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ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DE ESTADO DA ECONOMIA Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – IMB 1 DIAGNÓSTICO ECONÔMICO E SOCIAL DE GOIÁS Versão de: 09/05/2019

DIAGNÓSTICO ECONÔMICO E SOCIAL DE GOIÁS · 2019. 5. 17. · Figura 7 - População residente, taxa de crescimento geométrico por região de planejamento - Goiás - 2014 a

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ESTADO DE GOIÁS

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DIAGNÓSTICO ECONÔMICO E SOCIAL DE GOIÁS

Versão de: 09/05/2019

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Sumário

Aspectos demográficos ........................................................................................................................... 8

Condições dos domicílios ...................................................................................................................... 16

Saúde ..................................................................................................................................................... 25

Educação ............................................................................................................................................... 39

Desigualdade e pobreza ........................................................................................................................ 56

Segurança .............................................................................................................................................. 64

Índice de desempenho dos municípios goianos (IDM) ......................................................................... 68

Panorama do produto interno bruto .................................................................................................... 79

PIB regional............................................................................................................................................ 85

PIB trimestral ....................................................................................................................................... 107

Comércio exterior goiano .................................................................................................................... 111

Mercado de trabalho ........................................................................................................................... 117

Considerações finais ............................................................................................................................ 120

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Lista de Figuras

Figura 1 - População residente e taxa de crescimento geométrica anual - Goiás - 2014 a 2018............................ 8

Figura 2 - Taxa de crescimento geométrico - Goiás e Brasil - 2014 a 2018 ............................................................. 9

Figura 3 - Pirâmide etária - Goiás - 2010, 2014 e 2018 ......................................................................................... 10

Figura 4 - Pirâmide etária - Goiás e Brasil - 2018 .................................................................................................. 11

Figura 5 - Razão de dependência total, jovens e idosos - Goiás e Brasil - 2014 a 2018 ........................................ 12

Figura 6 - Razão de sexo - Goiás e Brasil - 2014 a 2018 ........................................................................................ 13

Figura 7 - População residente, taxa de crescimento geométrico por região de planejamento - Goiás - 2014 a

2018 ...................................................................................................................................................................... 14

Figura 8 - Municípios mais populosos - Goiás - 2018 ............................................................................................ 15

Figura 9 - Percentual de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água - Brasil, Centro-Oeste e

Goiás - 2013 a 2017 ............................................................................................................................................... 17

Figura 10 - Domicílios por fonte de abastecimento de água - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2017 (%) .............. 17

Figura 11 - Percentual de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água - Brasil e Unidades da

Federação - 2017................................................................................................................................................... 18

Figura 12 - Proporção da população que utiliza serviços de água potável geridos de forma segura - Brasil,

Centro-Oeste e Goiás - 2011 a 2017 ..................................................................................................................... 19

Figura 13 - Percentual de domicílios com esgotamento sanitário por rede geral ou com fossa séptica ligada à

rede coletora - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2013 a 2017 .................................................................................. 19

Figura 14 - Percentual de domicílios por forma de esgotamento sanitário - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 201720

Figura 15 - Percentual de domicílios com esgotamento sanitário por rede coletora ou com fossa séptica ligada à

rede coletora - Brasil e Unidades da Federação - 2017 ........................................................................................ 21

Figura 16 - Proporção da população que utiliza serviços de esgotamento sanitário geridos de forma segura,

incluindo instalações para lavar as mãos com água e sabão - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2011 a 2016 ......... 21

Figura 17 - Percentual de domicílios com coleta direta de lixo ou por caçamba - Brasil, Centro-Oeste e Goiás -

2013 a 2017 ........................................................................................................................................................... 22

Figura 18 - Percentual de domicílios segundo destino do lixo - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2017 ................... 23

Figura 19 - Percentual dos domicílios com coleta de lixo direta ou por caçamba - Brasil e Unidades da Federação

- 2017 .................................................................................................................................................................... 23

Figura 20 - Percentual da população atendida por água (2017), esgoto (2017) e lixo (2010) - regiões de

planejamento – Goiás ........................................................................................................................................... 24

Figura 21 - Esperança de vida ao nascer, em anos - Brasil, Centro-Oeste, Goiás - 2011 a 2018 .......................... 25

Figura 22 - Taxa de Mortalidade Infantil, utilizando metodologia do Busca Ativa - Brasil, Centro-Oeste, Goiás -

2011 a 2016 ........................................................................................................................................................... 26

Figura 23 - Taxa de Mortalidade Infantil, utilizando metodologia do Busca Ativa – Unidades da Federação e

Brasil - 2017........................................................................................................................................................... 27

Figura 24 - Taxas de mortalidade neonatal e pós-neonatal, corrigida pela busca ativa - Goiás - 2011 a 2016 .... 27

Figura 25 - Número de óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos - Brasil, Centro-Oeste, Goiás - 2011 a 2016

.............................................................................................................................................................................. 28

Figura 26 - Número de óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos – Unidades da Federação - 2017 .............. 28

Figura 27 - Proporção de nascidos vivos com peso a baixo de 2500 gramas - Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a

2017 ...................................................................................................................................................................... 29

Figura 28 - Proporção de nascidos vivos com peso a baixo de 2.500 gramas – Unidades da Federação - 2017 .. 30

Figura 29 - Proporção de nascimentos por mães menores com idade menor ou igual a 19 anos - Brasil, Centro

Oeste, Goiás - 2011 a 2017 ................................................................................................................................... 30

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Figura 30 - Proporção de nascidos vivos por mães com idade menor ou igual a 19 anos -Unidades da Federação

- 2017 .................................................................................................................................................................... 31

Figura 31 - Proporção de nascidos vivos por mães igual ou acima dos 35 anos - Brasil, Centro Oeste, Goiás -

2011 a 2017 ........................................................................................................................................................... 32

Figura 32 - Proporção de nascidos vivos com parto cesáreo - Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a 2017 ........... 32

Figura 33 - Proporção de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natal – Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a

2017 ...................................................................................................................................................................... 33

Figura 34 - Proporção de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natal -Unidades da Federação-2017 ...... 34

Figura 35 - Principais de causas de mortes - Goiás - 2011 e 2017 - % .................................................................. 34

Figura 36 - Participação das principais causas externas - Goiás - 2011 a 2017 - (%) ............................................ 35

Figura 37 - Percentual da população de 4 e 5 anos que frequenta escola ou creche - Goiás - 2004 a 2017 ........ 39

Figura 38 - Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta escola ou creche - Goiás - 2004 a 2017 ........ 40

Figura 39 - Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola ou já concluiu a educação básica -

Goiás - 2004 a 2017 ............................................................................................................................................... 41

Figura 40 - Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta ou já concluiu o ensino médio - Goiás - 2004

a 2017.................................................................................................................................................................... 41

Figura 41- Escolaridade média (em anos de estudo) da população de 18 anos ou mais - Goiás - 2004 a 2017 ... 42

Figura 42 - Taxa líquida de matrículas na graduação para pessoas de 18 a 24 anos - Goiás - 2004 a 2017 (%) ... 43

Figura 43 - Taxa de analfabetismo - Goiás e Brasil – 2013 a 2017 ........................................................................ 43

Figura 44 - Taxa de analfabetismo - Unidades da Federação - 2017 .................................................................... 44

Figura 45 - Notas do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental - Goiás e Brasil – 2005 a 2017 ..................... 45

Figura 46 - Notas do Ideb dos anos finais do ensino fundamental – Goiás e Brasil – 2005 a 2017 ...................... 45

Figura 47 - Notas do Ideb do ensino médio - Goiás e Brasil – 2005 a 2017 .......................................................... 46

Figura 48 - Notas do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental - Unidades da Federação – 2017 ................ 47

Figura 49 - Notas do Ideb dos anos finais do ensino fundamental - Unidades da Federação - 2017 ................... 48

Figura 50 - Notas do Ideb do ensino médio - Unidades da Federação - 2017 ...................................................... 49

Figura 51 - Número de matriculas na educação básica - Goiás - 2013 a 2017 ...................................................... 50

Figura 52 - Número de docentes da educação básica – Goiás – 2013 a 2017 ...................................................... 50

Figura 53 - Número de alunos por docente - Goiás e Brasil – 2013 a 2017 .......................................................... 51

Figura 54 - Índice de Gini da renda domiciliar per capita - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2016 e 2017.............. 56

Figura 55 - Índice de Gini da renda domiciliar per capita - Unidades de Federação e Distrito Federal – 2016 e

2017. ..................................................................................................................................................................... 57

Figura 56 - Percentual da população em situação de extrema pobreza (renda de até um quarto de salário

mínimo) - Goiás, Centro-Oeste e Brasil - 2011 a 2017 .......................................................................................... 58

Figura 57 - Percentual da população em situação pobreza (renda de até meio salário mínimo) - Goiás, Centro-

Oeste e Brasil - 2011 a 2017.................................................................................................................................. 59

Figura 58 – Percentual da população em situação de pobreza, por estado e Brasil - 2017 ................................. 59

Figura 59 - Espacialização do IMCF - municípios goianos - 2018 .......................................................................... 62

Figura 60 - Taxa de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes - Brasil e Unidades da Federação -

2017 ...................................................................................................................................................................... 64

Figura 61 - Taxa de homicídio - municípios com mais de 100 mil habitantes - 2016 ............................................ 65

Figura 62 - Taxa de homicídios de vítimas do sexo feminino - Brasil e Unidades de Federação - 2017 ............... 65

Figura 63 – Feminicídios - Brasil e Unidades da Federação - 2017 ....................................................................... 66

Figura 64 - Distribuição dos municípios por nível de desempenho nas regiões de planejamento - IDM 2018 .... 69

Figura 65 - IDM por nível de desempenho, com destaque para os dez melhores e piores - 2018 ....................... 72

Figura 66 - IDM por dimensão - 2018 ................................................................................................................... 73

Figura 67 - Taxa de crescimento do PIB - Goiás e Brasil - 2011 a 2018 (%) ........................................................... 79

Figura 68 - PIB a preços correntes e projeções - Goiás - 2010 a 2018 (RS milhões) ............................................. 80

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Figura 70 - Participação de Goiás no PIB do Brasil - 2010 a 2016 (%) ................................................................... 81

Figura 71 - Evolução do volume das atividades econômicas - Goiás - 2011 a 2018 (%) ....................................... 82

Figura 72 – Evolução da participação setorial - Goiás - 2010 e 2016 (%) .............................................................. 82

Figura 73 - PIB a preços correntes - Unidades da Federação - 2016 (RS milhões) ................................................ 83

Figura 74 - PIB per capita - Goiás e Brasil - 2010 a 2016 (RS) ............................................................................... 83

Figura 75 - Relação entre o PIB per capita - Goiás e Brasil - 2010 a 2016 ............................................................. 84

Figura 76 - PIB per capita - Unidades da Federação – 2016 (RS) .......................................................................... 84

Figura 77 - Estrutura produtiva: destaque para a principal atividade - Goiás - 2016 ........................................... 93

Figura 78 - PIB per capita: destaque para os dez maiores e para os dez menores - Goiás - 2016 ........................ 96

Figura 79 - Municípios segundo o VA da Agropecuária: destaque para os dez maiores – Goiás - 2016............... 98

Figura 80 - Municípios segundo o VA da Indústria: destaque para os dez maiores - Goiás - 2016..................... 100

Figura 81 - Municípios segundo o VA de Serviços: destaque para os dez maiores – Goiás - 2016 ..................... 102

Figura 82 - Municípios segundo o VA da Administração Pública: destaque para os dez com maior e com menor

dependência - Goiás - 2016................................................................................................................................. 104

Figura 83 - Balança Comercial - Goiás - 2010 a 2018 (milhões US$ FOB) ........................................................... 111

Figura 84 – Exportação por município - Goiás - 2018 (milhões US$ FOB)........................................................... 113

Figura 85 - Exportação X produção de soja - Goiás – 2010 a 2018 ..................................................................... 113

Figura 86- Exportação X produção de ferroligas - Goiás – 2010 a 2018 ............................................................. 114

Figura 87 – Exportação de carne bovina X animais abatidos rebanho bovino (cabeças) ................................... 114

Figura 88 - Importação por município - Goiás - 2018 (milhões US$ FOB) ........................................................... 116

Figura 89 - Taxa de desocupação - Goiás - 2015 a 2018 ..................................................................................... 117

Figura 90 - Saldo de emprego formal - Goiás - 2010 a 2018 ............................................................................... 118

Figura 91 - Variação relativa do emprego formal acumulado - Unidades da Federação -2018 .......................... 118

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Lista de Tabelas

Tabela 1 - População residente, área territorial e densidade populacional por região de planejamento - Goiás -

2018 ...................................................................................................................................................................... 13

Tabela 2 - Estatísticas vitais por região de planejamento - Goiás - 2016 e 2017 .................................................. 36

Tabela 3 - Indicadores da saúde materno infantil por região de planejamento - Goiás - 2016 e 2017 ................ 37

Tabela 4 - Distribuição das causas de morte por capítulo de CID-10 nas regiões de planejamento - Goiás - 2017

.............................................................................................................................................................................. 37

Tabela 5 - Número de escolas da educação básica por região de planejamento e rede de ensino - Goiás - 2018

.............................................................................................................................................................................. 52

Tabela 6 – Número de matrículas da educação básica por região de planejamento e rede de ensino - Goiás –

2018 ...................................................................................................................................................................... 53

Tabela 7 – Número de docentes da educação básica por região de planejamento e rede de ensino - Goiás - 2018

.............................................................................................................................................................................. 54

Tabela 8 - Número de matrículas por docente da educação básica por região de planejamento e rede de ensino

- Goiás - 2018 ........................................................................................................................................................ 55

Tabela 9 - IMCF - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018 .................................................................................. 63

Tabela 10 - IDM por grupos (quintos) - 2018 ........................................................................................................ 69

Tabela 11 - IDM por parte dos municípios - 2018 ................................................................................................. 70

Tabela 12 - Indicadores IDM Segurança - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018 (taxas por 100 mil

habitantes) ............................................................................................................................................................ 76

Tabela 13 - Indicadores IDM Economia - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018 ............................................. 77

Tabela 14 - IDM Trabalho - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018 .................................................................. 78

Tabela 15 - Variação em volume - Goiás - 2011 a 2016 (%) ................................................................................. 86

Tabela 16 - Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto - Goiás - 2010-2016 ................. 87

Tabela 17 - Conta da Renda - Goiás - 2016 ........................................................................................................... 89

Tabela 18 - Participação das Unidades da Federação nos componentes do PIB e dos componentes do PIB pela

ótica da renda - Unidades da Federação - 2016 (%) ............................................................................................. 91

Tabela 19 - Estrutura produtiva: participação relativa das atividades econômicas - Goiás - 2010 a 2016 ........... 92

Tabela 20 - Dez maiores municípios em relação ao PIB - 2015 e 2016 ................................................................. 94

Tabela 21 - Dez maiores municípios em relação ao PIB per capita - 2015 e 2016 ................................................ 95

Tabela 22 - Dez maiores municípios em relação ao VA da Agropecuária - 2015 e 2016 ...................................... 97

Tabela 23 - Dez maiores municípios em relação ao VA da Indústria - 2015 e 2016 ............................................. 99

Tabela 24 - Dez maiores municípios em relação ao VA de serviços (exclusive Administração Pública) - Goiás -

2015 e 2016......................................................................................................................................................... 101

Tabela 25 - Dez municípios com maior e menor participação da Administração Pública no VA Total - Goiás -

2015 e 2016......................................................................................................................................................... 103

Tabela 26 - Ranking dos 100 maiores municípios em PIB - Brasil - 2016 ............................................................ 105

Tabela 27- Participação dos principais municípios goianos na agropecuária brasileira - 2016 .......................... 106

Tabela 28- Ranking do PIB per capita dos municípios - Brasil - 2016 .................................................................. 106

Tabela 30 - Volume de produção de culturas selecionadas - Brasil e Goiás -2017 e 2018 ................................. 108

Tabela 33 - Principais produtos exportados - Goiás - 2018 ................................................................................. 112

Tabela 34 - Exportação por países de destino - Goiás - 2018 ............................................................................. 112

Tabela 35 - Principais produtos importados - Goiás - 2018 ................................................................................ 115

Tabela 36 - Importação por países de origem - Goiás -2018 .............................................................................. 115

Tabela 37 - Comportamento do emprego segundo Setores de Atividade Econômica - Goiás - 2018 e 2019 .... 119

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Quadro 1 - IMCF - Dimensões, indicadores e pesos .............................................................................................. 60

Quadro 2 - Risco social familiar ............................................................................................................................. 61

Quadro 3 - Índice de Desempenho dos Municípios, segundos os dez melhores e piores no ranking estadual -

2018 ...................................................................................................................................................................... 71

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Diagnóstico econômico e social de Goiás

Aspectos demográficos

Goiás está situado na região Centro-Oeste do país e ocupa uma área de 340.106 km²,

dividido em 246 municípios. O estado possui posição geográfica privilegiada estando no centro do

país além de ocupar a sétima posição em extensão territorial.

Em 2018, a população residente em Goiás atingiu a marca de 6,9 milhões de pessoas,

deixando o estado na 12ª posição entre os estados brasileiros mais populosos (posição inalterada

desde 1991). A densidade demográfica é de cerca de 20 habitantes por quilômetro quadrado

(hab./km²) e ocupa a 17ª posição entre os estados em relação à concentração de habitantes.

A Figura 1 apresenta a população residente e taxa de crescimento geométrica anual em

Goiás nos últimos 5 anos. Verifica-se que, em números absolutos, houve um aumento de cerca de

400 mil habitantes nesse período. Ainda, a taxa de crescimento no período 2014-2018 foi de 6,1%,

com uma média anual de 1,49%.

Figura 1 - População residente e taxa de crescimento geométrica anual - Goiás - 2014 a 2018

Além disso, por meio da Figura 2, nota-se que em todo o período analisado Goiás cresceu

acima da média nacional. Em 2018, destaca-se que Goiás obteve uma taxa de crescimento 1,7 p.p. (ponto percentual) acima da taxa do Brasil.

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Figura 2 - Taxa de crescimento geométrico - Goiás e Brasil - 2014 a 2018

1,4 1,3 1,3 1,2

2,1

0,9 0,8 0,8 0,8

0,4

2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: IBGE/Estimativas populacionais.Elaboração: IMB/ Secretária de Estado da Economia.

Goiás Brasil

A dinâmica populacional é determinada pelas componentes demográficas: mortalidade,

fecundidade e migração. Com interesse de buscar explicações para o crescimento populacional de

Goiás acima da média nacional recorre-se às pirâmides etárias que representam graficamente a

estrutura etária por sexo e sintetiza ao longo do tempo as componentes demográficas.

A Figura 3 apresenta a pirâmide etária nos anos de 2010, 2014 e 2018 para Goiás. Nota-se

que houve um estreitamento da base da pirâmide etária e um alargamento da porção superior de

2010 a 2018. Essas características indicam que houve queda na taxa de natalidade e aumento da

expectativa de vida da população. Essa transformação pode ser, pelo menos em parte, devido à

mudança nas condições de vida da população, como por exemplo, a melhoria nas condições de

saneamento básico e de saúde, que implicam na ampliação da expectativa de vida das pessoas. E a

redução da taxa de fecundidade da população feminina, dado a maior participação da mulher no

mercado de trabalho e um melhor planejamento familiar.

Desta maneira, um fator que pode explicar o crescimento da população é o número de

imigrantes que Goiás recebe. Em 2015, as estimativas de migração utilizando os dados da Pesquisa

nacional de amostra por domicílios (PNAD) mostraram que as pessoas residentes em Goiás e naturais

de outro estado somavam um contingente de 1,9 milhão, representando 28,7% de sua população.

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Figura 3 - Pirâmide etária - Goiás - 2010, 2014 e 2018

Fonte: IBGE/Projeções populacionais 2010-2060. Elaboração: IMB/ Secretária de Estado da Economia de Goiás - 2019.

Ao comparar a pirâmide etária de Goiás com a do Brasil para o ano de 2018 (ver a Figura 4),

observa-se que a proporção de jovens, de 0 a 14 anos, em Goiás e no Brasil são próximas, 21,8% e 21,3%, respectivamente. No entanto, em Goiás possui, proporcionalmente, mais crianças de 0 a 9 anos, ao passo que no Brasil a faixa mais representativa para essa categoria é a de 10 a 14 anos. Ainda, a proporção de pessoas de 15 a 65 anos em Goiás é de 70,4% ante 69,4% para o Brasil. Destaca-se que essa diferença na proporção de adultos entre Goiás e Brasil é explicada por um maior número de pessoas de 25 a 44 anos em Goiás. Essa característica na população goiana pode estar relacionada com a migração, já que Goiás recebe um grande número de imigrantes, muitos deles em

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busca de oportunidades de emprego. Além disso, em Goiás a proporção de pessoas com mais de 65 anos é de 7,7%, ante 9,2% para o Brasil.

Figura 4 - Pirâmide etária - Goiás e Brasil - 2018

Fonte: IBGE/Projeções populacionais 2010-2060. Elaboração: IMB/ Secretária de Estado da Economia de Goiás -2019.

De acordo com a Figura 3, existem indícios de queda na taxa de natalidade e aumento da

expectativa de vida da população. Partindo dessas considerações, busca-se investigar os reflexos

deste comportamento na razão de dependência. Este indicador representa a razão entre população

considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais de idade) e população potencialmente ativa (15 a

64 anos de idade). Valores elevados indicam que existe uma parcela significativa da população que

depende da população economicamente ativa. Por meio da Figura 5 verifica-se que a razão de

dependência de jovens tem caído gradativamente tanto para Goiás como para o Brasil. Ao passo que,

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a razão de dependência dos idosos tem subido pouco a pouco, também, para Goiás e Brasil. Desta

maneira, há pouca variação na razão de dependência total no período analisado.

Tem-se ainda que a razão de dependência de idosos do Brasil é maior que de Goiás,

condizendo com o observado na Figura 4, que aponta uma maior proporção de idosos no Brasil.

Consequentemente, a razão de dependência total do brasil também é maior, já que a razão de

dependência dos jovens é quase coincidente entre Brasil e Goiás.

Figura 5 - Razão de dependência total, jovens e idosos - Goiás e Brasil - 2014 a 2018

Outra constatação que pode ser feita a partir das pirâmides etárias é distribuição por sexo.

Observa-se um número maior de mulheres em Goiás e no Brasil. Para ficar mais claro essa diferença

utiliza-se a razão de sexo, um indicador que representa o número de homens na população para cada

grupo de 100 mulheres. Assim, confirma-se que a população feminina é predominante em Goiás,

acompanhando o padrão verificado também para o Brasil (Figura 6). No entanto, a diferença é mais

evidente no Brasil. No caso, no ano de 2018, para cada grupo composto por 100 mulheres há pelo

menos 95 homens, ao passo que em Goiás o número de homens é de 98 a cada 100 mulheres.

Com o interesse de entender a dinâmica populacional de forma regionalizada em Goiás, a

Tabela 1 apresenta a população residente, a área territorial e a densidade populacional por região de

planejamento para o ano de 2018. A análise regionalizada revela diferenças, de forma que a Região

Metropolitana de Goiânia apresenta a maior população e a menor área territorial, obtendo a maior

densidade populacional (339,2 hab./km²). O núcleo polarizador dessa região é a capital do estado,

Goiânia, com grande oferta de oportunidades e que atrai muitos migrantes. Apesar de sediar grandes

indústrias, é o setor de Serviços o pilar de sua economia. A capital é um centro de excelência em

medicina e vem consolidando sua vocação para o turismo de negócios e eventos. Além de apresentar

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bons índices de qualidade de vida, acima da média nacional, Goiânia é uma das cidades com a área

urbana mais verde do país.

Figura 6 - Razão de sexo - Goiás e Brasil - 2014 a 2018

Tabela 1 - População residente, área territorial e densidade populacional por região de planejamento - Goiás - 2018

Regiões de Planejamento População residente

(hab.) Área territorial (Km²)

Densidade demográfica (hab./Km²)

Centro goiano 698.446 18.536,0 37,7

Entorno do DF 1.258.559 35.949,2 35,0

Metropolitana de Goiânia 2.564.755 7.344,2 349,2

Nordeste goiano 190.606 38.726,2 4,9

Noroeste goiano 147.538 15.541,8 9,5

Norte goiano 317.484 59.561,7 5,3

Oeste goiano 350.149 52.695,4 6,6

Sudeste goiano 281.474 25.178,6 11,2

Sudoeste goiano 663.203 61.477,3 10,8

Sul goiano 448.947 25.096,0 17,9

Fonte: IBGE/Estimativas populacionais. Elaboração: IMB/ Secretária de Estado da Economia de Goiás – 2019.

Por outro lado, a região do Nordeste goiano apresenta a menor densidade populacional (4,9

hab/km²). Além disso, essa região é considerada a mais vulnerável do estado, com falta de acesso a

serviços básicos como saneamento, água e descarte adequado de lixo.

98,6 98,6 98,5 98,5 98,495,9 95,8 95,8 95,8 95,7

2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: IBGE/Projeções populacionais 2010-2060.

Elaboração: IMB/ Secretária de Estado da Economia de Goiás -2019.

Goiás Brasil

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A Figura 7 retrata a população residente no ano de 2018 e a taxa de crescimento geométrico

de 2014 a 2018 por região de planejamento, bem como a taxa de crescimento de Goiás no mesmo

período. Desta forma, verifica-se que as regiões que mais contribuíram para o crescimento

populacional de Goiás foram as regiões Metropolitana, Entorno do Distrito Federal e Sudoeste. Em

contrapartida, as regiões Oeste e Norte sofreram uma diminuição da população nesse período.

Figura 7 - População residente, taxa de crescimento geométrico por região de planejamento - Goiás - 2014 a 2018

Os quinze municípios goianos mais populosos são representados na Figura 8. Nota-se que a

maioria deles pertence às regiões Metropolitana e do Entorno do Distrito Federal, com exceção de

Anápolis (Centro Goiano), Rio Verde (Sudoeste Goiano), Catalão (Sudeste Goiano) e Itumbiara (Sul

Goiano). Ainda, destaca-se que Goiânia, município mais populoso, possui quase três vezes mais

pessoas que Aparecida de Goiânia, a segunda colocada.

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Figura 8 - Municípios mais populosos - Goiás - 2018

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Condições dos domicílios

Educação e moradia são direitos sociais expressamente previstos no Art. 6º da Constituição

Federal de 1988 e considera-se que o acesso aos serviços de saneamento está incluído não somente

no direito a saúde como também no direito à moradia. Ademais, a qualidade do saneamento básico

está intimamente ligada à qualidade de vida, à saúde pública e ao meio ambiente na medida que

promove a saúde, previne doenças, melhora a qualidade de vida da população, e tem efeitos

positivos na produtividade do indivíduo e nas atividades econômicas.

A Lei Federal nº 11.445/07 estabelece diretrizes nacionais do saneamento básico e o define

como o conjunto dos serviços, infraestrutura e instalações operacionais de abastecimento de água,

esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas

pluviais. Além disso, no seu artigo 2º, coloca que os serviços públicos de saneamento básico serão

prestados com base em 12 princípios fundamentais, dentre os quais a universalização dos serviços de

saneamento básico, para que todos tenham acesso ao abastecimento de água de qualidade e em

quantidade suficientes às suas necessidades, à coleta e ao tratamento adequado do esgoto e do lixo,

e ao manejo correto das águas das chuvas.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas

(ONU) tem como seu objetivo 6, assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e

saneamento para todos. Considerando o caráter transversal da água, o ODS 6 está integrado aos

demais objetivos, como o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar),

ODS 7 (Energia Limpa e Acessível), o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global) e o ODS 14 (Vida na

Água), entre outros.

A Agência Nacional das Águas (ANA) publicou o Relatório ODS 6 no Brasil - Visão da ANA

sobre os indicadores, onde 8 metas são monitoradas por 11 indicadores. O Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), também possuem em suas

plataformas um conjunto de indicadores para os ODS.

Observa-se pela Figura 9 que no período de 2013 a 2015, de acordo com dados da Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) o Brasil teve um discreto crescimento de 0,4 p.p. de

domicílios particulares permanentes atendidos por rede geral de abastecimento de água, enquanto

que a região Centro-Oeste e o estado de Goiás tiveram aumentos mais expressivos de 1,1 e 1,6 p.p.,

respectivamente. Já em 2016 e 2017, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios Contínua (PNADC), que não são diretamente comparáveis com os da PNAD devido à

diferença de metodologia, verifica-se que Goiás apresentou em 2017 um percentual de domicílios

particulares permanentes atendidos por rede geral de abastecimento de água maior que o do Brasil,

mas inferior ao do Centro-Oeste. Ademais, nas três unidades territoriais analisadas, entre 2016 e

2017, houve queda nos percentuais de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de

água.

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Figura 9 - Percentual de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2013 a 2017

Em 2017, o percentual de domicílios classificados de acordo com a fonte de abastecimento

de água no estado de Goiás apresentou o mesmo padrão de distribuição regional e nacional, como

demostrado na Figura a seguir. Em Goiás o fornecimento de água predominante foi por rede geral de

distribuição (86,25%), seguido por poço profundo ou artesiano (7,2%), poço raso, freático ou cacimba

(4,4%), fonte ou nascente (2,0%) e 0,2% outra forma de abastecimento (Figura 10).

Figura 10 - Domicílios por fonte de abastecimento de água - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2017 (%)

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No conjunto das Unidades da Federação (UF), Goiás aparece em 9º lugar no ranking de

domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água com 86,2%, índice ligeiramente acima

da média nacional que é 85,7%. Nacionalmente, encontram-se em posições polares o estado de São

Paulo, que possui a maior cobertura de domicílios com 96,4% do total, e o estado do Pará com a

menor cobertura, com 49,1% do total (Figura 11).

Figura 11 - Percentual de domicílios atendidos por rede geral de abastecimento de água - Brasil e Unidades da Federação - 2017

Dentro do ODS6 a meta 6.1 é monitorada pelo Indicador 6.1.1 - Proporção da População que

Utiliza Serviços de Água Potável Geridos de Forma Segura. Segundo a Agência Nacional das Águas

(ANA), em 2017, a parcela da população brasileira que utilizava serviços de água potável geridos de

forma segura ficou em torno de 97,2%. Entre os anos de 2011 a 2017, observa-se um crescimento de

3,8 pontos percentuais, onde região Centro-Oeste e o estado de Goiás mostraram um menor

aumento no mesmo período, 1,6 e 1,1 p.p. Entretanto, os indicadores dessas localidades já chegaram

muito próximo a 100% em 2017 (Figura 12).

Ainda segundo a ANA, mesmo diante de dados mostrando elevados índices de atendimento,

algumas considerações devem ser feitas com relação ao seu cálculo para o Brasil. A primeira diz

respeito à ausência de dados quanto à garantia de qualidade da água consumida pela população que

é abastecida pela rede pública ou por fontes alternativas, como poços, nascentes e cisternas ou

outras formas. Já a segunda relaciona-se à disponibilidade da água, já que ter acesso à rede pública

não significa, necessariamente, que a água está sempre disponível para os usuários.

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Figura 12 - Proporção da população que utiliza serviços de água potável geridos de forma segura - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2011 a 2017

De 2013 a 2015, a Figura 13 mostra que, o percentual de cobertura do estado de Goiás

avançou 7,9 p.p., acima do alcançado pela média nacional (1,9 p.p.) e regional (5,2 p.p.). No ano de

2017 o Brasil possuía 66,0% dos domicílios particulares permanentes atendidos com esgotamento

sanitário por rede geral ou com fossa séptica ligada à rede coletora; o estado de Goiás possuía 53,1%,

índice pouco acima do apresentado pela região Centro-Oeste (52,8%) (Figura 13).

Figura 13 - Percentual de domicílios com esgotamento sanitário por rede geral ou com fossa séptica ligada à rede coletora - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2013 a 2017

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Figura 14 - Percentual de domicílios por forma de esgotamento sanitário - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2017

Como mostra a Figura 15, entre os 27 estados brasileiros, Goiás, com 53,1%, ocupa a 12ª

posição no atendimento aos domicílios com esgotamento sanitário por rede coletora ou com fossa

séptica ligada à rede coletora no ano de 2017, estando 12,9 p.p. abaixo da média nacional de 66,0%.

Chama a atenção a disparidade entre o estado de São Paulo, primeiro colocado com 93,1% de

atendimento, e o estado do Piauí, último do ranking com apenas 8,9% dos domicílios atendidos.

A meta 6.2 do ODS 6 visa à universalização da coleta e do tratamento de esgotos dos países

até 2030. Ela é monitorada pelo indicador 6.2.1 - Proporção da população que utiliza serviços de

esgotamento sanitário geridos de forma segura, incluindo instalações para lavar as mãos com água e

sabão. A parcela da população que em 2016 utilizava serviços de esgotamento sanitário geridos de

forma segura era de 63,5% a brasileira, 67,0% a regional e 66,9% a Goiana. Entre os anos de 2011 e

2016 observa-se uma evolução no indicador de 7,0 pontos percentuais. A região Centro-Oeste e o

estado de Goiás mostraram um crescimento bem similar de 11 e 10,3 p.p., respectivamente. No ano

de 2012, Goiás apresentou um recuo de 11,2 p.p. no índice, retomando o crescimento nos anos

seguintes, tendo alcançado, em 2015, 71,1% e retrocedendo para 66,9% em 2016 (Figura 16).

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Figura 15 - Percentual de domicílios com esgotamento sanitário por rede coletora ou com fossa séptica ligada à rede coletora - Brasil e Unidades da Federação - 2017

Figura 16 - Proporção da população que utiliza serviços de esgotamento sanitário geridos de forma segura, incluindo instalações para lavar as mãos com água e sabão - Brasil, Centro-Oeste e Goiás -

2011 a 2016

No período de 2013 a 2015, nas unidades territoriais analisadas observa-se pouca melhora

no atendimento aos domicílios quanto à coleta direta de lixo ou por caçamba. Apesar da pouca

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evolução, os percentuais de coleta de lixo são significativos, alcançando, em 2015, 93,61% do total

de domicílios no estado de Goiás, 91,95% do Centro-Oeste e, 89,82% do Brasil.

Importa ainda destacar que, tanto o estado de Goiás, quanto a região Centro-Oeste, agora

considerando os dados da PNAD Contínua, tiveram ligeira queda no percentual de domicílios

atendidos com coleta direta de lixo de 2016 para 2017. Assim, em Goiás, houve redução de 93,2%

em 2016 do total para 92,9% em 2017, para e no Centro-Oeste de 92,6% para 92,3%, como

explicitado na Figura 17.

Figura 17 - Percentual de domicílios com coleta direta de lixo ou por caçamba - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2013 a 2017

Em Goiás, semelhante aos índices da região Centro-Oeste e Brasil, em 2017, o percentual de

domicílios cujo lixo era coletado diretamente por serviço de limpeza era de 84,4%; em 8,5% dos

casos o lixo era coletado em caçamba de serviço de limpeza e, em 5,8% queimado na propriedade

(Figura 18).

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Figura 18 - Percentual de domicílios segundo destino do lixo - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2017

No ranking de atendimento aos domicílios com coleta de lixo, Goiás ocupa a 7ª posição

dentre os estados brasileiros, superando a média nacional em 2,1 p.p. O estado de São Paulo ocupa o

primeiro lugar com 98,8% dos domicílios atendidos com a coleta de lixo e o estado do Maranhão com

68,3% é o derradeiro do ranking (Figura 19).

Figura 19 - Percentual dos domicílios com coleta de lixo direta ou por caçamba - Brasil e Unidades da Federação - 2017

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Analisando segundo as Regiões de Planejamento do Estado de Goiás tem-se que, em 2017, o

percentual da população atendida por água estava acima de 98% em 8 das 10 regiões. Somente as

Regiões do Entorno do Distrito Federal e Metropolitana de Goiânia ficaram com percentuais um

pouco menores (97,4% e 94,5%, respectivamente).

Quanto à população atendida por esgoto tem-se, em 2017, 5 regiões de planejamento que

não alcançaram nem 50% no atendimento. As Regiões mais carentes dessa infraestrutura são a do

Sudeste Goiano (24,4%) e a do Norte Goiano (26,0%), enquanto as que apresentaram melhor

desempenho foram as regiões Metropolitana de Goiânia (71,9%) e a do Sul Goiano (74,5%).

No ano de 2010, a população atendida por coleta de lixo superava em 80% em 8 regiões de

planejamento, quais sejam: Região Metropolitana de Goiânia (98,6%), Região Centro Goiano (Eixo

BR-153) (91,2%), Região Norte Goiano (79,0%), Região Entorno do Distrito Federal (89,4%), Região

Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) (85,71%), Região Sul Goiano (91,0%), Região Sudoeste Goiano

(90,3%) e Região Oeste Goiano (Eixo GO- 060) (80,2%). Apenas as regiões do Noroeste Goiano

(Estrada do Boi) (79,1%) e a do Nordeste Goiano (67,2%) exibiram percentagem menores (Figura 20).

Figura 20 - Percentual da população atendida por água (2017), esgoto (2017) e lixo (2010) - regiões de planejamento – Goiás

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Saúde

Nesta seção são apresentados alguns indicadores de saúde para a população de Goiás e

acompanhamento dos mesmos indicadores para a região Centro-Oeste e Brasil. Os indicadores de

saúde contribuem para identificar o bem-estar e a saúde de uma sociedade. Vale salientar que esses

indicadores podem abarcar diversos segmentos e óticas.

Os primeiros indicadores apresentados, Expectativa de vida e Taxa de Mortalidade Infantil,

contribuem para acompanhar as melhorias sobre a condição de vida e saúde da população. Os dados

de Expectativa de Vida foram extraídos do IBGE - Projeção da população do Brasil e Unidades da

Federação por sexo e idade para o período 2010-2060. As taxas de mortalidade apresentadas foram

extraídas do Ministério da Saúde - MS/SVS/CGIAE1 baseado no SIM/SINASC com uso de metodologia

da Busca Ativa.

A Figura 21 apresenta a evolução do indicador Esperança de vida ao nascer para Goiás,

Centro-Oeste e Brasil, entre 2011 e 2018. Em Goiás, a esperança de vida ao nascer, em 2011, era de

73,31 anos, indo para 74,50 anos em 2018. O Estado manteve-se abaixo da expectativa da região

Centro-Oeste e do Brasil. Inclusive, no período há um aumento sensível do hiato entre essas

localidades e Goiás. Assim, nota-se que, nesse período, a esperança de vida cresceu em 1,63% em

Goiás, enquanto no Centro-Oeste e no Brasil cresceram 2,18% e 2,77%, respectivamente. Isso indica

que em outros estados, entre 2011 a 2018, pode ter ocorrido uma melhora maior na qualidade de

vida que em Goiás.

Figura 21 - Esperança de vida ao nascer, em anos - Brasil, Centro-Oeste, Goiás - 2011 a 2018

1 http://svs.aids.gov.br/dantps/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/busca-ativa/indicadores-de-saude/mortalidade/

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Um dos fatores que impactam a expectativa de vida são as taxas de mortalidade da

população, entre elas a taxa de mortalidade infantil (TMI). Além disso, a TMI é um importante

indicador para acompanhar o desenvolvimento humano, as condições de vida, e a assistência à

saúde de um determinado local. Goiás teve uma queda de 4,30% na TMI no período, indo para 15,4

em 2016, enquanto a região Centro-Oeste e o Brasil tiveram quedas de 7,04% e 8,59%,

respectivamente.

Portanto, destaca que a redução em Goiás foi em um ritmo reduzido comparada as demais

unidades de análise. Inclusive, devido à forte inflexão, entre 2015 e 2016, em que o maior

crescimento ocorreu justamente em Goiás (9,28%), enquanto na região Centro-Oeste e no Brasil

foram de 5,32% e 4,83% (Figura 22). Assim, apesar de ser ainda o primeiro ponto de inflexão, é um

indicativo para manter a vigilância e a atuação forte em relação a esse tema e seus diversos

determinantes.

Figura 22 - Taxa de Mortalidade Infantil, utilizando metodologia do Busca Ativa - Brasil, Centro-Oeste, Goiás - 2011 a 2016

Em comparação aos demais estados brasileiros em 2017, Goiás está na 15ª posição do

ranking, aparecendo atrás de estados como Santa Catarina em 1ª lugar, Rondônia 11ª lugar e

Alagoas (14ª). Em relação ao Brasil (13,96 por mil hab.), Goiás está com sua taxa majorada (Figura

23).

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Figura 23 - Taxa de Mortalidade Infantil, utilizando metodologia do Busca Ativa – Unidades da Federação e Brasil - 2017

A Figura 24 apresenta a decomposição das mortes infantis neonatais (0-27 dias) e pós-

neonatais (28-364 dias), apresentadas em forma de taxas. A taxa neonatal apresenta um valor

significativamente maior que a taxa pós-neonatal no período de 2011 a 2016. Em 2016, a razão entre

elas era de 2,58 vezes a neonatal em relação a pós-neonatal.

Figura 24 - Taxas de mortalidade neonatal e pós-neonatal, corrigida pela busca ativa - Goiás - 2011 a 2016

A mortalidade na infância, de modo geral, se associa às condições socioeconômicas, porém

detalha-se que as neonatais associam-se à saúde da mãe, à assistência pré-natal, ao parto, e ao

recém-nascido; enquanto a mortalidade pós-neonatal reflete a questão da infraestrutura ambiental

precária, o desenvolvimento econômico ligado à desnutrição infantil e as infecções a ela associadas.

A atenção à saúde materno-infantil também contribui nessa faixa etária (BRASIL, 2012).

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A Figura 25 apresenta a evolução do indicador Razão de óbitos maternos por 100.000

nascidos vivos para Goiás, Centro-Oeste e Brasil, entre 2011 e 2016. Em Goiás, a razão de

mortalidade materna era de 50,88 em 2011, e passou para 56,51 em 2016, ou seja um aumento de

11,06% entre esses anos. Entretanto, o estado obteve um indicador melhor que a região Centro-

Oeste e o Brasil no período analisado, exceto em 2012 que apresentou uma taxa mais elevada. Em

relação aos demais estados brasileiros, Goiás encontra-se em 11ª do ranking (Figura 26).

Figura 25 - Número de óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos - Brasil, Centro-Oeste, Goiás - 2011 a 2016

Figura 26 - Número de óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos – Unidades da Federação - 2017

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A fonte de informação para a construção dos indicadores desta subseção, relacionados a

algumas características da saúde materno-infantil, foram extraídos do Sistema de Informações sobre

Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde e acessados pelo DATASUS. O primeiro indicador

apresentado nessa seção é em relação ao peso dos nascidos vivos, característica essa que é um

preditor da saúde infantil, em que o baixo peso ao nascer indica maior probabilidade de morte

precoce, além de indicar restrições de crescimento intrauterino ou menor duração da gestação

(BRASIL, 2012).

O Figura 27 apresenta proporção de recém-nascidos com o peso menor de 2.500 gramas, em

sua primeira pesagem ao nascer. A evolução do indicador, no período, indica certa oscilação, porém

próximo dos valores iniciais da série. Em Goiás, houve uma elevação entre 2011 e 2012, mas vem

decaindo no período atingindo em 2017 um valor ligeiramente menor que o da região Centro-Oeste.

Figura 27 - Proporção de nascidos vivos com peso a baixo de 2500 gramas - Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a 2017

Em relação aos demais estados brasileiros em 2017, Goiás encontra-se na 16º posição. Em

que Rondônia aparece em 1º com a menor proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer, e

o estado de Minas Gerais aparece em último lugar (Figura 28).

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Figura 28 - Proporção de nascidos vivos com peso a baixo de 2.500 gramas – Unidades da Federação - 2017

Outra característica da saúde materno-infantil, contida no SINASC, é a idade das mães. Por

meio dela pode-se observar um comportamento sobre gravidez precoce ou tardia. A gravidez na

adolescência deve ser considerada de acordo com as motivações individuais e as condições sociais

envolvidas, mas essa é considerada um desafio para as políticas públicas em saúde, pois podem

terminar em desfechos diversos consideradas questões delicadas às políticas públicas como abortos

provocados, ser exposta a riscos biológicos ligados ou não à adolescência, a maternidade pode

colaborar para o abandono escolar, entre outros, e assim contribuir com a situação de

vulnerabilidade para a gestante adolescente (BRASIL, 2017).

A Figura 29 evidencia um comportamento de redução da proporção de nascidos vivos com

mães igual ou menor de 19 anos.

Figura 29 - Proporção de nascimentos por mães menores com idade menor ou igual a 19 anos - Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a 2017

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Goiás acompanhou essa redução na proporção de mães adolescentes indo de 18,95% em

2011 para 15,41% em 2017, uma queda de 18,69%. Inclusive, Goiás apresentou uma redução no

período maior que a do Brasil que foi de 14,56%.

Adicionalmente, tem-se que Goiás ocupa a 8ª posição do ranking da proporção de nascidos

vivos por mães adolescentes com idade menor ou igual a 19 anos, em que Brasília está na 1ª posição

com a menor proporção e o Acre está na última posição. Goiás encontra-se a frente de estados como

Rio de Janeiro (9ª) e Ceará (12ª), conforme ilustra a Figura 30.

Figura 30 - Proporção de nascidos vivos por mães com idade menor ou igual a 19 anos -Unidades da Federação - 2017

A Figura 31 apresenta a proporção de nascidos vivos por mães adultas com idade igual ou

acima dos 35 anos, evidenciado-se um comportamento ascendente semelhante para o Brasil, Centro-

Oeste e Goiás. Em 2011, a proporção de nascidos vivos de mães nessa faixa etária em Goiás era de

8,75% e em 2017 passou para 12,44%, obtendo uma variação de 42,17% nesse período. Enquanto a

variação no Brasil foi de 32,38% e na região Centro-Oeste foi de 39,47%. Assim, apesar da variação

maior em Goiás, a relação foi mantida e Goiás apresentou uma proporção menor que as demais

unidades analisadas.

Outro aspecto sobre a saúde materno-infantil está no tipo de parto. O estado de Goiás, em

2011, apresentou uma proporção de 63,04% de partos realizados pelo tipo cesáreo, enquanto para a

região Centro-Oeste foi de 58,80% e o Brasil foi de 53,74%. Em 2017, essa ordem foi mantida, com

Goiás a 11 pontos percentuais acima do Brasil. Ainda, Goiás apresentou uma variação no período de

6,59%, enquanto na região Centro-Oeste foi de 6,56% e no Brasil foi de 3,59%. Nesse indicador Goiás

apresenta um descolamento quando comparado com o Brasil e o Centro-Oeste (Figura 32).

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Figura 31 - Proporção de nascidos vivos por mães igual ou acima dos 35 anos - Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a 2017

Figura 32 - Proporção de nascidos vivos com parto cesáreo - Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a 2017

A Figura 33 indica que a proporção de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natais, em

2011, era maior em Goiás (63,85%) que a do Brasil (61,28%), porém menor que a da região Centro-

Oeste (64,45%). Em Goiás, esse indicador cresceu apenas 4,38% em 7 anos, atingindo 66,65% em

2017. Enquanto no Brasil e na região Centro-Oeste o crescimento foi de 13,08% e 7,06%,

respectivamente. Esse comportamento fez com que em 2013, o indicador da região Centro-Oeste se

distanciasse em relação ao de Goiás. Enquanto isto, o indicador do Brasil ultrapassou o de Goiás em

2014. Portanto, Goiás não acompanhou a tendência do País para esse indicador. Além disso a OMS

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recomenda um mínimo de 8 consultas pré-natais, com o objetivo de reduzir a mortalidade perinatal

e melhorar a experiência das mulheres com os cuidados (OMS, 2016).

Figura 33 - Proporção de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natal – Brasil, Centro Oeste, Goiás - 2011 a 2017

Em relação aos demais estados brasileiros, Goiás encontra-se na 14º posição em relação à

proporção de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natais, em que o Paraná aparece no 1º

lugar e o Amapá está na última posição (Figura 34).

Pode-se destacar ainda que alguns indicadores de saúde relacionados às causas de morte da

população goiana foram extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), através do

DATASUS. As causas de morte extraída do SIM/DATASUS seguem a estrutura de classificação da CID-

10 - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde.

Entre as principais causas de morte da população em Goiás estão as doenças do aparelho

circulatório, mortes por causas externas, neoplasias, doenças do aparelho respiratório. Essas causas

juntas representam 69,10% do total de causas em 2011, e 70,78% das causas em 2017. Em números

absolutos, essas causas em conjunto foram de 23.600, em 2011, para 28.230 em 2017, enquanto o

total de óbitos em 2017 foi para 39.885.

Em 2017, em termos de participação do total das causas de doenças, as doenças do aparelho

circulatório participaram com 25,9% das causas de morte, as causas externas participaram com

16,0%, as doenças do aparelho respiratório participaram com 13,0%, e as neoplasias foram

responsáveis por 15,88% (Figura 35). Essa foi a que teve o maior aumento de participação entre

essas quatro causas, seguida das doenças do aparelho respiratório.

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Figura 34 - Proporção de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natal -Unidades da Federação-2017

Figura 35 - Principais de causas de mortes - Goiás - 2011 e 2017 - %

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A segunda principal causa de mortes é a categoria causas externas em Goiás em 2017. Entre

as principais causas dessa categoria estão: Agressões, Acidentes de transporte, Outras lesões de

acidente e Lesões autoprovocadas voluntariamente. Essas 4 categorias em conjunto representam

96,38% das causas externas em 2017.

Em 2011, as duas principais causas eram Agressões e Acidentes de Transporte que

participavam com 48,98% e 34,86%, respectivamente, do total de mortes por causas externas. No

período analisado, essas duas causas tiveram cursos distintos, enquanto os Acidentes de transporte

tiveram uma queda de 9,44 pontos percentuais, atingindo 25,42% do total das causas externas em

2017. As Agressões tiveram um aumento de 3,71 pontos percentuais, elevando sua participação para

44,69% das causas externas (Figura 36). O que indica uma necessidade de aprimorar as políticas

públicas voltadas para combater as mortes por agressões.

Figura 36 - Participação das principais causas externas - Goiás - 2011 a 2017 - (%)

Por meio dos indicadores apresentados são constatados alguns problemas que podem ser

solucionados através das políticas públicas. Assim com os indicadores apresentados tem-se indícios

para a necessidade de:

Redobrar a atenção sobre os fatores associados a mortalidade infantil e na infância a fim de

evitar seu crescimento e contribuir para sua queda, além de melhorar sua posição no ranking

entre os estados.

Averiguar e fortalecer a rede de atenção primária para levar uma maior assistência de saúde as

gestantes, e aumentar o número de gestantes cobertas por de 7 ou mais consultas pré-natais.

Aprimorar as políticas públicas de segurança pública voltadas para combater as mortes por

agressão.

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Contudo, os indicadores apresentados não exaurem os assuntos e os problemas a serem

solucionados através das políticas públicas.

A Tabela 2 apresenta o número de nascidos vivos, taxa de mortalidade infantil (TMI) e a

Razão de óbitos maternos das Regiões de Planejamento em Goiás para 2016 e 2017. Em relação aos

nascidos vivos, a participação da região Metropolitana de Goiânia é de 38,7% em 2017. As taxas de

mortalidade infantil foram calculadas pelo método direto baseado nos dados do SIM e SINASC. Seis

Regiões de Planejamento apresentaram taxas maiores que a de Goiás. Registra-se a elevada redução

que ocorreu na região Norte Goiano entre 2016 e 2017, porém essa pode estar vinculada a situação

de municípios silenciosos. A situação de municípios silenciosos ocorre em Goiás, o que pode sugerir a

ausência de óbito infantil ou a subnotificação.

Tabela 2 - Estatísticas vitais por região de planejamento - Goiás - 2016 e 2017

Região de Planejamento

2016 2017*

Nascidos Vivos

TMI (por mil

NV)

Razão de óbitos

maternos (por cem

mil)

Nascidos Vivos

TMI (por mil

NV)

Razão de óbitos

maternos (por cem mil NV)

Centro Goiano (Eixo BR-153) 10.070 11,72 69,51 10.148 11,23 39,42

Entorno do Distrito Federal 17.701 12,71 84,74 17.861 11,31 61,59

Metropolitana de Goiânia 37.129 12,82 45,79 37.588 12,24 47,89

Nordeste Goiano 2.326 16,34 0,00 2.450 16,33 163,27

Noroeste Goiano 1.742 10,91 57,41 1.838 11,97 108,81

Norte Goiano 3.951 15,95 25,31 4.106 8,28 73,06

Oeste Goiano 4.179 12,44 0,00 4.302 13,71 116,23

Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) 3.428 10,21 58,34 3.456 10,42 0,00

Sudoeste Goiano 9.310 14,72 53,71 9.410 12,54 31,88

Sul Goiano 5.717 13,99 87,46 5.983 12,03 33,43

Goiás 95.563 13,02** 55,46** 97.147 11,92** 53,53**

Fonte: DATASUS/SINASC/SIM Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

*Dados Preliminares ** Esses indicadores para o estado de Goiás foram calculadas pelo método direto, utilizando os dados do SIM e SINASC.

Em 2017 a razão de óbitos maternos por cem mil nascidos vivos em Goiás é de 53,53, em que

5 Regiões de Planejamento superam o indicador para Goiás. Na região Nordeste Goiano esse é de

163,27 apresentando uma razão 3 vezes maior que a do Estado. Em seguida vem o Oeste Goiano

com 116,23 por mil nascidos vivos, e o Noroeste Goiano com 108,81. Destaca, também, a região

Norte Goiano com uma elevada razão de óbitos maternos (73,06).

A Tabela 3 apresenta indicadores relacionados a saúde materno-infantil para as regiões de

planejamento em Goiás, 2016 e 2017. Os indicadores apresentados são proporção de mães com

idade menor ou igual a 19 anos, proporção de partos cesáreos e proporção de nascidos vivos com 7

ou mais consultas.

Em 2017, 7 regiões de planejamento possuem indicadores de proporção de mães menor ou

igual a 19 anos maiores que o indicador para Goiás. Entre as maiores proporções estão o Nordeste

Goiano com 20,98% e o Norte Goiano com 20,19%, enquanto a região com o menor indicador é a

região Metropolitana de Goiânia.

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Tabela 3 - Indicadores da saúde materno infantil por região de planejamento - Goiás - 2016 e 2017

Região de Planejamento

2016 2017*

Proporção de mães

com idades

menores ou igual a 19 anos

Proporção de partos cesáreos

Proporção de 7 ou

mais consultas

Proporção de mães

com idades

menores ou igual a 19 anos

Proporção de parto cesáreo

Proporção de 7 ou

mais consultas

Centro Goiano (Eixo BR-153) 15,67 69,28 63,45 14,64 72,56 62,85

Entorno do Distrito Federal 20,62 45,63 57,40 18,54 46,68 57,12

Metropolitana de Goiânia 14,43 71,36 66,13 12,55 70,93 67,26

Nordeste Goiano 22,70 49,87 59,50 20,98 47,76 61,80

Noroeste Goiano 20,38 72,79 75,77 17,52 73,12 74,43

Norte Goiano 21,16 67,91 68,97 20,19 70,07 70,29

Oeste Goiano 17,90 80,26 71,07 17,09 80,38 76,55

Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) 16,66 71,53 72,43 14,90 72,37 77,40

Sudoeste Goiano 18,90 72,03 70,17 16,55 74,08 71,93

Sul Goiano 19,31 75,58 69,98 16,41 76,65 73,12

Goiás 17,25 66,44 65,42 15,41 67,19 66,65

Fonte: DATASUS/SINASC Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

*Dados Preliminares

A proporção de nascidos vivos com 7 ou mais consultas pré-natais em Goiás é de 66,65% em

2017. As regiões Centro Goiano, Entorno do Distrito Federal e o Nordeste Goiano apresentam os

menores valores, respectivamente, 62,85%, 57,12% e 61,80%.

A Tabela 4 apresenta a distribuição das causas de mortes por capítulo da CID-10 em cada

região de planejamento. As regiões de planejamento apresentam comportamento semelhante ao do

estado de Goiás. Em que a principal causa de morte são as relacionadas ao Aparelho Circulatório.

Tabela 4 - Distribuição das causas de morte por capítulo de CID-10 nas regiões de planejamento - Goiás - 2017

Região de Planejamento

Aparelho circulatório

(%)

Causas externas

(%)

Neoplasias (%)

Aparelho respiratório

(%)

Endócrinas nutricionais e metabólicas

(%)

Demais causas**

(%)

Total (Nº Abs)

Centro Goiano 26,44 14,37 14,70 15,90 6,60 21,99 4.634 Entorno do Distrito Federal 23,28 20,35 14,10 9,02 6,96 26,29 5.489 Metropolitana de Goiânia 25,06 15,66 18,21 12,74 4,21 24,12 14.527 Nordeste Goiano 27,19 16,33 12,15 7,47 5,78 31,08 1.004 Noroeste Goiano 27,67 14,72 14,13 14,23 5,79 23,45 1.019 Norte Goiano 29,30 15,20 14,75 11,66 6,93 22,17 2.007 Oeste Goiano 30,45 12,59 17,58 11,84 6,92 20,61 2.542 Sudeste Goiano 26,71 13,41 14,66 17,37 5,60 22,24 1.767 Sudoeste Goiano 26,46 16,73 13,90 15,37 5,37 22,16 3.669 Sul Goiano 27,11 14,30 14,56 14,89 7,90 21,23 3.076

Goiás 25,94 16,00 15,88 12,96 5,70 23,53 39.885 Fonte: DATASUS/SIM

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019. *Dados Preliminares 2017 ** Refere-se a agregação das causas dos demais capítulos da CID-10.

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Na segunda posição de participação relativa dentro de cada região de planejamento há certa

diferença entre elas. Nas regiões Metropolitana de Goiânia e no Oeste Goiano, a segunda principal

causa relativa são as Neoplasias. Enquanto para o Centro Goiano, Sudeste Goiano e o Sul Goiano são

as Doenças do Aparelho Respiratório. E para as demais regiões (Entorno do Distrito Federal,

Nordeste Goiano, Noroeste Goiano, Norte Goiano, Sudoeste Goiano) são as causas externas.

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Educação

A Lei nº 12.796/2013 estipula que todas as crianças a partir dos 4 anos de idade devem estar

na escola. Por isso, o Plano Estadual da Educação de Goiás – 2015-2025 (PEE) apresenta em sua

primeira meta a universalização escolar desse grupo já para 2016. Contudo, como se observa no

Figura 37, apesar do considerável aumento de matrículas nos últimos anos, ainda há um elevado

número de crianças entre 4 e 5 anos fora do ambiente escolar em Goiás.

Em 2004, ou seja, 10 anos antes da elaboração do Plano, 60,5% do grupo etário de 4 a 5 anos

estavam matriculadas, percentual que passou para 84,6% em 2015. A persistir esta evolução, o

estado conseguirá atingir o objetivo em 2022, três anos antes do fim do Plano, mas 6 depois do prazo

estipulado.

Figura 37 - Percentual da população de 4 e 5 anos que frequenta escola ou creche - Goiás - 2004 a 2017

Em âmbito nacional, esse indicador se mostra em melhor situação, com aproximadamente

92% das crianças brasileiras de 4 a 5 anos matriculadas na escola em 2017. Regionalmente, em 2017,

o resultado da Região Centro-Oeste é idêntico ao de Goiás.

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Figura 38 - Percentual da população de 0 a 3 anos que frequenta escola ou creche - Goiás - 2004 a 2017

Outro indicador da educação infantil que merece atenção é o das matrículas na etapa da

creche, que engloba crianças de 0 a 3 anos. Pela Figura 38, vê-se que, em 2004, Goiás tinha apenas

10% dessas crianças na escola, já em 2015, 22%, o que representa um aumento de 125%. Entretanto,

como o objetivo estipulado pelo PEE é que 50% das crianças naquela faixa etária estejam

frequentando a escola até o final do plano, percebe-se que é imperioso um esforço maior do poder

público para tal intento. Inclusive o esforço necessário deve ser de um incremento médio anual de

3,3 pontos percentuais até 2025.

Ademais, no que se refere a esse indicador, tanto o Brasil quanto o Centro-Oeste estão em

situação melhor que Goiás em 2017, apresentando valores iguais a 33%, 25% e 23,3%

respectivamente naquele ano.

Dentre os desafios para a universalização da fase pré-escolar e aumento das matrículas nas

creches, tem-se, como primeiro passo, a construção de escolas dessas modalidades nos locais

longínquos dos grandes centros. Faz-se imprescindível também a sensibilização e conscientização da

sociedade quanto à necessidade da frequência escolar das crianças nessas faixas etárias.

Além disso, como ação para a melhoria da coleta das informações, é premente exigir dos

conselhos de educação, estadual e municipais, que condicionem a autorização de funcionamento dos

estabelecimentos de ensino, de toda e qualquer etapa educacional, à entrega do comprovante de

preenchimento do Censo Escolar. Tal medida obrigaria as escolas privadas a responder o Censo e

assim diminuiriam ou cessariam as ocorrências de subnotificação.

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Na faixa etária de 15 a 17 anos é desejável que o adolescente esteja matriculado no ensino

médio. Contudo, nas realidades brasileira e goiana, o quadro não atinge o ideal. Por isso, uma das

metas do PEE estipula pelo menos que esses indivíduos estejam em ambiente escolar. A Figura 39

apresenta essa proporção, indicando que há, em 2017, 15% de jovens de 15 a 17 anos fora da escola.

Ainda que haja uma tendência de crescimento do indicador, esta não é suficiente para que a meta

seja atingida no prazo estipulado.

As cifras de 2017 para Brasil e Centro-Oeste são similares: 13% e 15% pela ordem.

Figura 39 - Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta a escola ou já concluiu a educação básica - Goiás - 2004 a 2017

Figura 40 - Percentual da população de 15 a 17 anos que frequenta ou já concluiu o ensino médio - Goiás - 2004 a 2017

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Quando se avalia a taxa de matrícula líquida dessa faixa etária, ou seja, a proporção dos

jovens matriculados na etapa correta para sua idade, percebe-se o quanto há para ser realizado

nessa direção. Apenas 70% dos jovens de 15 a 17 anos estão ou concluíram o ensino médio em 2017

(Figura 40). Os incrementos quase constante ao longo dos anos, com exceção de duas leves quedas

em 2005 e 2013, geram a tendência positiva e indicativa que a meta (85%) para 2025 será cumprida.

Nesse indicador o estado de Goiás supera um pouco os resultados nacional e regional. No

Brasil apenas 68% e no Centro-Oeste 69% dos jovens de 15 a 17 estão no ensino médio.

As ações para se atacar essas questões passam pela redução do abandono escolar e da

reprovação. Há, nesse sentido, a necessidade de promoção do engajamento do jovem com a escola,

seja por meio de projetos que têm o jovem como condutor principal, seja por meio de participações

em instâncias de decisões. Além disso, é preciso não separar a relação de permanência na escola

com fatores sociais que envolvam o atendimento de necessidade básicas. Assim, deve se pensar na

condição de moradia, de assistência à saúde, na alimentação, no deslocamento da casa/trabalho

para escola, na questão da higiene e lazer.

Figura 41- Escolaridade média (em anos de estudo) da população de 18 anos ou mais - Goiás - 2004 a 2017

Nota-se pela Figura 41 um crescimento estável na média dos anos de estudo da população

adulta durante o período de 2004 a 2015, refletindo o aumento da inserção de crianças e jovens na

escola nos anos anteriores. Em 2017, as pessoas nessa faixa de idade possuíam em média mais de 9

anos de estudos. Contudo, esse ritmo de elevação não é suficiente para o alcance da meta definida

no PEE até 2025, sendo, por isso, necessário um esforço para que a escolaridade em geral aumente

mais rapidamente. Tal esforço deve na ampliação da oferta de vagas na Educação de Jovens e

Adultos, na redução dos índices de evasão escolar e garantir maior acesso à educação para os idosos.

Vale salientar que a média de anos de estudos no Brasil e no Centro-Oeste se encontram no

mesmo patamar do estado, ou seja, pouco maior que 9 anos.

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Figura 42 - Taxa líquida de matrículas na graduação para pessoas de 18 a 24 anos - Goiás - 2004 a 2017 (%)

A Figura 42 apresenta a taxa líquida de matrículas no ensino superior e mostra um

crescimento permanente desde 2004, chegando a 26% em 2015. A tendência é de crescimento com

expectativa de superação da meda traçada no PEE (levar o índice para 33%) já no ano de 2022. Ainda

assim, o indicador não deve ser negligenciado, principalmente frente ao cenário macroeconômico

atual, em que podem ocorrer rupturas neste quadro.

Neste indicador, Goiás (27,4%) superar o resultado do Brasil (23%), mas fica atrás proporção

do Centro-Oeste (30%).

A Figura 43 mostra uma oscilação na proporção de analfabetos em Goiás, direrente do que

ocorre no contexto nacional. Contudo, atualmente a taxa de analfabetismo no estado foi reduzida

para abaixo de 6%. Apesar dessa redução, observa-se que o ritmo atual de crescimento do número

de alfabetizados é insuficiente para o cumprimento da meta do PEE de universalizar a alfabetização

até 2025.

Figura 43 - Taxa de analfabetismo - Goiás e Brasil – 2013 a 2017

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Faz-se necessário saliental que a concentração de analfabetos está na população com idade

mais avançada, revelando uma demanda represada. Por isso, o foco das ações públicas de combate

ao analfabetismo deve ser sobre esse grupo, com curso de Educação de Jovens e Adultos.

A análise das taxas de analfabetismo por unidades da federação revela fortes discrepâncias

regionais. Apenas 14 estados brasileiros têm taxas menos que a média nacional, mas chama a

atenção elevada proporção de analfabetos do estado de Alagoas: três vezes maior que a de Goiás.

Por outro lado, o percentual de goianos que não sabem ler nem escrever ainda está distante da

realidade do Distrito Federal ou do Rio de Janeiro (Figura 44).

Figura 44 - Taxa de analfabetismo - Unidades da Federação - 2017

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador de aferição da

qualidade do ensino/aprendizagem no Brasil. O Ideb é calculado para três fases da escolarização: as

notas do 5º ano do ensino fundamental, como medida de qualidade dos anos iniciais; as notas do 9º

ano do ensino fundamental, indicador dos anos finais; e as notas da 3ª série do ensino médio.

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No ensino fundamental, tanto nos anos iniciais (Figura 45) quanto nos finais (Figura 46), as

notas do Ideb de Goiás superam as do Brasil desde o início da medição em 2005. Há que se informar

que nessas etapas as metas estipuladas também foram superadas.

Figura 45 - Notas do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental - Goiás e Brasil – 2005 a 2017

Figura 46 - Notas do Ideb dos anos finais do ensino fundamental – Goiás e Brasil – 2005 a 2017

Em relação ao Ideb do ensino médio (Figura 47), o estado de Goiás ultrapassou a nota

brasileira somente em 2011. Além disso, apesar da boa colocação do estado no ranking das unidades

da federação, a nota do Ideb dessa etapa não atingiu as metas estipuladas em 2015 e 2017.

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Figura 47 - Notas do Ideb do ensino médio - Goiás e Brasil – 2005 a 2017

Na análise das notas do Ideb por unidades da federação, observa-se no Figura 48 que Goiás

ocupa a sétima colocação nos aos iniciais, com nota de 6,1, distante apenas 0,5 ponto do primeiro

colocado, o estado de São Paulo.

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Figura 48 - Notas do Ideb dos anos iniciais do ensino fundamental - Unidades da Federação – 2017

Em relação aos anos finais, Goiás está em primeiro lugar, com a mesma nota de São Paulo e

distante 1,6 ponto do último lugar, ocupado pelo estado da Bahia (Figura 49).

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Figura 49 - Notas do Ideb dos anos finais do ensino fundamental - Unidades da Federação - 2017

O avanço no Ideb goiano do ensino médio no decorrer dos anos fez o estado saltar para o

segundo lugar no ranking dos estados brasileiros, atrás apenas do estado do Espírito Santo (Figura

50).

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Figura 50 - Notas do Ideb do ensino médio - Unidades da Federação - 2017

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50

Pela Figura 51, observa-se que o número matrículas na educação básica em Goiás sofreu uma

queda em 2017, voltando ao patamar de 2013.

Figura 51 - Número de matriculas na educação básica - Goiás - 2013 a 2017

Por outro lado, o número de docentes da educação básica aumentou no período de cinco

anos, acréscimo de mais de 2.000 profissionais, correspondendo a quase 3,5% de ampliação (Figura

52).

Figura 52 - Número de docentes da educação básica – Goiás – 2013 a 2017

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A redução no número de matrículas e o aumento de professores, fez com a que relação

alunos por docente diminuísse no período, embora timidamente (Figura 53). Esse mesmo fato

ocorreu nos dados para o Brasil.

Figura 53 - Número de alunos por docente - Goiás e Brasil – 2013 a 2017

A Tabela 5 mostra o total de estabelecimentos de ensino da educação básica do estado de

Goiás distribuídos pelas Regiões de Planejamento e pelo tipo de dependência administrativa. Nota-se

a concentração de escolas na Região Metropolitana de Goiânia que detém aproximadamente 30%

dos estabelecimentos. Percebe-se também que a rede municipal é a com maior número de escolas,

perfazendo 53% do total.

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Tabela 5 - Número de escolas da educação básica por região de planejamento e rede de ensino - Goiás - 2018

Os números das matrículas guardam semelhanças aos das escolas no tocante à participação

das regiões. A Região Metropolitana de Goiânia, que possui 20 municípios em sua composição,

concentra 35% das matrículas no total e mais de 50% dos alunos da rede privada estão nessa região

(ver a Tabela 6).

Região de Planejamento Federal Estadual Municipal Privada Total Participação

Centro Goiano (Eixo BR-153) 2 128 250 114 494 11%

Entorno do Distrito Federal 5 148 451 181 785 17%

Metropolitana de Goiânia 8 241 582 531 1.362 29%

Nordeste Goiano 2 59 160 16 237 5%

Noroeste Goiano 1 49 65 16 131 3%

Norte Goiano 1 80 177 35 293 6%

Oeste Goiano 1 119 186 34 340 7%

Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) 3 62 130 50 245 5%

Sudoeste Goiano 2 87 261 85 435 9%

Sul Goiano 2 77 193 74 346 7%

Total Geral 27 1.050 2.455 1.136 4.668 100%

Fonte: MEC/Inep/Censo Escolar 2018.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás.

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Tabela 6 – Número de matrículas da educação básica por região de planejamento e rede de ensino - Goiás – 2018

Os números dos docentes, trazidos pela Tabela 7, revelam compatibilidade com o total de

escolas e o de matrículas. Novamente a Região Metropolitana de Goiânia se destaca retendo 35%

dos professores do estado. O total de docentes da rede federal chama a atenção por representar

mais de 2% do total de docentes do estado, sendo que tanto no número de escolas quanto no de

matrículas a participação dessa rede não atingia 1%.

Região de Planejamento Federal Estadual Municipal Privada Total Participação

Centro Goiano 1.568 55.061 63.522 29.471 149.622 10%

Entorno do Distrito Federal 1.637 97.185 154.361 42.551 295.734 20%

Metropolitana de Goiânia 4.029 159.487 201.027 142.857 507.400 35%

Nordeste Goiano 548 17.920 22.960 2.382 43.810 3%

Noroeste Goiano 198 12.380 13.733 3.050 29.361 2%

Norte Goiano 390 28.081 31.733 8.182 68.386 5%

Oeste Goiano 1.019 29.990 30.501 6.000 67.510 5%

Sudeste Goiano 1.021 19.996 25.277 12.854 59.148 4%

Sudoeste Goiano 1.279 47.836 71.575 20.555 141.245 10%

Sul Goiano 606 34.230 48.838 13.814 97.488 7%

Total Geral 12.295 502.166 663.527 281.716 1.459.704 100%

Fonte: MEC/Inep/Censo Escolar 2018.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás.

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Tabela 7 – Número de docentes2 da educação básica por região de planejamento e rede de ensino - Goiás - 2018

O número representativo de docentes da rede federal resulta na menor taxa de alunos para

cada professor (Tabela 8). No outro extremo se encontra a rede estadual com quase 25 alunos por

docente, única rede de ensino que supera a cifra geral. Dentre as regiões, apenas duas superam a

média estadual, a Região do Entorno do Distrito Federal e a Região do Sudoeste Goiano.

2 O mesmo docente por ministrar aulas em redes de ensino e regiões diferentes.

Região de Planejamento Federal Estadual Municipal Privada Total Participação

Centro Goiano (Eixo BR-153) 145 2.510 2.839 1.699 6.842 11%

Entorno do Distrito Federal 199 2.880 6.411 2.414 11.503 18%

Metropolitana de Goiânia 563 6.108 9.243 7.593 22.408 35%

Nordeste Goiano 46 962 1.343 181 2.436 4%

Noroeste Goiano 44 696 713 257 1.653 3%

Norte Goiano 58 1.396 1.685 526 3.506 6%

Oeste Goiano 59 1.655 1.686 457 3.711 6%

Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) 107 977 1.596 824 3.320 5%

Sudoeste Goiano 136 1.800 3.026 1.259 5.858 9%

Sul Goiano 74 1.584 2.292 960 4.607 7%

Total Geral 1.429 20.435 29.776 15.807 63.601 100%

Fonte: MEC/Inep/Censo Escolar 2018.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás.

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Tabela 8 - Número de matrículas por docente da educação básica por região de planejamento e rede de ensino - Goiás - 2018

Região de Planejamento Federal Estadual Municipal Privada Total

Centro Goiano (Eixo BR-153) 10,8 21,9 22,4 17,3 21,9

Entorno do Distrito Federal 8,2 33,7 24,1 17,6 25,7

Metropolitana de Goiânia 7,2 26,1 21,7 18,8 22,6

Nordeste Goiano 11,9 18,6 17,1 13,2 18,0

Noroeste Goiano 4,5 17,8 19,3 11,9 17,8

Norte Goiano 6,7 20,1 18,8 15,6 19,5

Oeste Goiano 17,3 18,1 18,1 13,1 18,2

Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) 9,5 20,5 15,8 15,6 17,8

Sudoeste Goiano 9,4 26,6 23,7 16,3 24,1

Sul Goiano 8,2 21,6 21,3 14,4 21,2

Total Geral 8,6 24,6 22,3 17,8 23,0

Fonte: MEC/Inep/Censo Escolar 2018.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás.

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Desigualdade e pobreza

Alguns estudos envolvendo a evolução da distribuição de renda no Brasil apontam para

situações que envolvem o crescimento econômico, porém, tem-se observado que uma melhoria

significativa na distribuição de renda não tem acompanhado esse crescimento.

Uma medida tradicionalmente utilizada para aferir o nível de desigualdade em uma

sociedade é o Índice de Gini, que mede o grau de desigualdade na distribuição de renda e seu valor

varia de 0 (não há desigualdade) a 1 (desigualdade máxima).

A Figura 54 abaixo mostra que no período 2016-2017 enquanto Goiás e o Centro-Oeste

tiverem crescimento dos níveis de desigualdade, o Brasil manteve-se estável no indicador. Isto

significando que em Goiás e a Região Centro-Oeste, neste período, houve um aumento da

concentração de renda. Ademais, no ano 2017, Goiás, o Centro-Oeste e o Brasil apresentavam Índice

de Gini de 0,493, 0,536 e 0,549, respectivamente, que podem ser considerados bastante elevados.

Figura 54 - Índice de Gini da renda domiciliar per capita - Brasil, Centro-Oeste e Goiás - 2016 e 2017

A Figura 55 apresenta o Índice de Gini para os anos de 2016 e 2017, comparando todas as

Unidades de Federação, de modo a observar as diferenças regionais existentes apontadas neste

índice.

Observa-se que dentre os estados brasileiros, em 2016, o Distrito Federal (0,583),

Pernambuco (0,578), Acre (0,575), Amazonas e Sergipe (0,572), e em 2017, o Amazonas (0,604),

Distrito Federal (0,602), Bahia (0,599), Amapá (0,594) e o Acre (0,566), apresentam os índices mais

elevados, demonstrando as maiores concentrações de renda entre as UF’s do país, para estes anos.

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Figura 55 - Índice de Gini da renda domiciliar per capita - Unidades de Federação e Distrito Federal – 2016 e 2017.

É importante salientar que, o Distrito Federal, o Acre e o Amazonas estão entre os cinco

maiores índices nos dois anos apresentados (2016 e 2017), demonstrando que a concentração de

renda nestas UF’s ainda se mantém fortes.

A redução da desigualdade é destaque no estado de Santa Catarina, que apresentou o menor

Índice de Gini, 0,429 e 0,421 em 2016 e 2017, respectivamente. O estado de Goiás, em 2016,

apresentou um dos menores índices mas, em 2017, caiu quatro posições, passando do 3º lugar, com

0,474, para o 7º lugar, com 0,493.

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58

Adicionalmente, consideram-se os indicadores relativos a extrema pobreza e pobreza. A

Figura 56 exibe o percentual de pessoas em situação de extrema pobreza para Goiás, Centro-Oeste e

o Brasil, baseado na renda familiar de até um quarto de salário mínimo. No período de 2011 a 2015,

Goiás (-45,7%) e o Centro-Oeste (-41,9%) apresentaram reduções relativas da extrema pobreza

maiores que a da média brasileira (-28,7%). Já em 2017, conforme dados PNADC, que não são

diretamente comparáveis com os da PNAD devido à diferença de metodologia, 7,2% dos goianos

estão em situação de extrema pobreza, valor esse abaixo da média nacional (13,0%).

Figura 56 - Percentual da população em situação de extrema pobreza (renda de até um quarto de salário mínimo) - Goiás, Centro-Oeste e Brasil - 2011 a 2017

7,0

5,1

5,3

4,0 3,8

6,3

7,2

12,9

10,9 10,6

8,9 9,2

12,0

13,0

6,25,5

5,4

3,5

3,6

5,8

6,9

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Po

pu

laçã

o e

m s

itu

açã

o d

e ex

trem

a p

ob

reza

Goiás Brasil Centro-Oeste

Fonte: Observatório da Criança e do Adolescente.

Elaboração: IMB/ Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019

Já a Figura 57 apresenta o percentual de pessoas em situação de pobreza para Goiás, Centro-

Oeste e Brasil, baseado na renda familiar de até meio salário mínimo. Também, observa-se que, no

período de 2011 a 2015, houve uma queda no percentual de pessoas vivendo em situação de

pobreza para essas áreas geográficas (Centro-Oeste, -26,3%; Goiás, -23,9%); e Brasil, -19,2%). E, para

o ano de 2017, baseado na PNAD Contínua, o percentual de goianos em situação de pobreza é

significativamente menor que a média nacional (22,9% pra Goiás contra 30,7% para o Brasil), mas

ainda se configura como um quadro que requer a atenção dos tomadores de decisão.

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59

Figura 57 - Percentual da população em situação pobreza (renda de até meio salário mínimo) - Goiás, Centro-Oeste e Brasil - 2011 a 2017

Em comparação aos demais estados brasileiros, em 2017, Goiás estava na 8ª posição do

ranking, aparecendo atrás de estados como Santa Catarina (1ª lugar), Distrito Federal (3ª lugar) e Rio

de Janeiro (7ª lugar), conforme ilustra a Figura 58.

Figura 58 – Percentual da população em situação de pobreza, por estado e Brasil - 2017

0

10

20

30

40

50

60

70

San

ta C

atar

ina

Rio

Gra

nd

e d

o S

ul

Dis

trit

o F

ed

eral

São

Pau

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Par

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Rio

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Mat

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Min

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o S

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Ro

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ôn

ia

Toca

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Ro

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nam

bu

co

Serg

ipe

Cea

Pia

Par

á

Am

apá

Bah

ia

Acr

e

Am

azo

nas

Ala

goas

Mar

anh

ão

Brasil

Fonte: PNADC/Observatório da Criança e do Adolescente.Elaboração: IMB/ Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

Fonte: PNAD/PNADC/Observatório da Criança e do Adolescente. Elaboração: IMB/ Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019. Nota: 2016 e 2017 são referentes na PNADC.

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A fim de obter uma análise regional da vulnerabilidade goiana utiliza-se o Índice

multidimensional de carência das famílias (IMCF). Esse índice segue a metodologia adotada pelo

Relatório Final da Comissão de Estudos da Legislação Social brasileira3, que foi inspirada no Índice

Multidimensional Global (IPM-Global4) de Alkire e Foster (2009 e 2011)5.

Para a construção desse índice foram selecionadas três dimensões, educação, moradia e

renda, que são representadas por seus indicadores apresentados no Quadro 1. Na composição do

índice, cada dimensão representa três pontos, distribuídos entre seus indicadores, totalizando nove

pontos (ver Quadro 1). Dessa forma, o IMCF assume valores de zero a um, sendo que um representa

o domicílio com carência máxima e zero a ausência de carência.

Quadro 1 - IMCF - Dimensões, indicadores e pesos

Dimensão Indicadores Descrição Peso

Moradia

Espécie do domicílio Improvisado 0,50

Coabitação (domicílio coletivo) Coletivo 0,50

Água canalizada Sem 0,50

Existência de sanitário Sem 0,50

Energia elétrica Sem 0,50

Revestimento do piso Terra 0,25

Destino do lixo Sem 0,25

Educação Analfabetismo Sim, e se Idade > 18 anos 1,00

Frequenta escola Não, e se Idade entre 7 e 17 2,00

Renda Renda informal Não formal 1,50

PBF Sim 1,50 Fonte: IPM / PNUD / Sistema ONU.

Com o interesse de garantir a transparência da informação e facilitar o planejamento de

políticas públicas voltadas para as famílias, foi sistematizado por meio do IMCF cinco níveis de risco

social familiar, categorizados no Quadro 2.

3 Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/grupos-de-trabalho/55a-legislatura/estudo-da-legislacao-social-brasileira/documentos/outros-documentos> 4 Construído a partir de dados censitários uniformizados, para fins de comparabilidade entre os países, esse índice identifica individualmente as pessoas em estado de privação e aquelas que não estão nessa condição para, posteriormente, proceder à agregação dos dados. 5 Oxford Poverty & Human Development Initiative (OPHI). Oxford Department of International Development. Mais informações em https://ophi.org.uk/research/multidimensional-poverty/alkire-foster-method/ . Acesso em: 20 jun. 2018.

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Quadro 2 - Risco social familiar

Risco Descrição Intervalo

Risco 0 Família sem risco [0;0,01)

Risco 1 Pequena Vulnerabilidade Social [0,01; 0,1)

Risco 2 Baixa Vulnerabilidade Social [0,1; 0,3)

Risco 3 Média Vulnerabilidade Social [0,3; 0,5)

Risco 4 Alta Vulnerabilidade Social [0,5; 0,7)

Risco 5 Complexa Vulnerabilidade Social [0,7; 1]

Fonte: IPM / PNUD / Sistema ONU

O público alvo deste estudo são os inscritos no Cadastro Único de dezembro de 2018 em

Goiás. Nessa base de dados consta 775.448 famílias cadastradas, totalizando 2.057.100 pessoas. Não

foram contabilizados os dados desatualizados há mais de 48 meses6, por não mais refletirem a

realidade.

O IMCF foi calculado para cada domicílio cadastrado no CadÚnico utilizando os indicadores e

seus respectivos pesos conforme foram descritos no Quadro 1. Além disso, o valor do índice

associado a cada município será a média do IMCF dos domicílios que estão contidos em seu

território. A média de todos os domicílios de Goiás é de 0,167, considerando que o valor máximo é

um, o estado como todo assume um valor baixo.

Dado que, o IMCF não é uniforme em todo território, como pode ser visto na Figura 59, de

modo que os domicílios mais carentes estão localizados na porção Norte e Nordeste do estado.

Adicionalmente é possível encontrar domicílios em risco 5 por todo território goiano, conforme se

observa nos municípios com contorno azul7. Deste modo, destaca-se que alguns municípios, mesmo

apresentando média baixa para o índice, possuem domicílios em risco 5. Por exemplo, o município de

Goiânia possui IMCF igual a 0,1364, conquanto dispõe de três domicílios em risco 5.

6

http://www.mds.gov.br/webarquivos/legislacao/bolsa_familia/instrucoes_operacionais/2017/Instrucao_Operacional_86_2017.pdf 7 Esses municípios possuem pelo menos 1 domicílio classificado no maior risco familiar.

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Figura 59 - Espacialização do IMCF - municípios goianos - 2018

Quando se observa o IMCF por região de planejamento (Tabela 9), nota-se que, do mesmo

modo que ocorre no estado, as regiões não apresentam um valor médio alto. No entanto, verifica-se

que existem domicílios em cada um dessas regiões que apresentam valores altos para o IMCF de

modo a ficarem classificados no risco 5. Ainda, destaca-se que as regiões Nordeste, Entorno do

Distrito Federal e Noroeste são as regiões que possuem mais domicílios classificados em Complexa

Vulnerabilidade Social. Portanto, pelos critérios considerados pelo IMCF com são as regiões que

necessitam de maior atenção.

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Tabela 9 - IMCF - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018

Estado e Municípios Média do IMCF Máx. do IMCF Nº domicílios em

risco 5

Estado de Goiás 0,167 0,889 129

Nordeste Goiano 0,210 0,889 35

Entorno do Distrito Federal 0,195 0,889 37

Norte Goiano 0,193 0,861 23

Noroeste Goiano 0,187 0,722 5

Oeste Goiano 0,159 0,722 2

Centro Goiano (Eixo BR-153) 0,158 0,750 2

Sudeste Goiano (Estrada de Ferro) 0,148 0,722 1

Metropolitana de Goiânia 0,147 0,806 9

Sudoeste Goiano 0,144 0,778 4

Sul Goiano 0,141 0,889 11 Fonte: Ministério da Cidadania / CadÚnico.

Elaboração: IMB / Secretaria de Estado da Economia de Goiás -2019.

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Segurança

A Carta Magna brasileira diz que a segurança é condição basilar para o exercício da cidadania

(art. 5º) e é direito social universal de todos os brasileiros (art. 6º). Sendo assim, é em torno destes

comandos que se faz necessário analisar o quadro das respostas públicas frente ao medo, à violência,

ao crime e à garantia da cidadania.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2018, houve 2.665 mortes violentas

intencionais8 (MVI) em Goiás em 2017, o que implica uma taxa de 39,3 MVI por 100 mil habitantes.

Embora tenha apresentado uma redução em relação a 2016, cuja taxa foi de 45, ainda é um patamar

elevado em comparação com a média brasileira que no mesmo período, que foi de 30,8. A Figura 60

apresenta a taxa de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes do Brasil e das Unidades da

Federação em 2017, quando Goiás ocupou a 17ª posição no cenário nacional.

Figura 60 - Taxa de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes - Brasil e Unidades da Federação - 2017

O principal desafio da segurança pública em Goiás é lidar com os espaços urbanos

deflagrados, típicos de grandes cidades. Aproximadamente 70% dos crimes cometidos no estado são

cometidos nos grandes centros urbanos, isto é, na Região Metropolitana de Goiânia e no Entorno de

Brasília, principalmente nas áreas mais pobres. Cabe avançar no restabelecimento da presença do

Estado nessas regiões deflagradas, fortalecendo a integração de ações de prevenção da violência e

combate de suas causas com ações de repressão e ordenamento social. A Figura 61 mostra a taxa de

homicídio das cidades com mais de 100 mil habitantes de Goiás.

8 A categoria Mortes Violentas Intencionais (MVI) corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora. Sendo assim, a categoria MVI representa o total de vítimas de mortes violentas com intencionalidade definida de determinado território.

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Figura 61 - Taxa de homicídio - municípios com mais de 100 mil habitantes - 2016

A violência atinge mulheres de todas as classes sociais e regiões brasileiras. Atualmente a

violência contra a mulher é considerada um problema estrutural e de responsabilidade da sociedade

como um todo.

No ano de 2017, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2018, houve 197

homicídios de vítimas do sexo feminino em Goiás, o que representa uma taxa de 5,8 por 100 mil

mulheres. A Figura 62 apresenta a taxa de homicídio de vítimas do sexo feminino do Brasil e

Unidades de Federação, sendo que a taxa goiana obteve a 18ª colocação.

Figura 62 - Taxa de homicídios de vítimas do sexo feminino - Brasil e Unidades de Federação - 2017

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Ainda que as estatísticas relacionadas a violência contra a mulher no Brasil serem

alarmantes, houve progressos em termos de legislação, sendo a Lei Maria da Penha (Lei

11.340/2006) um marco no enfrentamento à violência contra as mulheres.

Recentemente, em março de 2015 foi sancionada a Lei 13.104/2015, a Lei do Feminicídio,

especificando-o como crime hediondo e com agravantes quando ocorre em situações específicas de

vulnerabilidade (gravidez, menor de idade, na presença de filhos, dentre outras). A lei determina que

feminicídio ocorre quando a agressão envolve violência doméstica e familiar, ou quando evidencia

menosprezo ou discriminação à condição de mulher, caracterizando crime por razões de condição do

sexo feminino (Mapa da Violência-2015-mulheres). Desse modo, feminicídio contabiliza crime

praticado contra pessoa do sexo feminino em situação de violência doméstica que, de forma

intencional, causam lesões ou agravos à saúde que levam a sua morte.

Em 2017, Goiás atingiu uma taxa de 0,9 feminicídios por 100 mil mulheres, resultado abaixo

da taxa nacional de 1,1 (Figura 63). A taxa nacional não reflete a diversidade de situações entre as

unidades de federação, por exemplo, Rondônia apresentou uma taxa alarmante de 6,1.

Figura 63 – Feminicídios - Brasil e Unidades da Federação - 2017

Se as leis e políticas públicas ainda não são suficientes para impedir que vidas de mulheres

sejam tiradas de formas tão brutais, o enfrentamento a essas e outras formas de violência de gênero

deve ser ainda mais aprimorado.

Diante dos elevados índices de violência do estado, não há dúvida que o desafio da

segurança pública é grande. Trata-se de uma agenda complexa que deve envolver ações

intersetoriais e integradas que incluam, além do executivo estadual, os executivos municipais, o

Legislativo, a Justiça, o Ministério Público e toda a sociedade civil organizada. Em larga medida, a

ação do governo estadual deve responder aos desafios no setor, quais sejam: a consolidação de uma

visão mais integrada dos problemas associados à segurança pública; a revisão do modelo de

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policiamento em prol de maior aproximação entre a polícia e a sociedade; e o investimento em ações

estratégicas e de inteligência com base em informações qualificadas.

Assim, os principais desafios relacionados à temática em questão são os seguintes:

Consolidação de uma visão mais integrada dos problemas associados à segurança pública;

Revisão do modelo de policiamento em prol de maior aproximação entre a polícia e a sociedade;

Investimento em ações estratégicas e de inteligência com base em informações qualificadas;

Integração de ações de prevenção da violência e combate de suas causas com ações de

repressão e ordenamento social nas áreas com maior ocorrência de crimes; e

Melhorar a efetividade dos órgãos e programas existentes das distintas polícias.

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Índice de desempenho dos municípios goianos (IDM)

O IDM é uma medida para avaliar o desempenho socioeconômico dos municípios de Goiás. O

objetivo do índice é dotar a administração pública e a sociedade com uma ferramenta capaz de

prover um diagnóstico abrangente do município de modo a subsidiar o planejamento, além de

fornecer elementos para uma análise comparativa dos municípios goianos nas suas diversas

dimensões.

O IDM é formado por seis dimensões: Economia, Trabalho, Educação, Segurança Pública,

Infraestrutura e Saúde. Todas elas contribuem igualmente para a composição do índice final, ou seja,

cada uma tem o mesmo peso no cálculo final. Cada dimensão do IDM é formada por variáveis que se

relacionam com o tema da dimensão. No total, foram utilizadas 37 variáveis de diversas fontes de

informações.

A metodologia se fundamenta na padronização dos indicadores por meio dos valores

mínimos e máximos. Essa metodologia é amplamente utilizada, como por exemplo, na construção do

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

No caso do IDM, foi feita a padronização para a escala de 0 a 10 a fim de permitir a

comparação entre os municípios. Para tanto, utilizou-se a seguinte padronização:

A expressão acima assegura que o índice fique entre zero e dez. Desse modo, quanto mais o

valor observado se aproximar do valor estabelecido como melhor, mais o índice tende para o valor

dez (melhor desempenho). Por outro lado, quando o valor observado se aproxima do pior valor

(mínimo), o índice tende para zero (pior desempenho).

Os 246 municípios goianos foram divididos em cinco grupos (quintos) de acordo com os

quintis da distribuição9, conforme a Tabela 10. Observa-se que os escores obtidos na dimensão

Economia são relativamente baixos. Por exemplo, 60% dos municípios de Goiás obtiveram nota igual

ou inferior a 1,49. Esse resultado pode ser explicado pelo perfil da maior parte dos municípios

goianos que são de pequeno porte e economia pouco expressiva.

9 Quintis - São valores dados a partir do conjunto de observações ordenado em ordem crescente, que dividem a distribuição em cinco partes iguais. O primeiro quintil, Q1, é o número que deixa 20% das observações abaixo e 80% acima, enquanto que o segundo quintil, Q2, deixa 40% das observações abaixo e 60% acima e assim por diante.

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Na dimensão Segurança, 40% dos municípios obtêm nota igual ou inferior a 7,03 o que

evidencia a realidade da maioria dos municípios do estado que possuem menos de 10 mil habitantes

(155 municípios) e um baixo número de ocorrências de crimes. Outro fator que pode corroborar os

resultados para a dimensão é o sub-registro de crimes.

Tabela 10 - IDM por grupos (quintos) - 2018

Grupos Economia Trabalho Educação Segurança Infraestrutura Saúde Geral

1º (20% menores) 1,06 2,57 4,96 6,51 2,44 7,07 4,50

2º 1,23 2,91 5,43 7,03 3,11 7,67 4,70

3º 1,49 3,18 5,79 7,63 3,79 8,12 4,91

4º 1,86 3,58 6,11 8,20 4,89 8,70 5,15

5º (20% maiores) 5,07 6,58 7,10 9,31 7,35 9,64 6,14

Elaboração: Instituto Mauro Borges/ Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

A distribuição dos municípios segundo o IDM 2018 nas regiões de planejamento é exibida na

Figura 64.

Figura 64 - Distribuição dos municípios por nível de desempenho nas regiões de planejamento - IDM 2018

Os melhores resultados foram apresentados pelas regiões Sudoeste Goiano e Sul Goiano,

com respectivamente 38,46% e 34,62% dos municípios na quinta parte da distribuição (que

concentra os 20% dos municípios com melhor desempenho no IDM Geral). As regiões do Nordeste

Goiano e Entorno do Distrito Federal não apresentaram nenhum município no melhor quinto. Ainda

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mais, 55,00% e 52,63% dos municípios dessas regiões se situaram no 1º quinto da distribuição (pior

desempenho).

Avaliando os resultados do IDM verifica-se que as dimensões Economia, Trabalho e

Infraestrutura associam-se de maneira positiva com o tamanho populacional dos municípios. Por

exemplo, a pontuação média na dimensão Economia aumenta com o acréscimo do tamanho da

população (Tabela 11). Os municípios com até 5 mil habitantes (94 municípios) apresentam escore

nessa dimensão de 1,26, enquanto que os municípios com mais de 500 mil habitantes (Goiânia e

Aparecida de Goiânia) apresentam pontuação média de 3,79.

As dimensões Segurança e Saúde exibem uma associação negativa com o número de

habitantes. Na dimensão Educação não se observa nenhuma relação entre o número de habitantes e

o desempenho no IDM Educação (Tabela 11).

Tabela 11 - IDM por parte dos municípios - 2018

Os resultados do IDM evidenciam uma desigualdade entre as metades Norte e Sul do estado.

Os dez municípios mais bem posicionados no ranking do IDM estão localizados na porção Sul do

estado, enquanto que os piores desempenhos estão na metade Norte, como pode ser observado no

Quadro 3 e na Figura 65.

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Quadro 3 - Índice de Desempenho dos Municípios, segundos os dez melhores e piores no ranking estadual - 2018

Ranking IDM

Município População

2017 IDM

Geral IDM

Economia IDM

Trabalho IDM

Educação IDM

Segurança IDM

Infraestrutura IDM

Saúde

Os melhores desempenhos

1 Ouvidor 6.332 6,14 3,07 6,58 7,00 6,92 4,35 8,94

2 Goiânia 1.466.352 5,92 5,07 5,23 5,87 5,76 7,16 6,44

3 Santo Antônio de Goiás 5.767 5,70 1,35 4,44 6,66 8,69 4,25 8,81

4 Ceres 22.207 5,62 1,30 4,25 6,37 6,39 6,57 8,86

5 Lagoa Santa 1.486 5,57 1,25 4,10 5,96 7,05 7,35 7,72

6 Edeia 12.252 5,55 2,38 4,11 6,02 7,11 5,18 8,53

7 Cachoeira Dourada 8.395 5,51 3,20 4,58 5,71 6,94 4,98 7,63

8 Chapadão do Céu 9.059 5,50 3,19 5,37 6,51 4,89 3,82 9,20

9 Paranaiguara 9.933 5,49 1,43 2,23 6,88 8,35 5,70 8,36

10 Jataí 98.180 5,49 3,14 3,24 5,93 6,88 6,32 7,41

Os piores desempenhos

237 Águas Lindas de Goiás 195.147 4,03 1,36 3,28 5,52 6,98 3,39 3,65

238 Montividiu do Norte 4.456 4,03 0,99 2,65 3,86 8,01 1,36 7,29

239 Vila Propício 5.694 4,02 1,67 2,54 4,90 6,90 0,84 7,24

240 Maurilândia 13.363 3,99 0,92 2,57 4,83 7,63 2,90 5,11

241 Teresina de Goiás 3.366 3,98 0,89 2,72 3,49 7,53 2,07 7,17

242 Novo Gama 109.980 3,86 0,89 4,28 4,23 7,66 2,32 3,79

243 Monte Alegre de Goiás 8.475 3,83 0,98 2,58 3,72 7,80 1,04 6,88

244 São Domingos 12.591 3,75 1,43 2,70 3,68 6,87 1,14 6,70

245 Flores de Goiás 15.050 3,67 0,97 2,88 3,21 7,74 0,10 7,09

246 Baliza 4.656 3,65 1,32 2,37 3,64 8,49 0,54 5,55

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Figura 65 - IDM por nível de desempenho, com destaque para os dez melhores e piores - 2018

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Figura 66 - IDM por dimensão - 2018

IDM Economia

IDM Trabalho

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IDM Educação

IDM Segurança

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IDM Infraestrutura

IDM Saúde

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A seguir são apresentados indicadores ligados ao IDM por região de planejamento. A Tabela

12 mostra os indicadores da dimensão Segurança. Em relação a taxa de crimes contra a dignidade

sexual as regiões do Nordeste Goiano e Entorno do Distrito Federal apresentaram as taxas mais

elevadas, respectivamente, 64,2 e 59,6 por 100 mil habitantes.

Tabela 12 - Indicadores IDM Segurança - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018 (taxas por 100 mil habitantes)

Regiões de Planejamento Crimes contra

a dignidade sexual

Crimes contra a pessoa

Crimes contra o patrimônio

Tráfico de drogas

Contravenções Penais

Centro Goiano (Eixo BR-153) 54,5 1.271,4 2.956,2 60,7 476,1

Entorno do Distrito Federal 59,6 1.466,7 3.733,7 61,0 218,2

Metropolitana de Goiânia 37,5 1.397,7 5.584,6 68,9 352,7

Nordeste Goiano 64,2 1.419,9 1.576,0 62,6 258,5

Noroeste Goiano 45,5 1.396,3 2.226,0 70,3 531,7

Norte Goiano 48,9 1.318,2 2.219,2 56,0 309,1

Oeste Goiano 49,2 1.262,8 2.001,9 77,0 383,8

Sudeste Goiano 37,5 1.272,9 3.058,7 99,8 309,6

Sudoeste Goiano 39,6 1.516,0 3.240,2 100,1 335,1

Sul Goiano 52,5 1.366,7 2.773,4 134,7 297,9

Goiás 46,5 1.391,0 3.941,3 74,8 335,0 Fonte: Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás e Projeções IMB 2017. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

A região de planejamento Sudoeste Goiano destaca-se de maneira negativa no número de

ocorrências de crimes contra a pessoa e tráfico de drogas, esse resultado aponta a ligação entre

tráfico de drogas e homicídios.

Em Goiás os crimes contra o patrimônio foram os mais frequentes, esse grupo abarca furto,

roubo, extorsão e extorsão mediante sequestro. No estado essa categoria apresentou taxa de

3.941,3 crimes por 100 mil habitantes e a RMG obteve a maior taxa atingindo 5.584,6.

Outro indicador da dimensão Segurança é a taxa de contravenções penais que refere-se a

ocorrência por 100 mil habitantes de infrações de menor impacto social em comparação com as

especificadas no código penal. Alguns exemplos de contravenções: deixar cair objetos de janelas de

prédios, provocação de tumulto ou conduta inconveniente, servir bebidas alcoólicas a menores, jogo

de azar, perturbação da tranquilidade alheia. Em 2017, a taxa de contravenções penais em Goiás foi

de 335 por 100 mil habitantes. A região do Noroeste Goiano exibiu a maior taxa com 531,7.

A Tabela 13 apresenta os indicadores da dimensão Economia. Dentre as regiões de

planejamento, a região Metropolitana de Goiânia (RMG) obteve a maior participação no PIB estadual

de 2016. Além disso, a região se destacou nas atividades de Serviços e Indústria e exibe a maior

participação dos recursos próprios na composição da receita total (40,26%).

O PIB per capita goiano alcançou R$ 27.135,06 sendo que 75 municípios do estado localizam-

se acima desse valor. Os destaques foram as regiões do Sudeste Goiano e do Sudoeste Goiano, com

respectivamente R$ 44.085 e R$ 41.570. Na região do Sudeste Goiano encontra-se o município de

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Davinópolis com o maior PIB per capita do estado R$148.316,37 e também Ouvidor (6º PIB per capita

do estado e 1º colocado no IDM Geral).

Observa-se que a região de planejamento Nordeste apresenta os menores PIB e PIB per

capita. Os municípios Teresina de Goiás, Damianópolis, Mambaí, Flores de Goiás e Monte Alegre de

Goiás que compõem essa região estão entre os 10 menores PIBs per capita do estado.

Ainda conforme a Tabela 13, a região Sudoeste Goiano concentra atividades no setor

agropecuário. Nela estão agrupados quatro dos dez maiores municípios em relação ao valor

adicionado da Agropecuária: Rio Verde, Jataí, Mineiros e Chapadão do Céu.

Tabela 13 - Indicadores IDM Economia - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018

Regiões de planejamento PIB 2016 PIB per capita 2016

VA Indústria

VA Serviços

VA Agropecuário

Recursos próprios

Evolução PIB

2014/2016

Centro Goiano (Eixo BR-153) 19.307.756 28.278 13,59% 10,09% 5,51% 24,12% 3,55% Entorno do Distrito Federal 18.520.923 15.441 6,67% 9,93% 11,62% 18,59% 9,39%

Metropolitana de Goiânia 69.340.203 28.204 31,73% 48,66% 3,13% 40,26% 2,02%

Nordeste Goiano 2.569.735 13.788 0,98% 1,05% 2,57% 12,55% 8,27%

Noroeste Goiano 2.728.694 18.399 0,91% 1,30% 2,93% 13,84% 4,97%

Norte Goiano 6.972.494 21.702 4,42% 2,95% 6,07% 13,45% 1,90%

Oeste Goiano 8.378.635 23.689 3,37% 3,38% 12,61% 14,00% 7,25%

Sudeste Goiano 12.075.015 44.085 8,80% 4,78% 11,08% 18,67% 6,72%

Sudoeste Goiano 26.279.804 41.570 19,55% 10,82% 28,90% 21,31% 8,19%

Sul Goiano 15.519.176 35.326 9,99% 7,04% 15,57% 21,31% 8,50%

Goiás 181.692.435 27.135 100,00% 100,00% 100,00% 26,25% 4,93%

Fonte: IMB e TCM-GO. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

Na dimensão Trabalho, são calculados quatro indicadores: empregos formais, qualificação,

variação do emprego formal e remuneração média (Tabela 14). O indicador empregos formais

representa a proporção de empregos formais entre as pessoas de 18 a 64 anos. O estado apresenta

nível de formalização do mercado de trabalho de 33,11%, das 10 microrregiões apenas 3 estão acima

desse valor. Como esperado, a RMG possui o maior nível de formalização com 45,91%.

A qualificação dos trabalhadores é mensurada pela proporção de postos de trabalho com ensino

médio ou superior. Nesse quesito, a RMG se destaca novamente com 76,72%, seguida pela região

Centro Goiano com 71,72%.

A região que apresentou a maior evolução dos postos de trabalhos formais foi a Noroeste Goiano

com 3,48%. Por outro lado, a região Norte Goiano reduziu seus postos em 3,40%.

A remuneração média no mercado formal de Goiás foi de R$ 2.463,75, apenas a RMG atingiu

valor acima da média estadual. A região Noroeste Goiano e Nordeste Goiano registraram as menores

médias salariais, respectivamente, R$ 1.687,01 e 1.752,93.

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Tabela 14 - IDM Trabalho - Goiás e Regiões de Planejamento - 2018

Regiões de planejamento Empregos formais

(18 a 64 anos) Qualificação

Variação emprego

formal

Remuneração média

Centro Goiano (Eixo BR-153) 31,65% 71,72% -0,58% 2.228,58

Entorno do Distrito Federal 15,54% 71,49% 2,53% 1.916,59

Metropolitana de Goiânia 45,91% 76,72% 0,35% 2.806,87

Nordeste Goiano 15,07% 68,02% 3,27% 1.752,93

Noroeste Goiano 23,03% 60,44% 3,48% 1.687,01

Norte Goiano 20,97% 67,64% -3,40% 2.011,38

Oeste Goiano 23,27% 60,73% 0,18% 1.815,61

Sudeste Goiano 31,26% 65,53% 0,30% 2.181,68

Sudoeste Goiano 34,76% 56,79% 0,12% 2.278,58

Sul Goiano 34,82% 58,66% 1,71% 2.096,78

Goiás 33,11% 70,95% 0,45% 2.463,75

Fonte: RAIS 2017 e Projeções IMB. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

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Panorama do produto interno bruto

A análise empreendida nesta seção compreende os anos de 2011 a 2018, de acordo com a

base de 2010 das Contas Regionais do IBGE, referente às informações do PIB de Goiás, dos seus três

setores (agropecuária, indústria e serviços), bem como as atividades que os compõem. O período de

2011 a 2016 são dados definitivos, enquanto que os dados relacionados aos anos de 2017 e 2018 são

previsões, sendo passíveis de mudanças quando forem divulgados os dados definitivos.

A Figura 67 mostra as taxas de crescimento anuais do PIB das economias do Brasil e de Goiás

para o período de 2011 a 2018. Goiás apresentou taxas de crescimento positivas e superiores às da

nacional, no período 2011-2014, mas por conta da crise macroeconômica iniciada em 2014, e com

forte repercussão na economia goiana, houve quedas para os anos de 2015 (-4,3%) e 2016 (-3,5%).

Em 2017, inicia-se a recuperação da crise, de forma mais acentuada na economia goiana (2,0%) em

relação à economia brasileira (1,1%). No entanto, essa conjuntura não se mantém para o ano de

2018, a taxa de crescimento do Brasil é de 1,1%, ante 0,6% para Goiás.

Figura 67 - Taxa de crescimento do PIB - Goiás e Brasil - 2011 a 2018 (%)

As Figuras 68 e 69 mostram a evolução do PIB nominal de Goiás e do Brasil (avaliado aos

preços correntes dos respectivos períodos utilizados na comparação). Nesse cálculo, nominalmente,

Goiás cresceu 4,6% e o PIB brasileiro 4,5% em relação ao ano de 2015, ambos tiveram variações

nominais abaixo da inflação, que foi de 6,3%.

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Figura 68 - PIB a preços correntes e projeções - Goiás - 2010 a 2018 (RS milhões)

Figura 69 – PIB a preços correntes e projeções - Brasil - 2010 a 2018 (RS milhões)

3.885.8474.376.382

4.814.7605.331.619

5.778.953 5.995.7876.267.205

6.553.8436.827.586

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017* 2018*

Fonte: IBGE/IMB/Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.*Estimativa.

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No período que se iniciou em 2010, ano base das contas regionais, o Produto Interno Bruto

goiano cresceu, em termos reais, a uma taxa média de 1,2% ao ano, de 2010 a 2016, desempenho

acima da média nacional, que ficou em 0,4% no período. Em valor, o PIB goiano cresceu 9,3% ao ano

no mesmo período. Este desempenho propiciou que Goiás mantivesse a participação no PIB nacional

e permanecesse no seleto grupo dos dez estados maiores em PIB do País. Goiás é a nona economia

brasileira e tem uma participação de 2,9% no PIB do Brasil (Figura 70).

Figura 69 - Participação de Goiás no PIB do Brasil - 2010 a 2016 (%)

O crescimento de Goiás no período se deu entre os diversos segmentos que compõem a

economia. De 2010 a 2016 a atividade da Agropecuária teve um crescimento de 15,3%, a indústria

5,1% e Serviços 7,3%. A Agropecuária tem contribuído para o bom resultado, o forte dinamismo do

agronegócio, que vem se consolidando nessas últimas décadas, desde o produtor até o

beneficiamento e venda dos produtos agropecuários. A crescente integração da atividade com o

setor de insumos e com as agroindústrias tem contribuído para o fortalecimento do agronegócio em

Goiás.

Na Indústria, a ampliação no número de empresas ligadas ao segmento industrial, tais como:

indústrias de Fabricação de etanol; de Produtos químicos orgânicos e inorgânicos (fabricação de

adubos e fertilizantes e de intermediários para fertilizantes); medicamentos; metalurgia (produção

de ferroligas e de metais preciosos) e Fabricação de produtos alimentícios (abate de reses, exceto

suínos, fabricação de especiarias, molhos, temperos e condimentos, açúcar e biscoitos), entre outras,

tem contribuído para a expansão da atividade.

No setor de Serviços em termos de volume, apresentou a segunda maior taxa no período

(7,3%). Sua participação na estrutura estadual, no período de 2010 a 2016, representa em média

62,2%. Em termos de valor adicionado (VA), as atividades mais relevantes no setor foram as

seguintes: administração, educação e saúde pública, defesa e seguridade social; comércio,

manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas; atividades imobiliárias.

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Figura 70 - Evolução do volume das atividades econômicas - Goiás - 2011 a 2018 (%)

Figura 71 – Evolução da participação setorial - Goiás - 2010 e 2016 (%)

Em termos regionais, todas as Grandes Regiões apresentaram variações em valor do PIB

positivas, na passagem de 2015 para 2016. A Região Sudeste apresentou a menor variação, 2,9%,

puxadas pelos os Estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, que tiveram os valores dos seus PIBs

reduzidos, queda de 9,3% e 2,9%, respectivamente. A Região Centro-Oeste apresentou a maior

variação, 9,2%, sendo que no ranking das Unidades da Federação, o Estado de Mato Grosso liderou

em valor, 15,3%, seguido por Mato Grosso do Sul, com 10,6% e Distrito Federal em terceira posição,

com 9,2%, enquanto Goiás variou 4,6%, próxima da registrada para o PIB brasileiro, 4,5%, ambas

foram inferiores à inflação do período (6,3%). O PIB das demais Regiões variaram em média 5,6%

(Figura 73).

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Fonte: IBGE / IMB / Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

Figura 72 - PIB a preços correntes - Unidades da Federação - 2016 (RS milhões)

Em 2016 o PIB per capita goiano atingiu R$ 27.135,06, ante R$ 17.783,03 em 2010,

incremento de R$ 9.352,03. Este resultado fez com que Goiás ficasse na 10ª colocação, uma posição

acima em relação a 2010. Na comparação com o Brasil, Goiás ganhou participação, pois representava

em 87,3% do PIB per capita brasileiro em 2010, passando para 89,2% em 2016 (Figuras 74 e 75).

Figura 73 - PIB per capita - Goiás e Brasil - 2010 a 2016 (RS)

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Figura 74 - Relação entre o PIB per capita - Goiás e Brasil - 2010 a 2016

No recorte por Unidades da Federação, o do Distrito Federal continua tendo o maior PIB per

capita brasileiro, no valor de R$ 79.100, cerca de 2,6 vezes maior que o PIB per capita brasileiro (R$

30.411,30). Os outros maiores PIBs per capita em 2016 são, na ordem foram: São Paulo, Rio de

Janeiro, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. Em sentido

contrário, Maranhão (27ª, R$ 12.264,28) e Piauí (26ª, R$ 12.890,25) foram os menores PIBs per

capita do Brasil em 2016. Ao longo do período de 2010 a 2016, esses dois estados alternam de

posição, mas nunca deixaram de terem os menores resultados (Figura 76).

Em relação à localização geográfica, as oito Unidades da Federação que possuíam PIB per

capita maiores que o do Brasil em 2016, restringiram-se às Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o

estado de Goiás é o único que ainda apresenta PIB per capita abaixo da média do País.

Figura 75 - PIB per capita - Unidades da Federação – 2016 (RS)

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PIB regional

Conforme descrito na Tabela 15, nota-se que, em Goiás, a Agropecuária – que inclui,

agricultura, pecuária, pesca e floresta– é a atividade que mais cresceu no período, 15,3%, uma taxa

anual de 2,4%, sendo que a subatividade de agricultura foi quem alavancou esse crescimento.

Serviços cresceu 7,3%, deve-se ressaltar que este setor é bastante diversificado, englobando diversos

serviços, os prestados às famílias e às empresas, comércio, serviços de intermediação financeira

entre outros. A Indústria, de 2010 a 2016, expandiu 5,1%, sendo que a indústria de transformação

(16,4%) foi quem contribuiu para o bom resultado do setor industrial. O crescimento do PIB no

período foi de 7,3%, igual ao crescimento da atividade de Serviços, observa-se que o crescimento de

Goiás no período dependeu mais da dinâmica do setor de Serviços do que da indústria.

No que tange a estrutura econômica goiana, nota-se que apresenta algumas alterações

importantes, entre 2010 e 2016, uma delas é a perda de participação da Indústria, principalmente da

transformação e da construção, conforme apresentado na Tabela 16.

Enquanto a atividade de Serviços é a que mais ganha participação entre os grandes setores,

aumentou a participação em 4,4 pontos percentuais, percebe-se elevação, principalmente de

atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e de atividades imobiliárias, conforme

demonstrado na Tabela 16. A atividade de administração, educação e saúde pública, defesa e

seguridade social tem o maior peso, seguido por comércio e reparação de veículos automotores e

motocicletas e indústria da transformação, juntos representam 41,8% do valor adicionado da

econômica goiana (Tabela 16).

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Tabela 15 - Variação em volume - Goiás - 2011 a 2016 (%)

Setores de atividades 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Acumulado Goiás 10-

16 Taxa média

Agropecuária 10,8 8,8 1,2 -1,0 -4,9 0,4 15,3 2,4

Agricultura, inclusive o apoio e a pós colheita

16,4 13,3 -0,6 0,4 -4,9 3,6 29,6 4,4

Pecuária 2,8 2,4 2,8 -3,5 -4,2 -4,0 -3,9 -0,7

Floresta e pesca 14,5 2,7 62,4 3,2 -23,9 -2,3 46,6 6,6

Indústria 7,6 1,3 3,8 2,2 -4,8 -4,5 5,1 0,8

Indústria extrativa mineral

-5,6 -6,6 9,2 3,1 -4,5 -16,9 -21,2 -3,9

Indústria de transformação

6,5 -0,4 6,3 5,1 1,4 -3,2 16,4 2,6

Geração e distribuição de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana

9,5 8,9 -9,5 -1,1 -3,6 0,1 2,9 0,5

Construção 10,1 1,3 5,8 -1,3 -13,3 -8,4 -7,5 -1,3

Serviços 4,0 4,9 3,5 1,7 -3,7 -3,1 7,3 1,2

Comércio, manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas

3,2 3,5 3,9 -0,4 -12,0 -10,6 -13,0 -2,3

Transporte, Armazenagem e Correio

3,9 8,6 7,5 5,7 -6,9 -11,2 6,0 1,0

Serviços de Alojamento e Alimentação

5,9 8,1 1,4 7,4 -5,3 -1,3 16,6 2,6

Serviços de Informação -3,7 6,6 -18,9 11,0 -3,5 -4,3 -14,6 -2,6

Intermediação financeira, de seguros e previdência complementar e serviços relacionados

12,2 18,6 4,5 9,5 3,3 -1,5 54,9 7,6

Atividades Imobiliárias 3,8 6,1 4,8 0,2 -2,1 -0,6 12,5 2,0

Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares

9,4 7,2 7,1 1,2 -2,4 3,0 27,8 4,2

Administração, educação e saúde pública, defesa e seguridade social

2,1 1,9 2,3 1,0 0,4 0,4 8,3 1,3

Educação e Saúde Privada 6,3 2,4 1,9 1,9 3,8 0,7 18,1 2,8

Artes, cultura, esporte e recreação e outros serviços

4,6 8,7 0,4 11,0 -7,7 -4,8 11,4 1,8

Serviços domésticos 0,7 -7,7 14,6 -9,5 13,2 2,7 11,9 1,9

Valor adicionado 5,8 4,4 3,3 1,5 -4,1 -3,1 7,7 1,2

PIB 5,8 4,5 3,1 1,9 -4,3 -3,5 7,3 1,2

Fonte: IBGE / IMB / Secretaria de Estado da Economia de Goiás -2019.

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Tabela 16 - Participação das atividades econômicas no valor adicionado bruto - Goiás - 2010-2016

Atividades econômicas

Participação no valor adicionado bruto (%)

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Diferença

em p.p

Valor Adicionado 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

Agropecuária 11,1 11,0 11,5 12,3 10,7 10,4 12,2 1,0

Agricultura, inclusive apoio à agricultura e a pós-colheita 6,4 6,5 7,3 7,7 6,1 6,0 7,8 1,4

Pecuária, inclusive apoio à Pecuária 4,6 4,5 4,1 4,4 4,4 4,4 4,3 -0,3

Produção florestal, pesca e aquicultura 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,1 0,1 0,0

Indústria 28,3 26,9 25,9 25,8 23,8 24,5 22,9 -5,4

Indústrias extrativas 1,1 1,4 1,3 0,9 0,7 0,7 0,4 -0,6

Indústrias de transformação 14,6 12,9 13,3 13,5 11,3 11,8 11,9 -2,7

Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 4,5 4,3 4,1 3,5 3,3 4,5 4,2 -0,3

Construção 8,2 8,3 7,3 7,9 8,5 7,5 6,4 -1,8

Serviços 60,5 62,0 62,6 61,9 65,6 65,1 64,9 4,4

Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas 14,3 15,0 14,7 15,2 16,9 14,7 14,1 -0,2

Transporte, armazenagem e correio 3,4 3,8 3,4 3,1 3,2 3,6 3,4 0,0

Alojamento e alimentação 1,9 1,9 2,2 2,1 2,7 2,7 2,4 0,6

Informação e comunicação 2,0 1,7 1,7 1,1 1,8 1,7 1,6 -0,4

Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 3,1 3,2 3,5 3,5 4,0 4,4 5,0 1,8

Atividades imobiliárias 8,7 9,0 9,7 10,0 9,5 10,2 10,3 1,6

Atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares 5,3 5,5 5,8 5,6 5,5 5,3 5,5 0,2

Administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social 15,4 15,5 14,8 15,5 15,6 15,9 15,8 0,5

Educação e saúde privadas 2,8 2,8 3,3 2,3 2,8 3,0 3,3 0,5 Artes, cultura, esporte e recreação e outras atividades de serviços 2,1 2,0 2,0 2,0 2,0 1,9 1,7 -0,3

Serviços domésticos 1,7 1,7 1,5 1,7 1,5 1,7 1,8 0,1

Fonte: IMB/IBGE Elaboração: :IMB/Secretaria de Estado de Economia- 2019.

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Os resultados apresentados, com base na conta da renda para Goiás, mostram o

comportamento das atividades produtivas, no que se refere as remunerações, ao excedente

operacional, ao valor adicionado, ao pessoal ocupado e a suas relações, que resultam na

produtividade do trabalho, porém devem ser entendidas com reserva, pois há restrições, quanto ao

detalhamento, que podem dificultar conclusões mais precisas. Deve-se lembrar que Goiás assim

como as demais Unidades da Federação realizam o cálculo das Contas Regionais somente pelo lado

da oferta e é construída uma conta da renda bastante agregada. De tal modo, que a análise ainda

não pode ser feita sob a ótica da demanda.

Os dados são das Contas Regionais do Brasil de 2016, do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), elaborados em parceria com IMB/Secretaria de Estado de Economia. A variável de

pessoal ocupado, é oriunda da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2016. Vale dizer

que as agregações por atividade econômica, tanto do valor adicionado total e do pessoal ocupado da

PNAD, englobam a parte formal e informal da economia.

Na Tabela 17, com referência ao índice de produtividade, a relação entre a produtividade da

Indústria (51,6) e da Agropecuária (33,2) – é de 1,6 vezes, e a razão entre Serviços (48,1) e a

Agropecuária é maior 1,4 vezes. No caso da Agropecuária apresentar índice de produtividade abaixo

dos demais setores, é que a subatividade da agricultura goiana é bastante mecanizada e a da

pecuária, onde grande parte é praticada de forma extensiva, ocupam poucos trabalhadores. A

explicação da produtividade da Indústria ser superior a da Agropecuária, é porque utiliza mais

tecnologia, mão-de-obra mais qualificada e emprega mais trabalhadores formais. O setor de Serviços

é bastante heterogêneo, tem segmentos onde se aplica inovações de forma constante, caso dos

serviços de informação, outra explicação é devido a sua participação relevante na formação do PIB.

Quanto à participação das atividades em termos do excedente operacional bruto, as de

serviços de imobiliárias, agropecuária e comércio e reparação de veículos automotores e

motocicletas, aparecem como as de maior retorno, na interpretação da contabilidade social. Quanto

à variável remuneração, a da administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social

lideram, representando 29,9% no total de todas as remunerações.

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Tabela 17 - Conta da Renda - Goiás - 2016

Atividades

Participação

no Valor

Adicionado

(R$ milhões

de 2016)

Pessoal

Ocupado (em

mil pessoas)

Índice de

produtividade

(Em R$ mil por

pessoa/ano)

Participação

na

remuneração

(%)

Excedente

Operacional+

Rendimento

Misto (%)

Valor Adicionado Goiás 100,0 100,0 46,3 100,0 100,0

Agropecuária 12,2 17,0 33,2 5,2 19,4

Indústrias extrativas 0,4 0,1 138,1 0,5 0,3

Indústrias de transformação 11,9 10,3 53,8 13,8 9,5

Eletricidade e gás, água, esgoto,

atividades de gestão de resíduos e

descontaminação

4,2 0,8 236,0 1,6 6,6

Construção 6,4 9,3 31,6 5,7 6,9

Comércio e reparação de veículos

automotores e motocicletas 14,1 18,9 34,6 14,8 13,3

Transporte, armazenagem e correio 3,4 4,1 37,9 4,3 2,5

Alojamento e alimentação 2,4 5,7 19,6 2,5 2,3

Informação e comunicação 1,6 0,7 101,2 1,4 1,6

Atividades financeiras, de seguros e

serviços relacionados 5,0 0,8 302,9 3,6 6,1

Atividades imobiliárias 10,3 0,4 1.115,5 0,2 19,8

Atividades profissionais, científicas e

técnicas, administrativas e serviços

complementares

5,5 5,9 42,9 5,9 5,1

Administração, defesa, educação e

saúde públicas e seguridade social 15,8 8,6 84,9 29,9 3,2

Educação e saúde privadas 3,3 4,4 34,8 4,9 1,8

Artes, cultura, esporte e recreação e

outras atividades de serviços 1,7 5,1 15,6 1,9 1,5

Serviços domésticos 1,8 7,8 10,8 3,8 0,0

Fonte: IMB/IBGE

Elaboração: :IMB/Secretaria de Estado de Economia- 2019

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Quando se pensa em estratégias de desenvolvimento, retomada da atividade econômica, é

importante a priorização quanto a alocação de recursos. Nesse sentido as políticas públicas devem

ser orientadas para as atividades econômicas mais dinâmicas, ou seja, aquelas que geram empregos,

renda e produtividade para o restante da economia.

Conforme Tabela 18, as Unidades da Federação da Região Centro-Oeste destacam-se pelos

altos índices de participação de excedente operacional bruto mais rendimento misto bruto,

impulsionados pelo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estados com maior percentual deste

componente da renda em todo o Brasil: 53,8% e 48,9%, respectivamente. E o excedente operacional

bruto de Goiás representa 46,2%, posicionando o Estado de 4ª posição, superior à média brasileira,

43,9%. Em contrapartida, Distrito Federal é a terceira Unidade da Federação em participação no

agregado remunerações no País, devido ao segmento de administração pública.

Quanto a representatividade da remuneração, Goiás, representa 42,2% de participação dos

componentes do PIB pela ótica da renda, se posicionando entre as Unidades da Federação em 21ª

posição, os primeiros colocados nesse agregado são Roraima (60,7%), Amapá (57,9%) e Distrito

Federal (56,3%), todos puxados pela remuneração da Administração pública.

Com referência aos impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção e importação, a

participação de Goiás não é tão significativa, representa 11,6% do PIB pela ótica da renda. Goiás está

entre os Estados que concedem incentivos fiscais. Nota-se ainda que em três dos quatro estados do

Sudeste, a participação de impostos, líquidos de subsídios, é superior ao resultado nacional (14,5%);

sendo Minas Gerais a exceção (13,1%).

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Tabela 18 - Participação das Unidades da Federação nos componentes do PIB e dos componentes do PIB pela ótica da renda - Unidades da Federação - 2016 (%)

Participação das Unidades da Federação no Brasil (%) Participação dos componentes do PIB pela

ótica da renda (%)

Unidades da Federação

Remuneração dos

empregados

Impostos, líquidos de subsídios,

sobre a produção e importação

Excedente operacional

bruto e rendimento misto bruto

Remuneração dos

empregados

Impostos, líquidos de

subsídios, sobre a produção e importação

Excedente operacional

bruto e rendimento misto bruto

BRASIL 100 100 100 44,7 14,5 40,8

Rondônia 0,7 0,5 0,6 47,0 11,0 41,9

Acre 0,3 0,1 0,2 53,7 9,5 36,8

Amazonas 1,3 1,5 1,5 40,4 15,8 43,9

Roraima 0,2 0,1 0,1 60,7 7,8 31,5

Pará 2,1 1,5 2,6 41,7 10,2 48,1

Amapá 0,3 0,1 0,2 57,9 6,7 35,4

Tocantins 0,5 0,3 0,5 46,5 10,0 43,5

Maranhão 1,3 1,1 1,5 44,0 11,6 44,4

Piauí 0,8 0,5 0,6 52,4 11,2 36,4

Ceará 2,5 1,9 2 50,2 12,8 37,0 Rio Grande do Norte 1,1 0,8 0,9 49,9 11,8 38,3

Paraíba 1,1 0,7 0,9 51,7 11,3 37,0

Pernambuco 2,8 2,7 2,5 47,0 14,8 38,2

Alagoas 0,8 0,5 0,8 46,6 10,1 43,3

Sergipe 0,7 0,5 0,6 49,5 11,3 39,1

Bahia 4,1 3,6 4,4 44,4 12,5 43,1

Minas Gerais 8,8 7,9 8,9 45,2 13,1 41,7

Espírito Santo 1,7 2,0 1,7 43,2 16,7 40,1

Rio de Janeiro 11,4 11,6 8,5 49,7 16,5 33,8

São Paulo 31,1 37,3 32,3 42,8 16,7 40,5

Paraná 6,0 5,9 7,1 41,8 13,4 44,8

Santa Catarina 4,1 4,5 3,9 44,7 16,1 39,2 Rio Grande do Sul 6,1 6,1 7,2 41,7 13,6 44,7 Mato Grosso do Sul 1,3 1,1 1,8 40,5 10,5 48,9

Mato Grosso 1,6 1,3 2,6 36,7 9,5 53,8

Goiás 2,7 2,3 3,3 42,2 11,6 46,2

Distrito Federal 4,7 3,4 2,8 56,3 13,1 30,6

Fonte: IBGE

Elaboração: :IMB/Secretaria de Estado de Economia- 2019

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PIB dos municípios goianos

A economia goiana apresentou retração em 2016, com taxa de -3,5%, ante -4,3% registrada

em 2015. O valor do PIB (preços correntes) de Goiás atingiu o montante de R$ 181,69 bilhões, com

incremento de R$ 8,06 bilhões em relação a 2015. A partir do valor do PIB regional realiza-se a

estimação do PIB dos municípios goianos por meio de distribuição desse valor entre os seus 246

municípios.

Dessa forma, avalia-se a renda gerada nos 246 municípios goianos segmentada pelos setores

da Agropecuária, Indústria, Serviços (exclusive a atividade da Administração Pública) e Administração

Pública. Ademais, apresentam-se os resultados dos impostos medidos indiretamente e do PIB per

capita.

Observa-se, ao longo dos anos, uma modificação da estrutura produtiva em Goiás, conforme comparação entre 2010 e 2016. Verifica-se que o setor Indústria vem perdendo espaço, enquanto o setor de Serviços apresenta aumento de participação (Tabela 19).

Tabela 19 - Estrutura produtiva: participação relativa das atividades econômicas - Goiás - 2010 a 2016

Setor 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Agropecuária 11,1% 11,1% 11,5% 12,3% 10,7% 10,4% 12,2%

Indústria 28,3% 26,9% 25,9% 25,8% 23,8% 24,5% 22,9%

Serviços (exclusive Adm. Pub.)

45,2% 46,5% 47,8% 46,4% 49,9% 49,2% 49,1%

Administração Pública 15,4% 15,5% 14,8% 15,5% 15,6% 15,9% 15,8%

Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística. Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

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Figura 76 - Estrutura produtiva: destaque para a principal atividade - Goiás - 2016

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Verifica-se que 39,4% dos municípios goianos possuíam, em 2016, a atividade Agropecuária

como a mais representativa na economia local. A atividade de Serviços também possui grande

importância, dado que 95 municípios goianos a tiveram como principal atividade econômica. A

Administração Pública se destacou na estrutura produtiva de 32 municípios goianos. Por outro lado,

a Indústria vem perdendo participação econômica, de forma que apenas 8,9% dos municípios

goianos a apresentaram como principal atividade econômica. Nessa atividade, destaca-se o

município de São Simão, onde a Indústria representou 86,9% da economia, estimulada pela geração

de energia elétrica (Figura 77).

A Tabela 20 mostra que os dez maiores PIBs municipais representaram 56,9% do PIB

estadual, com uma diminuição de 1,9 p.p. em relação a 2015. Essa diminuição pode ser explicada,

sobretudo, pela tendência de diminuição de participação da capital Goiânia (-1,2 p.p.).

Tabela 20 - Dez maiores municípios em relação ao PIB - 2015 e 2016

Ranking

2015 2016

Município Valor (R$

Mil) Part. Município

Valor (R$ Mil)

Part.

1º Goiânia 46.631.191 26,9% Goiânia 46.659.223 25,7%

2º Anápolis 13.301.356 7,7% Anápolis 13.118.759 7,2%

3º Aparecida de Goiânia

11.524.355 6,6% Aparecida de Goiânia

11.980.985 6,6%

4º Rio Verde 8.075.364 4,7% Rio Verde 8.338.518 4,6%

5º Catalão 5.677.247 3,3% Catalão 5.890.525 3,2%

6º Itumbiara 3.971.655 2,3% Itumbiara 4.110.211 2,3%

7º Jataí 3.838.761 2,2% Jataí 4.040.385 2,2%

8º Luziânia 3.353.794 1,9% Luziânia 3.439.433 1,9%

9º São Simão 3.106.633 1,8% Senador Canedo 3.411.284 1,9%

10º Senador Canedo 2.686.488 1,5% São Simão 2.363.898 1,3%

Total 102.166.845 58,8%

103.353.221 56,9%

Estado de Goiás 173.632.450

181.692.435

Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística. Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

O valor do PIB per capita de Goiás foi de R$ 27.135,06 em 2016. Porém, 75 municípios

goianos superaram esse valor. O valor do PIB per capita de Goiânia, por exemplo, foi de R$

32.209,01, R$ 5.073,95 a mais que o estadual. Apresenta-se, na Tabela 21, os dez maiores PIBs per

capita de 2015 e 2016. Esses municípios destacam-se por terem uma economia baseada, sobretudo

nas atividades de Serviços e Indústria, assim como pela combinação do valor do PIB com baixa

aglomeração populacional.

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Tabela 21 - Dez maiores municípios em relação ao PIB per capita - 2015 e 2016

Ranking

2015 2016

Município Valor (R$

Mil) Município Valor (R$ Mil)

1 São Simão 162.565,90 Davinópolis 148.316,37

2 Davinópolis 102.991,30 Perolândia 134.919,66

3 Perolândia 101.644,40 São Simão 121.806,46

4 Alto Horizonte 93.109,00 Chapadão do Céu 121.054,33

5 Chapadão do Céu 92.747,17 Cachoeira Dourada 114.807,73

6 Cachoeira Dourada 89.678,97 Ouvidor 95.794,89

7 Ouvidor 83.017,07 Turvelândia 81.567,20

8 Pilar de Goiás 67.061,63 Barro Alto 77.671,72

9 Rio Quente 65.379,83 Aporé 73.609,20

10 Barro Alto 60.320,14 Paraúna 72.605,27

Estado de Goiás 26.265,44

26.265,32

Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística. Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

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Figura 77 - PIB per capita: destaque para os dez maiores e para os dez menores - Goiás - 2016

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No ano de 2016 foi apurado um VA de R$ 19,728 bilhões para a Agropecuária goiana, sendo a

única atividade a obter desempenho positivo em volume (0,4%), além de ganho de participação na

estrutura produtiva de 1,8 p.p. Os dez municípios com maior participação na Agropecuária

representaram 30,1% da renda gerada por esse setor; com expansão de 1,5 p.p. em comparação com

o ano anterior, conforme apresentado na Tabela 22.

O município de Rio Verde manteve-se com a maior participação no total da produção

Agropecuária do estado (6,6%), destacou-se em 2016 como o maior produtor de soja, maior criador

de suínos e aves do estado de Goiás. Ademais também se destaca na cana-de-açúcar, lavoura

temporária, cultivo de cereais, silvicultura e extração vegetal e criação bovinos. Esse município

também se destacou no cenário nacional como terceiro maior VA da Agropecuária do país.

Jataí avulta-se como a segunda maior participação no total da produção Agropecuária do

estado (4,9%), com destaque para o cultivo de soja, cereais e cana-de-açúcar, tal como para a criação

de suínos e de bovinos. Este município também se destacou no cenário nacional como sétimo maior

VA da Agropecuária do país.

Tabela 22 - Dez maiores municípios em relação ao VA da Agropecuária - 2015 e 2016

Ranking

2015 2016

Município Valor (R$

Mil) Part.

% Município

Valor (R$ Mil)

Part.%

1 Rio Verde 992.862 6,2% Rio Verde 1.294.402 6,6%

2 Jataí 784.901 4,9% Jataí 969.787 4,9%

3 Cristalina 723.400 4,5% Cristalina 894.720 4,5%

4 Mineiros 376.956 2,3% Mineiros 477.335 2,4%

5 Goiatuba 318.658 2,0% Goiatuba 410.216 2,1%

6 Luziânia 293.220 1,8% Paraúna 396.468 2,0%

7 Catalão 285.720 1,8% Montividiu 391.683 2,0%

8 Chapadão do Céu 284.464 1,8% Chapadão do Céu 375.756 1,9%

9 Paraúna 278.474 1,7% Ipameri 368.647 1,9%

10 Montividiu 273.678 1,7% Catalão 368.115 1,9%

Total 4.612.333 28,6%

5.947.129 30,1%

Estado de Goiás 16.107.353

19.727.711

Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística. Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás– 2019.

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Figura 78 - Municípios segundo o VA da Agropecuária: destaque para os dez maiores – Goiás - 2016

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Observa-se, nos últimos anos, que a Indústria vem perdendo participação na estrutura

produtiva goiana. Em 2016, apenas 22 municípios goianos tiveram a Indústria como principal

atividade econômica e foi apurado um VA de R$ 37,171 bilhões para a Indústria goiana. Na Tabela 23

são apresentados os dez maiores municípios com participação neste setor, os quais representaram

60,0% na estrutura do VA estadual, com redução de 4,3% p.p. sobre o ano anterior, indicando uma

leve desconcentração dessa atividade.

Goiânia, apesar de apresentar perda de participação na estrutura total do Estado, segue na

liderança do VA da Indústria (17,5%), com destaque para produtos de metal, alimentos, bebidas,

vestuário, farmacêuticos e químicos.

Anápolis manteve-se como a segunda maior participação do estado (10,0%), e também

perdeu participação em comparação a 2015. O destaque é no segmento farmacêutico e químico,

metal, alimentos, bebidas, automóveis e construção.

Tabela 23 - Dez maiores municípios em relação ao VA da Indústria - 2015 e 2016

Ranking

2015 2016

Município Valor (R$) Part.% Município Valor (R$) Part.%

1 Goiânia 7.264.530 19,2% Goiânia 6.516.717 17,5%

2 Anápolis 4.131.330 10,9% Anápolis 3.712.361 10,0%

3 São Simão 2.723.437 7,2% Aparecida de Goiânia 2.468.260 6,6%

4 Aparecida de Goiânia 2.521.873 6,7% São Simão 2.012.681 5,4%

5 Catalão 1.798.068 4,8% Catalão 1.811.028 4,9%

6 Rio Verde 1.785.267 4,7% Rio Verde 1.725.588 4,6%

7 Itumbiara 1.248.471 3,3% Itumbiara 1.248.309 3,4%

8 Minaçu 1.122.634 3,0% Senador Canedo 1.126.029 3,0%

9 Luziânia 891.855 2,4% Luziânia 896.319 2,4%

10 Senador Canedo 838.197 2,2% Jataí 781.122 2,1%

Total 24.325.663 64,3%

22.298.414 60,0%

Estado de Goiás 37.806.900

37.171.003 Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística. Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

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100

Figura 79 - Municípios segundo o VA da Indústria: destaque para os dez maiores - Goiás - 2016

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101

Em 2016, a produção do setor de Serviços em Goiás (exclusive Administração Pública)

alcançou o montante de R$ 79,516 bilhões. Os dez municípios com maior participação no setor de

Serviços (exclusive administração pública) representaram 66,7% da renda gerada por esse setor

(Tabela 24).

Tabela 24 - Dez maiores municípios em relação ao VA de serviços (exclusive Administração Pública) - Goiás - 2015 e 2016

Ranking

2015 2016

Município Valor (R$) Part.

% Município Valor (R$)

Part. %

1 Goiânia 28.013.619 36,8% Goiânia 28.379.914 35,7%

2 Aparecida de Goiânia 5.812.760 7,6% Aparecida de Goiânia 6.057.955 7,6%

3 Anápolis 5.556.561 7,3% Anápolis 5.874.020 7,4%

4 Rio Verde 3.514.063 4,6% Rio Verde 3.524.445 4,4%

5 Catalão 1.897.184 2,5% Catalão 2.089.361 2,6%

6 Itumbiara 1.640.768 2,2% Itumbiara 1.696.056 2,1%

7 Jataí 1.522.257 2,0% Jataí 1.558.401 2,0%

8 Luziânia 1.227.020 1,6% Senador Canedo 1.341.747 1,7%

9 Valparaíso de Goiás 1.166.765 1,5% Luziânia 1.247.423 1,6%

10 Senador Canedo 1.081.548 1,4% Valparaíso de Goiás 1.245.114 1,6%

Total 51.432.545 67,6%

53.014.437 66,7%

Estado de Goiás 76.120.155

79.516.359 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais.

Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

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Figura 80 - Municípios segundo o VA de Serviços: destaque para os dez maiores – Goiás - 2016

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A Tabela 25 apresenta os municípios com as maiores e as menores participações na APU em

seu VA, nos anos de 2015 e 2016. Observa-se, de forma geral, que os dez municípios em que a APU

possui as maiores participações em suas economias, apresentam atividade econômica de pouca

expressividade, baixa população e os menores PIBs per capita. Isso demonstra a forte dependência

econômica desses municípios em relação aos recursos públicos.

Tabela 25 - Dez municípios com maior e menor participação da Administração Pública no VA Total - Goiás - 2015 e 2016

Ranking

2015 2016

Município Part. da Adm.

Pública na economia Município

Part. da Adm. Pública na economia

Maiores Participações

1 Anhanguera 53,0% Anhanguera 54,3% 2 Teresina de Goiás 52,3% Teresina de Goiás 54,0% 3 Damianópolis 47,9% Santo Antônio Descoberto 47,2% 4 Jesúpolis 47,5% Jesúpolis 47,0% 5 Santo Antônio Descoberto 47,1% Damianópolis 46,3% 6 Colinas do Sul 46,7% Bonfinópolis 46,1% 7 Palmelo 45,4% Colinas do Sul 44,7% 8 Bonfinópolis 44,0% Palmelo 44,4% 9 Guarani de Goiás 43,2% Novo Gama 44,0%

10 Novo Gama 42,7% Guarani de Goiás 43,1%

Menores participações

237 Catalão 9,0% Ouvidor 7,3% 238 Pilar de Goiás 8,6% Barro Alto 7,2% 239 Paraúna 8,0% Edéia 7,2% 240 Ouvidor 7,9% Turvelândia 7,2% 241 Alto Horizonte 7,6% Paraúna 6,3% 242 Perolândia 6,8% Cachoeira Dourada 5,5% 243 Davinópolis 6,6% Chapadão do Céu 5,5% 244 Chapadão do Céu 6,6% Perolândia 5,4% 245 Cachoeira Dourada 6,4% Davinópolis 4,8% 246 São Simão 3,0% São Simão 4,1%

Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística. Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

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Figura 81 - Municípios segundo o VA da Administração Pública: destaque para os dez com maior e

com menor dependência - Goiás - 2016

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Destaques dos municípios goianos no cenário nacional

No ranking dos 100 maiores municípios brasileiros, segundo o Produto Interno Bruto, Goiânia se

posicionou na 15ª posição, Anápolis na 69ª e Aparecida de Goiânia na 77ª;

No PIB per capita, três municípios goianos figuraram entre os cinquenta maiores do País:

Davinópolis, Perolândia e São Simão 24ª, 30ª e 35ª posições, respectivamente;

Na Indústria, Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia estão entre os cem maiores Valores

Adicionados da Indústria brasileira, ocupando a 27ª, 52ª e 91ª posições, respectivamente;

No setor de Serviços, os destaques em termos de VA foram os municípios de Goiânia, Aparecida

de Goiânia e Anápolis, nas posições 13ª, 66ª e 73ª, respectivamente.

Na Agropecuária, os destaques foram os municípios de Rio Verde, Jataí e Cristalina, que

obtiveram o 3º, o 7º e o 8º maior VA da Agropecuária no País.

Tabela 26 - Ranking dos 100 maiores municípios em PIB - Brasil - 2016

Ranking Município (UF) PIB (R$ Mil)

1º São Paulo - SP 687.035.890

2º Rio de Janeiro - RJ 329.431.360

3º Brasília - DF 235.497.107

4º Belo Horizonte - MG 88.277.463

5º Curitiba - PR 83.788.904

6º Osasco- SP 74.402.691

7º Porto Alegre - RS 73.425.264

8º Manaus- AM 70.296.364

9º Salvador - BA 61.102.373

10º Fortaleza - CE 60.141.145

15º Goiânia 47.088.302

69º Anápolis 13.118.759

77º Aparecida de Goiânia 11.980.985 Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística. Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

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Tabela 27- Participação dos principais municípios goianos na agropecuária brasileira - 2016

Ranking Município/UF VA Agropecuária (R$ mil) Partic. nacional

(%)

1º Sapezal- MT 1.402.282 0,46%

2º Sorriso - MT 1.361.551 0,44%

3º Rio Verde - GO 1.294.402 0,42%

4º Campo Novo do Parecis - MT 1.123.082 0,37%

5º Diamantino - MT 1.107.528 0,36%

6º Campo Verde- MT 982.943 0,32%

7º Jataí - GO 969.787 0,32%

8º Cristalina - GO 894.720 0,29%

9º Nova Mutum - MT 893.163 0,29%

10º Rio Brilhante - MS 857.552 0,28%

Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística.

Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

Tabela 28- Ranking do PIB per capita dos municípios - Brasil - 2016

Ranking Município Valor

1º Paulínia - SP 314.637,69

2º Selvíria - MS 306.138,63

3º São Francisco do Conde - BA 296.459,35

4º Triunfo - RS 289.932,05

5º Brejo Alegre - SP 274.572,12

6º Sebastianópolis do Sul - SP 253.147,24

7º Louveira - SP 250.827,01

8º Campos de Júlio - MT 202.309,42

9º Meridiano - SP 184.602,58

10º Extrema - MG 183.218,05

24º Davinópolis - GO 148.316,37

30º Perolândia - GO 134.919,66

35º São Simão - GO 121.806,46

36º Chapadão do Céu - GO 121.054,33

41º Cachoeira Dourada - GO 114.807,73

Fonte: IBGE/ órgãos estaduais de estatística.

Elaboração: Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás – 2019.

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PIB trimestral

O PIB trimestral de Goiás aponta, em 2018, um crescimento de 0,6%, devido ao desempenho

do setor de serviços (1,5%). No quarto trimestre de 2018, a taxa do PIB de Goiás ficou em 3,1%,

sendo o maior desempenho desde o terceiro trimestre de 2013, quando a taxa atingiu 4,4%. A

economia brasileira cresceu 1,1% no quarto trimestre e também acumulou o crescimento de 1,1% no

ano de 2018.

Em todos os trimestres observados, no ano de 2018 (Tabela 29), o setor de serviços goiano,

que é o setor que apresenta maior participação na estrutura econômica goiana, desempenhou

importante papel de contrapeso e foi o destaque entre as atividades econômicas. A referida

atividade apresentou crescimento de 1,8% no quarto trimestre de 2018 em razão das atividades de

aluguel e transporte. Além disso, o comércio apresentou sinais de recuperação ao longo do ano.

Tabela 29 - PIB Trimetral - Brasil e Goiás – 2018 (Base: igual período do ano anterior - %)

Período Agropecuária Indústria Serviços PIB

Goiás Brasil Goiás Brasil Goiás Brasil Goiás Brasil

1° Trim. 2018 -3,1 -3,0 0,9 1,2 1,6 1,8 -0,9 1,2

2° Trim. 2018 -1,8 0,3 -0,8 0,8 1,1 1,1 -0,2 0,9

3° Trim. 2018 5,1 2,5 0,1 0,8 1,3 1,2 0,8 1,3

4º Trim. 2018 21,6 2,4 -1,5 -0,5 1,8 1,1 3,1 1,1

Acumulado -2,1 0,1 -0,4 0,6 1,5 1,3 0,6 1,1

Fonte: IBGE, IMB. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

Agropecuária

As estimativas mais atualizadas referentes à produção agrícola para o ano de 2018, conforme

o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (IBGE), mostram, por um lado, que duas das

principais culturas de Goiás - a soja e o milho - recuaram seus volumes de produção em comparação

ao ano anterior. Esses resultados decorrem, principalmente, do ciclo de chuvas que impactaram o

potencial produtivo das lavouras. Por outro lado, a produção de sorgo cresceu 17,4%, enquanto a

cana-de-açúcar manteve-se estável (Tabela 30).

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Tabela 29 - Volume de produção de culturas selecionadas - Brasil e Goiás -2017 e 2018

Culturas

Produção Toneladas Variação (2018/17)

%

Goiás Brasil Goiás Brasil

2017 2018 2017 2018

Batata inglesa 224.665 215.210 4.279.797 3.847.037 -4,2 -10,1

Cana-de-açúcar 72.954.018 73.448.244 687.809.933 674.178.718 0,7 -2,0

Tomate 1.262.701 1.334.500 4.373.047 4.084.910 5,7 -6,6

Cereais, legum. e oleaginosas

22.674.321 21.876.177 240.604.746 226.453.182 -3,5 -5,9

Milho 9.894.061 9.055.346 99.546.028 81.364.535 -8,5 -18,3

Soja 11.363.573 11.312.800 114.982.993 117.833.492 -0,4 2,5

Sorgo 777.451 912.920 2.147.706 2.251.862 17,4 4,8

Feijão 372.610 331.793 3.291.312 2.973.932 -11,0 -9,6

Arroz 125.457 117.909 12.452.662 11.736.353 -6,0 -5,8

Algodão herbáceo 101.276 100.874 3.838.785 4.930.518 -0,4 28,4

Fonte: Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) / IBGE. Posição em Dezembro de 2018. Elaboração: Instituto Mauro Borges /Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

Indústria

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal-Produção Física (PIM-PF/IBGE), em 2018, o

setor industrial goiano recuou 4,5%. Em âmbito nacional, a indústria cresceu 1,1%. Em Goiás, o único

segmento com resultado acumulado positivo no ano foi o de fabricação de produtos minerais não

metálicos (23,1%) puxado, sobretudo, pelo aumento da produção de insumos para construção civil

(Tabela 31).

Entre os segmentos, a queda de maior impacto, devido ao grande peso na estrutura

industrial do estado, é a fabricação de produtos alimentícios (-2,8%). Além disso, a fabricação de

coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis recuou 7,9% devido à queda da

produção de álcool etílico. Também houve queda na fabricação de produtos farmoquímicos e

farmacêuticos, decorrente da menor produção de medicamentos.

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Tabela 31 – Produção Industrial por atividades - Goiás - Acumulado no ano 2018 (%) (base: igual mês do ano anterior

Atividades de Indústria Variação Percentual (%)

Brasil Goiás

Indústria geral 1,1 -4,5

Indústrias extrativas 1,3 -1,5

Indústria de transformação 1,1 -4,6

Fabricação de produtos alimentícios -5,1 -2,8

Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis 1,0 -7,9

Fabricação de outros produtos químicos -0,4 -7,9

Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos 6,1 -4,2

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos 0,4 23,1

Metalurgia 4,0 -0,5

Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos 2,7 -10,9

Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias 12,6 -29,2

Fonte: IBGE. Elaboração: Instituto Mauro Borges/SeEcon-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores.

Serviços

O setor de serviços, que representa 64,9% do PIB goiano, demonstrou uma recuperação no

ano de 2018. No acumulado do ano, o PIB de serviços cresceu 1,5%, na mesma base de comparação

(Tabela 29). O comércio varejista, segmento do setor de serviços com grande peso, voltou a um

patamar de estabilização. Esse indicador reflete o consumo e seguia em ritmo de queda desde

novembro de 2014. A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE) aponta taxa de 0,1% para o varejo

goiano no período de janeiro a dezembro de 2018.

Em 2018, segmentos de grande relevância para o comércio local ainda apresentaram

quedas significativas, entre eles, o segmento de combustíveis e lubrificantes (-8,5%), equipamentos e

materiais para escritório, informática e comunicação (-5,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-

28,3%). Houve, entretanto, a recuperação na comparação entre 2017 e 2018, principalmente no

segmento de veículos, motocicletas, partes e peças e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de

perfumaria e cosméticos (Tabela 32).

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Tabela 32 – Variação do volume de vendas no comércio varejista acumulado no ano - Goiás - 2018 (Base: Igual período do ano anterior = 100)

Segmentos Variação (%)

Brasil Goiás

Comércio Varejista Geral 2,3 0,1

Combustíveis e lubrificantes -5,0 -8,5

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo 3,8 -2,8

Hipermercados e supermercados 4,0 -2,3

Tecidos, vestuário e calçados -1,6 4,7

Móveis e eletrodomésticos -1,3 5,0

Móveis -3,3 3,0

Eletrodomésticos 0,2 6,1

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos 5,9 6,4

Livros, jornais, revistas e papelaria -14,7 -28,3

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação 0,1 -5,4

Outros artigos de uso pessoal e doméstico 7,6 18,2

Comércio Varejista Ampliado Geral 5,0 2,8

Veículos, motocicletas, partes e peças 15,1 1,8

Material de construção 3,5 -3,1

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio. Elaboração: Instituto Mauro Borges/SeEcon-GO/Gerência de Contas Regionais e Indicadores.

A economia goiana recuperou-se dos efeitos da paralisação, em maio, dos transportes de

cargas e retomou a trajetória de relativa estabilidade. Houve, no entanto, reflexo na redução da

produção agrícola, após a safra recorde em 2017. Apesar da recuperação na margem, o ritmo de

expansão da economia permanece inferior às expectativas desenhadas no início de 2018. No

trimestre encerrado em dezembro, a economia, em comparação ao trimestre anterior, cresceu 3,1%,

influenciada pela reação dos serviços e da produção agropecuária. A moderação da atividade

econômica em 2018 tem como alguns de seus fatores o recuo na safra de milho e soja, o fraco

desempenho da indústria, principalmente da alimentícia e da fabricação de automóveis, além da

paralisação dos transportadores combinada com aumento das incertezas dos agentes econômicos.

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Comércio exterior goiano

O resultado da balança comercial goiana em 2018 demonstra uma continuação à

recuperação do desempenho desfavorável de 2015. Apesar do cenário nacional de retração

econômica, o comércio exterior goiano foi superavitário, mesmo com as exportações crescendo

8,75% e as importações 10,58%. Esses resultados foram impulsionados pelo bom desempenho nas

exportações de soja, minério e carnes, e pelas importações de fertilizantes e produtos farmacêuticos.

Nos anos de 2010 e 2011, o saldo da balança comercial foi negativo em consequência do

aumento das importações. A partir de 2012, entretanto, as importações reduziram-se até 2016 e, a

partir de 2017, verificam-se oscilações, com sinalização de possível crescimento para 2019 (Figura

83).

Figura 82 - Balança Comercial - Goiás - 2010 a 2018 (milhões US$ FOB)

No ranking por unidades da Federação, a exportação goiana manteve-se na 11ª posição,

praticamente estável em relação a anos anteriores. Além disso, conforme a Tabela 33, em 2018

manteve-se o comportamento histórico com as seguintes principais commodities exportadas:

complexo soja (US$ 3,431 bilhões, representando 45,71% das exportações); complexo minérios (US$

1,493 bilhão, 19,90%); e complexo carnes (US$ 1,319 bilhão, 17,58%).

No complexo minérios, os destaques foram ferroligas com US$ 652,466 milhões exportados

(8,69% de participação) e o sulfeto de minério de cobre com US$ 474,141 milhões (6,32% de

participação). No complexo carnes, a carne bovina destacou-se com US$ 1,199 bilhão exportado e

participação de 15,97% nas exportações.

Também os Açúcares apresentaram destaque com 4,46% de participação nas exportações e

valor de US$ 334,490 milhões.

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112

Tabela 30 - Principais produtos exportados - Goiás - 2018 Produtos Milhões US$ FOB Part. (%)

Exportação 7.507,2 100,0

Complexo soja 3.431,9 45,7 Complexo minério 1.493,6 19,9

Ferroligas 652,5 8,7 Sulfeto minério de cobre 474,1 6,3 Ouro 313,1 4,2 Amianto 44,7 0,6 Outros minérios 9,2 0,1

Complexo carnes 1.319,5 17,6 Carne bovina 1.199,1 16,0 Carne avícola 93,3 1,2 Carne suína 24,4 0,3 Outras carnes 2,6 0,0

Açúcares 334,5 4,5 Milho e derivados 291,5 3,9 Couros 222,4 3,0 Algodão 71,6 1,0 Álcool etílico 16,0 0,2 Veículos, suas partes e acessórios 3,7 0,1 Leite e derivados 1,0 0,0 Café e especiarias 0,9 0,0 Demais produtos 320,5 4,3 Fonte: MDIC. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

De acordo com a Tabela 34, os cinco principais destinos das exportações em 2018 foram

respectivamente: China, com US$ 2,888 bilhões (38,48%); Países Baixos (Holanda), com US$ 450,510

milhões (6%); Índia, com US$ 313,987 milhões (4,18%); Espanha, com US$ 263,386 milhões (3,51%);

Coréia do Sul, com US$ 250,253 milhões (3,33%); e, Irã, com US$ 235,430 milhões (3,14%).

Tabela 31 - Exportação por países de destino - Goiás - 2018 Países Milhões US$ FOB Part. (%)

Total 7.507,2 100,0

China 2.888,4 38,5

Países Baixos (Holanda) 450,5 6,0

Índia 314,0 4,2

Espanha 263,4 3,5

Coréia do Sul 250,3 3,3

Irã 235,4 3,1

Hong Kong 231,7 3,1

Estados Unidos 229,0 3,1

Itália 184,9 2,5

Reino Unido 182,4 2,4

Demais países 2.277,3 30,3

Fonte: MDIC.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

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Exportações (milhões US$ FOB) Quantidade Produzida (t)

Fonte:Secretaria de Comércio Exterior / Ministério da Economia.

Como pode ser visto na Figura 84, os municípios líderes em exportação no ano foram Rio

Verde, com US$ 853,488 milhões (16,40%) e o principal produto exportado pelo município é soja e

derivados; Alto Horizonte, com US$ 439,071 milhões (8,4%) sendo minérios de cobre e seus

respectivos concentrados o produto que mais se destaca; Mozarlândia com carne bovina congelada,

valor de US$ 391,760 milhões (7,5%); Barro Alto, com US$ 378,566 milhões (7,3%) e é o grande

exportador de ferroligas e a capital Goiânia com US$ 352,8 milhões (6,8%) e principais produtos

exportados foram soja, ouro e carne bovina congelada.

Figura 83 – Exportação por município - Goiás - 2018 (milhões US$ FOB)

Figura 84 - Exportação X produção de soja - Goiás – 2010 a 2018

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B)

Exportações (milhões US$ FOB) Produção (t)

Fonte:Secretaria de Comércio Exterior / Ministério da Economia. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secetaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.Nota: Considera-se produção de ferroligas a soma da produçãode nióbioe da produção de níquel.

Figura 85- Exportação X produção de ferroligas - Goiás – 2010 a 2018

Figura 86 – Exportação de carne bovina X animais abatidos rebanho bovino (cabeças)

-

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1.000.000

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2.000.000

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1.200,0

1.400,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

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B)

Exportações (milhões US$ FOB) Animais abatidos (Cabeças)

Fonte:Secretaria de Comércio Exterior / Ministério da Economia. Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secetaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

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Com relação às importações realizadas por Goiás, em 2018 o estado comercializou com 188

países e importou US$ 3,578 bilhões. Sendo grande parte das compras composta por insumos

farmacêuticas, adubos e fertilizantes e de itens para as montadoras de veículos e máquinas agrícolas

para as indústrias instaladas no estado (Tabela 35).

Tabela 32 - Principais produtos importados - Goiás - 2018 Produtos Milhões US$ FOB Part. (%)

Importação 3.578,5 100,0

Produtos farmacêuticos 1.231,2 34,4

Adubos 568,4 15,9

Veículos 386,3 10,8

Reatores nucleares, máquinas, etc. 346,6 9,7

Produtos químicos orgânicos 301,0 8,4

Demais produtos 745,0 20,8

Fonte: MDIC.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

Conforme tabela 36, os produtos importados vêm principalmente dos Estados Unidos US$

716 milhões (20%), Alemanha US$ 483 milhões (13,5%), China US$ 304 milhões (8,5%), Suíça US$ 255

milhões (7,1%) e Japão com US$ 252 milhões (7%).

Tabela 33 - Importação por países de origem - Goiás -2018 Países Milhões US$ FOB Part. (%)

Total 3.578 100

Estados Unidos 716 20,0

Alemanha 483 13,5

China 304 8,5

Suíça 255 7,1

Japão 252 7,0

Demais países 1.570 43,9

Fonte: Secretaria de Comércio Exterior / Ministério da Economia.

Elaboração: Instituto Mauro Borges/Secretaria de Estado da Economia - 2019.

Nas importações, os municípios líderes foram Anápolis, Catalão e Aparecida de Goiânia, que

juntos totalizam 78,56% do total importado pelo estado de Goiás em 2018, o que equivale a US$

2,815 bilhões. A capital Goiânia tem representatividade em 6,6% ou US$ 236 milhões e o município

de Rio Verde US$ 140 milhões ou 3,9% (Figura 88).

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Figura 87 - Importação por município - Goiás - 2018 (milhões US$ FOB)

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Mercado de trabalho

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e do

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, corroboram

para a retomada da expansão da economia ao apresentarem resultados satisfatórios em relação ao

mercado de trabalho.

Segundo dados da PNAD Contínua, a taxa de desocupação10 em Goiás vem caindo de forma

consistente nos últimos trimestres, alcançando 8,2% no 4º trimestre de 2018, com uma redução de

0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior (8,9%) e uma queda de 1,2 p.p. se

comparada à do 4º trimestre do ano anterior (9,4%). A taxa de desocupação em Goiás é inferior à

média registrada na região Centro-Oeste (8,5%) e 3,4 pontos percentuais abaixo da média nacional

(11,6%) (Figura 89).

Figura 88 - Taxa de desocupação - Goiás - 2015 a 2018

Considerando especificamente o emprego formal, segundo o Ministério do Trabalho, foi

gerado um saldo positivo de 26.256 empregos com carteira de trabalho entre os meses de janeiro a

dezembro de 2018, o que significa acréscimo de 3,5% em relação ao saldo de trabalhadores formais

verificado no mesmo período do ano anterior. Mais especificamente, a Figura 86 mostra que o saldo

positivo no mercado de trabalho é mais um indicador que aponta para a melhoria do ambiente

econômico e recuperação das atividades produtivas em Goiás.

10 São classificadas como desocupadas, na semana de referência, as pessoas sem trabalho (que geram rendimentos para o domicílio) nessa semana, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se, também, como desocupadas, as pessoas sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, porque já haviam conseguido trabalho que iriam começar após a semana de referência.

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Figura 89 - Saldo de emprego formal - Goiás - 2010 a 2018

Com esse resultado, Goiás ficou no quinto lugar em termos relativos na geração de

empregos formais no acumulado do ano de 2018 entre as Unidades da Federação (Figura 87).

Figura 90 - Variação relativa do emprego formal acumulado - Unidades da Federação -2018

É importante ressaltar que as atividades produtivas que mais contribuíram para o bom

desempenho (maiores saldos de emprego) no acumulado do ano de 2018 foram as seguintes:

Serviços (15.112 postos), Comércio (7.509 postos), Agropecuária (1.436 postos), Construção Civil

(1.360 postos) e Indústria de Transformação (1.014 postos). E os municípios que mais se destacaram

foram os seguintes: Goiânia (6.504 postos), Anápolis (2.068 postos), Aparecida de Goiânia (1.642

postos), Rio Verde (1.584 postos) e Jataí (1.384 postos).

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Com interesse de entender melhor a dinâmica do saldo de empregos por setor em Goiás

utiliza-se base de dados do CAGED mensal. Em fevereiro de 2019, no Estado goiano, houve 51.415

novas admissões e 45.418 desligamentos, como mostra a Tabela 37. De modo geral, Goiás

apresentou um bom desempenho em quase todos os setores da economia, com as exceções dos

setores da Administração Pública e da Extrativa mineral que tiveram saldos negativos.

Comparando fevereiro de 2019 com o mesmo mês do ano anterior (Tabela 37), Goiás

aumentou o saldo de empregos formais em 16,74%. Outrossim, o setor de Serviços foi o que mais se

destacou, tanto em relação ao número de admitidos quanto ao saldo. Mais especificamente, o saldo

de vagas mais que dobrou neste setor, saltando de 2.600 em fevereiro de 2018 para 4.022 no mesmo

mês em 2019, o que representa uma elevação de 54,69%. O segundo a apresentar o maior saldo,

com a criação líquida de 1.270 vagas, foi o setor Agropecuária que, embora tenha apresentado um

saldo inferior ao de fevereiro de 2018, destacou-se no cenário nacional haja vista que o Brasil

apresentou um saldo negativo de 3.077 vagas neste mesmo setor em fevereiro de 2019.

Tabela 34 - Comportamento do emprego segundo Setores de Atividade Econômica - Goiás - 2018 e 2019

Setores

Fevereiro/2019 Fevereiro/2018 Variação do Saldo

2019/2018 (%)

Admitido Desligado Saldo Admitido Desligado Saldo

Total 51.415 45.418 5.997 49.273 44.136 5.137 16,74

Serviços 21.184 17.162 4.022 19.762 17.162 2.600 54,69

Agropecuária 5.691 4.421 1.270 6.418 4.205 2.213 - 42,61

Indústria de transformação 8.914 8.496 418 8.209 7.528 681 - 38,62

Comércio 11.626 11.317 309 10.572 11.180 -608 150,82

Construção civil 3.567 3.547 20 3.940 3.736 204 -90,20

Serv indust. de útil. pública 223 210 13 145 120 25 - 48,00

Administração pública 43 44 -1 34 32 2 -150,00

Extrativa mineral 167 221 -54 193 173 20 - 370,00

Fonte: CAGED/MTb.

Elaboração: Instituto Mauro Borges (IMB) / Secretaria de Estado da Economia de Goiás - 2019.

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ESTADO DE GOIÁS

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Considerações finais Diante do exposto neste trabalho, verifica-se que o estado de Goiás configura-se como um

estado com relativo destaque no panorama nacional no que tange às suas caracteríticas e ao ao seu

desempenho econômico e social. Mais especificamente, trata-se de um estado que conta com uma

localização geográfica privilegiada e que tem um grande potencial de crescimento e de

desenvolvimento socioeconômico nas próximas décadas.

Entretanto, Goiás ainda apresenta uma série de desafios importantes a serem vencidos nos

próximos anos. Dentre eles podem ser citados, por exemplo, os seguintes11:

O estado ainda é bastante desigual em termos de suas regiões, com diferenças significativas no

que se refere à dinâmica econômica e à qualidade de vida da população;

Apenas 53,1% dos domicílios goianos tinham esgotamento sanitário por rede geral ou com fossa

séptica ligada à rede coletora (dados de 2017);

A taxa de mortalidade infantil ainda é elevada (15,43 por 1.000 nascidos vivos em 2016)

considerando padrões internacionais e supera a média brasileira (13,96 por 1.000 nascidos

vivos);

Goiás ocupa a 8ª posição do ranking da proporção de nascidos vivos por mães adolescentes com

idade menor ou igual a 19 anos;

15% de jovens de 15 a 17 anos em 2017 estavam fora da escola;

A desigualdade de renda é elevada se comparada a padrões internacionais (Índice de Gini igual a

0,493 em 2017); e

Apesar de menor que a média nacional, em 2017, 7,2% dos goianos estão em situação de

extrema pobreza (renda menor que ¼ do s.m.).

Além desses pontos, deve-se destacar que o estado também tem que

desenvolver certas atividades econômicas com grande potencial de crescimento, como o

turismo, as energias renováveis e a mineração;

Investir fortemente no crescimento da produtividade e na inovação para elevar a

competitividade de sua economia;

Adotar formas sustentáveis de desenvolvimento que preservem o meio-ambiente e que

ofereçam boas condições e escolhas para as gerações futuras; e,

Oferecer opções de segurança, cultura, esporte e lazer para melhorar a qualidade de vida

população, especialmente a mais carente.

Esses são desafios bastante complexos e que, em alguns casos, requerem uma grande

quantidade de recursos financeiros e materiais para serem atacados de forma adequada. Assim,

diante de um quadro nacional e local de forte restrição financeira, torna-se premente aprimorar cada

vez mais as políticas públicas, buscando uma maior integração entre os seus diversos stakeholders

para se que se possa alcançar maiores níveis de efetividade e promover o desenvolvimento

sustentável de Goiás.

11 Considerando-se os indicadores mais atuais disponíveis.

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ESTADO DE GOIÁS

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Coordenação e organização:

Cláudio André Gondim Nogueira Evelyn de Castro Cruvinel

Equipe (em ordem alfabética):

Antônio Alves Pachêco Junior Bernard Silva de Oliveira Clécia Ivânia Rosa Satel

Dinamar Maria Ferreira Marques Fabianne Vitoreli

Geovane F. Assunção Gustavo Gomes de Oliveira

Helber de Carvalho Jalda Claudino

José de Paula Moraes Filho Luis Batista Alves Juliana Dias Lopes

Luciane Alves Neves Paulo Jackson B. Vianna Priscila Midori Miyashita

Rafael dos Reis Costa Rejane Moreira da Silva

Rui Rocha Gomes Tallyta Carolyne M. da Silva