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10.6 DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÃO POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO Uma liga deve ser resfriada rapidamente e mantida a uma temperatura elevada desde uma temperatura mais alta, acima da temperatura eutetóide. A maioria dos tratamentos térmicos para os aços envolve o resfriamento contínuo de uma amostra até uma temperatura ambiente. Para uma situação de resfriamento contínuo, o tempo exigido para que uma reação tenha o seu início e o seu término é retardado. Pode ser mantido algum controle sobre taxa de variação da temperatura, dependendo do meio de resfriamento. Para o resfriamento contínuo de uma liga de aço, existe uma taxa de têmpera crítica, que representa a taxa mínima de têmpera que irá produzir uma estrutura totalmente martensítica. Apenas a martensita irá existir para taxas de resfriamento rápido superiores á crítica. Uma das razões para adicionar elementos de liga aos aços consiste em se facilitar a formação da martensita, de modo que estruturas totalmente martensíticas possam se desenvolver em seções retas relativamente espessas. A taxa de resfriamento crítica é diminuída pela presença de carbono. Também existem outros elementos de liga especialmente efetivos em tornar os aços tratáveis termicamente são o cromo, níquel, a molibdênio, o manganês, o silício e o tungstênio; contudo, esses elementos devem se encontrar na forma de uma solução sólida com a austenita quando do procedimento de têmpera. Em suma, os diagramas de transformação isotérmica e por resfriamento contínuo são, em um sentido, diagramas de fases onde o parâmetro tempo é introduzido. Cada um deles é determinado experimentalmente para uma liga com uma composição específica, onde as variáveis são a temperatura e o tempo. Esses diagramas permitem prever a microestrutura após um dado intervalo de tempo em tratamentos térmicos a

DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÃO POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO

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Page 1: DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÃO POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO

10.6 DIAGRAMAS DE TRANSFORMAÇÃO POR RESFRIAMENTO CONTÍNUO

Uma liga deve ser resfriada rapidamente e mantida a uma temperatura elevada desde uma temperatura mais alta, acima da temperatura eutetóide. A maioria dos tratamentos térmicos para os aços envolve o resfriamento contínuo de uma amostra até uma temperatura ambiente.

Para uma situação de resfriamento contínuo, o tempo exigido para que uma reação tenha o seu início e o seu término é retardado. Pode ser mantido algum controle sobre taxa de variação da temperatura, dependendo do meio de resfriamento.

Para o resfriamento contínuo de uma liga de aço, existe uma taxa de têmpera crítica, que representa a taxa mínima de têmpera que irá produzir uma estrutura totalmente martensítica. Apenas a martensita irá existir para taxas de resfriamento rápido superiores á crítica.

Uma das razões para adicionar elementos de liga aos aços consiste em se facilitar a formação da martensita, de modo que estruturas totalmente martensíticas possam se desenvolver em seções retas relativamente espessas.

A taxa de resfriamento crítica é diminuída pela presença de carbono. Também existem outros elementos de liga especialmente efetivos em tornar os aços tratáveis termicamente são o cromo, níquel, a molibdênio, o manganês, o silício e o tungstênio; contudo, esses elementos devem se encontrar na forma de uma solução sólida com a austenita quando do procedimento de têmpera.

Em suma, os diagramas de transformação isotérmica e por resfriamento contínuo são, em um sentido, diagramas de fases onde o parâmetro tempo é introduzido. Cada um deles é determinado experimentalmente para uma liga com uma composição específica, onde as variáveis são a temperatura e o tempo. Esses diagramas permitem prever a microestrutura após um dado intervalo de tempo em tratamentos térmicos a temperatura constante e por resfriamento contínuo, respectivamente.