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MAGAZINRH Até 20 de janeiro de cada ano deve ser remetido aos contribuintes, a quem foram efetuadas retenções, o documento comprovativo dos montantes retidos no ano anterior. Assim como deve ser entregue ao Estado, até final de fevereiro, a relação dos sujeitos a quem foram feitas retenções, com identificação dos montantes sujeitos a retenção e respetivos montantes retidos. AGENDA Prepare-se para as novidades da DM Editores que vão acontecer na 1ª semana de Fevereiro. Depois da entrada em vigor da lei, é o trabalhador que tem 5 dias para decidir se quer receber os seus subsídios de férias e de Natal em duodécimos, mensalmente, ou em Junho e Dezembro, como se processava até agora ÍNDICE 1. RECIBOS VERDES Retenção na fonte 2. PROCEDIMENTOS Justa causa 3. SEGURANÇA SOCIAL Baixa por doença 4. SUBSÍDIOS Subsídio Pré -natal 5. PROCEDIMENTOS Tornar-se TOC 6. CONTRATOS Subcontratos 7. SUBSÍDIOS Subsídio de Desemprego 8. PESSOAL Viatura pessoal Um dos meus fornecedores passa recibos verdes ou como é chamado agora fatura-recibo. Neste caso é obrigatório efetuar retenção na fonte? Quem é responsável por esta retenção? GUIA 9 ANO 2 - 2013.01.18 PAG. 1/8 Mais em www.dmeditores.com QUEM DEVE EFETUAR A RETENÇÃO NA FONTE? As entidades que disponham ou que, por lei, devam dispor de contabilidade organizada, são obrigadas a efetuar retenção na fonte dos rendimentos de que sejam devedoras. A responsabilidade da retenção na fonte não recai sobre quem presta o serviço, mas sim sobre quem paga o serviço. Dica A taxa deve ser aplicada ao rendimento ilíquido sujeito a retenção antes de se proceder à liquidação do IVA. Dispensa de retenção Para rendimentos anuais inferiores a €10.000, montante previsto no artigo 53.º do n.º1 do Código do IVA, há dispensa de retenção na fonte. Estão também dispensados de retenção na fonte os rendimentos referentes ao reembolso de despesas em nome e por conta do cliente ou de despesas de deslocação e estada, conforme estabelece o artigo 9.º do n.º1 alínea b) do Decreto- Lei n.º42/91 e respeitantes a serviços prestados por terceiros, desde que direta e totalmente imputáveis ao cliente. Dispensa facultativa Os titulares que não ultrapassem o limite legal de €10.000 e optem pela dispensa da retenção na fonte, devem incluir expressamente nos seus recibos a seguinte menção: “Sem retenção, nos termos do n.º1 do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º42/91, de 22 de Janeiro”. Excedi os €10.000! A isenção termina no mês seguinte ao que tiver sido atingido o limite dos €10.000. No ano procedente a esse facto, não pode ser exercida a dispensa de retenção na fonte. Sujeição parcial de retenção A retenção na fonte pode incidir apenas sobre 50% dos montantes recebidos quando estes sejam rendimentos provenientes de propriedade literária, artística e científica (artigo 58.º EBF) ou rendimentos auferidos por alguns profissionais da saúde (artigo 10.º, n.º1, alínea a), DL 42/91). A base de incidência pode ainda ser reduzida para 25% nos casos de rendimentos auferidos por titulares deficientes com grau de invalidez permanente igual ou superior a 60%. Atenção As obras arquitetónicas e publicitárias não são abrangidas na classificação de carácter literário, artístico ou científico, referenciado acima. Sujeição parcial facultativa Tal como nas situações de dispensa, a sujeição parcial é facultativa, sendo que aqueles que optem pela retenção na fonte devem apresentar nos seus recibos uma das duas seguintes menções: “Retenção sobre 50%, nos termos do n.º2 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º42/91, de 22 de janeiro” ou “Retenção sobre 25%, nos termos do n.º3 do artigo 10.º do Decreto Lei n.º42/91, de 22 de janeiro”, consoante o caso.

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MAGAZIN€ RH

Até 20 de janeiro de cada ano deve ser remetido aos contribuintes, a quem foram

efetuadas retenções, o documento comprovativo dos montantes retidos no ano

anterior. Assim como deve ser entregue ao Estado, até final de fevereiro, a relação

dos sujeitos a quem foram feitas retenções, com identificação dos montantes sujeitos

a retenção e respetivos montantes retidos.

AGENDA

Prepare-se para as

novidades da DM

Editores que vão

acontecer na 1ª semana

de Fevereiro.

Depois da entrada em

vigor da lei, é o

trabalhador que tem 5

dias para decidir se quer

receber os seus subsídios

de férias e de Natal em

duodécimos,

mensalmente, ou em

Junho e Dezembro, como

se processava até agora

ÍNDICE

1. RECIBOS VERDES

Retenção na fonte

2. PROCEDIMENTOS Justa

causa

3. SEGURANÇA SOCIAL

Baixa por doença

4. SUBSÍDIOS Subsídio Pré

-natal

5. PROCEDIMENTOS

Tornar-se TOC

6. CONTRATOS

Subcontratos

7. SUBSÍDIOS Subsídio de

Desemprego

8. PESSOAL Viatura

pessoal

Um dos meus fornecedores passa recibos verdes ou como é chamado

agora fatura-recibo. Neste caso é obrigatório efetuar retenção na

fonte? Quem é responsável por esta retenção?

GUIA 9

ANO 2 - 2013.01.18

PAG. 1/8

Mais em www.dmeditores.com

QUEM DEVE EFETUAR A RETENÇÃO NA FONTE?

As entidades que disponham ou que, por lei, devam dispor de contabilidade

organizada, são obrigadas a efetuar retenção na fonte dos rendimentos de que

sejam devedoras. A responsabilidade da retenção na fonte não recai sobre quem

presta o serviço, mas sim sobre quem paga o serviço.

Dica A taxa deve ser aplicada ao rendimento ilíquido sujeito a retenção antes de se

proceder à liquidação do IVA.

Dispensa de retenção Para rendimentos anuais inferiores a €10.000, montante

previsto no artigo 53.º do n.º1 do Código do IVA, há dispensa de retenção na fonte.

Estão também dispensados de retenção na fonte os rendimentos referentes ao

reembolso de despesas em nome e por conta do cliente ou de despesas de

deslocação e estada, conforme estabelece o artigo 9.º do n.º1 alínea b) do Decreto-

Lei n.º42/91 e respeitantes a serviços prestados por terceiros, desde que direta e

totalmente imputáveis ao cliente.

Dispensa facultativa Os titulares que não ultrapassem o limite legal de €10.000 e

optem pela dispensa da retenção na fonte, devem incluir expressamente nos seus

recibos a seguinte menção: “Sem retenção, nos termos do n.º1 do artigo 9.º do

Decreto-Lei n.º42/91, de 22 de Janeiro”.

Excedi os €10.000! A isenção termina no mês seguinte ao que tiver sido atingido o

limite dos €10.000. No ano procedente a esse facto, não pode ser exercida a

dispensa de retenção na fonte.

Sujeição parcial de retenção A retenção na fonte pode incidir apenas sobre 50% dos

montantes recebidos quando estes sejam rendimentos provenientes de propriedade

literária, artística e científica (artigo 58.º EBF) ou rendimentos auferidos por alguns

profissionais da saúde (artigo 10.º, n.º1, alínea a), DL 42/91). A base de incidência

pode ainda ser reduzida para 25% nos casos de rendimentos auferidos por titulares

deficientes com grau de invalidez permanente igual ou superior a 60%.

Atenção As obras arquitetónicas e publicitárias não são abrangidas na classificação

de carácter literário, artístico ou científico, referenciado acima.

Sujeição parcial facultativa Tal como nas situações de dispensa, a sujeição parcial é

facultativa, sendo que aqueles que optem pela retenção na fonte devem apresentar

nos seus recibos uma das duas seguintes menções: “Retenção sobre 50%, nos

termos do n.º2 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º42/91, de 22 de janeiro” ou

“Retenção sobre 25%, nos termos do n.º3 do artigo 10.º do Decreto Lei n.º42/91, de

22 de janeiro”, consoante o caso.

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Processo disciplinar Independentemente das circunstâncias, é muito importante

seguir o procedimento correto quando se pretende iniciar um processo disciplinar

contra um trabalhador. O Código do Trabalho, Lei n.º7/2009, de 12 de fevereiro,

regulamenta este procedimento e identifica claramente quais as situações

consideradas como justas causas que podem levar ao despedimento do trabalhador.

Atenção Se a entidade empregadora não respeitar o procedimento legislado, o

despedimento pode ser considerado inválido ou mesmo ilícito.

Justa causa Constituem justa causa de despedimento comportamentos do

trabalhador que representem:

● Desobediência ilegítima às ordens dadas por responsáveis hierarquicamente

superiores.

● Violação dos direitos e garantias de outros trabalhadores da empresa.

● Provocação repetida de conflitos com outros trabalhadores da empresa.

● Desinteresse repetido pelo cumprimento, com a diligência devida, das

obrigações inerentes ao exercício do cargo ou posto de trabalho que lhe seja

confiado.

● Lesão de interesses patrimoniais sérios da empresa.

● Reduções anormais de produtividade.

● Falsas declarações relativas à justificação de faltas.

● Faltas não justificadas ao trabalho que determinem diretamente prejuízos ou

riscos graves para a empresa ou, independentemente de qualquer prejuízo ou

risco, quando o número de faltas injustificadas atingir, em cada ano civil, cinco

seguidas ou dez interpoladas.

● Falta culposa de observância de regras de higiene e segurança no trabalho.

● Prática, no âmbito da empresa, de violência física, de injúrias ou outras ofensas

punidas por lei sobre trabalhadores da empresa, elementos dos corpos sociais ou

sobre o empregador individual não pertencente aos mesmos órgãos, seus

delegados ou representantes.

● Sequestro e, em geral, crimes contra a liberdade das pessoas referidas

anteriormente.

● Incumprimento ou oposição ao cumprimento de decisões judiciais ou

administrativas.

Nota de culpa Caso se tenha verificado qualquer um dos comportamentos acima

referidos e o empregador deseje, por isso mesmo, proceder contra o trabalhador,

deve ser instaurado um processo disciplinar. Este processo tem início com a

comunicação por escrito ao trabalhador da intenção do empregador, juntando uma

nota de culpa com a descrição circunstanciada dos factos que lhe são imputados.

Qual o correto procedimento que devo iniciar com vista a despedir

um trabalhador por justa causa?

Disponibilizamos-lhe na nossa área de Extras um modelo da carta que acompanha a

nota de culpa. Este modelo pode ser descarregado para o seu computador e

adaptado.

DICAS MAGAZINE

RH

ANO 2 N.º 9

2013.01.18

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MINI-DICAS

O empregador deve

enviar à comissão de

trabalhadores da

empresa uma cópia da

carta e da nota de culpa

enviadas ao trabalhador.

No caso do trabalhador

ser representante

sindical, deve também

ser enviada uma cópia

dos documentos

referidos para a

associação sindical

respetiva.

As microempresas estão

dispensadas do envio da

nota de culpa a estas

entidades, desde que o

trabalhador em questão

não seja membro de

comissão de

trabalhadores ou

representante sindical.

PAG. 2/8

PROCEDIMENTOS

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PAG. 3 www.dicasmagazine.com

Subsídio de doença Cabe à Segurança Social efetuar o pagamento deste subsídio ao

funcionário que está de baixa médica.

CERTIFICAÇÃO DE DOENÇA

O subsídio de doença só pode ser atribuído mediante apresentação de Certificado

de Incapacidade Temporária para o Trabalho por Doença (CIT).

A doença tem que ser certificada em impresso próprio emitido pelos serviços de

saúde competentes do Serviço Nacional de Saúde, com exceção dos serviços de

urgência, confirmando-se a incapacidade do beneficiário e a natureza da mesma e

indicando igualmente se se trata de uma baixa inicial ou de uma prorrogação desta.

Atenção O CIT tem de ser enviado à Segurança Social no prazo de 5 dias úteis a

contar da data em que é emitido.

Requisitos Os trabalhadores por conta de outrem para terem direito a este subsídio

para além de terem que apresentar o CIT, têm simultaneamente que: i) ter

trabalhado e descontado durante 6 meses para a Segurança Social ou outro sistema

de proteção social que assegure um subsídio em caso de doença, e ii) ter trabalhado

pelo menos 12 dias nos primeiros 4 meses dos últimos 6 anteriores à baixa.

Período de concessão O subsídio de doença é atribuído por períodos máximos de:

1.095 dias a trabalhadores por conta de outrem a contrato e trabalhadores

marítimos e vigias nacionais que trabalhem em barcos de empresas estrangeiras;

365 dias a trabalhadores independentes (a recibos verdes ou empresários em nome

individual) e bolseiros de investigação científica.

Cessação do pagamento O pagamento do subsídio de doença cessa quando:

● for atingido o termo do período constante do CIT (vulgo baixa médica);

● durante o período de incapacidade tenha sido declarada a não subsistência da

doença pelos serviços de saúde competentes ou pela comissão de reavaliação;

● o beneficiário tenha retomado o exercício da atividade profissional, por se

considerar apto;

● o beneficiário tenha trabalhado durante a baixa, mesmo que não haja provas de

ter sido pago;

● o beneficiário não tiver apresentado justificação atendível para a ausência da

residência ou falta a exame médico para que tenha sido convocado.

Subsídios de Natal e férias As prestações compensatórias relativas ao pagamento

dos subsídios de Natal e de férias só são pagas pela Segurança Social se o

beneficiário, em consequência de doença subsidiada, não tenha direito aos mesmos

ou no caso destes não lhe terem sido pagos pela entidade empregadora de acordo

com o estabelecido em regulamentação coletiva de trabalho ou outra fonte de

direito laboral.

Quanto tempo pode estar um funcionário de baixa por doença?

Cabe à minha empresa ou à Segurança Social efetuar o

pagamento do subsídio ao funcionário?

Relativamente à baixa de um trabalhador por conta de outrem (a contrato), a

Segurança Social é obrigada a pagar o respetivo subsídio durante a totalidade do

tempo de baixa fixado pelo médico assistente, desde que este período não ultrapasse

os 1.095 dias de limite máximo previsto na lei.

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ANO 2 N.º 9

2013.01.18

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MINI-DICAS

O subsídio de doença é

uma prestação

pecuniária atribuída para

compensar a perda de

remuneração, resultante

do facto do trabalhador

estar impedido

temporariamente de

trabalhar por motivo de

doença.

PAG. 3/8

SEGURANÇA SOCIAL

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DICAS MAGAZINE

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ANO 2 N.º 9

2013.01.18

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MINI-DICAS

Num agregado

monoparental considera

-se parente até ao 3.º

grau: pai, mãe, avó, avô,

bisavô, bisavó, irmão,

irmã, sobrinho, sobrinha

tio e tia.

No apuramento do

rendimento global do

agregado familiar são

consideradas diferentes

categorias de

rendimentos,

nomeadamente: de

trabalho dependente, de

trabalho independente

(empresariais e

profissionais), de

capitais, prediais,

pensões, algumas

prestações sociais e

subsídios de renda de

casa ou outros apoios

regulares à habitação.

QUEM TEM DIREITO?

Têm direito ao abono de família pré-natal as grávidas que: i) já atingiram a 13.ª

semana de gravidez; ii) são residentes em Portugal ou equiparadas a residentes; iii)

têm um rendimento de referência e património mobiliário abaixo dos valores limite

estipulados por lei e atualizados todos os anos.

Qual é o valor total máximo do património? Apenas tem acesso ao abono de família

pré-natal a grávida pertencente a um agregado familiar em que o valor total do

património mobiliário (depósitos bancários, ações, certificados de aforro ou outros

ativos financeiros) de todos os elementos, seja inferior a €100.612,80 (240 vezes o

valor do Indexante de Apoios Sociais, IAS = €419,22).

Quando se pode pedir? O abono de família pré-natal pode ser pedido a partir da

13.ª semana de gravidez. Se não for pedido durante a gravidez, pode ainda ser

solicitado no prazo de 6 meses contados a partir do mês seguinte ao do nascimento.

Se não for pedido dentro deste prazo de 6 meses, a mãe perde o direito a esse

abono.

Documentos necessários São necessárias aquando do pedido: i) as fotocópias dos

documentos de identificação civil (cartão de cidadão, bilhete de identidade, certidão

do registo civil, boletim de nascimento ou passaporte) e dos cartões de contribuinte

de cada membro do agregado familiar (se os membros do agregado familiar já

estiverem identificados na Segurança Social não é preciso entregar estes

documentos); ii) o certificado médico que comprova o tempo de gravidez e o

número de crianças que vão nascer (se o pedido for feito durante a gravidez) ou

identificação da(s) criança(s) recém-nascida(s) (se o pedido for feito depois do

nascimento); iii) documento comprovativo do NIB (talão de multibanco, fotocópia da

primeira folha da caderneta bancária ou de um cheque em branco), caso se pretenda

que o pagamento seja feito por transferência bancária.

Onde requerer? O pedido pode ser efetuado na Segurança Social Direta

preenchendo o formulário online e entregando a documentação digitalizada ou nos

serviços de atendimento da Segurança Social apresentando os formulários em papel

e respetivos documentos anexos. A Segurança Social pode ainda solicitar a

apresentação de prova de rendimentos e documentos adicionais sobre composição

do agregado familiar e residência.

Atenção A Segurança Social deve ser informada, no prazo de 10 dias, nos casos de

aborto espontâneo ou interrupção voluntária da gravidez (IVG).

QUANDO TERMINA?

O apoio termina: se a mãe deixar de residir em Portugal; se terminar o prazo de

validade do comprovativo de residência legal em Portugal, no caso da mãe ser

estrangeira; se houver um aborto espontâneo ou IVG (o pagamento pára no mês

seguinte); no mês seguinte ao do nascimento da criança; se a gravidez durar mais

de 40 semanas; ao fim de 6 prestações mensais, no caso de nascimento prematuro.

A Segurança Social enviou-me uma carta a indicar que não tenho

direito ao subsídio pré-natal. Mas afinal quem tem direito a este

subsídio ou abono? Podem esclarecer-me?

Poupe tempo e apresente o seu pedido de abono pré-natal através da Segurança

Social Direta . Lembre-se de ter à mão o seu NISS e a sua palavra chave.

PAG. 4/8

SUBSÍDIOS

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PAG. 5 www.dicasmagazine.com

Cursos e estágios Para inscrição na Ordem, o proponente TOC tem de efetuar um

estágio profissional, que atualmente tem uma duração mínima de um ano. Em

alguns casos, dependendo da análise da OTOC, o estágio pode ser dispensado por o

TOC ter experiência profissional ou experiência profissional complementada de

determinados cursos complementares igual ou superior a três anos.

Dica Os valores de inscrição na Ordem, dos exames, do registo de sociedades e de

técnicos responsáveis foram atualizados, sendo o valor mais elevado o de pedido de

derrogação do limite de pontuação e custa €500.

Sociedades de profissionais Os sócios de Sociedades de Técnicos Oficias de Contas

têm forçosamente de ser TOC com a inscrição em vigor. Este tipo de sociedades tem

como objeto social a prestação exclusiva de serviços de TOC, sendo que os sócios

desta sociedade não podem integrar outra sociedade do mesmo género. O nome da

sociedade tem de ser composto pelos nomes dos sócios e conter a sigla STOC, ou

por extenso: Sociedade de Técnicos Oficiais de Contas. Em alternativa pode ter o

nome de apenas um sócio, acrescido da sigla “& Associados” (ou associado).

Atenção O pacto social deste tipo de sociedade deve ser submetido à aprovação da

OTOC, sendo que o registo da sociedade não pode exceder os 60 dias após a sua

constituição.

Sociedades de contabilidade Por exclusão de partes, as sociedades de contabilidade

são aquelas que não estão abrangidas nas sociedades de profissionais. Consideram-

se sociedades de contabilidade, por exemplo, as sociedades em que os sócios não

necessitam de ser TOC ou as sociedades cujo objeto social não se limita ao

exercício das funções de TOC. Mesmo que este tipo de sociedade permita outras

práticas, não se pode pôr em “causa a independência e dignidade da profissão” de

TOC. Estas sociedades também carecem de registo junto da Ordem e têm de

nomear um responsável técnico.

Dica Nas sociedades de contabilidade se um dos gerentes for TOC deve ficar como

responsável técnico; caso o gerente não tenha essa habilitação, pode ser qualquer

TOC que tenha contrato de trabalho ou de prestação de serviços com a sociedade.

Qualidade Na aferição dos níveis de qualidade aplicados pelos TOC no desempenho

das suas funções é avaliado, nomeadamente, o modo de exercício de atividade, tal

como previsto no artigo 7.º dos Estatutos do TOC. A aferição desta qualidade é

efetuada com observação de vários requisitos, entre os quais uma ponderação entre

número de clientes e a dimensão da empresa.

Formação Para qualificar os serviços do TOC, houve necessidade de criar linhas

mestras e obrigações no que diz respeito à formação. Inicialmente, a Ordem era a

entidade exclusiva de formações inferiores a 16 horas. Atualmente, essas

formações podem ser ministradas por outros organismos, desde que devidamente

credenciados. Para os TOC em exercício de funções, o mínimo de créditos referente

à formação é 12 por ano.

Quais os requisitos para me tornar um TOC? Que tipo de sociedades

podem os TOC criar? Como se efetua o controlo de qualidade das

mesmas? As consultas à Ordem têm um limite?

O controlo de qualidade de desempenho do TOC passa, entre outros fatores, pela

avaliação da complexidade do trabalho deste e sua competência, instalações da

atividade, formação realizada, podendo-se até efetuar consultas, para verificação de

documentação de clientes a cargo do TOC.

DICAS MAGAZINE

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ANO 2 N.º 9

2013.01.18

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MINI-DICAS

Para o exercício de

funções os candidatos a

TOC devem deter grau de

licenciatura ou superior e

em cursos em que as

cadeiras ministradas

obedeçam às matérias e

número de horas

mínimos constantes no

Anúncio n.º 6060/2010.

O número de consultas

efetuadas pelo TOC

deixou de ser ilimitada,

pelo menos sem

acréscimo de custos.

Assim, cada TOC com a

inscrição válida e as

quotas em dia tem

direito a um máximo de

cinco consultas por ano,

com um máximo de três

perguntas cada.

PAG. 5/8

PROCEDIMENTOS

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Subempreitada O contrato de subempreitada é uma subespécie de contrato com a

característica principal de estar subordinado a outro previamente outorgado, o

contrato de empreitada. O contrato de subempreitada inclui-se na categoria geral

dos subcontratos, onde os dois (empreitada e subempreitada) se mantêm distintos e

não fundidos num só negócio jurídico, embora tenham o mesmo objeto, ainda que

parcial (nomeadamente quando visam a execução de uma parte dos trabalhos que

constituem a obra), e tenham a mesma finalidade (o interesse do dono da obra).

Dica Não determinando a lei quaisquer outros aspetos deste regime, há que atender

desde logo ao contrato celebrado entre o dono da obra e o empreiteiro para saber

se é ou não admissível, a este último, recorrer ao regime da subcontratação e, em

caso afirmativo, em que termos.

O dono da obra tem que autorizar? Estando no domínio da liberdade contratual, as

partes podem estipular se a subcontratação carece de autorização por parte do

dono de obra. Paralelamente, as partes podem determinar também se o dono da

obra deve participar na formalização dos subcontratos.

Subcontratação Não estando impedido pelo contrato, o empreiteiro geral pode

subcontratar trabalhos desde que a empresa subcontratada detenha as habilitações

necessárias para a execução dos mesmos. Se o empreiteiro geral contratar um

subempreiteiro e este não estiver habilitado, incorre na prática do ilícito de

contraordenação muito grave, aplicável também à empresa subcontratada.

Atenção Se a empresa a subcontratar não apresentar as habilitações necessárias

para o trabalho e mesmo assim se proceder à sua execução, pode ser aplicada

medida cautelar de suspensão preventiva, total ou parcial, da atividade, o que inibe

a prática de qualquer ato no âmbito da atividade da construção.

Subcontratação vs. cessão da posição contratual A subcontratação distingue-se da

cessão da posição contratual na medida em que, nesta última, há uma total

transferência da posição assumida num contrato para a 3º. Esta transmissão a

terceiro exige que o contraente, antes ou depois da celebração do contrato,

consinta a transmissão.

E quem é o responsável? Apesar do empreiteiro poder recorrer à figura da

subcontratação, há que lembrar que sem o contrato de empreitada original não

pode haver subempreitada. Consequentemente, cabe ao empreiteiro, em primeira

linha, responsabilizar-se perante o dono da obra. Sendo o subempreiteiro um

elemento da responsabilidade do empreiteiro, obriga-se a seguir as regras do

contrato inicial que lhe dá origem. Desta forma, o subempreiteiro não pode negar

ao dono da obra os meios de defesa que podem ser invocados pelo próprio

empreiteiro, existindo essa autonomia.

Atenção A ausência de relação direta entre subempreiteiro e dono da obra implica

que o dono da obra possa apenas reagir contra o empreiteiro, devendo este depois

reagir contra o subempreiteiro, nos termos do direito de regresso.

Sou dono de uma obra e o empreiteiro quer subcontratar outras

empresas. Queria saber se tenho de fazer contratos com estas

empresas ou se só tenho que autorizar a celebração destes?

O regime das empreitadas de obras públicas é diferente do existente para as obras

privadas. Nas obras públicas, para além de ser limitada a certas situações, a

subcontratação carece sempre de consentimento do dono da obra. Em resultado da

relação contratual estabelecida, a responsabilidade também é, em primeiro lugar, do

empreiteiro e aplicam-se igualmente os termos do direito de regresso.

DICAS MAGAZINE

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ANO 2 N.º 9

2013.01.18

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MINI-DICAS

O contrato de

empreitada (de obra

particular) é um

contrato típico que

encontra a sua disciplina

no Código Civil. É neste

que se define a

subempreitada como o

contrato pelo qual um

terceiro se obriga, para

com o empreiteiro, a

realizar a obra a que

este se encontre

vinculado ou uma parte

dela.

PAG. 6/8

CONTRATOS

Page 7: DMRH | DICAS MAGAZINE RH

PAG. 7 www.dicasmagazine.com

PAG. 7/8

Que elementos devo ter em conta? Antes de tomar a decisão de emigrar, o

interessado deve ter em consideração alguns fatores como:

1. os seus conhecimentos linguísticos tendo como ponto de referência a língua do país e outras utilizadas no dia-a-dia;

2. as suas habilitações, tendo em conta as necessidades laborais do país;

3. se o país pertence, ou não, à União Europeia (UE);

4. custo e qualidade de vida;

5. segurança.

Dica Se possível, ao emigrar, parta já com a garantia do posto de trabalho e de

alojamento, assegurando-se da legitimidade da empresa que o contrata.

Pertence à UE? Dentro do espaço da UE não são necessários vistos ou autorizações

para trabalhar, sendo que o emigrante apresenta os mesmos direitos que no seu

país de origem. No entanto, tal já não acontece em países que não são membros da

UE. Antes de qualquer viagem para o estrangeiro, mesmo com objetivo laboral, é

importante consultar a página de internet ou consulado do país em questão.

Exemplo Em países como o Brasil, Angola, Suíça ou China são necessários vistos e/

ou autorizações de permanência para ficar no país e poder trabalhar.

Procure saber do que precisam! Torna-se cada vez mais frequente a divulgação de

recrutamentos, em Portugal, efetuados por entidades governamentais ou empresas

estrangeiras. Tem vindo a verificar-se que: Alemanha, Angola, Austrália, Brasil,

Canadá, EUA, França, Holanda, Noruega e Reino Unido procuram engenheiros fora

de portas; Reino Unido, Noruega, Alemanha, Austrália e Canadá procuram técnicos

de saúde; Reino Unido, EUA e Médio-Oriente recrutam enfermeiros no estrangeiro;

França procura enfermeiros e médicos; Alemanha, Angola, Canadá, EUA, Holanda e

Noruega necessitam de informáticos; Angola, Brasil e China procuram quadros

técnicos especializados; no Brasil necessitam de arquitetos, designers e consultores;

em Angola e na China procuram-se gestores; e, no Canadá e na Suíça pedem

funcionários para a hotelaria.

Dica Se está interessado em trabalhar em algum outro Estado membro da UE visite

o Portal Europeu da Mobilidade Profissional (EURES) em ec.europa.eu/eures/

home.jsp?lang=pt, e conheça as ofertas de emprego lá publicitadas.

Quanto mais línguas dominar melhor! Com a maior facilidade de movimentação de

trabalhadores, torna-se essencial ser fluente em várias línguas e no que diz respeito

a quadros superiores técnicos, o inglês ou o francês acabam por ser, muitas vezes, a

língua base. No entanto, em campos como a saúde, onde é necessária uma maior

aproximação ao utente, torna-se indispensável ser-se fluente na língua da

comunidade onde se integra.

Atenção Se optar pela China deve dominar bem o inglês e perceber o mandarim ou

cantonês!

Tive de fechar a minha empresa e agora estou desempregado sem

direito ao subsídio de desemprego. Estou a pensar seriamente em

emigrar. Será esta uma boa opção no meu caso?

Se analisarmos os valores das remunerações, por exemplo, na Alemanha, Médio-

Oriente ou no Canadá, estes podem ser até cinco vezes mais elevados do que em

Portugal. Avalie realisticamente o seu custo de vida de modo a ter uma perceção dos

seus gastos e perceber verdadeiramente se vai lucrar ou quanto vai lucrar ao emigrar.

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ANO 2 N.º 9

2013.01.18

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MINI-DICAS

Depois da proposta ter

sido aprovada no

Parlamento Europeu, a

partir de 01 de julho o

preço do uso do

telemóvel em roaming

vai descer dos 35 para

os 29 cêntimos por

minuto nas chamadas

efetuadas, valor

acrescido de taxa de

IVA.

A Alemanha, França,

Reino Unido e países

do Médio-Oriente têm

vindo a recrutar

trabalhadores em

Portugal, prevendo-se

uma continuidade

destas ações.

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Page 8: DMRH | DICAS MAGAZINE RH

Responsáveis editoriais:

Tânia Marques, Gisela Franco

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Por não termos frota, os nossos funcionários utilizam as suas

viaturas ao serviço da empresa. Podemos deduzir os custos com os

seguros, gasolina e manutenção dessas viaturas?

Compensações Considera-se como compensação por deslocações ao serviço da

empresa em viatura própria, a compensação dada aos trabalhadores (através da

atribuição de montante fixo por quilómetro feito) pela disponibilização da sua

própria viatura ao serviço da empresa. Na ausência de um regime geral ou especial

aplicável às relações jurídico-laborais de direito privado na matéria de atribuição

destes abonos, tem vindo a ser aplicado a todos os trabalhadores por conta de

outrem o regime estabelecido para as deslocações dos funcionários públicos ao

serviço do Estado.

As compensações são dedutíveis? A alínea f) do n.º1 do artigo 45.º do CIRC fixa a

não dedutibilidade fiscal das despesas com compensação pela deslocação em

viatura própria do trabalhador, ao serviço do empregador, não faturadas a clientes,

escrituradas a qualquer título, sempre que a entidade patronal não possua, por cada

pagamento efetuado, um mapa através do qual seja possível efetuar o controlo das

deslocações a que se referem aquelas despesas, exceto na parte em que haja lugar

a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo beneficiário. Nesse mapa devem

estar identificados os respetivos locais, tempo de permanência, objetivo e, no caso

de deslocação em viatura própria do trabalhador, identificação da viatura e do

respetivo proprietário, bem como o número de quilómetros percorridos.

Dica Só são dedutíveis as compensações por deslocações que se destinem a fazer

face a outras despesas da empresa, sejam ao serviço da mesma, e,

comprovadamente indispensáveis para a realização dos proveitos da entidade.

Tributação autónoma Por força do previsto no n.º9 do artigo 88.º do CIRC, são

tributados autonomamente os encargos dedutíveis relativos a despesas com

compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da

entidade patronal, não faturadas a clientes e escrituradas a qualquer título, exceto

na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respetivo

beneficiário. O mesmo acontece com os encargos não dedutíveis, nos termos do

disposto no n.º1 do artigo 33.º do CIRS, suportados pelos sujeitos passivos que

apresentem prejuízo fiscal no exercício a que os mesmos respeitam.

IRS Na esfera do trabalhador e de acordo com a alínea d) do n.º3 do artigo 2.º do

CIRS, consideram-se rendimentos do trabalho dependente as importâncias auferidas

pelo uso de automóvel próprio em serviço da entidade patronal, na parte em que

excedam os limites legais (definidos para os funcionários do Estado) ou quando não

sejam observados os pressupostos da sua atribuição aos servidores do Estado.

Atenção É obrigatória a existência de um boletim de itinerário.

Boletim de itinerário A nível fiscal, a compensação pelas deslocações em viatura

própria deve ser fundamentada com base num boletim de itinerário, com os

seguintes dados: i) identificação da viatura e respetivo proprietário; ii) número de

quilómetros percorridos; iii) local de destino e de origem; e, iv) justificação da

deslocação. As assinaturas do trabalhador e dos responsáveis pela receção e

autorização destes boletins devem ser sempre dos próprios e não de terceiros.

Os custos assumidos pela empresa com as despesas suportadas com o seguro ou

reparação da viatura do trabalhador não são aceites pelo fisco, uma vez que a viatura

não pertence à empresa, permitindo-se apenas deslocações. Se ao serviço da

empresa estas deslocações são frequentes, é melhor adquirir um veículo, já que

fiscalmente é mais vantajoso, possibilitando-lhe a dedução dos custos.

DICAS MAGAZINE

RH

ANO 2 N.º 9

2013.01.18

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PAG. 8/8

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