Direito Administrativo – Parte 1 Prof. Luís Gustavo · ... entre os quais se destacam Técnico Judiciário da Justiça Federal do Rio de Janeiro e Fiscal de ... do respectivo plano

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  • Tcnico Judicirio rea Administrativa

    Direito Administrativo Parte 1

    Prof. Lus Gustavo

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    Direito Administrativo

    Professor Lus Gustavo

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    CONTEDO

    DIREITO ADMINISTRATIVO: Lei 8.112/90 e Estrutura da Administrao Pblica

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    Introduo

    Lus Gustavo Bezerra de Menezes Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Municpio do Rio de Janeiro e Ex-Presidente da ANPAC. Aprovado em diversos concursos pblicos, entre os quais se destacam Tcnico Judicirio da Justia Federal do Rio de Janeiro e Fiscal de Tributos do Esprito Santo, j atuou em diversos cursos preparatrios, em vrios Estados e, atualmente, professor de cursos virtuais e telepresenciais.

    LIVROS PUBLICADOS:

    Direito Administrativo Coleo Provas Comentadas FCC Editora Ferreira (2 Edio) Lus Gustavo Bezerra de Menezes

    Direito Administrativo Coleo Provas Comentadas CESGRANRIO Editora Ferreira (1 Edio) Lus Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino

    Direito Administrativo Coleo Provas Comentadas FUNRIO Editora Ferreira (1 Edio) Lus Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino

    Comentrios Lei 8.112/90 Teoria mais 500 questes de provas anteriores Editora Ferreira (1 Edio) Lus Gustavo Bezerra de Menezes e Henrique Cantarino

    Fanpage: www.facebook.com/lgbezerrademenzes

    Periscope: @ProfLuisGustavo

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    Direito Administrativo

    LEI N 8.112/90 (ESTATUTO DO SERVIDOR PBLICO FEDERAL)

    HISTRICO

    LEI N 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

    "Art 1 Esta Lei institui o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais."

    CF, art. 39, "caput" REDAO ANTIGA ANTES DA EC 19/98"Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e panos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e fundaes pblicas."

    Assim, antes da EC 19/98, os entes da nossa Federao deveriam estabelecer um regime jurdico unificado para seus servidores (Administrao Pblica Direta, autrquica ou fundacional). O nosso Texto Constitucional preocupou-se, apenas, em unificar o tratamento dado aos seus funcionrios, evitando-se um conflito resultante de tratamentos diferenciados para os servidores de uma mesma Administrao.

    Assim, para se adequar aos mandamentos da Constituio Federal, respeitando a redao antiga do art. 39, a Unio estabeleceu, atravs da Lei n 8.112/90, o regime jurdico estatutrio, para o servidor pblico federal, da Administrao Direta, autrquica e fundacional.

    Hoje, aps a EC 19/98, passou-se a possibilitar que as Administraes Direta, autrquica e fundacional da Unio prevejam a contratao e o vnculo com os seus servidores por regimes diferentes. Acabou a obrigatoriedade do regime jurdico nico.

    Por fim, importante ressaltar que os empregados pblicos das sociedades de economia mista e das empresas pblicas sero sempre regidos pelo regime celetista.

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    CUIDADO: DECISO LIMINAR DO STF!Em 2007, o Supremo Tribunal Federal, LIMINARMENTE, determinou a suspenso da vigncia do caput do art. 39, da Constituio Federal, dada pela Emenda Constitucional 19/98, restabelecendo-se a sua redao original.

    Com isso, at que o Supremo Tribunal Federal decida de forma definitiva a matria, a Lei n 8.112/90 pode ser tida como o regime jurdico nico estatutrio, aplicvel aos servidores pblicos federais da Administrao Direta, autrquica e fundacional.

    De tal deciso liminar at o julgamento definitivo, pelo menos, no pode mais haver contratao de pessoal por meio do regime celetista, com base na lei 9.962/00, no mbito da Administrao Pblica Federal Direta, autrquica e fundacional.

    CARGO PBLICO

    o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional da Administrao que devem ser cometidas a um servidor. Segundo a Lei n 8.112/90, os cargos pblicos so:

    a) acessveis a todos os brasileiros

    "I os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;" (EC 19/98)

    "CF Art. 207, 1 facultado s universidades admitir professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, na forma lei.

    2 O disposto neste artigo aplica-se s instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica"

    "Lei n 8.112/90 art. 5 3 As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei."

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    b) denominao prpria

    c) criados por lei

    d) vencimento pago pelos cofres pblicos

    e) para provimento efetivo ou em comisso

    II a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao;

    A nomeao para cargo efetivo depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo.

    A nomeao para cargo em comisso independe de aprovao prvia em concurso pblico, visto ser um cargo de livre nomeao e exonerao.

    proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

    Art. 5 So requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:

    I a nacionalidade brasileira;

    II o gozo dos direitos polticos;

    III a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

    IV o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

    V a idade mnima de dezoito anos;

    VI aptido fsica e mental.

    As atribuies do cargo podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei.

    s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras. Para tais pessoas sero reservadas at 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

    As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos dessa lei.

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    CONCURSO PBLICO

    Art. 11. O concurso ser de provas ou de provas e ttulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, e ressalvadas as hipteses de iseno nele expressamente previstas.

    Art. 12. O concurso pblico ter validade de at 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo. (A PRORROGAO UMA FACULDADE DA ADMINISTRAO PBLICA!!)

    1 O prazo de validade do concurso e as condies de sua realizao sero fixados em edital, que ser publicado no Dirio Oficial da Unio e em jornal dirio de grande circulao.

    2 No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado." (vide CF, ART. 37, IV)

    FORMAS DE PROVIMENTO

    1. CONCEITO

    ato administrativo por meio do qual preenchido cargo pblico, com a designao de seu titular. De acordo com o Texto Constitucional, os cargos pblicos podem ser de provimento em comisso ou efetivo. O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada Poder.

    2. TIPOS

    Segundo o STF, as formas de provimento so classificadas como: Originria e Derivada.

    a) Provimento Originrio ocorre quando no h vnculo anterior com a Administrao.

    b) Provimento Derivado ocorre quando j havia um vnculo anterior com a Administrao.

    O STF j afirmou que a nica forma de provimento originrio compatvel com a Constituio Federal a NOMEAO.

    O STF considerou inconstitucionais as seguintes formas de provimento: transferncia e ascenso (ou acesso).

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    3. FORMAS

    a) Nomeao

    b) Promoo

    c) Readaptao

    d) Reverso

    e) Aproveitamento

    f) Reintegrao

    g) Reconduo

    a) NOMEAO

    nica forma de provimento originrio, segundo o STF.

    Pode ocorrer em carter efetivo ou em comisso.

    Segundo a CF, art. 37, II, a nomeao para cargo efetivo depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo.

    Segundo a CF, art. 37, II, a nomeao para cargo em comisso independe de aprovao prvia em concurso pblico, visto ser um cargo de livre nomeao e exonerao.

    O nomeado tem o prazo de 30 dias, improrrogveis, para tomar posse.

    Se no tomar posse, o ato de provimento ser tornado sem efeito.

    O Plenrio do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade e com repercusso geral, reconheceu que o candidato aprovado em concurso pblico dentro do nmero de vagas indicado no edital tem direito subjetivo de ser nomeado, dentro do prazo de validade do concurso (RE 598.099/MS, rel. Min. Gilmar Mendes, 10.08.2011).

    b) PROMOO

    S ocorre nos cargos escalonados em nveis, ou seja, nos cargos de carreira. No ocorre em cargos isolados.

    a passagem de nvel do servidor, dentro da mesma carreira. A EC 19/98 trouxe como requisito prvio promoo, a participao em cursos de formao e aperfeioamento em escolas de governo (art. 39, 2).

    A promoo no interrompe o tempo de exerccio, que contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicao do ato que promover o servidor.

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    c) READAPTAO

    forma de provimento derivado que visa adaptar a uma nova funo o servidor, estvel ou no, que sofreu uma limitao, fsica ou mental, na sua capacidade laborativa, mas que no ficou invlido permanentemente.

    Dever ocorrer em cargo equivalente ao anterior, tanto em atribuies, quanto em vencimentos. Na hiptese de no haver vaga, o servidor ficar como excedente, at a existncia de vaga.

    d) REVERSO

    "Art. 25 Reverso o retorno atividade de servidor aposentado:

    I por invalidez, quando junta mdica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; (reverso de ofcio)

    II no interesse da administrao, desde que:

    a) tenha solicitado a reverso (reverso a pedido)

    b) a aposentadoria tenha sido voluntria

    c) estvel quando na atividade

    d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores solicitao

    e) haja cargo vago

    1 A reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao.

    2 O tempo em que o servidor estiver em exerccio ser considerado para a concesso de aposentadoria.

    3 No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga.

    4 O servidor que retornar atividade por interesse da administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria.

    5 O servidor de que trata o inciso II somente ter os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.

    6 O Poder Executivo regulamentar o disposto neste artigo."

    Sendo assim, agora possvel ao servidor que se aposentou voluntariamente retornar, a pedido, ao servio ativo, desde que haja interesse da administrao (discricionrio) e sejam atendidos os requisitos estipulados pela MP.

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    J no caso do servidor que tenha sido aposentado por invalidez permanente, ocorrer a reverso de ofcio, ou seja, diretamente, independentemente de interesse da Administrao (vinculado).

    e) APROVEITAMENTO

    Previsto na CF, art. 41, 3.

    o retorno, ao servio ativo, do servidor estvel posto em disponibilidade.

    Ocorre em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anterior.

    Ser tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal.

    Obs1: Disponibilidade ocorre quando extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade pela Administrao. O servidor posto em disponibilidade receber proventos proporcionais ao tempo de servio.

    DISPONIBILIDADE TEMPO DE SERVIO

    REGRAS DE APOSENTADORIA TEMPO DE CONTRIBUIO

    Obs2: Outra observao importante que a disponibilidade no forma de punio do servi-dor. A punio do servidor posto em disponibilidade a sua cassao.

    f) REINTEGRAO

    Prevista na CF, art. 41, 2.

    o retorno ao servio pblico do servidor estvel, que havia sido injustamente demitido e que conseguiu, por via judicial ou administrativa, invalidar sua demisso.

    Apesar de a CF s falar em via judicial, certo que tambm vlida a invalidao de tal ato por via administrativa, dado o poder de autotutela da Administrao.

    Retornar ao cargo de origem com o ressarcimento de todos os direitos e vantagens inerentes ao cargo.

    Na hiptese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, at seu adequado aproveitamento.

    Segundo o Texto Constitucional, caso seja reintegrado o servidor e o eventual ocupante da vaga, for estvel, ser ele: RECONDUZIDO ao cargo de origem, sem direito indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio.

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    Caso o eventual ocupante no seja estvel, ser ele exonerado.

    g) RECONDUO

    Segundo o art. 29, da Lei n 8.112/90, o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado, podendo decorrer de:

    a) inabilitao em estgio probatrio, relativo a outro cargo

    b) reintegrao do anterior ocupante

    Obs 1: Cada vez que um servidor for nomeado para outro cargo, em virtude de concurso pblico, ser ele obrigado a fazer um novo estgio probatrio, visto que tal estgio serve para avaliar a capacidade do servidor para o exerccio das funes do novo cargo.

    Obs 2: Nos termos de jurisprudncia do STF, possvel ao servidor estvel aprovado para outro cargo, dentro do perodo de estgio probatrio, optar pelo retorno ao cargo antigo, caso deseje.

    4. POSSE

    A investidura em cargo pblico ocorre com a posse (art. 7). S h posse nos casos de provimento por nomeao (originrio). Com a posse, o nomeado passa a ser servidor.

    O prazo para o nomeado tomar posse de 30 dias, improrrogveis, da data da nomeao. Caso o nomeado no tome posse, o ato de nomeao ser tornado sem efeito. Como ainda no h vnculo entre o nomeado e a Administrao Pblica, no h que se falar em exonerao e, muito menos, em demisso.

    " 2 Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo ser contado do trmino do impedimento."

    Art. 81:

    I licena por motivo de doena em pessoa da famlia

    III licena para o servio militar

    V para capacitao

    Art. 102:

    I frias;

    IV participao em programa de treinamento regularmente institudo, conforme dispuser o regulamento;

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    VI jri e outros servios obrigatrios por lei;

    VII misso ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento;

    VIII licena:

    a) gestante, adotante e paternidade;

    b) para tratamento da prpria sade, at o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo;

    d) por motivo de acidente em servio ou doena profissional;

    e) para capacitao, conforme dispuser o regulamento;

    f) por convocao para o servio militar;

    IX deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

    X participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva nacional, no Pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica.

    5. EXERCCIO

    Segundo o art. 15, da Lei n 8.112/90, exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da funo de confiana. O prazo para o servidor entrar em exerccio de 15 dias, improrrogveis. Caso o servidor empossado no entre em exerccio, ser ele exonerado ou ser tornado sem efeito o ato de sua designao para funo de confiana.

    O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao. (Pargrafo includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Para dar exerccio ao servidor, competente a autoridade do rgo ou entidade para onde for nomeado ou designado.

    6. ESTGIO PROBATRIO

    "Art 20 Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficar sujeito a estgio probatrio por perodo de vinte e quatro meses durante o qual a sua aptido e capacidade sero objeto de avaliao para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

    1) assiduidade2) disciplina3) capacidade de iniciativa4) produtividade5) responsabilidade"

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    CUIDADO!H uma grande polmica quanto ao prazo do estgio probatrio. Tudo comeou com a ampliao do prazo para aquisio de estabilidade que passou de 2 para 3 anos de efetivo exerccio, em decorrncia da alterao trazida pela Emenda Constitucional 19/98.

    Desde ento, o tema objeto de conflito entre posicionamentos doutrinrios e at entre os Tribunais, tanto administrativa, quanto judicialmente. Alguns defendem que o prazo do estgio probatrio de 24 meses (como estabelecido pelo texto original da Lei n 8.112/90) e outros que o prazo passou a ser de 36 meses.

    Atualmente, a pode-se dizer que a polmica est "pacificada", pois o entendimento do STF, do STJ, da AGU e da grande maioria das bancas examinadoras que o prazo do estgio probatrio de 36 meses.

    Quatro meses antes de findo o perodo do estgio probatrio, ser submetida homologao da autoridade competente a avaliao do desempenho do servidor, realizada por comisso constituda para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuzo da continuidade de apurao dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo.

    Servidor no aprovado em estgio probatrio:

    a) ESTVEL ==> EXONERADO ==> RECONDUO

    b) NO ESTVEL ==> EXONERADO (no h que se falar em demisso)

    VITALICIEDADE X ESTABILIDADE X EFETIVIDADETais conceitos no se confundem. A estabilidade prevista no art. 41, da CF, sendo uma garantia de permanncia no servio pblico para os servidores ocupantes de cargo efetivo, aprovados em concurso pblico, adquirida aps trs anos de efetivo exerccio.

    Assim, diz-se que a estabilidade est relacionada com o tempo de servio pblico. J a efetividade um atributo do cargo pblico, ou seja, ter efetividade o servidor ocupante de cargo pblico efetivo. Logo, a efetividade est relacionada com o tipo de cargo pblico que a pessoa ocupa.

    Por fim, a vitaliciedade seria uma "superestabilidade" aplicvel aos ocupantes de cargos vitalcios, tais como os magistrados e membros do Ministrio Pblico. Os detentores de tal privilgio somente perdero seus cargos em virtude de sentena judicial com trnsito em julgado.

    Obs.: Estabilidade Extraordinria (ADCT, art. 19) "Os servidores pblicos civis da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, da administrao direta, autrquica e das fundaes pblicas, em exerccio na data da promulgao da Constituio, h pelo menos cinco anos continuados, e que no tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituio, so considerados estveis no servio pblico."

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    FORMAS DE VACNCIA

    1. CONCEITO

    a forma pela qual o cargo pblico fica vago, ou seja, a maneira pela qual o servidor desocupa o cargo pblico. o contrrio de provimento.

    2. FORMAS

    a) Exonerao ( demisso)

    b) demisso

    c) promoo

    d) readaptao

    e) aposentadoria

    f) posse em outro cargo inacumulvel

    g) falecimento

    Obs.: importante ressaltarmos que so hipteses simultneas de vacncia e provimento, explcitas, de acordo com o texto da Lei n 8.112/90: promoo e readaptao

    Quanto exonerao do servidor, podemos afirmar que:

    1) para o servidor ocupante de cargo efetivo poder ser:

    a) a pedidob) de ofcio, em decorrncia de:

    inabilitao em estgio probatrio

    o servidor no entrar em exerccio no prazo legal aps a posse

    2) para o servidor em cargo comissionado poder ser:

    a) a pedidob) de ofcio, a juzo da autoridade competente ("livre nomeao e exonerao")

    So tambm hipteses de exonerao:

    a) quando extinto o cargo do servidor no estvel

    b) na hiptese de reintegrao, quando o cargo em que deva ser reintegrado o servidor encontrar-se ocupado por servidor no estvel

    c) por insuficincia de desempenho (CF, art. 41, 4)

    d) por excesso de despesa com pessoal (CF, art. 169, 4)

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    REMOO

    Desde j, importante ressaltarmos que no hiptese de provimento ou de vacncia de cargo pblico.

    Alm disso, remoo no sinnimo de transferncia. Essa foi julgada inconstitucional pelo STF e era forma de provimento de cargo pblico, revogada pela Lei n 9527/97.

    Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede, ou seja, o servidor permanecer no mesmo cargo, podendo implicar ou no mudana na localidade de exerccio do servidor.

    A remoo de ofcio independe da vontade do servidor e ser sempre determinada no interesse da Administrao. J a remoo a pedido pode ocorrer a critrio da Administrao ou pode, em certos casos, a Administrao ser obrigada a conced-la.

    Sendo assim, a Lei n 8.112/90 entende como modalidades de remoo:

    I de ofcio, no interesse da Administrao;

    II a pedido, a critrio da Administrao;

    III a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administra-o:

    a) para acompanhar cnjuge ou companheiro, tambm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslocado no interesse da Administrao;

    b) por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao por junta mdica oficial;

    c) em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados.

    REDISTRIBUIO

    Tambm no forma de provimento, nem de vacncia. Ocorre deslocamento do cargo para outro rgo ou entidade, e no o preenchimento de um cargo preexistente nesse rgo ou entidade. Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo Poder.

    A redistribuio deve ser previamente apreciada pelo rgo central do Sistema de Pessoal Civil e possui os seguintes pressupostos:

    I interesse da administrao;

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    II equivalncia de vencimentos;

    III manuteno da essncia das atribuies do cargo;

    IV vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;

    V mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional;

    VI compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade.

    importante ressaltarmos que ela s existe ex-officio. uma tcnica que permite Administrao adequar seus quadros s reais necessidades de servio de seus rgos ou entidades.

    Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, o servidor estvel que tenha seu cargo extinto ou declarado desnecessrio, no sendo redistribudo, ser colocado em disponibilidade, com proventos proporcionais, at seu adequado aproveitamento. Alternativamente, o servidor que no for distribudo ou colocado em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do SIPEC e ter exerccio provisrio, em outro rgo ou entidade, at seu adequado aproveitamento.

    Art. 18. O servidor que deva ter exerccio em outro municpio em razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em exerccio provisrio ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias de prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede.

    1 Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo ser contado a partir do trmino do impedimento.

    2 facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.

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    SUBSTITUIO

    Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou funo de direo ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial tero substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omisso, previamente designados pelo dirigente mximo do rgo ou entidade.

    1 O substituto assumir automtica e cumulativamente, sem prejuzo do cargo que ocupa, o exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacncia do cargo, hipteses em que dever optar pela remunerao de um deles durante o respectivo perodo.

    2 O substituto far jus retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio, que excederem o referido perodo.

    Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nvel de assessoria.

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    Questes

    QUESTES DE PROVAS ANTERIORES PARTE 1

    1. (FCC TRF-1a Analista Administrativo 2011) Joo, servidor pblico federal, est-vel, retorna a cargo anteriormente ocupa-do em virtude de inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo. Maria, servidora pblica federal, aposentada por invalidez, retorna atividade, tendo em vis-ta que a junta mdica oficial declarou insub-sistentes os motivos de sua aposentadoria. Os exemplos narrados correspondem, res-pectivamente, s seguintes formas de provi-mento de cargo pblico:

    a) readaptao e aproveitamento.b) reintegrao e reconduo.c) reverso e readaptao.d) reconduo e reverso.e) aproveitamento e reintegrao.

    2. (FCC TRT-18 Juiz Substituto 2014) No tocante disciplina da remoo dos servi-dores pblicos, nos termos da Lei Federal no 8.112/1990, INCORRETO afirmar:

    a) Remoo o deslocamento do servi-dor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede.

    b) A remoo a pedido, para acompa-nhar cnjuge ou companheiro, tam-bm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicpios, que foi deslocado de ofcio, concedida independentemente do inte-resse da Administrao.

    c) A remoo a pedido, por motivo de sa-de do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expen-sas e conste do seu assentamento fun-

    cional, pode ser concedida mediante declarao firmada por mdico de con-fiana do interessado.

    d) Na hiptese em que o nmero de in-teressados for superior ao nmero de vagas, a remoo a pedido se dar me-diante processo seletivo, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lota-dos.

    e) A remoo a pedido no gera direito percepo de ajuda de custo pelo servi-dor removido.

    3. (FCC DPEP Defensor Pblico 2014) De-terminado servidor pblico que ocupava cargo efetivo foi demitido, tendo essa de-ciso sido lanada no bojo de processo dis-ciplinar que tramitou nos termos da legis-lao vigente. Entende o servidor que no foram apreciados corretamente todos os fatos e provas colacionados aos autos. Pre-tende questionar judicialmente a deciso, requerendo

    a) sua reconduo ao cargo, cabvel nos casos de nulidade do processo discipli-nar

    b) seu ingresso no servio pblico, inician-do novo vnculo com a Administrao pblica.

    c) sua remoo para outro cargo, precedi-da de invalidao da deciso que o de-mitiu, para que seja resgatado o vnculo inicial.

    d) sua readaptao, precedida de invali-dao da deciso que o demitiu, para possibilitar que seja resgatado o vnculo inicial.

    e) sua reintegrao ao cargo anteriormen-te ocupado, fazendo jus a todos os ven-cimentos que lhe deveriam ter sido pa-gos desde a demisso.

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    4. (FCC TRF-4 Analista Judicirio 2014) O provimento de cargo pblico confere que-le que tomou posse o status de servidor p-blico. A propsito do provimento de cargos pblicos, com base no que dispe a Lei n 8.112/1990, o

    a) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficincia, regularmente apro-vada em concurso pblico, chama-se reconduo.

    b) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficincia, regularmente apro-vada em concurso pblico, chama-se reintegrao.

    c) retorno ao cargo por servidor pblico aposentado, que se submeteu a outro concurso pblico de provas e ttulos, chama-se readaptao.

    d) ingresso de estrangeiro em cargo pbli-co chama-se reintegrao, desde que tenha se submetido a regular concurso pblico de provas e ttulos.

    e) provimento de cargos de professores, tcnicos e cientistas pode se dar com estrangeiros, no mbito das universida-des e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais.

    5. (FCC TRT-19 Oficial de Justia 2014) Caterina, servidora pblica federal, dever ter exerccio em outro Municpio em razo de ter sido removida. Nos termos da Lei n 8.112/90, a servidora ter um prazo m-nimo, contado da publicao do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo necessrio para o deslocamento para a nova sede. O prazo mnimo a que se refere o enunciado de

    a) dez dias.b) um ms.c) cinco dias.d) setenta e duas horas.e) quinze dias.

    6. (FCC TRE-TO Analista Administrativo 2011) Quanto a reverso, certo que

    a) a reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao.

    b) no poder reverter o aposentado que j tiver completado sessenta e cinco anos de idade.

    c) a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compa-tveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental ve-rificada em inspeo mdica.

    d) o retorno atividade de servidor em disponibilidade e far-se- mediante aproveitamento obrigatrio em cargo de atribuies e vencimentos compat-veis com o anteriormente ocupado.

    e) se far no interesse da Administrao, desde que a aposentadoria ou disponi-bilidade, no tenha sido voluntria.

    7. (FCC TRT-14a Analista Judicirio 2011) De acordo com a Lei n 8.112/90, que dis-pe sobre o regime jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais, a remoo de servidor pblico

    a) no cabvel, a pedido, para outra lo-calidade, a fim de acompanhar compa-nheiro, tambm servidor pblico civil da Unio, que foi deslocado no interes-se da Administrao Pblica.

    b) pode se dar de ofcio ou a pedido, sen-do, nesta segunda hiptese, sempre de-pendente do interesse da Administra-o Pblica.

    c) ocorre somente no mbito do mesmo quadro.

    d) pressupe sempre mudana de sede ou funo.

    e) cabvel, a pedido, para outra localida-de, em razo de processo seletivo pro-movido, na hiptese em que o nmero de interessados for inferior ao nmero de vagas, de acordo com normas prees-tabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados.

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    8. (FCC TRT-4a Analista Administrativo 2011) cabvel remoo a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administrao, em virtude de processo seletivo promovido, na hiptese em que o nmero de interessados for:

    a) Superior ao nmero de vagas, de acordo normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade, em que aqueles estejam lota-dos

    b) Inferior ao nmero de vagas, em confor-midade com normas estabelecidas pelo Poder Pblico em que aqueles estejam designados

    c) Superior ao nmero de vagas, a critrio da autoridade competente, desde que presente o interesse pblico, indepen-dentemente da respectiva lotao

    d) Inferior ao nmero de vagas, a critrio da autoridade competente, quando ne-cessrio ao atendimento de situaes emergncias do rgo ou entidade

    e) Igual ao nmero de vagas, de acordo com normas estabelecidas pelo rgo pblico independentemente do local da respectiva designao

    9. (FCC TRT-4 Seg. e Transp. 2011) Nos termos da Lei n 8.112/90, s pessoas por-tadoras de deficincia assegurado o di-reito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras. Para tais pessoas, das vagas oferecidas no concurso, sero reservadas at:

    a) vinte por cento.b) trinta por cento.c) trinta e cinco por cento.d) quarenta por cento.e) vinte e cinco por cento.

    10. (FCC TRE-AP Tcnico Judicirio 2011) Deocleciano foi empossado como servidor efetivo do cargo pblico X. De acordo com a Lei n 8.112/90, Deocleciano:

    a) ter o prazo de quinze dias para entrar em exerccio, contados da data da pos-se.

    b) ter o prazo de trinta dias para entrar em exerccio, contados do primeiro dia til posterior data da posse.

    c) entrar em exerccio imediatamente, tendo em vista que a posse e o exerccio so atos que devem ser realizados obri-gatoriamente concomitantemente.

    d) ter o prazo de dez dias para entrar em exerccio, contados do primeiro dia til posterior data da posse.

    e) ter o prazo de dez dias prorrogveis por mais dez, contados da data da pos-se.

    11. (FCC TRE-AP Analista de Sistema 2011) Clotilde, servidora pblica civil federal, est aposentada por invalidez. Na ltima percia realizada para avaliao das condies de sua sade, uma junta mdica oficial decla-rou insubsistentes os motivos de sua apo-sentadoria determinando o retorno de Clo-tilde atividade. Neste caso, ocorreu

    a) a transferncia.b) a readaptao.c) a reconduo.d) o aproveitamento.e) a reverso.

    12. (FCC TRF-4 Analista Judicirio 2014) O provimento de cargo pblico confere quele que tomou posse o status de servidor p-blico. A propsito do provimento de cargos pblicos, com base no que dispe a Lei n 8.112/1990, o

    a) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficincia, regularmente apro-vada em concurso pblico, chama-se re-conduo.

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    b) provimento de cargo por pessoa porta-dora de deficincia, regularmente apro-vada em concurso pblico, chama-se reintegrao.

    c) retorno ao cargo por servidor pblico aposentado, que se submeteu a outro concurso pblico de provas e ttulos, chama-se readaptao.

    d) ingresso de estrangeiro em cargo pbli-co chama-se reintegrao, desde que tenha se submetido a regular concurso pblico de provas e ttulos.

    e) provimento de cargos de professores, tcnicos e cientistas pode se dar com estrangeiros, no mbito das universida-des e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais.

    13. (FCC TRT-1 Analista Judicirio 2014) De acordo com a Lei n 8.112/90, a nomeao uma das formas de provimento de cargo pblico, aplicvel para ocupao de

    a) cargo pblico efetivo, no aplicado para os comissionados, exceto os reintegra-dos.

    b) cargo pblico efetivo e para cargos de confiana.

    c) cargo ou emprego pblico efetivos.d) funo pblica de confiana, cargo em

    comisso efetivo e emprego pblico.e) cargo em comisso, desde que derivado

    de readaptao.

    14. (FCC TRT-5 Analista Judicirio 2013) A investidura em cargo pblico ocorre com a posse e depender de prvia inspeo m-dica oficial. Todavia, nos termos do Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, somente haver posse nos casos de provimento de cargo por:

    a) nomeao.b) promoo.c) readaptao.d) reintegrao.e) reconduo.

    15. (FCC TRT-12 Tcnico Judicirio 2013) Segundo a Lei n 8.112/90, especificamente no que concerne ao regime jurdico dos ser-vidores pblicos da Unio, INCORRETO:

    a) A posse, em regra, ocorrer no prazo de trinta dias contados da publicao do ato de provimento.

    b) No se abrir novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concur-so anterior com prazo de validade no expirado.

    c) As universidades e instituies de pes-quisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com profes-sores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedi-mentos previstos em lei.

    d) Para as pessoas portadoras de deficin-cia sero reservadas at 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso pblico para provimento de cargo com atribuies compatveis com a deficin-cia de que so portadoras.

    e) S haver posse nos casos de provimen-to de cargo por nomeao.

    16. (FCC TRT-19 Contador 2014) Jssica, servidora pblica federal, aposentou-se por invalidez em 2011. Decorridos dois anos, a junta mdica oficial declarou insubsisten-tes os motivos de sua aposentadoria. Cum-pre salientar que Jssica, no incio de 2013, completou 70 (setenta) anos de idade. A propsito do tema e nos termos da Lei n 8.112/90,

    a) aplica-se, no caso, o instituto da recon-duo.

    b) aplica-se, no caso, o instituto da readap-tao.

    c) possvel a reverso, independente-mente da idade, devendo Jssica, poste-riormente, requerer sua aposentadoria por idade.

    d) no possvel a reverso, uma vez que Jssica completou setenta anos de ida-de.

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    e) possvel a reconduo de Jssica, in-dependentemente da idade, devendo, posteriormente, requerer sua aposenta-doria por idade.

    17. (FCC TCE-RS Auditor Pblico 2014) De-terminado servidor pblico que ocupava cargo efetivo foi demitido, tendo essa de-ciso sido lanada no bojo de processo dis-ciplinar que tramitou nos termos da legis-lao vigente. Entende o servidor que no foram apreciados corretamente todos os fatos e provas colacionados aos autos. Pre-tende questionar judicialmente a deciso, requerendo

    a) sua reconduo ao cargo, cabvel nos casos de nulidade do processo discipli-nar

    b) seu ingresso no servio pblico, inician-do novo vnculo com a Administrao pblica.

    c) sua remoo para outro cargo, precedi-da de invalidao da deciso que o de-mitiu, para que seja resgatado o vnculo inicial.

    d) sua readaptao, precedida de invali-dao da deciso que o demitiu, para possibilitar que seja resgatado o vnculo inicial.

    e) sua reintegrao ao cargo anteriormen-te ocupado, fazendo jus a todos os ven-cimentos que lhe deveriam ter sido pa-gos desde a demisso.

    18. (FCC CNMP Administrao 2015) No tocante s formas de provimento de cargo pblico, tem-se que:

    a) o aproveitamento decorrncia obriga-tria do retorno atividade de servidor em disponibilidade e ser feito em car-go de atribuies e vencimentos com-patveis com o anteriormente ocupado.

    b) a hiptese de reverso do aposentado voluntariamente depende de seu inte-resse desde que no tenha 70 (setenta) anos de idade.

    c) na hiptese de reintegrao, encontran-do-se provido o cargo, o seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, com direito indenizao caso no aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

    d) a reconduo a reinvestidura do ser-vidor estvel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

    e) a readaptao a investidura do servi-dor em cargo de atribuies e respon-sabilidades menos complexas e ser efetivada em cargo de atribuies cuja habilitao exigida no dependa de n-vel de escolaridade.

    19. (FCC TRT-18 Juiz Substituto 2014) No tocante disciplina da remoo dos servi-dores pblicos, nos termos da Lei Federal no 8.112/1990, INCORRETO afirmar:

    a) Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede.

    b) A remoo a pedido, para acompanhar cnjuge ou companheiro, tambm ser-vidor pblico civil ou militar, de qual-quer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslocado de ofcio, concedi-da independentemente do interesse da Administrao.

    c) A remoo a pedido, por motivo de sa-de do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expen-sas e conste do seu assentamento fun-cional, pode ser concedida mediante declarao firmada por mdico de con-fiana do interessado.

    d) Na hiptese em que o nmero de in-teressados for superior ao nmero de vagas, a remoo a pedido se dar me-diante processo seletivo, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou

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    entidade em que aqueles estejam lota-dos.

    e) A remoo a pedido no gera direito percepo de ajuda de custo pelo servi-dor removido.

    20. (FCC TRT-6 Juiz Substituto 2015) San-dro, servidor pblico, ocupa cargo efetivo de engenheiro, integrante do quadro de autar-quia federal responsvel pelos sistemas de transporte rodovirio. Tendo em vista a sua classificao no concurso pblico de ingres-so, Sandro teve a oportunidade de ocupar cargo lotado em unidade regional da autar-quia, localizada prxima cidade onde resi-de. Ocorre que, no decorrer do tempo, di-versos cargos do quadro de engenheiros da autarquia ficaram vagos em funo de apo-sentadorias e desligamentos, prejudicando o atendimento em determinadas localida-des. Considerando as disposies da Lei fe-deral no 8.112/1990, Sandro:

    a) poder sofrer remoo, de ofcio, no interesse da Administrao, ainda que com mudana de sede.

    b) caso removido de ofcio pela Adminis-trao para outra localidade, ter prio-ridade para reconduo lotao de origem na hiptese de abertura de novo concurso pblico para provimento de cargos vagos.

    c) poder ter a sua lotao alterada para outra sede, no interesse da Administra-o, desde que instaurado processo se-letivo de remoo.

    d) somente poder ser removido a pedido, salvo se ainda no tiver completado o perodo de estgio probatrio.

    e) somente estar obrigado a exercer suas atribuies em localidade diversa de sua lotao original na hiptese de re-distribuio do seu cargo.

    Gabarito:1. D2. C3. E4. E5. A6. A7. C8. A9. A10. A11. E12. E13. B14. A15. D16. D17. E 18. A19. C20. A

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    DIREITOS E VANTAGENS

    1. VENCIMENTO:

    Vencimento a retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei.

    2. REMUNERAO:

    o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes, estabelecidas em lei. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel. Nenhum servidor receber remunerao inferior ao salrio mnimo.

    SUBSDIO:

    Sistema remuneratrio introduzido em nosso Texto Constitucional pela Emenda Constitucional 19/98. Sua caracterstica ser em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria (art. 39, 4).

    O importante sabermos quais so os agentes pblicos que obrigatoriamente recebero atravs dessa espcie remuneratria. So eles: o membro do Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretrios Estaduais e Municipais (art. 39, 4).

    J os servidores organizados em carreira podero (facultativamente) receber atravs dessa espcie remuneratria (art. 39, 8).

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    3. TETO REMUNERATRIO:

    Constituio Federal, art. 37:

    "XI a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidos cumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o subsdio dos Desembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no mbito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio Pblico, aos Procuradores e aos Defensores Pblicos" (Redao dada pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003)

    9 O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de economia mista, e suas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

    11. No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei.

    12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu mbito, mediante emenda s respectivas Constituies e Lei Orgnica, como limite nico, o subsdio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no se aplicando o disposto neste pargrafo aos subsdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores."

    5. PERDA DO VENCIMENTO:

    "Art. 44. O servidor perder:"

    1. a remunerao dos dias em que faltar ao servio, sem justo motivo;

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    2. a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias justificadas, ressalvadas as concesses de que trata o art. 97, e sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subsequente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata (com a nova redao dada pela Lei 9527/97, qualquer atraso ou sada antecipada, independentemente do tempo, dever ser compensada);

    3. quando houver convenincia para o servio, a penalidade de suspenso poder ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remunerao, ficando o servidor obrigado a permanecer em servio. (ACRESCIDO POR NS).

    Obs.: As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio (art. 44, pargrafo nico)

    6. REPOSIES E INDENIZAES:

    Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. (art. 45)

    TEXTO Lei n 13.172/2015 1 Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento em favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento.

    2 O total de consignaes facultativas de que trata o 1 no exceder a 35% (trinta e cinco por cento) da remunerao mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para:

    I a amortizao de despesas contradas por meio de carto de crdito; ou

    II a utilizao com a finalidade de saque por meio do carto de crdito.

    As reposies e as indenizaes ao errio sero descontadas em parcelas mensais. O valor de cada parcela no poder ser inferior ao correspondente a dez por cento da remunerao, provento ou penso.

    O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ter o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o dbito. A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa.

    O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultante de deciso judicial.

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    7. VANTAGENS:

    So vantagens quaisquer valores percebidos pelo servidor que no sejam vencimento. Possuem carter permanente ou temporrio, sendo certo, que apenas as vantagens de carter permanente integram a remunerao.

    "Art. 49. Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

    I indenizaes;

    II gratificaes;

    III adicionais.

    1 As indenizaes no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.

    2 As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei."

    Pelas definies acima, percebemos que as indenizaes jamais faro parte da remunerao, porm, as gratificaes e os adicionais podero ou no fazer parte, dependendo do carter permanente ou no, nos casos e nas condies indicadas em lei.

    a) INDENIZAES:

    Como visto anteriormente, no se incorporam remunerao do servidor, visto o seu carter temporrio (indenizatrio).

    Segundo o art. 51, da Lei n 8.112/90, so elas:

    I) Ajuda de Custo

    II) Dirias

    III) Indenizao de Transporte

    IV) Auxlio Moradia (Lei n 11.355/06)

    Obs.: Os valores das indenizaes estabelecidas nos itens I a III, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidos em regulamento.

    I) AJUDA DE CUSTO:

    Destina-se a compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente.

    No ser concedida ajuda de custo nas hipteses de remoo a pedido.

    Correm, tambm, por conta da administrao as despesas de transporte do servidor e de sua famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

    O valor pago a ttulo de ajuda de custo calculado sobre a remunerao do servidor, no podendo exceder a importncia correspondente a 3 meses de remunerao.

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    Garante-se, ainda, famlia do servidor que falecer na nova sede, ajuda de custo e transporte para localidade de origem, dentro do prazo de 1 ano, contado do bito.

    O servidor ficar obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, no se apresentar na nova sede no prazo de 30 dias.

    II) DIRIAS:

    O servidor que, a servio, se afastar da sede em carter eventual ou transitrio, para outro ponto do territrio nacional, far jus a passagens e dirias, para cobrir as despesas de pousada, alimentao e locomoo urbana.

    A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando a Unio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias.

    Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias.

    Tambm no far jus a dirias o servidor que se deslocar dentro da mesma regio metropolitana, aglomerao urbana ou microrregio, constitudas por municpios limtrofes e regularmente institudas, ou em reas de controle integrado mantidas com pases limtrofes, cuja jurisdio e competncia dos rgos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipteses em que as dirias pagas sero sempre as fixadas para os afastamentos dentro do territrio nacional.

    O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. No caso de o afastamento do servidor durar menos que o previsto, ele dever restituir as dirias percebidas em excesso, no prazo, tambm, de 5 dias.

    III) INDENIZAO DE TRANSPORTE:

    Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

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    IV) AUXLIO MORADIA (Lei n 11.355/06):

    Art. 60-A. O auxlio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de 1 (um) ms aps a comprovao da despesa pelo servidor.

    Art. 60-B. Conceder-se- auxlio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:

    I no exista imvel funcional disponvel para uso pelo servidor;

    II o cnjuge ou companheiro do servidor no ocupe imvel funcional;

    III o servidor ou seu cnjuge ou companheiro no seja ou tenha sido proprietrio, promitente comprador, cessionrio ou promitente cessionrio de imvel no Municpio aonde for exercer o cargo, includa a hiptese de lote edificado sem averbao de construo, nos 12 (doze) meses que antecederem a sua nomeao;

    IV nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxlio-moradia;

    V o servidor tenha se mudado do local de residncia para ocupar cargo em comisso ou funo de confiana do Grupo-Direo e Assessoramento Superiores DAS, nveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;

    VI o Municpio no qual assuma o cargo em comisso ou funo de confiana no se enquadre nas hipteses previstas no 3 do art. 58 desta Lei, em relao ao local de residncia ou domiclio do servidor;

    VII o servidor no tenha sido domiciliado ou tenha residido no Municpio, nos ltimos 12 (doze) meses, aonde for exercer o cargo em comisso ou funo de confiana, desconsiderando-se prazo inferior a 60 (sessenta) dias dentro desse perodo; e

    VIII o deslocamento no tenha sido por fora de alterao de lotao ou nomeao para cargo efetivo.

    IX o deslocamento tenha ocorrido aps 30 de junho de 2006.

    Pargrafo nico. Para fins do inciso VII, no ser considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comisso relacionado no inciso V

    Art. 60-D. O valor mensal do auxlio-moradia limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.

    1 O valor do auxlio-moradia no poder superar 25% (vinte e cinco por cento) da remunerao de Ministro de Estado.

    2 Independentemente do valor do cargo em comisso ou funo comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento at o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).

    Art. 60-E. No caso de falecimento, exonerao, colocao de imvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel, o auxlio-moradia continuar sendo pago por um ms.

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    b) GRATIFICAES E ADICIONAIS:

    Como visto anteriormente, podem incorporar-se ou no remunerao, dependendo do seu carter permanente ou no.

    Segundo o art. 51, da Lei n 8.112/90, so elas:

    gratificao pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento;

    gratificao natalina;

    adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

    adicional pela prestao de servio extraordinrio;

    adicional noturno;

    adicional de frias;

    gratificao por encargo de curso ou concurso. (Includo pela Lei n 11.314 de 2006);

    outros, relativos ao local ou natureza do trabalho.

    Obs. 1: A lista no taxativa, visto que a lei pode estabelecer outros adicionais relativos ao local ou natureza do trabalho.

    Obs. 2: O Adicional por tempo de servio foi revogado. Os adicionais j concedidos aos servidores abrangidos pelo Estatuto, ficaram transformados em anunios (art. 244)

    I) Gratificao pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento

    Ao servidor investido em funo de direo, chefia ou assessoramento devida uma gratificao pelo seu exerccio. A remunerao dos cargos em comisso deve ser estabelecida em lei especfica.

    Obs.: No existe mais no servio pblico federal a incorporao de funo

    II) Gratificao Natalina

    o conhecido 13 salrio do servidor pblico. Ser pago at o dia 20 do ms de dezembro de cada ano.

    Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano. A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms integral.

    O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms da exonerao.

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    III) Adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas

    Adicional de Insalubridade devido ao servidor que trabalhe com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas ou radioativas. Ex: operador de raio-X.

    Adicional de Periculosidade devido ao servidor que coloca em risco sua integridade fsica em razo do exerccio de suas funes. Ex: servidor que trabalha com rede de alta tenso.

    Adicional de Penosidade pago de acordo com a localidade em que o servidor lotado. Ser devido aos servidores em exerccio em zonas de fronteira ou em localidades cujas condies de vida o justifiquem, nos termos, condies e limites fixados em regulamento.

    O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles. O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso.

    Nos casos de atividades consideradas insalubres ou perigosas, a aposentadoria observar o disposto em lei especfica. (art. 186, 2)

    IV) Adicional pela Prestao de Servio Extraordinrio

    a conhecida "hora extra" do servidor. (CF, art. 39, 3)

    Destina-se a remunerar as atividades executadas fora do perodo normal de trabalho a que estiver sujeito o funcionrio, no desempenho de seu cargo efetivo.

    O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% em relao hora normal de trabalho.

    Somente ser permitido servio extraordinrio para atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo de 2 (duas) horas por jornada.

    V) Adicional Noturno

    Considera-se servio noturno aquele prestado entre 22 horas de um dia e 5 horas da manh do dia seguinte.

    O servidor que presta servio nesse horrio perceber, a ttulo de adicional noturno, 25% de acrscimo sobre o valor da hora paga pelo mesmo servio exercido em horrio diurno.

    Considera-se hora de servio noturno o perodo de 52 minutos e 30 segundos.

    Em se tratando de servio extraordinrio, o adicional noturno incidir sobre a remunerao do servidor, acrescida de 50% em relao hora normal de trabalho.

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    VI) Adicional de Frias

    Lei n 8.112/90, art. 76, c/c CF, art. 7, XVII

    XVII gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrio normal;

    No caso de o servidor exercer funo de direo, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo.

    VII) Gratificao pelo Encargo de Curso ou Concurso (Lei n 11.314/06)

    A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso devida ao servidor que, em carter eventual:

    I atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;

    II participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, para anlise curricular, para correo de provas discursivas, para elaborao de questes de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

    III participar da logstica de preparao e de realizao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no estiverem includas entre as suas atribuies permanentes;

    IV participar da aplicao, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso pblico ou supervisionar essas atividades.

    Os critrios de concesso e os limites da gratificao de que trata este artigo sero fixados em regulamento, observados os seguintes parmetros:

    I o valor da gratificao ser calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;

    II a retribuio no poder ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situao de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade mxima do rgo ou entidade, que poder autorizar o acrscimo de at 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais;

    III o valor mximo da hora trabalhada corresponder aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento bsico da administrao pblica federal:

    a) 2,2% (dois inteiros e dois dcimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo;

    b) 1,2% (um inteiro e dois dcimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo.

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    A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso somente ser paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuzo das atribuies do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensao de carga horria quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do 4 do art. 98 desta Lei.

    A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses

    8) Frias

    Lei n 8.112/90, art. 77 ao 80, c/c CF, art. 7, XVII

    XVII gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrio normal;

    O servidor far jus a 30 dias de frias remuneradas, anualmente.

    O servidor que opera direta e permanentemente com raios-X ou substncias radioativas gozar 20 (vinte) dias consecutivos de frias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hiptese a acumulao.

    Para o primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses de exerccio.

    vedado levar conta de frias qualquer falta ao servio.

    vedado ao servidor pblico converter um tero de suas frias em abono pecunirio.

    As frias podero ser parceladas em at trs etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e a critrio da Administrao. Nesse caso, o servidor receber o adicional de frias na fruio do primeiro perodo.

    Em caso de necessidade de servio, as frias podero ser acumuladas, at o mximo de dois perodos.

    As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse pblico. O restante do perodo interrompido ser gozado de uma s vez.

    9) Licenas

    "Art. 81. Conceder-se- ao servidor licena:

    I por motivo de doena em pessoa da famlia;

    II por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro;

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    III para o servio militar;

    IV para atividade poltica;

    V para capacitao;

    VI para tratar de interesses particulares;

    VII para desempenho de mandato classista.

    VIII para tratamento de sade (art. 202 ao 206)

    IX gestante, adotante ou paternidade (art. 207 ao 210)

    X por acidente de servio (art. 211 ao 214)"

    a) Prorrogao da Licena

    "Art. 82. A licena concedida dentro de 60 (sessenta) dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao"

    I) Licena por motivo de doena em pessoa da famlia

    Ser precedida de exame por percia mdica oficial, bem como as suas prorrogaes.

    vedado o exerccio de atividade remunerada durante o perodo dessa licena.

    Grau de parentesco:

    i. cnjuge ou companheiro

    ii. pais

    iii. filhos

    iv. padrasto ou madrasta e enteado

    v. dependente que viva s expensas do servidor e conste do seu assentamento funcional

    O servidor deve comprovar que essencial sua assistncia direta e que essa no pode ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrios.

    2 Esta licena, includas as prorrogaes, poder ser concedida a cada perodo de doze meses nas seguintes condies:

    I por at sessenta dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao do servidor; e

    II por at noventa dias, consecutivos ou no, sem remunerao.

    3 O incio do interstcio de doze meses ser contado a partir da data do deferimento da primeira licena concedida.

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    A soma das licenas remuneradas e das licenas no remuneradas, includas as respectivas prorrogaes, concedidas em um mesmo perodo de doze meses, observado o disposto no 3, no poder ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do 2

    II) Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge

    Poder ser concedida licena ao servidor para acompanhar cnjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

    A licena ser por prazo indeterminado e sem remunerao.

    No deslocamento de servidor cujo cnjuge ou companheiro tambm seja servidor pblico, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, poder haver exerccio provisrio em rgo ou entidade da Administrao Federal direta, autrquica ou fundacional, desde que para o exerccio de atividade compatvel com o seu cargo. (No caso de provimento derivado, visto que o exerccio provisrio!)

    III) Licena para Servio Militar

    Ao servidor convocado para o servio militar ser concedida licena, na forma e nas condies previstas na legislao especfica.

    Concludo o servio militar, o servidor ter at 30 (trinta) dias sem remunerao para reassumir o exerccio do cargo.

    O perodo de licena ser considerado como de efetivo exerccio (art. 102, VIII, "f")

    IV) Licena para Atividade Poltica

    Ser concedida sem remunerao durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral. Esse perodo no computado como tempo de servio.

    Com a remunerao do cargo efetivo, a partir do registro da candidatura e at o dcimo dia seguinte ao da eleio. A remunerao somente ser paga pelo perodo de trs meses. Caso o perodo entre o registro da candidatura e o dcimo dia seguinte ao da eleio supere trs meses, o servidor poder permanecer de licena, mas sem direito remunerao. Esse perodo de licena ser computado como tempo de servio apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, III)

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    V) Licena para Capacitao

    Aps cada cinco anos de efetivo exerccio, no acumulveis, o servidor poder, no interesse da Administrao (ato discricionrio), afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at trs meses, para participar de curso de capacitao profissional.

    O perodo de licena para capacitao considerado como de efetivo exerccio para efeito de contagem do tempo de servio (art. 102, VIII, "e")

    Obs.: No existe mais, no servio pblico federal, a licena prmio por assiduidade.

    VI) Licena para Tratamento de Interesse Particular

    Ao servidor ocupante de cargo efetivo, que no esteja em estgio probatrio, poder ser concedida licena no remunerada para tratar de assuntos particulares. A licena poder durar at trs anos e pode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse da Administrao.

    Concesso da licena ato discricionrio (pode ser interrompida tambm por ato discricionrio)

    O perodo de licena no computado como tempo de servio para qualquer efeito.

    VII) Licena para Desempenho de Mandato Classista

    assegurado ao servidor o direito licena sem remunerao para o desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe de mbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso ou, ainda, para participar de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores pblicos para prestar servios a seus membros, observado o disposto na alnea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites:

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    I para entidades com at 5.000 (cinco mil) associados, 2 (dois) servidores;

    II para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) associados, 4 (quatro) servidores;

    III para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados, 8 (oito) servidores.

    Somente podero ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direo ou de representao nas referidas entidades, desde que cadastradas no rgo competente.

    A licena ter durao igual do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleio.

    VIII) Licena para Tratamento de Sade

    Ser concedida ao servidor licena para tratamento de sade, a pedido ou de ofcio, com base em percia mdica oficial, sem prejuzo da remunerao a que fizer jus.

    A licena que exceder o prazo de cento e vinte dias no perodo de doze meses a contar do primeiro dia de afastamento ser concedida mediante avaliao por junta mdica oficial.

    A licena para tratamento de sade inferior a quinze dias, dentro de um ano, poder ser dispensada de percia oficial, na forma definida em regulamento.

    A percia oficial para concesso da licena de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de percia oficial previstos nesta lei, ser efetuada por cirurgies-dentistas, nas hipteses em que abranger o campo de atuao da odontologia.

    Findo o prazo da licena, o servidor ser submetido a nova inspeo mdica, que concluir pela volta ao servio, pela prorrogao da licena ou pela aposentadoria.

    O prazo mximo contnuo de licena para tratamento de sade de 24 meses. Ao fim de 24 meses, se o servidor no tiver condies de reassumir o cargo ou de ser readaptado, ser aposentado por invalidez permanente. Nesse caso, o lapso de tempo compreendido entre o trmino da licena e a publicao do ato da aposentadoria ser considerado como prorrogao da licena.

    O perodo de licena computado como tempo de efetivo exerccio at o limite de 24 meses, cumulativos ao longo do tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo.

    A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo, o perodo de licena ser considerado como tempo de servio apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade.

    O servidor ser punido com suspenso at 15 dias quando, sem justificativa, recusar-se a ser submetido inspeo mdica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade, uma vez cumprida a determinao (art. 130, 1).

    O servidor que apresentar indcios de leses orgnicas ou funcionais ser submetido a inspeo mdica.

    O servidor ser submetido a exames mdicos peridicos, nos termos e condies definidos em regulamento. Para isso, a Unio e suas entidades autrquicas e fundacionais podero:

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    a) prestar os exames mdicos peridicos diretamente pelo rgo ou entidade qual se encontra vinculado o servidor;

    b) celebrar convnio ou instrumento de cooperao ou parceria com os rgos e entidades da administrao direta, suas autarquias e fundaes;

    c) celebrar convnios com operadoras de plano de assistncia sade, organizadas na modalidade de autogesto, que possuam autorizao de funcionamento do rgo regulador, na forma do art. 230; ou

    d) prestar os exames mdicos peridicos mediante contrato administrativo, observado o disposto na Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, e demais normas pertinentes.

    IX) Licena Gestante, adotante e Paternidade

    Art. 207. Ser concedida licena servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuzo da remunerao.

    1 A licena poder ter incio no primeiro dia do nono ms de gestao, salvo antecipao por prescrio mdica.

    2 No caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto.

    3 No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora ser submetida a exame mdico, e se julgada apta, reassumir o exerccio.

    4 No caso de aborto atestado por mdico oficial, a servidora ter direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

    Art. 208. Pelo nascimento ou adoo de filhos, o servidor ter direito licena-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

    Art. 209. Para amamentar o prprio filho, at a idade de seis meses, a servidora lactante ter direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poder ser parcelada em dois perodos de meia hora.

    Art. 210. servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criana at 1 (um) ano de idade, sero concedidos 90 (noventa) dias de licena remunerada.

    Pargrafo nico. No caso de adoo ou guarda judicial de criana com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo ser de 30 (trinta) dias.

    Os perodos de licena sero considerados como de efetivo exerccio para efeito de contagem de tempo de servio.

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    X) Licena por Acidente em Servio

    Art. 211. Ser licenciado, com remunerao integral, o servidor acidentado em servio.

    Art. 212. Configura acidente em servio o dano fsico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuies do cargo exercido.

    Pargrafo nico. Equipara-se ao acidente em servio o dano:

    I decorrente de agresso sofrida e no provocada pelo servidor no exerccio do cargo;

    II sofrido no percurso da residncia para o trabalho e vice-versa.

    Art. 213. O servidor acidentado em servio que necessite de tratamento especializado poder ser tratado em instituio privada, conta de recursos pblicos.

    Pargrafo nico. O tratamento recomendado por junta mdica oficial constitui medida de exceo e somente ser admissvel quando inexistirem meios e recursos adequados em instituio pblica.

    Art. 214. A prova do acidente ser feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogvel quando as circunstncias o exigirem.

    10) Afastamentos

    I) Afastamento para servir em outro rgo ou entidade

    II) Afastamento para o exerccio de mandato eletivo

    III) Afastamento para estudo ou misso no exterior

    IV) Afastamento para participao em programa de ps-graduao stricto sensu no pas

    I) Afastamento para servir a outro rgo ou entidade

    Art. 93. O servidor poder ser cedido para ter exerccio em outro rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municpios, nas seguintes hipteses: (Redao dada pela Lei n 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto n 4.493, de 3.12.2002)

    I para exerccio de cargo em comisso ou funo de confiana;

    II em casos previstos em leis especficas.

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    II) Afastamento para o exerccio de mandato eletivo

    CF, art. 38 Regras Bsicas

    No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuir para a seguridade social como se em exerccio estivesse, visto que esse perodo considerado como de efetivo exerccio (art. 102, V), contando tambm para aposentadoria.

    Naturalmente, essa regra refere-se a servidor na ativa, pois se o mesmo estiver aposentado, poder acumular o subsdio do cargo eletivo com os proventos da inatividade, qualquer que seja o mandato (CF, art. 40, 11)

    O servidor investido em mandato eletivo ou classista no poder ser removido ou distribudo de ofcio para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

    III) Afastamento para estudo ou misso no exterior

    Art. 95. O servidor no poder ausentar-se do Pas para estudo ou misso oficial, sem autorizao do Presidente da Repblica, Presidente dos rgos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    1 A ausncia no exceder a 4 (quatro) anos, e finda a misso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitida nova ausncia.

    2 Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo no ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesse particular antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

    3 O disposto neste artigo no se aplica aos servidores da carreira diplomtica.

    4 As hipteses, condies e formas para a autorizao de que trata este artigo, inclusive no que se refere remunerao do servidor, sero disciplinadas em regulamento. (Pargrafo includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se- com perda total da remunerao.

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    IV) Do Afastamento para participao em programa de ps-graduao stricto sensu no pas

    Art. 96-A. O servidor poder, no interesse da Administrao, e desde que a participao no possa ocorrer simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, para participar em programa de ps-graduao stricto sensu em instituio de ensino superior no Pas.

    1 Ato do dirigente mximo do rgo ou entidade definir, em conformidade com a legislao vigente, os programas de capacitao e os critrios para participao em programas de ps-graduao no Pas, com ou sem afastamento do servidor, que sero avaliados por um comit constitudo para este fim.

    2 Os afastamentos para realizao de programas de mestrado e doutorado somente sero concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo rgo ou entidade h pelo menos 3 (trs) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, includo o perodo de estgio probatrio, que no tenham se afastado por licena para tratar de assuntos particulares para gozo de licena capacitao ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores data da solicitao de afastamento.

    3 Os afastamentos para realizao de programas de ps-doutorado somente sero concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo rgo ou entidade h pelo menos quatro anos, includo o perodo de estgio probatrio, e que no tenham se afastado por licena para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores data da solicitao de afastamento.

    4 Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos 1, 2 e 3 deste artigo tero que permanecer no exerccio de suas funes aps o seu retorno por um perodo igual ao do afastamento concedido.

    5 Caso o servidor venha a solicitar exonerao do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o perodo de permanncia previsto no 4 deste artigo, dever ressarcir o rgo ou entidade, na forma do art. 47 da Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeioamento.

    6 Caso o servidor no obtenha o ttulo ou grau que justificou seu afastamento no perodo previsto, aplica-se o disposto no 5 deste artigo, salvo na hiptese comprovada de fora maior ou de caso fortuito, a critrio do dirigente mximo do rgo ou entidade.

    7 Aplica-se participao em programa de ps-graduao no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos 1 a 6 deste artigo.

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    10) Concesses

    Art. 97. Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio:

    I por 1 (um) dia, para doao de sangue;(no h restrio de ser apenas uma vez a cada 12 meses, como a CLT estabelece!)

    II pelo perodo comprovadamente necessrio para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias;

    III por 8 (oito) dias consecutivos em razo de :

    a) casamento;

    b) falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos.

    Ao servidor estudante so assegurados os seguintes direitos:

    Horrio especial no caso de incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio (art. 98). O servidor deve cumprir toda a sua carga de trabalho, tendo apenas direito de cumprir em horrio diferenciado, em funo da incompatibilidade existente.

    Matrcula em estabelecimento de ensino, no caso de mudana de sede no interesse da Administrao, inclusive para seus dependentes.

    A concesso de horrio especial estendida ao servidor portador de deficincia, nesse caso, independente de compensao de horrio (art. 98, 2). Tal concesso tambm extensiva ao servidor que tenha dependente portador de deficincia fsica, porm com compensao de horrio (art. 98, 3).

    Ser igualmente concedido horrio especial, vinculado compensao de horrio a ser efetivada no prazo de at 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta Lei.

    Art. 76-A. A Gratificao por Encargo de Curso ou Concurso devida ao servidor que, em carter eventual:

    I atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;

    II participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, para anlise curricular, para correo de provas discursivas, para elaborao de questes de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

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    Art. 20, 4 Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal. (Pargrafo includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    Art. 81 Conceder-se- licena:

    I por motivo de doena em pessoa da famlia

    II por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro

    III para o servio militar

    IV para atividade poltica

    Art. 94 Afastamento para exerccio de mandato eletivo

    Art. 95 Afastamento para estudo ou misso no exterior

    Art. 96 Afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se- com perda total da remunerao

    Afastamento para participar de curso de formao decorrente de aprovao em concurso para outro cargo na Administrao Pblica Federal.

    5 O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, 1, 86 e 96, bem assim na hiptese de participao em curso de formao, e ser retomado a partir do trmino do impedimento.

    Art. 83 Licena por motivo de doena em pessoa da famlia

    Art. 84 Licena por motivo de afastamento do cnjuge

    Art. 86 Licena para atividade poltica

    Art. 96 Afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se- com perda total da remunerao.

    Participao em curso de formao

    11) Tempo de Servio

    Art. 100. contado para todos os efeitos o tempo de servio pblico federal, inclusive o prestado s Foras Armadas.

    Art. 101. A apurao do tempo de servio ser feita em dias, que sero convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.

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    Casos nos quais os afastamentos so considerados como de efetivo exerccio:

    Art. 102. Alm das ausncias ao servio previstas no art. 97, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de:

    I frias;

    II exerccio de cargo em comisso ou equivalente, em rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, Municpios e Distrito Federal;

    III exerccio de cargo ou funo de governo ou administrao, em qualquer parte do territrio nacional, por nomeao do Presidente da Repblica;

    IV participao em programa de treinamento regularmente institudo, ou em programa de ps-graduao stricto sensu no pas, conforme dispuser o regulamento;

    V desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoo por merecimento;

    VI jri e outros servios obrigatrios por lei;

    VII misso ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    VIII licena:

    a) gestante, adotante e paternidade;

    b) para tratamento da prpria sade, at o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de servio pblico prestado Unio, em cargo de provimento efetivo; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    c) para o desempenho de mandato classista ou participao de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores para prestar servios a seus membros, exceto para efeito de promoo por merecimento;

    d) por motivo de acidente em servio ou doena profissional;

    e) para capacitao, conforme dispuser o regulamento; (Redao dada pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    f) por convocao para o servio militar;

    IX deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;

    X participao em competio desportiva nacional ou convocao para integrar representao desportiva nacional, no Pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica;

    XI afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

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    Situaes que so consideradas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

    Art. 103. Contar-se- apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

    I o tempo de servio pblico prestado aos Estados, Municpios e Distrito Federal;

    II a licena para tratamento de sade de pessoal da famlia do servidor, com remunerao, que exceder a trinta dias em perodo de doze meses.

    III a licena para atividade poltica, no caso do art. 86, 2;

    IV o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no servio pblico federal;

    V o tempo de servio em atividade privada, vinculada Previdncia Social;

    VI o tempo de servio relativo a tiro de guerra;

    VII o tempo de licena para tratamento da prpria sade que exceder o prazo a que se refere a alnea "b" do inciso VIII do art. 102. (Inciso includo pela Lei n 9.527, de 10.12.97)

    1 O tempo em que o servidor esteve aposentado ser contado apenas para nova aposentadoria.

    2 Ser contado em dobro o tempo de servio prestado s Foras Armadas em operaes de guerra.

    3 vedada a contagem cumulativa de tempo de servio prestado concomitantemente em mais de um cargo ou funo de rgo ou entidades dos Poderes da Unio, Estado, Distrito Federal e Municpio, autarquia, fundao pblica, sociedade