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 DIREITO AGRÁRIO Daniel de Brito - VIII Semestre - Noite 1. Defina Con tra tos Agr ários. Contrato agrário é a relação jurídica agrária convencional que consiste no acordo de vontade comum destinado a reger os direitos e obrigações dos sujeitos intervenientes na atividade agrária, com relação a coisas e serviços agrários. “Por contrato agrário devem ser entendidas todas as formas de acordo de vontade que se celebrem, segundo a lei, para o fim de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos vinculados à produtividade da terra.“ Otávio M. Alvarenga 2. Conceitue os contratos agrá rios nominados. Os contratos inominados ou atípicos, do que são exemplos o comodato, a emp reitada, o compás cuo, entre outros. Est es últimos, mesmo não havendo regra especial defi nida na lei, devem, como condição de validade e no que lhes for aplicável, cumprir as regras obrigatórias estabelecida s para os contratos de parceria e arrendamento. É o que vem disciplinado no art. 39 do Decreto nº 59.566/66. 3. Evidencie as diferenças entre as duas modalidades de contrato agrário nominados. A diferença básica está relacionada às vantagens auf eridas pela parte que se dedica à exploração do imóvel. No contrato de arrendament o rural são cedidos uso e o gozo do imóvel rural. Assim o arrendatário aufere todas as vantagens do imóvel, de acordo com o que ficou avençado. Na parceria é cedido apenas o uso específico do imóvel rural. O pagamento do arrendamento é ajustado em quantia certa (em dinheiro), como valor certo (art. 18 do Decreto), enquanto que na parceria, parceiro outorgante e parceiro outorgado partilham o resultado obtido.

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Daniel de Brito - VIII Semestre - Noite

1. Defina Contratos Agrários.

Contrato agrário é a relação jurídica agrária convencional queconsiste no acordo de vontade comum destinado a reger os direitos eobrigações dos sujeitos intervenientes na atividade agrária, com relaçãoa coisas e serviços agrários.

“Por contrato agrário devem ser entendidas todas as formas deacordo de vontade que se celebrem, segundo a lei, para o fim de adquirir,

resguardar, modificar ou extinguir direitos vinculados à produtividade daterra.“ Otávio M. Alvarenga

2. Conceitue os contratos agrários nominados.

Os contratos inominados ou atípicos, do que são exemplos ocomodato, a empreitada, o compáscuo, entre outros. Estes últimos,mesmo não havendo regra especial definida na lei, devem, como

condição de validade e no que lhes for aplicável, cumprir as regrasobrigatórias estabelecidas para os contratos de parceria e arrendamento.É o que vem disciplinado no art. 39 do Decreto nº 59.566/66.

3. Evidencie as diferenças entre as duas modalidades decontrato agrário nominados.

A diferença básica está relacionada às vantagens auferidaspela parte que se dedica à exploração do imóvel.

No contrato de arrendamento rural são cedidos uso e o gozo doimóvel rural. Assim o arrendatário aufere todas as vantagens do imóvel,de acordo com o que ficou avençado. Na parceria é cedido apenas o usoespecífico do imóvel rural.

O pagamento do arrendamento é ajustado em quantia certa(em dinheiro), como valor certo (art. 18 do Decreto), enquanto que naparceria, parceiro outorgante e parceiro outorgado partilham o resultadoobtido.

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No arrendamento, os riscos correm por conta do arrendatário;na parceria rural, espécie de sociedade, os riscos correm por conta dasduas partes, podendo ocorrer a partilha de prejuízos.4. Quais os requisitos necessários para a elaboração de umcontrato agrário nas modalidades de arrendamento e parceria.

Qualquer que seja a forma do contrato e a modalidade adotada, ficamestabelecidas às partes as seguintes obrigações legais, independente deestarem inseridos na redação do contrato:

- Conservar os recursos naturais, dever de proteção ao mais fraco narelação contratual ( via de regra o arrendatário e o parceiro outorgado);- Observância dos prazos mínimos estabelecidos por lei;- Fixação do preço do aluguel dentro dos limites legais; indenização,com direito de retenção das benfeitorias úteis e necessárias; proibição de

prestação de serviços gratuitos pelo arrendatário e parceiro outorgado;- Proibição de obrigação do arrendatário beneficiar seus produtos nausina do arrendador e de vender a este os seus produtos. (art. 93 da Leinº 4.504/64);- Obrigatoriedade de cláusulas que assegurem a conservação dosrecursos naturais (art. 13,111 da Lei nº 4.947/66 e art. 13,11 do Decreto59.566/66);- Proibição de usos e costumes predatórios da economia agrícola ( art.92 do ET; art. 13,I da Lei nº 4.947/66 e art. 13,VII,b do Dec. Nº59.566/66);

- Irrenunciabilidade de direitos e vantagens legalmente definidos emprol do arrendatário e parceiro-outorgado (art. 13,IV da Lei nº 4.947/66 eart. 13, I do Dec. 59.566/66).

Além de buscar a preservação dos recursos naturais renováveise do meio ambiente em geral, as cláusulas obrigatórias nos contratos têmtambém, como finalidade garantir a proteção ao débil econômico, comfundamento claro de ordem pública, como vem estabelecido no artigo 13da Lei nº 4.947/66.

5. Defina e diferencie renovação e prorrogação no contratoagrário.

A prorrogação dos contratos agrários decorre de casoacidental, de fenômeno momentâneo. A prorrogação se dará nos casosabaixo:

- Os prazos de arrendamento terminarão sempre depois de ultimada acolheita, porém, se houver retardamento da colheita, tais prazos serãoconsiderados prorrogados nas mesmas condições, até sua ultimação.

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- Os prazos dos contratos de parceria, desde que não convencionadospelas partes, serão no mínimo de três anos, assegurado ao parceiro odireito à conclusão da colheita pendente, nas mesmas condições doestabelecido para o arrendamento.

No tocante à renovação do agrário, são as seguintes as hipóteses:

- O arrendatário terá preferência à renovação do arrendamento emigualdade de condições com estranhos, porém o proprietário, até 6meses antes de vencido o , deverá fazer-lhe a competente notificação danova proposta de arrendamento; não se verificando a notificação, oconsiderar-se-á automaticamente renovado, desde que o locatário, nos30 dias seguintes, não manifeste a sua desistência ou formule novaproposta, mediante simples registro de suas declarações no competenteRegistro de Títulos e Documentos;

- Tais direitos acima mencionados não terão prevalência se, no prazo de6 meses antes do vencimento do agrário, o proprietário, por via denotificação, declarar sua intenção de retomar o imóvel para explorá-lodiretamente ou por meio de descendente seu;

- Nos contratos de parceria, expirado o prazo, se o proprietário não quiserexplorar diretamente a terra por conta própria, o parceiro, em igualdadede condições com estranhos, terá preferência para firmar novo  deparceria.

6. Quais hipóteses possíveis de rescisão e extinção doscontratos agrários.

Término do prazo contratual - não tendo ocorrido a renovaçãodo mesmo por falta de iniciativa do arrendatário ou parceiro-outorgado,ou por não ter exercido o seu direito de preferência. Não havendointeresse na renovação, o arrendatário ou parceiro outorgado deverá

notificar o outro contratante, no prazo dos 30 dias entre os 6 meses e os5 meses antes do término do prazo do contrato.

Por efeito de retomada: quando o arrendador ou parceiro-outorgante quer o imóvel para cultivo próprio ou através de descendenteseu ( art. 22, § 2º e art. 26,II do Decreto 59.566/66). A retomada dependede notificação ao arrendatário ou parceiro-outorgado até seis mesesantes do vencimento do contrato, caso contrário, o contrato se renovaautomaticamente.

Por efeito de confusão: quando a mesma pessoa passa àposição de arrendador e arrendatário ou parceiro-outorgante e parceiro-outorgado.

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Pelo distrato: é o acordo de vontades mediante o qual as partes põe fimao contrato.

Por rescisão: dá-se por vontade e iniciativa de uma das partes, nos casos

de inadimplemento de obrigação contratual e de inobservância decláusula asseguradora dos recursos naturais, o que permite à outra partecobrar indenização por perdas e danos.

Por resolução ou extinção do direito do arrendador ou do parceiro-outorgante: é possível ocorrer nos casos de propriedade resolúvel, com oadvento da causa resolutiva.

Por motivo de forca maior: ocorrência de fato imprevisto e impossível deser evitado.

Por sentença judicial irrecorrível: podendo ocorrer nos casos de anulaçãode contrato por vício de origem.

Pela perda do imóvel rural: desaparecimento com vulcão, ou porinundação.Em virtude de desapropriação: em qualquer de suas modalidades, ficandogarantido ao arrendatário ou parceiro-outorgado o direito à reduçãoproporcional da renda ou a rescindir o contrato, em caso dedesapropriação parcial.

Por morte do arrendatário.Por cessão do contrato sem prévio consentimento do arrendador ouparceirooutorgante.

Por falta de pagamento do aluguel ou renda: assegura o despejo,permitido ao arrendatário a purga da mora.

Por dano causado à gleba ou às colheitas, desde que caracterizado o doloou a culpa do arrendatário ou do outorgado, caso em que cabe ação de

despejo.

Por causa de mudança na destinação do imóvel: ex. destruindo o capim(pecuária) para desenvolver a agricultura.

Por abandono do cultivo: quando arrendatário ou parceiro-outorgadodeixa de cumprir sua obrigação no trato da terra e o cuidado com aprodução.

Em diversas das hipóteses de extinção dos contratos, aqui relacionadas

cabe a ação de despejo para a retomada do imóvel, seguindo o ritosumaríssimo. O art. 32 do Decreto nº 59.566/66 prevê as causas do

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despejo, cuja enumeração legal vale tanto para os contratos dearrendamento como para os de parceria.

8. Como a legislação agrária (Decreto lei 59.566/66) definepreço e pagamento nos contratos agrários.

Pelas regras específicas em vigor, o valor do arrendamento não pode serajustado livremente, uma vez que há limites legais. (Estatuto da Terra,art. 95,XII e art. 17, § 1º do Decreto ), não podendo ser superior a 15%(no caso de arrendamento total) do valor cadastral do imóvel (valor daterra nua), acrescido do valor das benfeitorias que entrarem nacomposição do negócio. Valor da terra nua é o valor total do imóvel,menos o valor das benfeitorias, culturas, pastagens cultivadas e florestas

plantadas.

 Tratando-se de arrendamento parcial, com exploração intensiva e altarentabilidade, o preço pode ir ao limite de 30% sobre o valor cadastral daparte que for arrendada.

Ajuste e pagamento: O preço do arrendamento sempre deve ser ajustadoem dinheiro, em valor certo, mas o pagamento pode ser efetuado tantoem dinheiro, como em produtos ou frutos, conforme preço de mercadolocal, nunca inferior ao preço mínimo oficial. (art. 18 do Decreto

59.566/66).

9. Elabore um contrato agrário de arrendamento e de parceriacom base na legislação pertinente.

PARCERIA AGRÍCOLA

CONTRATO DE PARCERIA AGRÍCOLA

Pelo presente instrumento particular de parceria pecuária, de um lado,ARTUR DE BRITO SOUSA, brasileiro, casado, medico veterinário, CPF n.º030.200.411-32, Cédula de Identidade RG n.º 2000234520012 / SSP-CE,residente e domiciliado à Pedro de Menezes, 10 – Centro, Garanhuns-PE,e de ora em diante chamado simplesmente de PARCEIRO OUTORGANTE,e de outro lado DANIEL DE BRITO SOUSA, brasileiro, Promotor de Justiça –MP/CE, CPF n.º 026.689.222-53, Cédula de Identidade RG n.º2002034061333 / SPP-CE, residente e domiciliado Avenida José Valdevinode Brito, 100, nesta cidade e Estado e de ora em diante chamadosimplesmente de PARCEIRO OUTORGADO, têm, entre si, como justo e

contratado o seguinte:

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1º - O PARCEIRO OUTORGANTE é proprietário da fazenda denominadaFazenda SERRA BELA, situada na Zona Rural, Município de Garanhuns,Estado de Pernambuco, conforme título de propriedade Nº 233405 INCRA– 220/2011.2º - O PARCEIRO OUTORGANTE cede ao PARCEIRO OUTORGADO uma

gleba de terra com área de 40 Ha (quarenta hectares), demarcada decomum acordo pelas partes, para que nela, juntamente com seu conjuntofamiliar, plante e cultive o que lhe aprouver, dentro da lavoura que seencerre no período do ano agrícola.3º - Caberá ao PARCEIRO OUTORGANTE a cota 20% (transcrever porextenso) de tudo que produzir a referida área o que deverá ser entregueno depósito ou tulha da Fazenda após o término das respectivascolheitas.Observação: A cota de percentagem devida ao parceiro outorgante deveobedecer aos limites estabelecidos pela lei agrária".

4º - O PARCEIRO OUTORGANTE entregará ao PARCEIRO OUTORGADO aterra arada e gradeada, fornecendo-lhe os implementos agrícolas, arados,carpideiras, plantadeiras etc., para atender aos trabalhos culturais e maisanimais de tração, mulas, burros, cavalos etc.5º - O PARCEIRO OUTORGANTE fornecerá as sementes necessárias para alavoura, retirando-as por sua conta e as entregando na Fazenda.6º - O PARCEIRO OUTORGADO poderá residir em casa de moradia daFazenda, a ser designada, e terá galpão ou tulha para guardar cereais eimplementos agrícolas, podendo plantar horta em terreno ou quintal,bem como fazer criação de animais domésticos, galinhas, porcos etc.,

desde que os mantenha em cercados próprios para que não causemprejuízos à propriedade ou aos vizinhos.7º - O presente contrato é feito pelo prazo de 2 anos ou 24 meses,contados a partir de sua assinatura e a terminar no dia 26 de agosto de2011, podendo ser renovado caso haja entre as partes.8º - O PARCEIRO OUTORGADO não pode transferir o presente contrato,ceder ou emprestar o imóvel ou parte dele, sem prévio e expressoconsentimento do PARCEIRO OUTORGANTE, bem como não poderá mudara destinação do imóvel expressa neste contrato e no conseqüentedespejo do PARCEIRO OUTORGADO, nos termos da legislação agrária em

vigor.9º - Na exploração da área cedida em parceria devem ser obedecidas asnormas técnicas a serem fornecidas pelo PARCEIRO OUTORGANTE,visando à conservação do solo e ao combate à erosão, através de curvasde nível, aplicação de fertilizantes e de adubos, plantio em rotação decultural, dentro de normas que impeçam o esgotamento do solo.10º - Quando o PARCEIRO OUTORGADO ou pessoas de seu conjuntofamiliar não estiverem trabalhando nas plantações da parceria, poderão,se assim o desejarem, trabalhar em empreiteiras ou em serviços avulsospara a Fazenda, desde que este fato não acarrete prejuízo para as

lavouras objeto do presente contrato.

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11º - Fica eleito o Foro da Comarca de Crato-CE para solucionar qualquerquestão judicial decorrente deste contrato, inclusive para ação dedespejo, se necessária.E por estarem as partes, aqui contratantes, em pleno acordo com tudoquanto se encontra disposto neste instrumento particular, assinam-no na

presença das duas testemunhas abaixo, em 2 (duas) vias de igual teor eforma, destinando-se uma via para cada um dos interessados.

25 de Agosto de 2011Crato, CE

 ______________________________________ Artur de Brito Sousa(Parceiro-outorgante)

 ______________________________________ Daniel de Brito Sousa(Parceiro-outorgado)

 Testemunhas:1ª – Antonio Morais Brito2ª – Caio Brito Sobrinho

CONTRATO DE ARRENDAMENTO

Por este instrumento particular de contrato de arrendamento agrícola,tem entre partes, certo e ajustado, as quais são as seguintes: comoarrendador parceiro-outorgado, ARTUR DE BRITO SOUSA, brasileiro,casado, medico veterinário, CPF n.º 030.200.411-32, Cédula deIdentidade RG n.º 2000234520012 / SSP-CE, residente e domiciliado àPedro de Menezes, 10 – Centro, Garanhuns-PE; enquanto que de outrolado e como arrendatário DANIEL DE BRITO SOUSA, brasileiro, Promotorde Justiça – MP/CE, CPF n.º 026.689.222-53, Cédula de Identidade RG n.º2002034061333 / SPP-CE, residente e domiciliado Avenida José Valdevinode Brito, 100, nesta cidade e Estado . As partes contratantes, todascivilmente capazes, havendo acordado o presente, o reduzem àscláusulas e condições que se seguem:

PRIMEIRA: - O presente contrato de arrendamento tem por finalidade aatividade de exploração agrícola e plantio de cereais (arroz, trigo, soja,milho, feijão, etc.);SEGUNDA: - O arrendador é senhor e legítimo possuidor de um imóvelrural, denominado Fazenda SERRA BELA, localizado no município deGaranhuns-PE, sendo o respectivo título imobiliário transcrito sob n° Nº233405. INCRA – 220/2011. O imóvel está devidamente cadastrado no

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INCRA – 220/2011, o que consta do certificado de cadastro decontribuinte do ITR.

 TERCEIRA: - O imóvel possui a área total de 120 hectares de terras (centoe vinte).QUARTA: - Sobre terras do aludido imóvel ora combinou um

arrendamento rural com o segundo contratante, pelo prazo de 3 (três)anos, a começar em 01 de Setembro de 2011 para terminar em 01 deSetembro de 2014;QUINTA: - O imóvel objeto do contrato é cedido nesta data aoarrendatário que desde já passa dele a usar, gozar e fruir, com ospertences seguintes; - uma casa de moradia higiênica para o arrendatárionela morar com sua família; galpões em número de dois; paiol,mangueiras para gado (vacum), maquinas e implementos agrícolas(discriminar as peças), cercas, pastos, poço artesiano e pequenas outrasbenfeitorias;

SEXTA: - O preço do arrendamento é de R$ 10.000 (dez mil reais), anual,que deverá ser pago até o dia 31 de Agosto de 2012, na residência doarrendador. Poderá o arrendatário, se o preferir, pagar até 50%(cinqüenta por cento) do preço do aluguel, em equivalente de produtos,cujos preços deverão obedecer os vigorantes no mercado local, à data dopagamento, nunca inferior ao mínimo fixado pelo órgão governamental;SÉTIMA: - O arrendatário fica com o direito de colher os frutos, caso nãotenha sido possível antes de findo o contrato, inclusive plantasforrageiras temporárias que haja cultivado para uso dos animais deserviços da exploração; igualmente, poderá colher os frutos ou produtos

de seu trabalho, caso haja retardamento da colheita, por motivo de forçamaior ou caso fortuito, sem qualquer aumento do preço doarrendamento;OITAVA: - Para as culturas, cujos produtos não possam ser colhidos antese terminado o prazo do contrato, obrigar-se-á a entrar em entendimentocom o arrendador, para ajuste do pagamento do aluguel, pelo prazo queexceder, e se parte do pagamento é "in natura", quanto a forma dosprodutos nas percentagem estabelecida na cláusula "sexta";NONA: - O arrendatário bem como seus familiares obrigam à conservaçãodos recursos naturais existentes no imóvel;

DÉCIMA: - O presente contrato pode ter seu preço de aluguel reajustadoanualmente, na forma da alteração do valor de reajustamento paracorreção monetária adotada pelo INCRA, para exigência da cobrança dacontribuição (ITR);DÉCIMA PRIMEIRA: - O arrendatário e seus familiares não poderãoremover, podar ou cortar árvores frutíferas e matas existentes, sem oexpresso consentimento por escrito do arrendador;DÉCIMA SEGUNDA: - O arrendatário não poderá subarrendar, ceder ouemprestar o imóvel objeto deste arrendamento, sem expressaautorização por escrito do arrendador;

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DÉCIMA TERCEIRA: - O arrendatário se obriga, vencido este contrato, adevolver o imóvel ao arrendador, nas mesmas condições em que orecebeu com seus pertences;DÉCIMA QUARTA: - O arrendatário se obriga a responder porressarcimento de perdas e danos no que der causa ou pelo uso

predatório do imóvel ou seus pertences;DÉCIMA QUINTA: - O arrendador se obriga a pagar nas datas prefixadas,as taxas, impostos, foros e toda e qualquer contribuição que venha aincidir sobre o imóvel arrendado (podem as partes disporem emcontrário);DÉCIMA SEXTA: - O arrendatário pode edificar no imóvel as benfeitoriasúteis e necessárias, dependendo as voluptuárias de expressoconsentimento por escrito do arrendador. Aquelas edificadas no imóvelque não passam ser restituídas sem que se destrua ou danifiquem-se,com evidentes prejuízos para seu valor necessário, serão indenizadas

pelo arrendador ou exercer o direito de retenção por benfeitorias;DÉCIMA SÉTIMA: - As partes se comprometem a respeitar as regras doEstatuto da Terra, bem como as normas protetivas que dele promanam;DÉCIMA OITAVA: - A falta do pagamento do aluguel nas condiçõesajustadas importará em inadimplência da obrigação, sujeitando-se aparte devedora ao ônus da rescisão contratual, ressalvando-se o seudireito de purgar a mora, na forma da lei;DÉCIMA NONA: - O presente contrato vigorará mesmo que ocorra a mortede qualquer das partes, devendo ser cumprido e respeitado por seusherdeiros ou sucessores a qualquer título;

VIGÉSIMA: - Reserva-se o arrendatário o seu direito de preempção naforma da Lei Agrária;VIGÉSIMA PRIMEIRA: - Findo o caso contratual, não havendo prorrogaçãoautomática do contrato ou desistindo o arrendatário de seu direito depreferência, deverá este entregar o imóvel ao arrendador, nas mesmascondições em que o recebeu, independente de notificação ouinterpelação judicial ou extrajudicial, só por força do pacto ora avençado,sob pena de despejo;VIGÉSIMA SEGUNDA: - Elegem os contratantes, como foro competentepara dirimir quaisquer dúvidas oriundas da interpretação de cláusula e

condições deste contrato, o Juízo de Direito da comarca de Crato-CE comrecurso de sua decisão para as Instâncias Superiores, da mesma Justiça.E, como assim contratam, assinam o presente instrumento, em duas viasde igual teor e para um só efeito contratual, na presença dastestemunhas abaixo-assinadas, presentes a tudo, na forma da lei.

25 de Agosto de 2011Crato, CE

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Artur de Brito Sousa(Arrendador)

 ______________________________________ Daniel de Brito Sousa

(Arrendatário)

 Testemunhas:1ª – Antonio Morais Brito2ª – Caio Brito Sobrinho

URCA – UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI

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CESA – CENTRO DE CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS

DIREITO – NOITE

VIII SEMESTRE

DIREITO AGRÁRIO

DANIEL DE BRITO SOUSA

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26 DE AGOSTO DE 2011

CRATO-CE