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REALIDADE DA ESCOLA Mães e pais do CEI Lina Moreira cobram contratação de mais professores Pág 3 # 196 | outubro 2013 | Gestão "Novos Rumos - A Alternativa de Luta¨ | Informativo do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba ASSÉDIO MORAL União e mobilização das unidades é a melhor forma de combater as práticas de assédio Pág 8 CARREIRA Luta pela correção dos enquadramentos de 2001 entra em fase de decisão Pág 4 Luta por mais investimento e novas contratações continua Participe da assembleia do dia 9 que irá decidir os próximos passos da mobilização Págs 6 e 7 No dia 21, magistério foi até a Prefeitura cobrar 30% do orçamento para a educação Fotos: Douglas Rezende

Diário de Classe - Outubro de 2013

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Jornal mensal do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba.

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Page 1: Diário de Classe - Outubro de 2013

Realidade da escolaMães e pais do CEI Lina Moreira cobram contratação de mais professores Pág 3

# 196 | outubro 2013 | Gestão "Novos Rumos - A Alternativa de Luta¨ |

Informativo do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba

assÉdio MoRalUnião e mobilização das unidades é a melhor forma de combater as práticas de assédio Pág 8

caRReiRaLuta pela correção dos enquadramentos de 2001 entra em fase de decisão Pág 4

luta por mais investimento e novas contratações continua

Participe da assembleia do dia 9 que irá decidir os próximos passos da mobilização Págs 6 e 7

No dia 21, magistério foi até a Prefeitura cobrar 30% do orçamento para a educação

Fotos: Douglas Rezende

Page 2: Diário de Classe - Outubro de 2013

2 | Informativo do Sismmac | # 196 | outubro 2013

Atividades de setembro mostram a mobilização dos professores por mais investimentos

expediente

SiNdicAto doS ServidoreS do MAgiStério MuNiciPAl de curitibA Rua Nunes Machado, 1577, Rebouças – Curitiba/PR, CEP. 80.220-070 Fone/Fax.: (41) 3225-6729 | Gestão “Novos Rumos - A Alternativa de Luta” (2011-2014) www.sismmac.org.br | direção liberada: Andressa Fochesatto, Gabriela Dallago, Gabriel Conte, João Antonio Rufato, Patrícia Giovana Rezende, Rafael Alencar Furtado, Siomara Kulicheski e Suzana Pivatodireção que permanece nas escolas: Anella Bueno, Carolina Cunha, Claudiane Pugsley, Cristiane Bianchini, Eumar André Köhler, Geny Maria Dallago, Graça dos Santos, Izabel de Oliveira, Milaine Alves Barszcz, Mylena Garcia Deutscher, Nanci Cordova Yasdeck, Natalia Gaudeda, Pedro de Alcântara Pereira Neto, Rodrigo de França, Rosana Pilch Carlesso, Silmara Carvalho e Wagner Argentonequipe de comunicação: Thaíse Mendonça (DRT 8696/PR) e Dalane Santos | Projeto gráfico, ilustração e diagramação: Ctrl S Comunicação | Simon Taylor (www.ctrlscomunicacao.com.br)

o que temos para comemorar?Esse é o momento de fazermos um balanço das nossas ações e nos organizarmos para que as reivindicações do magistério sejam atendidas

Se olharmos nossa Pauta de Reivindicações em busca das conquistas alcançadas, veremos que ainda há muito para avançar. Sofremos com a falta de estrutura física

e de profissionais em várias escolas e esses problemas tem como consequência a diminuição da qualidade da educação ofertada pelas unidades escolares, bem como traz proble-mas à saúde dos profissionais que nelas se encontram.

Frente a este quadro retomamos a questão “O que temos para comemorar?”. Destacamos a nossa capaci-dade de organização, que nos levou às ruas, junto da comunidade, com o objetivo de cobrar promessas não cumpridas da atual administração municipal, em defe-sa da qualidade da educação pública. Entendemos que é hora de exigirmos mais investimentos para a educação!

Por isso, o mês de setembro foi de intensas lutas para o magistério. As professoras e professores realizaram panfletagens para a comunidade nas escolas e nas re-gionais. Trabalhadores, mães, pais e alunos participaram do ato do dia 21 pelos 30% do orçamento para a educa-ção pública já. Nessa edição você confere algumas pro-duções dos alunos na aula sobre a educação pública que queremos, depoimentos dos pais e as nossas ações.

Quanto à reformulação do Plano de Carreira, continu-amos em debate com a Prefeitura. A administração muni-cipal realizou uma nova enquete sobre a movimentação na tabela de vencimentos e, mais uma vez, com a orien-tação do SISMMAC, os servidores manifestaram quais são as exigências da categoria acerca desta reformulação.

Já em relação a correção dos enquadramentos, ainda não podemos dizer que obtivemos uma vitória, mas salienta-mos que só com nossa organização e mobilização podemos avançar coletivamente em conquistas para nossa carreira!

O jornal Diário de Classe de outubro também ressalta a importância de voltarmos nosso olhar para a recupera-ção da qualidade do Instituto Curitiba de Saúde

Neste mês comemoramos o Dia do Professor. Se por um lado passamos o ano todo buscando alcançar novas con-quistas, por outro temos o direito de pararmos um mo-mento para celebrar junto de nossos colegas o nosso tão merecido dia, como reconhecimento do nosso trabalho cotidiano. Venha comemorar, na terceira edição do Bai-

le do Professor, o fato de seguirmos juntos e firmes na luta pela melhora da educação!

editorial

Tabela de Vencimentos do MagistérioAbril/2013 (com 6,77% de reajuste)

A b c d e F g H i

100 1.010,54 1.038,83 1.067,92 1.097,82 1.128,56 1.160,16 1.192,64 1.226,04 1.260,37

101 1.295,66 1.331,93 1.369,23 1.407,57 1.446,98 1.487,49 1.529,14 1.571,96 1.615,97

102 1.661,22 1.707,74 1.755,55 1.804,71 1.855,24 1.907,19 1.960,59 2.015,48 2.071,92

103 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

104 1.531,71 1.574,60 1.618,69 1.664,01 1.710,60 1.758,50 1.807,74 1.858,36

105 1.910,39 1.963,88 2.018,87 2.075,40 2.133,51 2.193,25 2.254,66 2.317,79 2.382,69

106 2.449,40 2.517,98 2.588,49 2.660,97 2.735,47 2.812,07 2.890,80 2.971,75 3.054,96

107-PI 3.140,49 3.228,43 3.318,82 3.411,75 3.507,28 3.605,48 3.706,44 3.810,22 3.916,90

108-PI 4.026,58 4.139,32 4.255,22 4.374,37 4.496,85 4.622,76 4.752,20 4.885,26 5.022,05

107 1.336,42 1.373,84 1.412,31 1.451,85 1.492,50 1.534,29 1.577,25 1.621,42 1.666,82

108 1.713,49 1.761,46 1.810,78 1.861,49 1.913,61 1.967,19 2.022,27 2.078,89 2.137,10

109 2.196,94 2.258,46 2.321,69 2.386,70 2.453,53 2.522,23 2.592,85 2.665,45 2.740,08

110 2.816,80 2.895,67 2.976,75 3.060,10 3.145,79 3.233,87 3.324,42 3.417,50 3.513,19

111-PII 3.611,56 3.712,68 3.816,64 3.923,50 4.033,36 4.146,30 4.262,39 4.381,74 4.504,43

112-PII 4.630,55 4.760,21 4.893,49 5.030,51 5.171,36 5.316,16 5.465,02 5.618,04 5.775,34

111 1.536,88 1.579,91 1.624,15 1.669,63 1.716,38 1.764,43 1.813,84 1.864,63 1.916,83

112 1.970,51 2.025,68 2.082,40 2.140,71 2.200,65 2.262,26 2.325,61 2.390,73 2.457,67

113 2.526,48 2.597,22 2.669,94 2.744,70 2.821,55 2.900,56 2.981,77 3.065,26 3.151,09

114 3.239,32 3.330,02 3.423,26 3.519,11 3.617,65 3.718,94 3.823,07 3.930,12 4.040,16

115-PIII 4.153,29 4.269,58 4.389,13 4.512,02 4.638,36 4.768,23 4.901,74 5.038,99 5.180,08

116-PIII 5.325,13 5.474,23 5.627,51 5.785,08 5.947,06 6.113,58 6.284,76 6.460,73 6.641,63

500 1.767,41 1.816,89 1.867,77 1.920,06 1.973,83 2.029,09 2.085,91 2.144,31 2.204,35

501 2.266,08 2.329,53 2.394,75 2.461,81 2.530,74 2.601,60 2.674,44 2.749,33 2.826,31

502 2.905,44 2.986,80 3.070,43 3.156,40 3.244,78 3.335,63 3.429,03 3.525,04 3.623,74

503 3.725,21 3.829,51 3.936,74 4.046,97 4.160,28 4.276,77 4.396,52 4.519,62 4.646,17

504 4.776,27 4.910,00 5.047,48 5.188,81 5.334,10 5.483,45 5.636,99 5.794,83 5.957,08

505 6.123,88 6.295,35 6.471,62 6.652,82 6.839,10 7.030,60 7.227,45 7.429,82 7.637,86

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prestacao de contas

Douglas Rezende

PResTaÇÃo de coNTas Julho/2013

* O apoio a outros movimentos faz parte da política aprovada no último Congresso do SISMMAC. A contribuição mensal de 6,2%, que antes era destinada à CUT, passou a ser utilizada como apoio financeiro para movimentos que atuam de acordo com os princípios da organização por local

de trabalho, formação política, autonomia em relação a partidos políticos e independência frente a patrões e governos.

SAldo do MÊS de JuNHo de 2013SALDO BANCáRIO 32.536,23SALDO POUPANçA 228.024,42FUNDO DE GREVE 119.008,33Aplicação para compra da Sede 85.328,26CAIXA INTERNO 4.469,15SAldo AtuAl 469.366,39

deMoNStrAtivoS de receitAS de JulHo:Mensalidades Associados 159.083,29totAl receitA 159.083,29

deMoNStrAtivo de deSPeSAS de JulHo:informáticaHospedagem/site 554,00Internet/Onda 19,82Manutenção 326,98AquisiçõesMóveis e utensílios 2.471,00Ponto eletrônico 402,00Assessorias e ServiçosDieese 583,64Honorários Advocatícios 7.000,00Contabilidade 882,67Fotocópias e autenticações 110,08Locação copiadora 758,00Motoboy/serviços de entrega 238,00Empresa de segurança 109,58Assinaturas 48,77AuxíliosDiretoria/alimentação 375,03Bolsa/Estagiárias 745,80Diretoria/Transporte 404,70Transporte/serviços 52,50Transporte/assessoria 1.297,37Transporte/estagiária 97,50Hospedagem/assessoria 173,25Correios 873,85energia elétrica/coPel 96,12encargos 13.453,33contribuição estatutária / cNte 6.045,00Sanepar 105,10eventosReuniões específicas 185,95Coletivo dos aposentados 83,20Cursos internos de formação 44,45

Conselho de representantes 327,90Cursos externos de formação 1.010,08Festa Junina 500,00trabalhadoresSalários e auxílio transporte 24.139,41Assistência médica 2.769,65Plano odontológico 342,11Seguro de vida 167,20Contribuição sindical 62,21JurídicoGastos processuais 10.247,88SedeMaterial de consumo/limpeza 611,12Material de escritório 213,69Manutenção e reparos 2.714,07Aluguel/IPTU 6.989,96comunicaçãoImpressos 1.420,00Diagramação/arte final 550,00telefoneGVT 441,14TIM 1.820,02transporteTransporte atividade sindical 401,50veículosCombustível 560,53Desgaste /combustível 450,15Estacionamento 154,00Estar 24,00Manutenção 1.227,00Seguro Gol 652,18Pedágio 19,60Tarifas Bancárias 39,00Apoio a outros movimentos* Sindicato dos Sapateiros de Franca 1.000,00Sintraserv-Itaperuçu e Rio Branco do Sul 1.000,00Chapa1-Sind. Metalúrgicos Limeira/SP 2.200,00TOTAL DESPESAS 99.592,09

SAldo AtuAlcAiXA iNterNo 1.437,77SAldo bANcÁrio 58.625,21SAldo PouPANÇA 229.102,78FuNdo de greve 136.510,05APlicAÇÃo PArA coMPrA dA Sede 98.746,35SAldo AtuAl 524.422,16

Page 3: Diário de Classe - Outubro de 2013

cei lina Maria Moreira em luta

Mães e pais de alunos da Escola Municipal CEI Lina Maria Mo-

reira estão se organizando para reivindicar a contratação de mais profissionais após perceberem que o seus filhos já estavam no

segundo semestre do ano e o qua-dro de professores da escola não estava completo. Os profissionais do magistério da unidade também estão encampando a luta pela con-tratação de mais trabalhadores.

3outubro 2013 | # 196 | Informativo do Sismmac |

realidade da escola

Pais e professores se mobilizam pela contratação de mais profissionais para a escola

Confira abaixo as reinvindicações que a comissão de pais enviou para o Núcleo Regional de Educação de Santa Felicidade, para as secretarias de Educação e de Recursos Humanos e gabinete do prefeito:

Contratação imediata dos professores aprovados em concurso público, para que o quadro de docentes fique completo, assim como os de pedagogos e inspetores;

Cobertura da cancha e reparos no piso, para garantir a segurança e saúde das crianças;

Reforma do prédio, bem como o projeto e a execução de uma saída de emergência sem que as aulas fiquem comprometidas;

Conserto e manutenção dos computadores, para que os alunos possam usufruir desta ferramenta de ensino;

30% do orçamento municipal para a educação pública em 2014, para que ano que vem não tenhamos os mesmos problemas.

Este mês o SISMMAC completa 25 anos de história. Para comemo-

rar esta data tão importante para a organização, mobilização e luta do magistério municipal, a direção do Sindicato lançará uma edição come-morativa da Revista Chão da Esco-la. A edição especial dos 25 anos do SISMMAC contará com o relato dos momentos mais marcantes da luta das professoras e professores da rede, além dos artigos enviados

pelos profissionais do magistério.Do final da década de 1980

até os dias de hoje aconteceram inúmeras passeatas, atos, mobili-zações e greves que foram deter-minantes para que o magistério

Para a comissão de pais dos alunos do CEI Lina Mo-reira, os alunos estão desprotegidos pelo município, que deveria ter uma atitude mais coerente e consciente de seus deveres. “Fazemos nossa parte todos os dias, con-tribuindo diariamente com impostos. Exigimos que fa-çam o que lhes cabe e nos é de direito! Não sossegaremos enquanto isso não acontecer. Estejam certos disso”, diz a carta produzida pela comissão de pais.

Nós, professoras e professores, sabemos que os problemas relatados acima são recorrentes nas escolas da rede. E os pais também têm percebido que essa luta também é deles!

Todos juntos lutando pela educação pública que queremos!

sisMMac comemora 25 anos em outubroFundado em 1988, o sindicato acompanhou a trajetória de luta do magistério em busca de respeito e valorização

conquistasse os direitos que conhecemos. Antes da fundação do sindicato, as professoras e

professores de Curitiba já se organizavam na Associa-ção do Magistério Municipal de Curitiba (AMMC) para reivindicar melhores salários e condições de trabalho, além de uma educação de qualidade. Em 1988, os ser-vidores públicos conquistaram o direito de se organi-zar em sindicatos, assegurado na Constituição.

Ao longo da década de 1990, os professores en-frentaram o arrocho salarial e a perda do Estatuto do Magistério com greves e paralisações. Nos anos 2000, os profissionais da rede conquistaram um novo Plano de Carreira que, mesmo com inúmeros problemas, representou um avanço para quem não tinha nenhuma progressão funcional há anos. Os tra-balhadores do magistério também lutaram contra o desmonte do IPMC e a privatizações da saúde ofere-cida aos servidores municipais.

Esses são apenas alguns dos fatos que fazem parte da história do SISMMAC e da luta das professoras e professores municipais. Você poderá conferir mais sobre esses 25 anos na 11º edição da revista Chão da Escola, que será lançada no 3º Baile do Profes-sor, no dia 19 de outubro.

aniversario

comu-nidade

da escola Municipal

cAic bairro Novo se mo-biliza contra

retirada de professora

do quadro de profissionais da unidade.

intransi-gência do

Núcleo regional da

educação prejudica a

organização de toda a escola e o

desenvolvi-mento dos alunos da profissio-

nal que foi transferida

Page 4: Diário de Classe - Outubro de 2013

4 | Informativo do Sismmac | # 196 | outubro 2013

Revisão dos enquadramentos passa por momentos de decisãoEncaminhamentos sobre a correção das distorções geradas pelo enquadramento de 2001 deverão ser tirados na próxima reunião do GT, que ainda não foi agendada

carreira

Não é à toa que no Jornal do Servidor de se-tembro o único resultado não divulgado

pela administração foi a enquete do magis-tério. Com a orientação dada pelo SISMMAC, construída em nosso Seminário sobre o Plano de Carreira e em nosso Conselho de Repre-sentantes de junho deste ano, o que vimos nesse resultado foi a união do magistério para avançar nos direitos de nossa carreira.

Na primeira enquete, a administração abordou a estrutura da tabela de vencimen-tos. Nessa estrutura, foram levantadas ques-tões sobre dois aspectos principalmente: tempo de serviço para atingir o final da ta-bela e estrutura da tabela de vencimentos.

Sobre o tempo para atingir o final da tabela de vencimentos, o magistério foi taxativo: 73,43% afirmaram que entre 15 a 19 anos seria o tempo justo para chegar-mos ao final da tabela.

Já em relação a estrutura da tabela de vencimentos, a categoria rejeitou a pro-posta inicial da Prefeitura de retirar os

níveis por titulação e foi a única que man-teve esse ponto positivo em seu plano de carreira: 94% optou por uma tabela com a diferenciação salarial por titulação, va-lorizando a continuidade da formação dos profissionais do magistério. Por enquanto, a Prefeitura afirmou ter aceitado esse item colocado pelo magistério.

Essa união, que vem da compreensão do Plano de Carreira que queremos conquistar, deve ser mantida e ampliada para os pró-ximos desafios que virão e que vão muito além dessas enquetes. A Prefeitura ainda não deu nenhuma sinalização concreta de que atenderá de fato “as expectativas do servidor para sua carreira” como vem afirmando em seus materiais.

Mesmo com os debates no GT, em pon-tos cruciais de definição do novo plano – como tempo para atingir o final da tabe-la, velocidades de crescimentos, percen-tuais de crescimento – ainda não há nada de concreto.

A última reunião do Grupo de Trabalho formado para rever

as distorções geradas aos profis-sionais do magistério com o en-quadramento de 2001 aconteceu em agosto. A direção do SISMMAC já enviou um ofício solicitando uma reunião do GT para expor a posição da categoria. Entretanto, essa reunião ainda não foi agenda-da pela PMC.

No dia 29 de agosto, as profes-soras e professores da rede deci-diram não aceitar a proposta da Prefeitura de atender apenas 2549 profissionais que, na época, inte-gravam o Plano de Carreira nos ní-veis 21, 22 e 23. Nessa revisão, o magistério quer abranger todos os profissionais que sofreram com as distorções, inclusive os que esta-

vam nos níveis 24, 25 e 26 do an-tigo Plano. Dessa forma, estamos impedindo que novas distorções sejam geradas.

docÊNciAS i e ii e MAior HAbilitAÇÃoAs revisões das docências I e II e ganho pela maior habilitação, não concedida a muitos profissionais de 1985 até a criação do Plano de Carreira em 2001, também fo-ram discutidas no GT. Os repre-sentantes da Prefeitura no Grupo salientaram que, para atender as reivindicações referentes a essas distorções, é necessário um es-tudo caso a caso. A partir disso, a administração apresentará uma proposta para esses profissionais.

Para isso, as professoras e pro-

fessores que não tiveram a graduação reconhecida an-tes de 2001 devem solicitar a revisão junto ao RH. Po-rém, antes de se dirigir ao RH, é necessário preencher o requerimento, disponível no site do SISMMAC, e proto-colá-lo no RH junto com a cópia do diploma de gradua-ção e, se houver, com a cópia do certificado de conclu-são de pós-graduação. Ambos deverão ser anteriores a 2001. Além disso, se ainda tiverem, os professores poderão anexar aos documentos os contracheques dos meses de junho, julho, agosto e outubro de 2001.

Vale ressaltar que ainda não vencemos nesse caso das revisões. A Prefeitura apenas se comprometeu a receber os requerimentos administrativos para ana-lisar a possibilidade de revisar a carreira dos profes-sores e professoras que não tiveram as titulações re-conhecidas. Depois disso, a administração analisará o impacto financeiro dessa revisão e só então apre-sentará uma resposta oficial sobre a possibilidade de corrigir as perdas.

Esse é um avanço que tem maior chance de ser atingido se o orçamento para educação pública de Curitiba for ampliado para 30%. Só com nossa orga-nização e mobilização podemos avançar coletiva-mente em conquistas para nossa carreira!

Resultado da primeira enquete: categoria unida para avançar em nossa carreira

teMPo PArA AtiNgir o FiNAl dA tAbelA de veNciMeNtoS

73,43%

afirmaram que entre 15 a 19 anos seria o tempo justo

optou por uma tabela com a diferenciação salarial por titulação

eStruturA dA tAbelA de veNciMeNtoS

94%

SiSMMAc cobra reunião com a Prefeitura para definir correção das distorções

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Page 5: Diário de Classe - Outubro de 2013

5outubro 2013 | # 196 | Informativo do Sismmac |

ics

Grupo de Trabalho elabora nova lei para o icsApós três reuniões, ainda não há avanços que favoreçam os servidores

esclarecimentos sobre o pagamento do abonoDe acordo com a Lei, o abono deverá ser pago até outubro

Durante as negociações da Campanha de Lutas deste ano, conquistamos a formação de um Gru-

po de Trabalho paritário, composto por quatro mem-bros dos sindicatos e por quatro representantes da administração, para estudar e propor as devidas alte-rações na Lei 9626, que criou o Instituto Curitiba de Saúde (ICS) em 1999. Até agora, houve apenas três reuniões e quase nada avançou.

A proposta da Prefeitura e da administração do Instituto é criar uma nova Lei para o ICS visando referendar as alterações impostas com o Novo Re-gulamento, criado em 2012. Dois representantes do SISMMAC participam deste grupo para defender as posições da categoria e para buscar que a nossa Pau-ta em relação ao nosso ICS seja contemplada. É hora de ficarmos atentos à elaboração dessa nova reda-ção. Não podemos aceitar que nós, servidores, pa-guemos a conta por causa da má administração que o Instituto teve ao longo dos anos!

icS: Novo regulAMeNto X lei 9626Em junho de 2012, o Novo Regulamento foi aprovado pela maioria dos membros do Conselho de Adminis-tração do Instituto, com exceção dos representantes do SISMMAC e SISMUC que votaram contra essa pro-posta. No final de 2012, outros remendos foram pro-postos pela presidência do ICS e referendados pelos conselheiros. Novamente nos posicionamos con-trários a essas mudanças. Justificamos nosso voto contrário através de um documento entregue ao Con-selho, no qual afirmamos que o Novo Regulamento desrespeitava a Lei 9626/99.

Alíquota fixa para Servidores Inclusão dos filhos até 24 anos, se estudantes, como dependentes, sem pagamento diferenciado.

Filhos com necessidades especiais permanecerem como

dependentes sem limite de idade. Extinção da Joia Diluir o desconto sobre o 13º salário na alíquota da PMC

Manter a inclusão como dependente, do menor que estiver sob tutela de servidor(a)

informe-se

No final do mês de outubro, a Prefeitu-ra deve pagar o abono de R$ 283,00,

em parcela única. O valor já poderá ser conferido no contracheque provisório dos servidores, por volta do dia 15 de

outubro. Os profissionais do magistério da ativa receberão o valor do abono por matrícula. Ou seja, quem tem dois pa-drões na rede receberá dois abonos.

O abono foi regulamentado pela lei

municipal nº 14241, que também trata do pagamento do auxílio refeição e da incorporação do Programa de Produtivi-dade e Qualidade (PPQ) para os demais servidores do município, publicada no dia 13 de maio deste ano.

O abono seria pago apenas para os ser-vidores municipais que não recebiam a gratificação o PPQ. Inicialmente, o magisté-rio – que barrou a implantação do PPQ atra-vés da mobilização e luta em 2012 – ia ficar de fora desse benefício, mas a pressão da categoria fez a administração garantir esse beneficio também para o magistério.

Em 2012, a Prefeitura perdeu a ação movida pelo Ministério Públi-co, desde 2005, que exigia o fim da compulsoriedade e do repasse de verba da saúde pública para o ICS por entender que o Instituto aten-de apenas um pequeno grupo, que somos nós, servidores. Essa deci-são serviu como desculpa para que a administração incluísse no Novo Regulamento alterações que one-ram os trabalhadores e que con-tradizem o que está definido na Lei 9626. Entre as principais mo-dificações, estão a proibição dos servidores serem incluídos como dependentes quando o cônjuge

também for servidor, impedimen-to para pensionistas e aposentados incluírem novos dependentes, des-conto duplo para servidores que possuem duas matrículas e carên-cia para quem não optar pelo ICS no dia da posse.

Por isso, defendemos que a ela-boração do Novo Regulamento de-veria ser feito depois da alteração da lei que regulamenta o ICS. Tam-bém argumentamos que somente as exigências do Ministério Públi-co e da Agência Nacional de Saú-de (ANS) deveriam ser atendidas, para que não gerassem multas e onerassem nosso Instituto.

representantes dos servidores apontam que Novo regulamento desrespeita a lei 9626/99

O que queremos garantir na redação da nova Lei:

SISMMAC

Page 6: Diário de Classe - Outubro de 2013

6 | Informativo do Sismmac | # 196 | outubro 2013 7outubro 2013 | # 196 | Informativo do Sismmac |

A luta em defesa da educação pública continua!Manifestação do dia 21 de setembro cobrou a contratação imediata de mais professores e 30% do orçamento para educação pública já!

Ao longo do mês, as professoras e professores da rede trabalharam em sala de aula com as crianças o tema “A Escola Pública que Queremos”, panfletaram com as

mães, pais e nas comunidades, pedindo o apoio da popula-ção a essa luta justa e necessária.

No dia 21 de setembro, cerca de 400 trabalhadoras e tra-balhadores, entre professoras/es e alunas/os e familiares foram às ruas da cidade, exigir mais investimento na educa-ção pública de Curitiba. Foi o primeiro ato público dessa campanha, que continuará até que o Prefeito – que antes de ser eleito era tão aberto ao diálogo – receba os repre-sentantes do magistério para negociar essa reivindicação que só ele pode negociar de fato. Cabe lembrar que duran-te seus nove meses de gestão, o atual prefeito só recebeu uma vez a representação do magistério municipal.

Como diz o ditado, se Maomé não vai à montanha, a mon-tanha vai até Maomé. Por isso nós fomos até o prefeito na audiência pública que ele convocou para o dia 25 de setem-bro. Essa audiência foi realizada dentro do horário de traba-lho, o que impossibilitou a participação das trabalhadoras e trabalhadores da cidade, inclusive do magistério. A direção do SISMMAC, professores que conseguiram se liberar das atividades e pais de alunos foram até a audiência e pauta-ram a necessidade de aumentar o investimento na educação pública da cidade já para o ano que vem e de contratação imediata de professores.

Reivindicamos também que o prefeito receba a direção do SISMMAC para negociar esses pontos de forma democrática e concreta antes de enviar a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014 para a Câmara. O prefeito não garantiu que receberá o SISMMAC antes do envio e somente se comprometeu a rece-ber a representação do magistério o “mais rápido possível”.

Agora não temos dúvida. Para que o prefeito repense o caminho que está traçando para sua gestão, de priorizar asfalto e obras em detrimento da educação pública e de outros direitos sociais, é necessário que mais professores e professoras se envolvam na continuidade dessa luta.

Temos assembleia marcada para o dia 9 de outubro, às 18h30, no SISMMAC, para debater e definir novas ações para continuidade dessa campanha. Organize sua escola para participar, convide os colegas e venha construir uma as-sembleia forte para aumentar as chances de conquista.

Juntos, somos mais fortes!

Nós precisamos qualificar e

valorizar o trabalho dos professores da rede. Precisamos de mais CMAEs, mais estrutura, mais atenção e, para fazer tudo isso, é preciso mais investimento”

Luinni Forghieri – mãe de aluna da Escola Municipal Presidente

Pedrosa, ficou sabendo do ato do dia 21 por meio da panfletagem

que aconteceu na escola no dia 11

5 a 10 se setembro | aula sobre a “educação Pública que Queremos” nas escolas da cidade

Nossa mobilização começou em sala de aula. Através da produção de textos, desenhos e de outras atividades pedagógicas, as professoras e professores da rede conseguiram debater com as crianças os problemas vividos nas unidades e possibilitaram que eles refletissem sobre a escola pública que gostariam de ter.

11 de setembro | Panfletagem para os pais, em frente às unidades de ensino.

Depois de trabalharmos a importância da educação pública em sala de aula, foi a vez de levarmos essa mesma lição para as mães e pais de nossos alunos. O magistério panfletou em frente ao portão das escolas, conversou com a comunidade e coletou assinaturas para o nosso abaixo-assinado pelos 30% do orçamento para a educação.

14 de setembro | Panfletagem nas regionais A terceira ação da campanha pelos 30%

do orçamento para a educação pública ocorreu em oito regionais de Curitiba, com panfletagem e coleta de assinaturas junto à população. A mobilização realizada no CIC, Portão, Santa Felicidade, Pinheirinho, Boa Vista, Bairro Novo, Boqueirão e Cajuru esclareceu para a comunidade que mora ou trabalha perto das unidades de ensino os motivos da nossa luta por mais investimentos para a educação.

16 a 20 de setembro | Semana de agitação na cidade para convocar a população para o ato do dia 21

Além de anunciar a realização do ato do dia 21 em duas rádios de Curitiba, também realizamos panfletagens na Praça Rui Barbosa e na saída da novena do Carmo e fizemos intervenções na cidade.

21 de setembro | Manifestação em defesa da educação pública

No dia do nosso ato público, profissionais da educação, pais e alunos da rede realizaram uma caminhada até a sede da Prefeitura, onde deixamos faixas, cartazes e os trabalhos desenvolvidos pelos alunos em sala de aula.

25 de setembro | Intervenção na audiência realizada pelo prefeito para apresentar a Lei Orçamentária

O SISMMAC marcou presença na audiência pública promovida pelo prefeito Gustavo Fruet para apresentar a proposta da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, que será enviada à Câmara Municipal no dia 15 de outubro. Como o prefeito contrariou o pedido da categoria e não recebeu o magistério no dia 23, fomos na audiência defender a importância dos 30% do orçamento para a educação.

Assembleia para definir os próximos

passos da lutadata: 9 de outubro (quarta-feira)

1° chamada: 18h302° chamada: 19h

LocaL: sede do sIsmmac endereço: Rua Nunes Machado,

1577. rebouças.

Fala, mãe!

Nossa mobilização conquistou o apoio de mães e pais de alunos, que são trabalhadores como nós e veem no dia a dia os problemas gerados pela falta de professores e de investimento na educação. Confira os depoimentos de quem apoiou a luta pelos 30% do orçamento para a educação:

Meus filhos ficaram sem professor. Eu apoio a luta

pelos 30% do orçamento para a educação porque para ter o quadro de professores completo, a Prefeitura alega que não tem dinheiro, mas para a Copa do Mundo tem milhões. Então queremos saber onde está o dinheiro da educação de Curitiba? Isso revolta!”

Sandra Alves dos Santos – mãe de um aluno do pré e outro do 1º ano da Escola

Municipal Parigot de Souza

Setembro cheio de luta para o magistério!

Confira as ações que foram desenvolvidas pelo magistério durante o mês de setembro na campanha pelos 30% do orçamento para a educação pública já e pela contratação imediata de mais professores

Mobilizacao

Page 7: Diário de Classe - Outubro de 2013

8 | Informativo do Sismmac | # 196 | outubro 2013

Com essas informações você pode procurar um membro da direção do Sindicato e fazer a denúncia. A direção do SISMMAC avaliará a situação junto com o trabalhador e buscará uma so-lução dando preferência à organização do local de trabalho e do coletivo de trabalhadores para, juntos, superar-mos essa prática e encontrar a resolu-ção mais rápida do problema.

As ações judiciais são a última alter-nativa, pois demoram a ser julgadas e

dependem de testemunhas e provas. É possível também encaminhar a denún-cia à Procuradoria Geral do município, para instaurar um processo adminis-trativo contra o assediador. Entretan-to, nos dois casos, o professor pode ficar sujeito a retaliações enquanto aguarda a finalização dos processos.

Por tudo isso, afirmamos: Nossa maior arma contra o assédio moral na escola é a união e mobilização!

assédio moral nas escolasUm mal que precisa ser combatido com união e mobilização

O assédio moral é um mal que atinge trabalha-dores de diversos ramos e setores. E nós, professoras e professores de Curitiba, não

estamos imunes a ele. Nas visitas que a diretoria do SISMMAC realiza nas escolas e no atendimento

jurídico do sindicato são inúmeras as denúncias de assédio, por isso decidimos abordar o assunto e in-tensificar a formação sobre o tema, pois o combate ao assédio moral depende de informação, organiza-ção e mobilização dos trabalhadores.

o que é assédio moral e como ele acontece?O assédio moral é uma violência contra o tra-balhador, na qual ele é submetido a situações vexatórias, humilhantes e constrangedoras, geralmente por seu superior hierárquico - como chefes e pedagogas de núcleo, direto-ras, coordenadoras – ou mesmo por um colega de trabalho. Caracteriza-se em assédio quan-do essas práticas humilhantes acontecem re-petidas vezes, de forma regular e prolongada.

O agressor ou agressora procura deses-tabilizar emocionalmente e profissional-mente os trabalhadores, através de atos de intimidação, acusações, insultos, gritos e humilhações públicas. Também é comum a propagação de boatos, isolamento, recusa na comunicação, fofoca e exclusão social. O principal objetivo de quem comete a agres-são é punir o trabalhador.

Não é a toa que professoras e escolas que se mobilizam para reivindicar seus direitos co-mecem a receber “visitas” mais constantes da chefe e das pedagogas de núcleo, como forma de coagir e punir quem se organiza em bus-ca de melhores condições de trabalho. Nes-sas visitas pedem para olhar o planejamento das professoras, criticam o trabalho que vem sendo desenvolvido por elas e pela equipe pedagógico-administrativa. Outra denúncia que recebemos com frequência é em relação a perseguições por parte da direção da escola.

Como consequência, a pessoa assediada vai perdendo aos poucos a autoconfiança e o inte-resse pelo trabalho, fica deprimida e adoece. Em muitos casos, pede exoneração. Pesqui-sas demonstram que os sintomas do assédio moral na saúde das trabalhadoras e trabalha-dores vão desde crises de choro, dores gene-ralizadas, insônia, hipertensão, síndrome do pânico e, até mesmo, ideia de suicídio.

o que fazer?É importante lembrar que para ser considera-do assédio moral, as práticas precisam ocor-rer repetidas vezes e por um período prolon-gado. A melhor forma de combater esse mal é cortando-o pela raiz, dando visibilidade ao fato e tratando a situação de forma coletiva, junto aos colegas de trabalho, já nas primei-ras demonstrações de assédio.

Mas, se você já se encontra numa situação de assédio moral, aqui vão algumas dicas sobre o que fazer:

Anote com detalhes todas as humilhações sofridas, como data, hora, local, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais achar necessário;

Evite conversar com o agressor sozinho. Tenha sempre um colega de trabalho que possa atestar a violência;

Peça justificativa por escrito sobre o assédio. No caso de registro em ata, exija que seu posicionamento seja

registrado e assine somente se tiver acordo com o que estiver

escrito. Solicite uma cópia e guarde-a com você;

Registre todas as suas atividades para

comprovar que você as

executa correta-mente.

Se você não é vítima de assédio moral, mas está testemunhando práticas abusivas de humilhação com seus

colegas, seja solidário. A próxima vítima poderá ser você! A união e o apoio dos colegas são fundamentais

para superar e acabar com esse tipo de violência. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!

importante:

assedio moral

Page 8: Diário de Classe - Outubro de 2013

9outubro 2013 | # 196 | Informativo do Sismmac |

O diário de classe possui a seção “Quem te viu, quem te vê”, que conta a cada mês, a trajetória e história de vida de uma professora aposentada. A seção é um espaço para que essas trabalhadoras compartilhem suas experiências com o conjunto do magistério.

QUem te viU, QUem te ve

Maria alice:"Faria tudo de novo!"A professora aposentada conta que

não foi fácil, mas a influência da mãe e o amor pela educação fez com que

ela desse a vida pela escola

Se você é professor aposentado da rede municipal de Curitiba e ainda não participa do Coletivo de Aposentados do Sindicato, organize-se para acompanhar as reuniões que acontecem na última quinta-feira do mês, às 14h, na sede do SISMMAC! Esse é um espaço importante, que ajuda a manter a categoria unida e mobilizada mesmo após a sala de aula.

Aposentada há oito anos, a professora Maria Alice Souza Moro aprendeu em casa o ofí-

cio de lecionar. A mãe da aposentada alfabetizava crianças no interior do Paraná mesmo sem ter passado pelo magistério ou pela universidade, do tempo em que as pessoas que sabiam um pouquinho a mais e repassavam seus aprendizados eram conhecidas como professores leigos.

Maria Alice foi professora da rede municipal de Curitiba de 1978 a 2005, só na Escola Municipal Araucá-ria permaneceu por 16 anos. Depois, a professora conta que saiu das salas de aula para ser supervisora nas es-colas e foi esse o cargo que ocupou nas escolas municipais CEI Augus-to César Sandino e CEI Curitiba Ano 300. “Foi quando me dei conta que gostava mesmo era de dar aula, dos alunos, do processo de alfabetiza-ção. Quando percebi isso, saí da su-pervisão e voltei a lecionar na Esco-la Municipal Jaguariaíva”, relembra. A professora Maria Alice lecionou por 10 anos na E. M. Jaguariaíva, até

2005, quando se aposentou.Outra curiosidade que a profes-

sora conta com prazer é o fato de ter feito faculdade de Pedagogia de-pois dos 40 anos, na época já com mais de 20 anos de carreira, e jun-to com a sua filha. “Minha filha já estava no terceiro ano da faculdade de Pedagogia e eu, que só tinha for-mação no magistério, resolvi fazer o curso também”.

A dedicação para a educação e para os alunos era tanta que às 7h da manhã já estava na porta da esco-la. Maria Alice recorda que o marido vivia dizendo “por que tu não leva o colchão para escola?”, tamanho era o empenho da professora aposentada.

Mas ela relembra que os tempos não foram fáceis. Segundo Maria Ali-ce, o salário era muito baixo e, du-rante a década de 1990, muitos pro-fessores deixaram a rede em busca de valorização em outras carreiras.

“Mas eu não me arrependo. Se precisasse, faria tudo de novo. Gos-tei de dar aulas durante toda a mi-nha vida, eu dava a vida pela escola”.

Arquivo pessoal

Previsão do pagamento das licenças prêmio não usufruídas já está disponívelO pagamento em dinheiro será realizado em ordem cronológica, de acordo com decreto 926/2012

A previsão do pagamento em dinheiro das li-cenças prêmio não usufruídas já estão dis-

poníveis no site da Prefeitura. De acordo com o decreto 926/2012, os processos serão pagos em ordem cronológica. Essa foi a resposta dada pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC) após cobrança fei-ta pela direção do SISMMAC via ofício.

Vários professores aposentados haviam fei-to a solicitação do pagamento da licença prê-mio não usufruídas e não obtiveram resposta quanto ao pagamento.

Entretanto, segundo ofício enviado pelo IPMC, o processamento dos pagamentos das li-cenças prêmio ocorre de maneira normal. Em caso de dúvida ou para mais informações, os servidores podem entrar em contato com a Se-cretaria de Recursos Humanos pelo telefone 3350-8020 ou 3350-8206.

coletivo de aposentados

coletivo de aposentados do sisMMac marca presença na ‘Marcha dos cabeças Brancas’

Evento aconteceu no dia 1º de outubro, no Parque Barigui

Em comemoração ao Dia Internacional da Pes-soa Idosa aconteceu em 1º de outubro a IV Ca-

minhada dos Idosos ou, como é mais conhecida, a ‘Marcha dos Cabeças Brancas’, em Curitiba. A atividade, promovida pelo Fórum Popular Perma-nente da Pessoa Idosa de Curitiba, Região Metro-politana e Litoral, aconteceu no Parque Barigüi.

Mais uma vez representando o SISMMAC, as professoras aposentadas, militantes do Cole-tivo de Aposentados, estiveram presentes na Marcha, mostrando que continuam na luta em defesa dos direitos da pessoa idosa.

Maria Alice dedicou 27 anos da sua vida para a educação

Page 9: Diário de Classe - Outubro de 2013

10 | Informativo do Sismmac | # 196 | outubro 2013

Após 19 dias de paralisação, os trabalhadores da educação da

rede estadual do Rio Grande do Sul decidiram suspender a greve iniciada no dia 23 de agosto.

A categoria realizou diversas manifestações durante a para-lisação, como o ato em frente à casa do governador e a ocupa-ção da Assembleia Legislativa do estado. Apesar da pressão, a gre-ve terminou sem que a principal reivindicação fosse conquistada. Os trabalhadores da educação co-bravam o cumprimento da lei do piso, que prevê um salário base de R$ 1.567. Atualmente, o estado paga o pior salário aos seus pro-fessores em comparação com o resto do país. Um educador com o ensino médio recebe R$ 977,05 para uma jornada de 40h.

Durante todo o movimento,

o governador Tarso Genro (PT) se manteve intransigente em re-lação ao cumprimento da lei do piso e pressionou os professores com a ameaça de corte do pon-to. O maior absurdo é que Tarso Genro era Ministro da Educação em 2008, quando a Lei do Piso foi aprovada.

Os professores também reivin-dicam a suspensão da reforma do ensino médio, que foi construída sem discussão com a categoria e que prevê a substituição de parte das disciplinas atuais por matérias de ensino técnico, como contabili-dade, agropecuária e secretariado. Para os professores gaúchos, essa mudança dificulta ainda mais o ingresso de alunos da rede públi-ca nas universidades e submete o currículo do ensino médio aos interesses dos empresários locais.

Greve continua no estado e município do Rio de JaneiroCom as aulas suspensas há quase dois meses, professores persistem na luta por melhores condições de trabalho e valorização

Giro pela edUcacao

Depois de quase dois meses de paralisação, os professores da

rede estadual e municipal do Rio de Janeiro continuam em greve pressionando o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito Eduar-do Paes (PMDB).

Na rede estadual, os professo-res estão em greve desde o dia 8 de agosto, reivindicando aumento salarial de 20% e melhores condi-ções de trabalho. Além da intransi-gência do governador, a categoria

enfrenta também a interferência da Justiça do Trabalho que consi-derou o movimento abusivo e de-terminou o fim da greve, sob pena de multa de R$300 mil por dia.

Já os professores da rede muni-cipal, que haviam suspendido a pa-ralisação em 10 de setembro depois de mais de um mês parados, decidi-ram voltar à greve no último dia 20.

A paralisação foi retomada por-que a administração descumpriu o prometido e enviou proposta de

Greve no Mato Grosso enfrenta decisão judicialTrabalhadores da rede estadual de educação contrariam decisão da Justiça e mantêm paralisação

Os professores da rede estadual do Mato Grosso estão em greve há mais de 45 dias.

Desde o início da paralisação, deflagrada no dia 12 de agosto, a categoria reivindica 10,4% de aumento salarial e cobra que 35% do orçamen-to estadual sejam destinados à educação, como prevê a constituição estadual.

A pedido do governo, a Justiça do Trabalho declarou a greve abusiva e determinou que as aulas fossem retomadas até o dia 13 de setem-bro. O magistério de Mato Grosso, entretanto, não abaixou a cabeça para essa imposição. Os professores decidiram contrariar a decisão da Justiça e mantiveram a greve que contava com a adesão de 90% da categoria.

Como resultado da pressão exercida duran-te a greve, o governador Silval Barbosa (PMDB) apresentou no dia 18 de setembro a promessa de dobrar o poder de compra do salário, mas num processo gradativo, em até dez anos, a ser iniciado a partir de 2014. A proposta foi apro-vada parcialmente em assembleia, mas a cate-goria reivindica que a medida comece a ser co-locada em prática já neste ano.

educação do Rio Grande do sul suspende paralisaçãoAulas foram retomadas no dia 16 de setembro, mas categoria segue cobrando a Lei do Piso

Professores da rede estadual realizaram passeata até a Assembleia legislativa no dia 20 de setembro

Após o fim da greve, categoria realiza campanha denunciando o descumprimento da lei do piso

SINTEP-MT

novo plano de carreira diretamente à Câmara dos Ve-readores, sem antes consultar o magistério. Segundo o sindicato, a proposta não atende as revindicações e deixa de fora 93% da categoria.

Entre as reivindicações dos professores municipais estão reajuste salarial de 19% para compensar perdas salariais, garantia de um terço da carga horária para atividades extracurriculares e concurso público para professores e funcionários administrativos.

Apesar da decisão

que julgou a greve abusiva,

professores continuam

paralisados em Mt

CPERS-Sindicato

SEPE

-RJ

Page 10: Diário de Classe - Outubro de 2013

1 1outubro 2013 | # 196 | Informativo do Sismmac |

Com 13 dias de paralisação, servidores municipais derrotaram a intransigência da

administração e conquistaram avanços

Greve termina com vitória em araucária

SISMMAR

Movimentos cobram redução da passagem para R$ 2,25

Depois de 13 dias de para-lisação, os servidores mu-

nicipais de Araucária encer-raram a greve com vitória. A pressão do funcionalismo mu-nicipal, que construiu um mo-vimento forte e criativo, fez com que a Prefeitura voltasse atrás e assumisse o compro-misso de repor a inflação com reajuste de 7% em fevereiro. A administração também se propôs a pagar os avanços do plano de carreira, que já deve-riam ser implantados desde o início do ano, em quatro par-celas a partir de janeiro.

A mobilização forçou a Pre-feitura a rever a posição de em-purrar para os servidores a conta gerada pela possível queda da

receita em 2013 Além de se re-cusar a pagar o reajuste salarial para recompor as perdas geradas pela inflação, a administração também havia suspendido as progressões previstas do Plano de Cargos, Carreira e Vencimen-tos (PCCV). A greve termina sem qualquer punição ou desconto pelos dias de paralisação.

Os servidores de Araucária deram um importante exem-plo de que é somente através da mobilização que os traba-lhadores conquistam avanços. Com coragem e determinação, os grevistas realizaram várias passeatas, acamparam em frente à Prefeitura, e dialoga-ram com a população em atos que agitaram a cidade.

Greve nos correiosCategoria enfrenta a intransigência do governo e da Empresa em greve nacional

A greve nacional dos trabalhadores dos Cor-reios começou no dia 18 de setembro e

conta com a adesão de 23 estados, mais o Dis-trito Federal. O movimento reivindica aumen-to real, a recomposição das perdas salariais históricas e a manutenção do plano de saúde, conhecido como Correios Saúde, na forma de gestão que tem hoje.

Os trabalhadores dos Correios recebem a pior remuneração entre as empresas estatais. Para além do salário baixo, de R$ 1.004 para 40h, a sobrecarga e as péssimas condições de trabalho também afetam a qualidade de vida desses trabalhadores. Além disso, a categoria vive um problema semelhante ao que enfren-tamos com o Instituto Curitiba de Saúde. Com a desculpa de que é preciso adequar o plano de saúde às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a direção dos Cor-reios abre brecha para a privatização e para a cobrança de mensalidades.

greve uniu professores e demais servidores de Araucária e arrancou conquistas

Frente de luta pelo transporte realizou nova manifestação em curitiba no dia 26 de setembro

Além dos trabalhadores dos correios, bancários também estão em greve, em todo o país, desde o dia 19

A passagem de ônibus em Curiti-ba deveria custar R$2,25. Essa é

a conclusão da auditoria feita pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) no funcionamento da URBS ao longo dos últimos três meses.

O relatório divulgado pelo Tri-bunal apontou 37 irregularidades. Em relação ao custo da passagem, a auditoria mostrou que é preciso re-ver a metodologia usada e que é ne-cessário excluir seis itens que hoje compõe a tarifa técnica.

O TCE também detectou que exis-tem sinais de formação de cartel e oli-gopólio no transporte público de Curi-tiba. Em alguns lotes, como é o caso do que compreende o Norte da cidade, a família Gulin controla 87,06% da frota. Por isso, a auditoria do TCE recomen-da a imediata anulação da licitação e a realização de uma nova concorrência no prazo de 12 meses.

o lucro doS eMPreSÁrioS eStÁ Por trÁS do AuMeNto dA tAriFAA auditoria do TCE e a abertura de

uma CPI na Câmara de Vereadores são resultados da mobilização de milhares de trabalhadores e estu-dantes, que foram às ruas no mês de junho reivindicar a redução da tarifa do transporte público.

As manifestações lançaram luz sobre o fato de que o direito dos tra-balhadores a um transporte público de qualidade fica em segundo pla-no em Curitiba para que os mesmos grupos continuem lucrando.

A primeira licitação para escolha das empresas que administram o trans-porte público de Curitiba só foi feita em 2010 e não representou qualquer avanço, pois manteve os mesmos gru-pos econômicos à frente do serviço. As 11 empresas que dominam o setor em Curitiba se organizam em três consór-cios e dividem entre si o transporte co-letivo da cidade nos lotes Norte, Leste e Oeste. Na licitação de 2010, sequer houve concorrência porque cada um dos consórcios – Pontual, Transbus e Pioneiro – apresentou proposta apenas para o lote que já administrava.

Joka Madruga

SINTCOM

alem dos mUros da escola

Page 11: Diário de Classe - Outubro de 2013

12 | Informativo do Sismmac | # 196 | outubro 2013

cUltUra

3º Baile do Professor acontece em outubro

Garanta o seu convite, a 3º edição do evento conta

com dois ambientes musicais

Brunno Covello

Bienal internacional de curitiba 2013

Evento Internacional exibe obras de artistas dos cinco continentes

A Bienal Internacional de Curitiba 2013 acon-tece até o dia 1º de dezembro. Ao todo, são

exibidas obras de 150 artistas do mundo intei-ro. A exposição tem como conceito a escolha de obras que possam representar uma experiência estética significativa para a cidade, de acordo com os principais curadores da Bienal, Teixeira Coelho e Ticio Escobar.

A Bienal está presente em mais de 100 espa-ços da cidade, como a Secretaria de Estado da Cultura, a Biblioteca Pública do Paraná, o Cen-tro Cultural - Sistema Fiep, o Museu de Arte da UFPR, além de escolas de arte, arquitetura, comunicação, institutos de pesquisa, praças e ruas. Você pode conferir mais informações no site: www.bienaldecuritiba.com.br

A curadoria da Bienal selecionou 35 artistas do Brasil e do mundo. Para receber as obras, as quatro salas onde acontece a mostra, salas 4, 5, 7 e a Torre, têm projeto museológico assinado pelo arquiteto Ivan Wodzinski e iluminação da Fael Luce do Brasil.

professor

Bailed o

19 de outubro, a partir das 22h,

na sociedade Universalagora com dois ambientes!

ENTRADA: Cada sindicalizado terá direito a três convites, sem custos. Reserve o quanto antes os seus convites pelo telefone 3225-6729 e retire-os na sede do SISMMAC

Música ao vivo com Banda Memories e DJ WN Discotecador em VinilLOCAL: Sociedade Universal (Rua Comendador Roseira, 260. Prado Velho)

3

A terceira edição do Baile do Professor acontece neste mês de outubro!

A nossa comemoração do Dia do Professor será realizada no dia 19 de outubro, a partir das 22h, na Sociedade Univer-sal (Rua Comendador Roseira, 260. Prado Velho).

O dia a dia da escola, muitas vezes com sobrecarga e pés-simas condições de trabalho, nos angustia, mas nesses mo-mentos de confraternização em conjunto com nossos co-legas do magistério podemos ver que não estamos sozinhos nessa luta e que é preciso re-novar as energias para alcan-çarmos vitórias.

Para motivar ainda mais a sua participação no evento, nes-ta edição preparamos uma no-vidade: o 3º Baile do Professor contará com dois ambientes! Um deles apresentará música ao vivo com a Banda Memories e o outro terá a presença do DJ WN Discotecador em Vinil.

Para participar da confra-ternização, cada sindicaliza-do terá direito a três convites, sem custos. Faça a sua reserva o quanto antes pelo telefone do SISMMAC (3225-6729). Os profissionais da rede têm até o dia 18 de outubro, às 17h30, para retirar os convites na sede do SISMMAC, na rua Nunes Ma-chado, 1577, no Rebouças.

exposição curitiba Protesta

Os protestos realizados na capital tornaram-se tema de uma exposição fotográfica coletiva. A

mostra é composta por imagens de fotojornalistas atuantes, que acompanharam os principais dias de manifestações. O evento acontece no Memorial de Curitiba – Salão Brasil.

A exposição reúne um recorte visual dos vários momentos dos atos realizados no mês de junho. Profissionais da imprensa local apresentam uma vi-são apurada, fotojornalística e informativa dos fa-tos. A ideia da mostra é apresentar à população um resumo do que foi este momento relevante, mar-cante e histórico no que diz respeito às manifes-tações populares e protestos no país. A exposição acontece até o dia 3 de novembro de 2013, de terça à sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 15h. O ingresso é gratuito.

lia de itamaracá na caixa culturalCantora traz show Ciranda de Ritmos de 11 a 13 de outubro

Lia de Itamaracá, considerada a mais famosa cirandeira do Bra-

sil, vem a Curitiba com o show Ci-randa de Ritmos. As apresentações acontecem de 11 a 13 de outubro, na Caixa Cultural, na rua Conselheiro Laurindo, 280. Os shows de sexta e sábado começam às 20h, o de domingo às 19h. Os ingressos serão vendidos a partir do dia 08 de outubro também na Caixa Cultural. Mais informações pelo telefone 2118-5111.