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DIREITO CANÔNICO – QUESTIONÁRIO CORRESPONDENTE AO GRAU DE QUALIFICAÇÃO Nº 1 ALUNO: LUCAS OLIVEIRA DOS SANTOS PROFESSOR: Pe. CAETANO PEREIRA

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DIREITO CANÔNICO – QUESTIONÁRIO CORRESPONDENTE AO GRAU DE QUALIFICAÇÃO Nº 1

ALUNO: LUCAS OLIVEIRA DOS SANTOS

PROFESSOR: Pe. CAETANO PEREIRA

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Para contrair validamente o matrimônio por procuração, o que se requer?

Cân. 1105 — § 1. Para se celebrar validamente o matrimónio por meio de procurador requer-se:

1.° que exista um mandato especial para contraí-lo com determinada pessoa;

2.° que o procurador seja designado pelo mandante e desempenhe pessoalmente o seu múnus.

§ 2. Para a procuração ser válida, requer-se que seja assinada pelo mandante e ainda pelo pároco ou Ordinário do lugar onde se passa a procuração, ou por um sacerdote delegado por um dos dois, ou pelo menos por duas testemunhas; ou deve ser feita por documento autêntico, segundo as normas do direito civil.

§ 3. Se o mandante não puder escrever, indique-se o facto na procuração e acrescente-se outra testemunha que também assine; de contrário, a procuração é inválida.

§ 4. Se antes de o procurador ter contraído matrimónio em nome do mandante, este tiver revogado a procuração ou caído em amência, o matrimónio é inválido, mesmo que o procurador ou a outra parte ignorem o facto.

Pode-se contrair matrimônio por intérprete?

Cân. 1106 — Pode contrair-se matrimónio por meio de intérprete; mas o pároco não assista a tal matrimónio, a não ser que esteja seguro da fidelidade do intérprete.

Quem pode ser ministro assistente ao matrimônio?

Cân. 1108 — § 1. “(...) o Ordinário do lugar ou o pároco, ou o sacerdote ou o diácono delegado por um deles”.

Como seria no caso da noiva e do noivo terem diversos domicílios?

Cân. 1115 — “onde qualquer das partes tem o domicílio ou quase domicílio ou residência durante um mês”.

Como deve agir o pároco de noiva e ou noivo vagantes ou nômades?

Cân. 1115 — “tratando-se de vagos, na paróquia onde atualmente se encontram; com licença do Ordinário próprio ou do pároco próprio podem celebrar-se noutro lugar”.

Quem, além do pároco, tem a faculdade de assistir validamente ao matrimônio?

Cân. 1108 — § 2. Entende-se por assistente ao matrimónio apenas aquele que, estando presente, solicita a manifestação do consentimento dos contraentes, e a recebe em nome da Igreja.

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Quem pode delegar?

Cân. 1111 — § 1. O Ordinário do lugar e o pároco, durante todo o tempo que desempenharem validamente o ofício, podem delegar a sacerdotes e a diáconos a fa-culdade, mesmo geral, de assistir a matrimónios dentro dos limites do seu território.

§ 2. Para que seja válida a delegação da faculdade de assistir a matrimónios, deve ser dada expressamente a pessoas determinadas; se se tratar de delegação especial, deve ser dada para um matrimónio determinado; se se tratar de delegação geral, deve ser dada por escrito.

O que deve fazer o delegante?

Cân. 1111 — § 2. Para que seja válida a delegação da faculdade de assistir a matrimónios, deve ser dada expressamente a pessoas determinadas; se se tratar de delegação especial, deve ser dada para um matrimónio determinado; se se tratar de delegação geral, deve ser dada por escrito.

Quem pode ser delegada?

Cân. 1111 — § 1. O Ordinário do lugar e o pároco, durante todo o tempo que desempenharem validamente o ofício, podem delegar a sacerdotes e a diáconos a fa-culdade, mesmo geral, de assistir a matrimónios dentro dos limites do seu território.

Cân. 1112 — § l. Onde faltarem sacerdotes e diáconos, o Bispo diocesano, obtido previamente o parecer favorável da Conferência episcopal e licença da Santa Sé, pode delegar leigos para assistirem a matrimónios.

As pessoas leigas podem ser delegadas para assistir ao matrimônio?

Cân. 1112 — § l. Onde faltarem sacerdotes e diáconos, o Bispo diocesano, obtido previamente o parecer favorável da Conferência episcopal e licença da Santa Sé, pode delegar leigos para assistirem a matrimónios.

§ 2. Escolha-se um leigo idôneo, capaz de instruir os nubentes, e apto para realizar devidamente a liturgia matrimonial.

A pessoa leiga autorizada a assistir validamente aos matrimônios pode fazê-lo sempre?

Não. Os leigos designados serão sempre por prazo fixo, papel supletório.

Como deve ser a delegação para ser válida?

Cân. 1111 — § 2. Para que seja válida a delegação da faculdade de assistir a matrimónios, deve ser dada expressamente a pessoas determinadas; se se tratar de delegação especial, deve ser dada para um matrimónio determinado; se se tratar de delegação geral, deve ser dada por escrito.

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Deve-se registrar o matrimônio em livro próprio?

Cân. 1121 — § 1. Depois de celebrado o matrimónio, o pároco do lugar da celebração ou quem fizer as suas vezes, ainda que nenhum deles tenha assistido, anote quanto antes, no livro dos matrimónios, os nomes dos cônjuges, do assistente e das testemunhas, o dia e o lugar da celebração do matrimónio, segundo o modo prescrito pela Conferência episcopal ou pelo Bispo diocesano.

Cân. 1122 — § 1. O matrimónio contraído averbe-se também no livro dos baptismos, em que se encontra inscrito o baptismo dos cônjuges.

Exponha os motivos pelos quais um matrimônio pode resultar nulo, explicando-os:

a) Falhas de consentimento (cânones 1057 e 1095/1102):

Cân. 1057 – § 1º: O matrimônio é produzido pelo consentimento legitimamente manifestado entre pessoas juridicamente hábeis, e esse consentimento não pode ser suprido por nenhum poder humano.

§ 2º: O consentimento matrimonial é o ato de vontade pelo qual o homem e a mulher, por aliança irrevogável, se entregam e se recebem mutuamente para constituir matrimônio.

O consentimento matrimonial assim exigido pode ser impedido ou impossibilitado por:

1. Falta de capacidade para consentir (cânon 1095):

Cân. 1095 – São incapazes de contrair matrimônio:

1º: os que não têm suficiente uso da razão;

2º: os que têm grave falta de discrição de juízo a respeito dos direitos e obrigações essenciais do matrimônio, que se devem mutuamente dar e receber;

3º: os que não são capazes de assumir as obrigações essenciais do matrimônio por causas de natureza psíquica.

2. Ignorância (cânon 1096):

Cân. 1096 – § 1 Para que possa haver consentimento matrimonial, é necessário que os contraentes não ignorem, pelo menos, que o matrimônio é um consórcio permanente entre homem e mulher, ordenado à procriação da prole por meio de alguma cooperação sexual.

§ 2º Essa ignorância não se presume depois da puberdade.

3. Erro (cânones 1097 e 1099):

Cân. 1099 – 0 erro a respeito da unidade, da indissolubilidade ou da dignidade sacramental do matrimônio, contanto que não determine a vontade, não vicia o consentimento matrimonial.

Para evitar o erro de direito e os problemas daí decorrentes, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil emitiu a seguinte norma:

“Cuidem os sacerdotes de verificar se os nubentes estão dispostos a assumir a vivência do matrimônio com todas as suas exigências, inclusive a de fidelidade total, nas várias

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circunstâncias e situações de sua vida conjugal e familiar. Tais disposições dos nubentes devem explicitar-se numa declaração de que aceitam o matrimônio tal como a lgreja o entende, incluindo a indissolubilidade” (Orientações Pastorais sobre o Matrimônio, nº 2.15).

Cân. 1097, § 1º O erro de pessoa torna inválido o matrimônio.

Cân. 1097, § 2º O erro de qualidade da pessoa, embora seja causa do contrato, não torna nulo o matrimônio, salvo se essa qualidade for direta e principalmente visada.

Cân. 1098: Quem contrai matrimônio, enganado por dolo perpetrado para obter o consentimento matrimonial, a respeito de alguma qualidade da outra parte, qualidade que, por sua natureza, possa perturbar gravemente o consórcio da vida conjugal, contrai-o indevidamente.

4. Simulação (cânon 1101):

Presume-se que o consentimento interno está em conformidade com as palavras ou os sinais empregados na celebração do matrimônio (§ 1º).

Contudo, se uma das partes ou ambas, por ato positivo de vontade, excluem o próprio matrimônio, algum elemento essencial do matrimônio ou alguma propriedade essencial, contraem invalidamente (§ 2º).

5. Violência ou medo (cânon 1103):

É inválido o matrimônio contraído por violência ou por medo grave proveniente de causa externa, ainda que não dirigido para extorquir o consentimento, e quando, para dele se livrar, alguém se veja obrigado a contrair o matrimônio.

6. Condição não cumprida (cânon 1102):

§1 Não se pode contrair validamente o matrimônio sob condição de futuro.§2 O matrimônio contraído sob condição de passado ou de presente é válido ou não, conforme exista ou não aquilo que é objeto da condição.

b) Impedimentos dirimentes (Can. 1083/94):

7. A idade mínima para a validade de um casamento sacramental é 14 anos para as moças e 16 anos para os rapazes. Os Bispos podem dispensar dessa condição, mas rarissimamente o fazem. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil exige dois anos mais para os casamentos no Brasil, ou seja, 16 e 18 anos respectivamente; todavia esta exigência incide sobre a liceidade, não sobre a validade do casamento (cânon 1083).

8. A impotência (ou incapacidade de praticar a cópula conjugal) anterior ao casamento e perpétua, absoluta ou relativa, é impedimento dirimente (cânon 1084).

9. O vínculo de um matrimônio validamente contraído, mesmo que não consumado (cânon 1085).

10. A disparidade do culto: é inválido o casamento entre um católico e uma pessoa não batizada, se a parte católica não pede dispensa do impedimento.

11. A ordenação diaconal, presbiteral ou episcopal (cânon 1087).

12. A profissão religiosa perpétua (cânon 1088).

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13. Rapto (cânon 1089): Uma mulher levada pela força não se pode casar validamente com quem a está violentando dessa maneira.

14. Crime (cânon 1090): Os que matam o seu ou a sua consorte, para facilitar um casamento posterior estão impedidos de realizar validamente esse casamento. Da mesma forma, se um homem e uma mulher, de comum acordo, matam o esposo ou a esposa de um deles, não se pode casar validamente entre si.

15. Consanguinidade (cânon 1091): Não há dispensa na linha vertical (pai com filha, avô com neta…); na linha horizontal, o impedimento (dispensável) vai até o quarto grau, isto é, atinge tio e sobrinha e primos irmãos.

16. Afinidade na linha vertical (cânon 1092): Não há matrimônio válido entre o marido e as consanguíneas da esposa e entre a esposa e os consanguíneos do marido, suposta a viuvez previamente ocorrida. Na linha horizontal não há impedimento: um viúvo pode casar-se com uma irmã (solteira) de sua falecida esposa.

17. Honestidade pública (cânon 1093): Quem vive uma união ilegítima, está impedido de se casar com os filhos ou os pais de seu(sua) companheiro(a).

18. Parentesco legal (cânon 1094): Não é permitido o casamento entre o adotante e o adotado ou entre um destes e os parentes mais próximos do outro. Este impedimento, assim como outros desta lista, pode ser dispensado por dispensa emanada da autoridade diocesana.

19. Falta de forma Canônica na celebração (Can. 1108/23):

Forma canônica é o conjunto de elementos exigidos para a celebração ritual do casamento. Requer-se, com efeito, que a cerimônia se realize perante o pároco do lugar e, pelo menos, duas testemunhas (padrinhos).

Cân. 1116 – § 1. Se não é possível, sem grave incômodo, ter o assistente competente de acordo com o direito, ou não sendo possivel ir a ele, os que pretendem contrair verdadeiro matrimônio podem contrai-lo válida e licitamente só perante as testemunhas:

1º- em perigo de morte ;

2º- fora do perigo de morte, contanto que prudentemente se preveja que esse estado de coisas vai durar por um mês.

§ 2. Em ambos os casos, se houver outro sacerdote ou diácono que possa estar presente, deve ser chamado, e ele deve estar presente à celebraçâo do matrimônio, juntamente com as testemunhas, salva a validade do matrimônio só perante as testemunhas.

Dissolução do matrimônio não consumado:

Cân. 1142: O matrimônio não consumado entre batizados ou entre uma parte batizada e outra não batizada pode ser dissolvido pelo Romano Pontífice por justa causa, a pedido de ambas as partes ou de uma delas, mesmo que a outra se oponha.

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Explique a diferença entre matrimônio nulo e matrimônio inexistente:

O matrimônio inválido para ocorrer é preciso que haja aparência de verdadeiro matrimônio, ou seja, só pode ser considerado matrimônio putativo o matrimônio inválido celebrado "em face da Igreja", quer dizer, na forma prescrita pela Lei Canônica.

Já o matrimônio inexistente seria aquela união formalizada apenas pela cerimônia civil e que nunca seria um "matrimônio putativo".

Como se dá a convalidação simples?

Cân. 1156 — § 1. Para convalidar um matrimónio inválido por motivo de impedimento dirimente, requer-se que o impedimento cesse, ou seja, dispensado, e renove o consentimento ao menos à parte conhecedora do impedimento.

A convalidação simples é, portanto, um recurso aplicado nos matrimônios que são nulos desde o início, resultantes de um impedimento dirimente, muitas vezes oculto, que cessou pela sua própria natureza. Exemplos: impedimento de idade (can. 1083) ou de impotência relativa ou duvidosa (can. 1084) ou de vínculo (can. 1085). Em cada caso, porém, exige como pressuposto que haja a aparência de matrimônio, ou seja, que na hora da sua celebração, não tenham faltado os requisitos mínimos da forma canônica, exigidos à sua validade. Em outras palavras, a convalidação simples acontece quando é possível a renovação do consentimento. Tal renovação pode ser unilateral ou bilateral. É unilateral quando apenas uma parte renova o seu consentimento. É bilateral quando ambas as partes proferem a renovação de seu consentimento.

Se o impedimento é público, o consentimento deve ser renovado por ambas as partes, segundo a forma canônica, salva a forma empregada nos matrimônios mistos. Se o impedimento não pode ser provado, basta que o consentimento seja renovado em particular e em segredo, e só pela parte cônscia do impedimento, contanto que persevere o consentimento dado pela outra parte; se o impedimento for conhecido por ambas as partes, seja renovado também por ambas (Cân. 1158).

O matrimônio nulo por falta de consentimento se convalida, se a parte que não tinha consentido dá o consentimento, contanto que persevere o consentimento dado pela outra parte. Se a falta de consentimento não se pode provar, basta que a parte, que não tinha consentido, dê o consentimento em particular e em segredo. Se a falta de consentimento se pode provar, é necessário que se dê o consentimento segundo a forma canônica (Cân. 1159).

O matrimônio nulo por falta de forma, para se tornar válido, deve ser contraído novamente segundo a forma canônica, salva a forma empregada nos matrimônios mistos (Cân. 1160).

De que maneira pode ser feita a renovação do consentimento?

Cân. 1157 — A renovação do consentimento deve ser um novo ato de vontade em ordem a contrair matrimónio, que a parte renovante saiba ou opine ter sido nulo desde o início.

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Cân. 1158 — § 1. Se o impedimento for público, o consentimento deve ser renovado por ambas as partes em forma canónica, salvo o prescrito no cân. 1127, § 2.

§ 2. Se o impedimento não puder provar-se, basta que o consentimento seja renovado privada e secretamente, e só pela parte conhecedora do impedimento, desde que a outra persevere no consentimento prestado, ou por ambas as partes, se o impedimento for conhecido de uma e outra.

Como se dá a sanação radical? Pode ela ser aplicada também para o casamento civil de pessoas que são orbigadas à forma canônica? Como se dará o consentimento da sanação radical? Quem é competente para conceder a sanação radical? A sanação radical deve ser solicitada por ambas as pessoas nubentes ou apenas uma delas?

A sanação radical é um recurso do direito usado, sobretudo, para sanar ou remediar um matrimônio nulo, sem a necessária renovação do consentimento pelos contraentes. A sanação traz no bojo a dispensa de um impedimento, por exemplo, da disparidade de culto (can. 1086), aliado ao seu defeito de forma (can. 1108), como aconteceu no caso em epígrafe. É uma graça concedida pela autoridade competente da Igreja, que convalida o matrimônio desde a sua origem (can. 1161, § 2). Senão, vejamos:

A sanação radical de um matrimônio nulo é a sua convalidação, sem renovação de consentimento, concedida pela autoridade competente, trazendo consigo a dispensa do impedimento, se o houver, e também da forma canônica, se não tiver sido observada, como ainda a retroação dos efeitos canônicos ao passado. A convalidação tem lugar desde o momento em que se concede a graça; mas a retroação se entende feita até o momento da celebração do matrimônio, a não ser que expressamente se determine outra coisa. Não se conceda a sanação radical, se não for provável que as partes queiram perseverar na vida conjugal (Cân. 1161).

Se em ambas as partes ou numa delas falta o consentimento, o matrimônio não pode ser objeto de sanação radical, quer o consentimento tenha faltado desde o início, quer tenha sido dado no início, mas depois tenha sido revogado. Se não houve o consentimento desde o início, mas depois foi dado, pode ser concedida a sanação desde o momento em que foi dado o consentimento (Cân. 1162).

Pode ser sanado, o matrimônio nulo por impedimento ou por falta de forma legítima, contanto que persevere o consentimento de ambas as partes. O matrimônio nulo por impedimento de direito natural ou divino positivo só pode ser sanado depois de cessado o impedimento (Cân. 1163).

A sanação pode ser concedida validamente, mesmo sem o conhecimento de uma das partes ou de ambas; não se conceda, porém, a não ser por causa grave (Cân. 1164).

A sanação radical pode ser concedida pela Sé Apostólica. Pode ser concedida pelo Bispo diocesano, caso por caso, ainda que concorram vários motivos de nulidade no mesmo matrimônio, observando-se as condições para concessão de licença por causa justa e razoável (cân. 1125), para a sanação do matrimônio misto; mas não pode ser concedida por ele, se existe impedimento, cuja dispensa está reservada à Sé Apostólica (cân. 1078, § 2), ou se trata de impedimento de direito natural ou divino positivo que já cessou (Cân. 1165).

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Pessoas casadas podem se separar?

Cân. 1143 — § 2. Considera-se que a parte não batizada se afastou, quando não quer coabitar com a parte batizada ou coabitar com ela pacificamente sem ofensa do Cria-dor, a não ser que esta parte, após a recepção do baptismo, lhe tenha dado justa causa para se afastar.

É possível dissolver canonicamente o matrimônio?

Cân. 1141 — O matrimónio rato e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa além da morte.

Cân. 1142 — O matrimónio não consumado entre batizados ou entre uma parte batizada e outra não batizada pode ser dissolvido pelo Romano Pontífice por justa causa, a pedido de ambas as partes ou só de uma, mesmo contra a vontade da outra.

Cân. 1143 — § 1. O matrimónio celebrado entre duas partes não batizadas dissolve-se pelo privilégio paulino em favor da fé da parte que recebeu o baptismo, pelo mesmo facto de esta parte contrair novo matrimónio, contanto que a parte não batizada se afaste.

Pode-se dissolver um matrimônio não consumado?

Cân. 1142 — O matrimónio não consumado entre batizados ou entre uma parte batizada e outra não batizada pode ser dissolvido pelo Romano Pontífice por justa causa, a pedido de ambas as partes ou só de uma, mesmo contra a vontade da outra.

Em que consiste o chamado privilégio paulino?

Regra geral: Cân. 1141 — O matrimónio rato e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa além da morte.

Privilégio Perino: Cân. 1142 — O matrimónio não consumado entre batizados ou entre uma parte batizada e outra não batizada pode ser dissolvido pelo Romano Pontífice por justa causa, a pedido de ambas as partes ou só de uma, mesmo contra a vontade da outra.

Privilégio Paulino: Cân. 1143 — § 1. O matrimónio celebrado entre duas partes não batizadas dissolve-se pelo privilégio paulino em favor da fé da parte que recebeu o baptismo, pelo mesmo facto de esta parte contrair novo matrimónio, contanto que a parte não batizada se afaste.

§ 2. Considera-se que a parte não batizada se afastou, quando não quer coabitar com a parte batizada ou coabitar com ela pacificamente sem ofensa do Criador, a não ser que esta parte, após a recepção do baptismo, lhe tenha dado justa causa para se afastar.