54
23.2.10 Direito Civil Direito das Obrigações 1. Noções gerais introdutórias 2. Evolução histórica 3. Importância do Direito das Obrigações 4. Unificação dos Direitos das Obrigações 5. Direito das Obrigações entre tradição e novação 6. Obrigação – figuras correlatas, dever, sujeição, potestade, ônus As obrigações surgiram com o início das civilizações. Quando surgiram os líderes, guia religioso etc, e que ditavam as regras para que os demais vivessem em harmonia. Tinha um caráter coletivo, mas, com o crescimento da civilização, surgiram dificuldades de se obter o mesmo cumprimento das regras, portanto, as regras firmadas passaram a ser firmadas pessoalmente; o chefe de uma família fazia “o acordo” com o outro chefe de família e não “um acordo”. No direito romano: “Lex Poetelia Papiria” determinou que a sanção por esquartejamento não podia ser pessoal e sim patrimonial. No direito privado: Vínculo jurídico Pagamento de prestação: comportamento de agir No pagamento das prestações há formas omissiva e comissiva. Quando pego um ônibus, firmo um contrato com o transportador, ele me leva onde preciso ir e para que isso aconteça eu pago pelo transporte. Ao comprar um bem. Dever/Obrigação Tem uma diferença com relação ao tempo de duração de cada uma e também de acordo com o gênero da coisa em questão. Dever: não esvaece com o passar do tempo. Exemplo: O pai tem o dever de cuidar de seus filhos e isso é para a vida toda, ela não morre. Se não o fizer, pode perder a tutela. Obrigação: O seu não cumprimento acarretará em sanções assim como no dever, porém, ao atendê-la, a obrigação se extingue. Obrigação por contrato, pagar o valor do automóvel em 36 parcelas. Ele tem a obrigação de pagar, pois, do contrário, perderá o carro ou terá seu nome incluído no Serasa; caso pague, sua obrigação ao final do período extinguirá. Sujeição e potestade Contrato de mandato: Fidúcia, só existe enquanto a pessoa confia em seu representante. Resinção lateral: uma das partes pode cancelar o contrato (tem a potestade) e a outra parte tem que aderir a vontade daquele. Direito Potestativo: envolve o interesse particular. Uma determinada situação pode motivar uma das partes em cancelar. Contrato de trabalho: Tem característica de sujeição, pois, o empregador pode, a qualquer momento, demitir seu funcionário sem justa causa. Ônus O interesse envolvido é próprio do agente, ele tem o ônus que deverá ser cumprido por ele, e, no caso de não cumprir com esse ônus, ele arcará com as conseqüências. Ex: uma pessoa inventa um novo produto, ele não tem obrigação de patenteá-lo, e, se isso ocorrer, ele pode ter sua invenção copiada e diante disso, não terá como buscar a justiça. Em um processo, quando uma parte acusa a outra, cabe ao primeiro provar aquilo que disse, chamamos de ônus da prova. 2.3.10 #Ler o arquivo PDF Conceito e estrutura da relação obrigacional Necessidade de superação da visão clássica; Débito (“Shuld”) e responsabilidade (“Haftung”); Estrutura moderna da relação obrigacional; Obrigação complexa ou como um processo; Temporalidade e impessoalidade; Função e interesse da obrigação;

Direito Civil - Aulas

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Direito Civil - Aulas

23.2.10Direito Civil

Direito das Obrigações

1. Noções gerais introdutórias2. Evolução histórica3. Importância do Direito das Obrigações4. Unificação dos Direitos das Obrigações5. Direito das Obrigações entre tradição e novação6. Obrigação – figuras correlatas, dever, sujeição, potestade, ônus

As obrigações surgiram com o início das civilizações. Quando surgiram os líderes, guia religioso etc, e que ditavam as regras para que os demais vivessem em harmonia.

Tinha um caráter coletivo, mas, com o crescimento da civilização, surgiram dificuldades de se obter o mesmo cumprimento das regras, portanto, as regras firmadas passaram a ser firmadas pessoalmente; o chefe de uma família fazia “o acordo” com o outro chefe de família e não “um acordo”.

No direito romano: “Lex Poetelia Papiria” determinou que a sanção por esquartejamento não podia ser pessoal e sim patrimo-nial.

No direito privado:Vínculo jurídicoPagamento de prestação: comportamento de agirNo pagamento das prestações há formas omissiva e comissiva.

Quando pego um ônibus, firmo um contrato com o transportador, ele me leva onde preciso ir e para que isso aconteça eu pago pelo transporte. Ao comprar um bem.

Dever/Obrigação

Tem uma diferença com relação ao tempo de duração de cada uma e também de acordo com o gênero da coisa em questão.Dever: não esvaece com o passar do tempo. Exemplo: O pai tem o dever de cuidar de seus filhos e isso é para a vida toda, ela

não morre. Se não o fizer, pode perder a tutela.Obrigação: O seu não cumprimento acarretará em sanções assim como no dever, porém, ao atendê-la, a obrigação se ex-

tingue. Obrigação por contrato, pagar o valor do automóvel em 36 parcelas. Ele tem a obrigação de pagar, pois, do contrário, perderá o carro ou terá seu nome incluído no Serasa; caso pague, sua obrigação ao final do período extinguirá.

Sujeição e potestadeContrato de mandato: Fidúcia, só existe enquanto a pessoa confia em seu representante.Resinção lateral: uma das partes pode cancelar o contrato (tem a potestade) e a outra parte tem que aderir a vontade

daquele.Direito Potestativo: envolve o interesse particular. Uma determinada situação pode motivar uma das partes em cancelar.Contrato de trabalho: Tem característica de sujeição, pois, o empregador pode, a qualquer momento, demitir seu funcionário

sem justa causa.

Ônus

O interesse envolvido é próprio do agente, ele tem o ônus que deverá ser cumprido por ele, e, no caso de não cumprir com esse ônus, ele arcará com as conseqüências. Ex: uma pessoa inventa um novo produto, ele não tem obrigação de patenteá-lo, e, se isso ocorrer, ele pode ter sua invenção copiada e diante disso, não terá como buscar a justiça.

Em um processo, quando uma parte acusa a outra, cabe ao primeiro provar aquilo que disse, chamamos de ônus da prova.

2.3.10 #Ler o arquivo PDF

Conceito e estrutura da relação obrigacional

Necessidade de superação da visão clássica;Débito (“Shuld”) e responsabilidade (“Haftung”);Estrutura moderna da relação obrigacional;Obrigação complexa ou como um processo;Temporalidade e impessoalidade;Função e interesse da obrigação;Elementos da relação obrigacional;Sujeitos;Objeto;Conteúdo.

Obrigação: Ob + ligaço (ligação efetiva entre o tipo de que representa o vínculo com a parte). Reside nessa origem o conceito original de obrigação que vem do Dr. Romano; é um vínculo jurídico entre credor e devedor, tendo no fim uma prestação. É uma noção clássica. Dava idéia de um vínculo duradouro, permanente e na ausência de meios para pagar, esse vínculo era quem forçava a penitência sobre o devedor.

O devedor, além de ser aprisionado, morto e esquartejado, poderia sofrer outras sanções (?). Havia um pessoalismo (pessoali -dade) na solução do conflito. Diante disso, houve frentes para superar essas teórica de funcionamento. Surgiu um dualismo sobre esse conceito; com intuito de fazer uma secção na relação obrigacional.

O devedor tem por obrigação, quitar sua dívida e o credor, direito de receber e na situação do não pagamento, tem o direito de cobrar seu devedor. Quem tem debito tem a responsabilidade, mas, quem tem a responsabilidade, nem sempre tem o débito – ex-emplo: o caso do fiador em locações.

Teoria questionada por entender mais que a relação devedor-credor...Necessidade de haver boa fé objetiva.

Page 2: Direito Civil - Aulas

Maior complexidade; a obrigação é mais que comprar-pagar. Ex: embalar a mercadoria; compra de carne da Argentina – entrega com transporte adequado, devidamente acondicionado, com licenças específicas etc.

Foi aprimorada e hoje tem a obrigação complexa. Como exemplo, podemos citar um contrato de transporte onde fica exigido via contrato que o transporte deverá acondicionar o produto de forma correta, em uma temperatura adequada etc.

De acordo com uma doutrina portuguesa, toda relação obrigacional tem um dever primário, mas, o negócio jurídico também tem os deveres secundários; uma complementação do primário – embalar, acondicionar, entregar. Não é só uma única prestação de cada parte, mas, uma série de atos, um processo.

Deveres laterais ou acessórios – não faz propriamente parte da relação obrigacional, mas se espera que a parte cumpra esses deveres – isso é cooperação e a boa fé. Podemos classificar os deveres laterais como informação; cooperação; lealdade, sigilo, pro-teção. Estes serão exigidos independentemente do dever principal e dos secundários.

Caso em que há uma negociação pré-venda (compra de empresas...) existe alguma obrigação nesse momento? Existe o dever de informar, de cooperar, de ser leal, de agir com boa fé; dever de manter as informações em sigilo, por outro lado, se isso for con -vencionado.

Temporalidade

Credor e devedor devem agir com responsabilidade e obrigação para que tudo dê certo, para que o negócio tenha sua tem-poralidade estabelecida com início, meio e fim.

Exemplo de obrigação: máquinas de refrigerantes. Está ali, teoricamente para um negócio obrigacional, é impessoal. É uma compra-venda.

Função e interesse da obrigação

A função da concessionária é vender seus automóveis. O interesse é satisfazer o credor.

Elementos da Relação obrigacional

Sujeitos: credor e devedor. Credor é o sujeito ativo. Devedor é o passivo, aquele que tem a dívida.

Conteúdo: é a relação jurídica

8.3.10

Princípios fundamentais do Direito – Direitos e obrigações

1. Princípios gerais: Dignidade da pessoa humana – o respeito ao valo humano; justiça; liberdade; função social tanto dos contratos quanto d...

a. Autonomia Privada: A lei confere às partes, poder para firmar negócio (por meio de negócio jurídico);b. Boa fé: Um conceito desprezado no passado e que ganha força no Cód. Civil de 2002 com a noção de consid -

eração, confiança, lealdade entre as partes. É objetiva, impõe às partes uma norma de comportamento. A boa fé no Cód. Civil tem três funções: 113 do CC, mas também no subjetivo, através do 187; a terceira é a im -posição entre as partes, art. 422 do CC;

c. Deveres laterais: cooperação, auxílio, informação, confiança e lealdade. Dependendo da doutrina, há outros. Alguns dizem que o da cooperação engloba os demais por ser genérico. O de informação também é impor-tante, pois, as partes, dentro da boa fé, têm que avisar a outra parte sobre qualquer coisa que vier a acontecer durante o negócio. A lealdade pode ser atribuída ao caso do sigilo.

d. Exata adimplemento: a prestação deve ser cumprida do acordo com o que foi concordado, art. 313 diz que o credor não é obrigado a receber coisa diferente do que foi combinado, mesmo que valia mais.

e. Ressarcimento dos danos: configurado o descumprimento do acordo, gera-se um ressarcimento do dano. Idéia genérica de repor ao estado anterior, nem sempre isso é possível, logo, será necessário uma indenização;

f. Exata remuneração: 944 do CC Caput, a exata remuneração;g. Proibição do enriquecimento sem causa: estabelece que ninguém poderá enriquecer-se à custa alheia e

sem causa. A doação pura, é considerada enriquecimento com causa. Outro exemplo de enriquecimento com causa é o da prescrição, A deve para B que nunca o cobra, ao prescrever a dívida, A enriquece com causa e a custa alheia.

h. Patrimonialidade com responsabilidade patrimonial: 391 do CC;i. Igualdade entre credor e devedor: apesar do devedor ter uma obrigação com o credor, deve haver uma

igualdade entre as partes;j. Funcionalidade do direito de crédito: a vedação ao abuso do direito. Abuso de direito art. 187.

2. Modalidade das obrigações: Mesmo que espécies de obrigações. Podem ser categorizados e é importante classificar, pois, dependendo da diferença, há aplicação de uma disciplina diferente. As modalidades começam com o direito de dar, fazer e não fazer

3. Classificação das obrigações:a. Vínculo:

i. Moral: vem do conceito inicial das obrigações que existem no plano religioso, no trato social, na edu-cação, mas, destituídas de exigibilidade jurídica. Seu descumprimento não acarretará em uma sanção juríica.

ii. Jurídica: Exigível1. obrigação civil:qualquer obrigação constituída.2. Obrigação natural: conceito antigo, bastante estudado e vários significados, existe uma

dívida, porém, não há mais responsabilidade do devedor.b. Pluralidade de credores:c. Pluralidade de devedores:

#Obrigação de fazer pode ser personalíssima: Contratação de cantor

16.3.10

Obrigação de dar coisa certa e coisa incerta

Introdução

Page 3: Direito Civil - Aulas

Obrigação de dar coisa certa:1. Acessório: Na obrigação de dar a coisa certa, o acessórios acompanharão a coisa. Acompanharão se as partes não

definirem o contrário. Pode ocorrer por condição própria da coisa, art. 233 do CC.2. Deterioração ou perecimento da coisa: Perda do valor econômico por conta da perdas das qualidades essenciais da

coisa. Perecimento: perda total (árvore cai no carro de dá PT) Deterioração: enchente. “Res perit domino” – a coisa perece para o dono (devedor é o dono) art. 235 do CC e art. 236 do CC

3. Perecimento com ou sem culpa do devedor: 4. Melhoramentos e acrescidos: art. 237 do CC

Obrigação de restituir: há uma coisa alheia nas mãos do devedor, a coisa não é do devedor (alocação de veículo – o devedor tem que devolver até o final do contrato. Na restituição, ele não é o dono da coisa).

1. Perecimento com ou sem culpa do devedor: 2. Deterioração com ou sem culpa do devedor:

a. Sem culpa: 239b. Com culpa: 240

3. Melhoramentos e acrescidos: art. 241 do CC, 242

Obrigação de dar coisa incerta: há uma indeterminação, porém, não é absoluta ao tal ponto de inexistir convenção sobre o ob-jeto (art. 104 – objeto lícito, possível, determinado ou determinável) ex: safras futuras:

1. Escolha/concentração: possibilita o adimplemento. Se não houver convenção, o credor ou terceiro pode escolher. Ar-tigos 243 e 244 do CC. É efetuada a concentração, que ocorre com a

2. Impossibilidade de perecimento ou deterioração antes da escolha “genius nunquian perit”: A impossibili-dade antes da escolha decorre a espressão gênero nunca perece. Se a safra que A venderia estragou, ele terá de com -prar outra para repor e assim, cumprir com a obrigação.

Comodato: contrato de empréstimo. Quando terminar, devolve ao comandate? (dono da parada).Entrega ou restituição da coisa: na obrigação de dar, a tradição (a efetiva entrega da coisa), tradição no CC: forma de transmis-são de bem móvel (livro, carro, celular), não precisa de contrato, só a pura tradição.Tradição: entrega da coisaTradição de dar a coisa certa: tanto para bem móvel quanto imóvel.

Na Obrigação de dar a coisa certa tem o exato adiplemento 313 do CC.

23.3.10

Obrigações de fazer: Pode levar em consideração uma habilidade única do devedor e, se assim for, será considerada uma obri-gação personalíssima. - Caracteres:1. Prestação infungível: Somente permite o adimplemento pelo próprio devedor – contratação da banda “X”, de uma obra do artista “Y” ou mesmo em um caso da contratação do cirurgião “W” para operar o paciente. Art. 247 prevê a indenização pelo inadim-plemento.2. Prestação fungível: O fato a ser desempenhado permite que qualquer pessoa cumpra com a obrigação. O interesse do credor é aquela ação específica, independentemente de quem o realizará. Art. 249 do CC. Possibilita a execução da lei com as próprias mãos – parágrafo único.3. Execução pelo juiz: Quando o juiz intervém em um negócio jurídico quando, uma das partes, se recusa a assinar o contrato mesmo já tendo assumido o compromisso. O juiz dá uma sentença que equivale ao contrato – Compra de imóvel já adiantada e, em dado momento, uma das partes se recusa a assinar a escritura. Para que se configure essa situação, deve-se atender o disposto no art. 464 do CC. Artigos 466-a e 466-b do CPC. Ação de adjudicação compulsória.4. Impossibilidade da prestação: Verifica-se se a impossibilidade decorre de culpa do devedor ou não. Sem culpa, resolve-se a obrigação, como se não tivesse tido contrato. Com culpa, paga-se as perdas e danos. Art. 248.

Obrigação de não fazer: A obrigação da parte é uma omissão. A abstenção de uma ação ou prática de um ato. Decorre de uma convenção entre partes, por lei ou por ação judicial – a impossibilidade de construção, alienar um bem, divulgar informações sig -ilosas etc. Não pode chegar às raias da dignidade da pessoa. É inválida uma obrigação cuja a abstenção seja a de uma das partes não se alimentar.- Adimplemento e inadimplemento:Adimplemento: é a omissão e a continuidade da abstenção em questão.Inadimplemento: é a prática, ação do ato. O art. 390 do CC diz das obrigações negativas.O art. 251 do CC pode exemplificar o caso em que se não se admitia a construção de um muro com mais de 1,5 m de altura, caso seja construído, a parte lesada pode contratar terceiro para demolir o muro. Em caso de um segredo que não poderia ser contado. Caso contado, não há como resolver.?? Nesse caso também a execução da lei com as próprias mãos (antes da justiça se pronunciar).- Impossibilidade da prestação: Em decorrência de lei que obriga a fazer a abstenção acordada. Extingue-se a obrigação quando não há culpa do devedor.Vizinhos de um condomínio assumem compromisso de não construir muros entre as casas, somente cercas vivas. Os demais vizinhos podem requerer a derrubada do muro, mas, se houver uma lei da prefeitura disser que deve haver muro entre as residências, não se poderá cumpri-la. Art. 250 do CC.

Obrigação alternativa: Permite-se que mais de um objeto seja uma forma possível de adimplemento. As partes devem negociar o que servirá de pagamento. Em determinado momento, a escolha de um objeto exclui o outro como forma possível de pagamento. Art. 5XX fala do objeto determinado e determinável.A regra é: o devedor escolhe, salvo disposição contrária combinada entre as partes. Ex1: a escolha do animal no canil – eu, credor, tenho que escolher o animal. Ex2: na máquina de refrigerantes, quando eu colocar a moeda, cabe a mim, credor, escolher qual lata eu quero. Art. 252 do CC e seus parágrafos. A ou b ou c...- Noção:- Direito de escolha:- Impossibilidade da prestação: art. 253 do CC. Quando há duas opções, mas, uma delas é ilícita ou fora do comércio (in-alienável), Deixa de haver opção, pois, só tem uma a ser escolhida, portanto, simples. Nesse caso, examina-se a quem caberia o di-reito de escolha, conforme o art. 254 e 255 e 256 do CC.

Obrigação cumulativa: Não comporta alternativa. A prestação a ser desempenhada cumula várias opções: a+b+c...O devedor é liberado apenas se cumprir todas as obrigações.

Obrigação facultativa: Prestação simples. Nela há uma faculdade dada somente ao devedor de cumprir de modo diverso à obri -gação. Exemplo: A fecha contrato de aluguel com B; firma-se que, será pago 100mil/ano pelo aluguel e, que o valor pode ser pago

Page 4: Direito Civil - Aulas

em dinheiro ou em café. Caso A venha a inadimplir, B entrará com ação contra A, e, só poderá exigir o valor em dinheiro, mas, B, por sua vez, poderá pagar em dinheiro ou em café, pois, só cabe à B decidir como pagar.

27.4.10

Obrigações Divisíveis e indivisíveis

a. Noçõesb. Regra geral da divisibilidadec. Hipóteses de indivisibilidaded. Pluralidade de devedores e de credorese. A indivisibilidade e modalidades de obrigaçõesf. Remissão da dívidag. Perda da indivisibilidade

Anotações:Mais de um credor e/ou devedor. A divisibilidade é auferida pelo objeto, mas, em alguns casos, será por conta das partes ou

por conta do órgão judicial.Art. 257 CCArt. 258 CCArt. 259 CCArt. 260 CCArt. 262 CCArt. 263 CC

Obrigações solidárias

a. Introduçãob. Característicasc. Relações interna e externad. Diferença entre solidariedade e indivisibilidadee. Disposições geraisf. Solidariedade ativag. Solidariedade passivah. Solidariedade mista

Tem que haver a multiplicidade de credores ou devedores. A solidariedade não é presumida, tem que ser citada no contrato.

Solidariedade ativa:Relação Interna: Credor 1, 2 e 3Relação Externa: Devedor 1 que deve 90 para Credores 1, 2 e 3.Qdo. o devedor 1 paga os 90 para o C1, a relação externa está resolvida, porém, a relação interna ainda perdura. C1 tem que di-vidir com C2 e C3.

Solidariedade passiva:C é credor de D1, D2 e D3. Cada um deve 30 para C.Se D1 pagar 90 para C, a dívida está resolvida, portanto, a relação externa, porém, a relação interna ainda não. C1 cobrará 30 de D2 e de D3, isso chama-se sub rogação – D1 assume o lugar de C em relação a crédito que tem sobre D2 e D3.

Art. 264 CCArt. 942 CCArt. 154 CCArt. 266 CCArt. 267 CC – regra de relação externa.Art. 268 CCArt. 269 CCArt. 270 CCArt. 271 CCArt. 272 CCArt. 273 CCArt. 274 CC – se um dos credores for incapaz, os demais não perdem o direito sobre a dívida.Art. 1792 CCArt. 276 CCArt. 278 CCArt. 279 CC – inadimplemento por perda e danosArt. 280 CCArt. 282 CCArt. 283 CCArt. 284 CC

A, B, C, D e E são devedores e, em dado momento, A é exonerado da solidariedade mas, não da dívida. Posterior a esse fato, B torna-se insolvente (art. 282 CC). Assim que for feito o rateio, A será incluído com C, D e E, pois, não está livre da dívida.

Solidariedade mista:

4.5.10

Obrigações líquidas e ilíquidas

Liquidação de sentença:475-A, CC475-B475-C475-E – por ativos

Page 5: Direito Civil - Aulas

Ilíquida:397 - mora (atraso no cumprimento da prestação)

407- Juros -

Compensação:Art. 369.

Imputação do pagamentoArt. 352

1) Transmissão das obrigaçõesNa história: da pessoalidade para a impessoalidade.- Espécies

2) Cessão de Crédito (286 a 298) – quem detém um crédito transfere a terceiro. Pode ser crédito vencendo, ou vencido, tanto faz. Cessão do pólo ativo.Credor (cedente) -> Terceiro (Cessionário)Devedor (cedido) – não precisa ser consultado, mas pode ser acertado isso no contrato. O Devedor deve pagar ao Credor, só não vai pagar se for devidamente cientificado da transmissão do crédito. Senão o pagamento é considerado válido.Podem contratar que o crédito não pode ser cedido a 3º. A lei também pode dispor que alguns créditos sejam cedidos. Ex: credor de alimentos.- regras286 2º parte: busca inibir a má-fé e o abuso de direito.287 – o acessório segue o principal, salvo disposição em contrário.A cessão pode ser total ou parcial.288 – Não se exige formalidade certa, a não ser naqueles casos em que se exige escritura; mas em relação a 3º - art. 288289 – o cessionário (3º) pode registrar na hipoteca a cessão para ele.

- forma288 – Não se exige formalidade certa, a não ser naqueles casos em que se exige escritura; mas em relação a 3º - art. 288

- ciência do devedor – tem que ter – art. 290.

- efeitosArt. 291.Art. 292 – o devedor pagando para o cedente antes de ser cientificado. É válido.Art. 293 O cessionário já pode exercer os atos para conservar o direito cedido. Ex: interrupção da prescrição.Art. 294 – Exceções pessoais – em relação ao cedente, mas não ao cessionário – Ex: caso da compensação. O Devedor tem que argüir a compensação no momento da cientificação, mas se deixar para depois, não terá validade.

- responsabilidade do cedente (295, 296, 297) – eventualmente o cedente cede o crédito se responsabilizando pelo cumprimento da obrigação. Na regra geral, ele não se responsabiliza por se o crédito é bom ou mal, se o devedor tem dinheiro ou não, apenas pela existência do crédito.

- crédito penhorado – 298 – não pode haver cessão. Se o devedor não cientificado da penhora pagar para o credor é válido.

3) Assunção de dívida (299 a 303) – quem deve cede o débito a terceiro. Usa-se na negociação que foram adquiridos através de financiamento imobiliário.O credor deve ser consultado para a assunção da dívida. Ele teve a crença (credor) naquele devedor, mas não conhece o outro. Inclusive, o Credor e o Terceiro podem fazer a assunção da dívida sem mesmo a participação do devedor.

- RequisitosArt. 299.O silêncio do credor é recusa, salvo art. 303 no caso do crédito imobiliário, com imóvel hipotecado garantindo a dívida, neste caso o silêncio do credor é aceitação.

- Espéciesa) Expromissão (doutrina): entre credor e o terceiro – pode ser liberatório (libera o devedor) ou cumulativa (assume uma parte da dívida e tb passa a ser devedor).b) Delegação: credor, devedor e terceiro participam da assunção.

- EfeitosSubstituição do devedor por terceiro. No entanto o devedor não será liberado se ainda tiver parte da dívida e se o terceiro era insolvente no tempo da assunção e o credor não sabia disso.Art. 300. Garantias: o devedor originário tinha uma garantia (fiador por ex.) Essa garantia não subsiste depois da assunção, salvo assentimento do devedor primitivo.Art. 301 – Anulação da assunção – volta à situação anterior, salvo garantias por terceiros.Art. 302 – exceções pessoais - O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.

4) Cessão do contrato (cessão da posição contratual) – cessão de todos os direitos e obrigações abordados em um contrato.

11.5.10

ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

Adimplemento: o cumprimento do pagamento da dívida se dá através do adimplemento. O CC pode usar o termo pagamento tam -bém. Extinção das obrigações também é uma forma de explicar o termo adimplemento.Modos de cumprimento: quando se efetua o pagamento, ele acontece por ato do devedor que na linguagem da doutrina, solvens (quem paga) e accipiens (quem recebe). Pressupostos subjetivos: quem deve pagar, a quem se deve pagar. Pressupostos objetivos: o que pagar e onde pagar (lugar). Pressuposto temporal: Quando pagar (tempo do pagamento). O adimplemento se dá de forma di -reta, será o cumprimento satisfativo (quantia exata da prestação). A extinção da obrigação pode acontecer de forma indireta ou, não satisfativa, pois, o crédito não constituído, apesar de extinto, não é satisfeito; pode ocorrer na compensação. Feita a compensação, extingue-se a obrigação mas, pode não trazer a satisfação.

Page 6: Direito Civil - Aulas

Meio anormais de cumprimento: acarretam a extinção da obrigação mas, através de uma anomalia, pex, caso de nulidade. Ocor -rendo a nulidade, a obrigação está extinta. A prescrição também.A impossibilidade de cumprimento da obrigação – pode ser resolvida mas, não é garantida a satisfação.Conceito: antigamente o adimplemento era considerado com o pagamento da prestação principal, com sua satisfação. Atualmente, o conceito passou a abranger mais aspectos, secundários, deveres laterais entre outros. A satisfação só é conquistada quando todos os requisitos são alcançados.Terminologia: Meios que proporcionam a satisfação do crédito.Satisfação do crédito: Quando pago por um terceiro e não pela parte devedora propriamente dita. Se ocorresse pelo devedor orig-inário ocorreria o adimplemento. Existem situações em que fica proibido o pagamento por terceiro, logo, não será permitida a ocor -rência da satisfação do crédito.Princípios basilares do adimplemento

Boa fé: entendimento objetivo, art. 422 do CC.Diligência: o devedor deve empregar toda da diligência exigível para alcançar o adimplemento. A diligência acerca de uma

cirurgia é diferente da diligência acerca de uma reforma de uma casa. A diligência de pagar a prestação em mãos é simples quando comparada a um pagamento mais sofisticado.

Exato adimplemento: art. 313 do CC – o credor não precisa aceitar adimplemento diverso do que fora combinado, mesmo que seja mais valiosa.

Pontualidade: o devedor deve cumprir a obrigação da forma que fora combinada, ponto por ponto. Implica também no fato do devedor não se valer de problemas pessoais para se eximir da obrigação. Do ponto de vista da integralidade – o devedor não pode cumprir a obrigação em partes, primeiro um passo, depois de um tempo o passo seguinte.Natureza: Pegar do Azamba!!!Requisitos: a existência de uma dívida ou uma relação obrigacional, pois, se não existisse uma dívida mas, existisse um paga -mento, seria uma figura chamada pagamento indevido. Intenção de adimplir, vontade de pagar, de extinguir a obrigação. Tem mais um!!! Pegar do Azamba!

Pagamento

Quem deve pagar: o código declara que qualquer interessado na prestação da dívida, pode pagar! Devedor solidário, herdeiro etc. art. 304 CC. O interessado pode pagar mas, se o credor não deixar, o devedor pode depositar em juízo. Para terceiro não interes-sado, art 305 (ver explicação na doutrina). Art. 346, III CC, fala do terceiro interessado. Na sub-rogação, o terceiro interessado que paga a dívida, assume o lugar do antigo credor em relação ao devedor. O terceiro não interessado por sua vez, ao pagar a dívida, não assume o lugar do antigo credor, logo, não vira parte no processo, não assume um pólo ativo na demanda. No 306 CC, se o devedor se opor ou desconhecer o pagamento por parte de terceiro, não terá obrigação de pagar, com tanto que tivesse a quantia da dívida para pagar. Quando o pagamento se refere à transferência de bem, vide 307; no § único, se a coisa paga fora feita por pes-soa não autorizada, o lesado na relação terá direito de exigir daquele que sem autorização, entregou a coisa.Daqueles a quem se deve pagar: ao credor ou ao seu representante, conforme art. 308; pagou para representante com procu-ração vencida, mas, com a ratificação do credor, considerar-se-á sua liquidação. Outro caso é a de pagar a dívida utilizando o valor para pagar uma outra dívida do credor, como foi em seu benefício, quando ratificado, será considerado o pagamento. Vide art. 311 também. Art. 309 é exemplificado pelo fato do sobrinho o qual todos achavam ser o herdeiro, até o momento em que descobriu-se que o seu tio deixara um testamento onde seus bens deveria ser entregue a um amigo. No caso do incapaz, o pagamento dever ser feito à alguém com capacidade de receber. Admite-se o pagamento em benefício do credor – depositar em sua conta ou na do tutor, sabendo que o valor será usado em benesses para o incapaz. O art. 312, não entendi.Objeto do pagamento: é a prestação, art. 313 do CC. Vide 314 do CC.Dívidas pecuniárias e dívidas de valor: existem obrigações que com sorte ou conforme sua natureza tem efeito diverso. Exemplo da pensão alimentícia – o pai pode pagar o que deve em grana ou pagar escola, lazer, alimentação (valor). Pecuniária – desapropri -ação. No pagamento de dívida, em épocas de inflação, há duas possibilidades pagamento, ou em valor nominal (pecuniária - sem correção monetária) ou em relação ao valor o qual sofria uma valorização ou desvalorização. O mais comum é a pecuniária.Excessiva onerosidade da prestação: empregada nas obrigações de longa duração (2, 4, 5...anos), art. 317 CC. Pegar do Azamba!!!Pagamento em ouro ou em moeda estrangeira: art. 318 CC. Pegar do Azamba!!!

11.5.10

Prova do Pagamento

Quitação: é uma declaração unilateral firmada pelo credor, atestando o adimplemento. Declaração escrita denominada recibo. O devedor precisa dela porque é uma forma de comprovação. O devedor pode oferecer o pagamento ao credor, manifestando a in-tenção de pagar, porém, diante da falta de cooperação do credor em entregar a quitação (recibo), deixar de pagar. Pode o devedor fazer o pagamento em consignação – depósito em juízo, caso o credor não forneça o comprovante de quitação. O art. 319 do CC ini -cia o assunto. O famoso recibo é indispensável para que o devedor prove que pagou.A quitação em sentido amplo – deve estar por escrito, conter a forma de pagamento, data, quantia etc.Modalidades: há duas modalidades. A mais comum é a escrita, através de recibo. A outra, somente nos casos dos títulos de crédito (devolução de nota promissória – título de crédito). Se a cártula promissória estiver nas mãos do devedor, não há necessidade dele pedir recibo. Só de estar na posse do título entende-se que a dívida foi paga. Vide art. 321, CC – se o credor perder o título, o deve-dor pode reter o pagamento...Momento em que o devedor exige!Espécies: prestação de única parcela, obtém-se a quitação total ou plena. Em parcelas, no pagamento de cada uma, o devedor pode exigir a quitação parcial. Geral – situação em que existem vários tipos de pagamentos e todos são pagos. Específica – situ-ação que difere da geral, o devedor paga somente algumas das dívidas. Revogável ou irrevogável – em regra, todas são ir-revogáveis. Como revogável, podemos citar o uso do cheque, pois, o devedor pode sustar antes da compensação ou situação do cre-dor dar a quitação antes que o devedor pague-o.Presunções: Art. 322 – pagamento de quotas periódicas, exemplo, mensalidade de faculdade. O fato de pagar uma mensalidade en-tende-se que as anteriores estão quitadas. Art. 323, 324, Despesas com o pagamento: ficam por conta do devedor. A taxa que o banco cobrar para receber o pagamento, ficará por conta do devedor. Se as despesas forem adicionais e por conta do credor, a este fica a responsabilidade de saldá-la sem ônus ao devedor, conforme art. 325, CCPagamento por medida ou por peso: situação ligada à relevância do lugar do pagamento, pois, a medida ou peso pode variar de acordo com o lugar, conforme o art. 326, CC.

Lugar do Pagamento

Elemento objetivo, extremamente relevante para o correto adimplemento. O local deve ser claramente estabelecido no doc-umento que trata da obrigação. Pode ocorrer o fato do contrato ser silente – onde será estabelecida a quitação? O art. 327, CC diz que o lugar é no domicílio do devedor.

Page 7: Direito Civil - Aulas

No art. 328, CC refere-se a tradição de imóvel, se a transmissão de propriedade é de um imóvel que está em São Paulo, não tem como querer fazê-lo em outra cidade.

Lugar de pagamento pode ser diferente do de entrega. Art. 328 e 329, CC.O art. 330, CC é um exemplo de “suppressio” – presunção de renúncia acerca do local do pagamento. Se eu o comuniquei

acerca do local correto, não ocorrerá o suppressio.

Tempo do pagamento

Aspecto temporal – quando pagar? Recomenda-se que o contrato estabeleça o tempo, o quando pagar. As vezes o paga-mento deve ocorrer em um tempo específico ou o pagamento pode ocorrer mediante o advento de uma condição – quando concluído o processo de inventário; quando a parte se casar; assim que houver colheita etc.

O art. 397, § único, fala do inadimplemento e da mora – regra “dies interpellat pro homine”. O dia interpela pelo homem. O art. 331, CC + 134, CC, porém, não é possível cobrar a construção de uma casa de imediato, pois, entende-se que tem um prazo para fazê-lo e além da boa fé ativa. Com base no art. 133, CC, sustenta a doutrina que mesmo tendo o termo, poderia o devedor cumprir a prestação antes do tempo do pagamento. O devedor, via de regra, pode pagar antes, de acordo com o art. 133, CC.

O art. 333, CC – fala da situação em que o credor pode cobrar do devedor a quitação antes do vencimento.

1.6.10Pagamento em consignação

Conceito: Art. 334, CC – fala sobre o pagamento em consignação. Formas:Efeito liberatório:Hipóteses de cabimento: Art. 335, CC e seus incisos.Requisitos: Art. 336, CCLevantamento do depósito: Art. 338, CC. Art. 340, CC – permissão para que o devedor levante, concedendo um novo crédito. Art. 339, CC – só pode levantar se os demais devedores e fiadores deixarem.Regras quanto ao objeto: Art. 341, CC – coisa imóvel. Art. 342, CC – devedor escolhe a coisa e manda o credor vir receber.Despesas: Art. Coisa litigiosa: Há dúvida quanto ao credor por haver uma ação judicial pendente, por exemplo, em relação a um imóvel – pra que o inquilino pagará o aluguel, ele não paga nem pra um nem pra outro, deve pagar em consignação. Art. 344, CC.Consignação pelo credor: Art. 345, CC.

Pagamento com sub-rogaçãoConceito: diferente da cessão de credito, onde não há pagamento e sim uma transferência, o pagamento com sub-rogação tem um pagamento.Espécies:

Legal: ocorrida a situação jurídica, art. 346, CCI: A é credor preferencial de 3 mil e B de 100 mil sem a preferência. Todos em relação ao mesmo devedor, C. B

paga a os 3 mil para A e sub-roga-se perante C.II: imóvel hipotecadoIII: terceiro interessado quando paga, assume a posição do credor e sub-roga-se perante o devedor.

Convencional: art. 347, CC - as partes estabelecem por vontade própria. Quando o terceiro não interessado efetua o paga-mento, conforme o art. 305, CC, tem direito a ser reembolsado o que pagou mas, não sub-roga-se, porém, se o credor que recebeu do terceiro não interessado consentir, o não interessado pode sub-rogar-se perante o devedor diante da modalidade de Convenção.

I – situação em que há o consentimento do credor perante o pagamento pelo terceiro não interessado.II – situação em que o terceiro não interessado empresta ao devedor e este consentir que o terceiro não interes -

sado se sub-rogue.Efeitos: Art. 348, CC – situação em que é prevista a cessão de crédito no caso do inciso I do art. 347, CC.Art. 350, CC - Na sub-rogação legal pode acontecer do terceiro pagar menos, ele se sub-rogará só até o valor que pagou e não sobre a totalidade.Art. 351, CC –

Imputação do pagamentoConceito: A imputação do pagamento é, no Direito das obrigações, uma forma de o devedor quitar um ou mais débitos vencidos que possui com o mesmo credor, escolhendo qual, ou quais, das dívidas pagará primeiro.

A preferência na escolha da imputação é sempre do devedor, que procurará adimplir a dívida que mais lhe convier. Entre -tanto, no silêncio deste, o direito de imputação passa a ser do credor. Havendo silêncio de ambas as partes, a lei tratará da im-putação, conforme as normas vigentes estabelecidas. Art. 352, CC.Requisitos: Artigos 353, 354 e 355, CCRegras:

Prova dia 8.6: desde 27.4.10d

10.8.10Dação em Pagamento

Conceito: Decorre do acordo de vontade entre credor e devedor. O credor aceita algo diverso daquilo que fora anteriormente acor -dado. Requisito: A existência de uma violação obrigacional, portanto, de uma dívida. Esta é paga com algo distinto daquilo que foi acor-dado, com o consentimento do credor. Meio indireto da extinção da obrigação, mas, mesmo assim, válido. Substituição da forma de pagamento com o consentimento do credor. Art. 356, CC – o credor pode consentir. Se aceitar, bem; se não, o devedor arcará com mora etc etc. Dívida deve estar vencida, do contrário, seria uma novação.1) uma relação obrigacional = dívida2) entrega de coisa distinta da acordada3) concordância do credor4) objetiva a extinção da obrigação5) pressupõe a dívida vencida, pois senão seria modificação da obrigação e não sua extinção.6) possibilidade do devedor de transferir a coisa, deve ter o poder de dispor da coisa, ação liberatória da coisa.Objeto: O novo código prevê que a dação é a substituição de qualquer objeto (forma de pagamento) por outro. Antigamente, a dout -rina entendia que o objeto inicial era dinheiro. Embora um negócio esteja estabelecido via contrato, a dação advêm do consenti-mento, não necessariamente por meio de contrato, mas, conforme o art. 357, também será possível. Art. 358, 359.Antigamente havia restrição ao objeto, mas como novo código não.Efeito:Efeito liberatório da relação obrigacional tendo em vista o consentimento do credor.

Page 8: Direito Civil - Aulas

P. ex: recebe-se um imóvel, fixa-se um preço, e seguem-se as regras do contrato de compra e venda, especialmente nas figuras pro -tetivas garantindo ao credor que o objeto será fiel para o cumprimento da obrigação. Art. 357Art. 358 – Título de crédito – regras de cessão de títulos de créditos.Art. 359 – evicção – volta a obrigação anterior. Se for de boa fé pode até ter resolução diferente.

NovaçãoConceito: Tem efeito distinto da dação. Na novação ocorre a extinção da relação obrigacional mediante a constituição de uma nova. Não há efetivamente a satisfação do credor. Era credor de uma dívida em dinheiro, o valor não foi para sua conta, mas, a dívida ces-sou. Extingue a anterior e cria-se uma nova. Essa criação de nova dívida deve atender à uma série de requisitos. Subjetiva: em re -lação ao sujeito, altera-se o sujeito. Subjetiva ativa: altera-se o credor (não é cessão de crédito porque neste caso, a dívida ou crédito é o mesmo).Azamba:Meio indireto da extinção das obrigações. Resolve-se, extingue-se, a relação obrigacional mediante a assunção de outra obrigação que deriva da primeira. Não há satisfação do crédito, mas a dívida é extinta, criando-se outra. Sucedânea do pagamento.Pode ser objetiva, subjetiva (muda-se o sujeito ativo ou passivo, extinguindo-se a dívida, diferentemente da cessão de crédito) e ou mista.

Requisito: 1º: para extinguir deve existir uma obrigação anterior. A obrigação pode ser simples, complexa, talvez natural, prescrita etc, até obrigação anulável. Em situação de negócio nulo, não há novação porque a origem não existe, conforme art. 367.2º: nova obrigação. Deve ser distinta em relação à obrigação anterior (sujeitos, objetos ou todos). Entende-se que renegociação de dívida não seja uma novação. Azamba: constituição de uma nova obrigação que seja distinta da primeira. São outros os sujeitos (ativo ou passivo) ou objeto, ou os dois. Diversidade substancial (decidido pelo juiz se é substancial mesmo...)3º: deve existir o animus novandi, a intenção de criar uma nova obrigação. Art. 360 e 361, CC.

Espécies:

Art. 360.Novação objetiva: I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;Novação subjetiva passiva: II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; pai que assume dívida do filhoArt. 362. Expromissão. – sem consentimento do devedor.Delegação – com consentimento do devedor.Novação subjetiva ativa: III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.Novação Mista: Dívida nova praticamente em tudo. Combina novo objeto e novo sujeito, ou até novos todos os sujeitos. Ex: pai as-sume dívida do filho e paga através de serviços.

Efeito:O efeito fundamental da novação é a exitinção da dívida anterior e a criação de uma nova.Art. 364 versa sobre a extinção dos acessórios e garantias. Novação do contrato de aluguel, o fiador deve consentir também (ele é garantia).Na novação de dívida solidária, passa por apenas um deles, o restante, se consentirem, conforme art. 365, CC.Se o novo devedor é insolvente, o credor não tem como regressar ao primeiro devedor (originário), salvo se descoberta a má fé da substituição, conforme art. 366, CC.

CompensaçãoConceito: criado para evitar uma circulação inútil entre credor e devedor. Vai superar quando houver uma reciprocidade entre cre -dor e devedor, havendo entre eles dívidas líquidas, vencidas e exigíveis. Um deve para o outro e, diante dessa contenda, acertam-se até o limite da dívida do outro. Isso ocorre bastante entre os bancos. Espécies:Legal: presença de todos os requisitosConvencional: não há todos os requisitos ou os objetos não estão na forma exigida (por quem?), mas, através de acordo entre as partes, a compensação se resolve.Judicial: decorre de uma previsão específica de sentença judicial.Total: se existir uma igualdade entre os valores das dívidas.Parcial: quando não há uma igualdade entre os valores de cada dívida.Requisito: 1º. Títulos diversos – reciprocidade de créditos. O terceiro não interessado não pode compensar uma dívida sua com a daquele que ele quer assumir (art. 376). Se é o terceiro fiador ele pode compensar no lugar do devedor, e depois pode ter ação regressiva contra o devedor. Art. 371.2º. Homogeneidade, Liquidez e exigibilidade (vencidas) das dívidas – art. 368 – 369. Fungíveis: objetos da mesma natureza (homo -geneidade - paga café pelo café, milho pelo milho, dinheiro pelo dinheiro), ver art. 370. Vencidas – ver 372. art. 376 tbm.Restrições:Tem os requisitos, mas algumas circunstâncias impedem a compensação.1. Convenção contratual: as partes acordam não compensar; ou não compensar se não se configurarem todos os requisitos, con-forme o art. 375.2. Renúncia prévia de uma das partes: Art. 375.Exclusão legal – causa pela qual as dívidas foram constituídas. Em tese, isso não tem relevância, mas nas restrições do 373 têm. Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:I - se provier de esbulho, furto ou roubo; - ilicitudeII - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; - contratos reais (exigem a restituição da coisa – a essência da obrigação é a restituição); alimentos – têm destinação específica para subsistência.III - se uma for de coisa não suscetível de penhora. – nesse caso não pode ser executada judicialmente.Proibida a compensação em prejuízo de terceiros – art. 380.Outras Possibilidades1. A compensação também pode existir na cessão de créditos, mas deve-se preservar. Depois que ceder o crédito, não há mais a re -ciprocidade de créditos, então não há como compensar. Se for o caso o devedor deve opor à cessão na época da cessão, se notifi -cado. Art.377.2. Art. 378 - Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.3. Imputação do pagamento. Pressupõem-se várias dívidas. Quais dívidas estão sendo pagas. Art. 379: aplicam-se as regras da Im-putação do pagamento.

17.8.10

Confusão

Page 9: Direito Civil - Aulas

Conceito: Quando na mesma figura confundem-se credor e devedor, eaí, uma vez que ninguém pode ser obrigado consigo mesmo, a obrigação é extinta. Em raras ocasiões isso pode ocorrer. Ex: direito sucessório – O pai concede o empréstimo ao filho e falece, o filho passa a ser titular do crédito o qual ele é devedor. Extingue-se a obrigação pela confusão.Sessão de crédito ao próprio devedor ou casamento em regime universal de bens também são figuras suscetíveis a confusãoEspécies: Verifica-se a respeito de TODA a divida ou PARTE dela. Art.382 CCEfeitos: arts. 381 e 383, CPC – Pode ocorrer confusão com divida solidaria, com pluralidade de devedores, a qual a confusão atinge só um... uma parte da divida que subsiste frente aos demais.

Remissão de dívidasConceitos: Perdão da dívida, situação em que o credor pode abrir mao ou perdoar a divida do devedor e conseqüentemente, perde o direito de exigir o credito. É exigida a concordância do credor e do devedor, então é um contrato bilateral – art. 385 CCRequisitos, espécies e regras: O devedor tem que ter capacidade de aceitar a remissão. É expressa ou tácitaDiferente de REMIR – REMIÇÃO – Processo Civil – resgatar um bem que foi levado ao judiciário

Inadimplemento das obrigaçõesInadimplemento absoluto e relativo – moraInadimplemento absoluto é diferente do relativo que é igual à mora.Inadimplemento e mora se diferenciam na utilidade da prestação. Bolo comprado para festa de hoje, mas que, por conta de proble -mas alheios, chega no dia seguinte. Isso é Inadimplemento. Art. 395, parágrafo único, CC. Inadimplemento relativo: vestido da noiva? Inadimplemento Parcial: há descumprimento de umas e cumprimento das outras. Entregam o bolo, doces, mas, faltam os salgados.Cláusula geral de inadimplementoArt. 389, CCDolo e culpaO cumprimento deve ser imputável ao devedor. Isso configura o inadimplemento. Caso inimputável, o devedor fica exonerado da obrigação. Existe o conceito de culpa. Vide o art. 186, CC.Ler sobre a inversão de ônus quando ocorre caso fortuito ou de força maior. Situação em que o devedor prova que não pôde adimplir por conta de algo externo e que se enquadre no caso fortuito ou de força maior.Art. 392, CC - Obrigação negativaArt. 390, CC – é a obrigação de não fazer. O devedor assume a obrigação de não fazer algo e, fazendo-o, ocorre o inadimplemento. Nem sempre resulta em mora.Conseqüência do inadimplementoÉ a obrigação de pagar perdas e danos. Art. 389, CCHonorários de sucumbência – quando o juiz fixa uma parcela estipulada sobre uma porcentagem sobre o valor da causa para pagar os honorários do advogado.Contratos benéficos e onerososArt. 392, CC – doação pura ou benéfica, só o doador tem obrigação. O donatário não tem obrigação. Se o doador inadimplir, só será responsabilizado se o fez com dolo. Se tiver agido por negligência, imprudência ou imperícia configura-se a culpa.Caso fortuito e força maiorArt. 393, CC é regra geral, salvo se houver acordo acerca entre as partes.Essa condição pode ser questionada pelo fato da inevitabilidade. Era possível evitar a situação inesperada? Vide art. 393, § único, CC..Se foi sem culpa do devedor e não houve caso fortuito ou de força maior, não exonera-se o devedor.

24.8.10

Mora

Conceito: Atraso no cumprimento da obrigação, ou seu cumprimento imperfeito. O conceito de mora leva em conta o tempo (atraso), lugar e forma estabelecida. Art. 384. Se o pagamento ainda é útil ao credor, então é mora. Se deixar de ser útil, se converte em inadimplemento. A mora pode ser remedi-ada (purgação).A mora não se limita ao mero atraso: se fosse apenas atraso, consideraria somente o tempo e, na verdade, considera o tempo e/ou forma e/ou lugar. Mora associa-se a demora e, por conseguinte, entende-se atraso, porém, não dever ser considerada somente isso. No art. 394, CC. Lugar, tempo e forma são conceitos objetivos. É mora enquanto o pagamento é possível. Assim que se tornar impossível, torna-se inútil, portanto, inadimplemento.A mora como situação jurídica: A mora não é uma situação estática; é uma situação jurídica que tem um caráter dinâmico e tem caráter transformista. É um “estado de mora”. Varia conforme o caso concreto, existindo a ora e depois podendo ser sanada ou transformando-se em inadimplemento absoluto. Por isso tem caráter de situação jurídica.Mora, violação positiva do crédito (contrato) e deveres laterais: teoria mais aprofundada que está mais difundida nas mono-grafias. Existem três formas de violação – inadimplemento, mora e a violação positiva do crédito. A base do entendimento está no di-reito alemão, mais precisamente em relação ao lugar e à forma. Não se aplica nos casos brasileiros.Espécies: Mora do devedor que é a mais comum e a do credor. Uma pouco conhecida é a mora simultânea.Mora do devedor:“devedor – accipiendi” “soluendi” “debitoris” “accipiendi”.“mora ex re” - quando o termo por si só, automaticamente o fica em mora. “Dies interpellat pro homine”. Nesse caso, é interes-sante não notificar o devedor, pois, ele poder alegar que só pagará o juro a partir do dia em que foi notificado quando o certo seria no momento em que a mora iniciou-se.“mora ex persona” – não há uma data específica para o adimplemento. Art. 397, CC. Nesse caso, precisa notificar a mora, con-forme art. 397, §1º, CC

Requisitos: 1º - reconhecer que está devendo; 2º - consentir com a culpa em relação à mora, vide art. 396, CC. 3º - é a vi-abilidade do comprimento tardio – pagou atraso mas ainda é de interesse do credor. Pagou na hora, mas, em lugar diverso daquele combinado, mas, o credor aceitou, vide art. 395, § único, CC. Tem que ser inútil para o credor. Ele não pode alegar a inutilidade só para prejudicar o devedor. Por fim, a constituição em mora por conta do devedor – regra geral no art. 395, CC

Efeitos: 1º - é do art. 395, CC; 2º - é a Perpetuação da obrigação – é responsável pelo adimplemento e na pendência da mora. Está ligado a potencialidade em poder pagar a mora. Ex: a coisa pereceu antes que o devedor devolvesse o objeto em mora.3º - Art. 399, CC – comodato de imóvel: deveria devolver no dia 20, porém, no dia 21 cai um raio e o imóvel pega fogo. Em tese ele responderá pelo prejuízo, mas, se provar que o dano aconteceria mesmo ele não estando lá, ficará isento.Mora do credor: situação da dívida quérable. Dono da casa não comprou a tinta para o pintor iniciar seu serviço.

Requisitos: 1º - A existência de uma obrigação válida e eficaz, apta a ser cumprida; 2º - o vencimento da obrigação; 3º - a oferta real da prestação com intuito de adimplir contento a prestação por inteira (conforme o acordado); 4º - recusa injustificada por parte do credor frente a oferta real. A recusa não precisa ser explícita.

Page 10: Direito Civil - Aulas

Efeitos: 1º - Sobrevivência da obrigação relacional – art. 400, CC. Atentar aos conceitos dentro do artigo; 2º - previsto no art. 335, CC – referente a consignação.Mora do devedor e do credor: mora simultânea. Ambos deixam de cumprir diante do tempo, lugar e forma. Purgação da mora: purgar é purificar. Ato em que se retira a mora. Emendar a mora. Art. 401, CC. Purgação é diferente de ces-sação (extinção da mora por conta de novação, remissão etc).

31.8.10

Perdas e danos

Conceito: Art. 389, CC, art. 186, CC, art. 402, CCDano emergente e lucros cessantes: art. 402, CC. O dano emergente é aquele que traz efetivo prejuízo. Dano concreto, certo e real. Eventualmente e, de acordo com algumas doutrinas, pode não abranger danos futuros. É o reparo no carro que sofreu a colisão. Deve ser na exata medida do prejuízo.

No lucro cessante há a frustração do ganho. Na batida do taxi, é o tempo em que o taxista ficou parado deixando de ganhar seus rendimentos. A regra geral no Brasil é a extensão do dano.Reposição “in natura”: reposição ao estado anterior, quando possível. Se não for possível, substitui-se por indenização, art. 947, CC. O propósito da indenização é deixar o credor indene.

Art. 475, CC – se inadimplir, a parte lesada pode pedir a resolução do contrato. Extinto o contrato, pede-se o retorno ao es-tado anterior como se não existisse tal contrato. Pode também o credor, pedir o cumprimento do contrato ou de alguma forma, o cumprimento pela satisfação equivalente, entenda-se uma indenização. Interesse contratual positivo e negativo: O contrato não produzindo efeitos tem característica positiva – quando se cumpre o contrato de qualquer forma, quer seja por indenização, pagamento etc. Negativo quando utiliza-se a resolução para extinguir o con-trato.Perda de uma chance: ocorre em irresponsabilidade na prestação de serviços contratuais. Advogado que tem o dever de apelar de sentença contrária e perde o prazo. Empresa de entrega tipo FEDEX entrega envelope de para participação de licitação atrasado. Não sabemos se o processo seria vitorioso na causa ou se a empresa ganharia a licitação. Tem que avaliar se havia uma chance de ganhar. Para detectar a chance, deve-se avaliar a probabilidade daquilo acontecer. Verificar jurisprudências, provas, testemunhas. Verificar as concorrentes na licitação, possível oferta de cada licitanteDano direto e indireto: art. 403, CC, nexo de causalidade e conceito de necessariedade. Causas remotas, próximas etc.Obrigações de pagamento em dinheiro: art. 404, CC.

Juros legais

Conceito: FRUTO CIVIL – ACESSÓRIO AO PRINCIPAL. Remuneração ao uso do dinheiro alheio. Empréstimo de dinheiro.Espécies: compensatório: qdo. tem finalidade de compensar o uso de capital alheio, remunerando-o. pode ser convencional mas, mesmo não havendo convenção, pode ser legal.moratório: decorre do retardamento do pagamento da prestação. Pode ser convencionado e, na ausência de convenção, pode ser previsto por legislação.Juros simples: sobre o capital inicial e o composto atua sobre o inicial mais o juro acumulado (anatocismo que foi combatido com a lei da usura). Art. 591, CC.As taxas de juros:Os juros, mesmo que convencionados, não podem exceder a previsão legal.Art. 591.Art. 406. Art. 161, §1º, CTN. Bancos não se sujeitam ao regime jurídico de limitação de júris do CC. O Sistema Financeiro Nacional tem uma lei própria que per -mite se afastar desses limites, mas há a súmula 379 do STJ.Extensão dos juros moratórios: Art. 407, CC. Juros são devidos independentemente de prejuízo.Momento da Fluência dos juros de mora: Juros de mora começam a fluir quando constituir-se a mora, vide o art. 405 e 398 do CC.Se é ex re – a partir do termo. 397 caput.Ilíquido – citação.Ex personae – citação.Art. 405 não se destina à mora “ex re”.398 – desde o ato praticado está em mora – ato ilícito extracontratual.

21.9.10

Cláusula Penal

Conceito: A cláusula penal é usualmente incluída no contrato. Pode ser encontrada em aditamento ou contrato apartado. Em testa-mento pode haver uma cláusula com o intuito de forçar o herdeiro a cumprir com a vontade do morto.Espécies: Compensatória: Estipulada para hipótese de total inadimplemento da obrigação. Geralmente, possui um valor elevado, quase do próprio contrato. Moratória: Visa segurar o cumprimento de uma cláusula ou evitar a própria mora (lembrando que a mora não se aplica somente ao atraso mas, sim, tempo, coisa, lugar e outras coisas que precisamos estudar pq ele disse que cairá em prova - A mora nesse caso é baixa. Atraso em relação ao tempo ou fazer coisa diversa do havia sido combinado em relação a coisa ou lugar).Pode também existir uma hipótese somando as duas! Pode também haver três – compensatória por inadimplemento, moratória pelo não cumprimento de um item e, por fim, uma cláusula por atraso de mora.Objeto: fala-se em dinheiro mas, pode ser uma obrigação de fazer, perda de benefício – tem que ser lícita e possível!Função: Item controverso em relação à doutrina. Usualmente diz-se que tem função compulsória – força o cumprimento da obri-gação. O devedor sabe que se não pagar na data certa, pagará multa de 10, 20% (ligada à moratória); indenizatória – uma pré liq-uidação das perdas e danos (mais ligadas à compensatória). Privada pelo fato das partes terem o direito de constituir o negócio como quiserrem; Penalidade – pena convencional por conta do inadimplemento, mora ou descumprimento de cláusula especial.Exigibilidade: art. 408, CC – decorre de pleno direito quando o devedor descumpre a obrigação, surgindo a hipótese de inadimple-mento, ou no caso de mora, a partir da constituição em mora.Art. 409, CC – prevê as situação de descumprimento. Art. 410, CC – Cláusula Penal Compensatória. Lembrando: o dano (art. 402, CC) conjugado com o art. 389, CC.Art. 16, CC – A parte pode aderir à cláusula compensatória ou e exigência do cumprimento da obrigação, porém, neste último caso, deverá provar o prejuízo. O ruim é que se aderir à primeira, ganhará somente o que for previsto na própria cláusula, não poderá pleitear nada mais se o seu prejuízo tiver sido maior. Pode-se também acertar uma terceira hipótese, a do § único do mesmo artigo,

Page 11: Direito Civil - Aulas

mas, deverá ter mais uma cláusula no contrato informando que, caso o valor da cláusula penal compensatória não for o suficiente para cobrir os prejuízos, um valor extra será disponibilizado para a parte prejudicada.Art. 411, CC – Na moratória, usualmente utilizada em situações de atraso, poder-se-á cumular. Ex: cobra o aluguel atrasado mais a multa pelos dias em atraso. A cumulação é permitida pq trata-se de mora e para existir a mora, deve-se existir a necessidade do adimplemento na forma combinada.Art. 412, CC – Regra acerca da cobrança do juro. Ligada à cláusula penal compensatória. Vide também o art. 52, Inciso alguma coisa do CDC. Vide ainda o art. 1336, §1º do CC.Art. 413, CC – Situação de redução da penalidade. São duas hipóteses: se a penalidade pagou uma parteRegras:Limitações:Obrigação individual e divisível: Art. 414 – indivisível, Art. 415 – divisívelDistinção com muitos institutos: Distinção com perdas e danos. Pós-fixada pelo juiz. As Cláusulas penais são pré-fixada pelos contratantes.Nem toda multa é cláusula penal. Multa de trânsito. São multas simples. A cláusula penal vem no contrato.Clausula penal X Arras. Especialmente nas arras penitenciais. Arras quando um contratante exerce um direito previsto no contrato, no arrependimento.

Arras

Conceito: Arras e sinal não necessariamente são sinônimos. È uma quantia que uma parte dá a outra como prova da conclusão do contrato na obrigação, dando início do pagamento.As Arras, em geral, são em dinheiro, mas pode ser dado outro bem a título de arras.Vem do direito romano, revestido de algumas solenidades: pacto confirmatório do contrato assinado. As arras podem ser perdidas no caso de descumprimento. As arras têm propósito negocial. Negócio arral.Natureza Jurídica: Relaciona-se com a obrigação principal. Instrumento de eficácia real. Contratos reais: são considerados como firmados somente quando da entrega de uma coisa. É o caso das arras.Funções: Confirmar o contrato, sua força vinculante, e também como penitência, assegurando às partes a possibilidade de arrependimento.Espécies:*Confirmatórias: confirmar a força vinculante do contrato. São usuais. Via de regra, não pode se arrepender, mas, se isso ocorrer, deverá cumprir com o que está previsto em lei. Aqui há pena pelo inadimplemento!Regras: Art. 417, CC – nenhuma das partes podem se arrepender, se isso ocorrer, incorre no ar.t 389, CC.Art. 418, CC – descumprimento que pode acontecer por duas formasArt. 19, CC – pode-se em alguns casos, usar por analogia o art. 413, CC para reduzir as arras.*Penitências: penalidade para a parte que exerce um direito que o contrato estabelece. Direito de arrependimento, mas, com o pagamento de uma pena. Aqui há uma penalidade para o arrependimento! As penitências devem ser expressamente previstas no contrato.Art. 420, CC – Pode reduzir também, mas, não pode ser usado o art. 413 ou por cláusula penal, no entanto, é possível pelo princípio da justiça con-tratual.

28.9.10

Atos unilaterais

Atos unilaterais e as fontes das obrigações: manifestação de vontade de uma das partes e a manifestação é o suficiente para gerar a obrigação. A partir do art. 854, CC. Tem essa denominação porque a unilateralidade é instituída na obrigação por atribuição e não em sua formação, exemplo a ser dado é a doação.

Promessa de recompensa

Conceito: resolvida a condição (satisfeita a promessa), preenchido os requisitos estabelecidos, ocorre a obrigação de recompensar. Visto a partir do art. 854, CC. Ver a peculiaridade que envolve o conceito de unilateralidade da parte.Art. 854. Aquele que, por anúncios públicos, se comprometer a recompensar, ou gratificar, a quem preencha certa condição, ou de -sempenhe certo serviço, contrai obrigação de cumprir o prometido.Art. 855. Quem quer que, nos termos do artigo antecedente, fizer o serviço, ou satisfizer a condição, ainda que não pelo interesse da promessa, poderá exigir a recompensa estipulada.Art. 856. Antes de prestado o serviço ou preenchida a condição, pode o promitente revogar a promessa, contanto que o faça com a mesma publicidade; se houver assinado prazo à execução da tarefa, entender-se-á que renuncia o arbítrio de retirar, durante ele, a oferta.Parágrafo único. O candidato de boa-fé, que houver feito despesas, terá direito a reembolso.Art. 857. Se o ato contemplado na promessa for praticado por mais de um indivíduo, terá direito à recompensa o que primeiro o ex -ecutou.Art. 858. Sendo simultânea a execução, a cada um tocará quinhão igual na recompensa; se esta não for divisível, conferir-se-á por sorteio, e o que obtiver a coisa dará ao outro o valor de seu quinhão.Art. 859. Nos concursos que se abrirem com promessa pública de recompensa, é condição essencial, para valerem, a fixação de um prazo, observadas também as disposições dos parágrafos seguintes.§ 1o A decisão da pessoa nomeada, nos anúncios, como juiz, obriga os interessados.§ 2o Em falta de pessoa designada para julgar o mérito dos trabalhos que se apresentarem, entender-se-á que o promitente se reser -vou essa função.§ 3o Se os trabalhos tiverem mérito igual, proceder-se-á de acordo com os arts. 857 e 858.Art. 860. As obras premiadas, nos concursos de que trata o artigo antecedente, só ficarão pertencendo ao promitente, se assim for estipulado na publicação da promessa.

Requisito:Efeitos:Promessa de recompensa mediante concurso

Gestão de negócios

Page 12: Direito Civil - Aulas

Origem histórica e fontes obrigacionais: O estudo do direito das obrigações, oriundo do direito romano, advêm alguns conceitos tal como que as obrigações vêm do contrato e do delito. Mais tarde surgiram outros conceitos. Mais tarde, Justiniano atribuiu o con -trato, quase contrato, delito e quase delito. Esses quatro foram empregadas no Cód. Civil Francês.Gestor é aquele que interfere no negócio mas não é propriamente o dono. O dono é o “dominus negotii”.Conceito:Requisitos: o gestor deve fazer exatamente aquilo que o dono faria, salvo exceções previstas em lei, por exemplo, o art. 868, CC.

negócio alheio: interferência em negócio por terceiro. O gestor deve interferir de modo a atender a vontade do dominus (deve ser útil e interessante ao dono), conforme o art. 866, CC.

No art. 864, CC, o gestor deve comunicar o fato ao dono e aguardar por uma resposta. Diferença entre gestor e gerente (faz como se fosse seu). Como exceção, pode fazer a coisa sem ter a resposta caso incorra em perigo.

Art. 861, 862, 863, 865, 867, 868, 869 até o 875 CCObrigações das partes:Ratificação e desaprovação: Pode ser expressa ou tácita e retroage ao dia do começo da gestão. Não apenas retroage como re-produz todos os atos, conforme o art. 874, CCArt. 874. Se o dono do negócio, ou da coisa, desaprovar a gestão, considerando-a contrária aos seus interesses, vigorará o disposto nos arts. 862 e 863, salvo o estabelecido nos arts. 869 e 870 (não pode ser útil ao dono, não por conta de sua vontade e sim pelas circunstâncias, se as circunstãncias evidenciam que não é útil, aplica-se o disposto legal).

19.10.10

Pagamento indevido

Conceito: Pode ser considerado uma espécies de enriquecimento sem causa e quando ocorre, deve restituir. O termo “condictio in debit” é de onde se origina (Dir. Romano).Espécies: Ler sobre indébito objetivo e subjetivo.Efeitos: art. 886, CC. Pesquisar sobre “solvens” e “accipiens” e as ocorrências que envolvem os termos. Regras na restituição: Art. 878, 879, CC. Se for dinheiro, devolve com juros e correção monetária. Se for bem imóvel: o accipiens recebeu e depois vendeu para terceiro há outros entendimentos, pois, pode ter ocorrido benfeitorias no imóvel, o terceiro pode estar de boa fé etc. A boa fé traz o direito de seqüela, persegue o bem imóvel onde estiver, dá o chamado o direito de reivindicação (per -mite a ação reivindicatória).Retenção do pagamento indevido: art. 880, 882, 883, CCPesquisar: “Actio in rem verso”

Enriquecimento sem causa Art. 884, CC

Evolução histórica: Terminologia: enriquecimento injusto, sem causa é do Dir. Civil. O enriquecimento ilícito é do Dir. Administrativo (outra seara).Natureza jurídica: Verificar o enriquecimento sem causa em ação de pagamento de danos morais.Contornos: Restituição não se confunde com o enriquecimento sem causa. O enriquecimento sem causa traz restituir. É uma fonte obrigacional autônoma. Deve-se se diferenciar da reivindicação porque esta decorre do direito de propriedade. A última é a mais im-portante, na responsabilidade civil tem o agressor (ofensor) e ofendido, nisso, olha-se para a perda do ofendido. No enriquecimento sem causa tem o enriquecido (ofensor) e o empobrecido, nesse caso, olha-se para o enriquecimento sem causa por parte do enrique -cido.Ver o art. 206, §3, IV.Ação de enriquecimento: “actio in rem verso”. Fonte obrigacional. Art. 884, 885, CCRequisitos: 1º requisito: enriquecimento. 2º requisito: empobrecimento – diminuição do patrimônio ou impedimento do aumento do patrimônio. 3º requisito: Nexo de causalidade – entre o enriquecimento o e fato que o gerou e não entre o enriquecido e empobre-cido. 4º requisito: Ausência de justa causa – a justa causa deve ser entendida como falta de contra prestação ou enriquecimento sem contra prestação – compra e venda aumenta o patrimônio, portanto, tem justa causa e contra prestação. Na doação pura não tem contra prestação mas, também tem justa causa porque há o direito em benefício do herdeiro. Pessoa que usa a casa de alguém e não paga pelo uso, entende-se que houve enriquecimento sem causa por conta do uso mas, não há o empobrecimento por conta do dono caso esse não tivesse a intenção de alugar o imóvel. Ler o art. 885, CC. 5º requisito: Subsidiariedade – art. 886, CC. Deve-se usar a regra certa para o caso específico e não fazer uso de uma regra geral que serve para todos os casos.

Limites na restituição:Enriquecimento com causa como fonte obrigacional:Enriquecimento com causa como princípio:

Enriquecimento por conta do empobrecido: Fazendeiro que desconhece o limite da fazenda e avança 02 metros na fazenda viz -inha. Planta uma determinada cultura e então descobre-se o erro. Volta-se a cerca mas, fica o enriquecimento sem causa por conta do empobrecido (aquele que sem saber, avançou a cerca).

Enriquecimento por conta do enriquecido:

Correção monetária: não é pena e sim uma forma de atualizar o valor da causa, portanto, não é enriquecimento sem causa.

26.10.10Preferências e privilégios creditórios

Declaração de insolvênciaVerificação de preferências e privilégiosRateio: a conseqüência depois da classificação dos credores.Títulos de preferência e sua prioridade: arts. 958, 959, CCOrdem na preferência: art. 963 é a regra geral. O art. 964Concorrência de créditos da mesma base ou hierarquia

Responsabilidade Civil

Os arts. 186 e 187 e repara, não necessariamente indeniza, conforme o art. 928

Ato ilícito extra-contratual:

Responsabilidade civil objetiva e subjetiva:Responsabilidade sem culpa-teoria do risco: §único do art. 927 + 186 (regra geral da resp. civil)

Page 13: Direito Civil - Aulas

Responsabilidade civil independentemente de culpaResponsabilidade civil do incapazResponsabilidade civil nos casos de legitima defesa e estado de necessidade: art. 188Responsabilidade civil pelos produtos postos em circulação: art. 931. Esse assunto é de caráter objetivo, portanto, foge a re-gra geral da resp. civil que tem caráter geral subjetivo. Para resolver essa hipótese exceção, devemos buscar interpretações restriti-vas, pois, tratando-se de uma exceção à regra geral, não podemos interpretá-la ampliativamente. Há doutrina que entende que se deveria acrescentar o “serviço” ao artigo que só prevê “produto”.

09.11.10

Responsabilidade civil pelo fato de outrem

Regra geral: o ofensor é obrigado a reparar o prejuízo causado.Responsabilidade independentemente de culpa: art. 933Dever de vigilância: presente nos atos praticados pelos filhos em que os pais detém portanto, o dever de vigiá-los (culpa em vigi -lando). Em caso de empregado (culpa em eligendo). Art. 932, 928Hipóteses legais:1º - 2º -3º - responsabilização do empregador com o comitente (o que trabalha em regime de comissão). Verificar o vínculo de subordinação. Empregado que não encaixa a roda direito e o cliente ao sair, fode o carro. Quem se responsabilizará é o empregador mas, parece que ele pode promover ação regressiva contra o seu empregado. Tem que existir o nexo de causalidade. Se a roda cair por conta de mau estado dos acessórios ou imprudência do cliente, não há nexo de causalidade.4º - responsabilidade dos donos de hospedarias, institutos educacionais: abarcado em maioria pelo Código de defesa do consumidor.Conseqüências jurídicas: art. 934

Responsabilidade civil pelo fato das coisas

Animais: Importante entender o dever de guarda. As coisas tirando os animais, não são suscetíveis de movimento próprio mas, ainda sim há a responsabilização. Art. 936 e três hipóteses. Se o cachorro traz prejuízo por causa de uma mordidaDono de edifício ou construção: art. 937. Por regra geral, se for condomínio, todos respondem.Queda de coisas: art. 938. Se não der para descobrir quem foi o culpado, a causa será repartida por aqueles que possivelmente poderiam ter causado o dano. Os moradores do outro lado, de forma lógica, não seriam responsabilizados. Essa responsabilização cabe aos condôminos e não ao condomínio. Outras hipóteses não afastam o art. 186 que cabe como uma regra geral.Cobrança antecipada de dívida: art 331, 939, CC.Cobrança de dívida já paga: art. 940, CC. Isenção de penalidade: art. 941, CC. Falou que é uma situação de pena privada.Responsabilidade patrimonial: art. 942, CC.Transmissibilidade da obrigação de reparar o dano: art. 943, considerando o art. 1792, CC.

Responsabilidade civil e responsabilidade penalAção civil e ação penal: ilícito civil depende de iniciativa da vítima para reparação. Na penal, parte do MP. A atuação poder é Judi-ciário é único mas, á uma divisão de competências para facilitar a solução (vara cível, criminal) nas cidades grandes, porém, no inte -rior existem varas que resolvem várias competências. Art. 935, CC mas, em algumas situações, a decisão na ação penal influenciará na ação civil. Analisa-se tudo isso através das sentenças.Sentença penal condenatória: se for condenatória, significa que o autor do fato é o João e a materialidade existe, portanto, é con-denado. Diante disso, conforme o art. 475-N, CPC, 63, caput do Cód. de Proc. Penal, e 91, I, CP, a sentença penal vira título executivo judicial.Sentença penal absolutória: vai depender se ela é taxativa qto. a falta de provas ou por não foi possível achar provas para incrim-iná-lo. Usa-se novamente o art. 935, CC, art. 65, CPP. Ler tbm o 188, CC. Mas se a sentença absolutória reconhecer, aplica-se o art. 386, CPP. O art. 67, CPP tem outro entendimento além dos outros dois.Suspensão do curso da ação civil: § único do art. 64 CPP permite! Art. 110, CPC também segue a mesma linha. 265, IV, “a”, CPC. Faculdade do juiz. Para o caso concreto a parada é tensaaaa!

16.11.10

Indenização

Liquidação do dano: art. 946, CC, 475-A ao 475-E, 947, CCReposição natural:Fixação da indenização:Reparação integral e extensão do dano: o dano deve ser reparado em toda sua extensão, 944, CC + 402, 403, CCA gravidade da culpa: § único do art. 944, CC.A concorrência culposa da vítima: situação em que a indenização é dividida com a própria vítima.Indenização em caso de homicídio: 948, CCIndenização em caso de lesão ou outra ofensa à saúde: CC 949;Indenização em caso de defeito físico: art. 950, CCIndenização em decorrência de exercício de atividade profissional: art. 951, CCIndenização em caso de usurpação ou esbulho:Indenização por injúria, difamação ou calúnia:Indenização por ofensa à liberdade pessoal:Dano moral e sua fixação: 186, CCO juiz não fica restrito ao que a parte pedeDano moral em contrato – inadimplemento das obrigações 389, não dá ensejo a dano moral.Dano moral nas relações familiares – separação/divórcio/namoro/noivado.

475 QSúmula 313 STF OU STJ????

17.2.11

Contratos

Introdução e evolução do contrato;

Page 14: Direito Civil - Aulas

Importância e conceito.

Princípios do Direito contratualPrincípios fundamentais:

Dignidade da Pessoa Humana;Liberdade, Justiça e Solidariedade.

Princípios gerais:Autonomia privada;Supremacia da Ordem Pública;Consensualismo;Relatividade;Força obrigatória.

Novos princípios:Função Social;Boa fé;Equilíbrio econômico;Deveres laterais.

Negócio de troca/permuta: situação ocorrida entre navegantes e nativos. Os navegantes enfileiravam na praia tudo aquilo que tinham para trocar e se afastavam. Os nativos se aproximavam, olhavam aquilo que despertava interesse e deixavam também en -fileirado aquilo que tinham para trocar. Os navegantes se aproximavam e se gostassem daquilo que os índios ofereceram, pegavam e iam embora.Moeda de troca: uso do ouro e demais materiais preciosos. O início da compra e venda.

A evolução dos conceitos aconteceu com a Rev. Industrial onde o contrato, pacto ou convêncio passaram a ser utilizados com mais freqüência, porém, havia a necessidade de se fazer/cumprir alguns pré-requisitos para a concretização do negócio.Liberalismo: época representada pelo consentimento das partes para a efetivação do negócio jurídico, porém, nem sempre as partes saiam satisfeitos do negócio. Nem sempre havia igualdade no negócio. Época das cláusulas leoninas, o mais forte tinha prevalência no negócio perante o mais fraco (teoria da vontade).Diante dessa falta de igualdade, o Estado passou a intervir nos negócios para assegurar a igualdade. Surgia o intervencionismo. “En -tre o forte e o fraco, a liberdade escraviza e a lei liberta”.

Atualmente vivemos o mundo do contrato. Contratos para prestação de serviços, locações, bens etc. Surge também o termo con-tratações em massa (luz, internet, água, plano de saúde, seguro etc), diferente dos contratos firmados entre empresas. São con -tratos de adesão, não há mecanismos simples para que seja feita alterações de cláusulas. Diante disso, abusos passaram a aconte-cer contra o consumidor, dando origem ao CDC.

Contrato: fonte obrigacional, fonte primordial para o neg. jurídico. Em sua formação não há unilateralidade, deve haver a anuência das partes. A manifestação deve ser isenta, do contrário ocorrerá o dirigismo contratual por parte do Estado.

Contrato típico: previsto no CCContrato atípico: qdo. usa-se os princípios entre outros métodos que não constam no CC.

Direito Civil Constitucional: Axiologia que baseia na proteção da pessoa humana e sua dignidade. Antigamente era patrimonial -ista. Hoje visa a dignidade da pessoa humana mas também o patrimônio. Caso prático: situação dos planos de saúde em restringem o número de internações e os pacientes-clientes recorrem à justiça. O juiz, baseando-se na dignidade, deferi o pedido.Parágrafo 1º do art. 1ª da CP que fala da liberdade, justiça e solidariedade.

Princípios Gerais:

Autonomia privada, também chamada de autonomia da vontade. Não é bom dizer que é da vontade porque faz pensar naquela teoria da vontade que tem origem no liberalismo e que não tem compromisso algum com a igualdade no neg. jurídico. A vontade que precisamos considerar é aquela que serve de premissa para a formação do contrato.Na autonomia privada identificamos a liberdade de uma parte contratar ou não o serviço. Identificamos também a liberdade contrat-ual, responsável pelos itens que comporão o contrato, se pode haver prejuízo para uma das partes, desrespeito à boa fé etc. A boa fé é acompanhada da supremacia da ordem pública (dirigismo contratual) que tem por objetivo dar a melhor solução em detrimento da manutenção da igualdade.

Consensualismo: o consenso é o suficiente para a formação de um contrato.Contrato real: é o oposto do consensualismo (empréstimo, depósito, comodato). Nesses casos, não basta ter somente o consensu-alismo.

Relatividade: só causa efeito àqueles que o firmaram, não produzindo efeito à terceiros, quer seja prejudicando ou beneficiando. Logo, não tem legitimidade para interferir no neg. jurídico.Exceção: contrato de seguro que faço para o carro da minha mãe o qual ela é beneficiáriaA função social também é exceção qdo. pode trazer prejuízo a um terceiro.

Força obrigatória: “Pacta sunt servanda – o contrato faz lei entre as partes”. Por isso tem força obrigatória. Também chamado de intangibilidade dos contratos ou santidade dos contratos.Com o passar dos tempos esse conceito foi mitigado devido aos casos em que o contrato se torna “pesado” para uma das partes (onerosidade excessiva). Nem por isso deixou de ser desrespeitado. Se deixar como está, a onerosidade excessiva resultará no inadimplemento, o que é pior.

Função social, art. 421, CC: limita os tipos de contrato (advêm a reforma de 2002).Perfil intrínseco: tem efeito inter partes – contrato entre as partes não pode ser injusto ou desiquilibrado.Perfil extrínseco ou ultrapartes: erradia seus efeitos à coletividade. Isso causa um choque com a relatividade . se ocorre um prejuízo à coletividade, um 3º pode solicitar a tutela jurisdicional , o que vai de encontro com o princípio da relatividade. Usa-se esse princípio para os casos de contrato em massa, por meio do CDC (função social).

Boa fé, art. 422, CC: probidade (honestidade, cordialidade) no contrato.Boa fé subjetiva: considera a intenção, o âmago das partes.Boa fé objetiva: padrão de comportamento esperado das partes.É difícil provar a subjetividade, portanto, na objetiva, cria-se um padrão de todos devem seguir.Boa fé: art. 114, CC – interpretativa; art. 187, CC – abuso do direito; art. 422, CC – Princípio contratual.

Page 15: Direito Civil - Aulas

Deveres laterais, art. 422, CC: lealdade, apoio, mutualidade, cooperação e harmonia para o adimplemento do contrato. Antigamente o neg. jurídico era visto como uma disputa. Para exemplificar, podemos citar a diferença entre o frescobol e o tênis. Embora ambos usem raquetes e uma bola, o primeiro depende da cooperação das partes para prosseguir, não há vencedor ou perdedor. No último já fica evidente a característica de disputa.

O fornecedor, com o intuito de que seu produto funcione qdo. chegar na casa do consumidor, cuida para que o produto seja devida -mente embalado e transportando, mesmo que não tenha obrigação de fazer isso.

Equilíbrio econômico: vem da função social, onde deve existir a justiça contratual como princípio (preservar o cumprimento do contrato de forma sadia, cuidando da dignidade das partes.

2.3.11Identificação da pessoa

Pessoa Física: Naturais. Anda, fala. Não trataremos dessa pessoa.Pessoa Jurídica: Criado pela mente humana. Entre abstrato.

Pessoa Jurídica de Direito público: se submetem as regras do Dir. Público.Pessoas Jur. Dir. Pub. Externa: Dir. internacional (de outros Estados independentes) – não interessaInternas: União, Estados e Municípios com suas autarquias e fundações – não interessa

Pessoa Juríc Dir. Privado: Se submetem ao direito civil.Estatais: as sociedade de economia mista, autarquias e empresas públicas. São submetidas ao direito privado em-

bora sejam gerenciadas por um ente público.Particulares:

Associações: contrato celebrado entre duas ou mais pessoas para reunir esforços comuns, transfor-mando-se em pessoa jurídica sem fins econômicos (o resultado da atividade econômica não é divida entre os só-cios).

Sociedades: tem a finalidade econômica – obter lucro e dividir com os sócios.

Tipos de sociedades

Antes do Cód. Civil de 2002 era distribuído assim:Sociedade de fato: Nunca foi regular. Existia por existir. Pessoas que montam um negócio sem formalização alguma. Amigos que se juntam para vender camisetas para alunos de faculdade. Não tinha personalidade jurídica.Irregulares: Sem qualquer tipo de registro/autorização para atuar. Tinha personalidade jurídica.Mercantis: Praticados pela 1º e 2º setoresSociedades civis: Praticados pelo 3º setor.

Com a reforma do Cód. Civil em 2002, as sociedades civis tornaram-se empresas.

Agora é:

Sociedade comum: antigas sociedades de fato ou irregulares. Não tem personalidade jurídica (a de fato já não tinha e a irregular perdeu).Sociedade Simples: não realiza atos empresariais. Abriga as profissões, atividades artísticas, literárias e científicas.Sociedade empresarial:

Personalizada:Sociedade em nome coletivo: os sócios são ilimitadamente responsáveis pelas ações da sociedade. Também

chamada de Sociedade medieval.Sociedade em comandita: Sociedade LimitadaSociedade Anônima

Não personalizada:Comum:Sociedade em conta de participação: é o caso do consórcio de automóvel onde há uma entidade responsável

por toda a organização do consórcio e os clientes, responsáveis somente pelo pagamento.Consórcio: contrato entre duas sociedades anônimas. Também chamado de Joint Ventures.

Apostila do programo – resumoApostila de sociedade limitada

3.3.11

Requisitos dos contratos

Subjetivos:1º requisito: capacidade das partes – art. 496, 497, CC2º requisito: Consentimento – o contrato exige a manifestação de vontade declarada. Pode ser expresso, tácito, presumido.Objetivos: licitude do objeto, conforme o art. 104, CC. Não posso firmar um contrato para matar uma pessoa. Possibilidade física – contrato de dar a volta na lua a pé; Possibilidade do objeto - Bens fora do comércio – vender o Cristo Redentor; suscetível de val-orização econômica – deve ter um valor mínimo. Um grão de areia não tem um valor significativo para ser alvo de contrato.Formal: art. 107, CC. A forma é substância do ato, conforme o art. 109, CC.Gerais: Dois novos princípios usados – boa fé e função socialA boa fé é mais usada, tanto que alguns doutrinadores consideram-na um princípio geral.

Classificação dos contratos

Não há uma única classificação nem o cód. civil trata disso mas, há uma concordância acerca das regras usadas nos contratos.

Classificação:Contratos unilaterais: gera obrigação exclusiva para uma das partes. Exemplo: testamento, doação pura e promessa de recom-pensa. Outros exemplos: empréstimo mútuo, comodato e depósito.

Page 16: Direito Civil - Aulas

Bilaterais: as partes têm obrigações equivalentes, exemplo: compra e venda; ou Sinalagmáticos: reciprocidade.Exceção de contrato não cumprido: 476 e 477, CC

Plurilaterais: Há mais que duas partes. São várias partes buscando um objetivo comum, exemplo: contrato de sociedade, consórcio de automóvel. Não há diversificação de pólo. Todos atuam do mesmo lado visando o mesmo objetivo.

O contrato pode ser gratuito ou oneroso.Gratuito ou benéfico: apenas uma das partes recebe o benefício, pex, receber a doação.Oneroso: Ocorre um sacrifício, pex, o ato de doar.Regra específica: Art. 114, CC

Os onerosos se dividem em:Comutativos: a imposição de sacrifícios e vantagens devem ser equivalentes. Equivalência das prestaçõesAleatórios: (álea – sorte ou risco em latim) – existe uma incerteza quanto as obrigações que serão decorrentes desse con-

trato. PEX: contrato de jogo e aposta (loteria federal). Art. 458 ao 461, CC. O contrato de seguro também era visto como aleatório mas as doutrinas estão buscando um novo entendimento, por que o contrato está assegurando o risco, logo, entende-se que é comu-tativo.

Consensuais ou reaisConsensuais: o mero consenso gera o contrato.Reais: envolvem a entrega de uma coisa. Um mero consenso não gera o contrato. contrato de depósito (deixa os móveis de uma casa enquanto a casa está em reforma) o contrato só foi assinado, os móveis serão entregues no dia seguinte. Nesse caso, somente qdo. os móveis forem entregues para a empresa. Enquanto o dinheiro do empréstimo não for entregue não se caracteriza o contrato. Ex: Comodato, mutuo, depósito.

Solenes e não solenes

Solenes: Exigem uma solenidade, uma forma. Pex: escritura pública é a mais usual. A loteria é solene. Compra e venda de imóveis tem que ir no cartório.Não solenes: podem ser firmados por instrumento particular, verbalmente.

Principais e acessórios: os principais vivem por si só, o acessório segue o principal, pex: contrato de fiança. O contrato acessório, via de regra é uma garantia.

Tempo de duração

Contrato de execução imediato: as obrigações são cumpridas de imediato e o contrato extinto, pex: compra de uma revista na banca de jornal.Contrato de execução diferida: o cumprimento da obrigação em um único ato mas, adiado no tempo, pex: compra de um móvel. Pago antes e recebo Contrato de trato sucessivo ou longa duração: as obrigações devem ser cumpridas ao longo do tempo e não se extinguem em um único ato, pex: contrato de locação por 30 meses, contrato de fornecimento de tecnologia.

Onerosidade

Contratos típicos, atípicos e coligados

Típicos: Os 23 contratos previstos (tipificados) no CC. São simples e curtos porque o CC tem todos os procedimentos de como pro-ceder. Fica preso ao regime que o CC estabelece.Atípicos: art. 425, CC. Falou sobre contrato de mandato, pesquisar.Coligados ou conexos: cada contrato conserva sua individualidade mas nesse caso há uma relação de dependência entre os con-tratos. A construção de uma usina requer vários trabalhos distintos, logo, são necessários vários contratos – preparação do terreno, obra, construção de bobina, treinamento. As empresas, para conseguir tocar o projeto, farão contratos de empréstimos e assim vai. Por conta de um atraso no primeiro serviço, a última iniciou em atraso e, de acordo com seu contrato, deveria pagar uma multa diária de 5 milhões, mesmo que não haja ligação, sabe-se que é possível rever a multa.

Contratos paritários ou de adesão

Paritários: tipo tradicional, as partes discutem livremente o conteúdo do contrato.Adesão: existe a figura do contratante e daquele que adere. As cláusulas são pré-fixadas e o aderente não tem liberdade para discu-tir o conteúdo. Art. 423 e 424, CC. São contratos de resumo e regidos pelo CDC.

17.3.11

Formação dos contratos

Negociações preliminares: é o grande problema que envolve os contratos. Falou também do MOU (memorando de entendimento) “non binding”...Assuntos que trazem grandes discussões.Proposta: também chamado de oferta, oblação, policitação. Na regra geral, a proposta já é uma manifestação de vontade. Estando provadas a proposta e a aceitação, mesmo o contrato não estando assinado, considera-se que o mesmo já exista. Pode ser expressa de acordo com a complexidade do negócio. Qto. mais apurada a técnica da proposta, menor e a possibilidade de ocorrer problema. Declaração receptiva de vontade – a parte aceita ou não. Tem que conter o objeto, preço, forma de pagamento etc. Quem faz a pr -posta é o proponente, ofertante ou policitante. Quem aceita é o aceitante ou oblato. Ex: cliente pediu 4 mil peças de eqptos de tele-comunicações, pelo preço “X”. Foram produzidas só 300 e o ofertante não aceitou porque considerava os produtos de qualidade infe -rior. O ofertante alegou que houve negociações preliminares diante da ação movida pelo oblato que considerou que o negocio fora efetivado.

Art. 427, CC: Buscar uma explicação melhor. Citou como exemplo as propagandas de mercadorias. Qdo. se tratava de algo interessante, os clientes compravam o qto. queriam mas, o comércio passou a limitar a qtde. de venda por pessoa. Com isso, a justiça ordenou que na propaganda, informassem qtas. unidades poderiam ser vendidas por cliente. Outro exemplo: comerciante que disponibiliza um produto novo no mercado e recebe 5 mil propostas, porém, só tem 200 unidades em estoque.

Art. 428, CC:

Page 17: Direito Civil - Aulas

Art. 429, CC: Proposta ao público – não há uma limitação qto. aos oblatos. Entende-se que é limitada ao estoque. Caso 1: Pode ser revogada pela mesma forma que foi divulgada – informar que pode ressalvar. Caso 2: se o oblato aceitar, firmado está o negócio. Caso 3: art. 432, CC - A conduta de pegar a coisa firma o contrato.Aceitação:Contratos entre ausentes:Lugar da celebração: Art. 435,CC. Estipulação em favor de terceiro: princípio da relativade dos contratos – o contrato só produz efeito entre as partes contratantes. Comentou de um contrato firmado entre partes que beneficiará um terceiro. Art. 416, 438, CCPromessa de fato de terceiro: pai promete ao filho que se passar de ano, trará o jogador preferido do filho em seu aniversário como presente e recompensa. Outro exemplo, prometer a venda de um apartamento de terceiro, nesse caso, só ocorrerá a perdas e danos, pois não existe uma obrigação de fazer, visto que o apto. não é do ofertante (vide art. 489, CC).Ler art. 440, CC.

17.03.11

Formação dos contratos: O Contrato exige ao menos o consenso das duas partes para que se considere formado. Declaração de vontade que ocorre muitas vezes de forma instantânea, em outras, no entanto, há um período de negociação entre as partes, a apresentação de proposta, o estudo e posteriormente a aceitação ou a recusa. Surge de um processo de reflexão, que começa no íntimo e exterioriza a necessidade da parte e a intenção de contratar.

Negociações preliminares – As partes começam a conversar, com entendimento que muitas vezes são extensos, deman -dando reuniões e negociações, período de informação que não tem prazo fixado, pode ser rápido ou não. Entre grandes empresas são detalhadas informações de faturamento, práticas de mercado para poder se aferir um valor. Até que uma das partes faz pro -posta. É necessária a confidencialidade, pois são reveladas informações relevantes. Ex: Acordo de confidencialidade, tipo de con-trato. Período chamado de “tratativas”.

Memorando de entendimentos: Na sua essência é um contrato em que as partes estabelecem que aquilo é a manifestação de um entendimento para um contrato futuro, não é o Contrato futuro em si. Ex: Compra e venda de ações de uma empresa interes-sada em vender um segmento dos 3 que a compõem.

No curso das negociações preliminares uma parte pode desistir, ou por exemplo, manter negociações com várias possibili -dades mantendo isso notório.

Proposta – Aceitação – Contratos entre ausentes – Lugar da celebração – Estipulação em favor de terceiro – Promessa de fato de terceiro –

24.3.11

Vícios RedibitóriosConceito:Compra de automóvel: Não dá pra saber se o automóvel usado está realmente em boas condições de uso.Comercialização de animais de reprodução: compra de touro reprodutor que é estéril. É um vício oculto e não dá pra identificar no ato da compra.Compra de saco plástico para acondicionar alimento e que libera odor ruim na comida.Diante dessas situações, é possível rejeitar (o código trata como injeitar).Pode ocorrer na troca, doação, dação, não necessariamente na compra.Advém do princípio das garantias.Um carro com arranhões não o impede de funcionar. Tem que ter problemas de relevância para ocorrer o vício redibitório.Requisitos:1º - Art. 441, CC2º - Tem que ser oculto: carro que no primeiro teste, não apresentou problema no câmbio. Se fosse possível identificar o problema de cara, teria a opção de negociar um abatimento ou mesmo aceitar do jeito que está. Nesse último caso, não ocorrerá o vício. En -tende-se que assumiu o risco.3º - exista no momento em que o contrato seja firmado e que persista após. Se for posterior, tem que provar que não aconteceu por motivo anterior. 4º - Se a coisa perecer antes do ajuizamento da ação, mas identificou-se o problema oculto anterior ao contrato, aplica-se o art. 444, CC.5º - o defeito deve ser desconhecido pelo adquirente. Se for conhecido, entende-se que houve consentimento. Nos casos de produtos que são vendidos com aviso “vende-se no estado em que se encontra” não obsta o uso do vício redibitório. Se for visível o vício, tudo bem, há o consentimento, se for oculto, aplica-se o vício.6º - se for defeito irrelevante, que não influa no funcionamento, não ocorre o vício.

Efeitos: Art. 442, CC – A fim de evitar redibir o contrato = extinguir, o adquirente pode pedir o abatimento no preço.Art. 443, CC -

Ações edilícias:Qdo. o contrato é redibido: há a ação redibitória. Extingue o contrato e rola perdas e danos;Qdo. rola o abatimento do preço: rola a ação estimatória.Se acontecer por caso fortuito: a solução é a mesma em relação a presença do vício oculto que existe.Se acontecer por culpa:

Prazos : tem um limite. 30 dias para coisa móvel e 1 ano para coisa imóvel. Datado da entrega da coisa. Art. 445, CC. Rola a decadência.Art. 205 e 206, CC trata de prescrição. O resto, é decadência para todo o CC.Se o vício só pôde ser identificado mais tarde, os prazos mudam, conforme parágrafos seguintes.Art. 446, CC – primeira parte – tem uma marca chinesa que dá 06 anos de garantia mas, de acordo com nossa lei, é permitido esten -der para 06 anos e 30 dias.

Evicção

Conceito:Também advém do princípio da garantia. Transfere o domínio de determinada coisa. O adquerente não constata um vício oculto. Ele perderá a coisa em razão de uma decisão judicial transitada em julgado. A sentença falará que o alienante vendeu para o adquer-

Page 18: Direito Civil - Aulas

ente mas, antes do negócio jurídico, havia um vício, onde, o verdadeiro dono, entra com processo para conferir-lhe o direito sobre a coisa. Ocorre nos contratos onerosos, basicamente nos de compra e venda mas, pode acontecer na partilha, troca, doação etc.

Evicto: o que sofre a evicçãoEvictor: real dono da coisa.XXXX: AlienanteArt. 447, CC

Requisitos:1º - Perda da coisa. Pode ser total ou parcial;2º - Que tenha origem em contrato oneroso;3º - Desconhecimento da litigiosidade da coisa.

Exclusão:As partes podem abrir mão.Art. 449, CC

Efetuação da garantia:

Evicção total e parcial:Art. 455, CC.

Denunciação da lide:

31.3.11

Interpretação dos contratos

Introdução: Muitas vezes as declarações de vontade, resultado de reflexões internas para a formação do contrato geram dúvida em questões complexas. Por isso a Interpretação dos contratos, para buscar a vontade real do contrato, num aspecto, numa cláusula isolada, numa única palavra ou em uma série de cláusulas. A interpretação é bastante ligada também com a figura dos contratos típicos e atípicos.

Contratos nominados: “nomen júris” tipificação de contratos típicos e atípicos. Ex: Contrato de Mandato, se a solução não for de Mandato, procura-se uma outra figura, contrato típico ou outras figuras interpretativas. (ele não explicou direito isso)

Teorias:Teoria subjetiva: leva em consideração a vontade das partes em sua essência, o que efetivamente pretendiam. Assim chegando a in-terpretação adequada. A intenção é avaliada mais do que o sentido literal, além do que está escrito.

Teoria objetiva: Não menospreza a vontade, porém, diz que o que efetivamente deve-se levar em consideração é a declaração, pois quando se pensa na reflexão, está no íntimo do sujeito, o que você pretende é uma coisa, o que você declara é outra.

Teoria adotada pelo CC vigente art. 112: Existe uma teoria neutra, declaração mais análise davontade.

Crescente complexidade e atipicidade dos contratos:Especialmente no âmbito empresarial, em um mundo que cada vez mais expande o Empresarial. Negociações preliminares, usual -mente precedidos de largos períodos de negociação, auditorias, reuniões, levantamento de dados, tudo isso para colher informações aptas para que seja firmado o Contrato. Essa é a cara da “Crescente complexidade” Uma empresa no Japão, outra na Noruega, con-tratos que discutem qual lei se aplica no contrato. Será regido pela lei Japonesa ou Norueguesa?

Esses contratos costumam também ter no inicio uma série de definições, partes: Contratante e Contratado, Preço... X.... uma cen-tena de informações logo no inicio do contrato. Justamente para auxiliar na interpretação futura. Contratos com Longa duração, tam-bém são considerados complexos e também são cada vez mais técnicos. Ex. Contrato de Exploração de Minério.

Atipicidade dos contratos:CC de 2002 trouxe novos contratos, em tese, todas figuras que a muito tempo existiam. Se o tipo não está no CC, é atípico. Se um Contrato de mandato por exemplo, que está no CC, apresenta características além do simples mandato, ele também será atípico, embora regrado no CC. Ex de contrato típico, corretagem.Contrato de transferência de tecnologia (atípico) que muito se assemelha a um contrato de compra e venda, porém em outros é muito difícil achar uma proximidade a outro tipo de contrato típico

Nova hermenêutica contratual: Um juiz ou um arbitro. 70 até 90% dos contratos complexos atualmente possuem cláusulas arbi-trarias.

Regras de interpretação no Código Civil: Necessidade de novos critérios e não apenas a “eterna busca pela vontade das partes”. O intérprete tem que buscar N elementos, uma das formas de se enxergar a nova hermenêutica é a teoria da concreção, naquela hipótese real, naquele episódio fático, qual a concreção? Âmbito de todos os princípios contratuais, do direito aplicado e das circunstâncias do caso. Numa forma mais simples, significa examinar as circunstâncias e estas estão muito além do “nomem juris” Boa fé, função social, confiança mútua são elemen-tos que devem sempre ser analisados, entre muitos outros.

Outras regras interpretativas:Art. 112, CC –Art. 113, CC – lugar de sua celebração: leilão de cavalos. O hábito do local é anunciar a prestação e não o valor total, logo, o com -prador não pode alegar que quer pagar só o valor de uma prestação, Art. 114 – a doação de um tipo de bem, não quer dizer que os acessórios acompanharão, interpreta-se estitamente; na renúncia tam-bém, CCArt. 423, CC – Art. 819, CC – trata da fiança. Falou da compra de software para uso e de taxa de manutenção para atualização, cursos etc.Art. 843, 1ª parte, CC – Transação: Art. 1899, CC –

Page 19: Direito Civil - Aulas

Regras que têm mais de 200 anos de existência1ª regra:2ª regra:3ª regra: Quando o contrato encerrar ou tiver coisas com duplo sentido, interpreta-se aquele que for mais compatível;4ª regra: As expressões ambíguas interpretam-se conforme os costumes do país;5ª regra: O uso e de tamanha importância na interpretação dos contratos que se subtendem as cláusulas de uso ainda que não ex-pressas – o uso é tão relevante que não precisa estar no contrato mas subtende-se que está;6ª regra: As cláusulas devem ser interpretas umas em relação às outras;7ª regra: Em caso de dúvida, a cláusula deve ser interpretada contra quem propôs e a favor do que aceita. Vide o art. 423, CC;8ª regra: As cláusulas contratuais, ainda qdo. genéricas compreendem aquilo que foi objeto do contrato e não as coisas que os con-tratantes não cogitam;9ª regra: Quando o objeto da convenção.........é compreenderá todas as coisas particulaers que acompanham, ainda aquelas que as partes não tivessem conhecimento, pex, a compra de uma biblioteca com livros valiosos escondidos;10ª regra: O caso expresso para explicação da obrigação não deve considerar-se com efeito de restringir o vínculo e sim que este abrange os casos não expressos;11ª regra: Azamba!Última regra: O que está no fim da frase se relaciona com toda ela e não só com a parte antecedente, se com aquele concordar em número e gênero.

Passou mais um monte de outras regras...

Usos interpretativos: os usos interferem na interpretação. As vezes instaura no curso do contrato. no abuso de direito, a conduta reiterada de uma parte se traduz em obrigação. Dessa forma, o uso é interpretado assim também.

Normas de direito internacional: normas que surgiram para o comercio internacional. Normas de uso criadas pela ONU pex que, não tem obrigação de serem respeitadas, chamada de Soft Law – não são necessariamente escritas. A convenção de Viena é um ex-emplo de norma internacional (1980) – CISG. Alguns países adotaram como lei escrita. O Brasil não adotou mas, pode aceitar qdo. convier. Ela tem o propósito de facilitar os negócios de acordo com suas regras assim, evitando que uma nação tenha que entender as regras contidas nas leis domésticas do país com quem está negociando.

Princípios Unidroit: capítulo 4 trata da interpretação. http://www.unidroit.org/english/principles/contracts/main.htm

Contratos de adesão: são aqueles que existe a figura de quem elabora o contrato. cláusulas pré dispostas. E outro sujeito que aderi ou não, sem questionar a proposta, pex, contrato com internet banda larga. A ideia era que nos contratos de adesão havia cláusulas que prejudicavam o cliente. A partir daí, criou-se o CDC. Vide o art. 54, CDC.Art. 423, CC – Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.Art. 424, CC –

Vide arts. 42 e 43, CDC. Eles têm características que tratam do consumo.Os arts. 423 e 424, CC tratam das relações civis, embora tenha interpretação parecida em relação aos arts. 42 e 43, CDC.

Pactos acessórios:Art. 426, CC – Exceções ao art. 426, CC.Art. 1668, IV e 546, CC - Os nubentes: antes de se casarem, podem fazer o pacto antenupcial, contato que não ultrapasseArt. 2018, CC – Os pais, enquanto vivos, podem dividir a herança entre os filhos.

7.4.11

CIRCULAÇÃO DOS CONTRATOS

CESSÃO DA POSIÇÃO CONTRATUALConceito:Requisitos: Precisa ser um contrato bilateral. Não se dá em contratos instintos, de execução imediata, portanto, não dá tempo de fazer sua cessão.Espécies: Cessão com ou sem liberação do cedente. Com liberação, o cedente cede, liberando sua parte para um cessionário que arca com toda sua parte no contrato. Isso ocorre, via de regra, sem causa problemas ao cedente.Sem liberação do cedente: O cedido concorda com a liberação do cedente.Endosso:Formas:

Própria: Imprópria: situação em que a empresa é vendida mas os funcionários ficam.

Consentimento:Objeto: são todos os direitos e obrigações mais os direitos anexos, por exemplo, a boa fé.Efeitos:Cedente e cessionário:Cedente e cedido: o efeito pode ser com a liberação do cedente ou sem sua liberação.Cessionário e cedido:

CONTRATOS ALEATÓRIOSConceito: Tem origem na expressão “alia” que quer dizer sorte ou azarRisco:Desequilíbrio contratual:Regras:Art. 458, CC: safra futura. Comprou a colheita do próximo ano independente se haverá ou não a safra. Assumo o risco. Outro exem-plo: Contrato um pescador. Contrato o que ele comprar...Diz-se que contratamos a esperança.Art. 459, CC: Aqui o risco é de quantidade. Pode-se usar o mesmo exemplo do café, porém, entende-se que vingará algo. Se não vin-gar nada, haverá o ressarcimento.Art. 460, CC: Corre o risco se a coisa não acontecer. Pex: fecho contrato com a Líbia para comprar tapetes e, de repente, ela entra em guerra civil. Compro coisa de um navio que podem ou não estar intactas. Quem compra, assume o risco.Art. 461, CC:

Page 20: Direito Civil - Aulas

CONTRATO PRELIMINARConceito: na formação dos contratos, a complexidade dos contratos cada vez mais envolve um período de negociações preliminares para avaliar, propostas, multas, regras etc. O contrato preliminar surge entre as negociações preliminares e o contrato definitivo.As partes se vinculam com o propósito de formar o contrato. Não existe obrigação entre as partes. Nas situações de negócio jurídico de grande vulto, se faz necessária a autorização do CAD, só depois que esse órgão autoriza é que efetivamente as partes transfor -mam o contrato preliminar em efetivo. Ex: TAM compra a Gol. Se isso acontecer, o mercado de transporte aéreo civil pode ser alter -ado, pode haver um monopólio.Regras:Art. 462, CC: com exceção da forma, o contrato preliminar deve conter todos os requisitos do contrato efetivo. Salvo situação em que existir o direito de arrependimento, o contrato preliminar pode ser usado perante o juízo para pleitear um direito em face da parte que se recusa. Para reforçar, pode-se citar até que o contrato preliminar foi aprovado por um órgão competente para a liberação do negócio jurídico, pex, ANVISA, CADI etc.Art. 463, CC:Art. 464, CC: Tem que ser personalíssimo, ou seja, não posso celebrar um contrato dizendo que um artista famoso pintará um novo quadro.Art. 466, CC: Contrato unilateral – uma parte tem uma opção de compra unilateral (ela exerce ou não a compra de um imóvel em 30 dias).

Graus de obrigatoriedade:

14.4.11

CONTRATO COM PESSOA A DECLAR

Conceito: Comentou que um imóvel a ser vendido para uma pessoa comum terá um valor condizente com o do mercado mas, se o comprador for o Abílio Diniz, o valor com certeza seria outro.Natureza jurídica:Aqui o estipulante sai, diferentemente do caso anterior.1ª fase: resolutiva....2ª fase: suspensiva... Em relação à possibilidade de se nomear um terceiro.Falou sobre a produção de efeitosRegras:Art. 467, CC – uma parte reserva a faculdade e não obrigatoriedade.Art. 468, CC –Art. 469, CC –Art. 470, CC –Art. 470, CC –Art. 471, CC –

EFEITOS DO CONTRATO

Responsabilidade contratual:O contrato uma vez firmado, produz efeitos, como a evicção, vícios redibitórios etc. aquilo que foi objeto da avença...passou um id-iota fazendo barulho.Princípio da força obrigatória do contrato – é irretratávelPrincípio da intangibilidade – ele não pode ser modificado de forma unilateralPrincípio da relatividade dos efeitos em relação à pessoa e o objeto - Responsabilidade contratual: ocorre depois do contrato. Não existia antes sua celebração.Responsabilidade extra contratual: não há vinculo pré existente mas sim uma regra geral, pex, de uma parte não causa mal à outra etc.

RESPONSABILIDADE PRÉ CONTRATUAL “culpa in contrahendo”Noção: A parte pode no período das negociações preliminares desistir. Deve-se pautar na boa fé objetiva. Existem casos em que já há um desenvolvimento dos negócios, uma maturidade, uma confiança de que o negócio será firmado mas, por conta de algo er -rado, pex, má fé, uma das partes desiste. Seria melhor denominar de responsabilidade pré negocial.Natureza jurídica: Há teorias. O negativistas sustentavam que se não há contrato, não há responsabilidade, portanto, nada seria devido. Há aqueles que já entendem que há uma responsabilidade durante as negociações. Seria entendida como responsabilidade extra contratual. Se fosse contratual, a parte lesada poderia pedir a execução do contrato, portanto, não se entende assim. Se a desistência não é culposa, não existe a responsabilidade! Art. 422, CC!Ex: partes negociam para a construção de antena transmissora. No dia da celebração do contrato entra em vigor uma lei que proíbe a construção de antenas naquele lugar, fazendo com que a empresa de telefonia deixe de assinar o contrato. A parte dona do ter-reno, diz que gastou $ para arrumar o terreno e, portanto, exige a celebração do contrato e sua execução.O que pode acontecer é o pagamento daquilo que foi gasto para adequar o terreno. Danos emergentes e lucros cessantes também não poderiam ser exigidos pq o contrato não foi celebrado.Pressupostos

RESPONSABILIDADE PÓS CONTRATUAL “culpa post pactum finitum”Noção: cumpriu-se o contrato, após 05 anos ele é extinto. Não há responsabilidade contratual qdo. foi extinto. Mas, de acordo com o princípio da boa fé, superação, auxílio, lealdade, confiança, que devem existir até o fim do contrato, verifica-se que em alguns casos, um dos princípios são ignorados. Exemplo: a violação de sigilo. O contrato era de 05 anos e tinha uma cláusula de sigilo mas, a parte ignora isso após a extinção do contrato. A responsabilidade decorre da culpa.Citou outro exemplo: contrato firmado para a produção de 400 pares de tênis mas, sobrou material e a parte contratada fabricou pra mais e comercializou.Gêneros:

1.2.3. mista:

Natureza jurídica:Pressupostos:

5.5.11

EXTINÇÃO DO CONTRATO

Page 21: Direito Civil - Aulas

Modo geral: O regular cumprimento com a satisfação dos interesses das partes. Existem formas que extinguem o contrato mas, que não atendem o regular cumprimento.

Extinção sem cumprimento: analisa-se as causas, anteriores e supervenientes. O primeiro trata das situações que invalidam o contrato. situação de nulidade ou anulabilidade. Após análise, ao perceber-se que nasceu viciado, dar-se-á por extinto. Pode-se voltar ao estado anterior. O último trata da possibilidade de resolução, resilição e/ou rescisão.

Resolução: é o meio de dissolução do contrato em caso de inadimplemento culposo ou fortuito. Quando há descumprimento do con-trato, ele deve ser tecnicamente resolvido.

Resolução por:Inexecuções voluntárias: A parte não cumpre o contrato. Se isso acontecer, a parte pode usar da resolução e, mais es-

pecificamente a cláusula resolutiva que pode ser expressa ou implícita. Expressa qdo. estabelecida no contrato. Implícita qdo. o contrato não contem a cláusula mas, subtende-se que há. Vide o art. 474, CC. Ele pode exigir o cumprimento, conforme o art. 475, CC. Tem discussão acerca do assunto: Uns acham que mesmo tendo cláusula expressa, precisa entrar com ação para o juiz validar. Outros acham que não. Tem a mesma dúvida acerca dos que têm o tácito. Se o credor não tiver prejuízo, não precisa necessaria -mente mover ação pedindo a resolução. Pode mover posteriormente uma ação por perdas e danos se quiser. Em contratos de exe-cução continuada, pex, o de locação, não há sentido resolver o contrato pois, aquilo que já foi pago foi utilizado.

Adimplemento substancial: Se o contrato já foi cumprido em boa parte ou em parcela significativa do programa contrat-ual, e o descumprimento foi mínimo, entende-se que não é preciso resolver o contrato. Tem origem Saxônica e pode ser bem uti -lizada na aquisição de automóveis e residências. Vide art. 475, CC. Se resolver, o dono deverá entregar o carro mas, terá que ser feito um cálculo de depreciação para receber o valor do carro de acordo com o uso. Pode então exigir o pagamento mas, de modo que seja possível a parte pagar. Está em desenvolvimento.

Exceção do contrato não cumprido “Exceptio non adimpiti contratus”: É uma alternativa à resolução. Ele aguarda o que vai acontecer diante do inadimplemento. Ela invoca uma exceção substancial que é a do contrato não cumprido. A parte credora, diante do inadimplemento da outra, não cumpre sua obrigação enquanto a devedora não cumprir com a dela. Para o instituto ser válido, não pode ser invocado por aquele que tinha obrigação primeira de adimplir. Não pode usar de má fé: Uma das partes impossibilitar que a outra cumpra com sua obrigação para ela invocar o instituto. O descumprimento deve ser relevante. Art. 476, CC.

Pode ser que o descumprimento não seja tão relevante. Nessa hipótese acontece o “Exceptio non rite adimpiti contratus”. Art. 477, CC dá garantia ao credor, caso o devedor dê indícios de que não adimplirá. O credor não pode recorrer à exceção do contrato não cumprido pois o inadimplemento não ocorreu mas, como foi dito, deu indícios. “SOPRO DE EQUIDADE”.

Resolução por inexecução involuntária: Caso fortuito ou força maior. Art. 393, CC. Inevitabilidade do resultado ocorrido! Tem que ser total, não pode uma mera dificuldade, tem que ser total e demandar a execução da inexecução involuntária. Ocorrendo isso, resolve-se o contrato mas, pode ensejar alguma coisa, acho que responsabilização.

Resolução por onerosidade excessiva: Contrato pesado para uma das partes. Só cabe para contratos de execução continuada. Nos contratos normais, respeita-se o sinalagma (vínculo espontâneo entre as partes). Não entendi se é isso. Falou do “pacta sunt servanda”

Teoria da imprevisão: art. 317, CC: Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto pos-sível, o valor real da prestação. Com isso, o juiz intervem e possibilita a extinção pelo modo normal.

Resolução pela onerosidade excessiva: Art. 478: Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos ex-traordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. O 478 é mais tenso. É mais difícil atender a todos os requisitos, mas, ele permite resolver o contrato.

Art. 479, CC: pode, diante do pedido da resolução, o réu concorda em modificar o contrato bilateralArt. 480, CC: aborda o contrato uniltaral.

Resilição: é o desfazimento de um contrato por simples manifestação de vontade, de uma ou de ambas as partes. Ressalte-se que não pode ser confundido com descumprimento ou inadimplemento, pois na resilição as partes apenas não querem mais prosseguir. A resilição pode ser bilateral (distrato, art. 472 , CC) ou unilateral (denúncia, art. 473 , CC). As partes tem a possibilidade de tomar a iniciativa para extinguir o contrato. pode ser conjunta, ou seja, ambos decidem (bilateral ou distrato), ou pode ser unilateral.

Distrato: É a forma bilateral da resilição. Art. 472, CC: O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o contrato. Acabam as obrigações.

Resilição unilateral: Se dá por várias formas. É comum nos contratos com prazo indeterminado. Chama-se denúncia. Nos com prazo determinado, dá o direito de uma das partes ou de ambas de resilirem unilateralmente. Não se trata de direito de ar-rependimento (arras etc).A essência do contrato de mandato é a confiança. Se a parte perdeu a confiança, pode pedir a resilição. Vide art. 473, CC.O § único do 473, CC aduz sobre o fato da resilição trazer prejuízo para uma das partes. Se os investimentos feitos por uma das partes não forem ressarcidos não poderá ser feita a resilição.

Rescisão: é uma palavra com plurissignificados, podendo inclusive ter o significado de resolução em caso de inadimplemento. Há também o sentido de ser a extinção do contrato em caso de nulidade (lesão ou estado de perigo). As hipóteses são previstas pelos artigos 157 e 158 do CC.Resgate:

19.5.11

Contrato de Compra e Venda

Conceito:Características:Elementos essenciais:Efeitos:

Principais:Secundários:

Responsabilidade pelos riscos:Despesas e débitos:

Page 22: Direito Civil - Aulas

Direito de reter a coisa ou o preço:Limitações:

Venda de ascendente e descendente:Aquisição de bens por pessoa encarregada de zelar de bens do vendedor:Venda da parte inclusa em condomínio:Venda entre cônjuges:

Modalidades especiais:Venda mediante amostras:Venda “ad corpus” e “ad monsuram”:

Tudo começa a partir do art. 481, CC.

26.5.11

Venda mediante amostras:Venda “ad corpus” e “ad mensuram” : vide Art. 500, CC

Ad corpus: empregada em imóveis, pois a metragem é mais fácil ser verificada. A formação de preço se dá pelo valor do imóvel e não especificamente pelo tamanho (caso em que a metragem é aproximada daquela divulgada).

Ad mensuram: caso das fazendas. A extensão é uma coisa que dificulta ter um tamanho preciso. O importante é a me-tragem e não o imóvel. No silêncio da negociação, entende o juiz que o negócio é baseado na venda do tipo “ad corpus”.Rotrovenda:o comprador reserva o direito de desfazer o negócio e obter a coisa de volta, trata-se de uma condição resolutiva (tem efeitos). Não é suspensiva pois esta não gera efeitos (suspende o negócio). Vide art. 505, CC. O prazo decadencial é de 03 anos se as partes não estabelecerem coisa diferente. Vide art. do 505 ao 508, CC.Retrovenda é uma cláusula especial num contrato de compra e venda na qual se estipula que o vendedor poderá resgatar a coisa vendida, dentro de um prazo determinado, pagando o mesmo preço ou diverso, previamente convencionado (incluindo, por exemplo, as despesas investidas na melhoria do imóvel).A cláusula deve ser inserida no contrato de compra e venda, entretanto, não há na legislação proibição de que possa ser acordada em pacto apartado. Esta cláusula tem natureza jurídica acessória à compra e venda. É caracterizada a retrovenda como condição resolutiva expressa, tendo como conseqüência o desfazimento da venda.A retrovenda, aplicável somente aos imóveis, não é considerada nova venda. Seu prazo máximo é de três anos, ou seja, o vendedor só poderá reaver o imóvel através da retrovenda durante este período, e para ser exercitado este direito, deverá constar expressa-mente no contrato. O prazo de três anos é improrrogável e, chegando o termo final, extingue-se o direito, independentemente de in-terpelação. Conta-se o dies a quo (termo inicial do prazo) da data do contrato e não do registro.

Venda a contento ou sujeita a prova: “ad gustun”. Atribui ao comprador uma condição potestativa. O comprador recebe a coisa como proprietário. do art. 509 ao 511, CC.Muito comum haver confusão entre a venda a contento e a venda sujeita a prova. Venda a contento ou 'pactum displicentinae' é o contrato de compra e venda subordinado a uma condição suspensiva, segundo o qual a venda só se aperfeiçoará se o comprador manifestar seu agrado por ela.Sendo condição suspensiva, há de se dizer que, não obstante já se encontre o adquirente em posse da coisa comprada, só se tornará seu proprietário ao manifestar seu agrado. Até lá, assume ele as obrigações de um mero comodatário, conforme art. 511 do Código Civil.Qualquer contrato de compra e venda comporta a referida cláusula, que, no entanto, deve ser expressa, nunca presumida.Assim como na venda a contento, a venda sujeita a prova também se presume feita sob condição suspensiva. No entanto, aqui não se espera que o comprador manifeste seu agrado, mas sim que a coisa objeto do contrato possua as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o fim a que se destina.Percebe-se aí o ponto diferenciador das duas vendas. Na venda a contento o negócio se consuma a critério do comprador, indepen-dentemente da qualidade da coisa, está sujeito, como já dito, a uma condição suspensiva de natureza subjetiva. Já na venda sujeita a prova, o critério não está relacionado à satisfação do comprador, mas sim às características da coisa, estando sujeito a condição suspensiva de natureza objetiva.Preempção ou preferência: o vendedor tem assegurado o direito de preferência caso o comprador se desfaça da coisa. Vide do art. 513 ao 520, CC.Venda com reserva de domínio: Não estava no CC anterior mas, com o incremento do das facilidades financeiras, passou a com-por o novo CC. Domínio é sinônimo de propriedade. Só tem o comprador e o vendedor. Vide do art. 521 ao 528, CC. É suspensiva!Venda sobre documentos: Concebida como modalidade ou cláusula especial de venda, exonera o vendedor da entrega efetiva da coisa, substituindo-a pela tradição do título que a represente e de outros documentos segundo a previsão contratual ou apraxis. Ex-ige, pois, título idôneo a atribuir ao seu possuidor não apenas um direito de crédito, mas a propriedade plena (= domínio e posse) da coisa.Atendendo às necessidades de uma dinâmica cada vez maior no mundo dos negócios, destina-se a cometer mais segurança e agili-dade no intercâmbio e circulação de riquezas. Só se pode lançar mão dessa cláusula especial quando o objeto do negócio jurídico for coisa móvel, e mesmo para esta exige-se ainda possa ser representada por um título que outorgue ao seu possuidor não apenas um crédito sobre o bem, mas a propriedade propriamente dita, transferível com a só circulação do título que nesse aspecto encerra mais do que a mera cessão, traduzindo-se num poder imediato sobre a coisa. O imóvel, por sua natureza mesma, não se ajusta como ob-jeto da venda sobredocumentos, sendo insuscetível de se representar por um título cuja circulabilidade implica no poder de trans-ferir-lhe o domínio.Essa substituição da tradição real por sua forma vicária, a do título representativo da coisa, acarreta a transferência dos riscos para o comprador mesmo antes de ter a posse direta e efetiva sobre coisa, excepcionando a regra geral do art. 1.267, caput, segundo a qual os riscos correm por conta do vendedor até a tradição da coisa, posto que a considera entregue ao adquirente pela só tradição do título que a represente.

9.6.11

Troca ou permutaAtende a tudo que pode ser objeto de troca. Se faz uma diferenciação do contrato de compra e venda. Há uma troca com um com-plemento em dinheiro. Há duas distinções acerca do assunto. Está definido no art. 533, CC o qual não atende a nenhum dos critérios.Questão objetiva: auferir o valor. O que valeu mais? A troca da coisa ou o valor pago em dinheiro? Se a maior representatividade da coisa for do objeto de troca, trata-se de troca. Se o valor foi maior que o valor da coisa de troca, trata-se de venda.Questão subjetiva: entende a vontade das partes. Para elas se trata de uma troca ou venda?

Contrato estimatórioArt. 534Art. 535Art. 536

Page 23: Direito Civil - Aulas

Art. 537

4.8.11 – não anotei

doação modal: sujeita-se a encargo. Encargo é um ônus imposto nas liberalidades, seja uma doação, seja um testamento. Doação modal é doação onerosa pois existe uma obrigação/incumbência por parte do donatário, mas é uma pequena contraprestação para não descaracterizar a doação (ex: dôo uma fazenda com o ônus de construir uma escola para os filhos dos trabalhadores.

18.8.11

Locação de coisas

ConceitoArt. 565, CC

CaracterísticasLocador (senhorio) e locatário (inquilino).A contraprestação da coisa locada é o pagamento do aluguel.É bilateral por essência.A onerosidade na locação é obrigatória.Consensual.Não existe um contrato padrão, por isso, admite-se um contrato verbal.Não é contrato de execução instantânea, pois se admite um contrato continuado.ElementosDivide-se em três

Objeto: coisa individualizada onde se exige a entrega e a restituição da coisa. Não é fungível, não pode ser consumível.Preço: se fosse gratuito seria um empréstimo. Tem que ser oneroso (pagamento de aluguel). Fixado em $ mas admiti-se outros tipos de ajuste. Pode ser pago de uma vez, antecipado, em suma, é ajustável.Consentimento: exigi-se capacidade. Pode locar quem tem capacidade de administração. Imobiliária, pex, age por mandato em nome do proprietário. Usufrutuário pode usar mas não dispor. (Propriedade nua/doação nua - pesquisar)

Art. 1314, § único, CCArt. 1323, CC

Obrigações do locadorArt. 566, CCArt. 571, CC

Obrigações do locatárioPagar o aluguelDeve usar a coisa, servir-se da coisa de modo a conservá-la.Findo o contrato, restituir a coisa.Dever de diligência: cuidar da coisa como se fosse sua.

Art. 569Art. 571, 2ª parte, CCExtinçãoArt. 573, CCArt. 574, CCArt. 567, CCArt. 572, CC - Onerosidade excessiva

Regras adicionaisArt. 575, CC – Penalidade (aluguel pena).Art. 576, CC - Alienação da coisa. Pesquisar sobre alienação fiduciária - Alienação fiduciária é a transferência da posse de um bem móvel ou imóvel do devedor ao credor para garantir o cumprimento de uma obrigação.Art. 577, CC – Art. 578, CC –

Empréstimo comodato

ConceitoEmpréstimo de uso.Transferência de bem de um para o outro para uso. Via de regra é gratuito (benéfico) mas, pode ser oneroso.Comodato: empréstimo de uso – empréstimo de coisa não fungível para que o locatário dela se utilize. Deve ser gratuito. Estipula-se data para devolução.As partes desse contrato são: comodante (dono) e comodatário (quem recebe a coisa).Art. 579, CCPesquisar sobre comodato modal – condição em que para fazer uso de uma residência, o comandatário deve zelar pelo jardim e pela casa.RequisitosGratuidade: se tivesse contraprestação seria locação. Bastante usado no mercado imobiliário – adquirente de imóvel pretende o qto. antes ter a posse da coisa mas o vendedor ainda está no imóvel. Assim que é assinado o contrato de compra e venda, assina-se tam-bém um contrato de comodato estipulando o empréstimo do imóvel para o vendedor com a data da devolução. Não é possível fazer um contrato de aluguel caso seja menos de 3 meses.Não pode ser fungível e não consumível: deve-se devolver a coisa conforme foi tomada por empréstimo.Contrato deve ser temporário: se fosse um empréstimo definitivo teria característica de doação.

CaracterísticasUnilateral: gera obrigações só para o comodatário.Contrato real: só está concretizado com a entrega da coisa (tradição). Art. 579, CCGratuito:

Page 24: Direito Civil - Aulas

Consensual:Para pessoa determinada:

Sujeitos: art. 580, CC – não sei pq o professor falou disso aqiu...

Pode ser móvel e imóvel mas não pode ser fungível. Se reunir essas características é mútuo. Pex, emprestei sacas de café para meu vizinho. Isso é mútuo pois ele não me devolverá o mesmo café.

Obrigações do comodatárioDever de diligência: cuidar da coisa como se fosse sua.Utilizar a coisa respeitando o tempo do contrato.Restitui a coisa findo o contrato.Art. 582, CCSe o comodatário não entregar no prazo determinado, pode ser aplicada uma penalidade (cobrar um aluguel).Art. 584, CC – o comodatário não pode cobrar despesas junto ao comodante pelo custos que tiver com a coisa.Art. 585, CC – responsabilidade solidária qdo. houver dois ou mais comodatários.

Obrigações do comodanteVia de regra não tem obrigações. Mas em situações que precisar de reparo urgente e imediato, o comodante é obrigado a custear. Comandatário paga os impostos do imóvel mas, se numa enchente a casa apresentar problemas estruturais, o comodante deve repará-la.Art. 581, CC

RiscosRisco fica por conta do credor (comodante). Se a coisa perecer, a responsabilidade é do credor. Mas, há a exceção da regra, con-forme o art. 583, CC.

Art. 583, CC - exceção à regra: Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.

ExtinçãoTempo determinado: Findo o contratoTempo indeterminado: finda a necessidade de uso.Decisão judicial: art. 581, CCSituação em que ocorre o desvio de uso: não usou a coisa de acordo com a finalidade.

Mútuo

ConceitoO contrato de Mútuo é muito útizado no meio empresárial, são emprestadas coisas fungíveis(que se consome em seu primeiro uso) para que sejam pagas posteriormente em coisas do mesmo gênero, qualidade e quantidade, de forma equivalente ao que foi tomado.Art. 586, CC - Empréstimo de consumo pois, trata de coisa fungível.Art. 587, CC - Ocorre a transferência da propriedade da coisa.

Partes: mutuante (dono), mutuário (quem recebe)

RequisitosÉ gratuito, mas pode ser cobrado (Mútuo feneratício – no empréstimo rolam os juros)Fungibilidade da coisaTemporariedade – é empréstimo então um hora deve ocorrer a acerto.

CaracterísticasUnilateral: obrigação só do mutuárioContrato realA tradição formaliza o contrato

Capacidade das partesO mutuante tem que ser proprietário da coisa pois ocorre a transferência da propriedade. Diferente do comodato.Mutuo feito para menores: regra geral é o art. 588, CC. Exceção disso está no art. 589, CC.

Obrigações do mutuárioObrigação de entregar a coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.Se for feneratício tem a obrigação de pargar os juros, conforme o art. 591, CC (não se aplica aos mútuos oriundos de instituições fi-nanceiras – bancos, financeiras etc)

RiscosArt. 587, CC

ExtinçãoChegada do termo disposto no contrato (findo o contrato)

Regras sem prazo convencionado: Mutuo de produtos agrícolas – art. 592, CCMutuo feneratício pode ser extinto pelo inadimplemento (não pagou os juros) onde pede-se a resolução do contrato.

25.8.11

Prestação de Serviços

Conceito:art. 593, CC – tem natureza residual. Verificar que aquilo que não se enquadra nesse tema, pex, relação trabalhista, consumo, direito público etc.

Page 25: Direito Civil - Aulas

CaracterísticasBilateralidadeOnerosidadeComutativoConsensual

Objeto Art. 594, CC – trata da remuneração. Prestação de serviço voluntário não é remunerado, portanto, não é prestação de serviço con -tratual. A pagamento pode ser em dinheiro, alimentos ou qq outra forma que se entenda lícita que atenda às necessidades de quem presta o serviço.Art. 595, CC – situação em que as partes não são letradas.Art. 596, CC – Qdo. há problema com o pagamento.Art. 597, CC – forma de pagamento da prestação de serviço.

Prazo:Art. 598, CC – Tem um prazo máximo devido sua origem histórica – escravidão. Não pode ser firmada por muitos anos. o máximo é de 04 anos. Mas, nos casos de contraprestação de dívida anterior o contrato pode ser renovado findo o prazo de 04 anos.Art. 599, CC – Não existindo prazo, portanto, sem prezo determinado, uma das partes pode resolver o contrato sem justa causa, com tanto que faça o aviso prévio, conforme o § único do artigo.Art. 600, CC – Se o prestador não presta o serviço por sua culpa, não se conta o prazo. Se faltou 30 dias sem motivo, o contrato terá o acréscimo de 30 dias.Art. 602, CC – em prazo determinado, o prestador não pode se ausentar sem aviso justificável. Se não justificar, incorrerá no § único do mesmo artigo.Art. 603, CC – na despedida sem justa causa por conta do contratante.

Extinção:Art. 599, CC – situação prevista no prazo mas, que pode ser incluída aqui.Art. 607, CC – situações de extinção do contrato.Art. 604, CC – pedido de declaração de extinção do contrato feito pelo prestador.

Regras adicionais:Art. 601, CC – não há especificação do tipo de trabalho e, portanto, o limite do tipo de serviço deverá estar compatível com sua ca -pacidade.Art. 606, CC – dispositivo que trata das prestações de serviço que exigem uma especialização/habilitação específica. Aquele que não é habilitado e presta o serviço, não pode cobrar como se habilitado fosse mas, se isso trazer benefício ao contratante, o juiz pode ajustar uma compensação.Art. 606, § único, CC – caso do advogado, médico, dentista – não pode desempenhar tais atividades sem ser habilitado.Art. 608, CC – serve como exemplo à teoria de terceiros que interferem na relação contratual (aliciamento) para que uma das partes saia do contrato. Caso do Zeca Pagodinho qdo. saiu da Brahma para fazer comercial da Nova Schin. A Brahma foi e buscou ele. Essa teoria não se aplica se o profissional for prestador de serviços para vários contratantes.Art. 609, CC – se o prédio agrícola for vendido, o prestador pode optar ficar com o novo proprietário ou ir com o antigo contratante. Não deve existir relação de emprego.

Empreitada

ConceitoContrata a empreiteira com o material e fermentaria.Na empreitada, a obrigação é de resultado e não de meio. Considera-se o resultado e não a atividade como objeto da relação con-tratual. Enquanto na prestação de serviços se cogita da atividade como prestação imediata, na empreitada tem-se em vista a obra executada, figurando o trabalho que a gera como prestação mediata ou meio de consecução.Art. 3º do CDC

Novas figuras contratuais – atipicidade

CaracterísticasBilateralConsensualOnerosoTrato sucessivoComutativo

EspéciesArt. 610, CC – Subempreitada –

Preço fixo ou preço por medidaSe preço é fixo, no final da obra, o acerto para pagamento será aquele combinado no início da obra, independentemente se o empre-iteiro teve custos adicionais no decorrer da obra.Se preço por medida, aplicada em obras de pequena monta, pode ser paga por semana, por área construída etc. O preço não precisa ser fixo.

Obrigação do empreiteiroPrincipal - A entrega da obra.Dependendo do tipo de contrato, deve fornecer o material. Se caracterizado a mora do contratante na entrega do material, se ferreu.

Obrigação do dono da obraPrincipal – pagar o preço combinado.

PreçoArt. 619, CC – o empreiteiro tem cumprir com aquilo que concordou, mesmo que no decorrer da obra hajam modificações que preju-dicam o empreiteiro. Agora se o dono solicitou alterações ou mesmo comparecia, mesmo que na pessoa do preposto, considera-se que houve consentimento de sua parte, portanto, pagará pelas modificações.Art. 620, CC -

Page 26: Direito Civil - Aulas

RegrasArt. 614, CC – por medidaArt. 615, CCArt. 616, CC – Art. 617, CC – empreiteiro paga por imperícia ou negligência acerca do material cedido pelo contratante.Art. 618, CC – o empreiteiro é responsável durante 05 anos em relação a solidez e segurança da obra. Mas, o dono da obra deve agir em até 180 dias após a detecção do vício ou defeito.Art. 622, CC – Art. 611, CC – o empreiteiro responde pelo perecimento do material da obra, salvo se ocorreu por mora do dono da obra, que impli -cou no perecimento daquele material sob vigilância do empreiteiro.Art. 612, CC – se o contrato foi só de mão de obra, os riscos que não tiver culpa serão por conta do dono da obra (res perit domino).Art. 613, CC – perecimento do material antes da entrega, onde não ocorre culpa por nenhuma das partes. Mas, o empreiteiro tem que provar que fora por defeito do material.Art. 621, CC – defesa do autor que fez o projeto em relação ao dono da obra que pretende fazer alterações no projeto sem autoriza -ção.Art. 623, CC –Art. 624, CC – Suspensão da obra sem justa causa e por conta do empreiteiro.Art. 625, CC – suspensão da obra possível, por conta do empreiteiro.

ExtinçãoArt. 626, CC - Não se extingue o contrato de empreitada pela morte de qualquer das partes, salvo se ajustado em consideração às qualidades pessoais do empreiteiro. A segunda parte está relacionada ao caso personalíssimo.

1.9.11

Depósito

Conceito

CaracterísticasA regra é unilateral. Obrigações exclusivas do depositário (conservação...restituição). Há bilateral (guarda móveis, chapelaria). Por ser bilateral, pode ser gratuito, conforme o art. 628, CC, mas, não é regra. O oneroso está previsto no art. 627,CC.Contrato do tipo real, portanto, exige-se a entrega da coisa para se firmar. Não há o consenso.É personalíssimo mas não é regra.Não exige forma, portanto, pode ser verbal mas, não é regra também. Vide art. 646, CC

EspéciesA regra é ser voluntário mas há exceções. Pode ser obrigatório e nesse, parece que tem duas subdivisões, o necessário e o mis -erável. Voluntário: o depositante procura o depositário para firmar contrato.Pode ser regular ou irregular. Regular é o caso do deposito bancário. Deposita-se dinheiro e saca-se dinheiro. O irregular é regido pelo art. 645, CC.

Depósito voluntário

Obrigações do depositadoArt. 629, CCArt. 630, CCArt. 631, CC – a restituição se dá no mesmo lugar onde foi entregue.Art. 632, CC – deposito feito por terceiro.Art. 633, CC – só pode reter se houver inadimplência.Art. 634 e 635, CC – depósito judicialRiscosArt. 636, CC – acionamento do seguro e repasse da restituição para o mesmo.Art. 637, CC – Depositário morre e o filho vende a coisa depositada sem saber da situação. Deve buscar a reintegração ou o repasse do valor da coisa.Art. 638, CC – Art. 639, CC – Art. 640, CC – o depositário não pode usar a coisa nem repassar para outro depositário. Nesse último caso, só será permitido o repasse do depósito, se o depositante autorizar, vide o § único do mesmo artigo.Art. 641, CC – incapacidade do depositário.Art. 642, CC – O depositário não tem a obrigação sobre a coisa em caso de força maior. A coisa perece sob responsabilidade do cre -dor. Cabe provar.Art. 644, CC –

ExtinçãoVencimento do prazo e a restituição da coisa.Do pedido antecipado de restituição da coisa.O perecimento da coisa.A morte do depositário.

Depósito ObrigatórioArt. 647, CC – depósito legal. Vide o art. 1233, CC.Art. 647, CC, 2ª parte – depósito miserável.Art. 649, CC – situação do hóspede que não paga e o dono retém sua bagagem. Ele, o hospedeiro fica responsável pela bagagem.

Prisão do depositário infielPrevista na CF e no art. 652, CC. Tema era controvertido pois enqto. a CF autorizava a prisão do depositário infiel e não pagador de pensão alimentícia, mas, em 2009, o STF editou a Súmula Vinculante 25 proibindo a prisão do depositário infiel. (Pacto de San José da Costa Rica).

Page 27: Direito Civil - Aulas

MandatoConceitoArt. 653, CC – pessoa atua em nome do mandatário. O contrato é de mandato e a procuração é um instrumento. A procuração instru-mentaliza o contrato de mandato. Considera-se reputado vinculante.Não é exclusivo de direitos patrimoniais. O mandato é cabível para adoção, reconhecimento de filhos, casamento etc.Confere o poder de representar, de agir em nome do mandante. É consensual, e isso o difere da tutela e curatela.

CaracterísticasArt. 656, CC – Não solene, permite o mandato tácito ou verbal. Mas, para determinados casos, pex, aquisição de imóveis, obriga-se o documento, conforme o art. 657, CC. No tácito, aplica-se o Art. 659, CC.Art. 658, CC – Por natureza gratuito.É personalíssimo. Baseia-se na confiança (fidúcia).Bilateral

Mandato de representaçãoArt. 654 – Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante. § 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do outor-gante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos.

Capacidade e requisitosArt. 666 – O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação con -tra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores.

SubstabelecimentoA possibilidade de substaleciemento não é uma regra. Se ocorrer, pode ter reserva de poderes ou não, conforme o art. 655, CC.

EspéciesArt. 660, 661, CC – Geral ou especial. É geral qdo. confere poderes ordinários, pex, de administração. No especial entende-se que há o poder de transigir (firmar contrato).

PoderesArt. 662, CC – O mandatário só agirá até os limites dos poderes que lhe foram atribuídos.

Obrigações do mandatárioEntende-se que os atos praticados pelo mandatário são somente atos de gestores do negócio. Para tomarem forma, precisa da ratifi -cação do mandate.Art. 672, CC – atos que exigem os dois mandatários não é válido se estiver presente somente um deles.Art. 667 à 674, CC – Executar o mandato e prestar contas.Obrigação de juros caso incorra em mora. Situação de advogados que não repassam o valor das causas aos clientes.

Obrigações do mandanteArt. 675, CC – Pagar a contraprestação dos serviços prestados.Ressarcir as despesas que o mandatário teve com viagens, deslocamentos etc.Art. 676, CC – Mesmo que o objetivo não seja alcançado, o mandante dever pagar pelos serviços prestados pelo mandatário.Art. 679, CC – possibilidade do mandatário agir contra a vontade do mandante mas não agiu em excesso dos poderes, o mandante fica obrigado com quem o mandatário contratou. Isso não impede que o mandante mova ação contra o mandatário por perdas e danos que ocorrerem.

ExtinçãoArt. 682, CC – todos os elencados no artigo + a perda da confiança.Art. 686, CC – situação em que o mandante tira os poderes do mandatário e este continua comprando/vendendo seus imóveis. O ter-ceiro de boa fé, consulta sua situação no cartório mas, como não foi atualizado, acaba por firmar negócio.Art. 687, CC – Art. 689, CC – dispositivo que também protege o terceiro de boa fé.

Mandato irrevogávelPor essência é revogável. A perda da confiança é um dos motivos mais fortes.Art. 683, CC – cláusula de irrevogabilidade e o pagamento de perdas e danos.Art. 684. Quando a cláusula de irrevogabilidade for condição de um negócio bilateral, ou tiver sido estipulada no exclusivo interesse do mandatário, a revogação do mandato será ineficaz.ESTUDAR ISSO COM MAIS CALMA!!

Mandato judicialArt. 692, CC –

8.9.11

Transporte

ConceitoRegra básica – art. 730, CC

CaracterísticaBilateral, oneroso, consensual, pode ser duradouro, contrato de adesão

EspéciesDiferenciação qto. ao meio e objeto. O objeto, que pode tratar de pessoas, distingue-se pelo bilhete da passagem (metro, avião); e coisas, que se dá pelo conhecimento.Qto. ao meio, existe o transporte terrestre (rodoviário e ferroviário). Á o aquaviário (marítimo, fluvial e lacustre). E, por fim, o trans-porte aéreo, que tem a maior qtde. de legislação. Novos meios foram inseridos, como, pex, o transporte dutoviário, que transportam todo o tipo de matéria-prima.O ferroviário e o aéreo são regidos, de modo geral, pelo CC. O sistema marítimo é regido pelo Cód. Comercial, que embora tenha sido revogado pelo Cód. Civil, ainda cobre esta seção.

Page 28: Direito Civil - Aulas

Meios de transporte reguladosAtribuições dadas pela CF – arts. 21, 22, 30 etc...Comissionários e permissionários.Art. 731, CC - Legislação especialArt. 732, CC -

Código Civil e Cód. de Defesa do ConsumidorDiscussão – o art. 732, CC trata das convenções internacionais, que tem um regime de regramento diferente. Como combinar essas convenções com a lei interna (CC), mesmo o CC aderindo à tais regras externas. Aliás, o maior problema está relacionado com o CDC, que trata do assunto como uma prestação de serviço e, com isso, há a ideia da responsabilidade civil. Isso pega no transporte aéreo. O STJ entende que deve aplicar a esses casos o CDC.

Transporte de pessoas

CaracterísticasNo transporte de pessoas de curta duração (metro), via de regra, não há como levar mta. bagagem.No transporte de longa duração (avião, rodoviário estadual), há uma necessidade de se acomodar bagagens.Cada um paga sua tarifa e cada um firma um contrato com a empresa.

Obrigações do transportadorLevar a pessoa de um lugar ao outro. Obrigação de resultado. Não é de meio como advogado, médico etc. Tem que levar o pas-sageiro ao destino de modo incólume. Qdo. há bagagem, essa também é de responsabilidade do transportador. Existe um contrato acessório (depende de um principal que é o de pessoas; neste caso, não tem relação com o transporte de coisas).Art. 739, CCArt. 741, CC – tem que acomodar o passageiro mas, há uma razoabilidade que limita o tipo de acomodação e demais tratamentos que sejam caros demais.Multas do CDC é de 2% (moratória). No CC é de 5% (multa compensatória).

Obrigações e direitos do passageiroObrigação de pontualidade. Acontece com ônibus, trens e aviões (que tem hora marcada) mas, não acontece com ônibus municipais e metro que partem de tempo em tempo.

Direito de retençãoArt. 738, CC - Obrigação de aderir às leis impostas pelo transportador e de não incomodar os demais passageiros.Art. 740, CC – repercussão no transporte aéreo.

Transporte gratuito de pessoasArt. 736, CC – Carona. O STJ tem uma súmula, a 145 que trata da responsabilidade do motorista sobre o carona. Esse instituto não se aplica ao caso das viagens gratuitas por milhas.

Transporte de coisas

CaracterísticasTrês sujeitos: o remetente, o transportador e o destinatário.Art. 744, CC

Obrigações do remetenteArt. 743, CC

Obrigações do transportadorArt. 747, CCArt. 749, CC - Levar a coisa até o seu destino, dever de diligência e dentro do prazo.Art. 750, CC –Art. 752, CC – Art. 755, CC –

Direitos das partesArt. 744, § único, CC – do transportadorArt. 745, CC – do transportadorArt. 746, CC – do transportador qto. ao embalagem correta.

DestinatárioSe for combinado antes, o destinatário deve pagar o frete.

Responsabilidade Civil

Transporte cumulativoArt. 733, CC -

Transporte de pessoasSumula 161 do STJSituação de transporte de pessoas, que objetiva levar a pessoa incólume ao destino, mas, por força maior, é alvejado por bala per -dida. Não há responsabilidade por conta do transportador.Art. 735, CCResponsável pelo horário e pelo itinerário.Ligado às circunstâncias climáticas.

Transporte de coisas

Transporte aéreoNacional – leg. aérea Internacional – Varsóvia

Page 29: Direito Civil - Aulas

15.9.11

Seguro

Conceito

CaracterísticasContrato bilateralOnerosoAleatório – há incerteza em relação a contraprestação.Art. 757, CC - Apólice e o bilhete de seguroInstrumento de contrato de seguroProva de existência do contrato de seguroArt. 758, CC – Art. 759, CC – elementos básicos para a confecção.EspéciesSeguro por acidente de trabalhoSeguro obrigatórioArt. 761, CC – CoseguroArt. 762, CC Resseguro

Disposições geraisArt. 765, CC – boa féArt. 766, CCArt. 768, CC – Agravamento do riscoSeguro de danosRCArt. 778, CC – até o valor do danoArt. 780, CC - transporteSeguro de pessoas

Extinção do contratoFindo prazo do contratoAcordo entre as partesCessação do riscoInexecução por inadimplemento.

29.9.11Constituição de renda

ConceitoInstituto em bastante desuso. Não há contraprestaçãoArt. 803, CC – regra geral. Por ser gratuito, portanto, não haver transferência de propriedade e, com isso, não põe em risco o patrimônio da pessoa.Art. 804, CC – hipótese de onerosidade (há a transferência da propriedade).Real – deve haver a entrega da coisa (essência da constituição)Art. 807, CC – é solene (exige-se escritura pública)Art. 806, CC – É temporário – vitalício e não perpétuo. O pai pode exigir que os filhos continuem o ato mas, só até o limite do patrimônio que tiver deixado.Pode ser instituído em vida ou em morte (via testamento).Pode ser estabelecida por indenização, conforme arts. 948 e 950, CC.Art. 805, CC – Pode ser exigido garantia, somente para o caso oneroso.Características

Regras

EfeitosArt. 810, CC – inadimplemento.Art. 811, CC – 411, CCArt. 812, CC – constituição para mais de uma pessoa e se uma delas morre, a sua parte não pode ser repartida entre os demais.Art. 813, CC – no caso gratuito, fica isenta de execuções.ExtinçãoFindo o prazo da constituição.Pode estar atrelada a uma condição resolutiva, pex, casamento – assim que casar, cessa.A morte do credor – aquele que recebe.Resgate – qdo. o devedor antecipa o pagamento de todas as parcelas, de uma só vez.

Jogo e aposta

ConceitoJogo – jogo, na compreensão da lei, é o acordo de vontade de duas ou mais pessoas, tendo por objeto o pagamento de certa soma a uma destas, que tenha sido favorecida pela sorte, na diversão ou na competição de possibilidades pouco mais ou menos iguais, em que se empenham.Aposta – é o contrato pelo qual duas ou mais pessoas, cujas opiniões diversificam sobre algum assunto, se obrigam a pagar certa soma àquela, dentre os con -tratantes, cujo ponto de vista se verifique seja verdadeiroQuando não são ilícitos são tolerados pelo Direito.Obrigação natural – não pode ser exigida (o credor não tem meios para cobrar a obrigação), não será tutelado pela justiça.

CaracterísticasContratos aleatórios.

Page 30: Direito Civil - Aulas

Jogo gratuito – irrelevante para o direito.

Espécies de jogoJogos Ilícito – proibidos, de azar.Jogos tolerados – não são proibidos, não resultam em contravenção penal, nem tem interesse para o mundo do Direito. Bolão, carteado com aposta.

RegrasArt. 814, CC – regra geral. Art. 882, CC

Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito.Caso em que a dívida de jogo é convertida em Nota Promissória e cai na mão de terceiro de boa fé – § 1o Estende-se esta disposição a qualquer contrato que encubra ou envolva reconhecimento, novação ou fiança de dívida de jogo; mas a nulidade resultante não pode ser oposta ao terceiro de boa-fé.Caso de ganhador da loteria federal – § 2o O preceito contido neste artigo tem aplicação, ainda que se trate de jogo não proibido, só se excetuando os jogos e apostas legalmente permitidos.Prêmio atribuído ao ganhador, pex, da melhor poesia – § 3o Excetuam-se, igualmente, os prêmios oferecidos ou prometidos para o vencedor em competição de natureza esportiva, intelectual ou artística, desde que os interessados se submetam às prescrições legais e regulamentares.

Art. 815. Não se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo ou aposta, no ato de apostar ou jogar.

Art. 816. As disposições dos arts. 814 e 815 não se aplicam aos contratos sobre títulos de bolsa, mercadorias ou valores, em que se estipulem a liquidação exclusivamente pela diferença entre o preço ajustado e a cotação que eles tiverem no vencimento do ajuste.

Art. 817. O sorteio para dirimir questões ou dividir coisas comuns considera-se sistema de partilha ou processo de transação, con-forme o caso.Sorteio de processos nos tribunais; sorteio das partes de uma herança entre os herdeiros.

Fiança

ConceitoLargamente utilizado em locação de imóveis e empréstimos. O fiador atuará no lugar do devedor em caso de inadimplemento.Garantia pessoal – garantia fidejussória Art. 818, CC – definição.

CaracterísticasFirmado entre fiador e credor (é contrato acessório – não precisa ser confeccionado em contrato apartado. Pode estar contido em cláusulas, no contrato principal). O devedor não é parte da Fiança.É subsidiário, entrará em vigor com o descumprimento do contrato principal. Não é regra geral.É unilateral – o fiado assume a obrigação perante o credor.A regra é ser gratuito, mas no caso da fiança bancária, é pego.Se a ação principal é nula, a da fiança não produz efeitos.Art. 819, CC – é soleneÉ benéfico – em benefício de alguém.Art. 819, CC – não se admitirá obrigação que não compuser o contrato, cc art. 114, CC.Art. 820, CC – quando a fiança não for limitada no contrato, o fiador bancará tudo.Intuitu personae –

RequisitosSubjetivos – capacidade jurídica para praticar o ato; se for casado, depende de anuência da cônjuge (art. 1647, III, CC – tornar-se-á anulável se não tiver a anuência, conforme o art. 1649,CC); quem for sócio de empresa cujo contrato social não permite que seja fi -ador; Art. 820, CC – o devedor não se intromete na negociação de fiança entre credor e fiadorArt. 825, CC – é facultado ao credor aceitar ou não o fiador.Art. 826, CC – substituição do fiador.

Objetivos – estabelecimento, pex, de obrigação de fazerArt. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor.Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada.Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do deve-dor.Parágrafo único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo feito a menor.

EfeitosAssumida a obrigação de fiança, o fiador tem que pagar caso o devedor descumpra o que foi acordado.Art. 836, CC – Limita-se ao patrimônio do fiador caso esse faleça. Art. 827, CC – Beneficio de ordem – o fiador pode exigir que o credor, antes de acioná-lo na justiça, vá primeiro em busca do saldo da dívida através dos bens do devedor.Art. 828, CC – situações em que o benefício de ordem perde seus efeitos.Art. 829, CC – beneficio de divisão – prestação de conta por mais de um fiador. É possível que cada fiador responda por parte da dívida. Ato solidário entre os fiadores.Art. 831, CC – relação entre fiador e afiançado – sub-rogação (assume o direito do devedor sobre a coisa).Art. 832. O devedor responde também perante o fiador por todas as perdas e danos que este pagar, e pelos que sofrer em razão da fiança.Art. 833. O fiador tem direito aos juros do desembolso pela taxa estipulada na obrigação principal, e, não havendo taxa conven-cionada, aos juros legais da mora.Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador promover-lhe o anda-mento.

Page 31: Direito Civil - Aulas

Art. 835. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor.Art. 836. A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fi-ador, e não pode ultrapassar as forças da herança.

ExtinçãoArt. 837. O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que competem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa menor.Art. 838. O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado:I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor;II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências;III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por evicção.Art. 839. Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência, ficará exonerado o fi -ador que o invocou, se provar que os bens por ele indicados eram, ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afi-ançada.

6.10.11

Transação

ConceitoDizem se tratar de um negocio jurídico ou operação realizada mas, não é adequado. Trata-se de uma figura diferente disso.Art. 840, CC: Transação é quando surge um conflito entre as partes e diante do conflito, as partes, diante de concessões mútuas, re-solvem o litígio. Faz-se um acordo.

RequisitosAcordo de vontadeEvitar o conflitoConcessões mútuasIncerteza – art. 850, CC

Natureza JurídicaNão cria obrigações, dirime o conflito, extingue a obrigação e, portanto, entendem que não é contrato. Mas, como nasce de um acordo de vontades, é tida sim como uma espécies de contrato.

EspéciesJudicial: art. 840,CCExtra judicial: prevenir um litígio existente.Forma específica: art. 842, CC. Essa forma é só para alguns casos específicos. No geral, não tem.

CaracterísticasIndivisívelNão admite nulidade parcial – art. 848, CC. A exceção do § único exige um estudo do caso concreto.Art. 843, 1ª parte, CC – efeito restritivoArt. 843, 2ª parte, CC – Art. 847, CC – admite a pena convencional (multa)Art. 841, CC – restrição (nome, imagem, direitos de família, estado civil, direito a alimentos etc). Nota: as prestações alimentares po -dem ser objeto de transação, nos casos de ação de alimentos ou execução de alimentos atrasados. Ocorre a transação para que o pagamento seja facilitado ou aplicada multa etc.Art. 846, CC – quem faz o acordo em uma situação que envolve uma ação penal pública,

Objeto

EfeitosExtintivo – tinha uma obrigação, surgiu um litígio e, a partir daí, surgiu a transação.Art. 844, CC – exceção ao efeito extintivo.Evicção – permite ação por perdas e danos

AnulaçãoArt. 849, CC –

Comissão

ConceitoTem uma estrutura simples. Uma pessoa (comissária) vai procurar objetos (bens móveis) para compra ou para venda por conta do comitente, porém, agindo em nome próprio.Art. 693, CC –

Evolução históricaEstrangeiros não podiam comercializar em outras localidade. Aí surgiu a comissão, na época, COMENDA.

CaracterísticasArt. 702, CC – Intuitu personaeArt. 709, CC – Aplica-se as regras do mandato para a comissão. Mas, na comissão o comissário age em nome próprio. No mandato não!Na corretagem também se paga uma comissão. O corretor é contratado para aproximar partes interessadas no negócio. Na comis-são.

Comissão e outras figuras contratuais

Direitos e obrigações do comissárioComissário: Contratado para comprar ou vender

Page 32: Direito Civil - Aulas

Tem direito a uma comissão, que, por regra, será tratada via contrato. Pode ocorrer de não firmarem uma comissão. Nesse caso, aplica-se o art. 701, CC.Art. 702, CCArt. 703, CCArt. 705, CCArt. 706, CCArt. 708, CCArt. 695, CC – O comissário deve atender às diretrizes impostas pelo comitente, agir de boa fé. Se o comitente não informou nada, ele tem que pedir, se não fio possível, deve agir pautado no bom senso. Art. 694, CCArt. 696, CC – Deve ter diligência sob o bem que está sob sua responsabilidade.

Art. 697. O comissário não responde pela insolvência das pessoas com quem tratar, exceto em caso de culpa e no do artigo seguinte.Art. 698. Se do contrato de comissão constar a cláusula del credere, responderá o comissário solidariamente com as pessoas com que houver tratado em nome do comitente, caso em que, salvo estipulação em contrário, o comissário tem direito a remuneração mais elevada, para compensar o ônus assumido.Art. 699. Presume-se o comissário autorizado a conceder dilação do prazo para pagamento, na conformidade dos usos do lugar onde se realizar o negócio, se não houver instruções diversas do comitente.

Direitos e obrigações do comitenteArt. 706, CCArt. 704, CC – Ele pode alterar a qq momento as instruções dadas ao comissário. Obrigado a pagar a comissão.Obrigado a pagar as despesas. É a regra.

Contrato consigo mesmoArt. 117, CC – Situação da representação (mandato), pex, em que o mandatário age em nome e por conta do mandante. Ele figura no contrato nos dois pólos.

ExtinçãoA morte do comissário extingue o contrato.Em regra, a morte do comitente também.

20.10.11

Agência e distribuição

Conceito:Art.Lei 4886, do representante comercial

Características:BilateralOnerosoComutativo (tem remuneração)ConsensualNão soleneIntuitu personae (nomeia-se um determinado agente)

Distinções:Não tem subordinação, o agente é autônomo.Não tem mandato embora o art. 721, CC trata-se de algo parecido.Art. 721, CC: Aplicam-se ao contrato de agência e distribuição, no que couber, as regras concernentes ao mandato e à comissão e as constantes de lei especial.

Elementos essenciais:A obrigação do agente de promover negócios, de interesse do proponente.Caráter oneroso

Distribuição: Abarca três formasDistribuição de veículos terrestres automotores – ocorre através de concessionárias, que não são da fábrica e sim de empresários. Essa atividade é regida por uma lei exclusiva cujo nome dado foi Ferrari (autor da lei 6729/79 tinha o sobrenome Ferrari).Distribuição intermediação – o distribuidor compra para depois revender. Contrato atípico (sem definição no CC). Exemplo 1: posto de gasolina – posto Shell – não é da marca Shell. O empresário tem contrato com a bandeira. Exemplo 2: A Brahma vende para uma distribuidora, que se incumbe de distribuir para os bares.Distribuição aproximação – O agente visita postos em busca de interessados para firmar negócios. Ele, o agente, faz uma aproxi -mação. É a modalidade tema da aula de hoje, definida pelo art. 710, CC.

Obrigações e direitos do agente:Promover negócios para o proponenteNão participa do contrato pois ele atua antes, na intermediação – tira o pedido e encaminha ao proponente.Art. 712, CC: Diligência.Art. 711, 2ª parte, CC: Tem que atuar com exclusividade para um único proponente. Salvo se for combinado antes. (nem pode o agente assumir o encargo de nela tratar de negócios do mesmo gênero, à conta de outros proponentes).Art. 713, CC: responsável por arcar com todas as despesas que tem para intermediar o negócio, salvo ajuste com o proponente.Art. 714, CC: Tem direito a uma remuneração, condizente com os negócios que ele efetivou.Art. 715, CC: O agente ou distribuidor tem direito à indenização se o proponente, sem justa causa, cessar o atendimento das pro -postas ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do contrato.Art. 716, CC: A remuneração será devida ao agente também quando o negócio deixar de ser realizado por fato imputável ao propo -nente.Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o agente direito a ser remunerado pelos serviços úteis prestados ao proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos prejuízos sofridos.Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele direito à remuneração até então devida, inclusive sobre os negócios pendentes, além das indenizações previstas em lei especial.

Page 33: Direito Civil - Aulas

Art. 719. Se o agente não puder continuar o trabalho por motivo de força maior, terá direito à remuneração correspondente aos serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de morte.

Obrigações do proponente:Art. 711, 1ª parte, CC: Salvo ajuste, o proponente não pode constituir, ao mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com idêntica incumbência. Resilição:Art. 720, CC: Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do investimento exigido do agente. O proponente tem que esperar o agente cobrir as despesas que teve para fazer o negócio andar, antes de resilir com ele.Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da razoabilidade do prazo e do valor devido.

Corretagem

Conceitos:Ele aproxima o vendedor ao comprador e vice-versa. Noção de correr atrás de negócios/interessados. A figura típica é o corretor de imóveis.Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qual -quer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas.

Características:OnerosoBilateralConsensualAleatório – o negócio pode ser firmado entre o proprietário e o interessado, sem a atuação do corretor, conforme o art. 726, 1ª parte, CC.Não soleneNão é contrato acessório que não depende da conclusão do negócio de compra e venda. Assim que firma-se contrato entre corretor e proprietário, ele já vale. Portanto, não há relação entre o contrato de corretagem e o contrato de compra e venda. O corretor só rece-berá se ele vender o imóvel.

Obrigações do corretor:Obrigação de resultado. Só será remunerado se o negócio for firmado.Mediação:Art. 723, 1ª parte, CC: O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer, prestando ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento dos negóciosParágrafo único. Sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segu -rança ou do risco do negócio, das alterações de valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da incumbência.

Remuneração:Art. 724, CC: A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada entre as partes, será arbitrada segundo a na-tureza do negócio e os usos locais.Art. 725, CC: A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes. Se as partes desistirem não exonera a obrigação de pagar a comissão do corretor.Art. 726, 1ª parte, CC: Iniciado e concluído o negócio diretamente entre as partes, nenhuma remuneração será devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada a corretagem com exclusividade, terá o corretor direito à remuneração integral, ainda que realizado o negócio sem a sua mediação, salvo se comprovada sua inércia ou ociosidade.Art. 727, CC: Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor.Art. 728, CC: Se o negócio se concluir com a intermediação de mais de um corretor, a remuneração será paga a todos em partes iguais, salvo ajuste em contrário. Crítica da doutrina: o artigo é aplicável no pressuposto que os corretores tiveram os mesmo dispên-dio de energia. Se um não fez nada, teoricamente não teria direito a nada.

Lei especial:Art. 729. Os preceitos sobre corretagem constantes deste Código não excluem a aplicação de outras normas da legislação especial. CRECI; Lei do corretor de seguros, de mercado acionário.

Compromisso – Arbitragem

Pode se optar como forma de solução de controvérsia, a arbitragem cuja lei é a 9307/96.

Art. 851. É admitido compromisso, judicial ou extrajudicial, para resolver litígios entre pessoas que podem contratar.Art. 852. É vedado compromisso para solução de questões de estado, de direito pessoal de família e de outras que não tenham caráter estritamente patrimonial.Art. 853. Admite-se nos contratos a cláusula compromissória, para resolver divergências mediante juízo arbitral, na forma estabele-cida em lei especial.

ADR: Formas alternativas de soluções de conflitos:

Conciliação:Existe a figura do conciliador, que tenta a aproximação das partes objetivando o fim do conflito. Ele não tem poder de decisão. Ele in-termédia e até pode tomar partido em benefício de um ou de outro, pautando-se em jurisprudências. Muito utilizada em processos judiciais.

Mediação: Pesquisar a Resolução CNJ 125 de 2010Tem uma atuação como procedimento extraprocessual. Existe a figura de um terceiro neutro e imparcial que aproximará as partes, sem interferir no caso, como o mediador. Ele também não decide. O árbitro tem o poder de decidir o caso.É método antigo para solução de casos. Antigamente figurava-se no ancião, pessoa mais velha, que reunia experiência de vida.Nos EUA, em algumas matérias, antes de entrar com o pedido de tutela jurisdicional, deve passar pela mediação.Tem característica de não favorecer o embate entre as partes. O objetivo é a transação entre as partes.Usado para contratos de longa duração.

Page 34: Direito Civil - Aulas

É amplamente usada em vários tipos de casos, que a arbitragem não pode, pex, direito de família, divórcio etc.Princípios da MediaçãoCaráter voluntárioNão adversariedade – não provocação de embate entre as partes.Credibilidade, neutralidade e imparcialidade do mediadorFlexibilidade, informalidade e confidencialidade.

Arbitragem:As partes convencionem mutuamente que as controvérsias que poderão existir no contrato, serão resolvidas pela arbitragem, por meio de uma Convenção de arbitragem.Solução dada por um árbitro ou painel arbitralNão cabe recurso. O advogado só tem uma chance para provar a favor de seu cliente. Não tem como apelar para o Judiciário.Objetivo: Afastar do poder judiciário a possibilidade de julgar o caso em caráter preferencial.A lei de arbitragem foi tida como inconstitucional, no tocante às garantias constitucionais. De 1996 à 2001 ela ficou parada, portanto, nada aconteceu no Brasil, durante esse período.O STF julgou que não havia inconstitucionalidade por considerar a autonomia privada, por uma vontade voluntária entre as partes.

A arbitragem é gênero e as espécies são Cláusula compromissória e Compromisso arbitral (Art. 3º da Lei 9307/96): Art. 3º, LEI Nº 9.307, As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo arbitral me-diante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. Cláusula compromissória:Art. 4º, LEI Nº 9.307, A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a sub-meter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.Compromisso arbitral: qdo. não há previsão de arbitragem no contrato, utiliza-se do compromisso arbitral, abarcado ao art. 9 da lei 9307.Art. 9º, LEI Nº 9.307, O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.

Efeitos da arbitragemEfeito Efeito vinculante: litígios sobre contratos que têm cláusulas de arbitragem não são apreciadas pelo Judiciário. O juiz ignora!Efeito positivo: pedir para o juiz obrigar uma das partes a participar da arbitragemEfeito negativo: afasta o poder judiciário, embora em alguns casos há uma participação de um juiz junto com um árbitro. Uso de lim -inaresNotificação de testemunhas: No Judiciário a testemunha que não comparece é buscada de modo coercitivo. Na arbitragem não e o árbitro não tem poder de coerção. Para isso, tem que solicitar a um juiz.

O que pode ser levado à arbitragemSó aquilo que for arbitrável. Isso é identificado através da Arbitrabilidade Subjetiva: quem pode se sujeitar à arbritragem – pessoas capazes.Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.Objetvia: qual é a matéria?Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

Efeito da sentença arbitralDecisão final com efeito vinculante (a decisão Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judi -ciário.Art. 29. Proferida a sentença arbitral, dá-se por finda a arbitragem, devendo o árbitro, ou o presidente do tribunal arbitral, enviar cópia da decisão às partes, por via postal ou por outro meio qualquer de comunicação, mediante comprovação de recebimento, ou, ainda, entregando-a diretamente às partes, mediante recibo.

Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.

17.11.11

Arbitragem

Uncitral – entidade que tem uma lei modelo de arbitragem. Visa-se uma padronização nos métodos de arbitragem de modo facilitar que empresas do mundo todo busquem atuar em vários países e adotarem a arbitragem como modo de solução de conflitos.

A informalidade e a alternativa de adaptação são características da arbitragem, que ajudam na elucidação dos litígios. As duas não suscitam abuso.Flexibilidade das regrasOpção de câmaras de arbitragemEconomia de tempoPossibilidade de escolha do árbitro

Princípios jurídicosAutonomia privada – deflui da autonomia privada.Boa fé – em relação a condução do negócio mas também em relação ao ajuste de vontades.

Princípios informadores do procedimento arbitralDireito a tutela jurisdicionalDevido processo legal

Princípios fundamentais da arbitram – §2º do art. 21 da lei de arbitragem

Page 35: Direito Civil - Aulas

Art. 21. A arbitragem obedecerá ao procedimento estabelecido pelas partes na convenção de arbitragem, que poderá reportar-se às regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada, facultando-se, ainda, às partes delegar ao próprio árbitro, ou ao tribunal arbitral, regular o procedimento.§ 1º Não havendo estipulação acerca do procedimento, caberá ao árbitro ou ao tribunal arbitral discipliná-lo.§ 2º Serão, sempre, respeitados no procedimento arbitral os princípios do contraditório, da igualdade das partes, da imparcialidade do árbitro e de seu livre convencimento.§ 3º As partes poderão postular por intermédio de advogado, respeitada, sempre, a faculdade de designar quem as represente ou as -sista no procedimento arbitral.§ 4º Competirá ao árbitro ou ao tribunal arbitral, no início do procedimento, tentar a conciliação das partes, aplicando-se, no que cou -ber, o art. 28 desta Lei.

Imparcialidade do ato Direito ao contraditório e ampla defesaIgualdade das partesMotivação da sentença arbitral – art. 26, II da lei de arbitragemAutonomia da cláusula compormissória (separabilidade) – art. 8, caput

Art. 8º A cláusula compromissória é autônoma em relação ao contrato em que estiver inserta, de tal sorte que a nulidade deste não implica, necessariamente, a nulidade da cláusula compromissória.Não se pode falar que a cláusula compromissória de arbitragem é nula por conta do contrato ser nulo, objetivando levar o litígio não à arbitragem e sim ao Judiciário.

Kompetens-kompetenz - § único do art. 8Parágrafo único. Caberá ao árbitro decidir de ofício, ou por provocação das partes, as questões acerca da existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula compromissória. Cabe aos árbitros decidirem sobre sua própria competência.

Regras de direito aplicáveis

Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de eqüidade (art. 127, CC), a critério das partes.§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública.§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e cos -tumes e nas regras internacionais de comércio.

Cláusula compromissóriaÉ incluída no contrato, geralmente no fim do contrato.Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbi -tragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato.

Cláusula compromissória cheia – indica todos os elementos necessários para a instauração da arbitragem, de imediato, concor -dando ou não a outra parte. Entende-se que há tudo para se iniciar o processo arbitral. Onde será feita a arbitragem (câmera institu -cional, com regra certa ou “ad hoc”), o idioma etc.Cláusula compromissória vazia – por exceção, a vazia não contém todos os itens que facilitam a instauração da arbitragem. Essa opção, diante de muitos detalhes conflituosos, haverá uma morosidade para que se estabeleça um acerto inicial acerca do processo.

Câmara Institucional – administra os casos. Quem julga é o árbitro. Tem regras já estabelecidas, respeitando os padrões da arbi-tragem.Câmara “ad hoc” – não existe a instituição. As partes instituem as regras, baseando-se na Uncitral. A arbitragem pode ser feita em qq lugar (hotel, escritório etc)

Cláusulas escalonadasArt. 7º Existindo cláusula compromissória e havendo resistência quanto à instituição da arbitragem, poderá a parte interessada re -querer a citação da outra parte para comparecer em juízo a fim de lavrar-se o compromisso, designando o juiz audiência especial para tal fim.Execução específica

Compromisso arbitral – art. 9 ao 12 da Lei arbitralAs partes que firmaram um contrato, não firmaram a cláusula arbitral e mesmo assim firmam um compromisso de buscar na arbi -tragem a solução do litígio. Pode ser aplicada para o caso de cláusula compromissória vazia.

Art. 9º O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial.§ 1º O compromisso arbitral judicial celebrar-se-á por termo nos autos, perante o juízo ou tribunal, onde tem curso a demanda.§ 2º O compromisso arbitral extrajudicial será celebrado por escrito particular, assinado por duas testemunhas, ou por instrumento público.Art. 10. Constará, obrigatoriamente, do compromisso arbitral:I - o nome, profissão, estado civil e domicílio das partes;II - o nome, profissão e domicílio do árbitro, ou dos árbitros, ou, se for o caso, a identificação da entidade à qual as partes delegaram a indicação de árbitros;III - a matéria que será objeto da arbitragem; eIV - o lugar em que será proferida a sentença arbitral.Art. 11. Poderá, ainda, o compromisso arbitral conter:I - local, ou locais, onde se desenvolverá a arbitragem;II - a autorização para que o árbitro ou os árbitros julguem por eqüidade, se assim for convencionado pelas partes;III - o prazo para apresentação da sentença arbitral;IV - a indicação da lei nacional ou das regras corporativas aplicáveis à arbitragem, quando assim convencionarem as partes;V - a declaração da responsabilidade pelo pagamento dos honorários e das despesas com a arbitragem; eVI - a fixação dos honorários do árbitro, ou dos árbitros.Parágrafo único. Fixando as partes os honorários do árbitro, ou dos árbitros, no compromisso arbitral, este constituirá título executivo extrajudicial; não havendo tal estipulação, o árbitro requererá ao órgão do Poder Judiciário que seria competente para julgar, origi-nariamente, a causa que os fixe por sentença.Art. 12. Extingue-se o compromisso arbitral:

Page 36: Direito Civil - Aulas

I - escusando-se qualquer dos árbitros, antes de aceitar a nomeação, desde que as partes tenham declarado, expressamente, não aceitar substituto;II - falecendo ou ficando impossibilitado de dar seu voto algum dos árbitros, desde que as partes declarem, expressamente, não aceitar substituto; eIII - tendo expirado o prazo a que se refere o art. 11, inciso III, desde que a parte interessada tenha notificado o árbitro, ou o presi-dente do tribunal arbitral, concedendo-lhe o prazo de dez dias para a prolação e apresentação da sentença arbitral.

24.11.11

ArbitroEquivale em função ao juiz togado.

Quem pode ser árbitro? Art. 13 da arbitragem.CapazTer a confiança das partes no sentido de que ele solucionará a disputa da melhor maneira possível e pautada na ética.Pessoa naturalA lei de arbitragem não traz nenhuma obrigação do árbitro ser formado em Direito, diferente de um juiz.

Há uma discussão acadêmica acerca da possibilidade do árbitro ser analfabeto.

Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.§ 1º As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes.§ 2º Quando as partes nomearem árbitros em número par, estes estão autorizados, desde logo, a nomear mais um árbitro. Não havendo acordo, requererão as partes ao órgão do Poder Judiciário a que tocaria, originariamente, o julgamento da causa a nomeação do árbitro, aplicável, no que couber, o procedimento previsto no art. 7º desta Lei.§ 3º As partes poderão, de comum acordo, estabelecer o processo de escolha dos árbitros, ou adotar as regras de um órgão arbitral institucional ou entidade especializada.§ 4º Sendo nomeados vários árbitros, estes, por maioria, elegerão o presidente do tribunal arbitral. Não havendo consenso, será des-ignado presidente o mais idoso.§ 5º O árbitro ou o presidente do tribunal designará, se julgar conveniente, um secretário, que poderá ser um dos árbitros.§ 7º Poderá o árbitro ou o tribunal arbitral determinar às partes o adiantamento de verbas para despesas e diligências que julgar necessárias.

Três árbitros formam o tribunal arbitral.Pode-se nomear suplentes.

Deveres do árbitroArt. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.§ 6º No desempenho de sua função, o árbitro deverá proceder com imparcialidade, independência, competência, diligência e dis -crição.

A vantagem da arbitragem é que pode-se trazer para a arbitragem pessoa especialista no assunto.

Art. 14. Estão impedidos de funcionar como árbitros as pessoas que tenham, com as partes ou com o litígio que lhes for submetido, algumas das relações que caracterizam os casos de impedimento ou suspeição de juízes, aplicando-se-lhes, no que couber, os mes -mos deveres e responsabilidades, conforme previsto no Código de Processo Civil.§ 1º As pessoas indicadas para funcionar como árbitro têm o dever de revelar, antes da aceitação da função, qualquer fato que de -note dúvida justificada quanto à sua imparcialidade e independência.§ 2º O árbitro somente poderá ser recusado por motivo ocorrido após sua nomeação. Poderá, entretanto, ser recusado por motivo anterior à sua nomeação, quando:a) não for nomeado, diretamente, pela parte; oub) o motivo para a recusa do árbitro for conhecido posteriormente à sua nomeação.

Art. 17. Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal.

Art. 32. É nula a sentença arbitral se:I - for nulo o compromisso;II - emanou de quem não podia ser árbitro;III - não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei;IV - for proferida fora dos limites da convenção de arbitragem;V - não decidir todo o litígio submetido à arbitragem;VI - comprovado que foi proferida por prevaricação, concussão ou corrupção passiva;VII - proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; eVIII - forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2º, desta Lei.

14.02.12

Teoria geral do Direito das Coisas

Importância do Direito das Coisas

Conceito

Direitos Reais e Direito das Coisas

Características

Direito de preferência: dois credores, um com uma hipoteca outro com a fiança. Aquele com a hipoteca tem preferência ao da fiança.Publicidade: uma forma de garantir a segurança jurídica das coisas. Registro de imóveis (para saber a propriedade de um imóvel), in-formações sobre hipotecas etc.Especialidade: o objeto deve estar especificado...Taxatividade: não podem as partes criar um contrato que inventa uma nova estrutura acerca do direito real. Art. 1.225 do CCTipicidade: parte que integra a taxatividade.

Page 37: Direito Civil - Aulas

Falou sobre o direito de superfície, hipoteca do gasoduto Brasil-Bolívia (baseado na instalação de via férrea).Perpetuidade: o dono de um imóvel, que não o visita há 20 anos, continua dono. Diferente daquele que tem um crédito que, pela in -ércia, pode vencer.Funcionalidade: antes de se falar em função social, deve-se respeitar a funcionalidade para o titular de direito real sobre o imóvel.

Distinção entre Direitos reais e direitos pessoaisDireito real tem característica erga omnes; direito pessoal, não. O objeto do direito real é sempre determinado. Do pessoal pode ser determinado ou determinável.No Dir. real exige-se a existência da coisa. No pessoal permite-se a coisas futuras (compra de safra que acontecerá).O real pode ser adquirido por usucapião; no pessoal, não.Direito de seqüela existe no real.O titular de direito real tem direito de preferência; o pessoal não.O titular do direito real tem direito de abandono; no pessoal, não.O Direito real pode ser objeto de posse; no pessoal, não.A taxatividade no direito real está previsto no art. 1.225, CC; o direito pessoal é mais extenso.

Teoria realista e personalista e a situação jurídica de direito realRealista: todos devem respeitar o direito real.Personalista:

ClassificaçãoDireito real sobre coisa própria:Direito real sobre coisa alheia: é limitado, de fruição (gozo) – ex: hipotecaPosse:Direito real de aquisição:

Objeto dos direitos reaisBens imóveis:

Distinção entre coisas e bensOs bens são coisas, mas nem todas as coisas são bens. A coisa é gênero.Falou do ar comum e daquele comprimido e vendido em cilindros.

Patrimônio

Composto de bens, direitos, débitos e créditos de uma pessoal.Tem diferença das coisas existenciais.

28.02.12

Direito das coisas: Figuras híbridasObrigação “propter rem”: art. 1277, 1297, 1315, CCÔnus real: Obrigação com eficácia real: não perdem caráter obrigacional, mas são oponíveis a terceiros.

PosseIntrodução: na propriedade há uma relação de domínio entre o titular e a coisa. Na posse há uma relação de contato direto com a coisa, podendo ou não ser o proprietário.Teoria subjetiva de Sauigry:Teoria objetiva de Ihering:Natureza da posse: art. 1228, CCDireito à posse (“jus possidendi”) e direito de posse (“jus possessionis”):Fundamento da posse:Função social da posse:Conceito:Objeto:Servidores da posse (fâmulos da posse):Composse: existe mais de uma pessoa exercendo a posso de um mesmo bem. Compartilhando a posse. Art. 1199

06.03.12

Classificação – espécies de possePosse justa e injusta:

Posse de boa fé e de má fé: art. 1201, CCTransformação da posse de boa fé pra má fé: art. 1202, 1203, CC

Desdobramento da posse direta e indireta: 1197, CC estabelece a posse direta.

Posse nova e posse velha: eram diferenciadas pelo marco de um ano. Se a posse tem mais de ano e dia, é posse velha. Se tem menos que isso, posse nova. Se a posse se tornasse velha, entendia-se que o vício estava sanado. Usavam-se soluções menos efeti -vas.Art. 1211, CC

Aquisição e perda da posseModos de aquisição: art. 1204, CCAquisição originária: vem destituída de vícios.Aquisição derivada: “A” transfere a posse de terreno a “B”.Exercício de direito: falou do aqueduto.

Aquisição: a aquisição de propriedade imóvel se dá pelo registro do título em cartório de registro de imóveis. A posse derivada se dá por ato de tradição (entrega da coisa). A tradição pode ser efetiva ou material.Efetiva: com a entrega real da coisa, pex, na compra de um aparelho celular, com a entrega.

Page 38: Direito Civil - Aulas

Simbólico ou ficta: gestos indicativos, pex, inquilino vai até a imobiliária assina o contrato e pega as chaves do imóvel alugado. A en -trega das chaves é a tradição simbólica.Tradição consensual:“Traditio longa manu”: o novo dono de uma fazenda não precisa percorrer toda a propriedade para ser considerado dono.“Traditio brevi manu”: aquele que adquirirá a posse já tem a posse da coisa, porém, a situação jurídica dele em relação ao bem apre-senta uma característica diferente, pex, o inquilino que aluga e tem a posso e que compra o imóvel e passa a ter a posse e pro-priedade.Deriva-se disso o constituto possessório: o possuidor é o proprietário e passará a propriedade para terceiro. Vendo o apto, mas faço um contrato de comodato, pois preciso de três meses até o outro imóvel ficar pronto.

Legitimidade: art. 1205, CC

Acessão da posse: é a soma da posse. Importante para o estudo da usucapião. O pai tinha a posse e, com o seu falecimento, na sucessão, a posse é transmitida aos herdeiros juntamente com os seus direitos acerca da usucapião (o pai estava no terreno havia 08 anos). Art. 1206, CC

Título universal: Art. 1206, e 1207, 1ª parte, CC.Título singular: Arts. 1207, 2ª parte, CC

Atos de mera tolerância: art. 1208, CCPermissão: qdo. há consentimento expresso.Tolerância: qdo. há consentimento tácito.

Coisas móveis: art. 1209, CC. É a regra do acessório que segue o principal.

Perda da posse: Arts. 1223 e 1224, CC. Perde-se a posse pelo abandono – qdo. o proprietário abre mão da posse; pela tradição; pela perda da coisa; destruição da coisa; posse de outrem, pex, por esbulho e constituto possessório.

13.02.12

Efeitos e proteção da posse

Efeitos da posse:Art. 1210, §1º, CC Desforço da posse (autotutela) - Requisitos que ensejam: imediatidade, proporcionalidadeArt. 1212, CC

Direito aos interditos – proteção da posse:

Ações possessórias: pode ser invocada por qualquer um que detém a posse. É o remédio jurídico mais correto. Visa-se a posse, não a propriedade. Socorre os possuidores diretos e indiretos. Afasta os detentores (só socorre aquele que tem a posse).Art. 920, CPCArt. 922, CPCArt. 1211, CCArt. 1210, §2º, CC – Não cabe a um dos réus dizer que é melhor possuídos porque detém a propriedade.Art. 923, CPC

Ações possessórias

Exceção de domínio:

Ação possessória e ação petitória: art. 924, CC

Servidão não aparente: situação em que não se admite que a construção ao lado não exceda determinada altura, impossibilitando o direito à luz natural.

Prestação de caução: art. 925, CPC. O autor deve ter meios para pagar indenização ao réu.

Manutenção de posse: pode ser exercida qdo. há a turbação (art. 1210, CC igual a redação do art. 926, CPC). MST acampado na frente de uma propriedade (na iminência da invasão).

Reintegração da posse: ocorre no caso do esbulho. No esbulho, o consumidor se vê despojado da posse, contra a sua vontade. Há, portanto, outra proteção possessória. Art. 1210, CC e 926, CPC.

Interdito proibitório: Art. 932, CPC

Imissão de posse: não é prevista no CC, nem CPC. É direcionada aquele que nunca teve a posse, mas que ter a posse. É utilizada por aqueles que adquirem imóveis em leilões. Art. 625, CPC fala brevemente.

Nunciação de obra nova: art. 934, CPC. Tem o propósito de impedir a continuidade de uma obra em curso (construção de imóvel em desenvolvimento). Se a obra está acabada, a ação deve ser a demolitória.

Dano infecto: diante da iminente ruína de um prédio vizinho, posso pedir um cheque caução para cobrir futuro dano causado ao meu imóvel. Entende-se que não é ação possessória e sim cominatória.

Embargos de terceiros: ação em que foi penhorado imóvel e, posteriormente, levado à praça, quando um terceiro embarga, provando que tem a propriedade e posse. Vide art. 1046, CPC. Pesquisar sobre testa de ferro nesse instituto.

Efeitos e proteção da posse (continuação)

Direito à percepção de frutos: art. 1214, CC. Quem tem a posse de boa fé, tem direito aos frutos (aquilo gerado continuamente, como os frutos de uma árvore, sem esgotamento daquilo que os geram) ovos de galinha, frutos, produção de uma fábrica, frutos civis – juro e aluguel. Não são frutos, pex, a cana de açúcar.Frutos pendentes: ligados a coisa que os produziu (fruto verde) - § único do 1214, CC.Frutos naturais: art. 1215, CC

Page 39: Direito Civil - Aulas

Consumidor de má fé: não pode ser premiado. Art. 1216, CC

Responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa: se a coisa se perde ou se deteriora, terá responsabilidade por isso o possuidor. Considera-se a boa e má fé. Art. 1218,CC.

Direito à indenização das benfeitorias: art. 96, 1219 e 1220, CC. Devolve a posse e recebe um crédito por aquilo que fez.Art. 1221, CC – Pode ter um débito se houver a deterioração da coisa (situação de uma indenização).Art. 1222, CC – cálculo para as benfeitorias

Direito de retenção:

“Jus tollendi”: 2ª parte do art. 1219, CC – Levantar as benfeitorias voluptuárias. Piscina de alvenaria não dá pra levar embora, mas uma lareira elétrica, dá.

Direito de usucapir a coisa possuída:

Direito à indenização dos prejuízos sofridos com turbação ou esbulho: ato ilícito, extracontratual, com grave ameaça e/ou vi-olência, causando prejuízos. Turbação – quebrar o portão para entrar, mas não entra. Esbulho – invasão propriamente dita.

20.03.12

Direitos reais

Conceito:Art. 1225, CC – Taxatividade. Enumeração dos direitos reais. Não são apenas aqueles previstos no CC (são previstos também em leis especiais).O antigo CC é aplicado às efitensas é pleno, absoluto – consagra em si todos os atributos inerentes à propriedade.

Espécies:De gozo e fruição: superfície, servidões, uso e usufruto e habitação.De aquisição: o direito real do compradorDe garantia: penhor, hipoteca, anticrise e propriedade judicial

Aquisição: art. 1226, CCDos direitos reais imóveis: em cartório (exige-se registro imobiliário para construir o direito real perante o cartório); ato perante pes -soas vivas (por causa mortis a aquisição ocorre de forma automática aos herdeiros; exceção: a abertura da exceção se dá instanta -neamente com a morte – todos os bens do falecido transmitem-se aos herdeiros, devido ao princípio “saisine” – o imóvel não pode continuar pertencendo à pessoa falecida. O inventário é apenas a formalização desse processo automático.

PropriedadeDireito real sobre coisa própria e é pleno (absoluto).

Conceito: o direito ou poder de usar, gozar, dispor e reaver. Art. 1228, CC.É uma relação jurídica completa, pois o proprietário tem direitos e deveres. Cabe ao proprietário, dentro do que a lei permite, decidir como proceder com sua propriedade.É um direito perpétuo (a propriedade se perpetua no tempo até o proprietário querer dispor).Desfruta de proteção constitucional – art. 5º, XXII, CF: a propriedade deve atender a sua função social, conforme o inciso XXIII. O ob-jeto do direito da propriedade é o bem corpóreo (material e imaterial, pex, direitos autorais e marcas).

Atributos:Usar: desfrutar sem destruir – “jus utendi”Gozar: obtenção de frutos - “jus fruendi”Dispor: “jus abutendi”Reaver: através de ação reivindicatória promovida pelo proprietário contra quem injustamente a detém. Difere do argumento de posse justa/injusta (não se discute a posse). No âmbito processual se fala em ação rela. Não se limita aos bens matérias.

Modalidades:Plena: quando contém todos os atributos (elementos) do direito de propriedade – art. 1231, CC: até que prove o contrário, de que o proprietário mude essa condição (não há tempo limitado para que perdure aquela propriedade e o proprietário queira se desfazer dela. Isso difere do direito pessoal).Perpetua:Resolúvel:

Extensão: até onde a propriedade abrange – vai do céu ao inferno (não vigora).Art. 1229,CC – espaço aéreo e subsolo (prop. do solo – prop. imóvel). O proprietário não pode impedir que avião passe em cima da casa ou que o metro passe embaixo.Altura e profundidade úteis ao seu interesse e exercício.Subsolo: Art. 1230, CC – tudo que está debaixo da terra é de propriedade da União (art. 5º, XII, CF)Concessão da exploração de minerais à empresa privada - Decreto Lei 227/67, alterado pela Lei 8901/94 para adequá-lo à CF. O § único do art. 1230, CC trata de uma exceção para situações em que há recurso de areia, argila para construção.Partes integrantes: art. 1232, CC – frutos, plantações e tudo o que houver na propriedade pertence ao proprietário.

Art. 20, IX, CFArt. 22, XII, CFArt. 176, CF

Limitações: da CF, do CC, entre as partes etc.Voluntárias: por vontade das partesPela CF: hipóteses de desapropriaçãoExplicação: a convivência em sociedade. Não se pensa em abusar da propriedade. Esse direito não mais subsiste porque a lei limita/veda isso.Servidão é uma limitação – abrir passagem para terreno vizinho, que não tem saída para a rua (imóvel contiguo cravado).Restrições quanto ao abuso entre vizinhos (barzinhos etc).Art. 5º, XXV, CF – caso de perigo público.

Page 40: Direito Civil - Aulas

Estatuto da cidade, de 2001 (política urbana)Arts. 184, 191, CF – estatuto da terra (política rural)Art. 243, CF – preservação de regiões com plantações psicotrópicas, Lei 8257/91

Restrições:Restrições administrativas à propriedade particular em nome do interesse público.Hipótese de guerraA segurança pública pode isolar estabelecimento em iminente perigoA saúde públicaA economia popularA cultura por conta de tombamento/preservação. Direito urbanísticoRestrições voluntárias: a própria vontade do proprietário pode gerar restrições. Caso de usufruto – o proprietário cede ao usufru-tuário o direito de usufruto da coisa. Assim, o usufrutuário podeAtos de disposição: o proprietário pode dispor por intermédio de doação, testamento. Ao dispor ele pode impor restrições – doarei um terreno à prefeitura, mas tem que ser construída uma creche. No testamento – imposição de encargos aos herdeiros (desempen-har determinada atividade para fazer jus ao bem herdado).As restrições aplicadas ao CC antes de 2002 era bem livre, o que gerava problemas, pex, no caso da impenhorabilidade, inalienabili -dade, incomunicabilidade (acho). A viúva herdava uma mansão do marido, e não podia desfazer da propriedade por conta de re-strição imposta no testamento. Com isso, ela não tinha como manter a propriedade. Com o CC de 2002, houve uma maleabilidade, para resolver isso. É possível resolver isso motivando causa justa.Compra e venda: pode haver restrição na retrovenda.Constituição direta: 803 d 813, CC

03.04.12Função social da propriedade

Na Constituição Federal:Art. 5º, XXIII, CF – função socialArt. 170, III, CF

Função social na área urbanaArt. 182, §2º, CF – função social urbana. Fala no plano diretor (explicado no Estatuto da Cidade).Estatuto da Cidade, Lei 10257/01 – em obediência ao art. 182, §2º, CF.Art. 39, Estatuto da cidade – disporá sobre o plano diretor. Busca detalhar um pouco mais a função social no perímetro urbano.Art. 182, §4º, CF – a função social no perímetro urbano é identificada com a observância do solo não edificado.Art. 6º, Estatuto da cidadeArt. 7º, Estatuto da cidadeArt. 8º, Estatuto da cidade

Função social na área ruralSegue a mesma ideia fundamental da área urbana, no entanto, há maior pressão política (INCRA, MST). As penalidades ocorrem com mais frequência. A CF não quer a improdutividade das terras.Art. 184, CFArt. 186, CFEstatuto da terraOs bens públicos não podem ser alvo de usucapião. Mas há possibilidade de se exigir que o poder público dê destino em prol da função social para os bens que a ele pertence.

No Código Civil:Art. 1228, §1º, CC – o caput indica os atributos do direito da propriedade. O §1º traz os deveres ao proprietário.

Vedação ao abuso do direitoArt. 187, CC – não se examina a conduta do agente (carater subjetivo)Art. 1228, §2º, CC – exiji-se a intenção de prejudicar para configurar a vedação, portanto, examina-se a conduta.Pelo fato do art. 187 estar na parte geral, pode ser aplicado para todos os artigos da parte especial.Sanção: configurado o cometimento do art. 1228, CC. Poderia ser uma indenização, edificação, demolição ou alteração específica no imóvel.

Desapropriação e requisição

Art. 1228, §3º, CC reproduz o art. 5º, XXIV e XXV, CF

Posse trabalho: estar na posso do imóvel, trabalhar para sua edificação.Art. 1228, §4º, CC – Deve ser algo relevante, expressivo para função social. A boa fé é o que pode ser considerado para fazer a de -sapropriação.Art. 1228, § 5º, CC – O Cód. Civil não indica que paga por isso. Mas, há entendimento que aquele que possui é que deve pagar a ind -enização. Há quem diga que trata-se de um instrumento de reintegração, mas o entendimento mais correto é que se trata de um in-strumento de alienação compulsória/adjudicação .

Descoberta: chamava-se invenção no Cód. Civil anterior. Achado de coisas. Coisas encontradas na rua, pex, e que não se sabe quem é o proprietário.Negócio jurídico x ato jurídico strictu sensuNegócio Jurídico: as partes têm liberdade para estipular o negócio jurídico, dispor acerca dos efeitos daquele negócio (garantia, evicção, etc)Ato jurídico strictu sensu: efeitos atribuídos pela lei. A descoberta está enquadrada no ato jurídico strictu sensu.Art. 1233, CC – regra geral.Art 1170 à 1176, CPC – das coisas vagas. Procecimento para a entrega de coisa descoberta.Art. 169, CPArt. 1234, CC – se o proprietário não aceitar o bem, ocorrerá a ocupação, quando a pessoa que achou adquire a propriedade quando o antigo proprietário negar-se a reaver a coisa.Art. 1235, CCArt. 1236, CCArt. 1237, CC

Multipropriedade: compartilhamento de imóveis por múltiplos adquirentes. Não adquire-se a propriedade e sim o direito de usufruir por tempo determinado. Tem um custo de aquisição mais baixo por ser compartilhado, inclusive com a manutenção.

Page 41: Direito Civil - Aulas

10.04.12

Aquisição da propriedade imóvelCausa de aquisição originária: não há um proprietário antecedente para fazer a transmissão, pex, usucapião, ocupação e ascessão.Causa de aquisição derivada: transmissão cumum, entre proprietário (vendedor) e futuro proprietário (comprador).

Aquisição a título singular: a transmissão da titularidade se refere a um único bem.Aquisição a título universal: transmissão de acervo patrimonial, pex, no direito hereditário (herança).

A transmissão da propriedade só se concretiza no ato em que a escritura pública é levada ao conhecimento do cartório, para reg -istro. “Quem não registra, não é dono”.

Art. 1245, CC

Classificação dos modos de aquisição

Aquisição pelo registro do título

Princípios do direito registral

24.4.12

Usucapião

Conceito: junção com o elemento tempo. Para alguns autores é uma forma de prescrição aquisitiva. A prescrição comum é extintiva, só que no caso da usucapião seria aquisitiva por uma prescrição.É uma forma de aquisição de propriedade diferente da aquisição comum, que deriva do antigo proprietário para um novo propri -etário. Trata-se de uma aquisição originária. Na usucapião existe um proprietário, porém esse proprietário não transmite o domínio do bem ao adquirente.

Fundamento: princípio da função social da propriedade. Inércia do proprietário ao longo do tempo em não exercer a função social e a destinação à função social dada para aquele que usucapia.Tempo + ação do possuídor + inércia do proprietárioPrincípio da atividade: quem tem um direito, pretensão, ação ou propriedade, deve dar uma ação àquilo para afastar a inércia.

Espécie:Bem móvel:Bem imóvel: é mais comum acontecer para bens imóveis.

Lei 6011/73, art. 33CF

Requisitos: Peossoais: exigências relacionadas à pessoa do possuidor (aquele que recebe a coisa pela usucapião e aquele que perde pela usu -capião). Precisa-se de capacidade, ação judicial para que se declare o direito de domínio por usucapião.Art. 197, CCArt. 1244, CC – possuidor que Reais:Tempo:Posse com animus domini (posse exercida com ânimo de dono). Deve ser mansa e pacífica (sem oposição, litígio sobre o bem).Continuidade: prazo de 15 anos, 10 anos initerruptos. Acessão da posse - art. 1243, CCFormais:

Bens públicos não podem ser usucarpidos: Arts. 183 e 191, CF E art. 102, CC

Usucapião extraordinária:

Usucapião ordinária:

Usucapião especial urbano:

Usucapião especial rural:

Usucapião familiar ou por abandono de lar:

Usucapião coletiva:

Efeitos:

Procedimento:

08.05.12

Usucapião familiar ou por abandono - Art. 1240-AUsucapião em relação ao outro cônjuge – um dos cônjuges abandona o lar sem justificativa, de modo culposo, sem deixar notícias do seu paradeiro. Isso somado a outras caractarísticas, com o passar de 02 anos pode ensejar o usucapião em relação à parte que abandou.

Prazo bienal de posse initerrupta de imóvel comum.A posse deve ser mansa, pacífica, sem oposição.Deve ter ocorrido o abandono do lar pelo ex-cônjuge contra quem decorre o usucapiãoÁrea particular (não pode ser bem público) com no máximo 200 mts quadradosO usucapiente não pode ser por esses dois anos, proprietário de outro imóvel

Page 42: Direito Civil - Aulas

Se extende ao caso de união homoafetivaÉ restrita à hipotese da propriedade ser de cônjuges. Se o imóvel era de propriedade de um dos cônjuges, o qual abandonou o lar, não caberá o usucapião.

Usucapião coletivaEstá no Estatuto da CidadeNuma área de doada para famílias carentes é caracterizada por condomínio onde estipula-se uma fração ideal (quando não dá pra desmembrar os imóveis – barracos aglomerados). Se for possível a individualização, não há a necessidade de tratar como con-domínio, desmembra-se e cada um cuida do seu

EfeitosAquisição do domínio, a declaração da aquisição da propriedade. Entende-se que a declaração de domínio se dá a partir do momento em que a posse é exercida.

ProcedimentoO procedimento é amparado pelo CPC (ação judicial do tipo declaratória), no art. 1XX, CPC. Ação declaratória para declarar a pro-priedade do imóvel (declara uma condição já existente).

Os vizinhos serão citados para comprovar a extensão do terreno.A sentença proferida pelo juiz tem força de registro (como se fosse uma escritura), leva-se ao registro de imóveis, paga-se os impos -tos como um caso normal de usucapião.O entendimento atual é de que o valor venal deve equivaler ao valor da causa.

Aquisição por acessão

O 04 primeiros institutos são figuras que raramente ocorrem pq são ligadas a eventos da natureza em áreas quase que exclusiva -mente em áreas rurais, visto que atinge rios particulares (não navegáveis) que, por ação da natureza ocorre um acréscimo (medi -ante movimentos lentos e contínuos ou ação repentina e abrupta em que uma parcela de terra ocupa um espaço além, aumentando o tamanho do terreno. Quem perde a porção de terra tem direito a ser indenizado. Quando não, procura-se a retornar a condição an -terior.

Conceito e espéciesA acessão dividi-se em 04:De imóvel para imóvel: quando sai parcela de terra de um terreno e vai para outroDe móvel para imóvel: construções e plantaçõesDe móvel para móvel: comistão, confusão, adjunção e especificaçãoDecorre de ação de natureza ou artificial (industrial), ou seja, por ação do ser humano, daí não se configuram os casos vistos anteri -ormente.Art. 1248, CC – Art. 1249, CC – Código de águas – traz regras sobre essas figuras em certa conformidade com o CC.

Formação de ilhasArt. 1249, CC – praticamente igual ao art. 23 do Código de águas.O rio que divide duas propriedades seca ou desvia o seu curso. As ilhas que surgirem por conta disso serão de propriedade dos ribeirinhos froteiriços.

AluviãoÉ a situação de formação progressiva imperseptível que gera o aumento da área de um terreno ribeirinho (aumento/acrescimo pau-latino) art. 1250, CC.Se for por ação humana, não caracteriza o aluvião. Pode ocorrer por ocorrência de terremoto, tempestade, erosão. Aquele que se vê prejudicado tem o prazo de 01 anos para reclamar o prejuízo.

Álveo (leito do rio) abandonadoRio onde há o desvio do curso de água fazendo com que o rio seque - art. 1252, CC. Divide-se o espaço que era ocupado pelo rio en -tre os proprietários fronteiriços.

Construção e plantações A regra é que o acessório segue o principal – quem planta em um terreno, constrói em um terreno transmite a ideia de que é o pro -prietário do terreno, das plantas, sementes, porém, pode não acontecer dessa forma. Pode acontecer de alguém dono do material (semente, plantas...) empregue esse material em tereno alheio – art. 1253, 1254, 1255, 1256, CCA quem pertence?

Invasão de solo alheioAté 1/20 avos se o valor da edificação excede o valor do solo invadido, indeniza e adquire a propriedade se estiver de boa fé. Se es -tiver de má fé, indenizará e ainda pagará uma multa por conta da desvalorização (deve se considerará a desvalorização do terreno remanescente por conta da perda de uma parte – 10 vezes o valor da área construída), mas não precisa demolir a construção.

Art. 1259,CC – caso excede a proporção de 1/20 avos: se estiver de má fé, terá o agravante do caso anterior e ainda terá de demolir a construção, mesmo que seja um prédio com 30 andares. Atualmente, mesmo que a lei permita a demolição, o juiz avaliará o caso análogamente como se fosse no caso anterior (onde não ocorre a demolição), podera-se a proporção de valores fundamentando-se nos princípios da proporcionalidade, razoabilidade e na função social da propriedade (caso em que se constrói um prédio residencial, que abriga inúmeras famílias).

15.5.12

Aquisição da propriedade móvelUsucapiãoDá-se o mesmo prestígio que ocorre em relação à propriedade imóvel – o decurso do tempo como se dono fosse leva a aquisição da propriedade. No entanto, os prazos são mais curtos – característica que permite notar que a usucapião da propriedade imóvel é tem mais importância no CC e, além disso, o fato de se sustentar que a propriedade móvel, por conta de sua característica, fica mais fácil a visualização da ostentação da posse.Art. 1260, CC – usucapião ordinária, exemplo, automóveis e linhas telefônicas (caso antigo). Súmula 93 do STJ. Prazo de 03 anos para configurar.

Page 43: Direito Civil - Aulas

Art. 1261, CC – 05 anos para usucapião extraordinária – situação em que não se exige a boa-fé.Art. 1262, CC – remete o art. 1243, CC – possibilidade da soma de posses (acessão) no decurso de tempo. Se aplicam as hipóteses de usucapião de bem móvel nos casos do artigo 1244, CC.

OcupaçãoDiz respeito as coisas que não têm dono. Coisas sem dono que são assenhoradas por outrem. A ocupação é um modo originário da aquisição.São coisas sem dono porque: nunca tivem um dono (res nullios ou res delelicta).Requisitios para a ocupação – art. 1263, CCO animo de aquirir a propriedadeQue o objeto da ocupação seja abandonada/sem donoQue o ato não seja proibido por lei.Formas de ocupaçãoOcupação propriamente ditaA invenção ou descoberta: em relação as coisas perdidas.Achado de tesouro: trata de coisas preciosasObs: notar que na aquisição de coisa perdida, deve-se considerar que há um dono, portanto, o tratamento para um caso como esse é diferente do tratamento para a ocupação (são coisas distintas).

Achado do tesouroQuem encontra um tesouro (não se sabe a quem pertence; ligado a metais preciosos e antigos).Art. 1264,CCArt. 1266,CC

TradiçãoFormas ede tradição

Tradição efetiva ou materialTradição simbólica ou fixaTradição consensual.Art. 1268, CC

EspecficaçãoOcorre quando há o manuseio de matéria-prima alheia ou em parte alheia, e a produção de coisa nova, pex, pegou uma tela alheia e fez uma pintura. Regra geral: Deve-se verificar se há como voltar no estado anterior. Se tiver como, afasta-se a especificação.Mesmo que a coisa permita o retorno ao estado anteior, mas a coisa nova adquiriu um valor muito superior ao da coisa anterior, o di-reito intevirá de modo a garantir a condição mais valiosa.Art. 1269, CCSe agiu de má-fé, restitui a coisa nova ou indeniza.

Confusão, comstão e adjunçãoConfusão: Misturas de coisas líquidas, pex, mistrua de vinhos distintosComistão: mistura de coisas sólidas pertencentes a diferentes donos, impossível de separa e que não não produz coisa nova, pex, moedas antigas.Adjunção: justa posição de uma coisa à outra e que impede sua separação sem a deterioração, pex, encadernação de livros, selos ou álbum de figurinhasArt. 1272, CCArt. 1273, CCArt. 1274, CC – erro no artigo do CC. Deveria remeter ao instituto da Especificação.

Perda da propriedadeA perda da propriedade pode ocorrer:Pelo falecimento: diante da morte, o sujeito perde a propriedade.Perda por conta do objeto: pelo perecimento da coisa (perde as qualidades essenciais/valor econômico) deixando de subsistir como aquela coisa.Pela perda do direito: hipoteses do art. 1275, CC

Art. 1275, CCAlienação: modo voluntário da perda (deixar de ser proprietario) da propriedade. Depende da vontade alheia em querer a alienação como crédito.Renúncia: modo voluntário da perda da propriedade. Ato unilateral em que o proprietário declara a intenção da perda da pro-priedade. Independe da vontade alheia (unilateralidade)Abandono: se a renúncia é ato expresso e unilateral, no abandono, infere-se (não se delcara) por atos do proprietário mostrando que não tem mais a intenção de manter-se como proprietário.Perecimento da coisa: quando perde suas características essenciais/econômicas. Pode ser voluntário e involuntário – destruir um relógio (voluntário).Desapropriação: perda da propriedade por vontade da autoridade pública mediante indenização

Art. 1276, CC – caso típico de abandono: imóvel objeto de abandono, se encontra vago. Se ninguém usucapir, o poder público pode arrecadá-lo e, após 03 anos, integrar o seu patrimônio.

29.5.12

Direito de vizinhança

Introdução

Uso anormal da propriedade

Árvores limítrofes1ª regra: a quem pertence a árvore2ª regra: quem tem direito de colher os frutosSe a árvore é do vizinho A, mas seus galhos crescem também sobre o terreno do vizinho B. Este tem direito de podá-las.

Page 44: Direito Civil - Aulas

Para os frutos segue a mesma linha de raciocínio. Os que caem naturalmente no terreno do vizinho, são dele (o proprietário da ár-vore não é proprietário do terreno vizinho, logo, precisa de autorização para ingressar nele.Entende-se que o vizinho fizer a poda e os frutos cairem de forma artificial, os frutos seriam do proprietário da árvore.

Passagem forçadaDiz respeito ao prédio encravado (sem acesso à rua), por obra realizada por entidade pública. A passagem deverá ser compensada financeiramente por conta daquele que necessita da passagem.Art. 1285,CCArt. 1286, CC – mdiante compensação.Passagem de cabos e tubulações

ÁguasArt. 1288, CCArt. 1290, CC

Limites entre prédios

Direito de tapagem

Direito de construir