23

DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Salvação de Gênesis a Malaquias

Citation preview

Page 1: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013
Page 2: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

Carta aberta

Olá amigos,

Estamos aqui começando mais um trimestre e também mais um ciclo de estudos bíblicos. Nunca saberemos tudo sobre a Bíblia, por isso, pre-cisamos estudá-la durante toda a nossa vida. Seus textos são tão ricos que o aprender é inesgotável.

Nos três primeiros meses deste novo ano estudaremos a História da Salvação na EBD. Pode ser que pensemos na salvação apenas quando lemos os Evangelhos, mas neste trimestre aprenderemos que o processo começou muito antes, ainda no Antigo Testamento.

Na DCC, temos três unidades que se complementam entre si e com os estudos da EBD. Na primeira unidade, o tema abordado é "Os valores do reino"; na segunda unidade, pensaremos um pouco sobre o "Desenvolvimento da fé" e, na terceira unidade, falaremos sobre "Missões Mundiais". Por falar nisso, você conhece o trabalho missionário batista no mundo? A Junta de Missões Mundiais possui várias maneiras de você contribuir. Pense nisto.

En� m, meu desejo é que possamos caminhar juntos, embora distantes geogra� camente, mas próximos no amor a Jesus e o desejo de aprender sobre ele e obedecê-lo cada vez mais. Lembrando que esta revista é feita por você e para você. Escreva-nos. Envie seus textos, fotos, desenhos ou sugestões. Compartilhe o que você tem aprendido.

Que a paz do Senhor Jesus seja constante em nossa vida neste ano de 2013!

Abração.

Carlos Daniel Redator

1o Trimestre – 2013 1

Page 3: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

2 Diálogo e Ação Aluno

Expediente ISSN 1984-8595

Literatura Batista

Ano 81 – N° 325 – Jan.Fev.Mar. 2013

Diálogo e Ação aluno é uma revista destinada

a adolescentes (12 a 17 anos), contendo lições

para a Escola Bíblica Dominical e estudos para a

União de adolescentes (Divisão de Crescimento

Cristão), passatempos bíblicos e outras matérias

que favorecem o crescimento do adolescente nas

mais diferentes áreas

Publicação trimestral do

Departamento de Educação Religiosa da

Convenção Batista Brasileira

CGC (MF): 33.531.732/0001-67

Endereço

Caixa Postal, 40002

Rio de Ja nei ro, RJ – 20720-020

Tels.: (21) 2157-5557

Eletrônico – [email protected]

Site – www.batistas.com

Direção Geral

Sócrates Oliveira de Souza

Coordenação Editorial

(RP/16897)

Redação

Carlos Daniel

Produção Editorial

Imagens: www.sxc.hu e freedigitalphotos.com

Distribuição

EBD-1 Marketing e Consultoria Editorial Ltda.

E-mail: [email protected]

Nossa missão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas

batistas no cumprimento da sua missão como comunidade local”

Diálogo e ação

2 Diálogo e Ação Aluno

Imagens utilizadas nesta edição:

Page 4: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 3

SumárioCarta aberta .................................................................................................................................... 1Expediente ...................................................................................................................................... 2Soltando o verbo (carta dos leitores.)............................................................................................. 4

Dieta bíblica ................................................................................................................................... 12

EBD – Tema do trimestre: A história da salvação – De Gênesis a MalaquiasEBD 1 – O começo da história da salvação ....................................................................... 14 EBD 3 – Quando Deus usa os homens ................................................................................ 20EBD 4 – Um novo tempo ....................................................................................................... 23EBD 6 – O tempo dos juízes .................................................................................................. 29EBD 7 – O tempo dos reis ..................................................................................................... 33EBD 8 – O início da decadência ........................................................................................... 37

EBD 11 – O tempo do exílio .................................................................................................. 49EBD 12 – O tempo de restauração ...................................................................................... 52EBD 13 – Período interbíblico .............................................................................................. 55Entre as letras ............................................................................................................................... 58

DCC

Unidade 1 – Os valores do reino

DCC 1 – Referencial para os valores do reino .............................................................. 60DCC 2 – Relativismo ético .............................................................................................. 62DCC 3 – Vida em abundância ........................................................................................ 64DCC 4 – Os fundamentos da fé ..................................................................................... 66Unidade 2 – O desenvolvimento da féDCC 5 – No exercício da fé ............................................................................................. 68DCC 7 – Experiências de fé ........................................................................................... 72

Unidade 3 – Missões MundiaisDCC 9 – Culto missionário .............................................................................................. 78DCC 10 – O prazer de servir ........................................................................................... 80DCC 11 – Eu também posso ir ....................................................................................... 82DCC 12 – Eu também posso contribuir ......................................................................... 84Letra e música ............................................................................................................................... 86

Cantinho do poeta ........................................................................................................................ 88Dicas para o dia a dia ................................................................................................................... 92Caça-palavras ................................................................................................................................ 95Missões Mundiais ......................................................................................................................... 96

Page 5: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

4 Diálogo e Ação Aluno

Soltando o verbo

Querido adolescente

Envie sua carta para Caixa Postal 40002 – Rio de Janeiro, RJ

CEP 20720-020 ou seu e-mail para [email protected]

Saudações Estava dando uma olhada numa revista antiga de EBD para jovens que possuía temas bem atuais e “polêmicos”. Infelizmente, eu vejo na nossa revista de Adolescentes basicamente os mesmos temas: ser sal e luz e missões. Não que isso não seja importante, mas que por sua repetição acaba cansando. Ps: A DCC é sempre muito bom!

Danilo C. Dias, 18 anosIgreja Evangélica Batista em Timbí

Pr. Samuel Bernardes – Timbí – Camaragibe, PE

Resposta: Oi, Danilo, obrigado por compartilhar sua opinião conosco. Ela é muito importante para nós. Este trimestre falaremos sobre a história da salvação, então

Paz de Jesus no seu coração.

Page 6: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 5

Olá Amados, que a paz de Cristo esteja convosco. Sou Simone, professora da classe dos adolescentes da Igreja Batista em João Wesley, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro. É com muita alegria que compartilho com vocês parte das atividades que estamos desenvolvendo. Nosso grupo é pequeno formado por nove adolescentes que muito têm crescido com os estudos da Diálogo e Ação. Particularmente, o estudo do Êxodo no primeiro trimestre permitiu que o grupo compreendesse, por meio de uma linguagem clara e objetiva, os propósitos de Deus na vida de Moisés e do seu povo. Durante as aulas relataram que “agora estou entendendo o livro de Êxodo”, “agora começo a entender um pouco mais sobre Moisés”, entre outras falas. O estudo

adolescentes na EBD, onde apresentaram as produções de poesia, oração,

caracterizada (foto). Agradecemos a Deus pelas edições tão abençoadas que a CBB tem desenvolvido com sua equipe. Um forte abraço em Cristo.

SimoneIgreja Batista em João Wesley, RJ

Resposta: Simone, seu e-mail nos emocionou. Saber que adolescentes têm aprendido os princípios bíblicos nos deixa realmente felizes. Já deu pra perceber que

que não parem no Êxodo, mas continuem com essa criatividade para aprender. Ob-rigado por compartilhar. Que Deus, que abençoou o povo no Êxodo há tanto tempo,

Page 7: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

6 Diálogo e Ação Aluno

Olá, galera da Diálogo e Ação, sou Camilla da Silva Neves, sou aluna da revista e faço parte do corpo de Cristo na 2ª Igreja Batista em São Fidélis. Quero para-

a cada dia mais para nos ajudar a crescer espiritualmente. Envio a vocês a foto de um domingo que fomos estudar a nossa lição e aprender mais de Cristo em um sítio. Foi muito abençoador esse estudo e após o estudo da revista tivemos o nosso momento de lazer. Agradeço a Deus pela vida de cada adolescente que faz parte de nossa igreja e que possamos ser luz para os outros que estão perdidos no mundo! Que Deus continue a abençoar vocês! Obrigada! Beijos.

Camilla da Silva NevesSão Fidélis, RJ

Resposta:

adolescentes aí da SIB. Paz do Senhor Jesus para vocês.

As lições deste trimestre, com seu conteúdo

crescimento da minha vida espiritual e de todos os meus colegas de classe, irmãos em Cristo.

Robson AntunesClasse de Adolescentes – PIB em São Vicente de

Paulo Araruama, RJ

Resposta: Oi, Robson, gostamos muito de receber as fotos dos adolescentes aí da

PIB. Ficamos mais felizes ainda ao saber que vocês têm crescido espiritualmente,

o que precisa acontecer com todo cristão verdadeiro. Que vocês possam contagiar

Page 8: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 7

A salvação

1o Trimestre – 2013 7

Reflexão

Quando estudamos a respeito do Deus Filho, que é Jesus Cristo, conhecemos esta

pessoa maravilhosa, que é a segunda pessoa da Trindade e entendemos que só por

Atos 4.10-12

E em mais ninguém há salvação.

Salmo 146.3

Da mesma forma que Jesus é o Filho unigênito de Deus e isto quer dizer que ele

vem de Deus, a salvação também vem da parte de Deus.

Na realidade, a salvação é um dom, uma dádiva, uma graça de Deus para com os

Se a salvação é uma graça de Deus, também é de Jesus.

unciada ao povo de Deus. Deus sempre anunciou ao povo de Israel a respeito da existência

de uma salvação.

Isaías 56.1

Ele fez isto porque, além dela vir da parte dele mesmo (no caso, Jesus), Deus é a

própria salvação. Por isso, estudamos a respeito da Trindade (estão lembrados?). Na

Trindade, entendemos que Deus Pai, Filho e Espírito Santo são a mesma pessoa.

Page 9: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

8 Diálogo e Ação Aluno

homens existentes.

Pois ela alcança a todos.

cruz do Calvário e é necessário que se creia nisto.

cristão a alegria da salvação.

Em toda a sua vida, o homem deseja e procura ansiosamente por sua salvação.

Ele a procura em todos os lugares e de todas as formas possíveis.

outro há salvação. Todavia, a salvação é uma decisão individual e uma renúncia que

cada pessoa, individualmente, tem que fazer.

Para aceitar a Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, cada pessoa precisa

para salvação como diz o próprio apóstolo Paulo em:

2Coríntios 6.2

Salvador?

___________________________________

Tione Echkardt – www.tioneechkardt.com

8 Diálogo e Ação Aluno

Page 10: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013

Um vencedor chamado José

Reflexão

1o Trimestre – 2013

O poder da atitude certa (Gênesis 41) – Precisamos sempre nos lembrar que Deus é soberano. Nossa vida não

está à deriva. Deus está no comando. Precisamos sempre nos lembrar que Deus é sábio. Por mais que nos au-todivinizemos, como fazia o senhor do Egito, pouco sabemos sobre a vida presente, nada sabemos sobre nossa vida futura. Precisamos nos lembrar que podemos contar com os recursos divinos. Para interpretar os sonhos pró-prios ou alheios, José podia contar com a sabedoria divina. Para conviver com os fatos que nos incomodam e adoecem, podemos contar com a sabedoria de Deus; não estamos sozinhos, mas esta pode ser uma escolha: lutar sozinhos.

A CUMPRIR

Para preservar a liberdade humana, Deus escreve sua história entre os ho-mens e entre as mulheres por meio das ações de homens e mulheres. Vejamos as marcas do vencedor chamado José.

José é vendido pelos irmãos

– Gravura de Gustave Doré

Page 11: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

10 Diálogo e Ação Aluno10 Diálogo e Ação Aluno

1 José soube se conduzir de modo certo na oportunidade surgida. O Faraó mandou chamar José, que foi trazido depressa do calabouço. De-pois de se barbear e trocar de roupa, apresentou-se a Faraó (Gn 4.14).

A vida é feita de regras e ele não poderia comparecer de qualquer ma-neira diante do Faraó. Por isso, ele se barbeia e troca de roupa. Ele cuidava de sua aparência, para não parecer um derrotado. Ele se porta com dignidade diante de um alto dignitário. Esta era a oportunidade que Deus lhe dava, e ele não iria perdê-la por causa de um desleixo. Não era hora de aparecer mal-trapilho para mostrar o quanto estava sendo maltratado. Não era hora de ser vítima. Era hora de ser vitorioso.

Ele também trocou de roupa. Talvez tenha tirado o seu uniforme de presidiário e posto alguma roupa guardada há muito tempo. Ele não queria a piedade do Faraó. Ele queria usar bem a oportunidade, oportuni-zada por Deus, aquele que – podemos con� ar – escreve a história.

Deus deu a José uma tarefa, e ela começava com uma atitude adequada para a situação.

2 José teve a coragem que a hora demandava. O Faraó lhe disse: tive um sonho que ninguém consegue in-terpretar. Mas ouvi falar que você, ao ouvir um sonho, é capaz de inter-pretá-lo. Que peso! Tantos tinham falhado antes dele. José não tremeu.

José comparece perante Faraó – Gravura de Gustave Doré

Page 12: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 111o Trimestre – 2013 11

Antes, respondeu ao poderoso rei: Isso não depende de mim, mas Deus dará ao Faraó uma resposta favorável (Gn 41.16). José teve uma coragem entusiasmada, vinda de sua con�ança em Deus. Não foi petulância.

José teve a dependência que o tor-nava forte. Ele era forte, mas a sua for-ça vinha de Deus. Ele era sábio, mas sua sabedoria vinha de Deus. Ele era paciente, mas sua paciência vinha de Deus. José tinha planos, mas os seus planos eram os de Deus. José tinha uma palavra a dizer, mas diria o que Deus lhe dissesse para dizer. Os homens e mulhe-res precisam de homens e mulheres de Deus que lhes digam o que fazer. Gente antenada. Gente que estuda. Gente que depende de Deus. Gente que tem um plano, o plano de Deus.

3 José demonstrou competência e manteve a integridade quando chegou ao poder (Gn 41. 41-49). Na história que Deus escreveu, José foi escolhido como uma espécie de primeiro ministro do governo de Faraó, que determinou: Entrego a você agora o comando de toda a terra do Egito. Ele se tornou um político. Segundo a narrativa do Gênesis, o Faraó tirou do dedo o seu anel-selo e o colocou no dedo de José. Mandou-o vestir linho �no e colocou uma corrente de ouro em seu pescoço. Também o fez subir em sua segunda carruagem real e, à frente, os arautos iam gritando: “Abram caminho!” As-

sim José foi colocado no comando de toda terra do Egito. José tinha 30 anos de idade quando começou a servir a Faraó, rei do Egito.

Devemos ser competentes naquilo que fazemos, porque aquilo que faze-mos é a ação de Deus no mundo. José fez a sua parte. Depois de empossado, foi inspecionar a terra. Foi pôr seus planos em ação.

Quando um cristão age com com-petência e integridade, Deus abençoa o mundo, a família, a igreja, a escola. Não é só a igreja que é o campo de atuação de Deus no mundo. Quem mais precisa de graça do que o mundo, a família, o trabalho, a escola?

Quanto à integridade, devemos viver de tal modo que aqueles que nos conhecem possam dizer de nós: Será que vamos achar alguém como este homem, em quem está o espírito divino? (Gn 41. 38).

O que fazem os cristãos quando che-gam ao poder? O que fazemos como cristãos quando somos elevados a um cargo mais elevado ou somos eleitos para uma função pública ou quando somos escolhidos para um ofício na igreja? Devemos fazer como José, man-tendo nossa integridade, esforçando--nos ao máximo para fazer o melhor.

Há uma grande oportunidade diante de você? Vá em frente, sabendo que tudo dependerá de Deus.

Israel Belo de Azevedo

Page 13: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

12 Diálogo e Ação Aluno

Dieta bíblica

12 Diálogo e Ação Aluno

Segue uma lista de alguns alimentos que são encontrados na Bíblia e que as pes-soas daquela época costumavam comer.

Onde eles comiam? Sentados no chão. Um pedaço de couro ou pele de animal era usado para cobrir o chão e sentados ou reclinados à mesa (Jo 12.2).

João 13.26 fala de um pão mergulhado em algo.

Cevada – Rute 1.22 Pepino – Números 11.5 Nozes de pistache – Gênesis 43.11

Linho – Êxodo 9.31 Melancia – Números 11.5

Painço – Ezequiel 4.9) Hortelã – Mateus 23.23

Espelta – Ezequiel 4.9 Cebola – Números 11.5 Endro – Mateus 23.23

Trigo – Gênesis 30.14 Cominho – Mateus 23.23

Pão de trigo – Êxodo 29.2 Feijão – 2Samuel 17.28 Cana – Jeremias 6.20

Pão de cevada – 2Reis 4.42 Lentilhas – 2Samuel 17.28) Canela – Êxodo 30.23

Pão de painço – Ezequiel 4.9Ervas amargas – Êxodo

12.8Uvas – Deuteronômio 23.24

Pão de espelta – Ezequiel 4.9 Vinho – Gênesis 9.21 Suco de uva – Números 6.3)

Pão sem fermento – Gênesis

19.3 Vinagre – Rute 2.14 Uvas passas – 1Samuel 30.12

Pão fermentado – Mateus

16.12 16.19Figos – 1Samuel 30.12

Romãs – Números 20.5 Maçã (Cantares 2.5) Tâmara – 2Samuel 6.19

Cordeiro – Êxodo 12.4 Boi – Deuteronômio 14.4 Bode – Deuteronômio 14.4

Veado – Deuteronômio 14.5Gazela – Deuteronômio

14.5Bode montês – Deuteronômio 14.5

Corça – Deuteronômio 14.5Bode selvagem – Deuteronômio

14.5

Ovelha montês – Deuteronômio 14.5 Peixe – Números 11.5) Gafanhoto – Mateus 3.4

Mel – Mateus 3.4 Perdiz – 1Samuel 26.20 Codorniz – Números 11.31

Grilo – Levítico 11.22 Gafanhoto – Levítico 11.22 Galinha – Mateus 23.37

Leite – Gênesis 18.8 Coalhada – Gênesis 18.8 Queijo – 2Samuel 17.29

Ovos – Jó 6.6 Sal – Jó 6.6 Coentro – Êxodo 16.31

Mostarda – Mateus 13.31 Maná – Êxodo 16.31 Água – Êxodo 17.6

FONTE: http://www.sundayschoolresources.com/food.htm

Page 14: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 13

A história da salvaçãoDe Gênesis a Malaquias

Objetivos: Neste trimestre, vamos entender um pouco mais a história da salvação. Essa

Bíblia é um conjunto de livros que não se contradizem entre si. O amor de Deus pode ser visto nas primeiras páginas do Gênesis e também no Evangelho de João, por exemplo.

Estudos da EBD

EBD 1 – O começo da história da salvação

EBD 3 – Quando Deus usa os homens

EBD 4 – Um novo tempo

EBD 6 – O tempo dos juízes

EBD 7 – O tempo dos reis

EBD 8 – O início da decadência

EBD 11 – O tempo do exílio

EBD 12 – O tempo da restauração

EBD 13 – Período interbíblico

Autor das lições

em Terapia de Família; membro da Igreja Batista em Vila Isabel.

Abertura do trimestre

1o Trimestre – 2013 13

Page 15: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

14 Diálogo e Ação Aluno

Neste trimestre, estudaremos a história da salvação como apresentada no

Eva, quando desobedeceram à ordem divina e perderam o direito que tinham de viver em perfeita comunhão com Deus. Essa história está narrada no livro bíblico de Gênesis. É nesse livro que se encontra a promessa de Deus que da semente da mulher nasceria o Salvador (Gn 3.15).

EBD 1

6 de janeiro

O começo da história da salvação

Gênesis 1.24-31; 3.1-15

Leituras diárias

Segunda – Gênesis 1.1,2Terça – Gênesis 2.4-17

Quarta – Gênesis 2.18-25

Quinta – Gênesis 3.1-7Sexta – Gênesis 3.8-19

Sábado – Gênesis 3.20-24Domingo – Gênesis 4

Page 16: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 15

No princípio

Gênesis é o primeiro livro da Bí-blia e signi� ca “No princípio”. Seu autor foi Moisés, e ele narra a histó-ria das origens do mundo e também fatos relacionados aos patriarcas. Abra a sua Bíblia nos capítulos 2 e 3 de Gênesis. Esta passagem mostra porque a salvação se tornou uma ne-cessidade para os seres humanos. Eis alguns acontecimentos relacionados à história da salvação:

1 Adão e Eva tinham comunhão com Deus e podiam desfrutar de todas as bênçãos do jardim onde moravam, o Éden. Somente o fruto da árvore do bem e do mal lhes fora proibido comer, sob pena de morrerem (3.16,17).

2 A partir do capítulo 3, o texto mostra como Satanás, sob a forma de uma serpente, tentou Eva, induzindo-a a comer o fruto e, depois, como levou seu marido a fazer o mesmo. Inicia aqui a história do pecado humano e a história da salvação por iniciativa do próprio Deus. Ao pecar, o ser humano rompe relações com Deus e com o pró-ximo. Portanto, mesmo que a atitude pecaminosa seja uma responsabilidade pessoal, ela deixa consequências sérias que envolvem toda a criação.

3 Adão e Eva tiveram um com-portamento infantil após pecarem

contra Deus. Ao ouvirem a sua voz, chamando-os para a conversa diária, eles se esconderam. Assim fazem as crianças quando praticam um ato de desobediência. Sabendo que seus pais vão reprovar a “arte” feita, se es-condem, sendo logo descobertas. No caso do primeiro casal, não poderiam se esconder de Deus, pois isso é impos-sível (Sl 139.7-12). Diante do Criador, Adão não assumiu sua culpa. Ele fugiu da responsabilidade culpando Eva que, por sua vez, culpou a serpente (Gn 3.12,13). Desde então a humanidade vive mergulhada no pecado, tentando se esconder de Deus ou jogar a culpa em outrem.

Salvação e sacrifício

Conforme dissemos no início des-te estudo, se o pecado concebido no Éden escravizou os homens, a salvação (que é o resgate da condição pecadora e separada de Deus dos seres humanos) começou a ser providenciada ali. Leia Gênesis 3.15 e descubra por si mesmo. Você perceberá que Deus prometeu salvar a humanidade, pelo nascimen-to de Jesus Cristo, cujo sacrifício seria capaz de vencer Satanás e providenciar a salvação aos pecadores.

Desde o Éden, a oferta sacri� cial fazia parte do ato de culto e do plano de salvação. Dois personagens, descen-dentes de Adão, ilustram bem este fato. Eram Caim e Abel.

Page 17: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

16 Diálogo e Ação Aluno

Abra a sua Bíblia em Gênesis 4. Nesta passagem pode-se ler sobre o primeiro homicídio, e também sobre as ofertas sacri� ciais em ato de culto. Abel e Caim resolveram apresentar a Deus sua oferta, fruto do seu trabalho. Leia os versículos 3 e 4 e escreva aqui qual foi a oferta que eles trouxeram:

Caim: ____________________.

Abel: _____________________.

Segundo o texto, Deus se agradou de Abel e de sua oferta, mas de Caim ele não atentou. Por quê? Leia Hebreus 11.4, e você descobrirá que a salvação está relacionada à fé do ofertante, e não à oferta em si. Deus conhece as inten-ções dos homens. Ele sabe se a oferta que trazem diante dele é verdadeira ou não. Leia o Salmo 51.17 para entender como ser aceito por Deus no ato de culto: “O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não despreza-rás, ó Deus”.

Dentre os principais ensinamen-tos deste estudo, pode-se destacar os seguintes:

1 Deus não se impressiona com a oferta do adorador, mas com a sua verdadeira intenção de adorá-lo e de prestar-lhe culto. Por isso, mesmo que o adolescente ainda não tenha con-dições de ofertar materialmente, não deve sentir-se diminuído ou deslocado. O que Deus espera dele é o seu coração cheio de amor, fé e gratidão. O que Deus espera dele é que ele ofereça o que tem de melhor, sua própria vida.

2 O pecado afastou o homem de Deus, mas Deus não deixou as coisas desse modo. Antes, foi dele a iniciativa de buscar o homem, de perdoar-lhe os pecados, e isso por meio da oferta de Jesus Cristo, seu Filho.

3 Estudar a história da salvação é procurar compreender a atuação de Deus através dos tempos, na busca por homens e mulheres dispostos a adorá-lo e a servi--lo, garantindo, assim, aos outros o acesso a essa salvação realizada por Jesus Cristo.

4 O livro que relata a história da sal-vação é a Bíblia. Não perca tempo, comece a estudá-la e a ensiná-la hoje mesmo. Pro-cure um amigo ou uma amiga não-crente e conte a ele ou a ela o que você aprendeu neste estudo. Compartilhe com alguém o começo da história da salvação.

Para o coração...

“Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: onde estás?” (Gn 3.9)

Page 18: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 17

Leituras diárias

EBD 2

13 de janeiro

A renovação do pacto com Noé

(Gênesis 6, 7 e 9)

Segunda – Gênesis 5Terça – Gênesis 6.1-12

Quarta – Gênesis 6.13-22

Quinta – Gênesis 7.1-16Sexta – Gênesis 7.17-24Sábado – Gênesis 9.1-19

Domingo – Gênesis 9.20-29

Um dos personagens importantes da história da salvação é Noé. Deus renovou o

as consequências desastrosas do pecado no mundo. Estudaremos, agora, como Deus

usou de sua misericórdia para oferecer a salvação a Noé e sua descendência.

Page 19: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

18 Diálogo e Ação Aluno

nou que Noé construísse uma grande embarcação, a arca. Noé obedeceu às ordens recebidas porque ele creu em Deus. Ele trabalhou duramente naque-le projeto. Depois que a embarcação � cou pronta, Deus determinou quem deveria entrar na arca conforme consta em Gênesis 7.2,3.

Dilúvio e providência

A Palavra de Deus se cumpriu mais uma vez. Choveu durante quarenta dias e quarenta noites sobre a terra. Noé e sua família estavam seguros por-que con� aram em Deus desde o início. O pacto da salvação estava � rmado em sua fé. Depois de muitos dias, a família de Noé pôde, en� m, sair da arca e pres-tar um culto a Deus. Deus aceitou o culto prestado por Noé, abençoou sua família, ordenou que tivessem � lhos e povoassem a terra.

Deus sempre cumpre o que prome-te; vale a pena con� ar na sua Palavra e obedecer. Por meio da família de Noé foi dada à raça humana uma nova oportu-nidade. O pacto que Deus renovou com Noé bene� ciaria todas as gerações futu-ras. Abra a sua Bíblia em Gênesis 9.11 e leia sobre o acordo � rmado entre eles e sobre o símbolo desse pacto, o arco-íris.

Algumas lições práticas deste es-tudo para a nossa vida:

Um homem na medida certa

Noé quer dizer “consolo e repouso” (Gn 5.29). A Bíblia a� rma que ele era um homem justo e reto (Gn 6.9). O nome de sua esposa não é conhecido; sabe-se, no entanto, que eles tinham três � lhos: Sem, Cão e Jafé. A Bíblia destaca Noé como alguém que andava com Deus. Ele “achou graça aos olhos do Senhor”, ou seja, foi reconhecido por Deus como sendo “justo e perfeito em suas gerações” (6.9).

Na época de Noé, a violência e a corrupção eram uma triste realidade, mas Noé se mantinha � el a Deus, di-ferente das pessoas de sua época. Por con� ar em Noé, Deus compartilhou com ele a decisão de buscar um reco-meço para a humanidade por meio do dilúvio. Leia algumas passagens do Novo Testamento que falam desse evento: Hebreus 11.7; 2Pedro 2.5; 3.6; Mateus 24.38,39. Agora, leia Gênesis 6.11-13 e você encontrará a explicação dessa decisão.

Deus viu a maneira como os ho-mens estavam vivendo (Gn 6.5). Não havia lugar para a bondade, o amor, a honestidade, o perdão e a justiça. A corrupção era geral. Mas, no meio da multidão de rebeldes pecadores, Noé se destacava como alguém diferente na essência, no interior e nas atitudes.

Mas, antes de Deus exercer seu jus-to juízo sobre os homens, ele sinalizou para a esperança da salvação. Ele orde-

Page 20: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013

A arca de Noé – Gravura de Gustave Doré

1 As pessoas insistem em viver sem prestar contas a Deus, mas ele não está alheio às injustiças, à violência e ao pecado. No tempo propício por ele determinado, Deus vai pedir contas de nossa decisão em relação a ele.

2 Noé deixou um grande exem-plo para nós. Ele era diferente das pessoas do seu tempo, não se deixava contaminar com a violência e com as maldades que eram praticadas à sua volta. Os dias em que vivemos não são muito diferentes dos dias de Noé quanto ao crescimento da violência. Os seres humanos, em sua maioria, in-sistem em não dar crédito ao plano redentor de Deus, mas os crentes em Jesus devem continuar # rmes. Devem

mostrar às pessoas que Deus as ama e providenciou a salvação para todos, que basta o arrependimento dos seus pecados e, por meio da fé, aceitar o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário.

3 Se você, prezado adolescente, também andar com Deus, certamente vai ser muito abençoado e vai abençoar outras pessoas também. Mas, andar com Deus quase sempre é andar na contramão. É preciso estar bem segu-ro em Deus para resistir às tentações, que são muitas. Procure estar sempre atento ao que está acontecendo ao seu redor e diga um NÃO bem # rme quan-do você for convidado a fazer coisas que desagradam a Deus.

Para o coração...

“Eis que eu estabeleço o meu pacto convosco e com a vossa descendência depois de vós” (Gn 9.9)

Page 21: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

20 Diálogo e Ação Aluno

descendência numerosa, por meio da qual a bênção da salvação poderia alcançar

bisneto José, fazem parte deste grupo de pessoas que foram fundamentais na ma-nutenção da promessa de Deus. Com eles, aprenderemos lições de fé, esperança e obediência a Deus.

EBD 3

20 de janeiro

Quando Deus usa os homens

(Gênesis 12.1-9; Gênesis 39)

Segunda – Gênesis 12.1-9Terça – Gênesis 15

Quarta – Gênesis 18.1-16

Quinta – Gênesis 22Sexta – Gênesis 27

Sábado – Gênesis 28.1-9Domingo – Gênesis 39

Leituras diárias

Jacó luta contra o anjo

Page 22: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

1o Trimestre – 2013 21

A escolha de Abraão é fundamental para o entendimento da história da sal-vação no Antigo Testamento. Para saber mais, leia algumas passagens do Novo Testamento que falam sobre ele, como Hebreus 11.8-12 e Romanos 4.16-21.

Em Gênesis 12, lemos que Deus or-denou a Abrão que saísse de sua terra natal Ur, do meio dos seus parentes, para um lugar desconhecido (v. 1). Nes-se encontro, Deus lhe prometeu que a sua descendência seria uma grande nação e que, por intermédio dele, todas as famílias da terra seriam abençoadas.

Contra todas as previsões divinas para ele, estava o fato de sua esposa Sara não poder ter � lhos. Sara tentou resolver o problema da falta de um herdeiro por si mesma oferecendo a sua serva Hagar a Abrão – a escrava e sua prole pertence-riam tecnicamente a ela – e dessa união nasceu Ismael. Essa solução não era a que Deus prometera a Abrão. Portanto, como a� rma a Escritura, o Senhor “deu a Abraão um � lho na sua velhice, ao tempo deter-minado, de que Deus lhe falara” (21.2), o seu nome era Isaque, o � lho da promessa.

O nascimento de Isaque, cujo nome signi� ca “riso”, trouxe muita alegria para aquela família. O episódio mais impor-tante da vida desse menino aconteceu na sua adolescência. Deus provou a fé

de Abraão pedindo-lhe que oferecesse o seu � lho em sacrifício no Monte Moriá. Sacrifícios de crianças eram comuns na cultura religiosa dos cananeus e de outros povos idólatras, mas eram abomináveis ao Senhor. Abraão leva a fé às últimas consequências e quando vai levantar a faca para sacri� car seu � lho é impedido por Deus de fazê-lo. Ele passara no teste. Deus providenciou um substituto, um cordeiro, para o holocausto.

Esse evento mostra que o sacrifício exigido para a salvação não poderia ser realizado por homem algum. O pró-prio Deus providenciaria o cordeiro para o sacrifício. Leia em sua Bíblia 1Pedro 1.19 e João 1.29 e veja como este cordeiro simbolizava a pessoa de Cristo, nosso Salvador.

Isaque se casou com Rebeca, que também era estéril e, após orar a Deus por ela, foi abençoado por Deus com o nascimento de gêmeos: Jacó e Esaú. Esaú foi o primeiro a sair do ventre de Rebeca, portanto, era o primogênito, mas Deus havia reservado para Jacó uma posição especial no plano da salvação.

Jacó: de enganador a príncipe

A história de Jacó re$ ete a história de cada pessoa antes de um encontro real com Deus. Jacó signi� ca “engana-dor”. Ele cometeu muitos erros até se tornar Israel (príncipe). Em Padã-Arã foi morar com Labão, parente de sua mãe e que se tornou seu sogro. Jacó tra-

Page 23: DIÁLOGO E AÇÃO - I TRM 2013

22 Diálogo e Ação Aluno

balhou para seu sogro durante sete anos, a � m de se casar com Raquel. Labão des-cumpriu o acordo e lhe entregou Leia, a � lha mais velha. Jacó trabalhou mais sete anos para receber Raquel como es-posa. Raquel e Leia disputavam a aten-ção do esposo. Quando elas � cavam impedidas de gerar � lhos, ofereciam suas servas a Jacó, e ele formou uma família com 12 � lhos. Seus 12 � lhos são: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom, Dã, Na� ali, Gade, Aser, José e Benjamim. Seus � lhos deram origem às 12 tribos de Israel, em continuação da linhagem de Abraão.

José: um homem vencedor

O livro de Gênesis termina com a história de José, um dos � lhos de Jacó. Leia os capítulos 37 e 39 de Gênesis e descubra como José foi parar no Egito, servindo na casa de Potifar, até que, por vingança da esposa deste, foi pa-rar na prisão, falsamente acusado de sedução. Mas Deus reservara para José outro papel, quando teve a oportuni-dade de ajudar o Faraó por meio da interpretação de sonhos, alcançou o favor dele e tornou-se o homem mais in" uente de todo o Egito, abaixo ape-nas do próprio Faraó.

Por causa de sua conduta � el a Deus em todo o tempo, José foi preservado por Deus, bem como toda a sua família, durante um período de grande fome pelo qual passou o mundo antigo. Quando os irmãos de José foram ao Egito comprar alimentos e lá encontraram José, este os perdoou e mandou buscar seu pai e toda sua família para morarem com ele no Egito. José foi um vencedor!

Deus usou Abraão, Isaque, Jacó e José. Eles tiveram suas lutas e fraquezas, mas fo-ram bênçãos para as pessoas do seu tempo e ainda ensinam muitas lições para nós.

1 Prezado adolescente, assim como Deus usou aqueles homens no passado, ele também quer usar você.

2 Você vai ser tentado a desistir de viver corretamente, vai ser submetido a provas, receber convites para fazer coisas que entristecem o coração de Deus, mas não desista; continue na luta, pois, estando Deus ao seu lado, você será um vencedor.

3 Somos herdeiros da promessa de Deus, da salvação pela fé, desde o início da história humana. Sejamos, por isso, gratos a Deus.

Para o coração...

“Mas o Senhor era com José, e ele tornou-se próspero; e estava na casa do seu senhor, o egípcio” (Gn 39.2)