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 DIREITO DAS COISAS - são direitos reais de natureza patrimonial; - há uma relação de domínio eer!ida pela pessoa "su#eito ati$o% so&re a !oisa' não há um su#eito passi$o determinado' sendo este toda !oleti$idade; - o CC()* não há pre$isão para a propriedade literária' !ultural e artísti!a' +ue se en!ontra re,ulament ada pela ei ./01)(.2 ' norma dis!iplinadora dos direitos patrimoniais e morais do autor; - o CC()* !ontinua tratando da propriedade so &r e &ens !orp3r eos' !on!eituados por al,uns #uristas !omo sendo !oisas; - COISAS 4 a epressão ,5nero' a a&ran,er tudo a+uilo +ue não 4 humano; en+uan to +ue os 6E7S são es p4! ie' !oisas !om int eresse #ur ídi! o e(ou e!on8mi!o; - ressal$a-se +ue a respeito dos direitos do autor' +ue tem por o&#eti$o &ens in!orp3reos' de$endo ser tratados !omo direitos da personalidade e não !omo propriedade' em seu sentido amplo; DIREITOS REAIS São as relaç9es #urídi!as esta&ele!idas entre pessoas e !oisas determinadas ou determi $eis' tendo !omo :u ndamento prin!ipal o !on!ei to de propriedade' se#a ela plena ou restrita; !onstitui um poder imediato +ue a pessoa e er!e so&re a !oisa' !om e!á!ia !ontra todos " erga omnes%' op9e- se ao direito pessoal' pois este traz uma relação pessoa-pessoa' ei,indo-se determinados !omportamentos CARACTERISTICAS a) oponi&ilidade erga omnes' !ontra todos os mem&ros da !oleti$idade; b) eist5n!ia de um direito de se+uela' uma $ez +ue os direitos reais aderem ou colam a !oisa; c) pre$isão de um direito de pre:eren!ia a :a$or do titular de um direito real' !omo 4 !omum nos direitos de ,aran tia so&re !oisa alheia "penhor e hipote!a%; d) possi&ilidade de a&andono dos direitos reais < renun!ia; e) $ia&ilidade de in!orpor ão da !oisa po r meio da po sse' de um domínio :áti!o; f) pre$isão de usu!apião !omo um dos meios de sua a+uisição' este não atin,e apenas a propriedade' mas tam&4m outros direitos reais' !omo as ser$id9es; g) suposta o&edi5n!ia a um rol taati$o de institutos pre$istos em lei' o +ue !on sa,ra o  principio da taxatividade ou tipicidade dos direitos reais' por4m' tal o&edi5n!ia $em sendo !ontestada; h) re ,5n!ia pelo  principio da publicidade dos atos' o +ue se dá pela entre,a da !oisa < tradição &ens mo$eis e re,istro &ens im3$eis/ - 4 !omum armar +ue os direito s reais são absolutos , no sentido de +ue trazem e:eitos !ontra todos "  principio do absolutismo %' por 4m 4 pr e!i so es!lare!er +ue esse a&solutismo não si,ni!a dizer +ue os direitos reais ,eram um poder ilimitado de seus titulares so&re &ens +ue se su&metem a sua autoridade' !omo +ual+uer outro direito :undamental o ordenamento  #urídi!o o su&mete a uma ponderação de $alor es;

Direito Das Coisas

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DIREITO DAS COISAS- so direitos reais de natureza patrimonial;- h uma relao de domnio exercida pela pessoa (sujeito ativo) sobre a coisa, no h um sujeito passivo determinado, sendo este toda coletividade;- o CC/02 no h previso para a propriedade literria, cultural e artstica, que se encontra regulamentada pela Lei 9.610/98, norma disciplinadora dos direitos patrimoniais e morais do autor;- o CC/02 continua tratando da propriedade sobre bens corpreos, conceituados por alguns juristas como sendo coisas;- COISAS a expresso gnero, a abranger tudo aquilo que no humano; enquanto que os BENS so espcie, coisas com interesse jurdico e/ou econmico;- ressalva-se que a respeito dos direitos do autor, que tem por objetivo bens incorpreos, devendo ser tratados como direitos da personalidade e no como propriedade, em seu sentido amplo;DIREITOS REAISSo as relaes jurdicas estabelecidas entre pessoas e coisas determinadas ou determinveis, tendo como fundamento principal o conceito de propriedade, seja ela plena ou restrita; constitui um poder imediato que a pessoa exerce sobre a coisa, com eficcia contra todos (erga omnes), ope-se ao direito pessoal, pois este traz uma relao pessoa-pessoa, exigindo-se determinados comportamentosCARACTERISTICAS a) oponibilidade erga omnes, contra todos os membros da coletividade;b) existncia de um direito de sequela, uma vez que os direitos reais aderem ou colam a coisa;c) previso de um direito de preferencia a favor do titular de um direito real, como comum nos direitos de garantia sobre coisa alheia (penhor e hipoteca);d) possibilidade de abandono dos direitos reais renuncia;e) viabilidade de incorporao da coisa por meio da posse, de um domnio ftico;f) previso de usucapio como um dos meios de sua aquisio, este no atinge apenas a propriedade, mas tambm outros direitos reais, como as servides;g) suposta obedincia a um rol taxativo de institutos previstos em lei, o que consagra o principio da taxatividade ou tipicidade dos direitos reais, porm, tal obedincia vem sendo contestada;h) regncia pelo principio da publicidade dos atos, o que se d pela entrega da coisa tradio bens moveis e registro bens imveis.- comum afirmar que os direitos reais so absolutos, no sentido de que trazem efeitos contra todos (principio do absolutismo), porm preciso esclarecer que esse absolutismo no significa dizer que os direitos reais geram um poder ilimitado de seus titulares sobre bens que se submetem a sua autoridade, como qualquer outro direito fundamental o ordenamento jurdico o submete a uma ponderao de valores;- se essa mitigao atinge todos os direitos da personalidade, tidos como fundamentais por sua posio constitucional, o que dizer ento dos direitos reais, existem claras restries previstas em lei, sendo a mais invocada a funo social da propriedade, art. 5 XXIII;- a autonomia privada conceitua como o direito que a pessoa tem de regulamentar os prprios interesses. A influncia da autonomia privada no Direito das Coisas pode trazer a concluso de que o rol constante no art. 1225 no taxativo, mas exemplificativo, havendo uma quebra parcial do principio da taxatividade; assim de acordo com atual entendimento, a relao do art. 1225 aberta, pela possibilidade de surgimento de novos direitos reais;- tudo isso em razo do principio da operabilidade, trazendo um sistema aberto de clusulas gerais;- o surgimento de novos direitos reais encontra limites em norma cogentes, caso daquelas que consagram a funo social da propriedade (art. 5, XXII e XXIII CF e 1228 1 CC);

DIREITOS REAISDIREITOS PESSOAISDIREITOS PATRIMONIAIS

ContedoRelaes jurdicas estabelecidas entre pessoas e coisas, podendo elas serem diretas, sem qualquer intermediao por outra pessoa, como ocorre nas formas originarias de aquisio da propriedade (usucapio)Relaes jurdicas estabelecidas entre duas ou mais pessoas, sendo o objeto ou contedo imediato a prestao

SujeitosH apenas um sujeito ativo determinado, sendo sujeitos passivos toda a coletividadeH em regra um sujeito ativo, que tem um direito (credor) e um sujeito passivo, que tem o dever obrigacional (devedor) comum o sinalagma

PrincipioInfluencia do principio da publicidade diante da importncia da tradio e do registro, principais formas derivadas de aquisio da propriedade (cresce a influencia do principio da autonomia privada)Influencia do principio da autonomia privada, em que surgem os contratos e as obrigaes nas relaes intersubjetivas

Eficciaerga omnes (principio do absolutismo)Inter partes no caso dos contratos, porm forte tendncia de se apontar a eficcia deles perante terceiros, como eficcia externa da funo social dos contratos

RolRol supostamente taxativo (art. 1225)Rol exemplificativo (art. 425) pela licitude de criao de contratos atpicos

Traz o direito de sequela, respondendo a coisa onde quer que ela estejaResponsabilidade patrimonial dos bens do devedor pelo inadimplemento da obrigao

Carter permanente, base da propriedadeCarter transitrio (h contratos que apresentam relao de perpetuidade como os de plano de sade e seguro de vida)

- a jurisprudncia tem reconhecido que mesmo os direitos reais devem ter os efeitos restringidos. Estabelece a Sumula 308 STJ A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior celebrao da promessa de compra e venda, no tem eficcia perante os adquirentes do imvel.;- um dos principais efeitos da hipoteca a constituio de vinculo real, que acompanha a coisa (art. 1419). Esse vnculo (direito de sequela) tem efeitos erga omnes, dando direitos de excusso ao credor hipotecrio, contra que esteja o bem (art. 1422);- a referida sumula visa proteger o consumidor adquirente do imvel, restringindo os efeitos da hipoteca s partes contratantes;- presente a boa-f do adquirente, por essa pontualidade negocial, no poder ser responsabilizado o consumidor pela conduta da incorporadora, que acaba no repassando o dinheiro ao agente financiador. A boa-f objetiva envolve ordem publica, pois caso contrrio no seria possvel a restrio do direito real;- a sumula ainda mantem relao com o principio da funo social dos contratos, pois visa preservar os efeitos do contrato de compra e venda do imvel a favor do consumidor, parte economicamente mais fraca. Protege tambm o direito moradia assegurado no art. 6, caput, da CF, tende-se preservar o negocio jurdico diante do principio da conservao negocial;- a posse representa a exteriorizao do domnio, trata-se de um direito de natureza especial, uma vez que no consta no rol do art. 1225. A posse sendo um fato tambm direito.ZONA INTERMEDIRIA- as obrigaes reais ou propter rem em razo da coisa situam-se em uma entre os direitos reais e os direitos obrigacionais de cunho patrimonial (obrigao do proprietrio de pagar as despesas do condomnio);- o abuso de direito de propriedade ou ato emulativo (art. 187 e 1228 2 CC) prev este ultimo que so proibidos os atos que no trazem ao proprietrio qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela inteno de prejudicar outrem trata-se de um exerccio da propriedade que repercute no direito obrigacional, particularmente na responsabilidade civil;DIREITO DAS COISAS E A CF FUNO SOCIAL DO CONTRATO- garantido a todos os brasileiros e estrangeiros residentes no Pas, propriedade (art. 5 caput) garantido o direito de propriedade (inciso XXII), a propriedade atender a sua funo social (inciso XXIII) o direito de propriedade um direito triplamente fundamental, devendo ele atender aos interesses sociais;- segundo STF o direito de propriedade no se reveste de carter absoluto, descumprida a funo social que lhe inerente, legitimar-se- a interveno estatal na esfera dominial privada, observados, contudo, para esse efeito, os limites, as formas e os procedimentos fixados pela prpria CF. o acesso terra, a soluo dos conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imvel rural, a utilizao apropriada dos recursos naturais disponveis e a preservao do meio ambiente constituem elementos de realizao da funo social da propriedade;- h ampla proteo propriedade, seja quanto aos interesses individuais do proprietrio, ou no que toca proteo dos direitos da coletividade;- direito de propriedade, como direito subjetivo, no absoluto, no caso de iminente perigo pblico a autoridade competente poder usar da propriedade particular, assegurada ao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano (art. 5 XXV da CF);- a proteo da propriedade e o principio da funo social devem ser aplicados em harmonia com os demais princpios da ordem econmica, caso da livre iniciativa. A defesa do meio ambiente entre os princpios da valorizao da propriedade (art. 170);- funo socioambiental da propriedade expressa no art. 225 CF, pela proteo odo bem ambienta, bem difuso, de todos, que visa sadia qualidade de vida das presentes e futuras geraes;- nos termos do art. 225 1 incumbe ao Estado executar medidas de poltica pblicas para assegurar a efetividade desse direito. Tais medidas limitam o prprio exerccio do domnio, da propriedade;- o art. 225 3 consagra o principio do poluidor-pagador, prevendo a responsabilidade objetiva e solidaria de todos aqueles que causam danos ambientais, o que regulamentado pela Lei 6938/81. No se deve ter em mente a ideia de que admissvel a poluio, a prioridade justamente impedir o dano ambiental, pela preveno e pela precauo;- quanto s politicas publicas urbanas, devem elas serem executadas pelo Poder Publico municipal tendo por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus ambientes (art. 182 CF) tambm guarda relao com o bom exerccio do direito de propriedade, estando a poltica urbana regulamentada pelo Estatuto da Cidade (Lei 10257/01);- a propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exigncias fundamentais de ordenao da cidade expressas no plano diretor (art. 182 1 e 2);- facultado ao Poder Pblico municipal exigir do proprietrio do solo urbano no edificado subutilizado ou no utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob, pena;- a usucapio