Abril de 2007. Situa-se no

centro da vila de Alfândega da Fé, na Av. do Mercado, a aproximadamente 200m da

paragem dos autocarros.

O centro de saúde serve a população de todo o concelho, constituído, pelas 20

freguesias, tendo neste momento, cerca de 5626 utentes inscritos.

Este encontra-se integrado na rede dos centros de saúde da Administração Regional de

Saúde do Norte, estando integrado no ACES Nordeste - Agrupamentos de Centros de

Saúde Alto Trás-os-Montes I, tal com podemos ver na figura seguinte:

Horário de Funcionamento

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 60

Os Centros de Saúde devem assegurar aos utentes a acessibilidade, nomeadamente

através do atendimento no próprio dia e marcação de consultas para hora determinada.

Quadro 1 NÚMERO DE UTENTES INSCRITOS NO CENTRO DE SAÚDE POR MÉDICO

Médico N.º de utentes

2006 N.º de utentes

2009

José Manuel Abeijon 1434 1490 Eurico Carrapatoso 1243 1233 Fátima Carrapatoso 990 1031 António Serra 1605 1655 Ramon Rosello (em transferência) - 299* *Utentes em fase de transferência para outro médico de medicina familiar.

N º DE UTENTES INSCRITOS NO CENTRO DE SAÚDE POR GRUPO ETÁRIO E SEXO

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 61

Perante os dados apresentados podemos verificar que a maior número de utentes

são adultos e situam-se na faixa etária dos 20 os 80 anos. No entanto verifica-se que

existe um aumento considerável no que respeita às crianças com menos de 1 ano.

Relativamente ao género não existem alterações uma vez que a percentagem de homens

e mulheres se mantém entre 2006 e 2009.

Dr. Ramon Rosello:

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 62

Relativamente ao Dr. Ramon Rosello apenas obtivemos dados relativamente ao ano de

2009, uma vez que em 2006 não exercia funções nesta unidade de Saúde. Para além

disso devido à reestruturação nos serviços, estes utentes encontram-se em processo de

transferência para outros médicos, uma vez que este profissional de saúde assegura

apenas a consulta aberta dois dias por semana.

No entanto verifica-se que o maior número de utentes encontra-se na faixa etário dos

10 aos 59 anos, existindo uma maior relevância de utentes com idades compreendidas

entre os 30 e 59 anos.

No que se refere ao género podemos concluir que a maior percentagem (55%)

corresponde ao sexo feminino.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 63

Perante este gráfico podemos verificar que existe um aumento considerável de

utentes ao longo dos dois anos. No entanto verifica-se que o maior número de utentes

encontra-se na faixa etária dos 70 a 79 anos. Este aumento deve-se ao facto de existir a

necessidade de transferir processos de outros médicos que cessaram funções na unidade

de saúde.

Relativamente ao género verifica-se que a maior percentagem corresponde ao sexo

feminino.

Dr.ª Fátima Carrapatoso

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 64

Relativamente ao número de utentes correspondentes à lista da Dr.ª Fátima

verifica-se que existe uniformidade na distribuição destes. De salientar que, verifica-se

uma diminuição considerável de crianças com menos de 1 ano. No que se refere ao

género, os valores são semelhantes aos anteriores, mantendo a maior percentagem no

sexo feminino.

Dr. José Manuel Abeijon:

43%

57%

2006

Homens

Mulheres

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 65

Em relação aos utentes do médico citado, concluímos que existe um equilíbrio

na distribuição destes, no que refere à variável idade, no entanto quer em 2006 quer em

2009 existe uma percentagem baixa de utentes com idades compreendidas entre os 60 e

80 anos. Relativamente ao género verifica-se que o equilíbrio na distribuição dos

utentes se mantém.

Quadro 2

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 66

SERVIÇOS PRESTADOS, NO CENTRO DE SAUDE, PELAS DIFERENTES UNIDADES:

Unidade Serviços Prestados 2006 2009

UCSP (Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados)

Clínica Geral X X

Planeamento familiar X X

Saúde Materna X X

Saúde Infantil/Juvenil X X

Vacinação X X

Rastreios Oncológicos X X

Saúde de Adultos X X

Saúde do Idoso X X

UCC (Unidade de Cuidados na Comunidade)

Unidade Móvel X X

Domicílios (enfermagem) X X

Cuidados Continuados X X

UCC/URAP* (Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados)

Podologia X

Cardiopneumologia X X

Psicologia X X

Radiologia X X

Terapia da Fala X

Dentista X

Nutricionista X

Fisioterapia X X

Serviço Social X X

*Estes serviços são afectos à URAP, contudo disponibilizam horas à UCC, no âmbito da prevenção e promoção dos cuidados de saúde primários, na comunidade.

Comparando o ano de 2006 com o de 2009 verifica-se que existiu um aumento

na integração de novos serviços no Centro de Saúde. A implementação destes serviços

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 67

permitiu aumentar a acessibilidade aos cuidados de saúde primários, e em simultâneo

diminuir os encargos para o utente.

Quadro 3 RECURSOS HUMANOS EXISTENTES:

RECURSOS HUMANOS

2006 2010

Médicos de Clínica Geral 5 4 Enfermeiras 14 12 Administrativos 10 11 Auxiliares de Acção Médica 12 11 Médico de Saúde Publica em tempo parcial 1 1

Técnico de saúde Ambiental 1

1

Assistente social 1 1 Fisioterapeutas 1 2 Cardiopneumologista 2 vezes por semana 1 1

Motorista 2 2 Radiologia duas vezes por semana 1 1 Nutricionista 2 vezes por semana 1 1 Psicóloga 1 1 Terapeuta da Fala 1 dia por semana 0 1 Podologista 1 vez por mês 0 1 Fisiatra 1 vez por mês 1 1 Dentista duas vezes por semana 0 1

Em relação aos recursos humanos verifica-se que no ano de 2009 houve uma

diminuição, não muito significativa, de médicos, enfermeiros, administrativos e

auxiliares de acção médica. No entanto houve um aumento de técnicos, devido à

implementação dos novos serviços, como a terapia da fala, podologia, fisioterapeuta e

medicina dentária. Os restantes profissionais mantiveram-se.

Quadro 4

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 68

PROGRAMAS DESENVOLVIDOS NO CENTRO DE SAÚDE

Como podemos verificar existe um aumento significativo de equipas, cujo objectivo é

intervir na comunidade em problemáticas identificadas e de elevado risco, com a

finalidade de promover os cuidados de saúde.

Intervenção Precoce:

• Destinatários: Crianças até aos 6 anos de idade, especialmente dos 0 aos 3 anos,

que apresentem deficiência ou risco de atraso grave de desenvolvimento.

• Objectivos: Prestação de apoio integrado, centrado na criança e na família,

mediante acções de natureza habilitativa, designadamente do âmbito da

educação, da saúde e da acção social.

Equipa de Cuidados Continuados Integrados:

• Destinatários: Toda a população inscrita no Centro de Saúde.

• Objectivos: Prestação de cuidados no domicílio.

Equipa de Cessação Tabágica:

• Destinatários: Dependentes do Consumo de tabaco.

Denominação do Programa 2006 2009

Intervenção Precoce X X

Equipa de Cuidados Continuados Integrados

X

Equipa de Cessação Tabágica X X Núcleo de prevenção de violência doméstica X Equipa do álcool X Núcleo de Apoio a Criança e Jovens em Risco

X

Voluntariado X X Saúde Escolar X X Unidade de Cuidados na Comunidade X X

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 69

• Objectivos: Incentivar e ajudar os fumadores a ultrapassar a sua dependência,

elucidando-os para os malefícios do tabaco.

Núcleo de prevenção de violência doméstica:

• Destinatários: Toda a população em geral.

• Objectivos: Acompanhamento e encaminhamento das vítimas de maus-tratos.

Equipa do álcool:

• Destinatários: Dependentes do consumo do álcool.

• Objectivos: Acompanhamento e encaminhamento dos dependentes do álcool.

Núcleo de Apoio a Criança e Jovens em Risco:

• Destinatários: Crianças/jovens e respectivas famílias.

• Objectivos: O NACJR assume um papel de consultadoria e assistência às

unidades funcionais do agrupamento e estabelece ligações funcionais com os

serviços hospitalares e entidades locais de primeira linha de intervenção, em

situações de maus tratos em crianças e jovens.

Voluntariado:

• Destinatários: Pessoas em situação de vulnerabilidade.

• Objectivos: Prestar apoio social e comunitário às famílias e pessoas mais

vulneráveis/incluindo idosos, crianças e jovens.

Saúde Escolar

Destinatários: Comunidade escolar

Unidade de Cuidados na Comunidade:

• Destinatários: População em geral.

• Objectivos: A UCC presta cuidados de saúde e apoio psicológico e social de

âmbito domiciliário e comunitário, especialmente à pessoas, famílias e grupos

mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional

ou doença que requeira acompanhamento próximo, e actua ainda na educação

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 70

para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de

unidades móveis de intervenção

Quadro 5

Unidade de Saúde Publica (USP) – Serviços Prestados

Actividades da USP

Movimento 2006

Movimento 2009

Atestados Médicos 103 107 Verificação de Óbitos 0 0 Transladação 0 0 Pareceres/ vistorias Sanitárias 5 3 Queixas de Insalubridade 8 9 Pedidos de Juntas Médicas 9 5 Colheitas de Amostras para Análise de Água 231 266 Esfregaços – Qualidade Alimentar 44 46 Avaliação das condições de Higiene e Segurança das Escolas

10 8

Relativamente à unidade de saúde pública verificamos que comparativamente

com 2006, no ano de 2009 houve um aumento de alguns serviços, nomeadamente,

atestados médicos, queixas de insalubridade, colheitas de amostras de água e esfergaços.

Nos restantes houve uma pequena diminuição.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 71

Capítulo VII – EQUIPAMENTOS SOCIAIS

INSTITUIÇÕES – TERCEIRA IDADE Os idosos do Concelho têm ao seu dispor vários serviços, prestados pelas Instituições

locais, nomeadamente Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Dia e Lar.

Apoio domiciliário consiste na prestação de serviços individualizados em domicílio, a

indivíduos e famílias, quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento,

não conseguem assegurar temporária ou permanentemente a satisfação das necessidades

básicas e primárias da vida. De acordo com os dados obtidos usufruem deste serviço

155 indivíduos.

Os Centros de Dia resultam da prestação de serviços que contribuem para a manutenção

dos idosos no seu contexto familiar. Da informação obtida constatamos que nesta

Resposta Social o nº de beneficiários é reduzido apenas gozam desta resposta 10 idosos.

Contrariamente, o Lar é um estabelecimento que, por intermédio da institucionalização

temporária ou permanente, desenvolve actividades que garantem o bem-estar colectivo

e individual dos utentes. Assegura a alimentação, cuidados de saúde primários, higiene,

respeita a religião e integridade de cada individuo, fomenta o convívio e a ocupação

dos tempos livres dos idosos. Da informação obtida verificou-se que estavam

institucionalizados em Lares 122 idosos.

Existem 4 Instituições no Concelho que prestam vários tipos de Apoio á população

idosa, no quadro apresentado podemos observar o tipo de Resposta Social assim como

nº de utentes, os serviços prestados os recursos humanos existentes e lista de espera.

Quadro nº 1. Caracterização dos Apoios prestados pelas IPSS

Page 72: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 72

Instituição

Resposta Social

Nº de utente

s

Apoio Prestado

Recursos humanos

Lista

de espera

Centro Social e Paroquial de

Cerejais

Lar Betânia

� Centro de Dia

Domiciliário � Apoio

40

5

67

Serviço social Refeições (P.Almoço,;

Almoço; Lanche; Jantar; suplemento nocturno.

Acompanhamento 24 horas

Alojamento Acompanhamento de

Enfermagem Fisioterapia Higiene pessoal Animação

� Serviço social � Refeições (P.Almoço,

Almoço; lanche; Jantar; � Acompanhamento de

Enfermagem � Fisioterapia � Higiene pessoal � Animação

� Serviço Social � Refeições (P.Almoço;

Almoço; Lanche; � Acompanhamento de

Enfermagem � Fisioterapia � Higiene pessoal � Tratamento de Roupa � Higiene Habitacional � Compras

25

39

Centro Social e Paroquial de

Sambade

Minilar

15

Serviço social Refeições (P.Almoço,

Almoço; Lanche; Jantar; suplemento nocturno.

Acompanhamento 24

12

52

Page 73: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 73

� Apoio

Domiciliário

35

horas Alojamento Higiene pessoal Animação Acompanhamento de

Enfermagem

� Serviço Social � Refeições

(P.Almoço;Almoço; Lanche;

� Higiene pessoal � Tratamento de Roupa � Higiene Habitacional � Compras � Acompanhamento

Centro Social e Paroquial de

Picões

Apoio Domiciliário

25

� Refeições (P.Almoço;Almoço; Lanche;

� Higiene pessoal � Tratamento de Roupa � Higiene Habitacional � Compras � Acompanhamento

5

Santa Casa da Misericórdia de Alfandega

da Fé

Lar Nossa

Senhora das Dores

Minilar de Vilar chão

Minilar de

Vilarelhos

50

7

10

Serviço social Refeições (P.Almoço,

Almoço; Lanche; Jantar; suplemento nocturno.

Acompanhamento 24 horas

Alojamento Acompanhamento de

Enfermagem Fisioterapia Higiene pessoal

� Serviço Social

35

38

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 74

Fonte: Dados recolhidos nas IPSS Concelhias Dezembro 2010

As Instituições têm apostado na formação dos seus Colaboradores no sentido de

os dotar de competências técnicas e pessoais que permitam um desempenho profissional

adaptável, eficiente e actualizado de forma a garantir uma prestação de serviços de

qualidade ao utente.

O quadro seguinte menciona o Plano de Formação Modular de 2008 a 2011.

Quadro nº 2.Plano de Formação Modular 2009/2010/2011

Instituição

Ano

Módulos

Centro Social e Paroquial de Cerejais

2008

• Primeiros Socorros • Segurança no Trabalho

• Centro Social e Paroquial de Cerejais

• Centro Social e

Paroquial de Sambade

• Centro Social e

Paroquial de Picões

2009

• Cuidados Básicos de Saúde -

Higiene e Apresentação Pessoal (50h);

• Cuidados Humanos Básicos – Alimentação e Mobilidade (25h);

• Higienização de Espaços e Equipamentos (50h);

• Aquisição, Armazenamento e Conservação de Produtos (50h);

• Prestação de Cuidados Básicos de Saúde (50h).

• Segurança Alimentar HACCP

� Centro de Dia de

Vilar chão

� Apoio Domiciliário

5

63

� Refeições (P.Almoço;Almoço; Lanche;

� Higiene pessoal � Tratamento de Roupa � Higiene Habitacional � Compras � Acompanhamento

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 75

� Santa Casa da Misericórdia Alfandega da Fé

� Segurança no Trabalho (Avaliação e Controlo de Risco/Fundamentos Gerais)

• Centro Social e

Paroquial de Cerejais

• Centro Social e

Paroquial de Sambade

• Centro Social e

Paroquial de Picões

� Santa Casa da

Misericórdia de Alfândega da Fé

2010

• Atendimento Personalizado (50h);

• Dieta e Confecção de Alimentos 50h.

• Segurança Alimentar HACCP � Primeiros Socorros/Tipo de

Acidentes e formas de actuação � Saúde da Pessoa Idosa/

Prevenção de problemas � Saúde da Pessoa Idosa /Cuidados

Básicos � Cuidados Básicos/Ética Laboral � Saúde e Socorros

Centro Social e Paroquial de Cerejais Centro Social e Paroquial de Sambade Centro Social e Paroquial de Picões

2011

• Ética Profissional e Legislação

Laboral (50h); • Segurança Alimentar HACCP

Fonte: Dados recolhidos nas IPSS Concelhias Dezembro 2010

Page 76: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 76

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE SAMBADE Quadro nº 3. Nº de utentes inscritos e admitidos na resposta Social Mini Lar 2008 2009 2010

Inscrições Admissões

Ano

Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total

2008 5 14 19 0 0 0 2009 4 17 21 0 0 0 2010 10 5 15 3 0 0 Total 19 36 55 3 0 3 Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010 Quadro nº 4.Nº de utentes inscritos e admitidos na resposta Social Apoio Domiciliário (SAD) 2008 2009 2010

Inscriçoes Admissões

Ano

Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total

2008 7 6 13 7 6 13 2009 1 2 3 1 2 3 2010 6 4 10 6 4 10 Total 14 12 26 14 12 26 Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010

Os quadros referenciados dão-nos a conhecer o nº de inscrições e admissões

segundo o género. Foram efectuadas durante o período 2008 a 2010 na Resposta Social

Mini e Apoio Domiciliário.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 77

Gráfico nº 1. Comparação do nº de utentes inscritos e admitidos nas Respostas Sociais Mini lar e Serviço de Apoio Domiciliário nos anos 2008 2009 2010

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010

O gráfico acima, mostra a evolução da Resposta Social Mini Lar no período

entre 2008 a 2010 com ligeiras oscilações no nº de inscrições, mesmo assim bastante

destacada relativamente ao nº de admissões efectuadas durante o mesmo período.

Ficando até final de Dezembro 2010 uma lista de espera de 52 utentes.

Relativamente á Resposta Social SAD todas as inscrições efectuadas no período

em analise tiveram resposta imediata, não existindo assim lista de espera.

0

5

10

15

20

25

2008 2009 2010

nº de inscrições lar nº de admissões lar nºde inscrições sad nº de admissões sad

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 78

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

<64anos

65-74

75-84

>85anos

F M

Gráfico 2.Utentes integrados em Lar segundo Idade e Género ano 2010 Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010 Relativamente aos utentes integrados na Resposta Mini Lar, a instituição tem um total

de 15 utentes dos quais 67% são de sexo feminino e 33% do sexo masculino. Verifica-

se ao analisar o gráfico que a partir dos 85 anos a presença de utentes femininos se

destaca contrariando a tendência nas idades inferiores.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 79

Gráfico nº3. Idosos com Serviço de Apoio Domiciliário segundo a Idade e Género ano 2010

0 5 10 15 20 25 30 35

<64 anos

65-74

75-84

>85

F M

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010

Encontram-se 35 indivíduos a receber Apoio Domiciliário. Destes 71% são de sexo

masculino e 29% do sexo feminino. O sexo masculino está em superioridade em todas

as faixas etárias comparativamente com o sexo feminino. O sexo feminino apresenta a

maior percentagem na faixa etária dos 75-84anos.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 80

Gráfico nº4. Idosos em Apoio Domiciliário por Freguesia ano 2010

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010

Como pode observar-se pelo gráfico, mostra uma maior adesão da população de

Sambade, com 65% seguido de Vales com 17%,Vila Nova com 9%, Covelas, com 6% e

Soeima, com 3% dos idosos.

Gráfico nº 5. Nº de Utentes por tipo de serviço ano 2010

0

5

10

15

20

25

30

35

tratamento de

roupa

higiene pessoal refeição higiene

habitacional

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010

65%3%

6%

17%

9%

Sambade Soeima Covelas Vila Nova Vales

Page 81: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 81

Pelo gráfico verifica-se que o serviço de refeição é o mais procurado pela

população idosa com 97,2% seguindo-se o tratamento de roupa 28,5%, higiene

habitacional com 25,7% e mostrando menor interesse pelo serviço de higiene pessoal

que totaliza apenas uma adesão de 8,5% dos utentes.

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE PICÕES

Quadro nº 5.Nº de utentes inscritos e admitidos na resposta Social Apoio Domiciliário (SAD)

Inscrições Admissões

Ano

Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total

2008 4 2 6 4 2 6 2009 0 0 0 0 0 0 2010 0 1 1 0 1 1 Total 4 2 6 4 2 6 Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Picões Dezembro 2010

O quadro acima dá-nos a conhecer o nº de inscrições e admissões segundo o

género. Foram efectuadas durante o período 2008 a 2010 na Resposta Social Apoio

Domiciliário.

Page 82: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 82

Gráfico nº6. Nº de utentes inscritos e admitidos na Resposta Social Apoio Domiciliário

0

5

10

15

20

25

2008 2009 2010

nº de inscriçoes nº de admissões

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Sambade Dezembro 2010

Da análise efectuada há mencionar que todas as inscrições efectuadas durante o período

2008 a 2010 tiveram resposta imediata, não havendo lista de espera.

Gráfico nº7. Idosos com Apoio Domiciliário segundo Idade e Género ano 2010

0 5 10 15 20 25

<64anos

65-74

75-84

>85anos

F M

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Picões Dezembro 2010

Page 83: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 83

25 Indivíduos recebem Apoio Domiciliário destes 61% são de sexo masculino e 39%

do sexo feminino. O sexo masculino está em superioridade em todas as faixas etárias

excepto na faixa etária dos 75-85 em que o sexo feminino apresenta uma maior

percentagem.

Gráfico nº8. Idosos em Apoio Domiciliário por Freguesia ano 2010

14%

4%

9%4%

69%

Picões Ferradosa Eucisia Sendim da Serra Gouveia

Fonte: Dados recolhidos no centro Social e Paroquial de Picões Dezembro 2010 A informação traduzida no gráfico regista que nas freguesias abrangidas pelo SAD a

maior aderência dos utentes encontra-se na aldeia dos Picões com mais de metade dos

utentes, 66% seguido de Ferradosa com 13%, Sendim da Serra com 9%, Cabreira e

Eucisa com 4%.

Page 84: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 84

Gráfico nº 9. Nº de utentes por tipo de serviço ano 2010

0

5

10

15

20

25

tratamento deroupa

higiene pessoal refeição higienehabitacional

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Picões Dezembro 2010

Pelo gráfico verifica-se que o serviço de refeição é o mais procurado pela

população idosa com 100% seguindo-se a higiene habitacional 64%, o tratamento de

roupa 24%, sendo o serviço de higiene pessoal o menos procurado totalizando apenas

uma adesão de 4% de utentes.

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL DE CEREJAIS

Quadro nº 6. Nº de utentes inscritos e admitidos na Resposta Social Lar Betânia

Inscrições Admissões

Ano

Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total

2008 13 12 25 6 2 8 2009 8 12 20 9 3 12 2010 19 12 31 12 5 17 Total 40 36 76 27 10 37 Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010 Quadro nº 7.Nº de utentes inscritos e admitidos na Resposta Social Apoio Domiciliário(SAD)

Page 85: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 85

Inscrições Admissões

Ano

Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total

2008 3 8 11 3 8 11 2009 4 3 7 4 3 7 2010 9 9 18 9 9 18 Total 16 20 36 16 20 36 Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010

Quadro nº 8.Nº de utentes inscritos e admitidos na Resposta Social Centro de Dia

Inscrições Admissões

Ano

Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total Sexo Feminino

Sexo Masculino

Total

2008 0 0 0 0 0 0 2009 0 2 2 0 2 2 2010 0 1 1 0 1 1 Total 0 3 3 0 3 3 Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010

Os quadros acima dão-nos a conhecer o nº de inscrições e admissões segundo o género. Foram efectuadas durante o período 2008 a 2010 na Resposta Social Mini Lar , SAD e Centro de Dia.. Gráfico nº 10. Comparação entre o nº de utentes inscritos e admitidos nas Respostas Sociais Lar Apoio Domiciliário e Centro de Dia anos 2008 2009 2010

0

5

10

15

20

25

30

35

2008 2009 2010

nº de inscriçoes lar nº de admissões lar nº de inscriçoes sad

nº de admissoes sad nº de inscriçoes c. dia nº de admisões c. dia

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010

Page 86: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 86

O gráfico acima indicado mostra as flutuações da Resposta Social Lar nas inscrições e admissões efectuadas entre 2008 a 2010. É visível o elevado nº de inscrições comparativamente com o nº de admissões, ficando até final de Dezembro de 2010 uma lista de espera de 39 indivíduos. Em relação á Resposta Social Apoio Domiciliário é evidente a subida do nº de inscrições no ano de 2010 no entanto todas tiveram solução imediata não havendo por isso lista de espera. Na Resposta Social Centro de Dia houve pouca procura desta resposta sendo mais procurada pelo sexo masculino, no entanto não existe lista de espera. Gráfico nº11. Utentes integrados em Lar segundo Idade e Género ano 2010

0 5 10 15 20 25

>64

65-74

75-84

>85 anos

F M

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial Cerejais Dezembro 2010

Pelo que está exposto no quadro acima esta resposta tendo 40 utentes evidencia a presença maioritária do sexo feminino com 80% sendo 20% do sexo masculino. A grande parte dos idosos integrados está concentrada no grupo dos 85 anos.

Page 87: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 87

Gráfico nº12. Idosos em Apoio Domiciliário segundo Idade e Género ano 2010

0 5 10 15 20

<64 anos

65-74

75-84

>85 anos

F M

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010

Usufruem deste serviço 67 indivíduos, sendo 50,7% são do sexo feminino e 49,3% do sexo masculino. A grande parte dos utilizadores deste serviço é representada pelo grupo etário dos 75 a 84 anos. Gráfico nº12. Idosos em regime de Centro de Dia segundo Idade e Género ano 2010

0 5 10 15 20

<64

65-74

75-84

>85anos

F M

Fonte: Dados recolhidos no Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010

Page 88: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 88

Encontram-se 5 indivíduos a usufruir de serviços de Centro de Dia. Destes 20% são do sexo feminino 80% do sexo masculino. Há uma maior aderência do sexo masculino como é notório através da leitura que se faz do gráfico. Gráfico nº13. Idosos em Apoio Domiciliário por Freguesia ano 2010

18%

25%

3%3%15%

6%

10%

7%

13%

Cerejais Parada Sendim Ribeira Sardão Vilarchão Vilar Seco Castro Vicente Porrais Peredo

Fonte: Dados recolhidos Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010

Do gráfico acima observa-se que das Freguesias abrangidas pela SAD a Parada tem a

maior percentagem de aderência aos serviços com 25% seguida de Cerejais com 18%

,Vilarchão com 15% ,Peredo com 13%,Castro Vicente com 10% ,Porrais com 7%,Vilar

Seco com 6% e Sendim da Ribeira e Sardão com 3% dos utentes

Gráfico nº 14. Nº de utentes por tipo de serviço ano 2010

0

10

20

30

40

50

60

70

tratamentode roupa

higienepessoal

refeição fisioterapia higienehabitacional

cuidadosbásicossaude

Fonte: Dados recolhidos do Centro Social e Paroquial de Cerejais Dezembro 2010

Page 89: Diagnóstico SocialDiagnóstico Social · é encontrar respostas relativamente ao assunto da ... desenvolver questões mais inteligentes e mais penetrantes acerca do ... (8 de Maio)

REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 89

Pelo gráfico verifica-se que o serviço de refeição é o mais procurado pela

população idosa com 100% seguindo-se a fisioterapia com 53,7% o tratamento de roupa

16,4%, sendo o serviço de higiene pessoal e cuidados básicos de saúde os menos

procurado com 6% e 4,5% de utentes.

A ressalvar o importante trabalho desenvolvido pelas Instituições locais de

Apoio á Terceira idade no melhoramento dos serviços existentes, na prestação

disponível de Serviço Domiciliário às solicitações e necessidades dos utentes, cobrindo

todo o concelho e algumas freguesias dos concelhos limítrofes, mas ainda é visível a

deficitária resposta ás solicitações para internamento, justificadas através do nº das listas

de Espera.

Santa Casa Da Misericórdia

Quadro nº 9 - Nº de utentes inscritos e admitidos na resposta Social Lar Nossa Senhora das Dores, Mini Lar de Vilarchão e Mini Lar de Vilarelhos.

FONTE: Santa Casa da Misericórdia

Santa Casa da Misericórdia – Lar Nossa Senhora das Dores, Mini lar de Vilarchão, Mini lar de Vilarelhos

Inscrições

Admissões

2008 33 15

2009 17 4

2010 18 3

Total 68 22

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 90

No decorrer do ano de 2008 foram efectuadas 33 inscrições de utentes a internamento

da Santa Casa da Misericórdia (Nossa Senhora das Dores), Mini Lar de Vilarchão e

Mini Lar de Vilarelhos. No ano de 2009 foram inscritos 17 candidatos e em 2010

ocorrerem 18 inscrições. Assim, podemos concluir que nos últimos três anos verificou-

se 68 inscrições, sendo admitidos 22, no entanto 46 candidatos encontram-se em lista de

espera.

No que diz respeito às valências de Centro de Dia e Apoio Domiciliar, verifica-se que o

número de candidatos tem vindo a aumentar mas os equipamentos tem dado resposta às

necessidades e expectativas dos utentes.

CONCEITOS DAS RESPOSTAS SOCIAIS EXISTENTES NO CONCELHO

CENTRO DE DIA – Resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio sócio-familiar.

SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO – Resposta social desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicilio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades básicas e/ou as actividades da vida diária.

LAR DE IDOSOS – Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada ao alojamento colectivo, de utilização temporária ou permanente, para pessoas idosas ou outras em situação de maior risco de perda de independência e/ou autonomia.

CRECHE – Resposta social, desenvolvida em equipamento, de natureza sócio-educativa, para acolher crianças até aos três anos de idade, durante o período diário correspondente ao impedimento dos pais ou da pessoa que tenha a sua guarda de facto, vocacionada para o apoio à criança e à família.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 91

Conclusão

A análise elaborada ao Diagnóstico Social organizado permitiu identificar um

conjunto de problemas que atravessam o concelho. O contínuo declínio demográfico, o

envelhecimento da população, a diminuição da população jovem em idade activa, os

baixos níveis de escolaridade, a perda de importância do sector primário, são alguns dos

problemas mais importantes com que Alfândega da Fé se depara.

Numa primeira fase a elaboração do Pré-Diagnóstico e seguidamente a elaboração do

Diagnóstico Social permitem-nos conhecer algumas das prioridades em termos de

intervenção, reconhecendo porém, algumas limitações na intervenção local.

Tendo-se analisado cada uma das áreas temáticas em estudo, procurou-se proceder à

definição das problemáticas que caracterizam o concelho, em cada uma delas, assim:

População O declínio demográfico, o envelhecimento da população e o despovoamento são os

principais problemas com que o concelho se debate actualmente.

O concelho de Alfândega da Fé entre os anos de 2006/2009 sofreu um decréscimo de

0,7 hab / Km2.

Constata-se ainda um duplo envelhecimento da população. O índice de envelhecimento

no concelho de Alfândega da Fé aumentou 10,4% entre 2006/2009.

A agravar esta situação estão as baixas taxas de natalidade, que em 4 anos (2006/2009)

desceu 0.9‰ . A taxa de mortalidade diminuiu 5.4 ‰.

Economia A falta de oferta de emprego e a precariedade no emprego, levam à saída da população,

sobretudo da mais jovem, para outros pontos do país e para o estrangeiro. A taxa de

desemprego é de 10%, verificando-se sobretudo no sexo feminino. O nível de

qualificação profissional da população é baixo e o tecido empresarial e industrial

reduzido, estes são alguns dos problemas mais importantes com que o concelho se

depara.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

Diagnóstico Social 92

A taxa de actividade registada em 2001 era de 34,3%.

Educação A nível educativo o presente diagnóstico dá-nos conta de um concelho com uma taxa de

analfabetismo muito elevada, 18%, níveis de escolaridade muito baixos na população

residente, sobretudo a população idosa, e alguma falta de motivação por parte da

população jovem para as actividades escolares, o que resulta muitas vezes no abandono

escolar precoce.

Assim, torna-se de extrema importância tomar medidas que ajudem a inverter esta

realidade, promovendo as competências socioeducativas destes indivíduos.

Actualmente o concelho depara-se com uma crescente diminuição do número de alunos

e, consequentemente, do número de professores.

Acção Social A população idosa merece especial atenção, no concelho de Alfândega da Fé, uma vez

que corresponde já, a 28,4% da população residente. Nos últimos três anos a população

idosa aumentou 0,6%, em contrapartida com a faixa etária dos 0 – 14 anos que

diminuiu 0,9%. O envelhecimento demográfico, decorrente do aumento da esperança de

vida, entre outros factores, tem como consequência o aumento da população idosa.

Deparamo-nos com muitas situações de idosos sós, em situação de dependência e sem

retaguarda familiar, agravado por carências financeiras decorrentes das suas baixas

pensões. Neste âmbito as instituições de apoio a idosos tem um papel fundamental, as

valências de lar, centro de dia e apoio domiciliário, apresentam-se como fundamentais.

Porém, como constatamos, ainda que elas existam, não oferecem uma cobertura total a

esta população, nomeadamente na valência de lar.

Assim, e dado o número de idosos existentes no concelho, é urgente criar estruturas

de apoio para esta população. E será também necessário combater o isolamento

pessoal e social a que estão sujeitos, preservando a sua autonomia e ligação aos espaços

que lhes são familiares, uma vez que a grande maioria dos idosos não quer abandonar a

sua casa.

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REDE SOCIAL DE ALFÂNDEGA DA FÉ DIAGNOSTICO SOCIAL

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Saúde Comparando o ano de 2006 com o de 2009 verifica-se que existiu um aumento na

integração de novos serviços no Centro de Saúde. A implementação destes serviços

permitiu aumentar a acessibilidade aos cuidados de saúde primários, e em simultâneo

diminuir os encargos para o utente.

Verifica-se também um aumento significativo de equipas, cujo objectivo é intervir na

comunidade em problemáticas identificadas e de elevado risco, com a finalidade de

promover os cuidados de saúde.

As equipas integradas:

• Equipa de Cuidados Continuados Integrados

• Núcleo de prevenção de Violência Doméstica

• Equipa do Álcool

• Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco

Segurança Social A tendência no nosso concelho é proporcional à conjuntura nacional, tendo em

consideração que o desemprego e a falta de protecção social vão sendo ampliados às

várias camadas da sociedade, incidindo obviamente na população em idade activa e com

desorganização do seu orçamento doméstico, fruto do desemprego, emprego precário,

vencimentos baixos, sobreendividamentos, nível do custo dos bens essenciais e não se

pode descurar também o nível de vida económico e social, a que as famílias se

acostumaram e do qual não se conseguem desprender.