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Dialética Etimologicamente, dialética vem do grego: Dia: dualidade; troca Lektikós: palavra, razão, apto à palavra.

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Dialética

Etimologicamente, dialética vem do grego:Dia: dualidade; troca

Lektikós: palavra, razão, apto à palavra.

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Outras definições:

• Do grego dialégein: Arte do Diálogo e da Discussão.

• Arte de descobrir a verdade no diálogo.

• Processo gerado por oposições (tese x antítese) que temporariamente se resolve em uma unidade (síntese)

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A dialética abrange três momentos:

• Positivo, da unidade.

• Negativo, da divisão.

• Síntese: A nova unidade

• Podemos considerar o momento clímax desse processo o Negativo, pois nele está o gérmen do ressurgimento

do primeiro momento.

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Correntes filosóficas que influenciaram o percurso deste conceito na história

• Heráclito de Éfeso (séc. VI a.C) • Em Heráclito, a dialética encontra-se na

estrutura contraditória da realidade; ou seja uma coisa se transforma na outra, está na outra:

• Não nos banhamos duas vezes no mesmo rio

• É a mesma coisa, ser vivo ou ser morto, jovem ou velho, desperto ou adormecido.

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Sócrates: (séc. VI a.C )

• Com Sócrates, (470-399 a.C) a dialética adquiriu uma função decisiva na elaboração do conhecimento.

• Sócrates realiza um caminho que leva da ignorância ao saber.

• Fase da ironia (interrogação): estabelece uma espécie de combate (demolição de preconceitos, falsas opiniões, arrogância do saber).

• Nesta fase, Sócrates através de perguntas feitas com sabedoria e ciência, conduz o interlocutor ao reconhecimento de sua ignorância, possibilitando através da maiêutica (parto) o desenvolvimento de um processo construtivo que vai gerar o verdadeiro conhecimento.

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A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio, é uma das obras exemplares sobre a relação entre o Renascimento, o Humanismo e o Classicismo

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A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio, é uma das obras exemplares sobre

a relação entre o Renascimento, o Humanismo e o Classicismo

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Platão: (427 - 347 a.C) Aristotéles: (384 –322 a.C)

• Platão: (427 - 347 a.C) • Segue a linha de Sócrates revelando em sua

obra, a arte de elevar os conhecimentos sensíveis (opinião) aos conhecimentos inteligíveis, ou idéias.

• Aristotéles: (384 –322 a.C) • a Dialética é colocada na condição de uma

preparação para o conhecimento científico. Tal conhecimento não pode ficar no nível da hipótese (tese x antítese) mas deve, mas precisa ser comprovado (síntese). Para tal, Aristóteles utiliza os recursos lógicos que ele propõe em sua obra Organon.

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Idade Média

• Idade Média: Juntamente com a retórica e a gramática a dialética é uma forma de argumentação que se desenvolve pelo processo sic e non: na demonstração da tese, apresentam-se os argumentos prós, contra e finalmente a conclusão

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Imagem: L’Atmosphère Meteorologie Populaire, Paris, 1888

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A dialética como método

• A dialética como método encontra sua primeira formulação moderna com Georg Friedrich Hegel.

• Em sua obra Fenomenologia do Espírito ele apresenta o exemplo da flor e do fruto. Com esse exemplo, Hegel quer demonstrar um processo fundado na evolução ininterrupta da realidade, ou seja o caminho dialético percorrido pela realidade.

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momentos de unidade orgânica

• O botão desaparece no desabrochar da flor, podendo-se dizer que é refutado pela flor. Igualmente, a flor explica-se por meio do fruto como um falso existir da planta, e o fruto surge em lugar da flor como verdade da planta.

• Essas formas (botão-flor-fruto) não apenas se distinguem, mas se repelem como incompatíveis entre si.

• Entretanto, sua natureza fluida as torna, ao mesmo tempo, momentos de unidade orgânica, na qual não somente não entram em conflito, mas uma existe tão necessariamente quanto a outra; e é unicamente essa igual necessidade que constitui a vida do todo.

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Hegel afirma:

• Em Lógica I, Hegel afirma:• O único meio de alcançar o processo científico é o

conhecimento desta proposição lógica: o negativo está junto com o positivo, ou seja: aquilo que se contradiz não se resolve no zero, no nada absoluto, mas se resolve essencialmente só na negação do seu conteúdo particular (...)

• Surge então um novo conceito, superior e mais rico que o precedente, pois contém em si aquele e ainda mais: é a unidade deste e de seu contrário.

• O método dialético é uma visão da realidade – do homem, do mundo, da história - que ressalta o desenvolvimento através da luta.

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Dialética para Hegel e Marx:• Hegel (séc. XIX): reconcilia as

contradições do mundo atual para compreendê-lo. (visão idealista)

• Karl Marx (séc. XIX): pretende destruir o mundo atual e partir da sua dimensão econômico-política, para que surja um

mundo novo e melhor. (visão materialista). Trata de transformar o mundo e não de

limitar-se a interpretá-lo.

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Hegel & Marx

• Para Hegel é o pensamento que cria a realidade, sendo a realidade a manifestação exterior da idéia.

• Para Marx, a realidade cria o pensamento. O fator primeiro é a realidade material, a dialética vai se processar através da materialidade da existência humana, em condições históricas e sociais reais.

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Três leis da Dialética:• Lei de Passagem da quantidade à qualidade: o processo de

transformação da realidade se faz por pequenos saltos: mudanças mínimas de quantidade vão se acrescentando e provocam, em um determinado momento uma mudança qualitativa: o ser passa a ser outro. Ex: água do estado líquido para o gasoso.

• Lei da interpenetração dos contrários: A dialética considera a contradição inerente à realidade das coisas, a força motriz que provoca o movimento e a transformação. Contradição é atrito luta. Pólos contrários, inseparáveis, mesmo em oposição estão em relação recíproca. Da luta surge a geração. Por exemplo: o ser humano tem em si duas forças: com ser humano e o potencial de gerar um outro ser.

• Lei da negação da negação: tese-antítese-síntese • Interação de forças contraditórias em que uma nega a outra e faz

emergir o novo.