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Neurocirurgia
Funcional no TRM
Jornada Goiana de Neurotraumatologia
Luiz Cláudio Modesto Pereira Neurocirurgião funcional do HBDF e H. Santa Luzia
Membro da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor – SBED
Membro da Sociedade Internacional para Estudo da dor - IASP
Membro da SBENF
Membro da ASSFN
• Anormalidades neurológicas no TRM
– Sensoriais
• Deficitárias
• Dor
– Motoras
• Deficitária
• Espasticidade
• Mov. anormais
– Coordenação
• Deficitária
– Autonômica - visceral
• Deficitária
• Disfuncional - disreflexia
Neurocirurgia Funcional no TRM
• Intervenções funcionais no TRM – Alt Sensoriais :
• Dor
– Procedimentos lesivos
– Neuromodulação DCS DBS
– Infusão de fármacos IS/IV (?)
– Alt Motoras :
• Espasticidade e Mov. Anormais
– Infusão de fármacos IS/IV
– Procedimentos lesivos
– Neuromodulação DCS DBS (?)
– Alt Autonômica:
• Deficitária e Disfuncional
– Procedimentos lesivos
– Neuromodulação PNS DCS
– Infusão de fármacos IS/IV (?)
Neurocirurgia Funcional no TRM
Última Cirurgia do Dr. Tasker no TWH
• MF:“Caro Dr Tasker fale-me de sua última cirurgia no TWH ...” • RT: “Operamos a um jovem com dor central por lesão medular ...
O resultado obtido foi tão surpreendentemente bom que algo deve estar muito errado”
“ The other major event in the last 50 years of pain surgery
came with the introduction of the Melzack and Wall gate
theory of pain in 1965 (21), which proposed that stimulation of
large sensory fibers might suppress activity in the small fibers
known to conduct pain and thus ameliorate a patient’s pain...
Moving rostrally in the central nervous system, paresthesiae
producing stimulation, usually in the Vc, was instituted by
Adams and Hosobuchi (12) and Mazars et al. (20a) in the early
1970s.
Meanwhile, in 1977, Richardson and Akil (26) introduced
chronic stimulation in the periventricular-periaqueductal gray
matter for the treatment of pain on the basis of animal studies of
the reward effects of such stimulation and the concept that it
relieves pain by liberating endorphins.
Dor crônica “Dor que perdura além do tempo de recuperação,
cicatrização ou estímulo doloroso” –
“Dor que persista por mais de 3 ou 6 meses, apesar do
tratamento”
“Dor por fenômenos diferentes da dor aguda, relacionada a
cancer, processos crônicos ou degenerativos, lesão do
Sistema Nervoso ou causa não identificada.
Segundo Bônica 30 % dos americanos sofrem de condições
que se associam a dor crônica...
Definição de dor:
"Dor é uma experiência sensitiva e emocional
desagradável vinculada à imagem simbólica de dano
tecidual presente ou potencial ou descrita como
relacionada à lesão.”
Os componentes sensorial, cognitivo, mnéstico , afetivo e
comportamental estão interligados
Dor no TRM
Dor crônica:
Evolução pós lesional : Melhora x estável x piora
• Prognóstico pós lesão reparada do SNP:
Neuropatia diabética dolorosa 600,000
Neuralgia Pos-Herpética 500,000
Dor Cancer-associada 200,000
Lesão da medula espinhal 120,000
Causalgia e distrofia simpática (dor complexa regional) 100,000
Esclerose Múltipla 50,000
Dor fantasma 50,000
Pos-AVE 30,000
HIV-associada 15,000
Neuralgia Trigeminal (tic douloureux) 15,000
Dor lombar crônica 2,100,000
Total (excluindo dor lombar) 1,680,000
Total (incluindo dor lombar) 3,780,000
Condição No. casos
Bennett GJ. Hosp Pract. 1998;33:95-114.
Prevalência estimada de dor
Neuropática nos EUA *
Dor no lesado medular Incidências reportadas de dor no lesado medular
(Tasker 2000)
• 6.4, 7.5, 10 a 30 %
• 18 a 63, 25, 26.8, 27% Maior Freqüência :
• 33 a 94% (1/3 severo) Cervical
• 47 a 96 % Cone e cauda eqüina
• 69.5% (49% severo) 60 a 41% nível completo
• 77%
• 80 a 94, 94%
• Em média : 50% dos casos
200.000 casos ano nos EUA
Epidemiology of Spinal Cord Injury Pain
Prevalence and Incidence of Spinal Cord Injury Pain. In one
decade-old review of “centrally” generated pain, a summary
of 10 reports indicated that on average 69% of patients with
SCI report pain and nearly one third rate their pain as
severe. This estimate has been confirmed in two more
recent studies, in which a prevalence of66% was established.
Two other prospective longitudinal studies revealed a
prevalence of 64% at 6 months after SCI143 and 63% at 12
months after discharge from their acute postinjury
hospitalization.
Dor neuropática :
• Mecanismos Patológicos:
– Injuria direta
– Compressão
– Inflamação
– Isquemia
– Infecção
– Quimica
– Metabólica
– ...
Terminação
Axonio
GRD
Medular
Vias asc e desc
Central
Desmielinização
Lesão axonal
Reorganização
Mecanismos da Dor Neuropática
Lesão Nervosa
Alterações anatômicas e funcionais no SN
Atividade espontânea e/ou excessiva de neurônios nociceptivas ... Amplificação de campos receptores Reorganização de sinapses conexões e circuitos
Sintomas de Dor Neuropática
Dor no TRM
Características descritivas da dor
central – medular :
• Aguda, corte, lacerante...
• Choque, fisgada, pontada...
• Pressão, constrição, aperto...
• Agulhas, formigamento...
• Dormência, anestesia ruim
• Queimação, ardor frio...
• Não descritível...
• Pior que dor...
• Angustiante ...
TRM – Dor por diferentes mecanismos
distribuição radicular, irritação mecânica, tb arrancamento, aracnoidite...
comum em TRM cervical posicional,... musculoesquelética e radicular sensível a opiáceos...
1 Instabilidade mecânica do segmento
2 Compressão radicular
Dor no TRM
5 Síndromes de sobrecarga secundária 7 Espasmo muscular
Dor no TRM
Dor em zonas de pressão prolongada Dor em articulações sobrecarregadas Dor muscular e ligamentar
Dor associada a espasmos musculares no nível ou abaixo do nível da lesão - Lesões incompletas
Dor no TRM
Dor da zona de transição, 2 a 4 níveis acima do nível Associada a alodinea e hiperpatia
Queimação e formigamento constante, aperto , variável... Pode ser visceral, disestésica, superficial ou regional Pouca resposta a qualquer tratamento
3 Deaferentação segmentar
4 Lesão medular
6 Visceral
Início tardio, ataques intermitentes, via SNA Associação a disreflexia
Dor no TRM
Início mais tardio (6 anos em média) Ascensão do nível sensitivo e da dor
8 Hidromielia
9 Psico-comportamental,
Síndromes cognitivas, afetivas...
Dor no TRM
Dor no TRM – Apresentação
• Anormalidades Sensoriais: – Fenômenos Positivos sensoriais
• Parestesia e disestesia
• Dor espontânea
– Mantida
– Paroxística
• Dor evocada
– Hiperalgesia e hiperpatia
– Alodínea
• Somação
• “After sensation”
– Fenômenos Negativos sensoriais
• Déficits Sensoriais Variáveis
qualquer modalidade (dor, tato...)
McQuay HJ, Moore RA, Eccleston C, Morley S, Williams AC. Systematic review of outpatient services for chronic pain control. Health Technol Assess.
1997;1(6):i-iv, 1-135. Review.
Avaliando o Paciente com Dor
Qualidade
Intensidade
Duração
Padrão
Informações Completas
sobre a Dor Recursos auxiliares
Escala visual analógica (EVA)
Questionário McGill de Dor
Escalas de Dor Neuropática
Escalas de avaliação
comportamental
Avaliação da dor neuropática
Caracterização Multi-axial dos diagnósticos de dor
– Ia: Primário — severidade da dor
– Ib: Primário — duração da dor (aguda e crônica)
– IIa: Etiologia Medical
– IIb: Comorbidades Médicas
– IIIa: Comorbidades Psiquiátricas (depressão, ansiedade)
– IV: Mecanismos (neuropático , inflamatório)
– V: Impacto da dor e disabilidade
• Complexidade sitomática
Avaliação
Repercussão global da dor
• Orgânica – Nocicepção e dor – Memoria e cognição – Motricidade – Afetividade e comportamento
• Social – Família – Trabalho – Amigos
• Economica • Pscio-Comportamental
– Auto-avaliação – Afetividade...
1-2
Enjoyment
of life
Overall mood
Work
Sleep
Enjoyment
Mood
Relations with others
Ability to walk
Work
Sleep
Enjoyment
Mood
General activity
Relations with others
Ability to walk
Work
Sleep
Enjoyment of life
Overall mood
3-4
5
6-7
8-10
Functional impact significantly correlates with pain severity
(P<0.0001) – measured with BPI
Cleeland CS, et al. Pain. 1996;67:267-273.
Rosenfeld B, et al. Pain. 1996;68:323-328.
Interferência da intensidade de dor na
função e qualidade de vida
Tratamento - Princípios:
• Compreender que é doença biopsicosocial ...
• Compreender que a terapia é multidisciplinar.
• Compreender que a mensuração é essencial.
• Compreender que os resultados finais visam qualidade de vida e reintegração.
• Compreender que a falha de um tratamento é ditada pelo paciente e/ou por instrumentos válidos.
O ideal de tratamento
Clínico em dor TRM
•Coleta detalhada de dados
•Mensuração da dor
•Tratamento medicamentoso Ortopedia
Fisiatria / reabilitação física Neurocirurgia
•Reabilitação Neurologia
Psicologia e psiquiatria
Acupuntura
Anestesiologia
•Bloqueios anestésicos
Neurocirurgia Funcional
Sítios de ação
de fármacos
em dor crônica
Medicações para tratar a dor neuropática
NE: norepinefrina; 5HT: 5-hidroxitriptamina; NMDA: N-Metil D-Aspartato;
ISRN: ihibidor seletivo da recaptação de noradrenalina;
ISRS: inibidor seletivo da recaptação de serotonina; ADT: antidepresivos tricíclicos
Agentes adrenérgicos alfa
Opióides
ISRNs
ISRSs
Tramadol
ADTs
Vias inibitórias rostrocaudais
(receptores NE/5HT, opióides)
Sensibilização
central
Gabapentina
Lamotrigina
Levetiracetam
Oxcarbazepina
Pregabalina
Dextrometorfano
Cetamina
Metadona
Memantina
NMDA
Ca2+
Mecanismos periféricos
Carbamazepina
Lamotrigina
Lidocaína
Oxcarbazepina
Topiramato
ADTs
Na+
1. Periféricos
2. Sensibilização central
3. Vias inibitórias
Robert H Dworkin.. AlecB. O’Connor, Miroslav Backonja,john T.
Farrar;,NannaB. Finnerup , TroelS. Jensen, Eija A.Kalso, John Loeser,
Christine Miaskowski, Turo J Nurmicohae, Russel K. Portnoy, Andrew
S.C.Rice, BrettR.Stacey, Rolf-Detlef Treede, Dennis C, Turk. Mark S
Wallace.
Primeira - linha
● Antidepressivos
(tricíclicose inibidores duais da recaptação da NA / 5HT)
● Inibidores dos canais de cálcio α2-δ
● Lidocaina tópica
Segunda - linha
● Tramadol
● Opióides
Terceira - linha
● Antiepilépticos,
● Outros Antidepressivos (diciclicos),
● Antagonistas dos receptores NMDA,
● ETC: Mexiletina , Capsaicina, Canabinóides.
Número necessário para tratar na dor neuropática
periférica
Finnerup NB, Otto M, McQuay HJ, Jensen TS, Sindrup SH. Algorithm for neuropathic pain treatment: an evidence based proposal. Pain. 2005 Dec 5;118(3):289-305.
Epub 2005 Oct 6. Review.
Esquema clássico de tratamento da dor
Uso de opiáceos – “papaver
somniferum”- em dor cônica de
origem maligna – OMS
• Melhora do sofrimento: físico / mental
• Melhora da qualidade de vida: física / mental / social
• Profilaxia de complicações:
Remoção das causas
Tratamento da Dor
Escala Modificada da Dor Oncológica
*Suporte Saúde Mental
Opióides Fortes AINES Adjuvantes, Reabilitação Psiquiatria/Psicologia *
Opióides fracos AINEs Adjuvantes, Reabilitação Psiquiatria/Psicologia * AINEs
Adjuvantes Reabilitação Psiquiatria/Psicologia*
NC funcional Opióides, AINEs Adjuvantes, Reabilitação Psiquiatria/Psicologia * Bloqueios Anestésicos (s/n) Procedimentos Neurocirúrgicos Funcionais
Diretrizes em Neurocirurgia - SBN
(Tasker 2000)
• 1992 TRM T9 por acidente de auto – morre o único neto
– Dor precoce pontadas e queimação MMII + fisgadas no abdome
• 1992 Fixação torácica – 1993 piora progressiva da dor lascinante
• 1993 Mielotomia (comissural?) mediana + Cce aracnoidite – Significativo alívio da dor
• 1996 Recidiva da dor : queimação progressiva
• 1997 DREZ 2 níveis acima -> T5 – Efeito de allivio transitório
• 1997 Insatisfação com piora sensitiva, piora da dor
• 1998 Dor intensa e pouca resposta a inúmeras drogas
• 1998 Bloqueio simpático cervical (+) , acupuntura (-)
• 2000 Intensa e insuportável dor, – internações repetidas em PS , morfina EV...
• 2001 DBS PVG e Talamo sens. – Melhoria de 50% inicial e 20% final
• 2004 Poucas medicações e sem idas a PS
• 2007 DBS desligado – dor , desepero e internações repetidas
EXEMPLO : Paciente TSP
Tratamento neurocirúrgico da dor no TRM
MÉTODOS
Interrupção das vias da dor Ganglionar e Radicular
Inervação simpática?
Medula espinhal
Zona de entrada e trato de Lissawer
Centro medular – visceral
Anterolateral - Espinotalamico
Tronco cerebral e diencéfalo...
Modulação de sistemas supressores de dor Estimulação elétrica do SNP/C –
Nervos, Dorsal Medular
Cerebral profundo,
Cortex
Infusão de fármacos no SNC
Epidural e subdural espinhal
Intraventricular
Alvos de lesões medulares
MÉTODOS
Interrupção das vias da dor Ganglionar e Radicular
Inervação simpática?
Medula espinhal
Zona de entrada e trato de Lissawer
Centro medular – visceral
Anterolateral - Espinotalamico
Tronco cerebral e diencéfalo...
Tratamento neurocirúrgico da dor no TRM
• Lesões do tronco cerebral – Tracotomia e nucleotomia trigeminal bulbar
– Tracotomia espinotalamica bulbar/pontina
– Mesencefalotomia esterotáxica
• Lesões diencefálicas – Talamotomia
– Hipotalamotomia
• Lesão hipofisária
• Lesões telencefálicas
Interrupção das vias da dor
Lesões encefalicas
Tratamento neurocirúrgico da dor no TRM
MÉTODOS
Modulação de sistemas supressores de dor Estimulação elétrica do SNP/C –
Estimulação de nervos periféricos
Estimulação da medula espinhal
Radicular e Cauda eqüina
Cordões posteriores
Estimulação cerebral profunda
PVG - PAG
VPM - VPL
Estimulação cortical
Estimulação dorsal medular - DCS
O nível é definido por
parestesias cobrindo
toda a área de dor
Teste com eletrodo
descartável
• A localização precisa deve ser radiológica e informativa
POSITIVO SE:
Alívio acima de 50% da dor
Alívio acima de 80% da dor
Melhora com baixa
intensidade estímulo
Lenta recidiva se OFF
Estimulação cerebral profunda (DBS)
ECP talâmica • Inicialmente baseada na teoria de Head and
Holmes : atividade insuficiente do sistema epicritico (não-nociceptivo) desbalanceado com o protopático. Similar ao conceito da teoria do portão.
• Similarmente à estimulação dorsal medular, que seria a aplicação direta da teoria do portão, a ECP aplicaria estimulo a um nível lemniscal mais alto – o segundo rele... no tálamo.
• Poucos estudos tentaram elucidar os mecanismos de funcionamento da ECP talamica
Prováveis mecanismos de ação da
ECP no tálamo sensitivo
• Estimulação dorsal medular inibe atividade nociceptiva no tálamo medial
• Estimulação do complexo ventrobasal do tálamo inibe neurônios tipo WDR na coluna dorsal medular
• Ativação de alça Talamo-Cortico-Talamica
• Estimulação do tálamo sensitivo modula o tálamo medial
• Vários estudos demonstram anormalidades de somatotopia, hiperexcitabilidade e mudança da resposta de neurônios talâmicos...
ECP Periaquedutal / Periventricular
• ECP PAG/PVG evoluiu de observações cirúrgicas e experimentos animais. (Reynolds -1969, estim periaquedutal : ” Sistema endógeno de
controle da dor”).
• Estim. Periventricular (III posterior) e N. parafascicular produziam efeitos similares...
Prováveis mecanismos de ação da ECP
na PAG e PVG
• Ativação de sistema endógeno opióide • Reversível com naloxona(nem sempre)... • Aumenta beta-endorfina no líquor... • Relação direta entre liberação de meta-encefalina e
beneficio do estímulo... • Ocorre tolerância e propicia tolerância a opióides (2
primeiros anos) – exaustão? • Mecanismos serotoninérgicos e noradrenérgicos
envolvidos.
Resultados da ECP para dor
Resultados da ECP para dor
Resultados ECP por patologia
Diagnóstico Resultado
• Dor central – cerebral de 24% (Levy) a 56%(Meyerson)
• Dor central – medular de 25% (Tasker) a 80%(Siegfried)
• Disestesia pós cordotomia 50% (Levy)
• Neuralgia pos-herpética de 40% (Hosebuchi) a 72%(Siegfried)
• Dor fantasma de 20% (Levy) a 67%(Gybels)
• Avulsão de plexo de 33% (Hosebuchi) a 55%(Gybels)
• Lesão de N periférico de 32% (Tasker) a 62%(Meyerson)
• Anestesia dolorosa de 18% (Levy) a 46%(Siegfried)
• Dor pos toracotomia 24% (Levy)
• Dor lombar de 32% (Levy) a 80%(Hosebuchi)
• Dor lombar c/ radiculopatia de 25% (Tasker) a 90%(Hosebuchi)
• Dor oncologica de 33% (Levy) a 71%(Hosebuchi)
Estimulação do córtex motor
Tratamento neurocirúrgico da dor no TRM
MÉTODOS Infusão de fármacos no SNC
Epidural e subdural espinhal
Intraventricular
Espasticidade no TRM
Espasticidade:
Aumento do tônus muscular e aumento velocidade
específico da resistência ao movimento. A definição mais aceita da espasticidade é que se trata de uma desordem motora, caracterizada pela hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento com exacerbação dos reflexos profundos e aumento do tônus muscular.
Espasticidade no TRM
Há evidências que autorizam citar quatro princípios que
devem ser levados em consideração no Tratamento da
espasticidade19(B):
1 - Não existe um tratamento de cura definitiva da lesão;
2 - O tratamento é multifatorial visando diminuição da
incapacidade;
3 - O tratamento deve estar inserido dentro de um programa
de reabilitação;
4 - O tempo de tratamento deve ser baseado na evolução
funcional.
AFERIÇÃO 1. ESCALA MODIFICADA DE ASHWORTH: é a escala mais
amplamente utilizada na avaliação da espasticidade forma rápida nas diversas
articulações
2. GONIOMETRIA: mensurada pela medida do arco de
movimento articular
3. MARCHA: nos pacientes deambuladores pode ser avaliada
desde uma observação clínica até as formas mais detalhadas como o laboratório
de marcha. Outro instrumento utilizado é a eletromiografia dinâmica
4. Testes de avaliação das HABILIDADES DO MEMBRO superior e da dinamometria
da preensão
5. MEDIDA DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (MIF): para demonstrar as alterações
das habilidades nas atividades de vida diária
6. ÍNDICE DE BARTHEL: também é um método quantitativo de avaliação do grau
de independência nas atividades de vida diária
7. ESCALA VISUAL DE ANALOGIA DE DOR: nos pacientes em que a espasticidade
produz dor é uma medida válida para quantificá-la
8. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA FORÇA MUSCULAR: pode-se utilizar o teste de
força muscular17(D) ou miometria com dinamômetros manuais
Espasticidade no TRM
NEUROCIRURGIA PARA ESPASTICIDADE:
Medicação Intratecal
O baclofen intratecal está indicado nos
casos de espasticidade grave, de origem
medular
Rizotomias
Rizotomia Dorsal Seletiva
Está indicada nos casos de espasticidade grave.
Apresenta como vantagens o baixo custo, baixos
índices de complicações, não sendo necessários
controles neurocirúrgicos subseqüentes. Como
desvantagens podemos citar que é um método
ablativo, irreversível, que não permite ajustes e
não atua na distonia
Espasticidade no TRM
NEUROCIRURGIA PARA ESPASTICIDADE:
Neurotomia Periférica ( Seção
Mecânica e por Radiofreqüência )
Indicada principalmente para nervos
motores, mais indicada para o tratamento da
espasticidade focal do que a generalizada
Mielotomia
A mielotomia deve ser considerada somente
para aqueles casos refratários a todas outras
formas de tratamento menos agressivas
Estimulação Medular
Técnica em que se implanta eletrodo para
estimulação elétrica na região epidural cervical.
Apesar de alguns trabalhos mostrarem efeito
positivo, com a estimulação do corno posterior
da medula cervical para o tratamento da
espasticidade, não há consenso quanto a
utilização deste método a longo prazo na Literatura
Espasticidade no TRM
Espasticidade no TRM
O dogma de hoje será a heresia de amanhã
D.J. Dalessio