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O SEU GUIA QUINZENAL NA ÁREA DE IMPOSTOS. PARA ESTAR SEMPRE A PAR DO QUE ACONTECE NESTA ÁREA. ARTIGOS PARA SI E PARA A SUA EMPRESA.
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MAGAZIN€ IMPOSTOS
Para receber o guia “Dicas Magazine Gestão” preencha o formulário anterior e envie
por email para [email protected] ou por fax para o número 21 407 18 10.
AGENDA
Prepare-se para a
entrega da declaração do
IRS:
em papel a 1ª fase é de
01.03 a 31.03 e a 2ª fase
é 01.04 a 30.04;
se for pela internet a 1ª
fase é 01.04 a 30.04 e a
2ª fase é 01.05 a 31.05
ÍNDICE
1. DMG Promoção Novo
Ano
2. ENCOMENDAS Contrato
3. OE Aumento de
Impostos
4. POCEDIMENTOS
Seguros
5. OE Trabalhadores
Independentes
6. NRAU Loja arrendada
7. BENEFÍCIOS Alteração
OE 2013
8. PROCEDIMENTOS
Prémios de
produtividade
Promoção de NOVO ANO!!! Por apenas €50, em vez de €79, assine o
guia quinzenal “Dicas Magazine Gestão”. Aproveite já esta
oportunidade!
GUIA 5
ANO 8 - 2013.01.23
PAG. 1/8
Mais em www.dmeditores.com
Como gerir melhor? A DM Editores publica o guia quinzenal “Dicas Magazine
Gestão” de 8 páginas que o ajuda a solucionar problemas inerentes ao
funcionamento normal de uma empresa, seja ela de restauração, hotelaria,
construção ou outra atividade. Questões relativas a gestão de frotas, pessoal,
financiamento, investimento, entre outros temas, são abordados e explorados neste
guia quinzenal.
Coloque as suas questões! No guia “Dicas Magazine Gestão” não só apresentamos
artigos referentes às questões da atualidade, como também respondemos às
perguntas que os nossos clientes nos enviam por correio eletrónico para
Como posso adquiri-lo? Pode receber o seu guia quinzenal “Dicas Magazine Gestão”
através de:
● assinatura anual formato PDF (22 publicações por ano) PELO PREÇO
PROMOCIONAL DE €50 em vez de €79. Promoção válida até dia 30 de Janeiro de
2013
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Adiro à promoção e pago só €50 em vez de €79!
NºContribuinte:
Código Cliente: Data: / /
Email:
Assinatura ou carimbo da empresa:
SIM, enviem para o meu email o “Dicas Magazine Gestão”
COM ESTA ASSINATURA ANUAL TENHO DIREITO A:
22 publicações Dicas Magazine Gestão em formato PDF;
1 mês de acesso ao serviço online Dicas Online;
1 ano de acesso a todos os modelos existentes na área de Extras;
1 mês e meio de envio gratuito de outra publicação da DM Editores em forma-
to PDF
Encomenda verbal As encomendas verbais são aceitáveis, desde que não haja má fé
ou qualquer mal entendido entre as partes.
Mas atenção... Se for necessário avançar com uma ação judicial, devem existir
provas escritas que comprovem o acordo.
CONDIÇÕES GERAIS
Aquando da confirmação de encomenda, o fornecedor ou o adquirente devem enviar
as condições gerais de fornecimento, caso estas existam.
Alterações à encomenda Um pedido de alteração das condições de uma encomenda,
é, geralmente, efetuado por telefone ou por fax.
Frequentemente, o adquirente não confirma por escrito as novas condições, o que
pode causar problemas posteriormente.
Confirmação via postal O fornecedor ao receber o pedido de alteração das
condições de uma encomenda e querendo confirmar as especificações da
encomenda final, pode preencher uma carta modelo e enviá-la em duplicado para o
adquirente, por fax ou por via postal.
Deste modo, o adquirente deve guardar uma cópia nos seus ficheiros e devolver ao
fornecedor a outra cópia assinada como prova da concordância da mesma.
Dica O fornecedor deve atuar de imediato, se possível no próprio dia em que
recebeu o contato por parte do adquirente.
CONFIRMAÇÃO POR EMAIL
O procedimento referido anteriormente pode ser efetuado através de correio
eletrónico. Para isso, o fornecedor só tem de enviar por email o novo documento de
encomenda solicitando ao adquirente que o assine e devolva.
Se o adquirente tiver assinatura digital, só tem que colocá-la diretamente no
documento recebido e reenviá-lo. Se o adquirente não possuir assinatura digital,
deve imprimir o documento, assinando-o manualmente e digitalizando-o para
posterior envio ao fornecedor.
Mas nunca recebemos a sua carta! Caso o fornecedor deseje excluir a possibilidade
do adquirente poder alegar que nunca recebeu a sua comunicação pode proceder
de uma das seguintes formas:
● se a confirmação for pedida via postal — enviar a carta e o respetivo duplicado
por correio registado com aviso de receção, mesmo que estes tenham sido
enviados anteriormente por fax;
● se a confirmação for pedida por email — enviar o email com recibo de leitura
(opção existente na maioria das caixas de correio eletrónico) e assim receber a
informação da confirmação de leitura do email.
É possível efetuar um contrato de compra e venda de mercadorias
ou serviços sem o reduzir a escrito?
As condições gerais de fornecimento de um bem ou serviço devem esclarecer o modo
e prazo de pagamento, local e procedimento da entrega, entre outros temas
relevantes para que uma relação comercial decorra da melhor forma.
DICAS MAGAZINE
IMPOSTOS
ANO 8 N.º 5
2013.01.23
WWW.DMEDITORES.COM
MINI-DICAS
Para evitar possíveis
disputas, é preferível
confirmar a encomenda
por escrito através de
email, fax ou carta,
mencionando os
detalhes do negócio.
PAG. 2/8
ENCOMENDAS
PAG. 3 www.dicasmagazine.com
Subsídio de refeição Em 2013, o subsídio de refeição passa a ser tributado na parte
em que excede o valor estabelecido para os funcionários públicos. Em 2012, a
tributação só acontecia quando era excedido o valor estabelecido para o estado
acrescido de 20%.
Atenção Quando o subsídio é atribuído através de vales de refeição, mantém-se a
tributação na parte em que exceda em 60% o limite legal.
Deduções específicas do trabalho dependente As despesas de formação profissional
suportadas pelo trabalhador deixaram, em 2012, de contar para o aumento da
dedução especifica dos trabalhadores dependentes de 72% para 75%, ou seja, as
despesas de formação profissional podem ser deduzidas no IRS em 2013, mas
apenas como deduções à coleta.
TAXAS
Taxas de imposto As taxas marginais de IRS que são aplicáveis a cada escalão de
rendimento aumentam por duas vias: aumento percentual das taxas e redução do
número de escalões. Deste modo, apenas para os rendimentos que oscilem entre os
€18.375 e os €20.000 se verifica uma redução da taxa marginal de 35,5% para
28,5%, sendo aplicável a esse pequeno intervalo de €1.625.
Taxa adicional de Solidariedade No OE 2012 foi criada uma taxa adicional de 2,5%,
que incide sobre a fração do rendimento coletável superior a 153.000. Em 2013, a
proposta de OE previa baixar para €80.000 o limite a partir do qual, ficaria sujeita à
taxa adicional de 2,5% a fração superior do rendimento coletável. Na versão final
aprovada em comissão, a taxa adicional de solidariedade, já com nova designação,
passa a ter 2 escalões: para o intervalo entre €80.000 e €250.000 de rendimento
coletável aplica-se uma taxa de 2,5% e para o rendimento coletável superior a
€250.000 aplica-se uma taxa de 5%.
Sobretaxa em sede de IRS Para além dos agravamentos já referidos há ainda que
contar com uma nova sobretaxa, como já ocorreu em 2011, desta vez de 3,5% sobre
a fração do rendimento englobado (incluindo as chamadas ’gorjetas’) que exceda por
sujeito passivo o valor anual da retribuição mínima mensal garantida.
Retenção na fonte da sobretaxa Os trabalhadores dependentes e pensionistas ficam
sujeitos a uma retenção na fonte de 3,5% sobre a parte do rendimento mensal que,
deduzido da retenção na fonte de acordo com as tabelas de retenção e dos
descontos para a segurança social, exceda a remuneração mínima mensal garantida.
Sujeitos passivos deficientes Os rendimentos das categorias A e H destes
contribuintes são considerados em 2013 e para efeitos de IRS em apenas 90%, não
podendo a parte do rendimento excluída da tributação exceder os €2.500 por cada
categoria.
Limite para a retenção na fonte mensal Este limite passa, em 2013, de 40% para
45% do rendimento de cada uma das categorias A e H.
O OE 2013 vai significar um "enorme aumento de impostos" para
todos os contribuintes, especialmente para os trabalhadores
dependentes e para os pensionistas. Saiba porquê.
As entidades patronais passam a ter a obrigação de entregar mensalmente, até ao dia
10 do mês seguinte ao do pagamento ou ao da sua colocação à disposição, uma
declaração de modelo oficial referente aos rendimentos do trabalho dependente,
contribuições para a segurança social e quotizações sindicais. Até agora essa
declaração era anual e conhecida por modelo 10.
DICAS MAGAZINE
IMPOSTOS
ANO 8 N.º 5
2013.01.23
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MINI-DICAS
Exemplo: pessoa
singular solteira com
rendimento coletável
de €20.000 passa a ter
em 2013 uma coleta
de €4.720, em vez dos
€4.178 coletados em
2012, o que representa
um aumento de
12,9%; pessoa solteira
com rendimento
coletável de €40.000
passa a ter em 2013
uma coleta de €12.120
contra os €11.278 de
2012, ou seja, tem um
aumento de 7,5%; se a
mesma pessoa auferir
um rendimento
coletável de €153.000
a coleta sobe 10%
comparativamente ao
ano anterior de 2012,
isto é, €65.304 em vez
de €59.243.
PAG. 3/8
OE
Segurança e saúde no trabalho As empresas que prestam serviços na área de
segurança, higiene e saúde no trabalho visam a prevenção dos riscos profissionais e
a promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores.
No âmbito da legislação que regulamenta esta matéria, o legislador determina que
todas as entidades empregadoras ficam obrigadas a organizar atividades de
segurança, higiene e saúde no trabalho, estabelecendo ainda, de forma expressa,
que tal obrigação pende sobre todo o tipo de empresas, mesmo as de pequena
dimensão ou microempresas.
Atenção O regime aprovado em 1991, e ainda em vigor, informa que são por ele
abrangidos os trabalhadores por conta ou ao serviço de outrem e os empregadores,
bem como as pessoas coletivas de direito privado sem fins lucrativos e ainda todas
as entidades públicas.
Conceitos Neste âmbito, o trabalhador é a pessoa singular que, mediante
retribuição, se obriga a prestar serviço a um empregador. Neste conceito, incluem-
se os estagiários e todos os que estejam na dependência económica do empregador
em razão dos meios de trabalho e do resultado da sua atividade, ainda que não
sejam titulares de uma relação jurídica de emprego. O empregador é uma pessoa
singular ou coletiva com um ou mais trabalhadores ao seu serviço e responsável
pela empresa ou estabelecimento que detenha competências para a contratação de
trabalhadores.
É relevante o número de trabalhadores? De acordo com a legislação, basta existir
um funcionário na empresa para que esta esteja abrangida pela obrigatoriedade de
desenvolver atividades no âmbito da segurança, higiene e saúde.
HÁ FORMA DE REDUZIR CUSTOS?
A entidade empregadora deve organizar as atividades de segurança, higiene e saúde
de forma a abranger todos os seus trabalhadores. Os serviços podem ser
desenvolvidos dentro de três modalidades distintas: serviços internos,
interempresas ou serviços externos.
Contudo, a lei admite uma possibilidade alternativa que pode acarretar menos
custos: no caso ser inviável a adoção de uma destas modalidades, nomeadamente
em função da dimensão da empresa, natureza das suas atividades e/ou riscos
profissionais envolvidos, as atividades relativas a segurança, higiene e saúde no
trabalho podem ser exercidas diretamente pelo próprio empregador, exigindo-se
apenas que este tenha formação adequada nessa área.
E o seguro de acidentes de trabalho? O seguro de acidentes de trabalho é
obrigatório para todos os trabalhadores, inclusivamente para os trabalhadores por
conta própria.
Dica A redução de custos para a empresa também pode passar pela renegociação da
apólice de seguro em vigor!
Sou sócio gerente e único funcionário. No meu caso é preciso manter
o seguro de acidentes de trabalho? Devo manter contrato com a
empresa de segurança, higiene e saúde no trabalho?
A matéria relativa à segurança no trabalho tem vindo a ser objeto de regulamentação
exaustiva, quer por força das diretrizes da Organização Internacional do Trabalho,
quer pelas novas formas de organização de trabalho emergentes e que implicam
novas exigências no âmbito de segurança, higiene e saúde no trabalho.
DICAS MAGAZINE
IMPOSTOS
ANO 8 N.º 5
2013.01.23
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A dependência
económica de apenas
um funcionário
relativamente à
empresa, obriga na
mesma que esta
implemente o regime de
desenvolvimento de
atividades no âmbito da
segurança, higiene e
saúde no trabalho.
PAG. 4/8
PROCEDIMENTOS
PAG. 5 www.dicasmagazine.com
Alterações ao regime simplificado Em 2013 os trabalhadores independentes que
estejam enquadrados no regime simplificado sentem um aumento da carga fiscal
em consequência do aumento do rendimento tributável. Este resulta da aplicação
de um coeficiente ao rendimento bruto que varia em função da natureza da
atividade do trabalhador: para vendas de mercadorias e produtos, isto é, atividades
comerciais, o coeficiente é de 0,2; para os restantes rendimentos, nomeadamente
prestações de serviços por profissionais liberais, o coeficiente que era de 0,7 até 31
de Dezembro de 2012, passa a ser de 0,75, o que quer dizer que no caso das
prestações de serviços a percentagem de dedução ao rendimento bruto passa de
30% para 25%.
Atenção No caso de um profissional livre que é sócio de uma sociedade de
transparência fiscal e exerce simultaneamente uma atividade de prestação de
serviços como trabalhador independente, o rendimento tributável resulta da soma
dos rendimentos obtidos em prestação de serviços à sociedade e que lhe forem
imputáveis de acordo com o Código do IRC, com os rendimentos da atividade como
independente após a aplicação do coeficiente de 0,75.
Opção pelo regime de contabilidade organizada Tendo em conta a alteração do
coeficiente aplicável ao rendimento bruto dos trabalhadores independentes
prestadores de serviços, o OE 2013, estabelece que até ao dia 30 de Janeiro, os
sujeitos passivos de IRS enquadrados no regime simplificado da categoria B possam
livremente optar pelo regime da contabilidade organizada, isto é,
independentemente de estar cumprido ou não o prazo mínimo de permanência de 3
anos no atual regime do contribuinte.
Retenção na fonte de rendimentos da categoria B de residentes Enquanto que a
taxa de retenção na fonte dos rendimentos da categoria B provenientes da
propriedade intelectual ou industrial ou ainda da prestação de informações
respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial ou
científico, quando auferidos pelo seu titular originário não sofre agravamento, a
taxa de retenção na fonte dos rendimentos dos profissionais liberais cuja atividade
conste da lista de atividades anexa ao código do IRS aumenta de 21,5% para 25%.
Taxa adicional de Solidariedade A taxa adicional de solidariedade passa a ter 2
escalões: entre €80.000 e €250.000 de rendimento coletável aplica-se uma taxa de
2,5% e para a fração do rendimento coletável superior a €250.000 aplica-se uma
taxa de 5%. Esta taxa é aplicável ao total dos rendimentos englobados pelo
contribuinte, logo, é aplicável também aos rendimentos de trabalho independente.
Sobretaxa em sede de IRS Uma vez que a sobretaxa de 3,5% incide sobre a fração
do rendimento englobado que exceda, por sujeito passivo, o valor anual da
retribuição mínima mensal garantida, esta acaba por incidir também sobre os
rendimentos da categoria B. No entanto, estes rendimentos não estão sujeitos a
uma retenção na fonte adicional, ao contrário do que sucede com rendimentos de
trabalho dependente e pensões.
O OE 2013 impõe a muitos trabalhadores independentes um novo
aumento da tributação. O que sobra depois da retenção na fonte e
da segurança social será cada vez menos!
Os rendimentos brutos da categoria B auferidos por sujeitos passivos com deficiência
são considerados em 2013, e para efeitos de IRS, apenas em 90 %. No entanto, a
parte do rendimento excluída de tributação nesta categoria não pode exceder os
€2.500.
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IMPOSTOS
ANO 8 N.º 5
2013.01.23
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Trabalho independente
de não residentes: todos
os rendimentos
empresariais e
profissionais, ainda que
decorrentes de atos
isolados obtidos por não
residentes em território
português, passam a ser
tributados a uma taxa
liberatória que aumenta
de 21,5% em 2012 para
25% em 2013. A
liquidação deste imposto
é efetivada através da
retenção na fonte pelas
entidades pagadoras dos
rendimentos.
PAG. 5/8
OE
ATUALIZAÇÃO DE RENDA?
A transição para o NRAU e a atualização da renda dependem da iniciativa do
senhorio.
Processo negocial Caso o senhorio inicie o processo negocial, o arrendatário tem
que dar resposta no prazo de 30 dias, sob pena de se considerar que aceitou os
termos e condições apresentadas pelo primeiro. Assim, em resposta, o arrendatário
pode: aceitar o valor da renda proposto pelo senhorio; opor-se ao valor da renda
proposto pelo senhorio, propondo um novo valor; pronunciar-se quanto ao tipo e/ou
à duração do contrato propostos pelo senhorio; ou ainda, denunciar o contrato de
arrendamento.
O arrendatário pode opor-se à atualização imediata das rendas? No que diz respeito
aos arrendamentos para fins não habitacionais, consagra-se um regime especial que
permite ao arrendatário invocar, aquando da interpelação efetuada pelo senhorio,
uma de três situações e que impede os efeitos de transição para o NRAU e da
atualização da renda: que existe no locado um estabelecimento comercial aberto ao
público e que é uma microempresa; que existe no locado a sede de uma associação
privada sem fins lucrativos, regularmente constituída para atividades culturais,
recreativas ou desportivas não profissionais e declarada de interesse público e/ou
de interesse nacional ou municipal; ou, que o locado funciona como casa que
alberga uma república de estudantes.
Atenção O arrendatário que invoque qualquer uma destas circunstâncias faz
acompanhar a sua resposta de documento comprovativo da mesma, sob pena de
não poderem prevalecer as circunstâncias por si invocadas.
O que se entende por microempresa? É considerada como microempresa a empresa
que, independentemente da sua forma jurídica, não ultrapasse à data do balanço
dois dos três limites seguintes: €500.000 de total do balanço; €500.000 de volume
de negócios líquido; o número médio de empregados de cinco pessoas durante o
exercício.
Atualização só ao fim de 5 anos Caso se verifique qualquer uma das circunstâncias
acima referidas, o contrato só é submetido ao NRAU mediante acordo entre as
partes ou, na falta deste, no prazo de 5 anos a contar da receção, por parte do
senhorio, da resposta do arrendatário.
No período de 5 anos o valor da renda é determinado tendo em conta o limite
máximo de 1/15 do valor do locado, sendo que este valor corresponde ao valor da
avaliação realizada nos termos do disposto no código do IMI. Findo o período de 5
anos, o senhorio pode iniciar um novo processo de atualização da renda, sendo que
o arrendatário não pode invocar novamente quaisquer uma das circunstâncias supra
referidas.
Atenção No silêncio ou na falta de acordo entre as partes sobre o tipo ou a duração
do contrato, este considera-se celebrado, com prazo certo, pelo período de 2 anos.
Tenho uma loja arrendada há muitos anos, cujo contrato vem já do
tempo do meu avô. Com a publicação do novo regime do
arrendamento urbano, o que devo esperar do meu senhorio?
Os contratos de arrendamento para fins não habitacionais celebrados antes de 1995
estão igualmente sujeitos às regras de atualização de renda e transição para o Novo
Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).
DICAS MAGAZINE
IMPOSTOS
ANO 8 N.º 5
2013.01.23
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O senhorio deve
comunicar a sua
intenção de atualização
de valores ao
arrendatário, indicando
o valor da renda, o tipo
e a duração do contrato
propostos e o valor do
imóvel locado após a
avaliação efetuada nos
termos do código do IMI
(elementos
acompanhados de cópia
da caderneta predial
urbana).
PAG. 6/8
NRAU
PAG. 7 www.dicasmagazine.com
PAG. 7/8
Rendimentos da propriedade intelectual Em apenas 2 anos, o valor máximo de
benefício de um contribuinte baixa de €30.000 para €10.000. Com efeito, o previsto
no artigo 58º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), de que podem beneficiar os
titulares de direitos de autor, e, a partir deste ano, também os titulares de direitos
conexos, permite excluir da tributação 50% destes rendimentos; assim sendo
alguém que tivesse €60.000 deste tipo de rendimentos em 2011 seria tributado
sobre €30.000, já em 2013 passa a ser tributado sobre €50.000 .
Dedução em IRS do IVA suportado em fatura No ano 2013 os sujeitos passivos de
IRS podem deduzir à coleta 5% do IVA suportado em algumas faturas, num máximo
de €250. O valor do incentivo é apurado pela AT com base nas faturas que lhe
forem comunicadas, por via eletrónica, até ao dia 15 de fevereiro do ano seguinte
ao da sua emissão e relativas a cada adquirente nelas identificado.
Incentivos à reabilitação urbana O OE 2013 estende aos fundos de investimento
imobiliário, que operem de acordo com a legislação nacional e constituídos neste
ano, a isenção de IRC sobre rendimentos obtidos de qualquer natureza, desde que
pelo menos 75% dos seus ativos sejam bens imóveis sujeitos a ações de
reabilitação realizadas nas áreas urbanas. Este benefício era aplicável apenas aos
fundos de investimento imobiliários constituídos entre 2008 e 2012.
Titulares de rendimentos de fundos imobiliários Os titulares de rendimentos de
unidades de participação isentas de IRC provenientes de fundos em que pelo menos
75% dos ativos fossem bens imóveis sujeitos a ações de reabilitação nas áreas
urbanas (e englobando os rendimentos destas que lhes fossem distribuídos) tinham
direito a deduzir 50% dos rendimentos de dividendos. Esta possibilidade mantém-se
em 2013 apenas para sujeitos passivos de IRS, ao contrário do que acontecia até ao
fim de 2012 em que beneficiavam também sujeitos passivos de IRC.
Revogação de isenção sobre mais valias Com a aprovação do OE 2013 é revogado o
artigo 72º do EBF que isenta de IRS, até ao valor anual de €500, o saldo positivo
entre as mais-valias e menos-valias resultante da alienação de ações, de obrigações
e de outros títulos de dívida, obtido por residentes em território português.
Isenção IMI para prédios de reduzido VPT Mantém-se para os mesmos valores de
2012, mas clarifica-se que o rendimento relevante é o do ano anterior ao da isenção
e que o requerimento anual do beneficio deve ser feito até 30 de Junho do ano para
que se requer a isenção em questão, a não ser que os requisitos para a obtenção do
beneficio se cumpram em data posterior, caso em que o prazo é alargado até 31 de
Dezembro.
Despesas com equipamentos e software de faturação eletrónica As desvalorizações
excecionais decorrentes do abate, no corrente ano, de programas e equipamentos
informáticos de faturação substituídos por programas de faturação eletrónica, são
perdas por imparidade sem ser necessário ter a aceitação da AT. As despesas com a
aquisição de programas e equipamentos informáticos de faturação eletrónica, em
2013, são vistas como gasto fiscal no período de tributação em que são suportadas.
O OE 2013 altera alguns benefícios fiscais, aumentando o seu
âmbito, reduzindo o benefício máximo, introduzindo benefícios
fiscais ou mudando procedimentos. Conheça as alterações.
A diferença positiva entre mais e menos valias obtidas por fundos de investimento,
sejam elas obtidas em território nacional ou fora dele, passam este ano a ser
tributadas à taxa de 25%, quando anteriormente a taxa era de 21,5%.
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ANO 8 N.º 5
2013.01.23
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MINI-DICAS
Na redação anterior ao
OE 2013 o fisco
aceitaria apenas
faturas comunicadas
até 31 de Janeiro do
ano seguinte ao da
sua emissão tendo
assim ocorrido uma
extensão deste prazo.
Mas como
consequência, o fisco
passa a disponibilizar
o valor do incentivo
apenas no fim de
Fevereiro do ano
seguinte e já não até
dia 10 desse mês
como previsto na
redação anterior ao
OE 2013.
BENEFÍCIOS
Responsáveis editoriais:
Tânia Marques, Gisela Franco
(coloque-nos a sua questão para
Colab oradores pr inc ipa is : Henrique Nunes (Advogado), Sara Quaresma (Jurista), Lino Bailão (Revisor Oficial de Contas), Susana Machado (Jurista), Pedro Cruz (Consultor Fiscal), Nádia Marques (Jornalista) , Amélia Bailão (Advogada), Carlos Rosado (Técnico
Oficial de Contas)
Revisor final: Isabel Marinho (Advogada)
PUBLICADO POR:
DM Editores, Soc. Unipessoal Lda.
(NIF 508 864 240)
Apartado 69
2831-909 BARREIRO
Fax : 21 407 18 10
Assinatura anual (22 guias) €93 (inc. IVA)
DicasMagazin€ é uma marca registada.
Isento de registo no Instituto da Comunicação Social ao abrigo da alínea a) do n.º 1 do art. 12º do Decreto Regulamentar n.º 8/99 de 09 de Junho. Todos os direitos reservados. Esta publicação não pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo eletrónico, mecânico ou fotográfico, sem autorização prévia e escrita da editora. Textos elaborados com base na interpretação da legislação em vigor, não sendo vinculativos da posição da Administração Fiscal ou de outros entendimentos sobre os mesmos assuntos.
Podem-me indicar se os prémios de produtividade têm de fazer
descontos? Quem é que os faz: a entidade empregadora (antes de
pagar o prémio) ou o funcionário (quando recebe o prémio)?
O Código de Trabalho não considera como fazendo parte integrante do conceito de
retribuição as prestações decorrentes de factos relacionados com o desempenho ou
mérito profissionais, bem como a assiduidade do trabalhador, cujo pagamento, nos
períodos de referência respetivos, não esteja antecipadamente garantido, com a
exceção das (I) gratificações que sejam devidas por força do contrato ou das normas
que o regem, ainda que a sua atribuição esteja condicionada aos bons serviços do
trabalhador, e àquelas que, pela sua importância e carácter regular e permanente,
devam, segundo os usos, considerar-se como elemento integrante da retribuição
daquele; e (II) as prestações relacionadas com os resultados obtidos pela empresa
quando, pelo seu respetivo título atributivo e pela sua atribuição regular e
permanente, se revistam de um carácter estável, independentemente da
variabilidade do seu montante.
O que diz o Código Contributivo? O seu artigo 46.º diz que para efeitos de
delimitação da base de incidência contributiva que se consideram como
remunerações as prestações, pecuniárias ou em espécie que, nos termos do contrato
de trabalho, das normas que o regem ou dos seus usos, sejam devidas pelas
entidades empregadoras aos trabalhadores como contrapartida do seu trabalho,
designadamente, os prémios de rendimento, de produtividade, de assiduidade, de
cobrança, de condução, de economia e outros de natureza análoga que tenham a
característica de regularidade.
Adicionalmente, integram ainda a base de incidência contributiva, todas as
retribuições que sejam atribuídas ao trabalhador, com carácter de regularidade, em
dinheiro ou em espécie, direta ou indiretamente, como contrapartida da prestação
do trabalho quando ocorram os seguintes pressupostos: a) A atribuição das mesmas
se encontre prevista segundo critérios de objetividade, ainda que sujeita a
condições; b) Constituam um direito do trabalhador e este possa contar com o seu
recebimento independentemente da frequência da concessão.
Face ao exposto acima a chave para se considerar se um prémio de produtividade
está ou não sujeito a segurança social, quer na esfera da empresa, quer na esfera do
trabalhador, é o seu conceito de regularidade, sendo que, para definir tal conceito,
devemos atender aos pressupostos acima referidos. Caso esteja sujeito a segurança
social, o pagamento deve ser processado como uma normal remuneração.
O que diz o CIRS? O n.º1 do seu artigo 2.º vem considerar como rendimentos do
trabalho dependente todas as remunerações pagas ou postas à disposição do seu
titular, compreendendo a atribuição de prémios, ainda que periódica, fixa ou
variável, de natureza contratual ou não. Tal significa que o CIRS contém uma
redação muito mais abrangente e na prática tributa a atribuição de prémios de
produtividade, independentemente destes serem regulares ou não, sendo que tal
tributação se faz por via de retenção na fonte no momento do seu pagamento e nos
termos da tabela geral de retenções na fonte, cabendo esta obrigação à entidade
patronal pagadora do mesmo. O seu valor deve ser posteriormente ser incluído na
declaração anual (“Modelo 3”) de IRS do trabalhador.
Tome nota! Se o prémio for pago a um gestor, administrador ou gerente de uma
sociedade e representar uma parcela superior a 25% da remuneração anual e/ou um
valor superior a €27 500, pode haver lugar a tributação autónoma, em sede de IRC, a
nível da empresa, à taxa de 35%, dependendo esta tributação de um conjunto de
circunstâncias específicas.
DICAS MAGAZINE
IMPOSTOS
ANO 8 N.º 5
2013.01.23
WWW.DMEDITORES.COM
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