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1 Ana Luiza – INTENSIVO I. Direito Administrativo Fernanda Marinela www.marinela.ma.com.br 07/08 (Início INTENSIVO I) Bibliografia: 01. Celso Antonio Bandeira de Melo 02. Celso Antonio Filho 03. Maria Silvia Zanela Di Pietro 04. Fernanda Marinela DICAS: Ler informativos. Ler lei seca. Ler a constituição. Após as aulas tem o fique por dentro – também disponível no site. E também tem a resolução de questões. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO DICA: Ter conceitos prontos na memória. 01 – Direito - Direito é o conjunto de normas de conduta coativa, impostas coativamente pelo estado. o estado vai estabelecer de forma coativa a regra. - Esse conjunto de normas vai disciplinar a conduta social – conjunto de princípios que vai definir um convívio social. a ideia é realizar a justiça, assegurar a existência e a coexistência pacifica dos indivíduos em sociedade. Logo, direito é o conjunto de normas impostas coativamente pelo estado.

Aulas Direito Administrativo

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Ana Luiza INTENSIVO I.Direito AdministrativoFernanda Marinelawww.marinela.ma.com.br07/08 (Incio INTENSIVO I)Bibliografia:01. Celso Antonio Bandeira de Melo02. Celso Antonio Filho03. Maria Silvia Zanela Di Pietro04. Fernanda MarinelaDICAS: Ler informativos. Ler lei seca. Ler a constituio.Aps as aulas tem o fique por dentro tambm disponvel no site. E tambm tem a resoluo de questes. NOES INTRODUTRIAS DO DIREITO ADMINISTRATIVODICA: Ter conceitos prontos na memria.01 Direito- Direito o conjunto de normas de conduta coativa, impostas coativamente pelo estado. o estado vai estabelecer de forma coativa a regra. - Esse conjunto de normas vai disciplinar a conduta social conjunto de princpios que vai definir um convvio social. a ideia realizar a justia, assegurar a existncia e a coexistncia pacifica dos indivduos em sociedade.Logo, direito o conjunto de normas impostas coativamente pelo estado. Esse conjunto de normas disciplina as regras de convvio social, o direito nada mais do que define aonde comea e termina o direito de cada um. Isso permite a coexistncia pacifica dos direitos.Essas regras estabelecem uma harmonia. 01.1 - O direito posto aquele direito, norma vigente em um dado momento histrico. 02 Ramos do direitoPara viabilizar o estudo dessa cincia, o direito foi subdividido. Para fins didticos, a disciplina foi subdividida em ramos: 02.1 Direito pblico e privado:A) Direito pblico: o ramo que vai cuidar da atuao do estado na realizao do interesse publico. O direito administrativo um ramo do direito privado ele se preocupa como interesse publico. B) Direito privadoH interesses privados que so protegidos. 02.2 Direito interno e internacional:A) Direito interno:Relaes internas. O direito administrativo um ramo do direito interno.B) Direito internacional.Relaes externas. 02.3 Normas de Direito Pblico e normas de ordem pblica:PROVA. Norma de Direito pblico sinnimo de norma de ordem publica. FALSO. No so sinnimos.A) Regra ordem publica inafastvel pela vontade das partesNorma de ordem publica? aquela imodificvel, inafastvel pela vontade das partes as partes no podem modificar, afastar.B) Regra de direito publico atuao estatal, interesse publico.Direito publico se preocupa com interesse publico.Ex: sujeito que adquire renda tem que pagar IR regra de ordem publica. Obs: uma regra de direito pblico tambm de ordem publica. Mas tambm existem regras de ordem publica no direito privado, como a capacidade civil. Toda regra de ordem publica de direito publico. Mas o conceito de orem publico mais amplo que direito pois h regras de ordem publico, presentes no direito privado.03 Conceito de direito administrativo 1 teoria) A escola legalista ou exegtica o direito administrativo vai estudar as leis. Tinha um foco fechado. Essa ideia no prosperou no Brasil, o nosso direito administrativo leis e princpios.Logo, essa teoria no prosperou no Brasil. 2 teoria) Escola do servio publicoO direito administrativo estuda o servio publico. E servio publico toda a atuao do estado, ou seja, tudo o que o estado fazia era chamado de servio publico. Se estudamos servio publico e toda atuao do estado, o que seriam dos demais ramos do direito privado? O conceito amplo demais e acabaria eliminado demais ramos do direito publico. Logo, essa teoria no foi acolhida no Brasil. 3 teoria) Critrio do poder executivoO direito administrativo estuda somente o poder executivo.Trata-se de uma teoria restrita demais. Pois se poder publico quer comprar papel, deve fazer licitao, isso administrativo.Se judicirio fazer concurso, ele esta administrando concurso direito administrativo, esta no judicirio. Logo, o direito administrativo no se preocupa s como poder executivo. ele vai estudar o poder executivo, legislativo e judicirio. Desde que todos eles estejam na atividade administrativa.4 teoria) Critrio das relaes jurdicasO direito administrativo estuda todas as relaes jurdicas do estado. Mas se toda a administrao do estado for administrativo, os demais ramos vo acabar. logo, esse conceito amplo demais.Concluso: As ideias eram restritas demais ou amplas demais o ideal ter um meio termo. Ento, nossa doutrina comea a caminhar para achar meio termo entre foco fechado ou aberto. Assim, as teorias foram aceitas no Brasil mas tidas como insuficientes. 5 teoria) CRITRIO TELEOLGICODireito administrativo um sistema de princpios. um conjunto harmnico de princpios, ou seja, um sistema. So princpios que esto ligados e vivem em harmonia. Esse conceito verdadeiro, FOI ACEITO NO BRASIL e idealizado por Celso Antonio Bandeira de Melo. Mas havia necessidade de completar:6) Critrio residual ou negativoConceito elaborado por excluso.O direito administrativo se preocupa com a atuao do estado excluindo as funes legislativas e jurisdicional.Aqui no direito administrativo no estudamos a funo legislativa ou jurisdicional do estado. Essa teoria foi acolhida mas foi insuficiente, precisa de completar:7 teoria) Critrio da distino da atividade jurdico e socialPara essa teoria, o direito administrativo se preocupa com a atividade jurdica do estado. No se preocupa com a atividade social do estado. O direito administrativo se preocupa com atividade jurdica do estado, logo se o estado vai instituir fome zero, bolsa escola decidir qual a melhor poltica publica no problema nosso, no estudado.Esse um problema da atividade social.Escolher a poltica publica, definir a atividade social no estudado. Mas a atividade jurdica .Mas a teoria foi dita insuficiente.8 teoria) Critrio da administrao pblicaEli Lopes Meireles resolver ligar todas as boas teorias. Segundo ele, o direito administrativo um conjunto harmnico de regras + princpios.Esse conjunto harmnico vai formar o REGIME JURIDICO ADMINISTRATIVO.-Um conjunto harmnico de princpios e regras que regem os rgos, as entidades, os agentes no exerccio da atividade administrativa.Nesse ponto, no interessa se esta no executivo, legislativo, judicirio. O direito administrativo se preocupa com a atividade de administrar em todos eles. - Regem os rgos, entidades, agentes atividade administrativa. Tendentes a realizar de forma direta, concreta e imediata os fins desejados pelo estado.Os FINS trata-se dos objetivos dos estados fixados pelo direito constitucional. Da o que justifica a estreita relao entre administrativo e constitucional.O constitucional define os fins e o administrativo realiza esses fins. OBS : Anlise:- DIRETA trata-se da atuao do estado que independe de provocao. Qual a funo do estado que precisa de ser provocada? A jurisdio inerte o juiz deve ser provocado. Trata-se de uma funo indireta logo, no estudamos a funo jurisdicional.A funo direta do estado exclui a indireta, ou seja, exclui a funo jurisdicional. - CONCRETA tem efeitos concretos, produz efeitos concretos. Trata-se de destinatrio determinado.Qual a funo do estado que abstrai? A funo legislativa funo abstrata. Logo, exclui a funo legislativa do estado, abstrata. Ex: nomeio Maria para o cargo. Funo concreta. - IMEDIATA significa atividade jurdica estar ligada a esse exerccio.Exclui a mediata, exclui a funo social. No preocupamos com a atividade social, estudamos apenas a atividade jurdica do estado. Ex: no estudamos qual a melhor poltica publica.04 Fontes do direito administrativo o que leva a criao de uma regra de direito administrativo.04.1 Fonte primria: LEI.A lei se trata de lei em sentido AMPLO, ou seja, toda e qualquer espcie normativa.Ex: Lei complementar, lei ordinria, lei constitucional, medida provisria.- O ordenamento jurdico estruturado na estrutura escalonada, hierarquizada = h normas superiores e inferiores. Elas guardam hierarquia entre si. CF LO / LC Regulamentos

As normas inferiores devem ser compatveis com as superiores. E todas precisam ser compatveis com a constituio. Isso se chama, segundo o supremo, de relao de compatibilidade vertical. A norma inferior precisa ser compatvel com superior e todas elas com a constituio federal. 04.2 DOUTRINA o resultado do trabalho dos estudiosos. Esta no campo da universalizao.04.3 JURISPRUDENCIA Jurisprudncia esta na concretude, se define em um caso concreto.Como no h cdigo de direito administrativo, a legislao esparsa acaba trazendo divergncias e ai, a jurisprudncia que decide e resolve. Obs : uma deciso de um tribunal, nem sempre jurisprudncia, na verdade se trata de acrdo.Se o tribunal decide, falamos de acrdo trata de deciso isolada no tribunal, um acrdo. Quando o tribunal reitera posicionamento e decide varias vezes no mesmo sentido, isso jurisprudncia, trata de julgamento reiterado no tribunal. Obs : Quando o tribunal consolida uma jurisprudncia, ela pode virar uma smula editada pelo tribunal. Obs: atualmente, h dois tipos de sumulas:01. Smula que orienta.02. Smula que vincula. A sumula vinculante, somente o STF que pode editar.Para editar uma sumula vinculante, preciso de procedimento prprio.Obs : H duas questes importantes:Das 33 sumulas vinculantes existente, 14 so do direito administrativo. LER smulas vinculantes e repercusso geral.04.4 COSTUMES a pratica habitual, acreditando ser ela, obrigatria. No Brasil, o costume serve como fonte. Obs : Mas o costume puro e simplesmente no cria e nem exime a obrigao tem habito de no pagar IR, isso no o desobriga.Direito consuetudinrio serve como fonte mas no cria e nem obriga.04.5 PRINCPIOS GERAIS DO DIREITOTrata-se de alicerce, viga mestra. aquela norma que esta na base do ordenamento, no alicerce. Podem ser EXPRESSOS ou IMPLCITOS. No precisam esta escritos. principio geral do direito o fato de que ningum pode beneficiar da prpria torpeza, ignorncia.Quem causar dano a outrem vai ter que indenizar mesmo sem estar escrito em lugar algum, quem causar dano tem de indenizar.Tambm principio geral do direito a vedao pelo enriquecimento ilcito, no Brasil, enriquecer sem causa proibido.So normas fundamentais, na base da disciplina, mas que no precisam estar escritas.05 Sistemas administrativos ou mecanismos de controle Quando o administrador pratica um ato administrativo, quem pode controlar ou rever o ato? A administrao ou o poder judicirio?05.1 Sistema Frances ou contencioso administrativo o primeiro sistema administrativo. Surgiu na Frana.Nesse sistema, os atos praticados pela administrao, sero revistos e controlados pela prpria administrao.Para os pases que adotam esse sistema o judicirio no controla? Excepcionalmente, o judicirio vai aparecer. Ou seja, o judicirio controla em carter excepcional. Ex: rol exemplificativo: excees em que o poder judicirio aparece. 01. Atividade publica de carter privado. Atividade publica aquela exercida pelo poder publico, de carter privado. Ex: contrato de locao celebrado pelo estado esta sujeito a licitao. No entanto, o regime do contrato um regime privado. Trata-se de atuao do poder publico do regime privado. atividade publica de carter privado.So situaes em que o estado vai agir mas o regime privado aplicado. 02. Estado e capacidade das pessoas.03. Represso penal.04. Propriedade privada. 05.2 Sistema de jurisdio nica ou sistema ingls.ADOTADO NO BRASIL.Quem decide o poder judicirio.Nesse caso, oq eu vale o julgamento pelo poder judicirio. Quem decide e bate o martelo o poder judicirio.Na jurisdio nica, a administrao pode ate decidir, julgar, no entanto, esse julgamento revisvel pelo poder judicirio. A administrao pode ate decidir, julgar ma se trata de deciso revisvel pelo judicirio.Brasil adota o sistema de jurisdio nica. Nesse ponto, h duas curiosidades: 01. Em 1977, atravs da EC 7, Brasil tentou introduzir o contencioso administrativo, mas no saiu do papel.02. possvel a criao de um sistema misto de controle? Para a doutrina, no deve-se pensar em sistema misto, pois a mistura j natural dos dois regimes. O que define o sistema do contencioso ou jurisdio nica a predominncia. 06 ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRACAO So conceitos prximos mas no so sinnimos.PROVA. A responsabilidade civil da administrao no Brasil esta previsto no artigo 37, 6 da CF. FALSO. A responsabilidade no da administrao, ela do ESTADO.06.1 Estado- O estado a PESSOA JURDICA DE DIREITO PBLICO;- Aquele que tem aptido para ser sujeito de direitos e de obrigao; Ex: quem paga conta, tem responsabilidade pelos danos, a pessoa jurdica.PROVA. A teoria da dupla personalidade no aplicada no Brasil. A teoria da dupla personalidade admitia o estado com duas caras: ora pessoa publica, ora privada. Mas hoje sempre pessoa jurdica de direito pblico.Obs : ESTADO DE DIREITO um estado politicamente organizado e que obedece as suas prprias leis.O Brasil estado de direito? teoricamente sim.06.1.1 - Elementos do estado :A) POVOPessoas que compe o estado.B) TERRITRIO preciso um local fsico.C) GOVERNO um comando, algum que conduza. D) FINALIDADES ESPECFICAS06.2 Governo um comando, a direo da pessoa jurdica. - Estado independente indispensvel que conte com governo soberano. Esse estado precisa de um governo soberano. Governo soberano- a independncia na ordem internacional. E supremacia na ordem interna. Para que o estado seja independente, o governo precisa ser soberano.Obs: Na estrutura estatal tripartida de montesquie, h funes do estado e respectivos poderes: poder executivo, legislativo e judicirio. Nesse raciocnio, temos cada um deles, com suas funes principais tpicas, alem disso, esses poderes tambm tem funes secundrias, atpicas. Entre os poderes h funes que podem ser tpicas (funo principal, precpua, para qual o poder foi criado).Atpicas ( funo secundria, atpica).Obs: A funo tpica do poder legislativo legislar. Alguns doutrinadores incluem a funo legisladora em funo dos tribunais de contas e CPI. Quando o congresso precisa de comprar papel, tem de licitar e ai nesse caso, esta administrando = funo secundria, atpica, no a principal. Quando senado julga o presidente da republica em processo de impeachment, isso secundrio trata-se de funo atpica. - Funo principal: no legislativo, a funo principal, geral, abstrata ou concreta? Legislador faz lei para todos, atua de forma abstrata. a funo legislativa.Caracterstica prpria do legislativo: a funo legislativa geral / abstrata.Somente a funo legislativa tem o poder de inovar o ordenamento jurdico, pode revogar lei vigente e colocar outra em seu lugar. Obs : Poder judicirio.A funo principal, tpica, a funo jurisdiciona. a aplicao coativa da lei solucionando conflitos. Caractersticas da funo jurisdicional = direta ou indireta? O juiz s trabalha se for provocado, logo funo indireta.Ex: resolver o problema de caso especifico, soluo concreta, especifica. A atuao jurisdicional concreta.Mas excepcionalmente, o judicirio pode atuar em abstrato, concentrado.- Somente a funo jurisdicional tem essa peculiaridade / caracterstica : Intangibilidade jurdica, imutabilidade jurdica ou efeitos da coisa julgada. Ou seja, se decidiu e transitou, no cabe mais mudana. - Na funo jurisdicional, o poder judicirio, inova o ordenamento jurdico? Pode criar regra nova? No. a funo jurisdicional no inova o ordenamento jurdico. - Hoje, h realidade complicada no Brasil = nossa constituio cidad e ela trs direitos que no podem ser exercidos sem norma reguladora a sndrome da inefetividade das normas = h muitos direitos mas que no podem ser exercidos por falta de lei.Durante anos o judicirio, julgando mandado de injuno, reconhecia a falta da lei. Comunicava ao congresso da falta da lei, mas continuava sem fazer a lei. supremo cansou de esperar e ento, passou a determinar a utilizao de leis que no so exatas para o caso mas no que couber podem ser utilizadas.Nesse caso, o supremo esta QUASE legislando.Ex: lei da aposentadoria especial, mando aplicar ao servidor, logo aplico. praticamente legislando. Hoje a atuao do judicirio, tentando resolver opo legislativa, gera preocupao ao equilbrio dos poderes. Se cada poder ocupa seu espao, exerce o papel de fora eficaz, dificilmente sobra espao para o outro extrapolar. Na verdade, a grande questo = o legislador no faz.Ento, PROVA judicirio no inova. Mas omisso legislativa gera o ativismo judicial que preocupante. Obs : poder executivo.A funo principal dele de administrar funo administrativa, essa a principal. Administrar executar o ordenamento, convertendo o ordenamento em atuaes concretas.Quando o executivo administra, edita uma medida provisria, isso TPICO OU ATPICO. Medida provisria legislar, essa a funo principal? No. atpica.Nossos poderes exercem a funo principal, mas exercem as secundarias edio de medida provisria funo atpica do executivo.Caractersticas da funo administrativa:- DIRETA, no precisa de provocao. - concreta ex: nomeao. - No inova o ordenamento jurdico. Nesse caso, e a medida provisria? Ela modifica lei existente. Entao, mp inova ordem jurdica? trata-se de caractersticas da funo tpica, na principal no inova, vai inovar na mp. A funo administrativa revisvel pelo poder judicirio, em caso de alterao, esse ato pode ser revisto pelo poder judicirio.O que a cois ajulgada administrativa? No se trata de verdadeira coisa julgada. Significa somente uma definitividade dentro da administrao. administrativamente, no cabe mais recurso. Se na via adminsitrativa, no cabe mais recurso tem cj administrativa. Mas pode ser modificada na via judicial. Obs : A sano e o veto do presidente, qual funo do estado? declarar a guerra ou celebrar a paz? Trata-se de FUNCAO DE GOVERNO ou FUNCAO POLITICA DO ESTADO. So situaes de valor poltico, de alto grau de discricionariedade trata da gesto superior do estado.Ento essa a gesto superior da vida estatal, no qualquer contrato. situao diferenciada. Ex:sano e veto, guerra e paz, estado de defesa e de sitio. 06.3 - ADMINISTRACAO a maquina administrativa, o aparelhamento do estado.Ao tratar do termo administrao, a doutrina trs dois focos diferentes:01. Aspecto formal, subjetivo ou orgnico Administrao enquanto maquina, aparelho estatal. So os bens, rgos, agentes que compe estrutura. 02. Aspecto material, objetivo.Trata da atividade administrativa. 11/08REGIME JURDICO ADMINISTRATIVO01 - Conceito um conjunto harmnico de princpios. So princpios que guardam entre si uma relao lgica de coerncia.H uma conexo, um ponto de ligao, correlao lgica. Essa ligao, coerncia, unidade, faz ter o sistema, ou regime jurdico. 02 Teoria da ponderao dos interessesTrata-se de uma teoria moderna que faz distino entre REGRAS e PRINCPIOS.02.1 Regras:As regras so aplicadas de MODO DISJUNTIVO tenho situao concreta e se h aparncia de conflito, eu aplico uma regra.Para dirigir deve-se ter 18 anos, trata-se de aplicao da forma no plano da validade = uma serve e as demais no. A regra aplicado no modo disjuntivo plano da validade, uma regra vale e as demais no.02.2 Princpios:No h excluso. Pode-se ter em uma mesma situao, vrios princpios. Aparentemente esto em conflito = mas em cada situao um princpio poder prevalecer aos demais, mas no significa que os demais so nulos ou no servem. Na verdade, ora prevalece um, ora prevalece outro.Ex: X foi admitido em 1990 sem concurso, aps CF 88 aps a exigncia do concurso. Se na prestou concurso, a sua nomeao ilegal. Ai anula-se o ato e manda servidor para casa.Mas e se servidor foi nomeado em 1989 e somente em 2014 descobriram que no tinha concurso, aps todos esses anos no se pode anular. Ser que a segurana jurdica pode ficar comprometida? Os atos do servidor durante esses anos, so validos ou no? Diante da situao, prevalece ilegalidade ou segura em nome da segurana jurdica e boa f? A segurana jurdica e boa f um principio da constituio aparentemente h conflito, mas deve-se ponderar os interesses: mandar ele embora agora e aplicar legalidade vai causar mais prejuzos a administrao.Logo, tratando de princpios no h verdade absoluta ora um prevalece, ora outro. -No h plano de nulidade. Deve-se fazer a ponderao dos interesses.- Princpio a norma que esta no alicerce proposies bsicas do ordenamento jurdico. - H uma viga mestra, proposio bsica do ordenamento jurdico.- O conjunto de princpios indispensvel para a existncia da disciplina. fundamental a estruturao para que a disciplina acontea. 02.2.1 Princpios mnimos- A CF se refere a PRINCPIOS MNIMOS do Direito Administrativo pelo menos esses princpios. Artigo 37 CF.L - legalidadeI - impessoalidadeM - moralidadeP - publicidadeE eficincia A administrao publica de todos os poderes direta ou indireta da unio, estados, municpios e DF esto sujeitas a esses princpios.02.2.2 Pedras de toque:POSIO MAJORITRIA : Celso Antonio entende que a administrao esta sob duas bases: SO AS PEDRAS DE TOQUE do direito administrativo:I Supremacia do interesse pblico.II Princpio da indisponibilidade do interesse pblico. 02.2.3 Interesse pblico o que cada individuo busca e que, quando vira interesse da maioria, se torna interesse publico. uma categoria de interesses contraria ao interesse particular.Trata-se do interesse de um TODO, coletivo.02.2.3.1 Interesse pblico PRIMRIOO interesse pblico o somatrio dos interesses individuais de cada pessoa como membro da sociedade, desde que isso represente a vontade da maioria. 02.2.3.2 Interesse pblico SECUNDRIO o que quer o estado como pessoa jurdica. Nada mais doq eu a vontade do estado enquanto pessoa jurdica. Parece razovel que o estado enquanto pessoa jurdica deve desejar aquilo que o povo quer? A vontade do estado enquanto pessoa jurdica.Deve haver convergncia entre os interesses publico primrio e secundrio. Em caso de divergncia, prevalece o interesse publico primrio. Ex: Voc, enquanto cidado social, tem que pagar tributo. Meu interesse publico primrio carga tributaria justa. Mas o estado quer arrecadar mais, sem parmetro. Deve prevalecer carga tributaria constitucional e justa no pode cair nos desejos do estado enquanto pessoa jurdica prevalecendo interesse ou publico primrioLogo, existindo convergncia o ideal. Mas se divergncia = prevalece interesse pblico primrio. 03 Princpios em espcie:03.1 Supremacia do interesse pblicoVivemos em sociedade, no possvel o convvio social se cada um fizesse oq eu quisesse. Para o convvio social, a supremacia do interesse publico essencial. Deve haver sobreposio do interesse coletivo sobre o individual. H superioridade / sobreposio do interesse publico face aos interesses individuais. - Trata-se de pressuposto lgico, indispensvel, fundamental, para as regras de convvio social.A superioridade do interesse publico a vontade da maioria. J a sobreposio, do interesse publico. No se trata de superioridade do estado ou maquina administrativa a vontade do estado enquanto pessoa jurdica ou do administrador no se sobrepe. O que sobrepe a vontade do coletivo, publico em geral, todo social.- O principio da supremacia esta implcito no texto constitucional apesar de ser indispensvel e fundamental ao convvio social.Apesar de ser implcito aparece muito. H muitos institutos que se baseiam na supremacia. Ex: padaria que no observa regras sanitrias pode ser fechada pelo poder publico em nome da supremacia do interesse publico. No exerccio do poder de policia que tem a base na supremacia. Ex: mora em casa irregular no barranco poder publico pode retirar essas pessoas em nome da supremacia do interesse publico. A supremacia justifica a auto executoriedade dos nossos atos ele pode determinar fechamento da padaria, retirar pessoas da encosta.Ex: Em nome da supremacia h a requisio prevista no artigo 5, XXV CF.Em nome da supremacia do interesse publico, o estado pode desapropriar o imvel, adquirir meu patrimnio. Tudo isso supremacia um principio presente na disciplina e trs para a administrao algumas prerrogativas, tratamentos diferenciados. Mas no privilegio.03.2 Indisponibilidade do interesse pblicoObs : Alguns doutrinadores dizem que o principio da supremacia um problema. Pois tudo que a administrao faz utiliza como desculpa a supremacia. Esse princpios deveria ser desconstitudo para no ser justificador de ilegitimidade. Da mesma forma que a supremacia do interesse publico da a administrao um tratamento diferenciado, estando presente o interesse publico, o administrador no pode abrir mo, no pode dispor.Ele tem supremacia prerrogativas. Mas se o interesse publico se apresentar no pode fugir dele. Trata-se do principio da indisponibilidade do interesse publico, um freio, limites. Logo, o principio da indisponibilidade do interesse publico um freio, limite, ao principio da supremacia. Temos prerrogativas mas no podemos abrir mo. Em nome da indisponibilidade, o administrador no tem liberdade, ele no pode dispor do interesse pblico.ex: o administrador publico no pode abrir mo da oportunidade de escolher o melhor. Se no faz licitao, no esta escolhendo o melhor. Ou ento, se frauda a licitao, ou frauda o concurso perdeu a chance de escolher o melhor Candido, ai nesse caso, esta abrindo mo do interesse publico esta dispondo do interesse publico e isso na pode ser feito pois esse interesse no dele. - O administrador publico exerce cargo publico, funo publica.Funo publica nada mais do que encargo, obrigao, um mnus publico. Funo publica atividade exercida em nome e no interesse do povo. uma atividade exercida em nome e no interesse do povo. Se o direito do povo, se o interesse do povo, o administrador um representante desse povo, ele esta ali para exercitar nossos direitos e interesses se o direito no dele, ele no pode dispor, no pode abrir mao. Se o direito nosso, do povo, o administrador no pode dar aquilo que no dele. O administrador publico exerce funo publica, que na presente, ano encargo. No pode jogar fora aquilo que no lhe pertence. - O administrador no pode colocar em risco do interesse publico e comprometer o futuro.- O administrador no pode criar entraves para o futuro da administrao principio geral do direito. O administrador no pode comprometer ou abrir mo. Ex: se o administrador fraudou licitao para escola contratou mal amanha escola cai. Comprometeu o futuro. LRF Lei complementar 101 lei de responsabilidade fiscal vem para complementar esse princpios. 03.3 - Principio da legalidadePrevisto no artigo 5, II, artigo 37 caput, artigo 84, artigo 150 CF. Estado de direito aquele que tem lei e obedece as leis. O principio da legalidade a base de um estado de direito = ter lei e obedecer as leis. Esse principio da legalidade a base de um estado de direito. - PROVA. Administrar aplicar a lei de oficio. Trata-se de afirmao de Ceabra Fagundes que se refere ao principio da legalidade. H dois enfoques diferentes:03.3.1 - Para o particular: para o direito privado, o particular pode tudo menos o que no proibido so no pode contraria a lei. trata-se de critrio de no contradio a lei03.3.2 O administrador pblico: S pode fazer o que a lei autoriza, o que a lei determina. Trata-se de critrio de subordinao da lei. Tem que estar previsto, deve estar autorizado pela lei. Ele no tem liberdade.Mas tem certa liberdade dentre as opes previstas na lei.Ex: Administrador criou outro tributo sem previso legal no pode. Ou aplicar penalidade prevista em decreto tambm no pode.Obs : CONTROLE DE LEGALIDADE : Os atos administrativos so controlados, esse controle feito sobre o que?Quando revejo um ato no que tange a legalidade, o que controlamos? a compatibilidade com o que? Atualmente, esse controle entendido EM SENTIDO AMPLO, ou seja, = pego o ato e verifica a compatibilidade dele com a lei. Mas tambm controle de legalidade a verificao de compatibilidade com a constituio (regras e princpios constitucionais).Entao se o ato esta de acordo com a lei ou com a constituio tambm legalidade. Obs : PROVA. Principio da legalidade = principio da reserva de lei? So DIFERENTES. Legalidade fazer o que a lei autoriza. Reserva de lei a escolha da espcie normativa. Ex: Quando a constituio diz que a matria x depende de lei completar isso se trata de reserva de lei. Nesse caso, estamos selecionando uma matria x e dando a ela uma espcie normativa. Diferente da legalidade a legalidade mais amplo, fazer o que est previsto na lei sendo diferente do principio da reserva de lei. A reserva de lei um pedao da legalidade escolher o tipo da lei.03.4 Princpio da impessoalidade.- Trata-se da ausncia de subjetividade, o administrador no pode buscar interesses pessoais. - O administrador no pode buscar interesses pessoais.Ex: O ato administrativo no do administrador. Eu no devo tributo ao Jos, eu devo ao municpio.- Os atos administrativos no so do agente, ele da pessoa jurdica a que ele pertence. impessoal. da pessoa jurdica a que ele pertence.- Obs: Dois institutos expressos na constituio que representam impessoalidade: licitao e concurso pblico. Para ser contratado no servio publico sujeita-se a licitao, se tiver melhor proposta, ele ganha. A lei 8666 tem o instituto chamado concurso, mas NO se trata do segundo instituto. A lei 8666 NO SE REFERE AO CONCURSO PBLICO o concurso licitao a escolha de trabalho tcnica, artstico e cientifico e quem ganhar o concurso ganha premio. O concurso modalidade de licitao no preenche cargo, escolha de trabalho em contrapartida de premio.J o CONCURSO PUBLICO, a contrapartida o cargo, fao provimento de cargo.Essa diferena j pacifica no STJ. Obs : O principio da eficincia traduz a ideia de que a administrao deve tratar a todos sem discriminaes, sem favoritismo, simpatias.Isso trs ideia de isonomia pois os princpios esto conectados. O principio da impessoalidade esta ligado ao principio da isonomia, a igualdade constitucional. E a moralidade liga-se a lealdade e boa f.Trata-se de impessoalidade a ao mesmo tempo de isonomia principio conectados. Obs : DIVERGNCIA:- Doutrina tradicional Eli Lopes Meireles. O principio da impessoalidade sinnimo do principio da finalidade ou tambm sinnimo do principio da imparcialidade.Ocorre que Eli faleceu em 1990. - Doutrina Moderna Celso Antonio Bandeira de Melo. So conceitos diferentes.Logo, a impessoalidade ausncia de subjetividade. E finalidade, buscar o esprito da lei, a vontade maior. O administrador esta buscando esprito da lei, a vontade maior. Se nos pensamos em finalidade como um esprito da lei, se o administrador cumpre a lei, ele tambm cumpre seu esprito? Sua vontade maior? Sim. O principio da finalidade esta ligado com a legalidade. E no com impessoalidade. Pois se eu cumpro a lei, cumpro s vontade. Na verdade, finalidade e legalidade que esto conectados, princpios interligados. Essa posio da doutrina moderna esta presente no artigo 2, p. nico, da lei 9784/99. 03.5 Princpio da moralidade um principio que sempre aparece conectado com outros princpios.-Trata-se de honestidade. - a obedincia a princpios ticos. - O administrador deve ser leal. Lealdade.- Boa f.- Correo de atitudes. importante saber que a moralidade tem tudo isso dentro do contedo. Obs : No dia a dia a moralidade agir de forma certa.MORAL COMUM exige correo de atitudes. (diferente)MORAL ADMINISTRATIVA - Quando administrador publico a moral administrativa mais rigorosa que a moral comum. H a exigncia da correo de atitudes, deve agir de forma correta mas no basta. Tem que ser o melhor administrador possvel. Se alei da trs alternativas deve-se escolher qualquer uma. Deve-se escolher a melhor possvel.Obs : Boa administrao ser eficiente tambm. Os princpios esto sempre interligados, a boa administrao tambm eficincia. Eles guardam entre si a coerncia lgica h sempre um ponto de ligao.Logo ter boa administrao moral e tambm principio da eficincia. Ex: Quem pode ocupar cargo publico? O nepotismo est proibido. Era proibido mas no tinha fiscalizao. Atualmente a situao mais definida. Obs : NEPOTISMO- Lei 8112/90- Ec 45 criou rgos que realizam controle administrativo: CNJ controla o PJCNMP controla o MP.O que marca a resoluo n. 7 do CNJ que dispor regras proibindo a nomeao de partes no judicirio. Os tribunais resistiram ao cumprimento da regra dizendo que o CNJ no pode disciplinar isso por resoluo, deve ser por lei. E alegaram que a resoluo inconstitucional. A matria foi levada ao supremo e foi objeto de controle de constitucionalidade.Ajuizaram a ao declaratria de constitucionalidade n. 12 (STF) - nessa ao, o STF decidiu que a resoluo n. 7 constitucional pois proibir os parentes na administrao j estava na constituio principio da eficincia, moralidade, isonomia e impessoalidade. Logo, se o CNJ pofazer, ele deve fazer por meio da resoluo. Ento, o STF, julgando a ao declaratria de n. 12, diz que a resoluo de n. 7 constitucional. O CNJ tem competncia para fazer pois ele tem controle administrativo. E o ato normativo do CNJ a resoluo, ele no pode fazer lei, logo ele faz via resoluo. Resultado = tribunais tiveram que exonerar os parentes. Logo, o CNJ proibiu os parentes no judicirio.O CNMP proibiu no MP.E os parentes do legislativo e do executivo? STF teve vontade de fazer lei. Mas ele no pode legislar, logo h sumula vinculante. Assim, o STF edita a S.V 13. Essa sumula um desastre. Quando ela foi introduzida no Brasil, era motivo de arrepio entre os doutrinadores. Quando ela foi inserida, contaram que a sumula vinculante no vai ser utilizada para qualquer caso so ser para resolver grandes controvrsias = quando o questionamento j estiver pronto. Afinal, a sumula um ponto final, a ultima palavra sobre o assunto. Ela no pode depender de interpretao. Mas na verdade, supremo no tinha posicionamento consolidado que resultou na inaplicabilidade da sumula. Mesmo sendo um desastre ainda aplicada nas PROVAS.Se sujeito presta concurso e parente, no tem problema.O problema do parentesco so as situaes em que no prestam concurso.Obs : qual tipo de parentesco que no pode: cnjuge , companheiro, e o parente em linha reta, colateral ou por afinidade at o terceiro grau (inclusive terceiro grau).Se o sujeito parente da autoridade nomeante me. Mas ele prestou concurso, pode entrar? Se h dois irmos um servidor de cargo de direo e o outro irmo dele, pode entrar sem concurso. O que no pode se esse segundo vai para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana ou de funo gratificada. PROIBIDO:01. Entre autoridade nomeante quando nomeado vai ocupar cargo em comisso ou funo gratificada.Ex; o chefe no pode nomear seu filho a seu subordinado. 02. Servidor que ocupa cargo de direo, chefia ou assessoramento no pode ter parentesco com outro servidor que vai exercer funo de cargo de comisso ou funo gratificada.Ex: cargo de direo chefia e assessoramento um cargo em comisso. O que no pode na verdade so dois cargos em comisso.Mesma pessoa jurdica. 03. Nepotismo cruzado no pode. Troca de parentes no pode ocorrer. Obs : Mas como controlar isso? Existe banco de dados? A sumula no criou ferramentas para controlar isso. Logo, os parentes continuam l.Cargo em comisso: aquele cargo de direo, chefia e assessoramento. Ele um cargo baseado na confiana. Esse cargo pode ser ocupado por qualquer pessoa qualquer um pode exercer, qualquer cidado. Funo e confianaBaseada na confiana, ela s pode ser ocupada por quem tem cargo efetivo. Ele prestou concurso, tem um cargo, logo tem funo a mais. O sujeito tem um cargo e ganha mais uma funo de confiana.Ex: tcnico de judicirio que vai ter gratificao. Ele j tinha um cargo, salrio e atribuies responsabilidade a mais com ela ele tem direito a uma gratificao por confiana. Por isso que sumula vinculante chama de funo gratificada uma funo que ganha gratificao.Era so tere chamado de funo de confiana e ai no tinha confuso na sumula.Ex: se o sujeito tem funo de confiana, prestou concurso, no pode ter parente em cargo de comisso. O servidor que ocupa cargo em comisso no pode ter como parente outro servidor que prestou concurso mas que tem funo gratificada, de confiana.Ento, se esta no poder executivo federal e o irmo servidor no judicirio federal que j prestou concurso, se ele ganhou chefia no pode? Na mesma pessoa jurdica no pode. A sumula proibiu coisas que ela no vai conseguir fiscalizar e nem implementar. Ela diz muito e ao mesmo tempo trs pouca dificuldade.Nossa sumula deixou espao e o supremo afastou agentes polticos na proibio, no entram na vedao. Ento, um prefeito nomeia o irmo secretario de obras e outro secretario de sade, pode.Na verdade, as decises foram proferidas e o supremo no admite que esta legislando mas na verdade est.O supremo afastou os agentes polticos mas deve-se analisar o caso concreto.Para o supremo no preciso de lei formal para afastar o nepotismo. 29/0803.6 - Princpio da publicidadeA) Conceito:- Dar publicidade dar conhecimento pblico, dar cincia ao titular de poder.O povo o titular do poder. E ele deve ter a cincia e o conhecimento do que esta acontecendo com seus direitos.- Ela tambm significa o incio da produo de efeitos, ou seja, representa condio de eficcia. Ex: estado celebra contrato com empresa X para entregar merenda escolar estado tem 30 dias para se organizar. So 30 dias a partir de qual momento? A partir do momento em que o prazo publicado, ele comea a produzir efeitos. nesse ponto, a legislao expressa:Art.61, p.. da Lei 8.666 contratos administrativos.Obs : Se o administrador celebra contrato e no publica, esse contrato no vai ser eficaz pois ausncia de publicao condio de eficcia. logo, o contrato vai ser valido mas ele no vai produzir efeitos. - A publicao tambm representa o incio de contagem de prazos.Ex: Sou multada em radar sem sinalizao e recorro. Tenho 30 dias a contar do momento que tomo conhecimento da multa.Mas tem ente publico que contam 30 dias do dia da elaborao do documento. Mas errado. - A publicidade um mecanismo de controle e de fiscalizao. um instrumento que facilita a fiscalizao e viabiliza o controle. B) Fundamentos Constitucionais: art.37 caput; art.5, XXXIII (direito a informao); art. 5, XXXIV; art.5, LXXII (Habeas Data).Em regra o administrador tem dever de publicidade, mas excepcionalmente esta publicidade no ir acontecer. A prpria CF excetua este princpio.- Excees:Art. 5, X da CF direito a privacidade.Art.5, XXXIII da CF todos tem direito a informao, SALVO quando colocar em risco a segurana da sociedade e do Estado ( a que mais cai em concurso pblico).Art.5, LX da CF atos processuais que correm em segredo na forma da lei.Na licitao modalidade convite no h publicidade (F) falsa porque na licitao modalidade convite no h publicao de edital, mas tem publicidade porque o ato feito as portas abertas, os convites so anexados em cada repartio, h o envio de carta convite aos interessados. Publicar no dirio oficial s uma das maneiras de dar publicidade. C) Publicidade Publicao.Imagine que voc decidiu comprar uma empresa, mas voc busca as informaes da empresa. Vai ao rgo pblico pedir informaes do seu interesse sobre a empresa, mas o rgo pblico nega as informaes. Qual o remdio Constitucional a ser utilizado? No ser habeas data, porque ele cabvel nas informaes pessoais. No caso ser cabvel o mandado de segurana, porque ser direito lquido e certo de informao.O nome do prdio pblico a ser inaugurado o nome do prefeito em exerccio. Isso pode? Art. 37, 1 da CF.O administrador no pode fazer propaganda pessoal. Este pargrafo traz o dever de dar publicidade. Se o administrador no publicar improbidade administrativa, prevista no art. 11 da Lei 8.429/92.O administrador tem de publicar de forma impessoal, se no cumprir tambm ser improbidade administrativa, prevista no art.11 da Lei 8.429/92. O simples fato de constar o nome no significa promoo pessoal, se for de carter informativo no ser improbidade.03.7 - Princpio da eficinciaLeituras complementares, podem ajudar em uma questo aberta . S uma leitura rpida: - Lei Complementar 131/2009 Lei da Transparncia. - Lei de Acesso informao 12.527/2011, regulamentada pelo Decreto 7.724/2012.Ele ganha roupagem a partir da EC 19/98. Ele existia de forma implcita, mas com esta emenda ele se torna expresso.A EC19/98 trouxe a reforma administrativa. J a EC 20/98 modifica a aposentadoria, s refere-se aposentadoria.Eficincia: produtividade/ rendimento funcional/ ausncia de desperdcio/ agilidade/ economia.A) CONSEQUNCIAS:I Estabilidade: art. 41 da CF condicionou a estabilidade eficincia. Avaliao especial de desempenho requisito para conseguir a estabilidade.Criou-se a avaliao peridica de desempenho (manuteno). a condio para ele se manter estvel. necessria uma lei complementar para regular o assunto (art. 41, III da CF + ampla defesa).II Racionalizao da mquina administrativa: a Lei Complementar que ir estabelecer os limites, sendo esta a Lei Complementar 101/00 da responsabilidade fiscal- art. 19.CF - Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios no poder exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

LC 101/00 - Art. 19.Para os fins do disposto nocaputdo art. 169 da Constituio, a despesa total com pessoal, em cada perodo de apurao e em cada ente da Federao, no poder exceder os percentuais da receita corrente lquida, a seguir discriminados:I - Unio: 50% (cinquenta por cento);II - Estados: 60% (sessenta por cento);III - Municpios: 60% (sessenta por cento).

B) Cortes:a) Cargos em comisso e funo de confiana - mnimo de 20%;b) Servidores no estveis aqueles que no adquiriram estabilidade anterior a 1988. No foi estabelecida uma regra. Cortar todos que forem necessrios. O corte feito conforme necessidade e importncia. O administrador ter que extinguir o cargo.c) servidores estveis quantos forem necessrios, iniciando-se pelos menos importantes. Obs. Este instituto desonerao, no demisso ( pena por falta grave).A ordem obrigatria.O administrador ter que extinguir o cargo e no poder recri-lo na mesma legislatura. S pode ser recriado 4 anos depois.O funcionrio ter direito a indenizao.Eficincia: meios + resultado. o menor valor com o melhor resultado.A eficincia no se tornou realidade ainda.Princpios fora do caput do artigo 37, mas tambm importantes:03.8 - Princpio da isonomiaTratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual na medida de suas desigualdades.Verificar o fator de discriminao;Verificar se este fator est de acordo com o objetivo da norma;A) Limite de idade:O limite de idade tem que est previsto na lei da carreira. Esta exigncia tem que ser compatvel com as atribuies do cargo.STF Smula 683:O limite de idade para a inscrio em concurso pblico s se legitima em face do art. 7, XXX, da , quando possa ser justificado pela natureza das atribuies do cargo a ser preenchido.

Necessidade de lei efetivamente disciplinando um assunto?STF RG - RE 600.885 (ver). O STF diz tem que ter lei formal. No pode ser por regulamento. A lei no pode delegar para um decreto.E os concursos que j foram realizados? O STF modulou os efeitos e estabeleceu um prazo para que as leis sejam feitas.Obs : Psicotcnico:O exame psicotcnico tem que est previsto na lei da carreira e os parmetros devem ser objetivo. Os candidatos devem ter direito a recurso.03.9 - Princpios do contraditrio e da ampla defesaContraditrio conhecimento, no contraditrio que forma a relao processual. Chama-se a parte a participar, dar conhecimento da existncia do processo.E deve-se dar oportunidade de defesa.A) Bases:Base lgica do contraditrio: chamar a parte para o processo, constituindo uma relao processual bilateral bilateralidade.Base poltica: ningum pode ser julgado e condenado sem ser ouvido.B) Ampla defesa: direito de defesa.Estes princpios esto previstos no art.5, LV da CF.- Exigncias:a) Defesa prvia: Processo j definido. Sanes j definidas.b) direito a informao: Cpias a administrao tem que viabilizar estas cpias, as custas so pagas pela parte; Vistas do processo.c) direito a defesa tcnica: Tem que ser viabilizada. A defesa tcnica facultativa. Smula Vinculante n5: A FALTA DE DEFESA TCNICA POR ADVOGADO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NO OFENDE A CONSTITUIO.

d) direito a produo de provas: no base que seja permitido a produo de provas elas devem ser avaliadas.e) garantia de recurso: a parte tem direito de recorrer, um direito de defesa. E deve acontecer independentemente de previso expressa.

Smula Vinculante 21: INCONSTITUCIONAL A EXIGNCIA DE DEPSITO OU ARROLAMENTO PRVIOS DE DINHEIRO OU BENS PARA ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ADMINISTRATIVO.

Smula Vinculante 3:

NOS PROCESSOS PERANTE O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIO ASSEGURAM-SE O CONTRADITRIO E A AMPLA DEFESA QUANDO DA DECISO PUDER RESULTAR ANULAO OU REVOGAO DE ATO ADMINISTRATIVO QUE BENEFICIE O INTERESSADO, EXCETUADA A APRECIAO DA LEGALIDADE DO ATO DE CONCESSO INICIAL DE APOSENTADORIA, REFORMA E PENSO.

A concesso de aposentadoria um ato complexo. Depende de duas manifestaes de vontade em dois rgos diferentes. Administrao pblica (decide de forma precria) + Tribunal de Contas. Ento o contraditrio e a ampla defesa iro acontecer na administrao.Para complementar a Sumula Vinculante n. 3, o STF determinou que se o TCU no se manifestar durante 5 anos ele ter que dar o contraditrio e a ampla defesa, porque ele precisa decidir dentro de um prazo razovel.01/0903.10 - Razoabilidade e proporcionalidadeSo princpios que sempre esto prximos. Para maioria dos administrativistas, o principio da proporcionalidade esta embutido no principio da razoabilidade. A) Razoabilidade: a proibio de excessos.Significa dizer que o administrador tem que agir de forma razovel, de forma coerente, com lgica. Ela probe os excessos, que o administrador haja de forma deslocada.B) Proporcionalidade:Para os administrativistas ele est embutido na razoabilidade, que traz como palavra chave o equilbrio entre os atos e as medidas, os benefcios e os prejuzos causados.Ex: Para conter passeata pacifica, o poder pblico resolve matar 20 pessoas. Medida desequilibrada. Deve haver equilbrio entre o ato e a medida utilizada.Ex: Servidor praticou infrao leve, punvel por advertncia. Mas administrador aplica a pena de demisso essa pena desproporcional, exagerada e viola a proporcionalidade.Obs : Na proporcionalidade deve haver tambm equilbrio entre os benefcios e os prejuzos causados.03.10.1 Lei 9784/99Os princpios da razoabilidade e da proporcionalidade no esto expressos na constituio federal, no entanto, esto expressos na norma infraconstitucional na lei 9784/99. Eles so princpios implcitos no texto constitucional, mas so princpios expressos na norma infraconstitucional. Ex. art.2, Lei 9.784/99. (LER).03.10.2 Limites a discricionariedade do administrador:ATENO : Os princpios da razoabilidade e proporcionalidades so importantes pois eles limitam a liberdade, a discricionariedade do administrador. O administrador deve atuar dentro dos limites desses princpios. PREMISSA: Praticado um ato administrativo, o judicirio pode rever o que? Pode controlar o ato no que tange a legalidade.- O poder judicirio pode controlar a legalidade.- O poder judicirio no pode controlar o mrito do administrativo. O mrito a liberdade do administrador, a discricionariedade, juzo de valor.- O que rever a legalidade? A legalidade analisar um ato administrativo e verificar se esta de acordo com a lei e de acordo com regras constitucionais (trata das regras da constituio e dos princpios constituconais). O controle de legalidade em sentido amplo : trata-se da verificao de compatibilidade com a lei e com as regras e princpios constitucionais.Mas o poder judicirio no pode controlar o mrito, a discricionariedade e liberdade do administrador. O poder judicirio pode rever qualquer ato administrativo, tanto o ato vinculado quanto o ato discricionrio, desde que seja o controle da legalidade - compatibilidade com a lei mais as regras e princpios constitucionais. Mas o poder judicirio no pode rever o mrito (convenincia, liberdade, juzo de valor, oportunidade).Ex de controle pelo poder judicirio : Poder publico precisa de construir hospitais e escolas. Se tiver recursos para s um, ele pode escolher. Ser que o poder judicirio pode rever essa deciso? NO. O Judicirio no pode interferir, pois estaria atingindo a liberdade e discricionrio. Mas se ao invs de fazer hospital ou escola, o poder publico faz praa = isso viola a razoabilidade e proporcionalidade logo, viola a constituio federal, afinal, esses princpios esto implcitos na constituio assim, por violar a constituio, o judicirio vai rever. Trata-se de controle de legalidade, so limites a liberdade do administrador. Na ADPF 45 o supremo trata sobre isso. LER / PROVA. 03.11 - Princpio da continuidadeA prestao dos servios pblicos uma obrigao do estado = SEMPRE.Alm do mais, dever do estado prestar tal servio de forma continua, ininterrupta. Os servios pblicos no podem ser interrompidos, devem ser prestados de forma contnua. Ele deriva da obrigatoriedade do Estado de prestar atividade administrativa.Obs : Esse servio pode ser cortado na hiptese prevista no Art. 6, 3 da Lei 8.987/95 (Trata da concesso e permisso do servio publica): (PROVA)O artigo 6 dispe sobre o principio da continuidade e, no 3 dispe quando possvel cortar sem violar a continuidade:Art. 6oToda concesso ou permisso pressupe a prestao de servio adequado ao pleno atendimento dos usurios, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. 1oServio adequado o que satisfaz as condies de regularidade, continuidade, eficincia, segurana, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao e modicidade das tarifas. 2oA atualidade compreende a modernidade das tcnicas, do equipamento e das instalaes e a sua conservao, bem como a melhoria e expanso do servio. 3oNo se caracteriza como descontinuidade do servio a sua interrupo em situao de emergncia (no precisa de aviso) ou aps prvio aviso, quando:I - motivada por razes de ordem tcnica ou de segurana das instalaes; e,II - por inadimplemento do usurio, considerado o interesse da coletividade.

3: A primeira hiptese: em situao de emergncia pode fazer o corte e no precisa comunicar. Ex: Cidade inundada, em razo da emergncia, corta a energia eltrica sem avisar.Demais hipteses: COM AVISO PREVIO. Deve avisar antes e depois cortar. Se no avisar, o corte ser ilegal.i) Em razo do descumprimento de normas tcnicas que coloca em risco a segurana das instalaes.ii) Inadimplemento do usurio se ele no paga a conta, possvel cortar. Obs : Mesmo sendo essencial, o usurio pode cortar. Existia corrente minoritria do STJ artigo 22 e 42 CDC dizendo no ser possvel o corte para no submeter o usurio a situao vexatria. Mas a posio majoritria na jurisprudncia da possibilidade de cortar o servio pblico do inadimplente, com base na supremacia do interesse pblico, do princpio da isonomia e da continuidade do interesse pblico. Mesmo se tratando de servio essencial. Fundamentos : Trata-se de supremacia do interesse publica pois : se no pagar a conta, a prestadora pode falir. Logo, cortar o servio de quem no paga, eu protejo a coletividade garanto que os demais tero o servio.Principio da continuidade para o pagador : continuidade do servio aos demais.Principio da isonomia : Tratar os desiguais de forma desigual na medida da desigualdade.Obs : Se o estado quem no pagou a conta de luz?Pode ser cortado o servio pblico, mesmo que o inadimplente seja a administrao pblica. Mas h excees em que possvel no cortar, como hospitais, logradouros pblicos, pois envolve risco para vida das pessoas e sua segurana. Tambm no se pode cortar quando a vida do usurio depende da prestao do servio (ex. doente que precisa da energia para manter um aparelho mdico ligado).Obs : Direito de greve do servidor pblico. Pode cortar o servio?Art. 37, VII da CF: O servidor pblico tem direito de greve na forma da lei especifica. Mas at o momento a lei no foi aprovada.Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte:(...)VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica;(Norma de eficcia limitada)

- A Lei especfica uma lei ordinria s deste assunto. At a EC 19/2008 era lei complementar - sempre que o constituinte quiser lei complementar ele refere-se expressamente, dessa forma, no caso, lei ordinria. E especifica, pois deve ser lei que trate somente do assunto. - O direito de greve previsto em norma constitucional de eficcia plena ou eficcia contida ou limitada? Norma de eficcia plena = no precisa de lei para exercer o direito. Norma de eficcia contida = pode exercer o direito, mas uma lei futura poder restringir.Norma de eficcia limitada = no poder exercitar o direito enquanto no for aprovada a lei.Para solucionar a questo, supremo disse que NORMA DE EFICACIA LIMITADA o servidor no poderia exercitar a greve enquanto no for aprovada a lei. Logo, a norma constitucional depende de regulamentao por lei. Por muitos anos, as greves dos servidores eram ilegais. Mas j que os servidores tem o direito, previsto em norma constitucional de eficcia limitada, discutiam via mandado injuno. Ai, o STF comunicava a falta de lei ao congresso, mora legislativa, e nada adiantava. Ao final, o mandado de injuno no resolvia o problema. E ento o STF decide modificar os contornos do mandado de injuno dar a ele efeitos concretos = enquanto o congresso no legisla, aplica-se aos servidores, a lei do trabalhador comum.Os MI 670/ 708/ 712 mandados de injuno que passaram a produzir efeitos concretos e marcaram o direito de greve dos servidores pblicos. Em que permitiu a aplicao da Lei 7.783/89 (greve na iniciativa privada) para a greve dos servidores pblicos no que couber, at a promulgada da lei especfica. Esta aplicao um paliativo. Tem que ler pelo menos a ementa do M.I. 708, o ideal ler todas as trs ementas. (LER)Obs : O Mandado de Injuno produz efeitos inter partes (efeitos somente para quem ajuizou o MI). Ento o STF, ao julgar MI 708, alm de reconhecer os efeitos concretos daqueles M.Is, tambm reconheceu o efeito erga omnes (para todos na mesma situao) para evitar milhes de aes neste sentido.A consequncia da greve descontar dias trabalhados ou realizar regime de compensao de horas. Posso demitir servidor que fez greve? A pena de demisso so para as infraes greves, e greve no infrao greve, logo no pode demitir se fizer greve.Greve um direito do servidor pelo simples fato de ter feito greve, no se pode demitir. Mas se destruir o local de trabalho durante a greve, poder demitir pois ai caracteriza uma infrao greve apurada em processo administrativo.Seria infrao de abandono de cargo? Essa infrao deve ter o animus, desejo de abandonar no caso, se faz greve para pedir aumento, melhores condies, no tem condies de abandonar. Obs : Quanto aos militares a Constituio probe o direito de greve art.142, 3, IV da CF.Decreto 7.777/2012, para regular greve no mbito federal mas o decreto inconstitucional, pois a matria deve vir por lei.03.12 - Princpio da autotutelaA administrao pblica pode rever seus prprios atos. E ela pode rever seus atos quando ilegais (via anulao), quando os atos so inconvenientes (via revogao). a possibilidade que tem a administrao de rever, corrigir e modificar os seus atos. Est prevista em duas Smulas do STF 346 e 473.Smula 346 - A administrao pblica pode declarar a nulidade dos seus prprios atos.

Smula 473 - A administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial.

Lei 9.784/99, art. 53: Art. 53. A Administrao deve anular seus prprios atos, quando eivados de vcio de legalidade, e pode revog-los por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

Maria Slvia Zanela de Pietro segundo a autora alem da possibilidade de reviso, o principio da autotutela tambm trs o dever de zelo e cuidado com o patrimnio publico de uma forma geral.Ou seja, a autotutela tambm significa o dever de cuidado de zelar pelos bens que integram o patrimnio do Estado. 03.13 - Princpio da presuno de legitimidadeOs atos administrativos gozam de presuno de legitimidade, ou seja, eles so presumidamente legais, legtimos e verdadeiros. Na PROVA pensar em: legitimidade (moral) + legalidade (lei) + veracidade (verdade).Os atos administrativos so presumidamente morais, legais e verdadeiros.Obs : Esta presuno relativa, juris tantum, pode ser contestada.Ex: fiscal decide fechar um comercio. O proprietrio pode ir a justia para contestar deciso, pois a deciso presuno relativa admite contestao e prova em contrario. Obs : O nus da prova cabe a quem alega, a quem contesta, por tanto, em regra geral. Normalmente, o nus do administrado, pois a maioria das vezes ele quem alega. Obs : PROVA. Qual a consequncia pratica da presuno de legitimidade?Ex: Se fiscal fecha comercio e proprietrio contesta. Enquanto decidir, o comercio fica fechado pois ate provar em contrario a deciso certa. Se vai contestar e enquanto isso esta valendo, a consequncia pratica de que a presuno de legitimidade da aos atos administrativos a aplicao imediata. Consequncia prtica da presuno de legitimidade a aplicao imediata dos atos. Aplica-se desde j e aps contesta.Ex: Poder publico fez lei instituindo imposto, no concordo e contesto. Ate decidirem, terei que pagar. A presuno trs aplicao desde j. 03.14 - Princpio da especialidadeQuando a administrao direta cria as pessoas da administrao indireta, ela faz por meio de lei e essa lei precisa prever a finalidade especifica. As pessoas da indireta vo ter de obedecer e cumprir essa finalidade no adianta autarquia criada para prestar servio X, resolver criar o servio Y. Elas esto vinculadas a essa finalidade especifica. O principio da especialidade decorre do princpio da indisponibilidade do interesse pblico uma vez presente a finalidade, o administrador no pode fugir dela, no pode fugir do interesse publico. Decorre tambm do princpio da legalidade, pois como o principio vincula as pessoas jurdicas da administrao direta para as finalidades criadas so criadas por lei, se a lei determina, o administrador no pode alterar. Somente atravs de uma nova lei que o poder modifica a finalidade. Hoje tambm se admite este raciocnio entre os rgos pblicos, se eu crio um rgo publico para finalidade X, ele no pode prestar a finalidade Y, pois quem determina a lei. O principio da especialidade serve para a administrao indireta e tambm para os rgos pblicos. Eles ficam vinculados a suas finalidades para os quais foram criados.

ORGANIZAO DA ADMINISTRAO PBLICA (IMPORTANTE)01 - Forma de prestao da atividade administrativaQuem presta o servio publico?O servio publico dever do estado, se o estado descentralizou, como faz isso? 01.1 - CentralizaoQuando uma atividade prestada pelo ncleo, pelo centro da administrao, chama-se de prestao centralizada. Servio prestado pelo ncleo da administrao, ou seja, a administrao direta. Prestado pelos entes polticos : Unio, Estados, Municpios e DF.01.2 DescentralizaoNa descentralizao, retira-se da administrao direta e d administrao indireta ou ento da ao particular. Servio prestado por pessoas da administrao indireta e os particulares.Quem compe a administrao indireta: empresa pblica, autarquia, fundaes pblica, sociedades de economia mista. 01.3 - DesconcentraoObs : A descentralizao diferente a desconcentrao. A desconcentrao acontece com uma distribuio, mas dentro do mesmo centro, dentro da mesma pessoa.Ex: do rgo A transfere para o B. dentro do ncleo da administrao direta. Um servio sai do ministrio A e vai ao B sendo que o ministrio uma estrutura dentro da Unio. Ocorre a desconcentrao nela, todo o deslocamento ocorre dentro da mesma pessoa jurdica. Quando um servio distribudo dentro de um mesmo ncleo mesma pessoa e com hierarquia, com relao de subordinao. Retira-se de um rgo e passa-se para outro.Ex: Se a presidenta mandou retirar servio do rgo A para B, h ordem. Tem subordinao. Se vamos distribuir dentro da mesma pessoa, algum manda e o resto obedece. H um comando feito em cima de subordinao, em cima de relao de hierarquia. Desconcentrao distribuio dentro da mesma pessoa, com hierarquia, com relao de subordinao.Descentralizao - pressupe uma nova pessoa, o servio sai do centro e vai para uma nova pessoa fsica ou pessoa jurdica. Nessa hiptese no h hierarquia, sem relao de subordinao. Obs : Descentralizao administrativa diferente de descentralizao poltica.A descentralizao administrativa refere-se a prestao da atividade administrao. a diviso de atividade administrativa.J a descentralizao poltica a que acontece em constitucional, entre os entes polticos. Trata-se da competncia poltica. Artigo 21 a 25 CF. a diviso de competncia entre entes polticos.Obs : Como pode descentralizar? Retira da administrao direta e d ao particular ou a indireta. Mas como? Pode ocorrer de duas formas: 01.2.1 Descentralizao por outorga:A administrao transfere a titularidade mais a execuo do servio.A Titularidade ser dono do servio, a propriedade sobre o servio. Assim, no se pode dar a qualquer um e de qualquer forma.Se o servio dever do estado e o estado resolve transferir, ele pode sair dando a titularidade a qualquer pessoa? NO. Dar a titularidade algo drstico e serio e no pode ser dado a qualquer um s pode transferir a outorga do servio as pessoas da administrao indireta.A administrao transfere a titularidade e a execuo. J que a titularidade no pode sair das mos do poder pblico, vai receber outorga s a administrao indireta. O particular no pode receber a titularidade. A outorga transfere a titularidade e a execuo administrao indireta = as pessoas de direito publico = so as autarquias e as fundaes pblicas de direito publico. Logo fica fora a empresa publica e a sociedade de economia mista, por serem pessoas privadas.Retira-se do ncleo e da a outras pessoas. Obs : O instrumento utilizado para fazer essa transferncia, para fazer a outorga a lei.Pode se dar outorga para a pessoa da administrao indireta de direito pblico, mais especificamente das autarquias e das fundaes pblicas de direito pblico.01.2.2 - Delegao:A administrao retm a titularidade e transfere somente a execuo do servio.- Pode ser feita por lei, e fala-se da pessoa da administrao indireta de direito privado: empresa pblica, fundao pblica de direito privado, sociedade de economia mista. Somente elas recebem a delegao do servio.J que pode dar por lei a titularidade e execuo, pode dar somente a execuo.- Tambm pode ser feita a transferncia por contrato administrativo = refere-se ao particular: concesso, permisso. Ex. telefonia, transporte pblico.- possvel ainda fazer a transferncia por ato administrativo ao particular. Se trata da autorizao do servio publico. Ex. taxi, despachante. Uma delegao em que so transfere a execuo do servio. PROVA. A administrao pode outorgar a concesso de servio publico ao particular? Outorga somente para as pessoas publicas. E a concesso ao particular. Concesso delegao por contrato. Outorgar a concesso ao particular no significa que a concesso outorgar. No caso outorgar aqui na concepo vulgar no sentido de dar. Somente se falasse concesso do servio publico seria errada. Mas no caso, o poder publico pode sim outorgar a concesso ao particular, ele pode dar a concesso ao particular, fazer a concesso ao particular. (As delegaes contratual e por ato administrativo sero estudadas nas aulas de servio pblico.)02 - Relao entre o Estado e os AgentesA) Teoria do mandato: eles celebram o contrato de mandato. O Estado no tem como assinar o contrato, pois uma pessoa jurdica. Logo precisa de pessoa fsica, motivo pelo qual essa teoria no prosperou.Essa teoria no foi acolhida no Brasil pois o estado no tem como manifestar sua vontade sem a pessoa fsica.Os doutrinadores tentaram uma segunda teoria: B) Teoria da representao: foi idealizada assim como essa relao funciona igual tutela e curatela. O agente publico agiria como representante do estado, assim como ocorre na tutela e curatela. Acontece que para precisar de tutor ou curador, necessrio ser incapaz, no pode praticar sozinho os atos da vida civil.Ocorre que o Estado um sujeito capaz, (artigo 37, 6 CF), diz que o estado responde pelos atos do agente e assim, no pode ser tratado como sujeito incapaz. A situao no de incapacidade. Logo no se pode pensar em tutela e curatela. Essa teoria tambm no prosperou.C) Teoria do rgo ou da imputao: a pessoa jurdica manifesta vontade atravs dos rgos o agente que vai exteriorizar a vontade. E as vontades se misturam, se confundem e formam nica vontade. Esse poder decorre da lei, ento o agente assina o contrato pois foi a lei que imputou. A relao do Estado e dos agentes imputada por lei. A vontade do Estado se confunde com a vontade do agente. Essa teoria foi acolhida.11/09 aula online disponibilizada dia 30/08ORGANIZAO DA ADMINISTRACAO II (continuao)03 - rgos pblicos: Dividiram a administrao em varias partes e cada parte tem uma atividade especializada e quanto mais especializada, mais eficiente o ente se torna. rgo pblico um centro especializado de competncia, um ncleo de competncia. So unidades abstratas, esto presentes na administrao direta e tambm est presente na administrao indireta (art.2, Lei 9.784/99).Art. 2oA Administrao Pblica obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia. Pargrafo nico. Nos processos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de: I - atuao conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renncia total ou parcial de poderes ou competncias, salvo autorizao em lei; III - objetividade no atendimento do interesse pblico, vedada a promoo pessoal de agentes ou autoridades; IV - atuao segundo padres ticos de probidade, decoro e boa-f; V - divulgao oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas na Constituio; VI - adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes, restries e sanes em medida superior quelas estritamente necessrias ao atendimento do interesse pblico; VII - indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a deciso; VIII observncia das formalidades essenciais garantia dos direitos dos administrados; IX - adoo de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurana e respeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos comunicao, apresentao de alegaes finais, produo de provas e interposio de recursos, nos processos de que possam resultar sanes e nas situaes de litgio; XI - proibio de cobrana de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei; XII - impulso, de ofcio, do processo administrativo, sem prejuzo da atuao dos interessados;XIII - interpretao da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim pblico a que se dirige, vedada aplicao retroativa de nova interpretao.

03.1 - Caractersticas:A) - rgo pblico NO tem personalidade jurdica. A personalidade jurdica a aptido para ser sujeito de direito e de obrigao.Assim no pode ser sujeito de direito, no pode ser sujeito de obrigaes ( o que mais cai em PROVA).Dessa forma, quem vai responder pelos atos do rgo publico a pessoa jurdica a que ele pertence. Quem tem responsabilidade a pessoa jurdica a que ele pertence.Ex: O rgo publico no pode celebrar contrato, pois no pode ser sujeito de direito. O rgo publico pode licitar, ele pode executar a licitao, mas ele no pode ser parte no contrato aparece no contrato a pessoa jurdica. O municpio x realiza o contrato x.Obs : Artigo 37, 8 CF fala sobre contrato de gesto celebrado entre entes da administrao, entre rgos pblicos e entre administradores. Mas na verdade, rgo publico no pode celebrar contrato, nem mesmo o contrato de gesto.O rgo publico no pode celebrar contrato, nem mesmo o contrato de gesto. Logo prevalece na doutrina a posio de que esse dispositivo inconstitucional. Assim, o rgo pblico, no tendo personalidade jurdica, no pode celebrar contrato. Quem ir ser responsvel a pessoa jurdica a qual pertence. O rgo pode licitar, cuidar da gesto do contrato, mas no ir contratar. MAS RESSALAVA-SE o art. 37, 8 da CF, que at o momento no foi declarado inconstitucional:B) Como o rgo pode ter CNPJ? O CNPJ o cadastro nacional de pessoas jurdicas mas como pode ele no ter personalidade e ter CNPJ?Instr. Normativa RFB 1.470/14, art. 4.O CNPJ foi criado pela Receita Federal com o objetivo de controlar e fiscalizar o fluxo de dinheiro, com o objetivo de cobrar imposto de renda. A idia do CNPJ acompanhar de onde saiu e para onde vai o dinheiro.Assim, mesmo no tendo personalidade jurdica ele tem CNPJ para controle do fluxo do dinheiro.Se recebe recursos pblicos, recursos oramentrios, precisa ter CNPJ.C) O rgo pblico pode ter representao prpria, seus prprios procuradores. Isso depender da estrutura administrativa.D) Possibilidade de ir juzo : Apesar de no ter personalidade jurdica, o rgo publico pode ir a juzo em carter excepcional: o rgo pblico pode ir a juzo atrs de prerrogativas funcionais, na posio de sujeito ativo.O raciocnio lgico que ele no pode, mas a jurisprudncia diz que, excepcionalmente, ele pode ir a juzo em busca de prerrogativas funcionais e enquanto sujeito ativo.Ex: Cmara municipal com problemas do repasse da verba quem faz o repasse o prefeito que se negou a repassar. Nesse caso, a cmara pode entrar com ao para exigir que ele repasse vai ajuzo para viabilizar a sua funo pois no funciona sem verba.E) O rgo publico pode estar presente nas pessoas da administrao direta ou indireta. Nesse caso, basta pensar no INSS = autarquia grande divida em partes. uma administrao indireta que tem rgo publico. 03.2 - Classificao dos rgos pblicos03.2.1 - Quanto posio estatalComo o rgo esta na estrutura do estado?A) rgos independentes: esto no comando de cada um dos poderes. No sofre qualquer relao de subordinao, um rgo independente. Esta sujeito apenas a controle.Ex. Presidncia da Repblica, Prefeitura, Congresso Nacional, Tribunais Superiores, Cmara Municipal. STF.Todos tem independncia e sofre controle de um poder pelo outro mas sem hierarquia e subordinao. B) rgos autnomos: aquele que goza de autonomia. Autonomia uma ampla legalidade, amplo poder de deciso, mas esto subordinados aos rgos independentes. Ex. Tribunais de Contas, Procuradorias, Ministrios e Secretrias de Estado.C) rgos superiores: tem poder de deciso, mas subordinado aos rgos independentes e autnomos. Ex. Gabinete, Coordenadorias, Departamento de RH.D) rgos subalternos / de mero expediente: rgo de mera execuo. No tem poder decisrio. Ex. execuo de RH, almoxarifado, reproduo de cpias, sesso de recursos humanos.Estes exemplos variam de acordo com o tamanho da administrao. possvel que um rgo fique superior ou subalterno, dependendo do tamanho da administrao.03.2.2 - De acordo com a estruturaA) Simples (unitrio): aquele rgo que no tem outros rgos agregados, ligados a sua estrutura. No tem ramificaes.Ex. Gabinetes, Seo administrativa;B) Compostos: tem ramificao, tem outros rgos agregados a sua estrutura. Ex. Secretaria de ensino com as escolas ramificadas a esta estrutura.Ex: Postos de sade e hospitais.03.2.3 - Quanto atuao funcionalA) rgo singular: tambm chamado de rgo unitrio ou unipessoal. um rgo em que a tomada de deciso feita por um nico agente. Composto por um nico agente.Ex. Presidncia da Repblica, Juzo monocrtico, Prefeitura.B) rgo colegiado: tomada de deciso coletiva. Composto por mais de um agente. Ex. casas legislativas e os tribunais.Obs : Na organizao da administrao, tem a administrao DIRETA = composta por entes polticos, como UNIO, ESTADOS, MUNICPIOS E DF. (Estudado em Constitucional). E a administrao indireta estudada agora:04 - ADMINISTRAO INDIRETA composta pelas pessoas :A) Autarquias.Dentro das autarquias tem as espcies : as agencias reguladoras, conselhos de classe, autarquias territoriais.B) Fundao pblicaC) Empresas pblicasD) Sociedade de economia mistaE) Os consrcios pblicos (Lei 11.107 ). Associao que surge do consorcio pblico pode ser includa nessa lista, mas sero estudados no INTENSIVO ii. OBS : E as concessionrias e permissionrias? NO COMPOE A ADMINISTRACAO INDIRETA. Elas so pessoas privadas que esto ao lado do estado, colaboram e cooperam com o estado.04.1 - Caractersticas comuns de TODAS as pessoas da administrao indireta (PROVA)- Personalidade jurdica prpria, criao por meio de lei, sem fins lucrativos, finalidade especifica e sujeito a controle.Ex: motorista de autarquia, dirigindo carro da autarquia, atropelou pessoa. a vitima quer receber indenizao. A) Tem personalidade jurdica prpria.- dizer que elas possuem aptido para serem sujeitos de direitos e obrigaes. No ex, quem responde pelo atropelamento, ser a prpria autarquia. Pois ela tem personalidade jurdica e arca com suas obrigaes.- Responde pelos seus atos. - Para arcar com as responsabilidades a autarquia precisa de dinheiro. Tem patrimnio e receita prpria, no importa se esse dinheiro originado da prpria atividade da pessoa ou vinda da administrao direta.No interessa a origem da receita, a partir do momento que transferido para a autarquia passa a ser dela. Pode vir da prpria atividade, do oramento ou doao. - Ela tem autonomias tcnica, administrativa e financeira, MAS NO tem autonomia / capacidade poltica.Obs : Para criar as pessoas da administrao indireta, preciso lei. essa B) Criao e extino das pessoas da indiretaCF - Art. 37, XIX -somente por lei especfica poder ser criada autarquia (autarquia fundacional no precisa da LC) e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso (referente fundao pblica de direito privado), definir as reas de sua atuao; B.1) CRIAO : Obs : Essa lei especifica mencionada na CF, trata-se de Lei ordinria. Os casos de LC devem ser expressos, no caso LO.Logo, trata-se de LEI ORDINRIA ESPECIFICA, ou seja, deve-se ter uma lei s para isso. E cada pessoa jurdica deve ter a sua lei. A lei deve somente criar autarquia ou autorizar empresa publica e sociedade.Obs : Segundo o constituinte, a lei:LEI CRIA = Nesse caso, no precisa de mais nada. Ela j esta pronta para existir no mundo jurdico. LEI AUTORIZA A CRIAO = A lei autoriza, mas para criar efetivamente a pessoa jurdica precisa do registro.A pessoa jurdica vai ser registrada a depender da natureza jurdica = ou na junta comercial ou no cartrio de pessoas jurdicas.Se tiver natureza empresaria = registro na junta comercial.Se tem natureza civil = registra no cartrio. B.2) EXTINO : por paralelismo de formas, do mesmo jeito que a lei cria ela extingue, logo a extino se da por lei ordinria. O que a lei faz o administrador no derruba. Se a lei cria a lei que extingue. Se a lei autoriza sua criao a lei tambm que ir autorizar a extino da pessoa jurdica. Obs : Segundo o artigo = LC definir as possveis finalidades da fundao. CUIDADO = A LC no cria fundao, a LC s define as possveis finalidades. Ela vai listar quais caminhos e finalidades de fundao. Obs : De que fundao est se falando no inciso XIX? Fundao pblica ou privada? Fundao publica de direito pblico ou de direito privado? B.3) Fundao: Fundao um patrimnio personalizado. um patrimnio destacado por um fundador para uma finalidade especfica.- Quem foi o instituidor da fundao? FUNDADOR INSTITUIDOR : B.3.1) Se a fundao for instituda por um particular ser uma FUNDAO PRIVADA. Ela estudada e regulamentada pelo direito civil. Est fora da administrao publica.Ex: fundao Airton Senna. B.3.2) Se a fundao for constituda pelo poder pblica ser uma FUNDAO PBLICA. Est dentro da administrao e segue normas de direito administrativo. Quando o poder publico vai instituir a fundao pblica, ele pode dar a ela dois regimes diferentes : Fundao pblica de direito pblicoQuando o poder pblico a instituiu deu a ela regime de direito publico. uma espcie de autarquia. Chamada de autarquia fundacional ou fundao autrquica.Essa fundao uma espcie do gnero autarquia. Aplica-se as regras da autarquia. Neste caso a lei CRIA a pessoa jurdica, a autarquia criada por lei. Fundao pblica de direito privado Essa fundao segue um regime misto, hibrido, igual da empresa publica e sociedade de economia mista. Mas ela no espcie de empresa publica ou sociedade de economia mista. chamada de fundao governamental. Ela no espcie de nada. Segue o regime de empresa pblica e da sociedade de economia mista. Neste caso a lei AUTORIZA a criao da pessoa jurdica.O artigo 37 XIX CF dispe que a lei autoriza a fundao publica de direito privado que segue o mesmo regime da empresa publica e sociedade de economia mista.E juntamente com a autarquia (criada por lei), tem a fundao publica de direito publico espcie o gnero autarquia. Obs : STF tambm entende que a fundao publica pode ter dois regimes diferentes. Mas esse assunto ainda apresenta divergncia na doutrina.Mas para Eli Lopes Meireles, toda fundao publica deveria ter regime privado. J para Celso Antonio bandeira de melo, toda fundao publica deveria ter regime publico. E para maioria dos doutrinadores pode ser publica de direito privado ou publico de direito privado. C) No tem fins lucrativosAs pessoas jurdicas no tem finalidades lucrativas. A finalidade no o lucro. O foco o servio publico, o interesse publico, mas o lucro possvel acontecer.Ex: Autarquia presta servio publico. A fundao tambm presta servio publico. Ambas no visam o lucros.Quanto a Empresa pblica e Sociedade de economia mista, de acordo com a CF 1988, elas podem ter duas finalidades:- Se elas prestam servios pblico, o objetivo no o lucro.- Quando elas exploram atividade econmica, consoante artigo 173 CF, o estado no intervir na atividade econmica, salvo atravs das empresas publicas e sociedades de economia mista quando for segurana nacional ou interesse coletivo. Logo, o lucro pode ate acontecer, mas o estado no institui pessoa jurdica porque da lucro. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica pelo Estado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suas subsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios, dispondo sobre:(Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)I - sua funo social e formas de fiscalizao pelo Estado e pela sociedade;(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)II - a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios;(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)III - licitao e contratao de obras, servios, compras e alienaes, observados os princpios da administrao pblica;(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)IV - a constituio e o funcionamento dos conselhos de administrao e fiscal, com a participao de acionistas minoritrios;(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)V - os mandatos, a avaliao de desempenho e a responsabilidade dos administradores.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 2 - As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no podero gozar de privilgios fiscais no extensivos s do setor privado. 3 - A lei regulamentar as relaes da empresa pblica com o Estado e a sociedade. 4 - A lei reprimir o abuso do poder econmico que vise dominao dos mercados, eliminao da concorrncia e ao aumento arbitrrio dos lucros. 5 - A lei, sem prejuzo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurdica, estabelecer a responsabilidade desta, sujeitando-a s punies compatveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econmica e financeira e contra a economia popular.

D) Tem finalidade especfica

As pessoas jurdicas da indireta so criadas pela lei, seja diretamente ou indiretamente. Quando isso acontece, a lei j define a finalidade das pessoas jurdica, e essas pessoas jurdicas esto vinculadas a essa vinculada. Pelo principio da especialidade.

- Cada pessoa jurdica tem sua finalidade especfica, definida por lei.

- Esto vinculadas a esta especialidade. a lei de criao que ir dizer a finalidade. S uma nova lei pode alterar esta finalidade.E) Esto sujeitas ao controle da administrao diretaEntre administrao direta e indireta ocorre a descentralizao que no h hierarquia e nem subordinao. O que existe controle, fiscalizao.- Administrao direta controlando a indireta:1. aquele realizado pelo Poder Executivo fiscalizando e controlando a administrao indireta. Isso vai acontecer atravs da superviso ministerial.A superviso ministerial representa um controle finalstico, ou seja, eu crio autarquia e vou verificar se ela cumpre finalidades e objetivos.No controle de superviso ministerial pode a administrao direta controlar finalidades, receitas e despesas, pode nomear o dirigente da indireta. Ex: O presidente da republica, chefe do executivo, pode nomear e exonerar de forma livre o dirigente da indireta. Excepcionalmente h situaes diferentes: em que o presidente no vai nomear de forma livre. Ex: agencia reguladora. O presidente da republica no pode nomear de forma livre, ele depende da previa aprovao do senado. Ele no pode livremente nomear. Outro exemplo o banco central o presidente no pode nomear livremente.Obs : Quem realiza a superviso ministerial o ministrio de acordo com o ramo de atividade de cada pessoa jurdica.2. O Poder judicirio tambm faz controle. Atravs das diversas aes judiciais. O poder judicirio esta controlando e revendo a atuao da administrao indireta. 3. Alm do judicirio tambm possvel que o controle acontea atravs do poder legislativo. Onde h o tribunal de contas e as CPI comisses parlamentares de inqurito.- O tribunal de contas vai analisar as contas da administrao direta e indireta, inclusive da sociedade de economia mista.Pela constituio de 88, o entendimento que prevalecia no supremo era de que o tribunal de contas no controlava sociedade de economia mista. Hoje a orientao mudou = de 2005 para c, o tribuna de contas controla autarquia, fundao, empresa publica e tambm controla sociedade de economia mista.- CPI, existia suspeita de que tinha fraude nos correios. Nada mais do que CPI revendo as condutas da administrao indireta, o poder legislativo pode controlar a indireta atravs do tribunal de contas, que longa manus, um brao do poder legislativo.- Controle da administrao indireta realizado pelo POVO. O povo pode controlar e rever as aes e condutas da administrao indireta atravs:1. Ao popular, audincia publica, consulta pblica, representao, etc.No Brasil, a conduta popular no expressiva. 04.2 Pessoas da administrao indireta:04.2.1 - AUTARQUIA Significa uma pessoa jurdica de direito pblico que serve para prestar atividades tpicas de Estado. Mais as cinco caractersticas comuns j citadas acima.Ela presta atividades prprias do estado. A) Regime jurdico da autarquia: a autarquia pessoa publica, logo seu regime muito prximo ao das pessoas da administrao direta.- Atos/ Contratos: I) Os atos praticados pela autarquia so atos administrativos. Ou seja, tem as mesmas caractersticas como presuno de legitimidade, imperatividade, autoexecutoriedade.Esto sujeitos aos atributos do sujeito administrativo. Esto sujeito as regras do direito administrativo. Estamos falando de um ato administrativo.II) Os contratos celebrados pela autarquia tambm so contratos administrativos. Trata-se de pessoa jurdica de direito publico, logo, coerente que os atos e contratos tambm sigam ao regime publico. Os contratos esto sujeitos Lei 8.666, bem como licitao e esto sujeitos s clusulas exorbitantes. pessoa publica, logo com licitao.-Responsabilidade: Ex: motorista da autarquia dirigindo carro da autarquia atropela X. Quem paga a conta a autarquia , ela tem personalidade prpria. Vela a regra da Constituio do art. 37, 6 da CF. Trata de pessoa jurdica de direito pblico e de acordo com esse artigo a responsabilidade civil objetiva. Obs : H duas teorias quanto a responsabilidade civil:- subjetiva aplica-se o direito civil.- teoria objetiva artigo 37, 6 CF.Ex: se autarquia no pagar indenizao do acidente, a vitima poder cobrar o estado. A autarquia desenvolve atividade prpria do estado, atividades importantes. Logo, se dever do estado e o estado transfere, ele continua responsvel. O estado responde mas responde de forma SUBSIDIRIA. No se trata de responsabilidade solidaria, pois o estado no paga junto com a autarquia. Mas na verdade, a responsabilidade civil do Estado ocorre em um segundo momento. uma responsabilidade subsidiria. Primeiro a vitima deve-se cobrar a autarquia e somente se no arcar, se no tiver dinheiro, aciona o estado e este chamado a responsabilidade.PROVA. A responsabilidade do Estado por ato de autarquia uma responsabilidade objetiva. (V) Responsabilidade

SubsidiariamenteCulpaObjetiva

SolidriaOrdemSubsidiria

B) Bens das autarquias :

So bens autrquicos, logo segue o regime de Bem pblico.A autarquia uma pessoa jurdica de direito publico, logo, seus bens so bens pblicos.

bem pblico o bem pertencente ao direito pblico.

B.1) Caractersticas do bem pblico:

I) Inalienveis

O bem publico no pode ser alienado de forma livre. Em regra so inalienveis. So inalienveis de forma relativa, em outras palavras, pode ser contestada e afastada. Alguns autores utilizam a expresso que so alienveis de forma condicionada. Ou seja, preenchidas algumas condies possvel alienar.

II) impenhorveis

No podem ser objeto de penhora (ao de execuo), arresto e seqestro.

- A penhora a restrio que acontece dentro da ao de execuo.

Ex: tenho credito, devedor no paga e ajuzo ao. se o credito esta em titulo executivo, ajuzo ao de execuo devedor chamado a pagar e se no paga, da bens em penhora = a garantia do juzo, para garantir que ao final do processo se o devedor no pagar, o bem vai servir para pagar a conta.

- O arresto e seqestro so cautelares tpicas.

Arresto cautelar tpica para bens indeterminados. Proteger bens indeterminados.

Ex: devedor no me paga. Desconfio que esta acabando com patrimnio mas no tenho titulo executivo. no pode ajuizar ao de execuo mas pode ajuizar cautelar = dizendo que vai restringir um bem para pagar uma obrigao. Serve qualquer bem.

Seqestro cautelar tpica para bens determinados. Vamos restringir um bem determinado.

Ex: Pensar o crime de seqestro. O seqestrador seqestra pessoas querendo dinheiro. Logo, avaliam a vida da vitima especifica. Da mesma forma, o seqestro aqui estudado para bem determinado.

III) Impossibilidade de onerao:

Onerao significa direito real de garantia. Um bem pblico no pode ser objeto de um direito real de garantia. Ele no pode ser objeto de penhor e hipoteca.

O penhor e a hipoteca so direitos reais de garantia. Sendo que o penhor para bens moveis e a hipoteca so para bens imveis. Ex: penhor de jias da caixa.

Obs: Penhor diferente de penhora. Pois a penhora a garantia dentro da ao de execuo. Diferente do penhor = vai no caixa econmica e da jia em garantia, ele acontece fora da ao judicial, fora da ao de execuo.

- O bem objeto de penhora chamado de bem penhorado. Restrio dentro da ao de execuo.

- Agora, estava precisando de dinheiro, dei anel em garantia e fiz penhor. Este anel um bem empenhado.

- DICA :

Penhora: acontece na ao de execuo.

Penhor: acontece fora da ao de execuo. Recai sobre bens mveis.

Hipoteca: acontece fora da ao de execuo. Recai sobre bens imveis.Dica : hipoteca = Imvel (ambos contem a letra i).

IV) So imprescritveis:

No pode ser objeto de prescrio aquisitiva. No cabe, portanto, usucapio.A administrao pode adquirir por usucapio.

No cabe prescrio aquisitiva de bem publico. Mesmo que pessoa tenha invadido bem publico e morado la por 50 anos, no poder adquirir.,

Apesar de o bem publico no poder sofrer prescrio aquisitiva, ele pode praticar. Ou seja, se o poder publico ficou por 50 anos em bem do particular, poder adquirir por uso capio.

C) Dbitos judiciais:Se o bem publico no pode sofrer nada, qual a garantia que um dia o credor vai receber dinheiro devido pelo poder pblico?

Ajuizada ao, trata-se de debito judicial os bens da autarquia no servem como garantia. Logo, no podem ser objeto de direito real de garantia. Assim, qual a certeza que credor vai receber? A garantia de que os dbitos judiciais sero pagos pelo regime de precatrio, previsto no art.100 CF. Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim.

O regime de precatrio caracteriza-se como uma fila de preferncia organizada de acordo com a ordem cronolgica de apresentao dos precatrios.Aps o transito em julgado, tribunal expede documento precatrio que reconhece o credito transitado em julgado. O documento entra na fila. E o estado vai pagando os credores de acordo com a fila.Os precatrio constitudos no primeiro semestre de um ano sero pagos no ano seguinte. Acontece, que somente se o estado tiver dinheiro que ele vai pagar. E normalmente ele no tem dinheiro. A autarquia esta sujeita ao regime de precatrio. Obs : Precatrio de alimentos, que tem natureza alimentar. Eles