Direito Administrativo MPU 2010 - Aula 01

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    DIREITO ADMINISTRATIVO – JURISPRUDÊNCIA PARA O MPUPROFESSOR: ARMANDO MERCADANTE

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    DDiir r ee iitt oo A A dd mm iinn iiss tt r r aa tt iivv oo :: j juu r r iiss pp r r uu dd êê nn cc iiaa pp aa r r aa oo cc oo nn cc uu r r ss oo dd oo MMPP UU ((tt oo dd oo ss oo ss cc aa r r gg oo ss ))

    Prezado(a) aluno(a),

    Meu nome é Armando Mercadante . Sou Procurador do Estado deMinas Gerais e professor de Direito Administrativo em cursospreparatórios para concursos públicos, além de ser autor do livro “Direito

    Administrativo – vol. 3 – coleção informativos comentados ”, publicadopela editora JusPODVIM.

    A cada concurso as bancas têm cobrado mais jurisprudência em suasprovas, tornando o estudo das decisões dos tribunais superioresimprescindível para a obtenção da aprovação.

    Por conta dessa necessidade, resolvi desenvolver esse curso com opropósito de orientá-lo de como se posicionar no concurso para o MPU(qualquer cargo) quando exigidas as posições do STF e do STJrelativamente aos temas indicados no edital.

    Tenho plena consciência de que a grande maioria dos alunos não está

    acostumada a estudar jurisprudência. Alguns candidatos sequer dãovalor. Não faça isso! A sua preparação deve ser completa!

    Minha preocupação é fazer um curso direcionado, com ênfase apenasnas jurisprudências que podem ser cobradas pelo CESPE nessa provapara o MPU.

    Inclusive, para estimular seu estudo, não me limitarei nessas aulasapenas à abordagem jurisprudencial, mas também farei uma análiseteórica de alguns dos temas constantes do edital.

    Com isto, ofereço-lhe uma maneira de aprimorar seus estudos,recordando pontos teóricos e agregando conhecimentos jurisprudenciais.

    Durante a elaboração dessa aula demonstrativa tive a convicção de queessa fórmula de estudo que conjuga jurisprudência com teoria produziráum excelente resultado.

    Leia essa aula demonstrativa e veja a importância desse estudo paravocê.

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    Saiba jurisprudência para destacar-se nas provas do MPU garantindo asua vaga!

    O cronograma é o seguinte:

    AULA 1

    1. Princípios2. Organização administrativa3. Servidores públicos (art. 37 a 41 da CF e Lei 8.112/90) – parte 1

    AULA 2

    4. Atos administrativos5. Poderes administrativos6. Servidores públicos (art. 37 a 41 da CF e Lei 8.112/90) – parte 2

    AULA 3

    7. Serviços públicos8. Lei 9.784/99 (processo administrativo)9. Lei 8.429/92 (improbidade administrativa)

    10. Lei 8.666/93 (contratos administrativos + licitações)11. Servidores públicos (art. 37 a 41 da CF e Lei 8.112/90) – parte 3

    Vamos juntos construir o diferencial que você precisa para “detonar”nesse concurso para o MPU.

    Forte abraço!

    Armando [email protected]

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    A A UULL A A DDEE MMOO NNSS TTRR A A TTIIVV A A

    Nessa aula demonstrativa, diferentemente do que farei durante ocurso em que as aulas serão divididas por assunto, abordareiapenas dois temas isolados com o objetivo de que você tenha umanoção de como serão as aulas.

    Portanto, sem perder tempo, vamos ao primeiro tema:

    1) Art. 84, parágrafo único, CF :

    Veja o que diz referido dispositivo:

    Art. 84 Compete privativamente ao Presidente da República:(...)Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuiçõesmencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros deEstado, ao Procurador Geral da República ou ao Advogado-Geral daUnião, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações

    Essa parte da matéria cai tanto na prova de Direito Administrativo,abrangido pelo tema “poderes administrativos”, com na de DireitoConstitucional, no item “Poder Executivo”.

    O Presidente da República, que é o Chefe do Poder Executivofederal, tem suas competências listadas no art. 84 da CF,dispositivo muito explorado nos concursos públicos.

    Geralmente as bancas, quanto a esse artigo, cobram do candidatoa “decoreba”. Porém, veja como o CESPE cobrou essa matéria em2007:

    (TCU/Auditor/2007/CESPE) Nos termos da lei federal que dispõe sobre oregime jurídico dos servidores públicos civis da União, a conduta doadministrador público no sentido de fraudar a licitação e desviar dinheiropúblico sujeita-o à pena de demissão, a ser aplicada pelo presidente daRepública, sendo pacífica a jurisprudência do STF no sentido daindelegabilidade dessa atribuição.

    A questão está errada , pois é possível essa delegação. Observe...

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    O parágrafo único do art. 84 prevê expressamente a possibilidadede delegação em três situações. Inclusive quero que você graveessas três hipóteses e quem pode receber a delegação.

    Vamos lá...

    As competências poderão ser delegadas para Ministro de Estado ,Procurador Geral da República e Advogado Geral da União .

    As competências que podem ser delegadas pelo Presidente daRepública são:

    a) (inciso VI) Dispor, mediante decreto, sobre:

    - organização e funcionamento da administração federal,quando não implicar aumento de despesa nem criação ouextinção de órgãos públicos;

    - extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.

    Quanto a esse inciso, preocupe-se na prova com as seguintespegadinhas:

    - o decreto só pode ser usado para organização e funcionamento daadministração federal se não implicar aumento de despesa. Casohaja aumento de despesa é imprescindível a utilização de lei;

    - a criação e a extinção de órgãos públicos somente podeocorrer por meio de lei;

    - as funções e os cargos públicos só podem ser extintos por decretose estiverem vagos; caso contrário, somente por meio de lei.

    b) (inciso XII) Conceder indulto e comutar penas, comaudiência, se necessário, dos órgãos inst ituídos em lei.

    Aqui só peço para que fique ligado na prova com a pegadinha do“se necessário”. A audiência dos órgãos para concessão de indultoe comutação de penas não é sempre obrigatória . Atenção para

    esse detalhe que faz a diferença na prova.

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    c) (inciso XXV, primeira parte) Prover cargos públicos federais,

    na forma da lei.

    Finalmente a questão que foi abordada pelo CESPE. O inciso XXVdiz prover e extinguir cargos públicos, porém o parágrafo único doart. 84 permite a delegação da competência prevista no inciso XXVprimeira parte , ou seja, somente para prover cargos públicos.

    Portanto, a competência para extinguir cargos não pode serdelegada!

    Tudo bem Armando, mas o inciso fala em prover cargos e aquestão do CESPE trata de demissão? Demissão é desprover!

    Aí o candidato que estudou pela CF não se preocupando com jurisprudência errou a questão, pois a resposta está noposicionamento do STF! Viu a importância desse estudo!!!

    Prover cargo é preenchê-lo . Vamos lembrar das formas deprovimento previstas na Lei 8.112/90: nomeação, recondução,reintegração, reversão, readaptação, promoção eaproveitamento .

    Contudo, o STF tem entendimento de que a competência paraprover cargo abrange também a para desprover . Ou seja, oPresidente da República pode tanto delegar para Ministro deEstado, PGR e AGU a competência para, por exemplo, nomearservidor, como também a competência para demiti r.

    Ponto para quem estudou jurisprudência!A propósito, como falei de demissão, vamos recordar o art. 141 daLei 8.112/90 que indica quais autoridades devem aplicar as sançõesdisciplinares:

    - demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade :Presidente da República, Presidentes das Casas do PoderLegislativo (exemplo: Presidente do Senado), Presidentes dos

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    Tribunais Superiores (exemplo: Presidente do STF) e ProcuradorGeral da República (que é o chefe do Ministério Público federal);

    - suspensão de até 30 dias: autoridades administrativas dehierarquia inferior às indicadas acima;

    - advertência ou suspensão de até 30 dias : chefe da repartição eoutras autoridades indicadas no regimento ou regulamento;

    - destituição de cargo em comissão: autoridade que fez anomeação.

    Conforme lhe disse no início da aula, durante todo o curso vamosconjugar jurisprudência com um pouco de teoria.

    Para encerrar essa primeira parte, relativamente ao art. 84 da CF,vou fazer algumas observações para a prova. Para tanto, precisoque você pegue sua CF e abra nesse artigo. Vou indicar o inciso ena frente fazer um breve comentário:

    - Inciso III (“iniciar o processo legislativo, na forma e nos casosprevistos nesta Constituição” ): o processo legislativo (processo paraelaboração de leis) tem como fase inicial a apresentação do projetode lei. Este projeto pode ser apresentado pelas pessoas/órgãosindicados no caput do art. 61 da CF, quais sejam: qualquer membroou Comissão da Câmara dos Deputados , do Senado Federal oudo Congresso Nacional , Presidente da República , STF ,Tribunais Superiores - exemplos, STJ, TST... -, Procurador-Geralda República – que é chefe do Ministério Público federal - e aoscidadãos .

    Quanto aos cidadãos (iniciativa popular) vai um macetinho paravocê: grave a milhar 1503 . Leia o art. 61, §2º que você vai entender:“a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmarados Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um porcento do eleitorado nacional, distribuído pelo menor por cincoEstados, com não menos de três décimos por cento dos eleitoresde cada um deles” .

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    - Inciso IV (“sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bemcomo expedir decretos e regulamentos para a sua fielexecução ”): trata-se da competência privativa do Presidente da

    República para editar decretos e regulamentos. É o que vocêestuda na matéria poderes administrativos, mas especificamente,poder regulamentar. Portanto, o Chefe do Poder Executivo exerceseu poder regulamentar por meio de decretos e regulamentosutilizados para esclarecer o conteúdo das leis viabilizando asua aplicação .

    - Inciso VI, “b” (“dispor mediante decreto, sobre : (...) extinção defunções ou cargos públicos, quando vagos”) : muito cuidado naprova! Somente é possível extinguir por meio de decreto funções ecargos públicos se esses estiverem vagos , conforme já dito linhasacima. Caso estejam preenchidos, deve-se usar lei. Lembrar queórgãos , mesmos vazios, não podem ser extintos por decreto, massomente por lei.

    - Inciso VIII (“celebrar tratados, convenções e atos internacionais,sujeitos a referendo do Congresso Nacional ”): atenção para essanecessidade de referendo (confirmação) do Congresso Nacional,que é exemplo de controle exercido pelo Poder Legislativo sobre osatos do Poder Executivo. Esse controle é estudado na matéria“controle da Administração Pública”, especificamente no pontocontrole legislativo.

    - Inciso XIV (“nomear, após aprovação pelo Senado Federal, osMinistros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, opresidente e os diretores do banco central e outros servidores,quando determinado em lei”) : este inciso será comentado duranteas aulas do curso, pois existe decisão do STF quanto ao tema. Porenquanto, apenas destaco a sua importância. Preciso despertar suacuriosidade para fazer o curso (rs...). Tenho que vender meu peixe,não é?! (rs...)

    - Inciso XV (“nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministrosdo Tribunais de Contas da União”) : reproduzi este inciso apenaspara passar um macete para você de como decorar o número deministros do TCU. Veja só: Três + Cinco + Um = 9 ministros (art. 73

    da CF).

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    - Inciso XII (“permitir, nos casos previstos em lei complementar ,que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele

    permaneçam temporariamente ”): cuidado com a troca de “leicomplementar” por “lei ordinária” .

    - Inciso XXIV (“prestar, anualmente, ao Congresso Nacional ,dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa ,as contas referentes ao exercício anterior”) : as bancas adorambrincar com essa prestação de contas pelo Presidente daRepública. Veja bem como funciona: o Presidente deve prestá-lasno prazo acima indicado para o Congresso Nacional . Se nãoapresentá-las nesse prazo, é a Câmara dos Deputados o órgãoresponsável para proceder à tomada de contas do Presidente (art.51, II). Uma vez prestadas as contas, estas serão entregues aoTCU que irá apreciá-las e apresentar parecer em até 60 dias doseu recebimento (art. 71, I). De posse do parecer, o CongressoNacional julgará as contas (art. 49, IX).

    Hora de passarmos para outro tema:

    2) Aposentadoria especial dos professores (art. 40, §5º, CF):

    Você sabe que aposentadoria dos servidores públicos é assuntopresente em quase todas as provas de concursos públicos.

    De início, é importante que você faça a seguinte distinção:

    I) Servidor estatutário : aposentadoria observa as regras do art. 40da CF (Regime próprio de previdência);

    II) Empregado público (celetista) : aposentadoria observa asregras do art. 201 da CF (Regime geral de previdência).

    Geralmente esse artigo 201 é mais cobrado em concursos parabacharéis em Direito. Já o art. 40 está presente em todos osconcursos cujo programa abranja Direito Administrativo ouConstitucional.

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    Portanto, nosso foco será a aposentadoria dos servidoresestatutários, como exemplo, os servidores civis federais vinculadosà Lei 8.112/90.

    Veja o que diz o caput do art. 40:

    Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios , incluídas suasautarquias e fundações , é assegurado regime de previdência de carátercontributivo e solidário , mediante contribuição do respectivo entepúblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas ,observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e odisposto neste artigo.

    Fiz questão de destacar para você negritando e sublinhando quaissão os pontos cobrados pelas bancas relativamente a essedispositivo.

    Vamos à sua análise...

    Quanto aos regimes de previdência, você pode separá-los em doisgrupos: Previdência Geral (INSS) e Previdências Próprias (emregra, dos servidores estatutários).

    No que interessa ao nosso estudo, a CF já definiu quais agentespúblicos estão vinculados ao regime geral: servidor ocupanteexclusivamente de cargo em comissão , temporário eempregado públ ico (art. 40, §13, CF).

    Atenção para o “exclusivamente” ocupante de cargo em comissão.Se você já é servidor estatutário e passa a ocupar um cargo emcomissão, permanecerá vinculado ao regime próprio de previdência.Porém, se você não é servidor público e é nomeado para um cargoem comissão, nessa situação você será um ocupanteexclusivamente de cargo em comissão. De acordo com a CF,contribuirá para a previdência geral (INSS).

    Quanto aos servidores vinculados ao regime próprio, veja que o art.40 faz referência aos titulares de cargos efetivos , ou seja, osconcursados estatutários .

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    Além disso, referido dispositivo permite que cada ente federativo(União, Estados, DF e Municípios) tenha a sua previdência própria,que abrangerá suas autarquias (ex. INSS) e fundações públicas de

    direito público (ex. FUNAI). Contudo, é importante saber quecadaente só poderá gerir uma previdência própria , conformedetermina o art. 40 em seu §20: “fica vedada a existência de maisde um regime próprio de previdência social para os servidorestitulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora dorespectivo regime em cada ente estatal.. .”.

    As principais características do regime próprio estão destacadas noartigo: contributivo e solidário .

    Outra informação importante para a prova é saber quem contribuipara a previdência própria. O art. 40 também traz esses dados:respectivo ente público , os servidores ativos e inativos e ospensionistas .

    No regime próprio de previdência existem três modalidades deaposentadoria (art. 40 CF): invalidez permanente, compulsória evoluntária. Veja o que interessa para a prova sobre cada umadelas:

    a) Invalidez permanente :

    A regra é que os proventos sejam proporcionais ao tempo decontribuição (cuidado com pegadinha de prova substituindo aexpressão “tempo de contribuição” por “tempo de serviço”),exceto se a invalidez decorreu de acidente em serviço , moléstiaprofissional ou doença grave, contagiosa ou incurável .

    b) Compulsoriamente :

    Quando o servidor completar 70 (setenta) anos de idade, comproventos proporcionais ao tempo de contribuição . Já fiz aobservação da pegadinha da troca de “contribuição” por “serviço”.Otempo de serviço é considerado para fins de disponibilidade(dê uma lida no art. 40, §9º da CF).

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    c) Voluntariamente :

    Nessa modalidade o servidor poderá aposentar-se por idade ou por

    idade + tempo de contribuição . Em qualquer das hipóteses, serápreciso comprovar tempo mínimo dedez anos de efetivo exercíciono serviço público e de cinco anos no cargo efetivo em que sedará a aposentadoria.

    Para aposentar somente por idade , quando os proventos serãoproporcionais ao tempo de contribuição, exige-se, além dosrequisitos acima, que o servidor tenha 65 anos e a servidora 60anos de idade.

    Já por idade + tempo de contribuição , com proventos in tegrais ,veja o quadro:

    Idade ContribuiçãoHomem 60 35Mulher 55 30

    Nessa última hipótese, e somente nela, os requisitos de idade ede tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos parao professor que comprove exclusivamente tempo de efetivoexercício das funções de magistério na educação infantil e noensino fundamental e médio .

    Idade ContribuiçãoHomem 55 30Mulher 50 25

    É justamente nesse ponto que se manifestou o STF dando ensejo àseguinte questão do CESPE, cuja assertiva está errada :

    (TRF5/Magistratura/2009/CESPE) As funções de magistériolimitam-se ao trabalho em sala de aula, excluindo-se as demaisatividades extraclasse, de forma que, para efeitos deaposentadoria especial de professores, não se computa otempo de serviço prestado em atividades como as decoordenação e assessoramento pedagógico.

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    O Supremo Tribunal Federal decidiu no julgamento da ADI 3772/DF(29.10.2008) que “I - a função de magistério não se circunscreveapenas ao trabalho em sala de aula, abrangendo também a

    preparação de aulas, a correção de provas, o atendimento aos paise alunos, a coordenação e o assessoramento pedagógico e, ainda,a direção de unidade escolar; II - As funções de direção ,coordenação e assessoramento pedagógico integram a carreirado magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos deensino básico, por professores de carreira, excluídos osespecialistas em educação, fazendo jus aqueles que asdesempenham ao regime especial de aposentadoria estabelecidonos arts. 40, § 5º, e 201, § 8º, da Constituição Federal”.

    Dessa forma, nos termos da jurisprudência do STF, para fins deaposentadoria especial, computa-se o tempo no exercício dasfunções de magistério na educação infantil e no ensinofundamental e médio, bem como nas funções de direção,coordenação e assessoramento pedagógico exercidos porprofessor de carreira em estabelecimentos de ensino básico.

    Portanto, mais uma questão solucionada com base emconhecimento jurisprudencial.

    Nessa pequena aula demonstrativa vimos que, de acordo com oSTF:

    - a competência para prover cargos públicos abrange tambéma para desprover , podendo ser delegada nos termos do art. 84,parágrafo único, CF;

    - para fins de aposentadoria especial, computa-se o tempo noexercício das funções de magistério na educação infantil e noensino fundamental e médio, bem como nas funções dedireção, coordenação e assessoramento pedagógicoexercidos por professor de carreira em estabelecimentos deensino básico.

    Chego ao fim dessa aula demonstrativa, cujo conteúdo foi umaamostra resumida do que serão minhas aulas (em média minhas

    aulas têm de 50 a 70 páginas).

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    Espero ter despertado seu interesse em participar do curso.

    Grande abraço

    Armando [email protected]