Direito Administrativo - Licitações - Barchet

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    AULA 9 : CONTRATOS E LI CI TAES

    A hora e a vez da famigerada Lei 8.666/93: licitaes e contratos da AdministraoPblica. Como coadjuvante, a Lei 10.520/2002: o prego.

    Questo 01

    (TRF/2002) Os contratos administrativos, regidos pela Lei n 8.666/93, poderoser alterados unilateralmente pela Administrao contratante, com as devidasjustificativas, quando

    a) houver modificao do projeto ou das especificaes, para melhor adequaotcnica aos seus objetivos.

    b) por ser conveniente a substituio da garantia de sua execuo.

    c) necessria a modificao do regime de execuo da obra ou do servio, bem comoao modo de fornecimento, em face da verificao tcnica da inaplicabilidade dostermos contratuais originrios.

    d) necessria a modificao da forma de pagamento, por imposio de circunstnciassupervenientes.

    e) para restabelecer a relao que as partes pactuaram inicialmente entre osencargos do contrato e a retribuio da Administrao, objetivando manter oequilbrio econmico-financeiro inicial do contrato.

    Gabarito: A.

    Comentrios:

    O art. 58 da Lei 8.666/93 (Lei de Normas Gerais sobre Licitaes e Contratos daAdministrao Pblica) estabelece as prerrogativas especiais que possui aAdministrao ao celebrar contratos administrativos, as quais so mais conhecidascomo clusulas exorbitantes.

    A primeira clusula exorbitante prevista no art. 58 a prerrogativa conferida Administrao para alterar, por ato unilateral, os contratos administrativos. Nostermos do dispositivo, de modific-los, unilateralmente, para melhor adequao sfinalidades de interesse pblico, respeitados os direitos do contratado.

    Aps a previso genrica do art. 58, a Lei 8.666/93 estabelece no art. 65 as regraspara a utilizao desta prerrogativa.

    O primeiro inciso deste artigo especifica que a Administrao poder alterarunilateralmente os contratos administrativos:

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    1) quando houver modificao do projeto ou de suas especificaes, paramelhor adequao tcnica aos seus objetivos (hiptese de alterao qualitativa);

    2) quando necessria a modificao do valor contratual em funo de acrscimo oudiminuio quantitativa de seu objeto (hiptese de alterao quantitativa).

    Logo a seguir, no pargrafo primeiro do art. 65, so estipulados os limites no caso dealterao quantitativa em contratos de obras, compras ou servios. Os limites soos seguintes:

    1) 25% de acrscimo ou de reduo do valor inicial atualizado do contrato;

    2) 50% de acrscimo no caso de reforma de edifcio ou de equipamento (asredues permanecem em apenas de 25%);

    O pargrafo segundo do mesmo artigo, por sua vez, permite que o objeto docontrato seja reduzido em qualquer percentual, mediante acordo entre as partes.

    No caso, no se trata de alterao unilateral.

    Bandeira de Mello enftico em assinalar que os limites percentuais definidos na leiaplicam-se somente alterao quantitativa do objeto do contrato, quando este aumentado ou reduzido, no abrangendo a alterao qualitativa. Porm, enfatiza queisso no significa que nessa hiptese no existam limites. So suas as seguintesconsideraes:

    Isto no significa, entretanto, total e ilimitada liberdade para se modificar o projetoou suas especificaes, pena de burla ao instituto da licitao. Estas modificaes sse justificam perante circunstncias especficas verificveis em casos concretos,quando eventos supervenientes, fatores invulgares, anmalos, desconcertantes de

    sua previso inicial, vm a tornar inalcanvel o bom cumprimento do escopo que oanimara, sua razo de ser, seu sentido, a menos que, para satisfatrio atendimentodo interesse pblico, se lhe promovam alteraes.

    Fechando a matria, oportuno transcrever as hipteses em que a Lei autoriza (art.65, II) a alterao bilateral do contrato. Isto pode se dar:

    a) quando conveniente a substituio da garantia da execuo;

    b) quando necessria a modificao do regime de execuo da obra ou do servio,bem como do modo de fornecimento, em face da verificao tcnica dainaplicabilidade dos termos contratuais originrios;

    c) quando necessria a modificao da forma de pagamento, por imposio decircunstncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada aantecipao de pagamento, com relao ao cronograma financeiro fixado, sem acorrespondente contraprestao de fornecimento de bens ou execuo de obra ouservio;

    d) para restabelecer a relao que as partes pactuaram inicialmente entre osencargos do contratado e a retribuio da Administrao para a justa remuneraoda obra, servio ou fornecimento, objetivando a manuteno do equilbrioeconmico-financeiro inicial do contrato, na hiptese de sobrevirem fatosimprevisveis ou previsveis porm de consequncias incalculveis, retardadores ou

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    impeditivos da execuo do ajustado, ou ainda, em caso de fora maior, caso fortuitoou fato do prncipe, configurando lea econmica extraordinria e extracontratual.

    Sntese do Comentrio:

    1) a prerrogativa que possui a Administrao de alterar unilateralmente os contratosadministrativos a primeira das clusulas exorbitantes prevista na lei, no art. 58, eregulada no art. 65;

    2) a Administrao est autorizada a modificar os contratos administrativos por atounilateral:

    - quando houver modificao do projeto ou de suas especificaes, para melhoradequao tcnica aos seus objetivos (hiptese de alterao qualitativa);

    - quando necessria a modificao do valor contratual em funo de acrscimo oudiminuio quantitativa de seu objeto (hiptese de alterao quantitativa).

    3) No caso de alterao quantitativa (na qualitativa no), os limites so osseguintes:

    - 25% de acrscimo ou de reduo do valor inicial atualizado do contrato;

    - 50% de acrscimo no caso de reforma de edifcio ou de equipamento (as reduespermanecem em apenas de 25%);

    4) a Lei tambm autoriza, agora mediante acordo entre as partes, que haja reduodo objeto contratado, em qualquer percentual;

    5) por fim, cabe citarmos as demais hipteses em que se autoriza a alteraobilateral do contrato:

    a) quando conveniente a substituio da garantia da execuo;

    b) quando necessria a modificao do regime de execuo da obra ou do servio,bem como do modo de fornecimento, em face da verificao tcnica dainaplicabilidade dos termos contratuais originrios;

    c) quando necessria a modificao da forma de pagamento, por imposio decircunstncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada aantecipao de pagamento, com relao ao cronograma financeiro fixado, sem acorrespondente contraprestao de fornecimento de bens ou execuo de obra ou

    servio;d) para restabelecer a relao que as partes pactuaram inicialmente entre osencargos do contratado e a retribuio da Administrao para a justa remuneraoda obra, servio ou fornecimento, objetivando a manuteno do equilbrioeconmico-financeiro inicial do contrato, na hiptese de sobrevirem fatosimprevisveis ou previsveis porm de consequncias incalculveis, retardadores ouimpeditivos da execuo do ajustado, ou ainda, em caso de fora maior, caso fortuitoou fato do prncipe, configurando lea econmica extraordinria e extracontratual.

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    Questo 02

    (Tcnico da Receita Federal/2003) - As normas gerais, relativas a contratos

    administrativos, contidas na Lei n 8.666/93, assim como as prerrogativas conferidas Administrao, em razo do seu regime jurdico, aplicam-se aos de seguro, definanciamento e de locao (em que o Poder Pblico seja locatrio), no que couber.

    a) Correta a assertiva.

    b) Incorreta a assertiva, porque esses contratos, desde que a Administrao sejaparte, so todos e por inteiro regidos pela Lei n 8.666/93.

    c) Incorreta a assertiva, porque esses contratos, mesmo tendo a Administraocomo parte, so todos regidos, exclusivamente, pelas normas de direito privado.

    d) incorreta a assertiva, porque desses contratos s os de locao so regidos pelaLei n 8.666/93, pois os de seguro e financiamento subordinam-se, inteiramente, s

    normas de direito civil.

    e) Incorreta a assertiva, porque o regime jurdico da Lei n 8.666/93 s se aplica aoscontratos em que a Administrao for parte contratante, e no nesses casosindicados.

    Gabarito: A.

    Comentrios:

    Antes de analisarmos propriamente o enunciado, devemos apresentar as duasmodalidades de contratos celebradas pela Administrao, os (1) contratosadministrativos ou de direito pblico e os (2) contratos de direito privado

    Para tanto, nos valeremos da lio da professora Maria Sylvia Zanella di Pietro:

    Diz a Autora:

    A expresso contratos da Administrao utilizada, em sentido amplo, paraabranger todos os contratos celebrados pela Administrao Pblica, seja sob regimede direito pblico, seja sob regime de direito privado. E a expresso contratoadministrativo reservada para designar to somente os ajustes que aAdministrao, nessa qualidade, celebra com pessoas fsicas ou jurdicas,

    pblicas ou privadas, para a consecuo de fins pblicos, segundo regimejurdico de direito pblico .

    Costuma-se dizer que, nos contratos de direito privado, a Administrao se nivela aoparticular, caracterizando-se a relao jurdica pelo trao da horizontalidade e que,nos contratos administrativos, a Administrao age como poder pblico, com todo oseu poder de imprio sobre o particular, caracterizando-se a relao jurdica pelotrao da verticalidade.

    Sintetizando a lio da Autora, temos, de um lado, os contratos administrativos, nosquais a Administrao persegue um fim de interesse coletivo, em funo do que gozade supremacia perante o particular; e, de outro, os contratos de direito privado

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    celebrados pela Administrao, nos quais ela no est na busca de um interessepblico propriamente dito, em funo do que se encontra juridicamente parificadacom o particular, numa situao marcada pela isonomia.

    Pois bem, a partir desta diferenciao, ser que podemos afirmar que aos contratosde direito privado (seguro, financiamento etc) tambm se aplicam as normasgerais sobre contratos e as prerrogativas da Administrao (clusulasexorbitantes) previstas na Lei 8.666/93? Sim. A afirmao trazida no enunciadoest correta.

    Isto decorre de expressa disposio da Lei, que determina, no pargrafo terceiro doart. 62, que sejam aplicadas as disposies dos art. 55 e 58 a 61, e demaisnormas gerais, no que couber:

    I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locao em que o Poder Pblico

    seja locatrio, e aos demais cujo contedo seja regido, predominantemente, pornorma de direito privado;

    II - aos contratos em que a Administrao for parte como usuria de serviopblico.

    O dispositivo expressamente fala na aplicao das normas gerais. As prerrogativas,as clusulas exorbitantes, esto previstas no art. 58 da Lei. Logo, no h dvida deque o enunciado est efetivamente correto.

    Voc, contudo, pode estar em dvida acerca da aplicao das clusulas exorbitantesaos contratos de direito privado celebrados pela Administrao (de seguro, definanciamento, de locao, em que a Administrao seja locatria, entre outros). Se

    as clusulas exorbitantes nada mais so que prerrogativas conferidas Administrao a fim de assegurar-lhe uma posio superior frente ao administrado,como elas podem existir nos contratos de direito privado, que tem comocaracterstica maior a isonomia?

    Simples: quando a prpria legislao de direito privado admitir que uma daspartes goze de certas prerrogativas com relao outra. isso que significa aexpresso no que couber expressamente utilizada na Lei. Assim, por exemplo,poder um ente administrativo celebrar um contrato de seguro em que haja umaclusula lhe autorizando a rescindir unilateralmente o contrato em certas hipteses(a resciso unilateral outra clusula exorbitante prevista na Lei de 8.666/93),desde que na legislao que regula o contrato de seguro (de direito privado) tenha

    uma norma autorizando a estipulao desta clusula.

    Sntese do Comentrio:

    1) dentro do gnero contratos da Administrao temos duas modalidades decontratos, os administrativos ou de direito pblico, em que a Administrao busca asatisfao de um interesse pblico, em vista do que se situa em posio juridicamente superior a do particular; e os de direito privado, em que aAdministrao no est visando a um interesse propriamente pblico, em face doque se encontra em posio de isonomia perante o particular;

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    2) apesar desta diferenciao, que vlida, a Lei 8.666/93 determinou que se aplica,no que couber, as normas gerais e as clusulas exorbitantes nela previstas (1) aoscontratos de seguro, de financiamento, de locao em que o Poder Pblico sejalocatrio, e aos demais cujo contedo seja regido, predominantemente, por normade direito privado; e (2) aos contratos em que a Administrao for parte comousuria de servio pblico;

    3) as clusulas exorbitantes da Lei 8.666/93, bom que percebamos, s seroaplicadas aos contratos de direito privado (contratos cujo contedo seja regidopredominantemente por norma de direito privado, na terminologia da Lei) se foremcompatveis com a legislao de direito privado que regular o referido contrato.

    Questo 03(Analista Judicirio - TRT - 7 Regio 2003) - Na hiptese de rescisoadministrativa do contrato administrativo, provocado pela ocorrncia de caso fortuitoou fora maior, sem que tenha havido culpa do contratado, este ter direito sseguintes parcelas, salvo:

    a) lucros cessantes.

    b) prejuzos regularmente comprovados.

    c) devoluo de garantia.

    d) pagamento do custo da desmobilizao.

    e) pagamentos devidos pela execuo do contrato at a data da resciso.

    Gabarito: A.

    Comentrios:

    A Lei 8.666/93, no art. 78, prev as hipteses de resciso do contratoadministrativo (resciso a extino do contrato antes do prazo fixado quando dasua celebrao). Ali so elencadas hipteses, a maioria delas, em que se autoriza Administrao rescindir por ato unilateral o contrato, seja por falta do contratado,seja em funo de acontecimentos para os quais o contratado no concorreu deforma alguma.

    Uma dessas situaes, em que a resciso se d sem culpa do contratado, justamente o caso fortuito ou fora maior, que so eventos da natureza ou atos deterceiros que impossibilitam ou dificultam consideravelmente a execuo docontrato, autorizando a Administrao a extingui-lo antes do prazo fixado.

    Numa hiptese como esta, mesmo se a Administrao no se decidir pela resciso,ela poder ser pleiteada judicialmente pelo particular. Neste caso, se o magistrado

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    verificar que realmente se configurou o caso fortuito ou a fora maior, determinar aresciso o contrato.

    Seja a resciso determinada na esfera administrativa, por ato unilateral do PoderPblico, seja na esfera judicial, mediante provocao do contratado (ou mesmo daAdministrao, se ela optar por esta via), sempre que no foi o contratado que deumotivo resciso, ter ele direito a uma indenizao, segundo as regras do art. 79, 2 da Lei.

    No termos do dispositivo, o contratado ter direito:

    1) ao ressarcimento dos prejuzos regularmente comprovados;

    2) devoluo da garantia;

    3) aos pagamentos devidos pela execuo do contrato at a data da resciso;

    4) ao pagamento do custo da desmobilizao.A devoluo da garantia e os pagamentos devidos pela execuo do contrato at adata da sua extino no constituem propriamente valores de natureza indenizatria.J o ressarcimento dos prejuzos causados e o pagamento do custo dadesmobilizao (o custo para se retirar do local de execuo do contrato)efetivamente constituem parcelas de natureza indenizatria.

    O mais importante, todavia, no esta diferenciao (nunca vi cair em prova), masa percepo de que a Lei silencia quanto aos valores que o particular teria direito areceber se o contrato no fosse extinto antes do prazo, ou seja, todo o lucro que eleainda teria se o contrato fosse mantido pelo total do perodo fixado. A este valordenomina-se lucro cessante (a expresso diz tudo: o lucro que cessou). A estettulo, a que o contratado faz jus? A absolutamente nada, nem um nquel. istoque temos que guardar.

    As parcelas indenizatrias a que ele tem direito so congregadas numa expresso:dano emergente (aqui a expresso tambm feliz: o dano que emerge, quedecorre de certo acontecimento, no caso, a resciso do contrato).

    Enfim, o particular no tem direito a qualquer parcela indenizatria a ttulo de lucrocessante, e a ttulo de dano emergente faz jus s quatro parcelas acimamencionadas.

    exatamente esta concluso que consta nas alternativas.

    Sntese do Comentrio:

    1) sempre que a resciso do contrato administrativo no for motivada por falta docontratado, ele ter direito s seguintes parcelas indenizatrias (resciso aextino do contrato antes do prazo fixado):

    - ressarcimento dos prejuzos regularmente comprovados;

    - devoluo da garantia;

    - aos pagamentos devidos pela execuo do contrato at a data da resciso;

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    - ao pagamento do custo da desmobilizao.

    2) para fins de concurso, estas 4 parcelas podem ser englobadas na expresso dano

    emergente, ou seja, o prejuzo que o particular sofreu em decorrncia da extino docontrato antes do prazo fixado (apesar das duas primeiras parcelas no terempropriamente carter indenizatrio, como salientamos acima);

    3) o particular no tem direito a qualquer indenizao a titulo de lucro cessante, olucro que teria o particular se continuasse executando o contrato por todo o prazofixado quando da sua celebrao.

    Questo 04

    28. (Oficial de Chancelaria MRE/2002) Aos contratos administrativos regidos peloregime da Lei n 8.666/93, aplicam-se os preceitos pertinentes de direito pblico e,supletivamente, os princpios da teoria geral dos contratos e as disposies de direitoprivado, no que couber.

    a) Correta a assertiva.

    b) Incorreta a assertiva, porque aos contratos administrativos no se aplicam osprincpios da teoria geral dos contratos.

    c) Incorreta a assertiva, porque aos contratos administrativos no se aplicamdisposies de direito privado.

    d) Incorreta a assertiva, porque no se aplicam princpios da teoria geral nem

    disposies de direito privado.

    e) Incorreta a assertiva, porque os contratos administrativos so regidosexclusivamente pelas normas da citada Lei n 8.666/93.

    Gabarito: A.

    Comentrios:

    Essa questo exige somente o conhecimento do art. 54 da Lei 8.666/93, a seguirtranscrito:

    Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suasclusulas e pelos preceitos de direito pblico, aplicando-se-lhes, supletivamente, osprincpios da teoria geral dos contratos e as disposies de direito privado.

    O dispositivo estabelece as fontes normativas do contrato administrativo.

    Uma matria qualquer tratada no contrato (a garantia, por exemplo), dever seranalisada segundo as clusulas do prprio contrato (presumindo-se sua legalidade).Se com o exame do contrato restar alguma dvida sobre a matria, devemosrecorrer aos preceitos de direito pblico, expresso que abrange todos os princpios

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    e leis de direito pblico, a exemplo da Lei 8.666/93. Estas so as fontes normativasprincipais do contrato administrativo.

    Se ainda persistir dvida na matria (e s neste caso), deve-se tentar san-lamediante recurso aos princpios da teoria geral dos contratos e s disposies(normas legais) de direito privado. Estas so as fontes supletivas, suplementaresdos contratos administrativos, passveis de utilizao somente se a questo no forsolucionada mediante recurso s suas fontes principais.

    Sntese do Comentrio:

    1) dispe o art. 54 da Lei 8.666/93 que os contratos administrativos de que trataesta Lei regulam-se pelas suas clusulas e pelos preceitos de direito pblico,aplicando-se-lhes, supletivamente, os princpios da teoria geral dos contratos e as

    disposies de direito privado;2) o artigo prescreve as fontes normativas do contrato administrativo. Um contratoadministrativo tem como fontes principais suas prprias clusulas e os princpios eleis de direito pblico, e como fontes supletivas os princpios da teoria geral doscontratos e as disposies (normas legais) de direito privado.

    Questo 05

    (Tcnico MPU/2004 rea Administrativa) - O regime jurdico dos contratos

    administrativos, institudo pela Lei n 8.666/93, confere Administrao, em relaoa eles, a prerrogativa de rescindi-los, unilateralmente,

    a) em quaisquer casos.

    b) na ocorrncia de caso fortuito ou fora maior, impeditiva de sua execuo.

    c) nos casos especificados em lei.

    d) se a Administrao atrasar os pagamentos, por mais de 90 dias.

    e) se a Administrao suprimir parte do objeto, acarretando modificao significativano seu valor.

    Gabari to: C.

    Comentrios:

    no art. 78 que encontramos arroladas todas as hipteses em que a Administrao autorizada a rescindir o contrato por ato unilateral o contrato administrativo. Pelasistemtica adotada na lei, nessas hipteses, regra geral, a Administrao atuadiscricionariamente. Em outros termos, mesmo configurada uma das hipteses do

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    art. 78, pode a Administrao, via de regra, optar por no rescindir o contratoadministrativo.

    A relao a seguinte:1) inadimplemento, adimplemento irregular ou lentido no adimplemento dasclusulas contratuais pelo particular (art. 78, I, II e III);

    2) atraso injustificado no incio da obra, servio ou fornecimento, ou sua paralisaosem justa causa e prvio comunicado Administrao (art. 78, IV e V);

    3) a subcontratao total ou parcial do objeto do contrato, a associao docontratado com terceiro, a cesso ou transferncia, total ou parcial, bem com afuso, ciso ou incorporao, no permitidas no edital ou no contrato (art. 78, VI);

    4) o desatendimento das determinaes da Administrao ou o cometimento defaltas reiteradas na execuo do contrato (art 78, VII e VIII);

    5) a decretao de falncia ou a instaurao de insolvncia civil, a dissoluo dasociedade ou o falecimento do contratado (art. 78, IX e X);

    6) a alterao societria ou a modificao da finalidade ou da estrutura da empresaque prejudique a execuo do objeto do contrato (art. 78, XI);

    7) desrespeito proibio constitucional ao trabalho infantil realizado em horrionoturno, perigoso ou insalubre, ou a qualquer trabalho para os menores de 16 anos,salvo como aprendiz, a partir dos 14 anos (art. 78, XVIII);

    8) razes de interesse pblico, de alta relevncia e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela mxima autoridade administrativa da esfera

    administrativa a que est subordinado o contratante (art. 78, XII);9) ocorrncia de caso fortuito ou fora maior que impea a execuo do contrato(art. 78, XVII).

    Nas primeiras 07 hipteses a resciso decorre de falta do contratado, caso emque, alm de rescindir o contrato (se assim decidir), poder a Administrao,tambm por ato unilateral, descontarda garantia oferecida pelo contratado e doscrditos que ele tem a receber os valores dos prejuzos que ele lhe causou. Nasltimas duas hipteses a resciso no decorre de falta do contratado, tendo eledireito a receber as quatro parcelas indenizatrias referidas no comentrio daquesto anterior.

    H quatro incisos do art. 78 que no foram arrolados ainda. Em todos eles a falta imputvel Administrao, de forma que eles no lhe autorizam a rescindirunilateralmente o contrato.

    Os dispositivos so os seguintes:

    1) a supresso, por parte da Administrao, de obras, servios ou compras,acarretando modificao do valor inicial do contrato alm do limite permitido (inc.XIII);

    2) a suspenso de sua execuo, por ordem escrita da Administrao, por prazosuperior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pblica, grave

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    perturbao da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspenses quetotalizem o mesmo prazo, independente do pagamento obrigatrio de indenizaespelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizaes e mobilizaes, eoutras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pelasuspenso do cumprimento das obrigaes assumidas, at que seja normalizada asituao (inc. XIV);

    3) o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administraodecorrentes de obras, servios ou fornecimento, ou parcelas destes, j recebidos ouexecutados, salvo em caso de calamidade pblica, grave perturbao da ordeminterna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspenso documprimento de suas obrigaes at que seja normalizada a situao (inc. XV);

    4) a no-liberao, por parte da Administrao, de rea, local ou objeto paraexecuo da obra, servio ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das

    fontes naturais especificadas no projeto (inc. XVI).

    Em se configurando uma das situaes descritas nestes quatro incisos, facultadoao particularrecorrer ao Judicirio pleiteando a resciso. Como o contratado emhiptese nenhuma pode rescindir o contrato por ato unilateral (no caso dosincisos XIV e XV ele pode apenas suspender sua execuo), e como a Administrao,quando a falta for sua, tambm no pode faz-lo, sempre que estivermosperante uma hiptese em a falta foi da Administrao poderemos concluirque dela no poder decorrer a resciso do contrato por ato unilateral.

    Com isto, afastamos as duas ltimas alternativas da questo.

    Restam-nos as trs primeiras.

    A alternativa a nem merece comentrio. Em quaisquer casos em quaisquer casosest errado.

    A b e a c esto ambas corretas. Ocorre que a alternativa c (nos casos especificadosem lei) mais completa que a b (na ocorrncia de caso fortuito ou fora maior,impeditiva de sua execuo). Podemos dizer que, pelo fato de ser mais completa, aalternativa c mais correta que a b, no que esta esteja errada, ao contrrio.

    No farei a sntese do comentrio porque iria ficar praticamente igual ao prpriocomentrio.

    Questo 06

    (Procurador do Distrito Federal/2004) - A declarao de nulidade do contratoadministrativo:

    a) s pode ser declarada at o incio das obras.

    b) opera a partir do ato declaratrio, ressalvando-se o que j foi executado.

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    c) produz efeito retroativo, desconstituindo os efeitos j produzidos, mas obrigando aAdministrao a indenizar os prejuzos que o contratante sofreu, desde que a causada nulidade no lhe seja imputvel.

    d) s pode ser declarada por deciso judicial.

    e) s pode ser declarada em ao civil pblica.

    Gabari to: C.

    Comentrios:

    Vamos transcrever o art. 59 da Lei, onde a matria tratada.

    L vai:

    Art. 59. A declarao de nulidade do contrato administrativo opera retroativamenteimpedindo os efeitos jurdicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, alm dedesconstituir os j produzidos.

    Pargrafo nico. A nulidade no exonera a Administrao do dever de indenizar ocontratado pelo que este houver executado at a data em que ela for declarada e poroutros motivos regularmente comprovados, contanto que no lhe seja imputvel,promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

    O dispositivo praticamente auto-explicativo: a declarao de nulidade produz

    efeitos ex tunc (como sempre), mas obriga a Administrao a indenizar os prejuzosque o administrado tiver sofrido em razo dela, desde que o motivo da anulao nolhe seja imputvel (como sempre).

    A lei tambm ressalva que o contratado ter direito ao pagamento pela parcela docontrato que ele j executou ata a data da declarao de nulidade. Para algunsdoutrinadores esta parcela no tem carter indenizatrio, mas remuneratrio. Ocontratado executou parcialmente o contrato, tem direito remuneraoproporcional parcela executada (a no ser que uma das clusulas viciadas docontrato seja justamente a que trata da remunerao do contratado). Mas novamos complicar a vida: a lei diz que indenizao, ento indenizao.

    Relembrando, o contratado ter direito:1) ao ressarcimento dos prejuzos regularmente comprovados;

    2) devoluo da garantia;

    3) aos pagamentos devidos pela execuo do contrato at a data da resciso;

    4) ao pagamento do custo da desmobilizao.

    Sntese do comentrio:

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    1) anulao do contrato tem efeitos retroativos, desconstituindo os efeitos que ocontrato j havia produzido e impedindo a deflagrao dos que ele ainda iriaproduzir. Tal eficcia retroativa, entretanto, no desobriga a Administrao deindenizar o contratado pelo que ele houver executado at a data em que ela fordeclarada e por outros motivos regularmente comprovados, contanto que no lheseja imputvel.

    Questo 07

    (Analista MPU/2004 rea Administrativa) De regra, os contratos administrativos,regidos pela Lei n 8.666/93, devem ter sua durao adstrita vigncia dosrespectivos crditos oramentrios, mas entre as excees incluem-se os relativos prestao de servios, a serem executados de forma continuada, que podero t-la

    a) prorrogada, por iguais e sucessivos perodos, at 60 meses.b) fixada em 10 anos.

    c) prorrogada, por iguais e sucessivos perodos, at 48 meses.

    d) fixada em 5 anos.

    e) prorrogada, por iguais e sucessivos perodos, at 10 anos.

    Gabarito: A.

    Comentrios:

    A Lei 8.666/93 discorre sobre o prazo de durao dos contratos administrativos noart. 57.

    A regra geral que os contratos administrativos tm como prazo de durao avigncia de seus crditos oramentrios. O crdito oramentrio a previso dorecurso necessrio para a despesa resultante do contrato, e est estipulado na leioramentria de cada ente poltico. Como a lei oramentria tem vigncia de umano, este , o perodo de vigncia do crdito oramentrio e, por conseqncia, oprazo de durao do contrato a que ele est vinculado. Enfim, a regra que os

    contratos administrativos tem seu prazo de durao limitado a um ano, perodo devigncia do crdito oramentrio que vai sustentar sua execuo.

    Todavia, todo e qualquer contrato, qualquer que seja seu objeto (compra,obra, servio etc), pode ter seu prazo de durao original (de 1 ano) prorrogado,quando se configurarem dos motivos previstos no 1 do art. 57 da Lei 8.666/93,quais sejam:

    1) alterao do projeto ou especificaes, pela Administrao;

    2) supervenincia de fato excepcional ou imprevisvel, estranho vontade daspartes, que altere fundamentalmente as condies de execuo do contrato;

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    3) interrupo da execuo do contrato ou diminuio do ritmo de trabalho porordem e no interesse da Administrao;

    4) aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limitespermitidos pela Lei no 8.666;

    5) impedimento de execuo do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pelaAdministrao em documento contemporneo sua ocorrncia;

    6) omisso ou atraso de providncias a cargo da Administrao, inclusive quanto aospagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento naexecuo do contrato, sem prejuzo das sanes legais aplicveis aos responsveis.

    Por exemplo, se a Administrao firma, por 12 meses, um contrato parafornecimento de material de escritrio, o qual ser executado mediante entregamensal, ela poder aumentar em at 25% a quantidade dos bens a serem

    fornecidos, quando isto for de interesse pblico. Digamos que ela o faa no ms denovembro, j ao final do ano, de modo que seja necessrio para o contratadoadentrar dois meses no ano seguinte para executar a contento o contrato. Nestecaso (motivo 4), a Lei autoriza a prorrogao do prazo do contrato por 2 meses,totalizando 14 meses.

    H contratos, todavia, que podem ultrapassar o prazo de 12 meses ,independentemente da ocorrncia de um dos seis motivos acima citados .So os contratos relativos:

    - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metasestabelecidas noPlano Plurianual, os quais podero ser prorrogados se houver

    interesse da Administrao e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatrio:Enquanto o objeto (o produto) do contrato estiver previsto no Plano Plurianual, ocontrato pode permanecer em vigor ( o caso, por exemplo, da construo de umahidreltrica, que demanda longo tempo);

    - prestao de servios contnuos (so os servios internos Administraoque constituem necessidade permanente, a exemplo do servio de vigilncia e o delimpeza): tais contratos podero ter seu prazo prorrogado por idnticos e sucessivosperodos, com o fim de possibilitar a obteno de preos e condies maisfavorecidos para a Administrao, podendo atingir at 60 meses (j computados oprazo inicial e o de prorrogao). Em carter excepcional, mediante autorizao deautoridade superior quela que autorizou a prorrogao por 60 meses, tais contratos

    podero ser prorrogado por mais 12 meses. Nesta hiptese, portanto, o prazo totalpoder chegar a 72 meses (mas se a questo no falar especificamente nestahiptese, como a questo que estamos comentando, considere o prazo de 60meses). Por fim, pela anlise das alternativas j podemos concluir que o contratono pode ser celebrado originariamente pelo seu perodo mximo: ele celebradopor 12 meses (vigncia do crdito oramentrio), mas pode ser prorrogado atatingir como prazo total 60 ou 72 meses, conforme a hiptese;

    - ao aluguel de equipamentos e utilizao de servios de informtica , quepoder atingir como prazo mximo 48 meses (j se levando em conta o prazo iniciale o de prorrogao).

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    As regras acima expostas no se aplicam a dois tipos de contratosadministrativos: os contratos de concesso ou permisso se servios pblicos(em que o contratado remunerado no pela Administrao, mas pelos usurios doservio, logo, no tem cabimento se falar em vigncia de crdito oramentrio); e oscontratos de concesso de uso de bem pblico a particulares (em que opagamento, se houver, feito pelo particular Administrao).

    Aos contratos de direito privado tambm no se aplicam as regras acimaapresentadas. Sero disciplinados, quanto ao seu prazo de durao, pela legislaode direito privado. A Administrao pode, por exemplo, celebrar um contrato delocao, na condio de locatria, pelo prazo de 5, 7, 10 anos, pois a legislao dedireito privado (no caso, a Lei 8.245/91), a autoriza a tanto.

    Sntese do Comentrio:1) a regra geral que o prazo de durao dos contratos administrativos a dosrespectivos crditos oramentrios (12 meses/anual);

    2) contudo, a Lei autoriza, para qualquer contrato, a prorrogao do seu prazo inicialpor motivos de:

    - alterao do projeto ou especificaes, pela Administrao;

    - supervenincia de fato excepcional ou imprevisvel, estranho vontade das partes,que altere fundamentalmente as condies de execuo do contrato;

    - interrupo da execuo do contrato ou diminuio do ritmo de trabalho por ordeme no interesse da Administrao;

    - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidospela Lei no 8.666;

    - impedimento de execuo do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pelaAdministrao em documento contemporneo sua ocorrncia;

    - omisso ou atraso de providncias a cargo da Administrao, inclusive quanto aospagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento naexecuo do contrato, sem prejuzo das sanes legais aplicveis aos responsveis.

    3) ainda, a lei autoriza que certos contratos, celebrados inicialmente com prazos dedurao correspondentes aos seus respectivos crditos oramentrios, possam ser

    prorrogados por maiores perodos (no h vnculo entre esta regra e a anterior). Soos contratos referentes:

    - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas noPlano Plurianual, os quais podero ser prorrogados se houver interesse daAdministrao, seu produto continuar sendo previsto no Plano Plurianual e houverpreviso da possibilidade de prorrogao no ato convocatrio;

    - prestao de servios a serem executados de forma contnua, que podero terseu prazo prorrogado por idnticos e sucessivos perodos, com o fim de possibilitar aobteno de preos e condies mais favorecidos para a Administrao, podendoatingir at 60 meses (j computados o prazo inicial, de 12, e o de prorrogao). Em

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    carter excepcional, mediante autorizao de autoridade superior quela queautorizao a prorrogao por 60 meses, tais contratos podero ser prorrogado pormais 12 meses, chegando ento ao total de 72 meses (se a questo no especificaresta hiptese, considere o prazo como de 60 meses);

    - ao aluguel de equipamentos e utilizao de servios de informtica, que poderatingir como prazo mximo 48 meses.

    4) os contratos (administrativos) (1) de concesso ou permisso de servio pblico e(2) de concesso de uso de bem pblico podero ser celebrados inicialmente porperodo superior a 12 meses, pois aqui no h que se falar em vigncia de crditooramentrio, j que no h pagamento a ser feito pela Administrao;

    5) os contratos de direito privado tambm no esto limitados pela regra da vignciado crdito oramentrio, podendo ser celebrados logo de incio por perodo maior

    que 12 meses;

    Questo 08

    (Analista MPU/2004 rea Processual) - No se inclui no rol legal de hipteses dedispensa de licitao a seguinte situao:

    a) aquisio de bens ou servios nos termos de acordo internacional especficoaprovado pelo Poder Executivo, quando as condies ofertadas foremmanifestamente vantajosas para o Poder Pblico.

    b) compras de hortifrutigranjeiros, po e outros gneros perecveis, no temponecessrio para a realizao dos processos licitatrios correspondentes, realizadasdiretamente com base no preo do dia.

    c) quando houver possibilidade de comprometimento da segurana nacional, noscasos estabelecidos em decreto do presidente da Repblica, ouvido o Conselho deDefesa Nacional.

    d) quando no acudirem interessados licitao anterior e essa, justificadamente,no puder ser repetida sem prejuzo para a Administrao, mantidas, nesse caso,todas as condies preestabelecidas.

    e) aquisio ou restaurao de obras de arte e objetos histricos, de autenticidade

    certificada, desde que compatveis ou inerentes s finalidades do rgo ou entidade.

    Gabarito: A.

    Comentrios:

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    a) aquisio de bens ou servios nos termos de acordo internacional especficoaprovado pelo Poder Executivo, quando as condies ofertadas foremmanifestamente vantajosas para o Poder Pblico (errada).

    O enunciado fala em rol legal de hipteses de dispensa de licitao, e na verdade alei trata das hipteses de dispensa em dois dispositivos distintos, o art. 17 e o art.24, ambos correspondendo a uma das modalidades de dispensa de licitao.

    Dispensa de licitao , portanto, termo genrico, que abarca duas modalidades: alicitao dispensvel e a licitao dispensada.

    Nas duas modalidades h viabilidade jurdica de competio. Contudo, o legislador,por um motivo ou outro, entendeu por bem dispensar a Administrao de realizar alicitao nas hipteses que enumera.

    Segundo certa doutrina, que devemos adotar para fins de prova da ESAF, a diferena

    entre as duas modalidades que nas hipteses de licitao dispensvel, previstasem rol taxativo no art. 24 da Lei 8.666/93, a Administrao est apenasautorizada a no adotar o procedimento licitatrio, ao passo que nas hipteses delicitao dispensada, previstas tambm em rol taxativo no art. 17 (todasreferentes alienao de bens) a Administrao est impedida de faz-lo.

    Na licitao dispensvel, portanto, a Administrao, mesmo configurada uma dashipteses do art. 24, pode discricionariamente optar por instaurar o procedimentode licitao; j na licitao dispensada, quando caracterizada alguma das hiptesesdo art. 17, a Administrao atua vinculadamente, no promovendo a licitao.

    Todas as alternativas da questo tratam de hipteses de licitao dispensvel.

    Passemos, ento, a analis-las segundo as prescries do art. 24 da Lei 8.666/93A alternativa traz uma situao semelhante descrita no inc. XIV do art. 24.Segundo o dispositivo, dispensvel a licitao para a aquisio de bens ouservios nos termos de acordo internacional especfico aprovado pelo CongressoNacional, quando as condies ofertadas forem manifestamente vantajosas para oPoder Pblico.

    O erro, portanto, que a alternativa menciona o acordo internacional como aprovadopelo Poder Executivo. A lei, corretamente, exige acordo aprovado pelo CongressoNacional. A competncia dos dois Poderes neste caso diversa: cabe ao PoderExecutivo celebrar o acordo, e ao Congresso Nacional aprov-lo.

    b) compras de hortifrutigranjeiros, po e outros gneros perecveis, no temponecessrio para a realizao dos processos licitatrios correspondentes, realizadasdiretamente com base no preo do dia (certa).

    Esta a hiptese de licitao dispensvel prevista no inc. XII do art. 24. A compradireta do gnero perecvel transitria, apenas pelo tempo necessrio at que aAdministrao leve a cabo o procedimento de licitao, a partir do que cessa de teraplicao o dispositivo.

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    c) quando houver possibilidade de comprometimento da segurana nacional, noscasos estabelecidos em decreto do presidente da Repblica, ouvido o Conselho deDefesa Nacional (certa).

    Esta alternativa tambm transcrio literal de uma das hipteses de licitaodispensvel, prevista no inc. VIII do art. 24.

    d) quando no acudirem interessados licitao anterior e essa, justificadamente,no puder ser repetida sem prejuzo para a Administrao, mantidas, nesse caso,todas as condies preestabelecidas (certa).

    A hiptese aqui trazida, prevista no inc. V do art. 24, corresponde denominadalicitao deserta (ou frustada), e exige trs pressupostos: o no comparecimento denenhum interessado a licitar; o prejuzo que a realizao de uma nova licitao vai

    trazer Administrao; a manuteno, na contratao direta, de todas as condiesprevistas no instrumento convocatrio.

    A hiptese de licitao deserta no se confunde com as situaes em que, havendointeressados, nenhum deles logra xito na fase de habilitao ou, havendo vrioshabilitados, nenhum deles consegue classificar sua proposta. Nesses dois casos, secaracteriza a chamada licitao fracassada, a qual no autoriza a contrataodireta pela Administrao.

    Na licitao deserta simplesmente no houve quem se interessasse em contratarcom a Administrao. Nesse caso, preenchidas as demais condies do inc. V, est aAdministrao autorizada a contratar diretamente. Na licitao fracassada surgiram

    vrios interessados em contratar, mas nenhum logrou xito em continuarparticipando do certame. Neste caso a Administrao no pode contratar semlicitao.

    e) aquisio ou restaurao de obras de arte e objetos histricos, de autenticidadecertificada, desde que compatveis ou inerentes s finalidades do rgo ou entidade(certa).

    A alternativa traz hiptese de licitao dispensvel prevista no inc. XV do art. 24.

    Devemos notar que indispensvel que se trate de obra ou objeto de autenticidadecertificada e que o rgo ou entidade em questo tenham dentre suas finalidades

    inerentes, ou com elas compatveis, a coleo, a manuteno ou o ensino dessasobras e objetos; do contrrio, se o rgo ou entidade no se enquadrar nestacondio, no ter aplicao esse dispositivo.

    Todavia, como bem aclara Di Pietro, o fato de tratar-se de hiptese de dispensa(que sempre facultativa) no impede que, em determinada situao concreta, arestaurao de obra de arte, ainda que sem os requisitos do art. 24, inciso XV,apresente caractersticas que autorizem a declarao de inexigibilidade, com base noart. 25, inciso II, desde que se trate de servio de natureza singular, comprofissional ou empresa de notria especializao; a prpria lei deixou essa aberturaao incluir, no art. 13, inciso VII, a restaurao de obras de arte e bens de valor

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    histrico entre os servios especializados a que se refere o artigo 25, II; nesse caso,a autoridade dever observar as normas dos artigos 25, 1, e 26 da Lei n8.666/93.

    Portanto, se for o caso de aquisio de obras de arte objetos histricos, s poderhaver enquadramento como hiptese de licitao dispensvel. Diferentemente, se foro caso de restaurao de obras de arte e objetos histricos, poder haverenquadramento como hiptese de dispensa ou inexigibilidade, nos termos postosacima.

    Sntese do Comentrio:

    1) h duas modalidades de dispensa de licitao: a licitao dispensvel, quecorresponde s hipteses do art. 24, quando a Administrao est apenas autorizada

    a no licitar; e a licitao dispensada, que corresponde s hipteses do art. 17(referentes alienao de bens), quando a Administrao est impedida de licitar;

    2) a seguir, arrolamos algumas hipteses de licitao dispensvel, todas previstas noart. 24 da Lei 8.666/93:

    - aquisio de bens ou servios, nos termos de acordo internacional especficoaprovado pelo Congresso Nacional (e no pelo Poder Executivo), quando ascondies ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Pblico;

    - compras de hortifrutigranjeiros, po e outros gneros perecveis, no temponecessrio para a realizao dos processos licitatrios correspondentes, realizadasdiretamente com base no preo do dia;

    - quando houver possibilidade de comprometimento da segurana nacional, noscasos estabelecidos em decreto do presidente da Repblica, ouvido o Conselho deDefesa Nacional;

    - quando no acudirem interessados licitao anterior e essa, justificadamente, nopuder ser repetida sem prejuzo para a Administrao, mantidas, nesse caso, todasas condies preestabelecidas: esta hiptese corresponde figura da licitaodeserta, a qual autoriza a contratao direta. No podemos confundi-la com alicitao fracassada, que se caracteriza quando surgem vrios interessados emlicitar, mas todos eles fracassam na fase de habilitao ou na fase de julgamento daspropostas, caso em que est a Administrao no pode contratar diretamente;

    - aquisio ou restaurao de obras de arte e objetos histricos, de autenticidadecertificada, desde que compatveis ou inerentes s finalidades do rgo ou entidade:a aquisio de obras de arte objetos histricos s poder caracterizar hiptese delicitao dispensvel, j a restaurao pode caracterizar dispensa, quandopreenchidos os requisitos acima citados, ou inexigibilidade, quando se tratar deservio de natureza singular com profissional ou empresa de notria especializao,nos termos do art. 25, II, da Lei 8.666/93.

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    Questo 09

    (Tcnico da Receita Federal/2003) - Conforme previso expressa na Lei n 8.666/93,

    quando caracterizada a inviabilidade de competio, para a contratao dedeterminado servio especfico, a licitao ser considerada

    a) dispensvel

    b) facultativa

    c) inexigvel

    d) obrigatria

    e) proibida

    Gabari to: C.

    Comentrios:

    Todos os institutos jurdicos so criados tendo em vista certa finalidade. A licitao,no caso, instituto por meio do qual a Administrao busca selecionar, dentre osque comprovarem possuir condies de cumprir adequadamente o contrato, aqueleque apresenta a proposta que lhe seja mais vantajosa, segundo os critrios eleitosno edital de abertura do certame.

    Haver situaes, entretanto, em que a licitao pode no se prestar a tal intento.

    So hipteses em que, tendo-se em vista o objeto que a Administrao buscacontratar, no h efetivas condies de disputa. Nestas hipteses diz-se que existeinviabilidade jurdica de competio (ou, simplesmente, inviabilidade decompetio). Tais hipteses, congregadas, denominam-se hipteses deinexigibilidade de licitao, e autorizam a Administrao a celebrar diretamente ocontrato, sem prvia licitao.

    A matria em questo tratada no art. 25 da Lei 8.666/93, o qual prev asprincipais hipteses de licitao inexigvel. Principais, mas no todas, pois no hcomo se estabelecer na integralidade os casos em que pode restar configurada aimpossibilidade de competio. O art. 25, portanto, limita-se a prever e disciplinar as

    principais hipteses de inexigibilidade, em rol de natureza meramenteexemplificativa. O dispositivo explcito ao estatuir que a licitao inexigvelsempre que houver inviabilidade de competio. Deste modo, dada situao podecaracterizar situao de inexigibilidade, mesmo no prevista expressamente dentreas hipteses arroladas nos incisos do art. 25.

    Bandeira de Mello, sobre o carter no exaustivo das hipteses arroladas no art. 25,I a III, da Lei 8.666/93, afirma:

    Outras hipteses de excluso do certame licitatrio existiro, ainda que noarroladas nos incisos I a III, quando se proponham situaes nas quais estejamausentes pressupostos jurdicos ou fticos condicionadores dos certames licitatrios.

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    Vale dizer: naquelas hipteses em que ou (a) o uso da licitao significariasimplesmente inviabilizar o cumprimento de um interesse jurdico prestigiado nosistema normativo e ao qual a Administrao deve dar provimento ou (b) osprestadores do servio almejado simplesmente no se engajariam na disputa deleem certame licitatrio, inexistindo, pois, quem, com as aptides necessrias, sedispusesse a disputar o objeto de certame que se armasse a tal propsito.

    Nos termos da Lei, as hipteses expressamente previstas de inexigibilidade so asseguintes:

    1) aquisio de materiais, equipamentos ou gneros que s possam ser fornecidospor produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a prefernciade marca;

    2) contratao de servios tcnicos profissionais especializados, de natureza

    singular, exceto os servios de publicidade e divulgao, obrigatoriamente licitados;3) contratao de profissional de qualquer setor artstico, diretamente ou por meiode representante exclusivo, desde que consagrado pela opinio pblica ou pelacrtica especializada.

    Sntese do Comentrio:

    1) por meio da licitao busca a Administrao, essencialmente, selecionar, dentreas propostas apresentadas pelos candidatos considerados aptos a participar dadisputa, aquela que se apresenta para ela mais vantajosa;

    2) contudo, em inmeras situaes, face s suas peculiaridades, no havercondies de efetiva disputa. Nestes casos diz-se que h inviabilidade jurdica decompetio, estando a Administrao autorizada a celebrar diretamente o contrato.So as hipteses de inexigibilidade de licitao;

    3) o art. 25, em rol de natureza meramente exemplificativa, enumera as principaishipteses de inexigibilidade, quais sejam:

    - aquisio de materiais, equipamentos ou gneros que s possam ser fornecidos porprodutor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferncia demarca;

    - contratao de servios tcnicos profissionais especializados, de natureza singular,

    exceto os servios de publicidade e divulgao, obrigatoriamente licitados;- contratao de profissional de qualquer setor artstico, diretamente ou por meio derepresentante exclusivo, desde que consagrado pela opinio pblica ou pela crticaespecializada.

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    (Analista de Finanas e Controle - AFC/CGU - 2003/2004) - O procedimentoapropriado, previsto na Lei n 8.666/93, para alienar bens imveis da Unio, cujaaquisio tenha decorrido de procedimento judicial ou dao em pagamento,

    a) concorrncia ou leilo

    b) leilo ou prego

    c) prego ou convite

    d) dispensa de licitao

    e) inexigibilidade de licitao

    Gabarito: A.

    Comentrios:

    A Lei 8.666/93, no art. 17 e seguintes, traz as regras aplicveis alienao deimveis da Administrao Pblica.

    A Lei estabelece requisitos diferenciados, conforme o imvel pertena administrao direta (na verdade, respectiva entidade poltica) ou a uma dasentidades da administrao indireta.

    Para a Administrao direta, autrquica e fundacional os requisitos so osseguintes:

    1) autorizao legislativa;

    2) existncia de interesse pblico devidamente justificado;

    3) avaliao prvia;

    4) licitao, regra geral, na modalidade de concorrncia.

    Para as empresas pblicas e sociedades de economia mista , por sua vez, osrequisitos so:

    1) existncia de interesse pblico devidamente justificado;

    2) avaliao prvia;

    3) licitao, em regra, na modalidade de concorrncia.

    Como se percebe, a autorizao legislativa no pressuposto para a alienao debens imveis das empresas pblicas e sociedades de economia mista.

    Pelas regras expostas, podemos concluir que a modalidade regular de licitao paraa alienao de imveis a concorrncia. A Lei, entretanto, no art. 19, admite autilizao do leilo, no caso de imveis que tenham ingressado no patrimniopblico mediante procedimento judicial ou dao em pagamento. Nestahiptese no h diferenciao, sendo as regras idnticas para toda a AdministraoPblica. Os pressupostos aqui so:

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    1) avaliao prvia;

    2) comprovao da necessidade ou utilidade da alienao;

    3) licitao sob a modalidade de concorrncia ou leilo.Perceba-se que no se faz necessrio autorizao legislativa.

    Sntese do Comentrio:

    1) a Administrao direta, autrquica e fundacional s poder alienar imveismediante:

    - autorizao legislativa;

    - existncia de interesse pblico devidamente justificado;

    - avaliao prvia;- licitao, regra geral, na modalidade de concorrncia.

    2) no caso de empresas pblicas e sociedades de economia mista os requisitos soem menor nmero, no se exigindo autorizao legislativa, mas apenas:

    - existncia de interesse pblico devidamente justificado;

    - avaliao prvia;

    - licitao, em regra, na modalidade de concorrncia.

    3) no caso de imveis oriundos de procedimento judicial e dao em pagamento asregras so idnticas para todos os rgos e entidades da Administrao Pblica, no

    se exigindo autorizao legislativa. Os requisitos so os seguintes:- avaliao prvia;

    - comprovao da necessidade ou utilidade da alienao;

    - licitao sob a modalidade de concorrncia ou leilo.

    Questo 11

    (Auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paran/2002) - No mbito damodalidade de licitao prego, conforme a legislao federal, assinale a afirmativaverdadeira.

    a) A fase recursal, no prego, nica e ocorre aps a declarao do licitantevencedor, depois das fases do julgamento e da habilitao.

    b) No prego, no se admite a exigncia de garantia de proposta e de execuocontratual.

    c) O prazo ordinrio de validade das propostas ser de trinta dias, se outro no forfixado no edital.

    d) Uma vez decididos os eventuais recursos, o pregoeiro far a homologao doprocedimento e posterior adjudicao do objeto ao vencedor.

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    e) No prego, o prazo mnimo para apresentao das propostas, contado a partir dapublicao do aviso do certame, ser de cinco dias teis.

    Gabarito: A

    Comentrios:

    a) A fase recursal, no prego, nica e ocorre aps a declarao do licitantevencedor, depois das fases do julgamento e da habilitao (certa).

    Prego modalidade de licitao passvel de utilizao pela Administrao para umanica finalidade: aquisio de bens e servios comuns , qualquer que seja o

    valor estimado da futura contratao. A legislao do prego clara a respeito:no importa o valor estimado do futuro contrato, se R$ 10.000,00 ou R$10.000.000,00, importa o seu objeto. Se for a aquisio de bens e servios comuns,pode ser licitado na modalidade prego.

    O prego disciplinado pela Lei 10.520/2002, de carter nacional, aplicando-se aele, supletivamente, as disposies da Lei 8.666/93. Na esfera federal o prego regulamentado pelo Decreto 3.555/2000, com as alteraes do Decreto 3.693/2000.

    Carvalho Filho nos esclarece acerca do objetivo do legislador ao criar esta sextamodalidade de licitao.

    Diz o Autor:

    As modalidades licitatrias previstas na Lei n 8.666/93, em muitos casos, noconseguiram dar a celeridade desejvel atividade administrativa destinada aoprocesso de escolha de futuros contratantes. As grandes reclamaes oriundas dergos administrativos no tinham como alvo os contratos de grande vulto e demaior complexidade. Ao contrrio, centravam-se nos contratos menores ou de maisrpida concluso, prejudicados pela excessiva burocracia do processo regular delicitao.

    Atendendo a tais reclamos, foi editada a Lei n 10.520, de 17/7/2002, na qual foiinstitudo o prego como nova modalidade de licitao, com disciplina eprocedimento prprios, visando a acelerar o processo de escolha de futuros

    contratados da Administrao em hipteses determinadas e especficas.Esta , na essncia, a qualidade maior do prego: possibilitar Administrao aaquisio clere de seus bens e servios comuns.

    Esta primeira alternativa prova disto. Enquanto que para as demais licitaes a Lei8.666/93 estabelece recursos passveis de utilizao durante as fases de habilitaoe julgamento, o que inegavelmente implica em retardo do procedimento, no pregoo primeiro (e nico) recurso previsto tem lugar somente aps a proclamao dolicitante vencedor (logo, aps as fases de julgamento e habilitao).

    isso que estabelece o inc. XVIII do art. 4, nos seguintes termos:

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    XVIII declarado o vencedor, qualquer licitante poder manifestar imediata emotivadamente a inteno de recorrer, quando lhe ser concedido o prazo de trsdias para apresentao das razes do recurso, ficando os licitantes desde logointimados para apresentar contra-razes em igual nmero de dias, que comearo acorrer do trmino do prazo do recorrente, sendo-lhe assegurada vista imediata dosautos.

    Na disciplina da lei, uma vez tendo o pregoeiro, na sesso do prego, declarado olicitante vencedor, os demais interessados, imediatamente aps esta declarao,devem anunciar oralmente sua inteno de recorrer e os motivos que a justificam.

    Feito isto, comea a correr, desde j, o prazo de trs dias para a apresentao, porescrito, das razes do recurso (o recurso propriamente dito), onde sero alegadastodas as questes de fato e de direito que o recorrente (ou os recorrentes) considerepertinente para modificar o resultado da licitao.

    Uma vez transcorrido o prazo para o recorrente, imediatamente, sem qualquer novanotificao (uma vez que eles so considerados intimados j na sesso do prego),comea a correr o prazo para que os demais licitantes, se o desejarem, apresentemsuas contra-razes ao recurso (a impugnao s razes do recorrente).

    Logo, alternativa correta.

    b) No prego, no se admite a exigncia de garantia de proposta e de execuocontratual (errada).

    Alternativa inteligente da ESAF. A exigncia de garantia prtica comum nas demais

    modalidades de licitao, em especial na concorrncia e na tomada de preos, asmodalidades da Lei 8.666/93 utilizadas como regra geral nos contratos de maiorvulto econmico.

    Para o prego a Lei 10.520/2002 simplesmente veda a exigncia de garantia, noimportando em nada o valor futuro contrato. Mas isso para o prego, para alicitao. A Lei em momento algum faz qualquer restrio exigncia de garantiacomo requisito para a celebrao do contrato. a isto que a ESAF se referematreiramente quando fala em execuo contratual.

    c) O prazo ordinrio de validade das propostas ser de trinta dias, se outro no for

    fixado no edital (errada).

    Decorebis concursis. O prazo de validade das propostas de 60 dias, salvo se outrofor fixado pelo edital. Ultrapassado este prazo sem o chamamento para a celebraodo contrato esto os licitantes liberados de qualquer compromisso perante aAdministrao.

    d) Uma vez decididos os eventuais recursos, o pregoeiro far a homologao doprocedimento e posterior adjudicao do objeto ao vencedor (errada).

    Outra boa alternativa.

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    O pregoeiro, auxiliado por uma equipe de apoio, o servidor do rgo ou entidadeda licitao responsvel, dentre outras atribuies, pelo recebimento das propostasescritas, pela direo dos debates orais, pela verificao da aceitabilidade(adequao ao edital) da proposta, pela classificao das propostas, pela anlise dadocumentao de habilitao, pela declarao do licitante vencedor e at mesmo,conforme o caso, pela adjudicao do objeto da licitao. O tal do pregoeiro no pouca coisa.

    Contudo, tambm no tanta coisa. Se, uma vez declarado o licitante vencedor,ningum manifestar motivada e imediatamente seu interesse em recorrer, oprprio pregoeiro que adjudica o objeto da licitao (atribui ao licitante vencedor oobjeto da licitao). Porm, se algum manifestar seu interesse em recorrer logoaps a declarao do resultado do certame, a tchau pro pregoeiro. O recurso vai serjulgado pela autoridade competente (o tanta coisa), o qual, com base no resultado

    do julgamento, vai adjudicar o objeto da licitao ao licitante vencedor e, aps isso,proceder homologao da licitao, reconhecendo que o procedimento transcorreuregularmente.

    Temos ento que guardar:

    1) no prego, ao contrrio do que ocorre com as demais modalidades de licitao,regidas pela Lei 8.666/93, a adjudicao antecede a homologao;

    2) se uma vez declarado o licitante vencedor, ningum manifesta imediatamenteinteresse em recorrer, o pregoeiro manda bala e adjudica o objeto da licitao.Aps isto, envia todas as peas do processo para a autoridade competente, a quemcaber, mesmo nesta hiptese, homologar a licitao;

    3) se houver a manifestao do interesse em recorrer , atribuio doautoridade competente, aps julgar o recurso, adjudicar o objeto da licitao ehomologar o procedimento. Importante: o que interessa a manifestao, no aefetiva apresentao do recurso (as razes por escrito), pois, se eventualmente omanifestante se omitir na apresentao da pea escrita, o processo j saiu das mosdo pregoeiro e se encontra em poder da autoridade competente. Compete a ela,ento, praticar os dois atos;

    e) No prego, o prazo mnimo para apresentao das propostas, contado a partir dapublicao do aviso do certame, ser de cinco dias teis (errada).

    Duplis decorebis concursis.

    Em profundo e erudito dispositivo dispe a Lei: o prazo mnimo entre a publicaodo aviso do prego e a apresentao das propostas de 08 dias teis.

    Sntese do comentrio:

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    1) Prego modalidade de licitao passvel de utilizao pela Administrao parauma nica finalidade: aquisio de bens e servios de bens e servios comuns,qualquer que seja o valor estimado da futura contratao;

    2) objetivo do legislador ao criar esta sexta modalidade de licitao: conferir maisagilidade Administrao nas suas contrataes cujo objeto seja a aquisio de bense servios comuns;

    3) no prego a fase recursal nica, ocorrendo logo aps a declarao pelopregoeiro do resultado da licitao (logo, aps as fases de julgamento e habilitao).Se o licitante, imediatamente aps a proclamao do resultado no manifestarmotivadamente seu interesse em recorrer, no h outra oportunidade paraapresentao de recursos (na esfera administrativa);

    4) no prego vedada a exigncia de garantia da proposta. Contudo, no h

    proibio de que ela seja exigida quando da celebrao do contrato resultante dalicitao;

    5) o prazo de validade das propostas de 60 dias, salvo se outro for fixado peloedital;

    6) o prazo mnimo entre a publicao do aviso da licitao e a apresentao daspropostas de 08 dias teis

    7) no prego:

    - a adjudicao antecede a homologao (nas demais modalidades de licitao ocontrrio);

    - se, uma vez declarado o licitante vencedor, ningum manifesta imediatamenteinteresse em recorrer, o prprio pregoeiro quem adjudica o objeto da licitao.Caber autoridade competente, porm, homologar a licitao. Se no houver talmanifestao, a autoridade competente que adjudica o objeto do prego ehomologa o procedimento.

    Questo 12

    (Especialista MPOG/2002) Em relao ao desfazimento do procedimento licitatrio, falso afirmar:

    a) a revogao s se pode dar mediante razes de interesse pblico, decorrentes de

    fato superveniente, devidamente comprovado.b) a anulao pode se dar mediante provocao de terceiro ou de ofcio.

    c) a nulidade do processo de licitao induz, sempre, nulidade do contrato.

    d) no processo de desfazimento de licitao fica assegurado o contraditrio e aampla defesa.

    e) cabe autoridade competente para a aprovao da licitao o juzo administrativoda sua revogao.

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    Gabari to: C.

    Comentrios:

    Pessoal, vamos iniciar pela transcrio do art. 49 da Lei 8.666/93, aonde a matria regulada:

    Art. 49. A autoridade competente para a aprovao do procedimentosomente poder revogar a licitao por razes de interesse pblico decorrente defato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente parajustificar tal conduta, devendo anul-la por ilegalidade, de ofcioou por provocaode terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

    1 A anulao do procedimento licitatrio por motivo de ilegalidade no geraobrigao de indenizar, ressalvado o disposto no pargrafo nico do art. 59 destaLei.

    2. A nulidade do procedimento licitatrio induz do contrato, ressalvado odisposto no pargrafo nico do art. 59 desta Lei.

    3 No caso de desfazimento do processo licitatrio, fica assegurado ocontraditrio e a ampla defesa;

    4 O disposto neste artigo e seus pargrafos aplicam-se aos atos do procedimentode dispensa e inexigibilidade de licitao(grifos nossos).

    A questo se limitou a desmembrar o art. 49. Vamos, ento, transcrever as suasalternativas, taxando-as de certo ou errado conforme o nobre posicionamento dabanca (deixo a alternativa c por ltimo):

    a) a revogao s se pode dar mediante razes de interesse pblico, decorrentes defato superveniente, devidamente comprovado (certa):

    letra da lei: a autoridade competente para aprovar a licitao (apesar dos termosdo artigo, deve-se entender como a autoridade competente para homologar oprocedimento) s pode faz-lo por razes de interesse pblico decorrente de fato

    superveniente devidamente comprovado (e, ainda, pertinente e suficiente parajustificar tal conduta).

    A regra meramente explicitante: toda e qualquer revogao de todo e qualquer atoou conjunto de atos (procedimento) em toda e qualquer hiptese imaginria s podedecorrer de razes de interesse pblico decorrente de fato superveniente (se o fato anterior o ato no deveria ter sido praticado ou o procedimento instaurado)devidamente comprovado e que seja grave o suficiente para justificar a revogao.De relevo temos a definio de quem tem poder para revogar, a autoridadecompetente (com o que se afasta qualquer dvida que tal atribuio no daComisso de licitao).

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    b) a anulao pode se dar mediante provocao de terceiro ou de ofcio (certa).

    Outra novidade importantssima: a anulao pode ser praticada pela Administraode ofcio ou atendendo provocao do administrado.

    d) no processo de desfazimento de licitao fica assegurado o contraditrio e aampla defesa (certa).

    Isto tambm ningum sabia. Em qual hiptese pode a Administrao praticarqualquer ato que de qualquer forma cause qualquer conseqncia sobre a situaojurdica de qualquer administrado sem respeitar os princpios do contraditrio e daampla defesa? Em qualquer hiptese, NUNCA.

    e) cabe autoridade competente para a aprovao da licitao o juzo administrativoda sua revogao (certa).

    Ponto j comentado.

    c) a nulidade do processo de licitao induz, sempre, nulidade do contrato(errada).

    Meus senhores, so 21 horas e 13 minutos do dia 24 de dezembro de 2004, vsperade natal, e o infeliz tentando encontrar uma fonte doutrinria que tinha feito umaafirmao estapafrdia dessa. Logicamente, foi como esperar presente de nataldepois de uma certa idade: a gente nunca consegue o que est esperando.

    Pois bem, vejamos de onde a ESAF retirou esta preciosidade jurdica.

    Diz o 2 do art. 49:

    2. A nulidade do procedimento licitatrio induz do contrato, ressalvadoo disposto no pargrafo nico do art. 59 desta Lei.

    A, uma inteligncia rara conclui: h hiptese em que a nulidade do procedimento delicitao no induz a do contrato: a prevista no pargrafo nico do art. 59 da Lei8.666/93. Enfio um sempre na alternativa e levo todo mundo pra cova. E a, apartir desse nobre e profundo raciocnio, nasceu esta faanha intelectual.

    Meus senhores, minhas senhoras e demais presentes: quando que a anulao dalicitao no induz a do contrato? Barbada: NUNCA!

    Meus amigos, minhas amigas e eventuais ausentes: quando que a nulidade doprocesso de licitao induz nulidade do contrato? A mesma barbada: SEMPRE!

    A ressalva da parte final do 2 ao pargrafo nico do art. 59 s significa que, sequando da anulao da licitao o contrato j estava sendo executado, ocontratado, a no ser que o motivo da anulao lhe seja imputvel, tem direito indenizao pelo que ele houver executado at a data da invalidao e por outrosprejuzos regularmente comprovados.

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    A ressalva s significa isto: dever da Administrao de indenizar, nos termos dopargrafo nico do art. 59.

    E com essa j so 21:26. O Papai Noel t chegando e quem sabe este ano ele mesurpreende.

    At a prxima.

    Sntese do Comentrio:

    1) transcrio do art. 49 da Lei 8.666/93:

    Art. 49. A autoridade competente para a aprovao do procedimento somentepoder revogar a licitao por razes de interesse pblico decorrente de fato

    superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar talconduta, devendo anul-la por ilegalidade, de ofcio ou por provocao de terceiros,mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.

    1 A anulao do procedimento licitatrio por motivo de ilegalidade no geraobrigao de indenizar, ressalvado o disposto no pargrafo nico do art. 59 destaLei.

    2. A nulidade do procedimento licitatrio induz do contrato, ressalvado odisposto no pargrafo nico do art. 59 desta Lei.

    3 No caso de desfazimento do processo licitatrio, fica assegurado o contraditrioe a ampla defesa;

    4 O disposto neste artigo e seus pargrafos aplicam-se aos atos do procedimentode dispensa e inexigibilidade de licitao.

    2) fiquem tranqilos: a nulidade da licitao sempre induz do contrato.

    At tera.