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Direito Constitucional II Profª Marianne Rios Martins

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Page 1: Direito Constitucional II Profª Marianne Rios Martins

Direito Constitucional II

Profª Marianne Rios Martins

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• PRESIDENCIALISMO:

- Adotado , geralmente, nas Repúblicas;

- Presidente da República exerce as funções de chefe de Estado, chefe de Governo e Chefe da Administração Pública;

- Eleito para mandato por prazo fixo;

- ratificado pelo Plebiscito realizado em 21 de abril de 1993 (art. 2º, do ADCT, alterado pela EC nº 2/92).

• PARLAMENTARISMO:

- Típico da Monarquias constitucionais;

- Chefe de Estado (Monarca) e Chefe de Governo (Primeiro-Ministro);

- Governo exercido pelo Conselho de Ministros; precisa do apoio do Parlamento.

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• EXECUTIVO MONOCRÁTICO: – Poder Executivo Federal: É exercido pelo Presidente da

República, auxiliado pelos Ministros de Estado (art. 76, CF), reunindo as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo (incluindo a prática de atos afetos à chefia da Administração Pública Federal); – Poder Executivo Estadual/Distrital: É exercido pelo

Governador, com o auxílio dos Secretários Estaduais/Distritais (art. 28 e 32, § 2º, CF); – Poder Executivo Municipal: É exercido pelo Prefeito,

com o auxílio dos Secretários (art. 29, I, II e III, CF)

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• Condições de elegibilidade:

- Ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, I, CF);

- Estar no pleno gozo dos direitos políticos (art. 14, § 3º, II, CF);

- Ter o alistamento eleitoral (art. 14, § 3º, III, CF);

- Possuir filiação partidária (arts. 14, § 3º, V, e 77, § 2º, CF);

- Ter mais de 35 anos de idade (art. 14, § 3º, VI, a, CF);

- Não ser inelegível (inalistáveis e analfabetos - art. 14, § 4º, CF).

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• Eleição majoritária de dois turnos (com o Vice) – art. 77, caput, da CF:

- art. 77, §2º, da CF – princípio da maioria absoluta dos votos (não computados os votos em branco e nulos);

- art. 77, § 3º, da CF - se não ocorrer a maioria absoluta (2º turno em até 20 dias) - concorrência dos dois candidatos mais votados – maioria dos votos válidos.

• Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação (art. 77, § 4º, CF), preferindo o mais idoso, no caso de remanescerem candidatos com a mesma votação (art. 77, § 5º, CF).

• Governadores dos Estados e DF – art. 28, da CF;

• Prefeitos – art. 29, inc. II, CF.

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• Posse em sessão conjunta do Congresso Nacional realizada

no dia 1º de janeiro do ano seguinte ao da eleição (art. 82,

CF):

– Se o Presidente da República ou o Vice-Presidente eleitos não tiverem assumidos os cargos (em 10 dias), estes serão declarados vagos (art. 78, parágrafo único, CF) pelo Congresso Nacional, salvo motivo de força maior.

– No caso de comparecer o Vice-Presidente, este assumirá a Presidência da República, substituindo-o provisória ou definitivamente.

• Mandato de 4 anos (art. 82, CF), com reeleição para um único período subseqüente (art. 14, § 5º, CF).

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• O Presidente da República será substituído, no caso de impedimento, ou sucedido, no caso de vacância, pelo Vice-Presidente (art. 79, caput, CF)

• Substituição, no caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância de ambos os cargos (até que sejam realizadas novas eleições), sucessivamente, pelo:

– Presidente da Câmara dos Deputados;

– Presidente do Senado Federal;

– Presidente do Supremo Tribunal Federal (art. 80, CF).

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• Vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República:

• Vacância nos dois primeiros anos do mandato: far-se-á eleição direta, pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, noventa dias depois de aberta a última vaga (art. 81, caput, CF);

• Vacância nos últimos dois anos do mandato: far-se-á eleição indireta (pelo Congresso Nacional) para ambos os cargos, na forma da lei, trinta dias depois de aberta a última vaga (art. 81, § 1º, CF).

• Os novos eleitos somente completarão o período de seus antecessores, exercendo um “mandato-tampão” (art. 81, § 2º, CF).

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• Chefe de Estado: - art. 84, VII, VIII, XIV (nomeação de Ministros do Supremo

Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, bem como do Procurador-Geral da República), XV, XVI (nomeação de magistrados), XVIII (convocar e presidir o Conselho de Defesa Nacional), XIX, XX, XXI, XXII, CF;

• Chefe de Governo: - art. 84, I, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII, XIV (nomeação dos

Governadores de Territórios, do presidente e diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei), XVII, XVIII (convocar e presidir o Conselho da República), XXIII, XXVI, CF;

• Chefe da Administração Pública Federal: - art. 84, II, VI, XVI (nomeação do Advogado-Geral da União),

XXIV e XXV.

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• COMPETÊNCIAS DELEGÁVEIS:

• VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

• XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

• XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei

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• COMPETÊNCIAS INDELEGÁVEIS:

•Todas as demais

• Rol de competências é exemplificativo,

bastando que norma constitucional

estabeleça a competência (art. 84, XXVII)

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• Competência Regulamentar (...)

• Art. 84 - IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

• VI - dispor, mediante decreto, sobre:

• a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (

• b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

• Decreto: ato do Presidente que visa estabelecer normas que viabilizem a execução da lei.

• Decreto Regulamentar não pode inovar no mundo jurídico, sob pena de ilegalidade.

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• Ministros: – São meros auxiliares do Presidente da República no exercício do Poder

Executivo e na direção superior da Administração Pública Federal (arts. 76, 84, II, e 87, CF)

– Requisitos:

• Ser brasileiro nato ou naturalizado, ou português equiparado;

• Ter mais de 21 anos de idade;

• Estar no pleno exercício dos direitos políticos.

– Atribuições (art. 87, parágrafo único, CF):

• Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades

da Administração na área de sua competência;

• Referendar os atos e decretos (regulamentares e inominados) assinados

pelo Presidente da República;

• Expedir instruções para execução das leis/decretos/regulamentos;

• Apresentar ao Presidente relatório anual da gestão no Ministério.

- Lei 10.683/2003 e alterações subsequentes.

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• Conselho da República:

– É órgão de consulta convocado para se pronunciar sobre a intervenção

federal, o estado de defesa e o estado de sítio (art. 90, I, CF), bem como

questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas (art. 90,

II, CF).

– Composição (art. 89, CF):

• Vice-Presidente da República;

• Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;

• Líderes da maioria e da minoria na Câmara e no Senado Federal;

• Ministro da Justiça;

• Seis cidadãos brasileiros, com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados

pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos

pela Câmara dos Deputados (todos com mandato de três anos, vedada a

recondução).

- Lei 8.041/1990 - Dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho

da República

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• Conselho de Defesa Nacional:

– É órgão de consulta convocado para se pronunciar nos assuntos

relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado

democrático (art. 91, CF), competindo-lhe (art. 91, § 1º, CF):

• Opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da

paz, bem como sobre a decretação do estado de defesa, do estado

de sítio e da intervenção federal;

• Propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis

à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso,

especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a

preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;

• Estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas

necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do

Estado democrático.

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• Conselho de Defesa Nacional:

– Composição (art. 91, CF): • Vice-Presidente da República;

• Presidente da Câmara dos Deputados;

• Presidente do Senado Federal;

• Ministro da Justiça;

• Ministro de Estado da Defesa;

• Comandantes da Marinha, do Exercito e da Aeronáutica;

• Ministro das Relações Exteriores;

• Ministro do Planejamento.

Lei 8.183/91: Dispõe sobre a organização e o funcionamento do

Conselho de Defesa Nacional e dá outras providências

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• Crimes de responsabilidade do Presidente: art 85.

• Lei especial que estabelece normas de processo e

julgamento: Lei 1.079/50.

• Qualquer cidadão pode denunciar o Presidente por crime de

responsabilidade.

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• Câmara faz análise prévia da viabilidade da denúncia, que deve ser aprovada por 2/3 dos membros.

• Admitida a denúncia: julgamento perante o Senado Federal.

• Enquanto processo tramita no Senado: Presidente fica suspenso de suas funções.

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• Prazo máximo da suspensão: 180 dias.

• Responsabilidade por infrações penais comuns:

• Deliberação prévia da Câmara (2/3)

• Processo de julgamento pelo STF

• Suspensão: ocorre se o STF receber a denúncia.

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• Infrações político-administrativas ou crimes de

responsabilidade (art. 85, CF):

- atos do Presidente da República cometidos no desempenho da

função que atentam contra a Constituição e, especialmente,

contra: • Existência da União;

• Livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério

Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;

• Exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

• Segurança interna do País;

• Probidade na Administração;

• Lei orçamentária;

• Cumprimento das leis e das decisões judiciais.

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PROCESSO DE IMPEACHMENT

• Juízo de admissibilidade do processo: a Câmara dos Deputados, após receber a acusação, apreciará a sua procedência (2/3 dos membros). –Admitida a acusação pela Câmara e iniciado o processo perante o

Senado, o Presidente da República será afastado de suas funções, por até 180 dias (art. 86, §§ 1º, II, e 2º, CF).

– Processo e julgamento: Competência =Senado Federal

–O Senado transformar-se-á num Tribunal Político de colegialidade heterogênea, que decidirá sobre a condenação do Presidente (2/3 dos membros).

– Sanções:

• Perda do cargo;

• Inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública.

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– Competência - STF

– Crimes comuns cometidos durante a vigência do mandato presidencial (ilícitos penais praticados in officio ou propter officium) = irresponsabilidade penal relativa.

– Juízo de admissibilidade: a Câmara dos Deputados, após oferecida denúncia ou queixa ao STF e solicitada autorização ao Legislativo, concederá licença (2/3 dos membros).

– Concedida a licença pela Câmara e recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções, pelo prazo máximo de 180 dias (art. 86, §§ 1º, I, e 2º, CF).

– Processo e julgamento: o STF poderá receber, ou não, a denúncia ou queixa oferecida contra o Presidente da República, julgando-o (Lei nº 8.038/90 e Regimento Interno do STF).

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• § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas

infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito

a prisão.

• § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato,

não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício

de suas funções.

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• (art. 86, § 3º, CF):

– Com a sentença condenatória, o Presidente da República

sujeitar-se-á à prisão, perdendo, após o trânsito em julgado,

os direitos políticos (enquanto durarem os efeitos) e, por

conseguinte, o cargo (art. 15, III, CF).

–Os Governadores de Estado/DF gozam de imunidade formal

em relação ao processo, desde que prevista nas Constituições

Estaduais ou na Lei Orgânica do DF.

–O STF não admite a “imunidade formal em relação à prisão”

ou a “regra de irresponsabilidade penal relativa” para os

Governadores de Estado/DF.