21
DINHEIRO RURAL/130-OUTUBRO-2015 34 AGRONEGÓCIO DO INFLUENTES MAIS OS 100 NOMES DINHEIRO RURAL APRESENTA, NESTA EDIÇÃO DE ANIVER- SÁRIO, A VOZ DO CAMPO, UMA LISTA DAS PERSONALI- DADES QUE SÃO LEMBRADAS E RECONHECIDAS COMO LÍDERES DE UM SETOR QUE É A GRANDE ÂNCORA DA ECONOMIA BRASILEIRA. SAIBA QUEM SÃO E O QUE ELES PENSAM SOBRE OS ATUAIS DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO FOTO: JOÃO CASTELLANO/ISTOÉ POR VERA ONDEI ESPECIAL DINHEIRO RURAL

dinheir o rural 100 - crvlagoa.com.br · de açúcar, Walmart e ambev, assumiu em julho a diretoria-geral da brF no brasil. a empresa, que nasceu em 2009, da fusão entre ... propriedades

Embed Size (px)

Citation preview

dinheiro rural/130-outubro-201534

agronegóciodoinfluentesmais

os100nomes

Dinheiro rural apresenta, nesta eDição De aniver-sário, a voZ Do CaMpo, uMa lista Das personali-DaDes que são leMbraDas e reConheCiDas CoMo líDeres De uM setor que é a granDe ânCora Da eConoMia brasileira. saiba queM são e o que eles pensaM sobre os atuais Desafios Do agronegóCio

foto: João Castellano/Istoé

Por Vera ondei

especial dinheiro rural

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 34 9/21/15 10:19:08 PM

dinheiro rural/130-outubro-2015 35

Julio César de Toledo Piza NeTde Toledo Piza NeTde Toledo Piza Ne oToTa brasilagro, espe-cializada na comercia-lização de terras e no cultivo de lavouras, gerida por fundos de investimentos, tem como diretor o enge-nheiro agrônomo Julio César de toledo Piza toledo Piza tneto. Filho do pecua-rista Júlio César de toledo Piza, ex-presitoledo Piza, ex-presit -dente da bM&F, o executivo é tido como um dos mais talento-sos de sua geração.

eraí Maggi sCheffero produtor eraí Maggi Scheffer, dono do grupo bom Futuro, com sede em rondonópolis (Mt), continua no posto de maior produtor individu-al de soja. em suas fazendas, que somam cerca de 260 mil hecta-res, o cultivo tem rendi-do cerca de 15 milhões de sacas do grão, por safra, sem contar o milho e a criação de gado, outras duas atividades do empresário. nos últimos anos, os esforços de Maggi têm se concentra-do no aumento da produ-tividade da lavoura.

MarCelo CasTelo CasTelo Cas elliSob o comando do enge-nheiro mecânico Marcelo Castelli, a

luiz PreTTuiz PreTTuiz Pre io executivo luiz Pretti, presidente da americana Cargill, vem tendo um ano bastante corrido. Para fortalecer a posição da subsidiária brasileira, foram investidos r$ 640 milhões, em 2014, restan-do para este ano r$ 560 milhões do r$ 1,2 bilhão previsto para os dois anos. boa parte desses investimentos está indo para a melhoria da logís-tica do grupo, principal-mente nas rotas que levam aos mercados asiá-ticos. Presente em 70 países, a Cargill obteve uma receita líquida de r$ 26,2 bilhões, no brasil, no ano passado.

José aNToaNToaNT Nio gorgeNdono do grupo risa, José antonio Gorgen, com quatro fazendas nos estados do Maranhão e Piauí, sempre foi exem-plo de gestão do negócio em sua região. em agos-to, ele ser tornou o pri-meiro produtor desses estados a exportar dire-tamente para a China foram ao todo 66 mil toneladas de soja, volu-me equivalente a 50% de sua atual produção. Mas, até a safra 2017/2018, o projeto é vender toda a produção por conta própria. além da soja, o grupo que faturou r$ 525,9 milhões, no ano passa-do, cultiva milho e sorgo em 55 mil hectares.

atualmente, a produção média na bom Futuro é de 58 sacas da oleaginosa por hectare.

eduardo logelogel MaNNÀ frente do conselho de administração do grupo gaúcho SlC agrícola, que está completando 70 anos, em 2015, o engenheiro mecânico eduardo logemann, vem promovendo

em junho, o valor de mercado do portfolio da brasilagro era de r$ 1,3 bilhão. atualmente, a empre-sa possui 183 mil hec-tares de terras, dos quais 79 mil foram cul-tivados na safra pas-sada, com destaque para soja, milho e cana-de-açúcar.

augusTugusTugus o To T lauro de lauro de loliveira JuNioro executivo augusto lauro de oliveira Junior é a face visível do grupo gaúcho Josapar, dono da marca de arroz tio João, líder tio João, líder tde mercado no País. oliveira Junior é o vice-presidente do grupo, presidido pelo primo luciano adures de oliveira, que rara-mente aparece em público. o faturamento anual da Josapar é de cerca de r$ 1,1 bilhão, obtido em parcerias com produtores do cereal no rio Grande do Sul, fábrica de ferti-lizantes e operações portuárias. nos últi-mos anos, os executi-vos do Josapar vêm estudando uma expan-são além da fronteira do estado e uma das possibilidades é o nordeste.

mudanças na empresa da família, que estão se tornando referência no agronegócio. as certifi-cações, além da ambien-tal e social, colocam a empresa na vanguarda em regiões onde atua. no nordeste, por exem-plo, uma de suas fazen-das foi a primeira a receber as três princi-pais certificações na área de segurança e saúde ocupacional. aSlC é um dos maiores grupos agrícolas do País, com 16 unidades de produção de algodão, soja e milho. na safra 2014/2015 foram cultiva-dos 370 mil hectares.

Fibria, uma das gigan-tes brasileiras na pro-dução de papel e celulo-se, foi selecionada para compor a carteira de ações do índice dow Jones de Sustentabilidade de Mercados emergentes, da bolsa de Valores de nova York, no período 2015-2016. o evento é um precioso indicativo de sua saúde financeira. Com um faturamento de r$ 7,1 bilhões, a Fibria tem capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, tota-lizando 968 mil hectares de florestas nos estados do espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul e bahia.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35Rural130_Especial_primeiraparte.indd 35

dinheiro rural/130-outubro-201536

EspEcial dinheiro rural

EspEcial dinheiro ruralagricultura

Jairo sasas NTos QuarNTos QuarNT Tos QuarTos Quar ieroem meio século, o ex-seminarista gaúcho, Jairo Santos Quartiero, transfor-mou os negócios do pai em um mega impé-rio de arroz e feijão, chamado Camil alimentos, que fatu-rou r$ 925 milhões, no ano passado. Com sede em itaqui (rS), a Camil tem entre seus sócios principais o fundo Gávea investimentos, gerido pelo economista armínio Fraga. aempresa possui 23 fábricas, espalhadas pelo brasil, Chile, Peru, uruguai e argentina, nas quais processa dois milhões de toneladas de arroz, por ano.

daNiel CoNde filho o grupo a/C Café, com a/C Café, com afazendas na região do Cerrado Mineiro, culti-va o café desde 1960. oprodutor daniel Conde

José luís CuTraleo empresário brasileiro José luís Cutrale, que construiu um império da laranja chamado Cutrale, com sede em araraquara,

igor Nogueira alves de Meloo administrador de empresas igor nogueira alves de Melo, 35 anos, é sócio e diretor da fazenda nova Piratininga, no município de São

“há muitos anos, o Brasil apostou em tecnologia aplicada ao campo para alcançar resultados extraordinários de produtividade. Em culturas como a soja, a cana-de-açúcar e as florestas plantadas, o País bate recordes

constantes e é vitrine para o agronegócio mundial. Há, entretanto, ainda muito a pro-gredir e, para que isso aconteça, é fundamental apostarmos em pesquisa e inovação que levem ao aproveitamento de cada hectare plantado, com o menor impacto ambiental possível e respeito às comunidades locais.

Deveria ser compromisso do agronegócio investir, constantemente, no desenvolvi-mento de melhores práticas de manejo, aplicações e equipamentos que garantam a eficiência da produção. E, assim, ampliar nossa competividade no mercado externo e colaborar com a crescente demanda por alimentos e fibras, de uma população mun-dial que vai chegar a nove bilhões de habitantes em 2050. Além disso, o setor tem de investir fortemente na capacitação de sua mão de obra.”

José Carlos grubisiCh, presidente de eldorado Brasil Celulose

Filho, administrador dos negócios, é da ter-dos negócios, é da ter-dos negócios, é da terceira geração da família, realizando um trabalho que se tornou referência em produto de qualida-de. o café arábica, em 8,3 mil hectares, tem como destino a exporta-ção, principalmente visando os mercados premium. São cerca de dez variedades, com uma produção média de cerca de 100 mil sacas, por safra.

no interior paulista, teve sua fortuna avaliada em uS$ 2,6 bilhões, no início deste ano pelo bloomberg billionaires index. os negócios de Cutrele, que atua em todos os elos da cadeia, vão do cultivo de 160 mil hectares de pomares a frota de navios. Com foco no mercado externo, no ano passado a receita estimada com as expor-estimada com as expor-estimada com as exportações de suco foi de uS$ 1,4 bilhão em 2014.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 36Rural130_Especial_primeiraparte.indd 36Rural130_Especial_primeiraparte.indd 36Rural130_Especial_primeiraparte.indd 36Rural130_Especial_primeiraparte.indd 36 9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM9/23/15 4:00:58 AM

dinheiro rural/130-outubro-2015 37

a exCelênCia da produção da peCuária Brasileira se reflete em números gran-diosos. Com um reBanho de 210 milhões de Bovinos, 36 milhões de suínos, 1,3 Bilhão de aves e uma produção de leite de 36 Bilhões de litros, o país desponta no merCado de produção de proteína animal. no ano passado, as exportações do Complexo Carnes garantiram reCei-tas de us$ 17,4 Bilhões.

protEina animal

regiNaldo Morikawanos últimos anos, o executivo reginaldo Morikawa, presidente da Korin, especializada em produtos orgâni-cos, tem buscado ino-vação para produzir alimentos sem agrotó-

flávia faugeresfaugeresfa administradora de empresas Flávia Faugeres, que já passou pelo burger King, Pão de açúcar, Walmart e ambev, assumiu em julho a diretoria-geral da brF no brasil. aempresa, que nasceu em 2009, da fusão entre Perdigão e Sadia, obte-ve uma receita líquida de r$ 29 bilhões, no ano passado. Como a princi-pal executiva no País, Flávia tem a missão de alavancar a marca Perdigão, uma gigante que estava adormecida, cumprindo a restrição do Conselho administrativo de defesa econômica (Cade), desde a fusão das duas companhias.

“Para nós, os anos de 2013 e 2014 foram especialmente bons, porque crescemos de maneira consistente.

Porém, em 2015, o Brasil passa por um momento conturbado na política e na economia, e isso requer cautela. Não é um bom momento para fazer grandes investimentos, nem dar o passo maior que as pernas. Por isso, toda ação deve acontecer de forma criterio-sa. O importante é o produtor e a indústria não desa-nimarem, não desistirem. Estamos caminhando deva-gar, mas avançando.

O segredo nesta hora de crise é aproveitar a taxa cambial. Muitos produtos, como o leite, passam a ter mais competitividade no mercado externo, por exem-plo. O Brasil já é um grande exportador de grãos e de carnes, mas no segmento lácteo ainda não. Acreditamos que esse momento é uma grande opor-tunidade para avançarmos no mercado internacional.”

MarCos e César helou, proprietários do latiCínios Bela vista, em Bela vista de goiás (go)

Miguel do araguaia (Go). Seus parceiros são João alves de Queiroz Filho, do grupo hypermarcas, um colosso que no ano passado faturou r$ 4,6 bilhões, e o empresário Marcelo limírio Gonçalves Filho. desde o final de 2010, alves de Melo vem transforman-do a fazenda de 135 mil hectares, que já perten-ceu a Wagner Canhedo, ex-dono da Vasp, em um empreendimento lucrati-vo e de referência em pecuária sustentável.

xicos, glúten e lactose, mas com sabor. desde o ano passado, Morikawa comanda o projeto Carne Sustentável do Pantanal Korin, em parceria com a associação brasileira de Pecuária orgânica (abPo). a Korin pre-tende comprar 1,6 mil novilhas, por mês, para abastecer seus 1,4 mil pontos de venda, espa-lhados por 23 estados.

wesley e Joesley baTaTa isTisTis aTaTo grupo JbS, que tem à frente Wesley batista, e seu irmão Joesley, res-ponsável pela holding controladora J&F, vem imprimindo um ritmo

forte nos negócios, mesmo em um período de crise econômica, como a atual. a marca dos a marca dos airmãos, espalhada por empresas de proteína animal, cosméticos, comunicações, laticínio, banco e celulose, tem receita anual estimada em r$ 110 bilhões. no primeiro trimestre deste ano, a JbS registrou lucro líquido de r$1,4 bilhão, o dobro da receita obtida em igual período do ano passado.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 37Rural130_Especial_primeiraparte.indd 37Rural130_Especial_primeiraparte.indd 37Rural130_Especial_primeiraparte.indd 37Rural130_Especial_primeiraparte.indd 37Rural130_Especial_primeiraparte.indd 37Rural130_Especial_primeiraparte.indd 37 9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM9/23/15 4:01:21 AM

dinheiro rural/130-outubro-201538

EspEcial dinheiro rural protEina animal

Pedro greNdeNeo empresário gaúcho Pedro Grendene, princi-pal acionista do grupo calçadista Vulcabrás/azaléia e dono da fazen-da ressaca, em Cáceres (Mt), onde cria um reba-nho bovino de 30 mil cabeças, vem mostrando que o sistema de integração lavoura-Pecuária (ilP) pode dar certo na região do Pantanal. neste ano, Grendene colheu sua pri-meira safra de soja, investindo em um mode-lo de sustentabilidade ambiental e econômica replicável em outras propriedades. Com isso, Grendene tem sido uma espécie de garoto-pro-paganda da ilP em uma região com potencial para produzir 1,6 milhão de toneladas de soja, por safra.

MarCos MoliNao presidente do conselho de administração da Marfrig Global Foods, Marcos Molina, vem fazendo um esforço gigantesco recuperar as finanças da segunda maior empresa de proces-samento de bovinos do País. Sua meta é reduzir para r$ 5 bilhões, até o final do ano, a dívida que chegou a r$ 13 bilhões

JoveliNo Carvalho MiNeiro filhoreferência na seleção e melhoramento genético da raça nelore, o empre-

sário Jovelino Carvalho Mineiro Filho, dono de fazendas em São Paulo e Minas Gerais, é hoje uma das lideranças do agro-negócio brasileiro. aos 64 anos, o pecuarista que, também é vice-pre-sidente da associação brasileira de Criadores de Zebu, tem dedicado boa parte do seu tempo para por em prática o seu mais recente projeto. trata-se de um novo centrata-se de um novo cent -tro de pesquisa aplicada em nutrição animal, que será montado em uma fazenda em uberaba, no triângulo Mineiro.triângulo Mineiro.t

ferNaNdo galleTTalleTTalle i de Queiroz a Minerva Foods, a ter- Minerva Foods, a ter- Minerva Foods, a terceira maior processado-ra de carnes do País, presidida pelo adminis-trador de empresas Fernando Galletti de Queiroze, tem navegado em mares relativamen-te tranquilos, em meio a atual economia turbu-lenta . o lucro líquido de r$ 167 milhões no segundo trimestre deste ano foi nove vezes maior que o apurado em igual período de 2014. oresultado é fruto de um pacote de medidas gerenciais implantado por Galletti, baseado em operações que

Carlos viaCavao pecuarista Carlos Viacava, referência na criação de nelore mocho, iniciou um projeto em uma fazenda em Caiuá

miram o crescimento somente se for susten-tável. a capacidade de abate da empresa está em torno de 15 mil bovinos, por dia.

(SP) para mostrar que é possível ter renda com a produção de grãos em uma das áreas de solo mais pobre e arenoso do estado, o oeste pau-lista. Viacava, que é economista e já exer-ceu vários cargos públicos e em entida-des do setor, se uniu à cooperativa parana-ense Cocamar e à unesp, para criar um modelo de recupera-ção de pastagem baseado na integração lavoura-Pecuária-Floresta (ilPF). os primeiros resultados do plantio de soja foram mostra-dos nesta safra.

“nos últimos anos, o agronegócio passou por uma das melhores fases de demanda por commodities da história. Tivemos preços recordes para soja, milho e açúcar,o que fez com que os empreendedores

investissem em produção em todo o mundo. Vários países que não participavam de pautas de exportação entraram nesse mercado,inclusive os africanos. No Brasil, muitas áreas de pastagem foram transformadas em agrícolas, levando pro-gresso ao interior do País, o que foi ótimo.

O problema é que, nesse tempo, o Brasil não fez o seu dever de casa. O gover-no, por exemplo, não investiu em desoneração de impostos dos combustíveis, o que levou a custos altíssimos do frete. Essa ineficiência criou condições para outros paí-ses aumentarem as suas áreas agrícolas, investindo em novas tecnologias.Por isso, precisamos construir uma agenda para resolver os problemas de logística, de impos-tos, sanitários e regulatórios do setor rural. Caso contrário, o Brasil, que iria ser o celeiro mundial, acabará cedendo o posto para outras nações.”

Pedro e riCardo Merola, Confinadores de gado em goiás e donos do açougue feed, em são paulo

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 38Rural130_Especial_primeiraparte.indd 38Rural130_Especial_primeiraparte.indd 38Rural130_Especial_primeiraparte.indd 38 9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM9/23/15 4:01:27 AM

dinheiro rural/130-outubro-2015 39

as fontes renováveis de energia, vindas da agriCultura, ColoCam o Brasil Como modelo mundial de sustentaBilidade. a neCessidade de alterar a matriz energétiCa gloBal tem Criado grandes oportunida-des que mostram um futuro promissor, emBora alguns setores enfrentem adversidades nos dias atuais

EspEcial dinheiro rural bioEnErgia

Caio PeNido dalla veChia e PelersoNos irmãos Pelerson e Caio Penido dalla Vechia, assu-miram a administração

Carlos alberTlberTlber o e To e T luiz aNToaNToaNT Nio PaseTTio PaseTTio Pase i de souza os irmãos Carlos alberto Pasetti de Souza e luiz antonio assumi-ram um grande desafio em 2015: levar adiante o legado deixado por seu pai lair antônio de Souza, fundador da hol-ding Grupasso, que fale-ceu aos 85 anos de idade. entre as empresas do grupo estão o laticínios Xandô, maior produtor de leite do País, a Sucorrico, a Plastirrico e a fazenda Colorado, de araras (SP).

rui ChaMMasnos últimos tempos, o executivo rui Chammas, presidente

aNToaNToaNT Nio MarTio MarTio Mar iNs basTasTas os Tos T filhoa trajetória do criador a trajetória do criador agaúcho de angus, antonio Martins bastos Filho, da cabanha São bibiano, de uruguaiana, se confunde com a histó-ria da raça, no País. oveterinário, que assumiu os negócios deixados pelo pai, em 1960, foi um dos fundadores da associação dos criadores da raça, três anos depois. Mas, o seu melhor trabalho está mesmo no campo. bastos Filho faz parte da elite de pecuaristas que cria-ram um modelo genético destinado aos programas de carne de qualidade.

rubeNs oMeTTeTTe o TTo TTsilveira MelloCom investimentos de r$ 237 milhões, em julho deste ano, a raízen, com sede em Piracicaba (SP), se tor-Piracicaba (SP), se tor-Piracicaba (SP), se tornou a primeira empre-sa no País a fabricar o etanol de segunda geração, a partir de uma usina integrada, que cuida do plantio à venda do produto. Criada pela fusão da Shell e da Cosan, do engenheiro rubens

ometto Silveira Mello, a raízen, é a maior empresa do setor sucro-energético no País. São 61,4 milhões de tonela-das de cana-de-açúcar processadas anualmen-te, em 24 usinas, totali-zando 2,1 bilhões de litros de etanol e 4,1 milhões de toneladas de açúcar.

da biosev, tem afir-mado que seu negó-cio é pensar no longo prazo. isso porque a empresa, braço sucroenergético da francesa louis dreyfus Commodities (ldC), tem investido pesado no setor, levando em conta uma recupera-ção de mercado para o etanol. desde 2011, a biosev já investiu r$ 226 milhões na renovação de canaviais e em mecanização. aempresa, que está entre as maiores do setor, possui 11 usi-nas em quatro polos agroindustriais capa-zes de processar 36,4 milhões de toneladas de cana, por safra.

em 2014. a iniciativa mais a iniciativa mais arecente foi a venda da marca irlandesa de ali-mentos Moy Park para a JbS, por uS$ 1,5 bilhão. uma das estratégias de Molina é investir em novos mercados.

dos negócios deixados pelo avô, Pelerson Soares Penido, falecido em 2009. eles conseguiram trans-formar uma gigantesca fazenda, que sempre foi criadora de bois e históri-ca na pecuária de Mato Grosso, por ser a maior em área contínua, em um modelo de integra-ção com a agricultura. hoje, nos 152 mil hecta-res a pecuária divide espaço com 40 mil hecta-res de cultivo de soja. além disso, os irmãos fizeram uma parceria com a SlC agrícola em 20 mil hectares para o cultivo de lavouras.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39Rural130_Especial_primeiraparte.indd 39 9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM9/23/15 4:01:47 AM

dinheiro rural/130-outubro-201540

luis eduardo PogeTTduardo PogeTTduardo Poge iluís eduardo Pogetti, presidente do conselho de administração da Copersucar, maior comercializadora de açú-car e etanol do mundo, com sede em São Paulo, viu sua companhia acei-ta como membro do World business Council for Sustainable development (WbCSd), integrando-se a um seleto grupo de 200 empresas de globais. o WbCSd é a mais importante instituição em sustentabilidade empresarial no mundo e conta com quase 60 con-selhos nacionais e regio-nais, em 36 países, de 22 setores industriais.

José aroldo gallassiNi À frente da paranaense Coamo, de Campo Mourão, desde 1975, o engenheiro agrônomo José aroldo Gallassini é o responsável por transformar a coopera-tiva em uma das potências do agronegócio da américa latina. Para 2015, Gallassini anunciou que a Coamo, que completa 45 anos, vai investir r$ 109 milhões para ampliar a estrutura de recebimen-to e armazenagem de grãos em suas instala-ções no Paraná, Santa

erasMo Carlos baTTaTTa isTellao Ceo da gaúcha bSbios, erasmo Carlos battistella, de Passo Fundo, sempre apostou no futuro do biodiesel. Sua trajetória como um dos líderes mais ativos do setor tem levado o

fábio veNTurellina contramão da crise, o engenheiro de produção e presi-dente do grupo São Martinho, Fábio Venturelli, vem con-seguindo elevar os negócios da compa-nhia. Venturelli é um dos executivos que tem feito a dife-rença nos negócios da bioenergia. na safra 2014/2015, o lucro líquido da empresa foi de r$ 286 milhões, um aumento de 112% em relação à safra anterior. o grupo, controlado pela família ometto, tem capacidade de moa-gem de 22 milhões de toneladas de cana por safra.

“a bioenergia representa 27,6% da matriz energética brasileira, mas vinha per-dendo espaço para outras fontes. As

iniciativas inovadoras na produção de biomassa e a chegada do etanol de segunda geração (2G), trarão novos paradigmas de produtividade e potencial de crescimento para essa indústria. A cana-energia será um fator transformador, tanto para a produção com-petitiva de etanol 2G, como para a geração de ele-tricidade e vapor industrial.

Há um ano, o Brasil produz o combustível mais limpo do mundo em escala industrial, feito a partir da palha de cana, antes deixada no campo. Se con-siderarmos culturas de cana-energia dedicadas ao 2G, teremos um biocombustível com pegada de car-bono negativa, já nos próximos anos, que poderá substituir a gasolina importada.

A extensão de solo fértil, as condições climáti-cas e a tecnologia disponível, permitem transformar biomassa abundante em energia limpa e barata. É o momento de recolocar o País na liderança mun-dial da agenda de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e da autossuficiência energé-tica. Essa deve ser uma prioridade nacional, para acelerar a recuperação econômica,baseada na pro-dutividade e inovação tecnológica.”

berNardo gradiN, presidente da granBio, empresa que investe no etanol de segunda geração

EspEcial dinheiro rural

EspEcial dinheiro ruralbioEnErgia

empresário ao mereci-do reconhecimento. em agosto, ele rece-beu o prêmio destaque de Comércio exterior, na categoria agronegó-cio, concedido pelo MdiC e pela associação de Comércio exterior do brasil. Com a liderança na produ-ção do biocombustí-vel, a bSbios expor-tou 23 milhões de litros em 2014.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 40Rural130_Especial_primeiraparte.indd 40Rural130_Especial_primeiraparte.indd 40Rural130_Especial_primeiraparte.indd 40 9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM9/23/15 4:02:03 AM

dinheiro rural/130-outubro-2015 41

é de grão em grão que o traBalho da agriCultura familiar pode resul-tar em grandes projetos do agro-negóCio Brasileiro. essa é a prinCi-pal CaraCterístiCa das Cooperati-vas agríColas no país, Com exem-plos na integração de produtores de soja, milho, arroz, feijão, Café, leite, e aves e suínos

José ferNaNdes JardiM Jú

er Jú

erN Jú

NNior

o paranaense José Fernandes Jardim Júnior, presidente da Cocamar, de Maringá, não brinca quando o assunto é eficiência na gestão. engenheiro agrô-nomo de formação, ele foi um dos responsáveis pela implantação na coo-

Carlos alberTlberTlber o To TPauliNo da CosTo da CosTo da Cos a Ta Thá 12 anos à frente da mineira Cooxupé, maior cooperativa de cafeicultores do

fraNs borg o holandês Frans borg, presidente da paranaense Castrolanda, com sede em Castro, é um dos grandes responsáveis pela expansão dos negócios da cooperati-va nos últimos anos. Presente nos segmen-tos de leite, suínos, grãos, sementes e ração, a cooperativa cada vez mais se conso-lida entre as maiores do País. Sob o comando de borg, a Castrolanda atingiu o faturamento de r$ 1,9 bilhão, no ano passado, um crescimen-to de 13% em relação ao período anterior.

coopErativas

“Tenho dito, com frequência, que a saída é o cooperativismo,especialmente no setor primário da economia. O coope-

rativismo mudou o cenário no campo, reduzindo as incertezas que cercam a atividade agropecuária. Para chegar a isso seguiram um longo caminho, que pas-sou pela profissionalização do produtor, a organiza-ção da produção, a eliminação de todos os níveis de intermediação e a busca mais agressiva dos merca-dos. Decisivo, nesse processo de independência, foi a decisão de industrializar a produção primária.

Apesar das dificuldades que marcam o cenário econômico de 2015, o setor primário da economia terá um ano relativamente bom para as cadeias pro-dutivas de suínos, aves e leite. Nossa prioridade e nosso desafio são produzir com qualidade e competi-tividade para conquistar os mercados mundiais. Assim, o agronegócio continuará crescendo, embora a taxas menores. O setor primário, o cooperativismo e o agronegócio darão ao Brasil as condições para superar a crise à médio prazo.”

Mário laNzNasTer, presidente da Cooperativa Central aurora alimentos

Catarina e Mato Grosso do Sul. atualmente, a cooperativa conta com de 27 mil associados.

perativa do novo modelo de gestão profissionaliza-da, que visa modernizar os processos administra-tivos. Com esse novo modelo, a Cocamar pre-tende mais do que dobrar o faturamento, dos r$ 2,6 bilhões para r$ 6 bilhões, em 2020.

mundo,com 12 mil associados espalhados por 200 municípios, o agrônomo Carlos alberto Paulino da Costa, foi reeleito para mais um manda-to na presidência. até 2019, seu desafio é fazer com que a coo-perativa mantenha o crescimento dos últi-mos anos. em 2014, a cooperativa faturou r$ 2,5 bilhões, com lucro líquido de r$ 130 milhões, e preten-de chegar a r$2,9 bilhões, neste ano.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 41Rural130_Especial_primeiraparte.indd 41Rural130_Especial_primeiraparte.indd 41Rural130_Especial_primeiraparte.indd 41Rural130_Especial_primeiraparte.indd 41Rural130_Especial_primeiraparte.indd 41 9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM9/23/15 4:02:16 AM

dinheiro rural/130-outubro-201542

desde 1993, o Brasil saiu do 24º lugar para o 13º no ranking das 25 nações mais produtivas em pesquisas. a agriCultura e a mediCina foram os dois setores que puxaram o país para Cima. mas, os reCursos apliCados ainda são pouCos, CerCa de apenas 1,5% do piB, quando Comparados aos estados unidos, que investem 3%

EspEcial dinheiro rural univErsiDaDE E pEsQuisa

“Água, energia, meio ambiente, alimento e pobreza incorporam grandes desafios a serem enfrentados pela humanidade, nas próximas décadas. Desafios que vão além das fronteiras das nações, como as mudanças

climáticas, que tornam incerta a produção de alimentos e de energia, a estabilidade dos biomas e o futuro das populações mais desamparadas.

O Brasil é o único país no cinturão tropical do planeta que alcançou a posição de potência agrícola. No entanto, a condição tropical tem lá seus ônus. Pragas, doenças, secas ou calor excessivo são estresses que se tornam cada vez mais frequentes. Além de enfrentá-los, teremos de elevar a produtividade da nossa agricultura com tecnolo-gias de baixo impacto, garantindo renda ao produtor.

Em resposta a essa realidade, a Embrapa lidera um amplo diálogo na busca de uma nova 'Aliança para a Inovação Agropecuária no Brasil', envolvendo organizações públicas e privadas de pesquisa, inovação e ensino. Aliança para promover articulação, alinhamento e sinergia em torno de uma agenda de contínuo fortalecimento da agropecuária brasileira.”

MauríCio loPes, presidente da empresa Brasileira de pesquisa agropeCuária (emBrapa)

luiz Nery ribas em abril deste ano, luiz nery ribas, diretor técnico da associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (aprosoja-Mt), assu-miu a presidência do Comitê estratégico Soja brasil (Cesb). Sem fins lucrativos e formado por profissio-nais e pesquisadores de 11 empresas do setor de defensivos e sementes, o Cesb é, hoje, uma das princi-pais entidades que se dedicam a pesquisar o potencial produtivo da soja, no País. e com uma diferença: em vez

José gusTusTus avo Tavo T Teixeira leiTeo engenheiro mecânico José Gustavo teixeira teixeira tleite assumiu o Centro de tecnologia tecnologia tCanavieira (CtC) em 2011, ano em que a enti-dade se tornou uma sociedade anônima para ter mais alternativas na captação de recursos financeiro. teixeira teixeira t

de laboratórios, o Cesb mede a produ-tividade no campo, através de um con-curso entre os agri-cultores. o evento acontece há sete safras consecutivas.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 42Rural130_Especial_primeiraparte.indd 42Rural130_Especial_primeiraparte.indd 42Rural130_Especial_primeiraparte.indd 42 9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM9/23/15 4:02:31 AM

dinheiro rural/130-outubro-2015 43

“Fala-se muito em segurança alimentar: não passa um dia sem que se trate disso em debates, no mundo inteiro. Não é para menos, pois garantir alimentos para a população é também garantia de paz univer-

sal. Por outro lado, muitos estudos a respeito se concentram no abastecimento, suge-rindo medidas importantes para que o alimento chegue a todos os rincões. E nem sempre se analisa o outro lado, anterior e prioritário, que é o da produção.

Quando se olha esse segmento, o Brasil surge com grande potencial supridor de alimentos, além de fibras e energia. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a FAO, a demanda de alimentos crescerá 20%, globalmente, em 10 anos. E para que a oferta acompanhe essa matriz, o Brasil tem de aumentar sua produção exportável em 40%, o que seria possível, dada a nossa tecnologia tropical sustentável, a disponibilidade de terras para aumentar a área cultivada e, sobretudo, pela ação dos nossos agropecuaristas comprometidos com a produtividade e as boas práticas agrícolas.”

roberTo rodrigues, Coordenador do Centro de agronegóCios da fundação getúlio vargas e emBaixador espeCial da organização das nações unidas para alimentação e agriCultura (fao)

Tsai siu Muiem fevereiro do ano passado, a agrônoma e professora da universidade de São Paulo, tsai Siu Mui, se tsai Siu Mui, se ttornou diretora do Centro de energia nuclear na agricultura (Cena/

aNToaNToaNT Nio roQue deCheNem novembro do ano passado, o agrônomo antonio roque dechen se tornou, presidente do Conselho Científico para agricultura Sustentável (CCaS), entidade que reúne profissionais liga-dos a atividades técnico-científicas, com o objeti-vo de se posicionar em relação a temas ligados à sustentabilidade da agricultura. dechen possui um currículo extenso na academia, entre eles o de profes-sor e vice-reitor da esalq/uSP, de Piracicaba. também é também é tautor de oito livros de agronomia, além de orientador de cerca de 40 teses de mestrados e doutorado.

ferNaNdo P. Cardosoo agrônomo Fernando Penteado Cardoso completou 101 anos no dia 19 de setembro. além de empresário, como fundador da

wagNer furTurTur ado Tado T veloso a Fundação dom Cabral (FdC), com sede em belo horizonte e escrtório em São Paulo, rio de Janeiro e Porto alegre, é presen-ça consolidada entre as melhores escolas de negócios do mundo. desde 2012, o presiden-te executivo da entidade é o administrador Wagner Furtado Veloso. no agronegócio, o foco da FdC, é a gestão dos empreendimentos em todas as suas dimen-sões, e com isso tem se colocado na vanguarda dos desafios no campo. nos últimos anos, por exemplo, têm ganhado terreno na FdC os desafios da sucessão familiar no agronegócio, um dos temas mais atu-ais no setor.

Manah, uma das prin-cipais fabricantes de fertilizantes do País, hoje controlada pela bunge, e de ser um dos grandes criadores de nelore, com reba-nho em Minas Gerais, Cardoso é um entu-siasta do ensino e da pesquisa. a Fundação agrisus, criada por ele em 2001, com foco na educação, já deu apoio a cerca de 650 proje-tos, entre eles bolsas de estudos, organiza-ção de eventos e pes-quisas agronômicas.

uSP), o mais impor-tante laboratório desse gênero de pesquisa no País. tsai é a primeira tsai é a primeira tmulher a ocupar o cargo, desde que o centro foi criado, em 1966. após ingressar no Cena, em 1968, a pesquisadora construiu uma extensa carreira acadêmica, na qual sobressai um pós-dou-torado nos estados unidos. no ano passa-do, ela recebeu o prê-mio desafio 2050 no agronegócio, concedi-do pela Faodo pela Faodo pela F .

leite, que já foi execu-tivo de empresas como Phillip Morris, Michelin e Monsanto, coordena várias fren-tes de pesquisa, entre elas a produção de eta-nol de segunda gera-ção, o aumento de pro-dutividade nas lavou-ras e variedades trans-gênicas de cana-de-açúcar, além de ferra-mentas de precisão, máquinas e insumos.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43Rural130_Especial_primeiraparte.indd 43

dinheiro rural/130-outubro-201544

as iniCiativas sustentáveis, aos mostrem que téCniCas e ConCeitos podem mudar a realidade no Campo, se tornam referênCia. são elas que propagam mais faCilmente as Boas prátiCas no Campo

Paulo MouTiNhodesde 2010, o biólogo Paulo Moutinho é o diretor do instituto de Pesquisa ambiental da amazônia (ipam), com sede em belém. o ipam é uma organização cien-tífica que trabalha pelo desenvolvimento sus-tentável da amazônia, acompanhando a dinâ-mica do desmatamento. há 15 anos, Moutinho participa dos debates internacionais sobre mudança do clima, no

MarCo lessa o empreendedor Marco lessa é o ide-alizador de um even-

João César rarar Ndoo agrônomo João César rando é o presidente do instituto nacional de Processamento de embalagens Vazias (inpev). Criado em 2001, para recolher e reci-clar as embalagens de agroquímicos uti-lizados nas lavouras, o inpev ganhou notoriedade como a principal iniciativa em logística reversa

ferNaNdo sasas MPaioMPaioMPdesde que se tornou diretor executivo da associação brasileiras da indústria exportadora de Carne (abiec), há quatro anos, o agrô-nomo Fernando Sampaio vem se des-tacando como uma das lideranças emer-gentes do agronegó-cio. Por seu trabalho à frente da abiec, Sampaio foi escolhido para ser o presidente do Grupo de trabalho trabalho tda Pecuária Sustentável (GtPS), em julho. a entida-de,≠ sem fins lucrati-vos, que nasceu em 2009, é a primeira mesa redonda mundialsobre pecuária susten-tável. Sua missão tem sido analisar e acompa-nhar projetos nas áreas de meio ambiente, sani-dade animal, produção de carne e a atuação dos frigoríficos, no País.

âmbito da Convenção da onu de Mudança Climática. ele é um dos autores da proposta de redução compensada do desmatamento, pela qual os países ricos compensaria financeira-mente os países em desenvolvimento que se esforçam para preser-var as suas florestas.

EspEcial dinheiro rural iniciativa sustEntávElntáv´ntávntáv´ntáv

to que está fazendo com que o País volte a olhar para ilhéus, município do Sul da bahia. Criado em 2009, o Festival internacional do Cacau tem como foco o principal pro-duto da região, o cacau, que em déca-das passadas gerou fortunas, mas que hoje representa pouco na economia. nos últimos anos, agricultores da região começaram a resgatar a condição de produtores de amêndoas de quali-dade e passaram a investir em marcas de chocolate pre-mium, inclusive ganhando prêmios internacionais.

no mundo. neste ano, a previsão é de que sejam recolhidas 45 mil toneladas de embala-gens. Cerca de 100 empresas e nove enti-dades de classe estão associadas ao inpev.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 44Rural130_Especial_primeiraparte.indd 44Rural130_Especial_primeiraparte.indd 44Rural130_Especial_primeiraparte.indd 44 9/23/15 4:02:49 AM9/23/15 4:02:49 AM9/23/15 4:02:49 AM9/23/15 4:02:49 AM9/23/15 4:02:49 AM9/23/15 4:02:49 AM9/23/15 4:02:49 AM9/23/15 4:02:49 AM

dinheiro rural/130-outubro-2015 45

sem as máquinas, implementos, rações, mediCamentos, vaCinas, suple-mentos, sementes, fertilizantes e defensivos agríColas, o Campo produziria muito pouCo. por Contar Com grandes extensões das áreas agríColas e peCuárias de terras fraCas no país, é a teCnologia que salva a lavoura

rodrigo sasas NTosNTosNTo agrônomo rodrigo Santos, que assumiu a presidência da Monsanto, no brasil, em 2013, aos 40 anos, ainda hoje é o mais jovem executivo a ocupar um cargo de direção na empresa americana, que fatura anualmente, no mundo, uS$ 15 bilhões. desde o final do ano pas-sado, Santos vem lideran-do um importante movi-mento de abertura da Monsanto, conhecida por

aNToaNToaNT Nio Carlos zeNo biólogo e fazendeiro antonio Carlos Zen, que em 2011 se tornou

sua aversão aos holofo-tes e reduzida comunica-ção com mercado. amissão de Santos é informar, nos detalhes, tudo que se relaciona à pesquisa sobre a ciên-cia das tecnologias transgênicas da soja e do milho, cujos estudos estejam concluídos.

EspEcial dinheiro rural insumos

“ogrande desenvolvimento da indústria da produção animal é resultado dos progressos nas áreas de genética,

nutrição, sanidade e manejo, que têm estimulado a intensificação dos sistemas de produção. Não há dúvidas, de que essas ações proporcionaram ganhos econômicos e sociais relevantes, nos últi-mos tempos. Entretanto, elas também geraram efeitos adversos, causando danos ambientais e o empobrecimento do bem-estar animal.

Essas consequências negativas têm estimulado certos segmentos da sociedade civil a críticas e campanhas contra a indústria da produção animal. Acreditamos ser possível desenvolver novas estraté-gias para a produção animal, que assegurem bons índices de produtividade e produtos com alta quali-dade, sem colocar o ambiente e o bem-estar ani-mal em risco. Entretanto, isto não é algo simples de ser feito. É necessário, e urgente, o estabelecimento de um novo paradigma para a produção animal. Nessa conta deve estar a promoção do bem-estar humano e animal, respeitando critérios de susten-tabilidade ambiental e garantindo satisfação aos consumidores e rentabilidade aos produtores.”

MaTeus ParaNhos, Coordenador do grupo de estudos e pesquisas em etologia e eCologia animal (etCo), da unesp

o presidente da ameri-cana FMC Corporation, na américa latina, tem sido peça fundamental no crescimento da companhia nos últimos anos. responsável por todas as unidades do grupo na região – de defensivos e ferti-lizantes a químicos especiais –, Zen aju-dou a empresa a alcançar uS$ 3,3 bilhões em receitas, no ano passado. em plena expansão, no mês de abril a FMC concluiu a compra, ini-ciada, no ano passado, da fabricante dina-marquesa de defensi-vos Cheminova, por um valor estimado em uS$ 1,8 bilhão.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45Rural130_Especial_primeiraparte.indd 45

dinheiro rural/130-outubro-201546

EspEcial dinheiro rural insumos

eduardo esTsTs rada whiPPleFormado em engenharia agrícola e de alimento pela California Polytechnic State university, nos estados unidos, eduardo estrada Whipple, presi-dente da alemã bayer CropScience para o brasil e américa latina, quer a liderança da empresa no mercado de sementes e agroquí-micos na região. Para isso, o brasil é funda-mental na estratégia do grupo. desde o ano passado, quando assu-miu o cargo, Whipple vem celebrando parce-rias importantes em pesquisas, com empre-sas como a embrapa. no ano passado, a área agrícola da bayer faturou r$ 5,5 bilhões globalmente, valor 24% acima do ano anterior. Jorge NishiMura

a Jacto, fabricante de tratores, implemen-tos e máquinas agrí-colas, com sede em Pompéia, no interior de São Paulo, é um exemplo de gover-nança corporativa de sucesso. À frente do conselho de adminis-tração do grupo está o engenheiro mecâni-co Jorge nishimura, o caçula dos seis filhos do fundador Shunji

ariel MaffiCom o desafio de ala-vancar a área de nutrição animal da

Paulo herMaNNo engenheiro agrôno-mo Paulo hermann é o presidente da america-na John deere no brasil e vice-presiden-te de marketing para a américa latina, desde 2012. nesses três

nishimura. Jorge foi um dos responsáveis pelas mudanças na gestão da empresa familiar. desde 2006, quanto passou a atuar no conselho, a empresa cresceu 122%, atingindo uma receita de r$ 1,4 bilhão, no ano passado. o segredo do sucesso é a forma de gestão ado-tada por nishimura, que para absorver as crises do mercado aposta no planejamen-to a longo prazo.

“Mesmo com a crise atual, com absoluta certeza a AGCO vê o Brasil de forma muito positiva perante o agronegócio e a América do Sul. Isto porque sabemos que o segmento é fundamental para a economia

brasileira. E também sabemos que ainda é baixa a relação de máquinas agrícolas, tanto de tratores quanto de colhedoras para as áreas cultivadas no País. Por isso, o grau de renovação dessa frota tende a crescer, tão logo este momento de incerteza passe.

O agronegócio está muito descolado dessa situação, sendo um dos segmentos mais saudáveis da economia brasileira, na atualidade. Os agricultores sabem que têm de continuar investindo para poder manter a rentabilidade no negócio. Por isso, nossa visão para 2016 é bastante otimista, o que nos leva a não parar de investir no País. Na média, estamos investindo entre US$ 50 milhões e US$ 150 milhões, por ano, pois sabemos que temos de continuar trazendo mais tecnologia para continuar na liderança.”

berNhard kieP, viCe-presidente para a amériCa latina da agCo, dona das marCas massey ferguson, valtra e gsi

dSM-tortuga, no mercado brasileiro, o argentino ariel Maffi, assumiu, em julho deste ano, a vice-presidência do setor de ruminantes, no brasil. Maffi, que é médico veterinário, atuava no mercado latino americano da MSd, a partir do escritório de buenos aires. Sua vinda ao País faz parte de uma rees-truturação no comando da compa-nhia, agora dividida em segmentos. aholandesa dSM atua em várias fren-tes, entre elas a quí-mica, farmacêutica, cosmética e nutrição animal e humana.

anos, hermann vem imprimindo nas ações da empresa um ritmo forte na incorporação de tecnologias em tra-tores de alta potência e colhedoras modernas para a agricultura de precisão. o executivo está à frente de uma das marcas que mais têm investido na expansão de fábricas e na logística de dis-tribuição, no País. nos últimos anos, foram aplicados uS$ 200 milhões.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 46Rural130_Especial_primeiraparte.indd 46Rural130_Especial_primeiraparte.indd 46Rural130_Especial_primeiraparte.indd 46Rural130_Especial_primeiraparte.indd 46 9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM9/23/15 4:03:13 AM

dinheiro rural/130-outubro-2015 47

vilMar fisTisTis arol Tarol To executivo gaúcho Vilmar Fistarol está desde 2003 no comando para a américa latina da Cnh industrial, do grupo Fiat, dona das marcas Case, new holland e iveco de tra-tores e colhedeiras agrí-colas. o desafio de Fistarol tem sido man-ter acelerada a incorpo-ração das inovações tec-nológicas em máquinas e equipamentos no campo. na Fiat desde 1991, ele conhece profundamente

laérlaérl Cio giaMPaMPaMP Nio agrônomo laércio Giampani, presidente da suíça Syngenta, no brasil, uma das maiores fabricantes globais de defensivos agrícolas do mundo, tem sido um porta-voz das novas tec-nologias. Giampani bate, insistentemente, na tecla de que seus produ-tos ajudam as grandes fazendas, que represen-tam cerca de 20% das propriedades no País, mas, que nas pequenas e médias, um universo de quatro milhões, podem mudar o padrão de pro-dução. Para Giampani, levar esse público ao acesso à tecnologia é uma missão da empresa. não por acaso, para a Syngenta, dona de uma receita global de u$ 15,1 bilhões, em 2014, o brasil foi o seu segundo maior mercado.

edival sasas NTosNTosNTdesde 2013, quando assumiu a presidência da MSd Saúde animal, a subsidiária da americana da Merck & Company, o médico veterinário edival Santos tem estimulado a empresa a ser um modelo de transferência de tec-nologia animal, sem esquecer a gestão e o marketing. São cerca de 140 veterinários no campo com essa missão. em 2008, com a criação da universidade Corporativa, o conheci-mento gerado começou a ser canalizado, mas apenas no setor de bovinos. neste ano, a universidade passou a reunir todos os setores da empresa, incluindo aves, suínos e peixes. no mundo, esse setor da Merck fatura uS$ 42 bilhões por ano.

mico, com faturamen-to de uS$ 74 bilhões, o vice-presidente sênior da unidade de Proteção de Cultivos para a américa latina, eduardo leduc, conhece a empresa como pou-cos. a experiência no trato com pesquisa, fez de leduc, que também é engenheiro agrônomo, uma peça fundamental no desenvolvimento da primeira soja trans-gênica totalmente brasileira, apresenta-da neste ano ao mer-cado. o projeto, que contou com a parceria da embrapa, repre-senta um marco para a ciência brasileira.

eduardo leduChá mais de 30 anos no time basf, a gigan-te alemã do setor quí-

“oBrasil tem se consolidado como fonte importante de alimentos para o mundo, à medida que evolui em

termos de tecnologia, o que permite que sua com-petitividade agrícola ultrapasse as médias de paí-ses líderes. Nos últimos dez anos, por exemplo, a produtividade das safras de soja e milho aumen-tou, 35% e 65%. respectivamente. Temos ainda grandes desafios a serem superados para nos tor-narmos imbatíveis. Infraestrutura, sustentabilidade com o uso eficiente dos recursos naturais, e mudança no marco regulatório brasileiro, permitin-do que o produtor rural utilize as novas tecnolo-gias simultaneamente a seus pares internacionais, são alguns pontos de melhoria.

O agronegócio tem importância fundamental para a economia brasileira. A crença das empre-sas de proteção de cultivos, sementes e biotecno-logia no setor se materializa nos recentes investi-mentos feitos em inovação. Uma atitude colabora-tiva por parte de todos os envolvidos é a fórmula para vencermos esse desafio. Acredito que esta-mos no caminho certo.”

welles PasCoal, presidente da dow agrosCienCes Brasil

as demandas mundiais do setor, e vem condu-zindo a empresa em uma aposta firme na procura pelas chamadas máqui-nas eco-eficientes. trata-trata-tse de um alinhamento com a política mundial da companhia, que no ano passado faturou uS$ 31,2 bilhões.

Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47Rural130_Especial_primeiraparte.indd 47

dinheiro rural/130-outubro-201548

O sistema financeirO é um dOs pilares dO agrOnegóciO. Os bancOs, mais interessadOs nesse cliente chamadO campO, vêm se aprOximan-dO dOs prOdutOres cOm a mesma intensidade que antes era perce-bida apenas nas instituições financeiras estatais

Osmar Fernandes diaso vice-presidente de agronegócios do banco do brasil, osmar Fernandes dias, agrôno-mo que se tornou sena-dor pelo Pdt paranaen-se, entre os anos de 1995 e 2010, e assumiu o atual cargo em 2011, é presen-ça constante em eventos do setor. a missão dada a a missão dada a a

mark Wiessing em maio, o executivo holandês Mark Wiessing desembarcou em São Paulo, para comandar o rabobank brasil. orabobank, o maior banco de cooperativismo do mundo, possui ativos da ordem de uS$ 950 bilhões. Wiessing, que tem 25 anos de experi-ência no mercado finan-ceiro, responde, tam-bém, pelas operações no restante da américa do Sul. o executivo chegou ao brasil, depois de

atuar em mercados emergentes no Sudeste asiático, na África e no leste europeu.

dias pelo presidente do bb, alexandre Corrêa abreu, vem sendo segui-da a risca. o banco esta-tal, do agronegócio, o maior financiador do setor aplicou o montante da ordem de r$ 168 bilhões, no primeiro semestre deste ano, valor 7% superior a igual período de 2014.

EspEcial dinheiro rural finanças

“oagronegócio é uma atividade fantástica por promover e implantar melhorias nas comunidades. O setor garante

comida de qualidade, colabora para a ascensão social e também ajuda a distribuir renda através da geração de empregos. Financiar o agronegócio é fundamental para o seu desenvolvimento. Por isso, as instituições financeiras devem aplicar recursos no setor. No caso das financeiras cooperativadas que têm o crédito rural no DNA, como o Sicredi, os recursos captados no campo contribuem de maneira relevante para o desen-volvimento sustentável de seus associados. Ao mesmo tempo, elas não perdem a sua função que é a de pro-ver o crédito ao produtor. Não por acaso, cerca de três milhões de empreendedores utilizam os nossos produ-tos e serviços financeiros, principalmente nos peque-nos e médios municípios, onde a economia gira em torno do agronegócio. Essa é a razão para termos como foco uma presença nacional, mas visando as necessidades de cada região onde atuamos.”

edsOn geOrges nassar, ceO dO bancO cOOperativO sicredi

alexandre FigliOlinOo agrônomo alexandre Figliolino, formado em 1980 na esalq/uSP, é o

atual diretor de agronegócio do itaú-bba, instituição que atua no atacado finan-ceiro e que pertence ao grupo itaú unibanco, o maior banco privado do País. a lista de clientes de grande porte do itaú bba inclui gigantes como a brF, usina São Martinho, raízen,

Fibria, eth, biosev, JbS, Cosan, Minerva Foods e heringer, entre outros. a experi-ência de Figliolino no setor começou em 1996, quando passou a traba-lhar no bba. atualmente, é um dos analistas mais requisi-tados em palestras e eventos.

Rural130_Especial_Segundaparte.indd 48Rural130_Especial_Segundaparte.indd 48Rural130_Especial_Segundaparte.indd 48Rural130_Especial_Segundaparte.indd 48 9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM9/23/15 4:14:27 AM

dinheiro rural/130-outubro-201550

Responsáveis poR tRaçaR estRatégias e defendeR as causas de seus asso-ciados, as entidades do agRonegócio têm desempenhado um papel funda-mental paRa o desenvolvimento do campo, seja poR políticas necessáRias, seja pelo inteRcâmbio de infoRmações tecnológicas ou de meRcado

ElizabEth FarinaEth FarinaEex-presidente do Conselho administrativo de defesa econômica (Cade), a economista elizabeth Farina, assu-miu, no início de 2013, dois imensos desafios: comandar a união da indústria de Cana-de-açúcar (uniCa), onde a participação feminina é praticamente inexisten-te, e tirar do sufoco um setor em crise, com deze-nas de empresas em situ-ação financeira desespe-radora. aparentemente,

ela atingiu os objetivos. respeitada não apenas entre os empresários do setor sucroenergético, como também nos gabi-netes ministeriais, em brasília, elizabeth conse-guiu em pouco tempo, fazer do etanol objeto das políticas públicas do governo federal.

EspEcial dinheiro rural

EspEcial dinheiro ruralfinanças EntidadEs do agrogonEgócio

luiz Carlos trabuCo Cappidesde 2009, ano em que assumiu o cargo, o exe-cutivo luiz Carlos trabuco Cappi, presidentrabuco Cappi, president -te do bradesco, é figura obrigatória nas listas das personalidades mais influentes do País. Sob sua gestão, o banco da Cidade de deus tem se notabilizado por um cres-cimento acelerado. no ano passado, a instituição lucrou r$ 15,4 bilhões, valor 25,9% acima de 2014. em ativos, são cerca de r$ 1 trilhão. no agronegócio, a instituição atua em várias frentes, do custeio de safra ao financiamento de máqui-nas e a gestão de papeis, como as lCas.

sérgio rialdepois de passar pela presidência do grupo Marfrig, o executivo Sérgio rial vai assumir, no dia 1º de janeiro de 2016, a presidência exe-cutiva do banco Santander. o posto é

estratégico para a insti-tuição espanhola, que lucrou r$ 5,9 bilhões com suas operações no brasil, no ano passado. economista e advogado, rial fez sua carreira no mercado financeiro, mas já ocupou outras posições no agronegócio, além de sua passagem pelo Marfrig. entre elas, estão a participação no conselho de administra-ção da Fertilizantes Mosaic, a diretoria de finanças da Cargill, nos estados unidos, e a pre-sidência da Seara até 2012, quando a empresa foi comprada pela JbS.

MiriaM bElClCl hiordesde fevereiro, a execu-tiva paulista Miriam belchior, ex-ministra do Planejamento, é a presi-dente da Caixa. entre os seus desafios está a aber-seus desafios está a aber-seus desafios está a abertura de capital do banco estatal na bovespa. outro é tornar realidade o plano traçado para che-gar em 2022 ocupando o segundo lugar entre os maiores bancos brasilei-ros com atuação no agro-negócio, atrás apenas do banco do brasil. Para esta safra, a previsão da Caixa é emprestar r$ 10 bilhões ao setor, através de linhas de crédito.

gócio´góciogócio´gócio

José FranCisCo graziano da silva o agrônomo José Francisco Graziano da Silva é um dos raros bra-

sileiros a frente de orga-nismos internacionais de relevo. ex-ministro extraordinário de Segurança alimentar, entre 2003 e 2004, e men-tor do programa Fome Zero, Graziano da Silva foi o primeiro latino-americano eleito para a diretoria-geral da organização das nações unidas para agricultura e alimentação (Faolimentação (Faolimentação (F ), em junho de 2011. Seu desempenho foi elogiado por todos os que acom-panharam a vida do organismo, por colocar na ordem do dia o com-bate à desnutrição no mundo. esse posiciona-mento valeu-lhe a ree-leição para um segundo mandato, com 177 de um total de 182 votos, o melhor resultado da his-tória da Faotória da Faotória da F .

Rural130_Especial_Segundaparte.indd 50Rural130_Especial_Segundaparte.indd 50Rural130_Especial_Segundaparte.indd 50Rural130_Especial_Segundaparte.indd 50

dinheiro rural/130-outubro-201552

entidades do agrogonegocio´́

Eduardo dahEro economista e adminis-trador eduardo daher, diretor executivo da associação nacional de defesa Vegetal (andef), integra a entidade desde 2003. Mas, foi em 2010 que ele assumiu o atual cargo. na andef, a prin-cipal bandeira de daher é mudar a cultura no campo, mostrando que as tecnologias utilizadas de modo correto fazem parte da solução para o avanço da produção sus-tentável. no ano passa-do, o mercado de defensi-vos agrícolas movimen-tou uS$ 12,2 bilhões, para 914 mil toneladas de produtos.

alysson PaulinEllina supersafra de 2014/2015 foram colhidas 209 milhões de toneladas de grãos, cinco milhões de toneladas acima das estimativas iniciais do governo. Segundo o ibGe, a diferença se deve ao desempenho

excepcional do milho, que especialmente nas cha-madas safrinhas, superou todas as expectativas. esse resultado é, sem dúvida, uma vitória pes-soal de um senhor de 79 anos, nascido na pequeni-na bambui, em Minas Gerais. acertou quem cravou o nome do enge-nheiro agrônomo alysson Paulinelli, presi-dente da abramilho. Ministro da agricultura de 1974 a 1979, Paulinelli foi um dos criadores da embrapa e um grande defensor da produção agrícola no Cerrado.

luís Carlos Corrêa CarvalholCorrêa Carvalholuís Carlos Corrêa Carvalhouís Carlos

a frente da associação brasileira do agronegócio (abaG), o agrônomo luís Carlos Corrêa Carvalho dotou a enti-dade de posições políti-cas muito definidas: o produtor precisa ter voz relevante, com peso para reivindicar melhorias em infraes-trutura, aporte tecno-lógico e segurança jurí-dica no campo. Para ele, o século 21 é a era das inseguranças, mas a sociedade continua a chamá-lo de o século da segurança alimentar e energética.

almir dalPasqualPasqualP Ealmir dalpasquale, agri-cultor em Mato Grosso, é presidente da associação dos Produtores de Soja (aprosoja brasil), desde de 2014. a entidade, criaa entidade, criaa -da por um grupo de pro-dutores, na década de 1990, conta com 13 asso-ciadas estaduais e uma agenda política de reivin-dicações, como a melhoria da logística de escoamen-to da safra e segurança jurídica.

“Apecuária brasileira passa por um momento muito positivo. Nunca se viu tanto investimento em genética, nutri-

ção, sanidade e gestão. A tecnologia é a resposta da atividade para a necessidade de aumento da oferta de carne e de leite de qualidade. Na verdade, está aí o ponto chave dos projetos pecuários de sucesso.

Outro fator a ser levado em consideração é a perspectiva de integração da pecuária com a agricultura. O futuro reserva um cenário próspero para o Brasil nesse campo. O mundo conta com o País para atender às suas necessidades de proteínas, grãos, energia e fibra. Acredito que a ABCZ vem dando sua contribuição a esse proces-so, fomentando as raças zebuínas e executando o maior programa mundial de melhoramento genético de zebu.”

luiz Claudio Paranhos, presidente da associação Brasileira dos criadores de ZeBu (aBcZ)

especial dinheiro rurAl

antonio JorgE CamardE CamardE ElliComo presidente da associação brasileira das indústrias exportadoras de Carnes (abieC), o veterinário antonio Jorge Camardelli vem se tornando um persona-gem importante na abertura de novos mer-abertura de novos mer-abertura de novos mercados para a carne bovi-na. nos últimos tempos, ele participou intensa-mente das negociações com a China e, principal-mente, com os estados unidos, um país estraté-gico para o brasil.

gustavo diniz JunquEira o administrador de empresas e mestre em finanças, Gustavo diniz Junqueira, quebrou mui-tos paradigmas ao ser nomeado presidente da

Sociedade rural brasileira (Srb), no iní-cio do ano passado. aos 42 anos, Junqueira, o presidente mais jovem a comandar a entidade, lidera um movimento de renovação no agronegó-cio brasileiro. Sua missão é incentivar a adoção de diretrizes de administra-ção mais modernas no setor, além de propor debates e discussões em prol da profissionalização de todos os elos da cadeia produtiva.

Rural130_Especial_Segundaparte.indd 52Rural130_Especial_Segundaparte.indd 52Rural130_Especial_Segundaparte.indd 52Rural130_Especial_Segundaparte.indd 52

dinheiro rural/130-outubro-201554

Carlos sperottoPresidente da Federação da agricultura do estado do rio Grande do Sul (Farsul), o veterano pecu-arista Carlos Sperotto, 77 anos, é uma liderança his-tórica para os produtores rurais gaúchos, que o vêm reconduzindo ao comando da entidade desde de 2000. não há questão relativa ao campo em que ele não esteja envolvido. no entanto, dois temas têm exigido particularmente sua aten-ção: segurança no campo, infestado por roubo, e seguro rural.

FranCisCo turraFormado em direito pela universidade de Passo Fundo, o gaúcho Francisco turra, 73 turra, 73 tanos, já esteve do outro lado da porteira, tendo ocupado o posto de ministro da agricultura, entre 1998 e 1999, no primeiro mandato do presidente Fernando henrique Cardoso. no lado de cá, turra ganhou turra ganhou to respeito de seus pares, como uma das maiores autoridades da avicultu-ra e da suinocultura, à frente da associação brasileira de Proteína animal (abPaPaP ), criada em 2014 para unificar as demandas desses dois setores. em setembro, no equador, turra foi turra foi treeleito pela terceira vez consecutiva vice-presi-dente da associação latino-americana de avicultura (avicultura (a ala).

robério oliveira silvaeleito em 2011 diretor-executivo da organização internacional do Café (oiC), com 80% dos votos dos países produtores, o economista mineiro robério oliveira Silva, deve ficar à frente da ins-tituição até o ano que vem, como representante do brasil, o maior expor-rasil, o maior expor-rasil, o maior exportador mundial da cultura e principal financiador da entidade. oliveira Silva é o responsável pelo moni-toramento mundial da produção do café.

Fábio Meirellesum dos mais longevos dirigentes sindicais do patronato do campo e produtor rural na região de ribeirão Preto, Fábio Meirelles atua na Federação da agricultura e Pecuária do estado de São Paulo, desde 1975, quando se tornou presi-dente da entidade. São

entidades do agrogonegocio´́

especial dinheiro rural

MárCio lopes de Freitaslopes de FreitaslPresidente da organização das Cooperativas do brasil (oCb), a partir de 2001, Márcio lopes de Freitas está envolvido com o cooperativismo desde 1994. lopes de Freitas tem defendido, a melhoria e profissio-nalização na gestão das cooperativas, um meio de trazer mais renda ao produtor.

Maurílio biagi Filho a trajetória como emprea trajetória como emprea -sário do setor sucroener-sário do setor sucroener-sário do setor sucroenergético de Maurílio biagi Filho, presidente do grupo Maubisa, de Sertãozinho (SP), fez dele uma personalidade

Paulo tem peso impor-tante no agronegócio, nem sempre correta-mente avaliado, em fun-ção do alto grau de industrialização e de crescimento do setor de serviços. Para 2015, o Valor bruto da Produção (VbP) Paulista está esti-mado em r$ 61,21 bilhões, atrás, apenas, de Mato Grosso.

“a realidade econômica vivida atualmente pelo Brasil, com o desgoverno das con-tas públicas, o desequilíbrio da moeda

e a alta cambial, causa um ambiente de incerteza em todo o setor produtivo. Porém, mesmo diante deste cenário de crise, a máxima segundo a qual quem faz o dever de casa corretamente colhe bons frutos, está cada vez mais evidente, quando se trata da agropecu-ária, única atividade a manter superávit na balança comercial brasileira. Está aí o orgulho de ser produtor rural, tarefa responsável por garantir alimento ao mundo. A despeito da enormidade de gargalos que os produtores rurais brasileiros enfrentam – inversamente proporcional ao volume de incentivos –, estou convicto de que este é o setor que está no caminho certo para trazer a transformação de que o País necessita.”

rui Carlos ottoni prado, presidente da Federação da agricultura e pecuária do estado de Mato grosso

solicitada para integrar os conselhos de entidades do agronegócio. hoje, biagi Filhoe faz parte de 13 conselhos, além de dirigir o departamento de Cana-de-açúcar da Sociedade rural brasileira. biagi Filho é um otimista. defensor da prioridade ao investi-mento em infraestrutu-ra, ele acredita que a tendência do agronegó-cio é de crescimento, a despeito dos altos e bai-xos da economia.

Rural130_Especial_Segundaparte.indd 54Rural130_Especial_Segundaparte.indd 54Rural130_Especial_Segundaparte.indd 54Rural130_Especial_Segundaparte.indd 54

dinheiro rural/130-outubro-201556

As Ações governAmentAis são imprescindíveis pArA A AgropecuáriA. sem políticAs públicAs AdequAdAs, o esforço dA produção pode se perder por fAltA de gestão, crédito, infrAes-truturA, logísticA e segurAnçA jurídicA

Marcos Montes eleito pelo PSd de Minas Gerais para um

eduardo corrêa riedel Pecuarista e agricultor, eduardo Corrêa riedel afastou-se da presidência da Federação da agricultura do Mato Grosso do Sul (Famasul), no início deste ano, para assumir a o posto de Secretário de Governo e Gestão estratégica do estado, a convite do governador reinaldo azambuja (PSdb). À frente da pasta, riedel, admirado por sua capaci-dade de articulação, tem

atuado intensamente na mediação dos conflitos fundiários entre índios e produtores rurais, que envolvem mais de 100 fazendas em litígio no MS. Graduado em Ciências biológicas, com mestrado em Zootecnia, atualmente está licencia-do de sua empresa, a Sapé agropastoril.

terceiro mandato, o deputado federal Marcos Montes, é o presidente da Frente Parlamentar da agropecuária. um dos lobbies mais poderosos do Congresso nacional, a Frente conta com exército de 250 parla-mentares de vários partidos. Formado em medicina, a principal missão de Montes é discutir as propostas de emenda à Constituição (PeCs) 215 e 71, que trami-tam na Câmara Federal e no Senado, respectivamente. Polêmicas, as iniciati-vas tratam de temas como a demarcação de terras indígenas e a indenização de pro-priedades legalmente ocupadas a serem demarcadas pela Fundação nacional do Índio (Funai).

governo

especial dinheiro rural

Kátia abreu Senadora pelo PMdb do estado do tocantins, a tocantins, a tpecuarista e psicóloga

“a grande vocação do Brasil é produzir, de forma sustentável, cada vez mais ali-mentos. Nossos produtores são obstina-

dos, focados e superam as dificuldades com muita habilidade. A agropecuária é, sem dúvida, destaque na economia nacional, respondendo por 21,3% do Produto Interno Bruto e por 43% do total exportado pelo País.

Entretanto, em razão da precária situação da infraestrutura logística, a agropecuária encontra entra-ves à sua expansão. O grande desafio é termos uma infraestrutura logística eficiente para que o Brasil possa seguir seu caminho de aptidão como o grande celeiro da produção agropecuária.”

carlos Fávaro, vice-governAdor do estAdo de mAto grosso e produtor rurAl em lucAs do rio verde (mt)

José Paulo dornelles cairolio gaúcho José Paulo dornelles Cairoli é o que se poderia chamar de um híbrido nos meios empresariais e políticos. executivo do grupo ipiranga, com experiência de mais de 30 anos em administra-ção de empresas, é tam-bém proprietário da reconquista agropecuária, onde faz agricultura e cria gado angus. atual vice-governador do rio Grande do Sul, já este-ve à frente de entidades importantes como a associação brasileira de angus (aba).

goiana Kátia regina abreu, licenciou-se do mandato para assumir o comando do ministério da agricultura, Pecuária e abastecimento (Mapa). ex-presidente da Confederação nacional da agricultura (Cna), Kátia disse a que veio já nos primeiros meses à frente do Mapa, ao con-seguir manter incólume, em pleno ajuste fiscal, o Plano de Safra 2015/16, que prevê investimentos de r$ 187,7 bilhões para o custeio da produção.

Rural130_Especial_Segundaparte.indd 56Rural130_Especial_Segundaparte.indd 56Rural130_Especial_Segundaparte.indd 56Rural130_Especial_Segundaparte.indd 56

dinheiro rural/130-outubro-201558

As consultoriAs pArA o Agronegócio, cAdA vez mAis especiAli-zAdAs, podem Abrir portAs pArA o sucesso. independentemente do tAmAnho, umA propriedAde necessitA de governAnçA e esses profissionAis podem ser o cAminho mAis curto pArA AcertAr os rumos de um empreendimento

Sérgio De Zenreferência nacional no acompanhamento eco-nômico de 18 mercados agrícolas, o Centro de estudos avançados em avançados em aeconomia aplicada (Cepea/esalq/uSP), de Piracicaba,no interior paulista, também tem entre os serviços pres-tados as consultorias especiais. Sérgio de Zen, que há 21 anos coordena o “indicador do boi gordo esalq/bM&Fbovespa” está

entre as estrelas desse time. neste ano, por exemplo, de Zen come-çou a apresentar os pri-meiros resultados de uma pesquisa inédita encomendada pela abCZ, para medir o impacto econômico do emprego de genética melhoradora no reba-nho nacional.

EspEcial dinheiro rural consultorias

JoSé LuiZ TeZ TeZ J TeJ Te on MegiDoJosé luiz tejon tejon tMegido é jornalista,

publicitário, professor, palestrante e autor de mais de 30 livros. além de transitar entre as produções culturais, o desenvol-vimento pessoal e pro-fissional, e as áreas de venda e marketing, tejon Mejido tem tejon Mejido tem tacesso livre ao agro-negócio. entre suas credenciais figuram o fato de ser um dos fundadores da associação brasileira de Marketing rural & agronegócio, coorde-nar o núcleo de estudos de agronegócio da eSPM, em São Paulo, e ser um dos diretores do Conselho Científico para a agricultura Sustentável, entre outros postos.

“o Brasil tem a oportunidade de rees-truturar o seu modelo de desenvolvi-mento com um novo projeto calcado

em atividades ligadas ao uso sustentável de seus recursos naturais. Em tempo de ajuste e dificulda-des geradas pelo avanço desmesurado do setor público sobre o privado, a agropecuária representa, novamente, a âncora que sustenta a atividade pro-dutiva, o equilíbrio da balança comercial e a pre-servação do emprego.

O País precisa se posicionar como o campeão mundial da produção sustentável de alimentos e de energia de biomassa, buscando o justo reconheci-mento por avanços conquistados de forma silenciosa e despretensiosa. Há muita tecnologia e conhecimen-to por trás do que é hoje realizado na agropecuária. Mas, ainda, podemos agregar mais valor, e avançar na transformação de bens primários em produtos processados, valorizando o papel de cada elo da cadeia de produção e comercialização.”

PLínio naSTari, presidente dA consultoriA dAtAgro

Maurício PaLMa nogueirano comando da área de pecuária da agroconsult, sediada em Florianópolis, o engenheiro agrônomo Maurício Palma nogueira, se tornou

um dos analistas mais conceituados no País por sua participação no desenvolvimento da maior expedição técni-ca privada do brasil, o rally da Pecuária. iniciado em 2004, o projeto voltou de cara e metodologia novas, em 2011, a com ajuda de nogueira. o consul-tor costuma passar os meses de abril, maio e junho fora de casa, para checar in loco as condições da produção pecuária nacional.

Rural130_Especial_Segundaparte.indd 58Rural130_Especial_Segundaparte.indd 58Rural130_Especial_Segundaparte.indd 58Rural130_Especial_Segundaparte.indd 58Rural130_Especial_Segundaparte.indd 58Rural130_Especial_Segundaparte.indd 58 9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM9/23/15 4:17:47 AM

dinheiro rural/130-outubro-2015 59

em épocAs de informAção à velocidAde de um piscAr de olhos, o Agronegócio tem feito de tudo pArA se ApresentAr melhor Ao público A quem ele se destinA: o consumidor. exemplos é o que não fAltA desse trAbAlho pArA melhorAr A imAgem dA produção no cAmpo, sobretudo nos centros urbAnos

Maria eugênia caMPacchi MPacchi MP rochaCom os slogan “Carne confiável tem nome”, e a figura do ator glo-bal tony tony t ramos apa-recendo de hora em hora na tevê, a geren-te de marketing da

EspEcial dinheiro rural comunicação E markEting

FLávio Lávio L aZeveDoespecialista em reinven-tar a comunicação de grandes nomes do agro-negócio, entre eles a do produtor blairo Maggi, da brF e da Monsanto, o publicitário paulista Flávio azevedo, sócio da agência GiG, está ajudando a transformar a imagem da carne bra-sileira lá fora. desde 2011, a abieC usa nas campanhas internacio-nais, o projeto “brazilian beef, naturally good”, criado por ele.

Luciano BuSaSaS TaTa o To T vignoLio publicitário gaúcho e sócio-fundador da agên-cia e21, de Porto alegre, em parceria com um de seus clientes, a basf, emplacou um dos gran-des fenômenos da comu-nicação no agronegócio,

divisão de carnes do grupo JbS, Maria eugênia Campacchi rocha, revolucionou a comunicação aos con-sumidores de proteí-na animal. desde março de 2013, ela é o nome por trás da maior campanha de geração de marca no agronegócio. antes da JbS, em 11 anos de carreira, Maria eugênia já havia pas-sado por outras gigantes do setor, como a bunge, a Cargill e a Marfrig.

SiMone roDrigueSCom mais de 20 anos de atuação no mercado publicitário rural, Simone rodrigues, da agência Make, de Campinas (SP), reúne em seu portfólio uma clientela de peso no agronegócio, como Merial, FMC, Cargill, tortuga, tortuga, tKleffmann, Gerdau, Scania, Zoetis e o Centro de tecnologia Canavieira. tecnologia Canavieira. ta publicitária, sempre a publicitária, sempre amostra inovação nas peças que cria.

nas redes sociais. o vídeo “um planeta faminto e a agricultura”, lançado em dezembro de 2010, foi visto por milhões de pes-soas. em linguagem moderna e divertida, a peça presta uma home-nagem ao produtor rural, que vem sendo continua-mente desafiado a culti-var mais alimentos. ao extrapolar a área do agronegócio e cair no gosto da população urbana, a campanha ganhou notoriedade, indo parar na tevê, nos jornais e no cinema.

Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59Rural130_Especial_Segundaparte.indd 59