10
 Diálogos, Português, 2.º ciclo i i a r ã s ,  i t l ! , r t E  i t r a , 2 0 0 8 Sugerimos a realização de um conjunto de atividades sobre o tema do Natal, de acordo com uma das seguintes estratégias:   Divisão da turma em seis grupos, cabendo a cada grupo uma atividade diferente. Em todos os casos, após a execução da atividade, esta deverá ser apresentada à turma.   Realização coletiva de todas ou de algumas das tarefas propostas. Tempo previsto: 2 tempos Observação:  Com as turmas de 6.º ano, poderá também ser trabalhado o texto da página 170 do manual   uma cantiga popular sobre os Reis Magos.

DIAL6_NL_20141202

Embed Size (px)

DESCRIPTION

ATIVIDADES DE NATAL

Citation preview

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Ru

    i Gu

    imar

    es,

    in C

    heg

    ou

    o N

    ata

    l!, P

    ort

    o E

    dit

    ora

    , 20

    08

    Sugerimos a realizao de um conjunto de atividades sobre o tema do Natal,

    de acordo com uma das seguintes estratgias:

    Diviso da turma em seis grupos, cabendo a cada grupo uma atividade

    diferente. Em todos os casos, aps a execuo da atividade, esta dever ser

    apresentada turma.

    Realizao coletiva de todas ou de algumas das tarefas propostas.

    Tempo previsto: 2 tempos

    Observao: Com as turmas de 6. ano, poder tambm ser trabalhado o

    texto da pgina 170 do manual uma cantiga popular sobre os Reis Magos.

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Atividade 1

    1. L as trs quadras seguintes, s quais retirmos a ltima palavra.

    1

    Entrai, pastores, entrai

    por este portal sagrado;

    vinde ver o Deus Menino

    entre palhinhas _________.

    2

    Entre os portais de Belm

    est uma rvore de Jess*,

    com trs letrinhas que dizem:

    Jesus, Maria, _________.

    3

    meu Menino Jesus,

    quem vos fez a camisinha?

    Foi a minha av SantAna,

    com botes de prata _________.

    Michel Giacometti (com a colaborao de Fernando Lopes-Graa),

    Cancioneiro Popular Portugus, Crculo de Leitores, 1981

    1.1. Completa estas quadras de Natal com as palavras em falta, escolhendo

    entre as seguintes:

    fina sorridente escura Tom Jos deitado

    1.2. Memoriza as quadras e di-las de cor turma.

    *A rvore de Jess representa a rvore

    genealgica de Jesus Cristo a partir de Jess,

    pai de David.

    Ftima Afonso, in Chegou o Natal!, Porto Editora, 2008

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Atividade 2

    1. Ordena as estrofes do poema seguinte:

    Natal de Pobres

    Ora alta noite, pela janela,

    com fome e frio, entrou um gato

    que, no escuro, cheirando aquela

    comida boa no sapato,

    rasgou o embrulho, comeu, comeu

    e, quente e farto, adormeceu.

    Um casal pobre... um ano mau...

    Era um pedao de bacalhau.

    De manh cedo, ela acordou,

    foi cozinha e viu o gatinho

    adormecido no seu sapato.

    Voltando ao quarto, feliz, falou

    para o seu homem: Meu amorzinho,

    como soubeste que eu queria um gato?

    Quando a mulher adormeceu

    naquela noite de Natal,

    o homem foi, p ante p,

    pr um sapato (dela, no seu)

    com um embrulho de jornal

    na lareirinha da chamin.

    Leonel Neves, O Menino e as Estrelas e Outras Histrias em Verso, Livros

    Horizonte, 1979

    1.1. Prepara a leitura expressiva do poema e apresenta-a turma.

    ngela Melo, in Dilogos, 5. ano, Porto Editora, 1991

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    O Esprito do Natal

    Estava o Senhor Teotnio, que era rico, muito gordo e grande fumador

    de charutos, a carregar o carro com os presentes que passara a manh a

    comprar para os filhos, para os sobrinhos e para as muitas pessoas com

    quem fazia negcios, quando se aproximou dele um homem pobre, idoso

    e magro, que prontamente obteve dele esta resposta:

    Comigo no perca tempo porque no tenho dinheiro trocado, nem

    alimento falsos mendigos.

    Mas eu no lhe pedi nada respondeu o homem idoso serenamente,

    com um sorriso que desarmou o Senhor Teotnio e a sua bazfia1 de

    novo-rico.

    Ento se no me quer pedir nada, por que motivo est to perto de

    mim enquanto eu carrego o meu carro? perguntou o Senhor Teotnio

    entre duas baforadas de charuto que fizeram o homem idoso e magro

    tossir convulsivamente.

    Estou aqui, meu caro senhor respondeu ele, j refeito da tosse,

    para tentar perceber o que as pessoas do umas s outras no Natal.

    Com que ento concluiu ironicamente o Senhor Teotnio, grande

    construtor civil com interesses de norte a sul do Pas temos aqui um

    observador! Deve ser, certamente, de uma dessas organizaes

    internacionais que ns pagamos com o nosso dinheiro e que no

    sabemos bem para que servem.

    Est muito enganado. Mas j agora responda minha pergunta: o

    que que as pessoas do umas s outras no Natal? insistiu o homem

    pobre, idoso e magro.

    Bem, se quer mesmo saber, eu digo-lhe. Quem tem posses como eu

    pode comprar uma loja inteira, deixando toda a gente feliz, a comear nos

    comerciantes e a acabar nas pessoas que vo receber os presentes.

    Quem pobre como voc fica a assistir. Percebeu a diferena?

    O homem magro e idoso refletiu uns instantes sobre a resposta seca e

    sarcstica2 do Senhor Teotnio e depois respondeu-lhe com uma nova

    pergunta:

    Ento e o esprito do Natal?

    O que vem a ser isso do esprito do Natal? quis saber, cheio de

    curiosidade, o Senhor Teotnio.

    Atividade 3

    1. L este conto de Natal.

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    35

    40

    45

    50

    1. bazfia: vaidade; fanfarronice.

    2. sarcstica: irnica; zombeteira.

    3. enfastiado: aborrecido.

    1.1. Divide o texto em trs partes: situao inicial, desenvolvimento da ao

    e concluso.

    1.2. Reconta, oralmente, turma a histria que leste.

    O esprito do Natal respondeu o homem idoso e magro aquilo

    que nos vai na alma nesta altura do ano e que est muito para alm dos

    presentes que damos. Para muitas pessoas, o melhor presente pode ser

    uma carcia ou um telefonema quando se est s.

    Era s o que me faltava agora desabafou, enfastiado3, o Senhor

    Teotnio, enquanto arrumava os ltimos presentes na mala do automvel ,

    ter agora um filsofo, ainda por cima vagabundo, para aqui a debitar

    sentenas.

    O homem magro e idoso afastou-se do carro, mostrando que no queria

    esmolas nem qualquer outra coisa que lhe pudesse ser dada pelo Senhor

    Teotnio, e encaminhou-se para um grupo de crianas que o esperavam.

    Quando o Senhor Teotnio passou por eles no carro, ouviu uma voz de

    criana a dizer:

    Vamos, Esprito do Natal, porque hoje ainda temos muito que fazer.

    Dizendo isto, o grupo ergueu-se no ar a esvoaar com destino incerto,

    largando um p luminoso enquanto ganhava altura no cu cinzento de

    dezembro. Jos Jorge Letria, A rvore das Histrias de Natal, Ed. Ambar, 2006

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Atividade 4

    1. Prepara e realiza a leitura dramatizada deste Auto do Natal:

    Michel Giacometti (com a colaborao de Fernando Lopes-Graa),

    Cancioneiro Popular Portugus, Crculo de Leitores, 1981 (excerto)

    Anjos Pastor Pastores Pastor Pastores Pastor

    Entrai, entrai, pastores, por esse portal sagrado, vinde adorar o Menino numas palhinhas deitado. Da serra veio um pastor, minha porta bateu, trouxe uma carta que diz que o Deus Menino nasceu. Essa notcia tivemos, meia-noite seria, por isso ns vamos dar os parabns a Maria. Tambm diz a tal cartinha que a Virgem estava a chorar, por no ter uns paninhos com que o pudesse abafar. A carta diz que Ele est nas campinas de Belm, numa caminha de palhas, sozinho sem mais ningum. Essa notcia tivemos, logo que cantou o galo, e deixmos nossos campos para virmos ador-lo. Eu vou correr a Belm, quem quiser venha comigo; fiquem os gados no campo, vamos ver o nosso amigo.

    Anabela Cotrim, in Chegou o Natal!, Porto Editora, 2008

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Atividade 5

    1. L a seguinte histria contada em verso.

    Queixumes do porco Popular

    Eu fui chamado cidade

    no ms do Natal um dia,

    para ir organizar

    grande casa morgadia1.

    Levei para meu negcio

    uma cabra e sua cria,

    um porco e um carneiro

    comigo de companhia.

    Vai o porco vagaroso,

    arrastado parecia;

    todos os outros calados,

    s o porco que gemia;

    os gemidos que ele dava

    a cabra no entendia:

    Cala-te l, porque choras?

    (a cabra ao porco dizia)

    vs o carneiro calado,

    eu calada tambm ia,

    e o filho que vai comigo

    nem de mamar me pedia;

    para tu j de grunhir,

    que ningum aguentaria

    em to longa caminhada

    ouvir tanta gritaria!

    O porco, sem se calar,

    estas razes respondia:

    Cada qual conta da festa

    como na festa lhe iria:

    vocs vo viver no pasto,

    com farta comedoria2,

    o carneiro para dar l,

    e tu, leite cada dia;

    mas eu c s dou toucinho,

    s minhas carnes daria,

    tenho os meus dias contados,

    s me espera a agonia3.

    E tinha o porco razo:

    quem tambm no gritaria?

    Pela festa do Natal

    o triste porco morria.

    Jos Antnio Gomes (sel. e org.), Chegou o Natal! Histrias e Poemas Portugueses,

    Col. Oficina dos Sonhos, Porto Editora, 2008

    1. casa morgadia: casa rica. 2. comedoria: alimentos. 3. agonia: sofrimento.

    1.1. Identifica as personagens que dialogam.

    1.1.1. Que sinal de pontuao introduz as falas das personagens?

    1.2. Quantos leitores so necessrios para uma leitura dialogada desta

    histria em verso?

    1.3. Prepara e realiza a leitura dialogada do texto.

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Atividade 6

    1. Na grelha abaixo, encontras oito provrbios alusivos ao Natal divididos em

    duas partes. Faz a ligao entre a coluna A e a B, sabendo que as ltimas

    palavras de cada uma das partes dos provrbios rimam.

    A B

    1. Ande o frio por onde andar, a. semeia antes do Natal.

    2. Caindo o Natal segunda-feira, b. livra do catarral.

    3. No h ano afinal, c. cresce a noite e mingua o dia.

    4. Pelo Natal, neve no monte, d. um salto de carneiro.

    5. De Natal a janeiro, e. no Natal c vem parar.

    6. Do Natal a Santa Luzia, f. tem o lavrador que alugar a eira.

    7. Quem quer bom ervilhal, g. que no tenha o seu Natal.

    8. Laranja antes do Natal h. gua na ponte.

    2. Caa as palavras alusivas ao Natal nesta sopa de letras e escreve-as por

    ordem alfabtica.

    3. Constri um acrstico para ofereceres a algum neste Natal.

    B ______________________

    O ______________________

    M ______________________

    n x l n o g n e v e d r p l b h d

    r v o r e r s u l o p a n t b u

    m p h j a z f t n b f v z o q o a

    k r h g b t j r e n a s n z b l v

    p e m n a h t e q r m a s e g o q

    u s a s n d f l y s n o s s - h

    p e f h a n b a d s l a i k h r d

    l n f z d b c s z f i l h e t

    k t a s a f h j k l a l e t r i a

    r e q w s f u d s a z z x c f o p

    f s e r d f r a t e r n i d a d e

    N ______________________

    A ______________________

    T ______________________

    A ______________________

    L ______________________

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Solues

    Atividade 1

    1 deitado; 2 Jos; 3 fina.

    Atividade 2

    Natal de Pobres

    Quando a mulher adormeceu

    naquela noite de Natal,

    o homem foi, p ante p,

    pr um sapato (dela, no seu)

    com um embrulho de jornal

    na lareirinha da chamin.

    Um casal pobre... um ano mau...

    Era um pedao de bacalhau.

    Ora alta noite, pela janela,

    com fome e frio, entrou um gato

    que, no escuro, cheirando aquela

    comida boa no sapato,

    rasgou o embrulho, comeu, comeu

    e, quente e farto, adormeceu.

    De manh cedo, ela acordou,

    foi cozinha e viu o gatinho

    adormecido no seu sapato.

    Voltando ao quarto, feliz, falou

    para o seu homem: Meu amorzinho,

    como soubeste que eu queria um gato?

    Atividade 3

    1.1. Introduo: linhas 1-7; desenvolvimento da ao: linhas 8-45; concluso:

    46-51.

    Atividade 5

    1.1. Uma cabra e um porco.

    1.1.1. O travesso.

    1.2. Trs leitores: o narrador, a cabra e o porco.

  • Dilogos, Portugus, 2. ciclo

    Atividade 6

    1. 1. e.; 2. f.; 3. g.; 4 h.; 5. d.; 6. c.; 7. a.; 8. b.

    2.

    Ordem alfabtica:

    aletria, rvore, bolo-rei, estrelas, filh, fraternidade, neve, nozes, paz,

    presentes, rabanadas, renas.

    n x l n o g n e v e d r p l b h d

    r v o r e r s u l o p a n t b u

    m p h j a z f t n b f v z o q o a

    k r h g b t j r e n a s n z b l v

    p e m n a h t e q r m a s e g o q

    u s a s n d f l y s n o s s - h

    p e f h a n b a d s l a i k h r d

    l n f z d b c s z f i l h e t

    k t a s a f h j k l a l e t r i a

    r e q w s f u d s a z z x c f o p

    f s e r d f r a t e r n i d a d e