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Diálogo com educadores Diálogo com educadores DRE São Mateus DRE São Mateus Stela Ferreira Novembro 2012

Diálogo com educadores DRE São Mateus Stela Ferreira Novembro 2012

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Diálogo com educadoresDiálogo com educadoresDRE São MateusDRE São Mateus

Stela Ferreira Novembro 2012

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Programa Convivência Escolar -2012Programa Convivência Escolar -2012DRE São MateusDRE São Mateus

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Curso Convivência Escolar

Sistematização de registros do processo

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Eixos de sistematização

A leitura das avaliações de cada etapa do processo de formação permite a uma “estrangeira” captar algumas pistas, afirmações e ênfases.

A motivação para a sistematização destes registros é a de contribuir para uma percepção coletiva do alcance desse processo e, quiçá, um estimulo para novos rumos e decisões.

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uma inspiração

Os encontros entre as pessoas podem favorecer que elas se expandam, se sintam valorizadas, estimuladas e ativas para desencadear mudanças ou podem subordiná-las, desqualifica-las, reduzi-las, desumaniza-las. Quando os encontros expandem e fortalecem as pessoas, “ [fortalece-se] a vontade de estar com os outros, de compartilhar e de se afirmar como pessoa”, mas se os encontros desvalorizam e reduzem as pessoas estabelece-se emoções que imobilizam, deprimem ou geram revolta. Assim, nessa concepção as emoções não estão dadas, não são passivas, não estão pré-definidas pela característica pessoal, elas são construídas e são a base para ações transformadoras. Não são, portanto, uma força interior que a partir do auto-esforço, da auto-ajuda gera superação, pois as emoções são desencadeadas a partir da forma de tratamento recebido, do modo como se é visto pelos demais, do modo como se é acolhido e ouvido ou do estatuto que se da à fala do sujeito e as decisões que ele toma; essa vivência afeta as pessoas e constrói racionalmente o entendimento de si de modo a mobilizá-la para enfrentar as condições de existência.

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Modos de relação e sentimentos

agressivos

Sem limites

isolamento

Intolerantes

conflitos

confrontos

Sem compromissoIndefinição de responsabilidades

difíceis para o exercício da gestão

impotência

adoecimento

desmotivação

frustração

desespero

solidão

ansiedade

pressão

O que emerge como inquietação são fatores internos à escola e fatores externos, entre os quais a falta de rede e relações

institucionais mais colaborativas.

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inspirações

Olhar mais amplo para o cotidiano

Acolhimento

Troca de ideias

Humanização da educação

Troca de experiências

Novas referências (textos e abordagens)

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transpiraçõesA modalidade de gestão por projetos altera modos de relação nas escolas? Mexe com sentimentos? Inspira novas ações?

Ampliação da participação dos estudantes

Ampliação da participação da comunidade e familiares

Formação com a equipe “operacional”

Criação e/ou fortalecimento de espaços de diálogo com a comunidade

Criação e/ou fortalecimento de espaços de ação interinstitucional

Formação de professores

Elaboração de projetos diversos

• Mais diálogos: conciliatórios, escuta, diálogos com o outro

• Mediação de conflitos

• Formação da equipe de profissionais com mais subsídios

•Reorganização dos espaços e protocolos de atendimento

•Olhar mais focado na convivência, olhar para a construção de vínculos

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ações coletivasNão usamos outros serviços ou não nos articulamos por falta de conhecimento de como eles funcionam e suas finalidades

Ações escolhidas como destaque pelos grupos:

Com CCA

Com CEDECA

Com UBS

Com CT

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questão orientadora

Como enfrentar situações que desestabilizam a consolidação

do ambiente democrático nas escolas e comprometem a

aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos?

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Linhas de pensamento

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A vantagem acadêmica de Cuba. Martin Carnoy

Estudo comparado buscou compreender quais aspectos promovem a diferença constatada na aprendizagem das criançascubanas em relação às brasileira e chilenas.

Avaliações deixam de fora a aprendizagem

dos valores e das atitudes

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A vantagem acadêmica de Cuba. Martin Carnoy

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A vantagem acadêmica de Cuba. Martin Carnoy

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Nova questão a partir da experiência

Diante dessa complexidade, seria possível perguntar:

Nós, educadores, nos corresponsabilizamos em relação a que?

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A ênfase em novos modelos de gestão democrática de base territorializada, o

alcance do direito à diferença e, com ele, a heterogeneidade e a perspectiva

de unificação das diversas políticas sociais sob o princípio da inclusão social

vem construindo princípios do que denomino de políticas sociais de terceira

geração. (...) A ideia da complementariedade é fundamental para esta terceira

geração. A questão do âmbito de cada política social supõe a divisão

institucional de gestão combinada com o âmbito de cada esfera e instância de

poder (Judiciário, Legislativo, Executivo, União, Governo Estadual e Prefeitura).

Neste desenho as políticas sociais ainda combinam o caráter próprio, o

complementar e os diferentes modelos de gestão.Aldaíza Sposati, 2004

Mirada pela intersetorialidade

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Corresponsabilidade: uma perspectiva

Uma questão fundamental que direciona uma convivência que protege é reconhecer o direito a fazer escolhas, o que exige que na intervenção se reconheça que as pessoas pensam, desejam e projetam horizontes para si e para aqueles que estão próximos.

Há, portanto, um campo coletivo de responsabilidades por prover oportunidades e acessos para alcance desses sonhos, mas sem retirar do sujeito a responsabilidade por suas escolhas.

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A escola e a desigualdade. Juan Casassus

O autor dirige uma pesquisa qualitativa em diversos países da América latina e Caribe, em contextos urbanos, rurais e entre diferentes setores sociais, tendo como ponto de partida a questão da desigualdade.

Foi necessário perceber as relações existentes entre o que ocorre no interior da escola – as práticas pedagógicas, a gestão, as relações interpessoais etc. – e fatores externos, tais como o desenvolvimento cultural, econômico e social dos alunos e seus familiares

No Brasil, a diferença de anos de estudo entre os mais ricos e os mais pobres chega a cinco vezes, o que certamente contribui para a perpetuação da desigualdade

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A escola e a desigualdade. Juan Casassus

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Uma vez que todas as culturas tendem a distribuir pessoas e grupos de acordo com dois princípios concorrentes de pertença hierárquica, e, portanto, com concepções concorrentes de igualdade e diferença, as pessoas e os grupos sociais têm o direito a ser iguais quando a diferença os inferioriza, e o direito a ser diferentes quando a igualdade os descaracteriza.

Boaventura de Sousa Santos, 2005

Convivência: diferenças e desigualdade

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Está-se tratando do convívio conflituoso de formas de pensar diversas bem

como das ofensas, da presença de desigualdade, do desrespeito à equidade

e das violações das integridades física e psíquica. São os riscos que surgem

das relações e que levam, como já indicado, à apartação, ao isolamento, ao

abandono, à exclusão. Ainda podem ser incluídos os riscos relacionados à

violência física e sexual nas formas de convívio. (...) Portanto, trabalhar

situações de risco supõe conhecer as incidências, as causalidades, as

dimensões dos danos para estimar a possibilidade de reparação e

superação, o grau de agressão do risco, o grau de

vulnerabilidade/resistência ao risco.

Aldaíza Sposati, 2009

Convivência: diferenças e desigualdade

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Participar supõe modos de se expor, de ver e ser visto, de criticar e ser criticado, ser capaz de argumentar, colocando em circulação diferentes saberes e modos de produção de conhecimento. Tomados em sua igualdade, estes conhecimentos podem circular sem reafirmar hierarquias, podem ser questionados sem ser desqualificados.

MDS, 2009

Convivência: participação e democrática