Direito Internacional Público

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  • DIREITO INTERNACIONAL PBLICO

    - O que o DIP? (diferenas entre direito internacional privado e relaes internacionais) - Quais so os sujeitos do DIP? - Quais so as funes do DIP?

    O FOCO DA MATRIA SER NO DIREITO INTERNACIONAL CONTEMPORNEO.

    Respostas do texto: o direito internacional em um mundo de transformao. 1- Estado como titular de direitos (1075). Soberania do Estado. Imperialismo, colonialismo, guerras, violao aos direitos humanos, pobreza crnica. 2- O conceito da comunidade internacional de indivduos ligado ao conceito de solidariedade e no mais ao conceito de soberania. DUDH 1948 jus cogens. Princpio da jurisdio universal. 3- O Estado pode ser um indivduo de direitos. Responsabilidade do Estado e do indivduo. (1102/1092). 4- meio ambiente, erradicao da pobreza, uso de armas nucleares, corrida armamentista, desarmamento, informao novas tecnologias) DUDH, desenvolvimento humano, migrao, superao das desigualdades econmicas entre os pases e interna tambm.

    Jus cogens parte dos autores aceita existncia de um corpo de regras internacionais obrigatrias e que, portanto, no poderiam ser contrariadas por outros tratados. Um

    tratado que viola a regra de jus cogens no passvel de convalidao, pois o tratado nasce nulo, ainda que desejado pelas partes.

    FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PBLICO

    1- Art. 38, Estatuto Corte Internacional de Justia (CIJ). NO EXISTE HIERARQUIA DAS FONTES NO DIREITO INTERNACIONAL. A) Tratados: principal fonte do DIP. B) Costumes: principal fonte do DIP. C) Princpios gerais de direito internacional: principal fonte do DIP. Tem base nos

    direitos internos. Irretroatividade da lei, princpio da legalidade, etc. D) Doutrina: interpreta e aplica as principais fontes do DIP. E) Jurisprudncia: interpreta e aplica as principais fontes do DIP.

    2- Outros A) Atos unilaterais: atos que em determinadas circunstncias tero valor jurdico

    obrigatrios. B) Resolues de assembleia geral

    TRATADOS

    1- Conceitos: fontes de um juiz internacional utiliza para resolver um caso. So as formas que do vida a determinadas organizaes sociais. So SEMPRE escritos. um acordo internacional celebrado, por escrito, entre Estados ou Estados e organizaes sociais, regido pelo direito internacional ou seja, Estados se submetem voluntariamente, sempre escrito, por exemplo, se o Brasil contrata uma empresa argentina para fazer asfalto, no tratado internacional, porque uma das partes uma empresa privada. J a empresa do Paraguai e o Brasil com a usina de Itaipu sim um tratado internacional, e a base da relao tem que ser o direito internacional. A compra de um terreno na China para embaixada no tratado internacional, porque a base vai ser contrato de

  • compra e venda, direito interno da China, por exemplo. Regula os mais variados temas. um acordo internacional concludo por escrito entre Estados ou entre Estados e Organizaes Internacionais, regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento nico, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominao especfica.

    2- Caractersticas gerais A) Consensualismo: todo direito internacional tem como fundamento a autonomia

    da vontade das partes. Entre os Estados que voluntariamente iro concordar em ceder parte de sua soberania a outro Estado. Fundamenta-se sobre a autonomia da vontade dos sujeitos de direito internacional. Os prprios sujeitos definem as caractersticas do futuro tratado.

    B) Ausncia de hierarquia: dos tratados, no dos pases, porque todo pas soberano. Existem diferentes tratados, mas nenhum mais importante que o outro. No h hierarquia entre tratados. Cada fonte normativa, como os sistemas regionais de integrao, Organizaes Internacionais ou diferentes conjuntos de Estados sem qualquer ligao institucional pr estabelecida, cria normas prprias que no tm ligao hierrquica com outras normas existentes. H duas excees: as normas jus cogens, que uma espcie de norma obrigatria a todos os Estados e que, portanto, se coloca acima dos demais tratados, que so algumas normas da DUDH, que so consideradas superiores na comunidade internacional e o art. 103 da carta da ONU.

    C) Ausncia de formalismo: tem que ser escrito, mas o formato, o tamanho, o tipo do artigo, por exemplo, no h procedimento especfico exigido para esses aspectos. Os tratados devem ser realizados por escrito. No entanto no existem procedimentos especficos, rgidos para a redao dos tratados.

    3- Nomenclaturas A) Tratado: igual acordo, convnio (no confundir com conveno), carta, pacto...

    todos tm o mesmo valor poltico/jurdico. Como espcie utilizado para tratado solene.

    B) Declarao: diferente de tratado, porque rene princpios gerais, porque no existe um consenso entre os Estados sobre um determinado tema. Tem consequncias se descumprir, mas no tem o poder, a fora jurdica obrigatria. Mas pode chegar a se tornar um tratado. A exceo a DUDH (que tem a fora jurdica obrigatria). um tratado que cria princpios gerais, mas no gera compromisso para os sujeitos de direito internacional.

    C) Estatuto: tem valor jurdico obrigatrio, mas no um tratado, somente regula as regras do mesmo. Tambm define os tratados que criam uma Organizao Internacional, estabelecem suas normas gerais, os critrios de funcionamento...

    D) Protocolo: um tipo de complemento de convenes, por exemplo, o protocolo das crianas armadas, que fica dentro da conveno de direito das crianas, pois trata um mesmo tema, em perspectiva diferente. O protocolo como se fosse um novo tratado.

    E) Carta ou pacto: pode ser tanto um tratado solene ou outros tratados importantes que estabelecem direitos e deveres para as partes.

    F) Acordo: o uso mais comum em direito internacional para tratados de cunho econmico, financeiro, comercial ou cultural.

    G) Convnio: tratado em matria cultural ou de transporte. 4- Tipos de tratados

    A) Bilaterais: entre dois Estados ou um estado e uma Organizao Internacional. B) Multilaterais: entre muitos Estados e/ou Estados e Organizaes Internacionais.

    5- Princpio pact sunt servanda: quando h poucos Estados ou Organizaes Internacionais em negociao, o texto final precisa ser aceito por todos. Caso

    Art. 103 No caso de conflito entre as obrigaes dos Membros das Naes Unidas, em virtude da presente Carta e as obrigaes resultantes de qualquer outro acordo internacional, prevalecero as obrigaes assumidas em virtude da presente Carta.

  • contrrio, a falta de engajamento posterior por um deles pode levar ineficcia do tratado com um todo. Quando se trata de uma negociao multilateral, no entanto, raramente possvel chegar a um consenso sobre o texto final. At o ltimo momento, os negociadores tentam fazer valer pontos de vista na construo do texto do tratado. Neste sentido, a regra geral a adoo do texto por dois teros do negociadores. A adeso do texto no revela compromisso algum, no h incidncia do princpio pacta sunt servanda, que a necessidade de agir de boa f em relao ao texto negociado. A violao do princpio da boa f no direito internacional ocorre quando o Estado anuncia claramente que tem a inteno de se comprometer com um tratado, revelando sua vontade perante a comunidade internacional, mas na prtica age em sentido oposto.

    6- Processo de criao de tratados : A) Negociao: o tratado dividido em prembulo (parte inicial com princpios gerais

    do tratado); dispositivo (todas as normas) e anexos (estatsticas, dados, etc.). art. 49, CF: MRE (ministrio de relaes exteriores) cmara dos deputados senado presidente do senado promulga um decreto legislativo referendo interno do congresso nacional senado ratifica atravs do presidente e publica (que serve pra gerar efeitos internos, um decreto executivo). Prembulo: a introduo ao tratado, no cria compromissos s partes. Tem a funo de identificar as partes no tratado, os motivos que levaram essas partes a redigirem uma norma internacional e os princpios gerais que devem ser levados em considerao na interpretao do tratado com um todo. O texto do prembulo no sem valor. certo que no tem, por si, fora de obrigar as partes. No entanto, ele pode ser invocado para dirimir dvidas de interpretao sobre o dispositivo ou mesmo sobre os anexos do tratado. Assim como na lei, no tratado no devem existir expresses inteis. Dispositivo: contm os compromissos negociados entre as partes. As clusulas finais determinam as disposies gerais do tratado, fixando os idiomas, os procedimentos para alterao do texto, a possibilidade ou no de reservas, as regras para assinatura e ratificao, entre outros. Anexos: tem como objetivo deixar o tratado mais leve, retirando do dispositivo detalhes, nmero e percentagens que dificultam sua compreenso. A criao de anexos uma faculdade dos Estados e no uma obrigao.

    B) Adoo: uma vez que se negocia o tratado, ele adotado, por votao geralmente. Adoo ou autenticao do texto o ato pelo qual se reconhece a equivalncia entre o contedo do texto negociado e aquele apresentado ao final da negociao. A autenticao do texto pode ser feita pela assinatura dos diplomatas presentes ao final da negociao ou ad referendum, com a assinatura posterior pelos representantes dos Estados.

    C) Assinatura: depois de adotado parte para assinatura, tem peso diferente de ratificao. Na assinatura diz que concorda com o tratado, uma passo inicial, tem a consequncia de que no pode o pas ter nenhuma ao que v contra a essncia do tratado assinado, tem valor poltico muito forte. A assinatura o ato emanado pelo representante do Estado, concordando com seu contedo. Cada Estado ou Organizao Internacional tem a competncia de indicar a pessoa responsvel pela assinatura. Em geral, a assinatura realizada pelo Chefe do Poder Executivo. Nos tratados bilaterais, de forma similar, raramente se aceita a assinatura sem ratificao, pois, se existem apenas duas partes, a simples assinatura no gera qualquer efeito para nenhum dos Estados.

    D) Ratificao: vem depois da assinatura, onde o Estado se obriga formalmente a todas as noras do tratado. D consentimento da aceitao do tratado. o ato formal do Estado pelo qual indica seu consentimento em estar submetido a um determinado tratado. Tambm conhecida por aceitao, aprovao ou ato

    Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimnio nacional;

  • formal de confirmao. Quando o tratado j foi negociado e assinado e suas partes permitem que outros sujeitos o ratifiquem, diz-se que h a adeso ou acesso destes. No necessariamente o tratado deve estar em vigor, mas a negociao j est encerrada, o texto est pronto, e as novas partes aceitam o texto construdo pelos demais, ou seja, no participam da negociao e apenas podem aceitar o tratado tal como ele foi negociado. A ratificao IRRETRATVEL, ou seja, o Estado ou Organizao Internacional no pode voltar atrs em sua posio, mesmo se o tratado ainda no entrou em vigor ou as demais partes ainda no o ratificaram. No pode retratar a ratificao depois da entrada em vigor do tratado, pro respeito ao princpio pacta sunt servanda. No pode retirar a ratificao antes da entrada em vigor, por respeito ao principio da boa f. Art. 49, CF.

    E) Publicao - Brasil

    7- Reservas: art. 2, CVDTs 1969 (Conveno de Viena). uma declarao unilateral do Estado, exclui ou modifica o efeito jurdico da disposio do tratado. Pode o Estado aceitar o tratado com alguma ressalva a algum ou outro termo, nem todos os tratados admitem reservas. Quando o Estado faz uma reserva sobre determinado artigo e no ser obrigado a cumprir aquele artigo. Art. 19, CVDTs -> estabelece quando uma reserva proibida. Em tratados bilaterais as reservas no so permitidas, porque significam, na prtica a no aceitao de um ponto negociado anteriormente e mostra a necessidade de renegociao do tratado, pois pode prejudicar o equilbrio entre as partes. Assim, nos tratados bilaterais, as reservas precisam ser aceitas pela parte contrria e tm, na prtica, o efeito de modificar o tratado. Reserva uma declarao unilateral, feita por um sujeito de direito internacional ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurdico de certas disposies do tratado em sua aplicao nesse Estado ou Organizao Internacional. Logo, a reserva pode ocorrer em diferentes momentos at o engajamento definitivo. Aps o engajamento definitivo, as reservas somente podero ser feitas com o consentimento das demais partes do tratado. Sempre possvel fazer reservas, exceto quanto: o tratado prev expressamente a impossibilidade de reservas; o tratado prev a possibilidade de fazer reservas apenas sobre determinadas questes preestabelecidas; o tratado no prev reservas, mas estas se referem a questes essenciais do tratado, cuja reserva incompatvel com o objeto ou com a finalidade do tratado. Apenas aqueles que ratificaram o tratado podem fazer reservas. As reservas feitas pelos que no ratificaram servem apenas para informar aos demais sujeitos de direito internacional sua opinio sobre a questo, mas no geram quaisquer efeitos jurdicos. A reserva sempre feita por escrito, limitam os efeitos jurdicos do tratado para uma das partes, em relao s demais. No Brasil, as reservas podem ser feitas tanto pelo legislativo quando pelo executivo. O termo jurdico utilizado para as reservas feitas pelo poder legislativo a aprovao com restries. Quando as reservas so elaboradas pelo executivo, devem ser confirmadas pelo legislativo. A reserva impede a entrada em vigor de parte do tratado para um Estado. como se essa parte no existisse. As reservas ficam anexas ao texto do tratado. Os Estados podem retirar suas reservas quando considerarem ser conveniente. A reserva deixa de vigorar entre as partes a partir do momento em que o Estado recebe a notificao da retirada da reserva.

    8- Declarao interpretativa: quando o Estado ratifica um tratado, mas faz uma declarao para que determinados artigos sejam interpretados de outra determinada maneira. Mas no pode modificar a essncia do tratado, s para deixar o artigo mais claro para aquela determinada sociedade. Uma declarao interpretativa a manifestao unilateral do Estado ou da Organizao Internacional, pelo qual concorda com o engajamento ao tratado, condicionado a que determinada parte do

    Artigo 2. Definies 1 - Para os fins da presente Conveno: d) Reserva designa uma declarao unilateral, qualquer que seja o seu contedo ou a sua denominao, feita por um Estado quando assina, ratifica, aceita ou aprova um tratado ou a ele adere, pela qual visa excluir ou modificar o efeito jurdico de certas disposies do tratado na sua aplicao a esse Estado

    Artigo 19. Formulao de reservas Um Estado pode, no momento da assinatura, da ratificao, da aceitao, da aprovao ou da adeso a um tratado, formular uma reserva, a menos que: a) A reserva seja proibida pelo tratado; b) O tratado apenas autorize determinadas reservas, entre as quais no figure a reserva em causa; ou c) Nos casos no previstos nas alneas a) e b), a reserva seja incompatvel com o objeto e o fim do tratado

  • texto do tratado seja interpretada de uma forma particular. As declaraes interpretativas so relevantes, sobretudo quando o texto do tratado dbio, podendo ser interpretado de diversas formas. No se trata de uma limitao do tratado, mas de um engajamento condicional. Diferente das reservas, a declarao interpretativa aceita a vigncia do tratado como um todo, mas apenas com determinada interpretao de seu texto.

    9- Internacionalizao de tratados e valor normativo: h duas correntes de internacionalizao de tratados. A dualista, que mais geral, possui duas ordens jurdicas, a aplicao do tratado em dois aspectos, nacional e internacional. E monista, que no tem essa diviso. J o valor normativo dos tratados so dois, em regra geral atingem fora de norma infraconstitucional. H duas possibilidades: os tratados que afastam a aplicao de direitos internos e os DHs que so constitucionais desde a EC 45/2004. No Brasil, a teoria e os tribunais consideram a existncia de um sistema dualista moderado. Existe um duplo procedimento para que o tratado seja totalmente vlido: o engajamento internacional, pelo qual o Estado se compromete perante os demais Estados-partes no tratado e o engajamento nacional, com a edio de uma norma interna, a partir da qual o tratado obriga os nacionais. Chama-se dualismo moderado, porque apenas somos dualistas durante o perodo entre a ratificao do tratado e a sua promulgao. No Brasil o tratado internalizado com a promulgao do decreto executivo. O decreto executivo tem trs funes: a promulgao do tratado; a publicao oficial do seu texto; a executoriedade do ato internacional, que passa, ento, e somente ento, a vincular e a obrigar no plano do direito positivo interno. Para a segunda corrente, aceita pelo Supremo Tribunal Federal, h no Brasil um dualismo moderado. O Congresso Nacional autoriza a ratificao do tratado, mediante o decreto legislativo. A ratificao ento realizado pelo presidente da repblica, atravs do depsito do ato de ratificao junto ao depositrio do tratado. A partir deste ato, o Brasil est vinculado s demais partes do tratado. Apenas aps a publicao do decreto executivo, o tratado integrar tambm a ordem jurdica brasileira. Durante o perodo entre o depsito do instrumento de ratificao e a promulgao do decreto executivo, o pas aceita duas ordens jurdicas, uma nas relaes exteriores e outra nas relaes domsticas. Por isso o Brasil considerado dualista. O adjetivo moderado vem do fato de que se trata de uma situao, em geral, passageira, de curto perodo porque, aps a promulgao do tratado, este passa a incorporar o ordenamento jurdico nacional. Na prtica, o sistema dualista moderado aquele efetivamente aceito. Existe um duplo engajamento do Estado: com a ratificao, o pas engaja-se perante os demais Estados; com a promulgao (publicao do decreto executivo), o tratado passa a vigorar no territrio nacional. Valor normativo no Brasil, os tratados em geral tm fora de norma infraconstitucional. Os tratados de direitos humanos, em particular, quando aprovados na forma de projeto de emenda constitucional, tm fora de norma constitucional. Os tratados em geral revogam as normas de direito interno anteriores que lhes sejam contrrias. Tratados de direitos humanos, ratificados de acordo com o mesmo procedimento para aprovao de emenda constitucional, prevalecem sobre outras normas internas, mesmo posteriores, e somente podero ser modificados por outras emendas constitucionais ou outros tratados da mesma natureza, desde que ratificados de acordo com o mesmo procedimento. A fora normativa do tratado em geral depende de seu contedo.

    TRATADOS

    1- Entrada da vigncia: art. 24, CVDTs: se no estiver no tratado a entrada em vigor, entra em vigor assim que todos os pases participantes o ratificarem. Se um pas entrar

    Artigo 24. Entrada em vigor 1 - Um tratado entra em vigor nos termos e na data nele previstos ou acordados pelos Estados que tenham participado na negociao. 2 - Na falta de tais disposies ou acordo, um tratado entra em vigor logo que o consentimento em fica r vinculado pelo tratado seja manifestado por todos os Estados que tenham participado na negociao. 3 - Quando o consentimento de um Estado em ficar vinculado por um tratado for manifestado em data posterior da sua entrada em vigor, o tratado, salvo disposio do mesmo em contrrio, entra em vigor relativamente a esse Estado nessa data. 4 - As disposies de um tratado que regulam a autenticao do texto, a manifestao do consentimento dos Estados em ficarem vinculados pelo tratado, os termos ou a data da sua entrada em vigor, as reservas, as funes do depositrio, bem como outras questes que se suscitam necessariamente antes da entrada em vigor do tratado, so aplicveis desde a adoo do texto.

  • e o tratado j estiver em vigor valer assim que o mesmo ratificar o contrato. A entrada em vigor do tratado pode ocorrer em determinada data com um nmero de ratificaes ou com outra condio especfica. Quando inexiste regra explcita, presume-se que o tratado entra em vigor com a ratificao dos Estados que o negociaram. Esse perodo de vocatio legis entre a adoo do texto e a entrada em vigor pode ser muito longo. A entrada em vigor dos tratados multilaterais raramente ocorre para todos os Estados de uma s vez. Por isso, diz-se que a entrada em vigor dos tratados multilaterais , geralmente, escalonada. Assim, a entrada em vigor no mbito externo condio para a exigibilidade no mbito domstico.

    2- Efeitos jurdicos: A) Cumprir de boa f: dever de cumprir de boa f (pacta sunt servanda); B) Validez territorial e temporal: princpio da irretroatividade da lei s funcionava a

    partir de quando o tratado entrasse em vigor. Se o fato acontecer antes do tratado entrar em vigor, no acontece nada. S ter vnculo jurdico depois que o mesmo entrar em vigor.

    C) Terceiros Estados: s ter efeitos nos pases que ratificarem o tratado, no atinge os pases que no ratificarem, pode at atingir positiva ou negativamente, se negativamente o pas pode entrar com uma ao. Terceiros estados no vo ter nenhuma interveno naquele tratado, s gera obrigao nos pases que o ratificaram. Exceo: art. 35 e 36, CVDTs.

    3- Condio de validade: para ser vlido o tratado precisa atender a trs critrios A) Capacidade das partes: Estados e Organizaes Internacionais que podem

    celebrar tratados. Representantes: diplomatas precisam ter sua competncia reconhecida pelos demais Estados. As Organizaes Internacionais tambm devem se ater competncia de acordo com o tema. Somente os sujeitos de direito internacional so capazes de firmar tratados. A capacidade dos Estados analisada a partir do reconhecimento do Estado, de seu governo e de seus representantes diplomticos.

    B) Objeto lcito: o tratado no pode violar nenhuma norma internacional e nem jus cogens. Nenhum Estado pode se negar a cumprir uma norma do tratado alegando que o mesmo fere uma norma interna, se uma norma interna for contra uma do tratado, o Estado tem a opo de revogar essa norma interna, criando outra, ou ento sai do tratado. Os tratados devem ter objeto lcito em relao ao direito interno e ao direito internacional. No entanto, o fato do tratado violar o direito interno no afeta o tratado, da mesma forma como o fato do tratado violar as normas internacionais mais reconhecidas. Da mesma forma os Estados no podem invocar seu direito interno para no cumprir determinado tratado. O Estado pode mudar sua legislao e tornar o tratado ou parte dele sem efeito, da mesma forma que pode retirar-se de um tratado em vigor.

    C) Consentimento livre: o consentimento tem que ser livre dos Estados. Se houver vcio (erro, dolo ou coao) no ser consentimento livre. Se tratar-se de um tratado bilateral este ser nulo, se for multilateral s ser nulo para os pases que sofreram o vcio.

    4- Interpretao: existem trs critrios de interpretao: objetivo, subjetivo e teleolgico. A) Objetivo: sentido autntico do tratado, expresso autntica da vontade das

    partes. B) Subjetivo: busca qual era a inteno dos agentes no momento do tratado. C) Teleolgico: busca o fim/objetivo efetivamente do tratado (geralmente presente

    no prembulo). A CVDTs, por exemplo, adotou a interpretao objetiva e teleolgica. Art. 31, CVDTs 1 sentido comum (objetivo)/contexto, objeto e fim

    Artigo 35. Tratados que preveem obrigaes para terceiros Estados Uma disposio de um tratado faz nascer uma obrigao para um terceiro Estado se as Partes nesse tratado entenderem criar a obrigao por meio dessa disposio e se o terceiro Estado aceitar expressamente por escrito essa obrigao. Artigo 36. Tratados que preveem direitos para terceiros Estados 1 - Uma disposio de um tratado faz nascer um direito para um terceiro Estado se as Partes nesse tratado entenderem conferir esse direito, por meio dessa disposio, ao terceiro Estado, ou a um grupo de Estados a que ele pertena, ou ainda a todos os Estados, e se esse terceiro Estado o consentir. Presume-se o consentimento enquanto no houver indicao em contrrio, salvo se o tratado dispuser de outro modo. 2 - Um Estado que exera um direito nos termos do n. 1 deve respeitar, para o exerccio desse direito, as condies previstas no tratado ou estabelecidas de acordo com as suas disposies.

    Artigo 31. Regra geral de interpretao 1 - Um tratado deve ser interpretado de boa f, de acordo com o sentido comum a atribuir aos termos do tratado no seu contexto e luz dos respectivos objeto e fim. 2 - Para efeitos de interpretao de um tratado, o contexto compreende, alm do texto, prembulo e anexos includos: a) Qualquer acordo relativo ao tratado e que tenha sido celebrado entre todas as Partes quando da concluso do tratado; b) Qualquer instrumento estabelecido por uma ou mais Partes quando da concluso do tratado e aceite pelas outras Partes como instrumento relativo ao tratado. 3 - Ter-se- em considerao, simultaneamente com o contexto: a) Todo o acordo posterior entre as Partes sobre a interpretao do tratado ou a aplicao das suas disposies; b) Toda a prtica seguida posteriormente na aplicao do tratado pela qual se estabelea o acordo das Partes sobre a interpretao do tratado; c) Toda a norma pertinente de direito internacional aplicvel s relaes entre as Partes. 4 - Um termo ser entendido num sentido particular se estiver estabelecido que tal foi a inteno das Partes.

  • (teleolgico)/acordo entre as partes. 2 - conduta das partes. 3 normas de direito internacional.

    5- Modificao: pode ser tcita ou expressa. Total ou parcial. Os tratados so modificados por vontade das partes. A) Tcita: se adota outro tratado que contradiz o tratado anterior. Ocorre pela

    produo de um tratado ou costume contrrio ao tratado anterior. Ocorre em duas situaes: quando as partes fazem um novo tratado, contrrio ao anterior, mas sem referncia expressa a este; quando a prtica contnua dos sujeitos de direito internacional em desencontro ao texto acordado gera um costume internacional. No direito internacional os costumes podem revogar normas.

    B) Expressa: se o tratado expressamente diz que modifica o anterior. Quando as partes redigirem outro tratado, contrrio ao anterior, revogando-o de forma clara, afirmando que, a partir da entrada em vigor do novo tratado, os dispositivos do tratado anterior no so mais aplicveis. Exige a manifestao favorvel de um nmero suficiente de Estados ou Organizaes Internacionais.

    C) Total: modifica por completo o tratado. Pode ser feita por meio de um novo tratado, que altera completamente o anterior (reviso do tratado).

    D) Parcial: uma emenda ao tratado, um procedimento mais flexvel. Pode ser feita por um tratado que apenas altera uma parte do texto antes consensual (emenda ao tratado)

    6- Cessao da vigncia e suspenso de aplicao: arts. 54 e 60, CVDTs. Cessao: termos previstos no tratado ou consentimento de todas as partes. Execuo integral / caducidade ou desuso / conflitos armados / inexecuo de uma das partes / denncia unilateral (nem todos os tratados admitem denncia). A cessao um tratado inteiro a suspenso um Estado em especial. Art. 60 violao de uma norma substancial, execuo integral. Denncia unilateral. Alguns tratados no admitem denncia (como o tratado de Direitos Humanos). Para o Estado que denuncia, o tratado perde o efeito. Art. 54 a) termo previsto no tratado, b) consentimento de todas as partes. Cessao tratado inteiro. Suspenso quanto ao Estado. Art. 31, CVDTs: 1- sentido comum, contexto, objetivo e fim, acordo entre as partes (teleolgico). 2- condutas das partes. 3- normas de direito internacional.

    Trabalho: PROTOCOLO DE QUIOTO. Eu, Jlia, Rodrigo e Leo.

    1- Costume: prticas reiteradas do sujeito de direito internacional (os Estados). No

    confundir com costume do direito interno, no direito internacional os costumes so muito fortes, tm peso grande tanto quanto tratados. Pode ser regional (praticado em um continente) ou universal (por todos os pases). Nem todos os Estados tm que pratic-lo, mas basta a maioria. Se consolida quando uma maior parte obedecer, a menor parte que no pratica, dever pratic-lo. Exceo = se um pas, em todas as resolues da ONU se mostrar contra esse costume ele no estar obrigado a cumpri-lo. Se o Estado se opor aps a sua formao, no adiantar nada, ele ainda ser obrigado a segui-lo. Um costume extinto quando surge um novo costume contrrio ao anterior, ou quando se adota um novo tratado que seja contra o costume. Tem uma importncia to grande quanto um tratado. Em geral o costume nasce a partir da repetio dos atos ao longo do tempo e surge, ento, o costume como fonte de direito. No entanto, o costume pode nascer da relao em sentido inverso. como uma norma no escrita, mas que se reflete em todos os espelhos. A prova do costume incumbe quele que o alega, e nem sempre tarefa fcil, sobretudo quando se trata de um costume regional ou mesmo bilateral, ou seja, considerado no a partir da prtica comum na sociedade internacional, mas apenas da prtica existente entre um grupo pequeno de Estados. Como o costume no criado, mas reconhecido, seu

    Artigo 54. Cessao da vigncia ou retirada de um tratado por fora das suas disposies ou por consentimento das Partes A cessao da vigncia de um tratado ou a retirada de uma Parte podem ter lugar: a) Nos termos previstos no tratado; ou b) Em qualquer momento, por consentimento de todas as Partes, aps consultados os outros Estados Contratantes

    Artigo 60. Cessao da vigncia de um tratado ou suspenso da sua aplicao como consequncia da sua violao 1 - Uma violao substancial de um tratado bilateral, por uma das Partes, autoriza a outra Parte a invocar a violao como motivo para fazer cessar a vigncia do tratado ou para suspender a sua aplicao, no todo ou em parte. 2 - Uma violao substancial de um tratado multilateral, por uma das Partes, autoriza: a) As outras Partes, agindo de comum acordo, a suspender a aplicao do tratado, no todo ou em parte, ou a fazer cessar a sua vigncia: i) Seja nas relaes entre elas e o Estado autor da violao; ii) Seja entre todas as Partes; b) Uma Parte especialmente atingida pela violao a invoc-la como motivo de suspenso da aplicao do tratado, no todo ou em parte, nas relaes entre ela e o Estado autor da violao; c) Qualquer outra Parte, exceto o Estado autor da violao, a invocar a violao como motivo para suspender a aplicao do tratado, no todo ou em parte, no que lhe diga respeito, se esse tratado for de tal natureza que uma violao substancial das suas disposies por uma Parte modifique radicalmente a situao de cada uma das Partes quanto ao cumprimento posterior das suas obrigaes emergentes do tratado. 3 - Para os efeitos do presente artigo, constituem violao substancial de um tratado: a) Uma rejeio do tratado no autorizada pela presente Conveno; ou b) A violao de uma disposio essencial para a realizao do objeto ou do fim do tratado. 4 - O disposto nos nmeros anteriores no prejudica qualquer disposio do tratado aplicvel em caso de violao. 5 - O disposto nos 1 a 3 no se aplica s disposies relativas proteo da pessoa humana contidas nos tratados de natureza humanitria, nomeadamente s disposies que probem toda a forma de represlias sobre as pessoas protegidas pelos referidos tratados.

  • contedo no facilmente determinvel. Depende de um esforo dos juristas. O reconhecimento de determinada prtica estvel entre os Estados passa, portanto, por trs etapas: o reconhecimento desta prtica como costume, pela continuidade; a fixao precisa de seu contedo, com os pontos comuns entre as diversas formas de sua manifestao e a determinao entre quais sujeitos de direito internacional pode ser aplicada. A) Elementos: tem vrios meios de provas, deve-se analisar a postura dos Estados,

    sobre o tema, o que ele costuma adotar na maioria dos casos. H 2 elementos e necessrio que esteja presente sempre os dois. Tem vrios meios de prova, deve-se analisar a postura dos Estados, sobre o tema, o que ele costumava adotar na maioria dos casos, etc. a) Elemento material ou objetivo: repetio, uso constante de uma prtica ou

    uso uniforme de uma prtica. Estabelece que os Estados tenham determinada prtica como habitual, durante um perodo razovel de tempo (usus ou diuturnitas). A prtica pode ser uma ao ou uma omisso em determinadas situaes similares. Os contornos dos atos no precisam ser exatamente os mesmos a cada situao; o importante a manuteno no ncleo da prtica ao longo do tempo. Inexiste um perodo de tempo mnimo para a configurao do costume.

    b) Elemento subjetivo: a convico que o Estado tem de que a prtica obrigatria juridicamente. Os Estados devem aceitar a prtica (opinio juris sive necessitatis). No haver costume se o ato for apenas tolerado ou, menos ainda, se a prtica for imposta por meio da fora. necessrio o reconhecimento da opinio juris necessitatis, ou seja, os Estados ou Organizaes Internacionais estejam convencidos de que a prtica necessria ou que integra o direito internacional.

    c) Elemento espacial: pode ser regional ou universal. Ser regional quando for apenas identificvel num determinado grupo de Estados. Ser mundial ou universal quando for amplamente aceito pela comunidade internacional. Os costumes universalmente aceitos, no entanto, no precisam ser realmente aceitos por todos os Estados. Basta que a maioria da comunidade internacional reconhea o costume para que ele seja considerado como um costume geral. possvel inclusive que um costume seja reconhecido por um determinado ambiente jurdico e no o seja por outro. Chamamos de ambiente jurdico um subsistema de normas dentro do direito internacional. Um ambiente jurdico pode ser formado por uma Organizao Internacional e suas normas, por um conjunto de tratados com caractersticas prprias ou mesmo por um ramo do direito internacional.

    B) Relao costume/tratado: h trs efeitos. a) Declarativo: sistematiza regras internacionais. Concretiza um costume j

    existente. Para dar mais objetividade/claridade. b) Cristalizador: alguma parte considervel j adota essa prtica para cristalizar

    um costume que estava por se consolidar. O tratado consolida o costume. Se tornar uma prtica at para os pases que no adotaram o tratado.

    c) Constitutivo: no h prtica, nem costume sobre esse determinado tema, mas da adota-se um tratado que gera uma sensibilizao que da gera um costume, o mais difcil de ocorrer dos 3 efeitos.

    2- Princpios gerais do direito internacional: so regras amplamente aceitas pela sociedade internacional, consolidadas por costumes internacionais. A consolidao pode decorrer da repetio em tratados, ou no uso em razes de julgamento comumente aplicadas nos tribunais nacionais e internacionais. Os princpios gerais de direito internacional so identificados nos tratados, em seu dispositivo, como nos

  • prembulos, e nas prticas dos Estados, como nos costumes. Entre os princpios gerais de direito internacional destacam-se: igualdade soberana; autonomia, no ingerncia nos assuntos internos dos outros Estados; interdio do recurso fora e soluo pacfica de controvrsias; respeito aos direito humanos; cooperao internacional. So reconhecidos pelas naes civilizadas (que tenham um sistema jurdico estruturado) e que respeite esses princpios. Utilizao do direito comparado = analisa-se os princpios internos, comparando-os e utilizando-os. Princpio da irretroatividade da lei, princpio da obrigatoriedade de reparao.

    3- Atos unilaterais: manifestao de vontade de um sujeito internacional que cria vnculo jurdico. Cria uma obrigao jurdica para o Estado que a fez. Manifestaes autnomas e no equvocas de uma vontade formulada publicamente por um ou vrios Estados, endereadas a um ou vrios Estados da sociedade internacional em geral ou de uma Organizao Internacional, com a inteno de criar obrigaes jurdicas no plano internacional. Podemos destacar os seguintes: normas internas, decises polticas, discursos dos governos, protestos e notificaes relacionadas a fatos jurdicos internacionais e o estoppel. Para serem invocveis como fonte de direito internacional, os ator unilaterais deve: emanar de um sujeito de direito internacional; no contrariar o direito internacional; refletir a vontade legtima de seu autor, portanto, sem vcios e com a inteno de cumpri-lo; dirigir-se ao pblico em geral. As principais fontes de atos unilaterais so as Organizaes Internacionais e os Estados, cada qual com caractersticas prprias. As Organizaes Internacionais produzem diferentes atos unilaterais. A importncia dos atos depende da efetividade da prpria organizao ou do rgo que o emanou. A) Atos unilaterais em sentido prprio: tem como requisitos objeto lcito, capacidade

    da parte (o ato tem que vir de um rgo competente para comprometer Estado internacionalmente), forma (que seja pblica), consentimento (que no tenha vcio). Podem ser revogados, porm no de forma arbitrria.

    B) Estoppel: um determinado Estado adota uma ao (conduta) e um segundo Estado adota outra ao com base naquela do primeiro Estado. a impossibilidade de uma parte alegar ou negar um fato ou exigir um direito, em detrimento de outra parte, em virtude de uma conduta anterior, tal como uma alegao, uma negao ou seu reconhecimento prvio de determinada situao. Trata-se da criao de uma situao de fato clara e no ambgua, voluntria, incondicional, autorizada, de acordo com a boa-f que leva uma outra parte a mudar sua posio e sofrer um prejuzo. a) Ao de um Estado b) Conduta seguida por outro Estado c) Impossibilidade de alegaes contrrias que lesiona as expectativas criadas

    pela ao do primeiro estado C) Aquiescncia: silncio, passividade de um Estado que poderia ter tomado uma

    ao, delimitao, no vai poder tomar mais nenhuma atitude posteriormente para mudar aquilo.

    4- Doutrina e jurisprudncia: doutrina dos juristas classificados, maiores especialistas. A doutrina dos internacionalistas representa o conhecimento gerado pelos estudiosos do direito internacional, por meio de livros e artigos que iluminam interpretaes e abrem novos caminhos para a construo e utilizao do direito. Jurisprudncia dos tribunais internacionais. comum que uma corte faa referncia deciso de outras cortes. No h como negar que no direito internacional as interpretaes anteriores dos tribunais exercem uma influncia importante nos julgados futuros. Primeiro: trata-se de um ramo do direito comum a todos. Segundo: um nmero reduzido de normas h no direito internacional e muitos posicionamentos precisam ser construdos pelos

  • tribunais. Terceiro: as Cortes Internacionais so chamadas a aportar solues a questes novas.

    5- Equidade: a norma mais favorvel para as partes. Interpretao da norma mais favorvel. No seria uma fonte em si, mas sim um elemento que ajuda na interpretao das normas. A equidade (ex aequo et Bono) significa a possibilidade de o juiz utilizar a interpretao da norma que mais favorea a consecuo da justia. A equidade no propriamente uma fonte de direito, mas uma tcnica de interpretao judicial. Seu uso em um litgio depende da concordncia das partes e em geral est previsto nas regras processuais dos tribunais internacionais. Se as partes no concordarem expressamente, a CIJ no pode usar a equidade para interpretar direito.

    6- Resoluo de organizao internacional: no so obrigatrias. So situaes excepcionais. As resolues do CIJ so as nicas obrigatrias para a ONU. Resolues que englobam/consolidam princpios do direito internacional so obrigatrias. Resolues soft norms uma norma que no tem fora jurdica que obrigue, pois no vem de costumes, nem de princpios gerais, nem de tratado. Trata sobre tema polmicos e poucos Estados reconhecem.

    SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL ESTADOS (principal sujeito do direito internacional. Entre os sujeitos o nico que possui plena capacidade jurdica, habilidade de munir-se de direitos, poderes e obrigaes).

    1- Princpio da soberania: todos os Estados so iguais (formalmente). E h tambm soberania real, que so pases com maior influncia, maior peso econmico, que tero maior influncia automaticamente, no mbito internacional. Princpio da igualdade dos Estados no mbito internacional. No s de ponto de vista jurdico, mas de todos. A priori os Estados so iguais entre si em direitos e obrigaes, independentemente de suas qualidades; entretanto, na prtica um nmero restrito de Estados com poderosos sistemas econmicos e polticos exerce maior autoridade sobre a comunidade internacional.

    2- Princpio da no interveno: inclui a no interveno armada/poltica/ingerncia econmica. O direito internacional vai delimitando quais so os limites da soberania de acordo com os tratados. Inclui a proibio de um Estado apoiar/instigar a ao de grupos rebeldes dentro do Estado. A interferncia da poltica no direito no uma peculiaridade do direito internacional, porque a interferncia quase sempre vem de fora do Estado, atinge interesses mais importantes e fere nacionalismos.

    Caso de Nicargua X EUA = interviu nos princpios da soberania e da no interveno. Nicargua acusa os EUA, CIJ averigua os fatos; analisa qual direito foi violado, no caso foram os princpios da soberania, proibio do uso da fora e da no interveno; analisa qual fonte ou norma internacional foi violada para que possa ser condenado, que foram os costumes internacionais. Analisa se esses costumes eram obrigatrios para os EUA e nota que era sim, condenando os EUA.

    3- Caractersticas: requisitos que um Estado deve reunir.

    Elementos a) Territrio: terra, mar, ar. o espao onde se exerce a soberania estatal. Ele

    determina os limites do exerccio do poder do Estado. determinado por meio de um processo de demarcao ou delimitao. Delimitar um territrio significa estabelecer seus limites, o que feito por tratados ou costumes. Demarcar um territrio significa implantar marcos fsicos sobre o territrio, que podem ser postes, cercas, muros, balizas, entre outros. Os limites territoriais podem estender-se por mar, por terra e por ar. Limite no se confunde com fronteira.

  • b) Populao: povo que pertence ao territrio. o elemento humano do Estado. Compreende o conjunto de indivduos que tm uma relao jurdica determinada com o Estado, abrangendo mesmo aqueles que esto fira de seu territrio. o conjunto de habitantes que mantm uma ligao estvel com um determinado Estado, por meio de um vnculo jurdico, o vnculo da nacionalidade. No inclui estrangeiros residentes no territrio do Estado.

    c) Governo: poder estatal exercido dentro do pas em relao aos seus nacionais e fora do pas em relao a outros pases. O governo do Estado deve ser autnomo, ou seja, sem nenhum grau de dependncia jurdica. No existem governos livres de qualquer ingerncia internacional, nem mesmo os mais poderosos. O governo precisa ser reconhecido pela Comunidade Internacional. O reconhecimento do governo diferente do reconhecimento do Estado.

    4- Criao de novos Estados A) Secesso: separao. Independncia de uma parte de uma territrio que se separa

    e torna-se autnomo. Caso de Bangladesh, ex Unio Sovitica. a independncia de parte do territrio, que se torna um Estado autnomo. A constituio admite a criao de um Estado autnomo, a partir da expresso da vontade popular. No se confunde com o direito de independncia das colnias porque, na secesso, trata-se da separao em ralao a um Estado j conhecido. Trata-se de uma forma de composio do territrio.

    B) Diviso: de um Estado em dois. Ex: Alemanha que se dividiu em Alemanha Ocidental e Oriental.

    C) Fuso: exemplo da Itlia, se originou-se da unio de vrios e diferentes Estados. A fuso ocorre com a juno completa de dois ou mais Estados para a criao de um outro Estado resultante.

    D) Descolonizao: exemplo dos continentes asitico e africano, dos Estados Unidos com a Inglaterra. Por descolonizao, stricto sensu, deve-se compreender o processo de independncia das ex-colnias europeias. Evidentemente, lato sensu, essa categoria pode incluir ainda qualquer movimento de libertao em relao a uma metrpole, seja ela onde for.

    5- Reconhecimento de Estados: h duas correntes que podem ser expressas ou tcitas. O reconhecimento do Estado a manifestao unilateral e discricionria de outros Estados ou Organizaes Internacionais no sentido de aceitar a criao do novo sujeito de direito internacional, portanto, com direitos e obrigaes. Trata-se de um ato unilateral porque emanado de um nico sujeito de direito internacional. Trata-se de ato discricionrio porque os outros Estados no so obrigados a reconhecer o novo Estado. A teoria clssica do direito internacional relaciona a existncia do Estado com a presena de trs elementos constitutivos mais ou menos bem definidos: territrio, populao e governo. No entanto, nenhum desses trs elementos precisa atender a critrios realmente objetivos. no equilbrio entre a soberania do Estado e o domnio das Relaes Internacionais pelos Estados mais poderosos que ocorre o reconhecimento de um novo Estado. O reconhecimento de um novo Estado um ato poltico. A) Valor declarativo: a declarao do Estado j basta para ser configurado

    reconhecido. Art. 13, OEA (Organizao dos Estados Americanos). A maioria dos doutrinadores segue esse valor.

    B) Valor constitutivo: depende da apreciao dos outros Estados. 6- Sucesso de Estados: sucesso de Estados a substituio de um Estado p outro na

    responsabilidade das Relaes Internacionais de um determinado territrio. Trata-se de uma situao que implica efeitos jurdicos importantes no apenas para o Estado que surge como tambm para toda a comunidade internacional. Pode ser o caso em que um Estado se divide e origina dois ou mais novos Estados ou, ento, o contrrio,

    Artigo XIII Esta Conveno vigorar indefinidamente, mas qualquer Estado Parte poder denunci-la. O instrumento de denncia ser depositado na Secretaria-Geral da Organizao dos Estados Americanos. Decorrido um ano a partir da data de depsito do instrumento de denncia, a Conveno cessar seus efeitos para o Estado denunciante, permanecendo em vigor para os demais Estados Partes. A denncia no eximir o Estado Parte das obrigaes que lhe impe esta Conveno com respeito a qualquer ao ou omisso ocorrida antes da data em que a denncia tiver produzido seus efeitos.

  • com a fuso de dois Estados que do origem a um novo Estado. A sucesso de Estados d origem criao de novos direitos soberanos ou expanso dos direitos soberanos de um Estado sobre outro territrio. Estado sucessor aquele que substitui o outro no domnio do territrio com a sucesso. Estado predecessor aquele que perdeu parte de seu territrio ou que deixou de existir.

    SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL POPULAO:

    1- Nacionalidade: original territorialidade: jus solis. Familiar: jus sanguinis, pode ter nascido na Alemanha ou Sua, mas se no tiver nenhum parente no tem direito a ter a nacionalidade, a descendncia pelo sangue. Misto: jus solis e jus sanguinis, adotado pelo Brasil. Tambm chamada de originria ou primria, relaciona-se a elos diretos com o Estado. Natos so os detentores de nacionalidade originria. Derivada solicitada pela vontade prpria individual do indivduo. posterior. Aqui entra a dupla nacionalidade. O Brasil admite a opo de dupla nacionalidade. Tendo a dupla nacionalidade uma s ser ativa, que a utilizada, e a outra a passiva, no pode utilizar as duas ao mesmo tempo. Art. 12, CF. Tambm chamada de adquirida aquela solicitada por vontade prpria, por uma deciso do indivduo, ocorre aps um processo de naturalizao, naturalizados sos os detentores de nacionalidade derivada. Nacionalidade o vnculo jurdico de fidelidade entre os Estados e o indivduo, atribudo pelo Estado, no exerccio de seu poder soberano; dela derivam direitos e obrigaes de ambos os lados.

    2- Estrangeiros: A) Aspectos gerais: critrio de descricionalidade do Estado que define quem

    estrangeiro, se e como vai permitir a sua entrado no Brasil, etc. a considerao de um indivduo como estrangeiro uma liberalidade do prprios Estado.

    B) Refgio: refugiado = pessoa que foge de seu pas por sofrer uma perseguio. Ato comissionado das naes unidas para refugiados = ACNUR. A conveno de genebra sobre o estatuto dos refugiados/51 e o protocolo de nova Iorque sobre o estatuto dos refugiados/67 so os dois principais tratados sobre refugiados. A definio de refugiado encontra-se no art. 1 do PNYER. O solicitante do refgio deve encontra-se fisicamente no pas que solicita o refgio. No pode estar no pas que sofre/sofre a perseguio. E tem que haver um temos objetivamente fundamentado que essa pessoa objeto de perseguio. Os motivos que fundamental a perseguio so: por questes de raa, religio, nacionalidade ou porque pertence a um determinado grupo social ou por opinies polticas. Tem o temor de ser torturado, detido arbitrariamente so questes inclusas por outros pases tambm, e se for mulher que possa ser violentada ou abusada sexualmente, em alguns poucos pases tambm so inclusas. Refugiado diferente de deslocado interno; refugiado est fora do pas em campos de refugiados ou outras instalaes cedidas pelo governo do pas. Os descolados internos so sujeitos que no conseguiram sair das fronteiras do pas, mas saram de seus locais de origem. CONARE MJ comisso nacional dos refugiados que responsvel por acatar os pedidos dos refugiados.

    C) Asilo: a proteo concedida pelo Estado nacional ao estrangeiro perseguido por suas opinies polticas, religiosas ou raciais. A proteo pode inclusive admitir fora policial e ajuda financeira do Estado receptor. de natureza predominantemente poltica e um ato discricional do Estado, no precisa estar previsto em nenhum lugar. H dois tipos a) Diplomtico: quando est no pas e salvo na embaixada. concedido ao

    estrangeiro pela autoridade diplomtica brasileira no exterior, ainda quando o

    ARTIGO I Disposies gerais Os Estados Partes no presente Protocolo obrigam-se a aplicar os artigos 2 a 34, inclusive, da Conveno aos refugiados tal como a seguir definidos. Para os efeitos do presente Protocolo, o

    termo refugiado dever, excepto em

    relao aplicao do pargrafo 3

    deste artigo, significar qualquer pessoa

    que caiba na definio do artigo 1,

    como se fossem omitidas as palavras

    como resultado de acontecimentos

    ocorridos antes de 1 de Janeiro de 1951

    ... e as palavras ... como resultado de

    tais acontecimentos, no artigo 1-A (2).

    O presente Protocolo ser aplicado pelos Estados Partes sem qualquer limitao geogrfica, com a excepo de que as declaraes existentes feitas por Estados j Partes da Conveno de acordo com o artigo 1-B (1) (a) da Conveno devero, salvo se alargadas nos termos do artigo 1-B (2) da mesma, ser aplicadas tambm sob o presente Protocolo.

    Art. 12. So brasileiros: I - natos: a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes no estejam a servio de seu pas; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer deles esteja a servio da Repblica Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam registrados em repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de pases de lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil h mais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

  • estrangeiro l se encontra. Ele fica protegido na prpria Embaixada, no Consulado do Brasil, nos acampamentos militares no exterior, assim como em navios ou aeronaves, sobre os quais o governo estrangeiro no tem jurisdio.

    b) Territorial: tem que ser concedido. concedido ao estrangeiro no Brasil por um perodo de dois anos, prorrogveis enquanto persistir o motivo que ensejou o asilo. O asilo diplomtico pode ser convertido em asilo territorial, mas no h obrigatoriedade do Estado que concedeu em fazer a converso.

    D) Extradio: o processo/possibilidade de uma pas solicitar de um sujeito (nacional ou no) que cometeu um crime/delito para ser julgado. Depende de estar disposto em um acordo bi ou multilateral entre dois ou mais pases. o envio de estrangeiro que cometeu um crime no exterior, para ser processado e julgado, ou ento para l cumprir sua pena, depois de ter sido condenado. Trata-se de um ato bilateral, pois depende, de um lado, da solicitao do Estado interessado na extradio do estrangeiro que se encontra em territrio nacional e, por outro, da manifestao de vontade do Estado brasileiro. A extradio realizada em geral a partir de tratados bilaterais entre os Estados envolvidos. Os tratados de extradio tm aplicao imediata, mesmo a crimes cometidos antes de sua celebrao.

    E) Aptridas: pessoas que no possuem nacionalidade alguma. Artigo 15, II, DUDH. Os principais tratados foram Convnio de Haya sobre Aptridas e Conveno de Nova Iorque sobre Estatuto das Aptridas. Os aptridas so aqueles sem nacionalidade, ou ainda, todos aqueles que no so considerados por Estado algum como seus nacionais. A apatridia ocorre, sobretudo, em duas situaes: descendentes de nacionais de Estados que no reconhecem a nacionalidade por laos familiares, nascidos em territrios de um Estado que no reconhece a nacionalidade pelo local do nascimento OU indivduos que abdicaram de sua nacionalidade de origem, por razes polticas ou de perseguio.

    Deportao = estrangeiro em situao irregular. Condicionada a no deportar se no pas de origem for sofrer pena de morte, tortura ou deteno arbitrria. a retirado do territrio

    nacional do estrangeiro irregular no pas. A irregularidade pode ocorrer em virtude de diversas causas.

    Expulso = estrangeiro comete um crime fora de seu pas de origem, o pas onde ele cometeu o crime o expulsa para seu pas de origem. a retirada forada do estrangeiro do territrio nacional, por questes de ordem criminal ou de interesse nacional. A razo no apenas

    administrativa, como na deportao, mas criminal ou poltica. Trata-se de um ato unilateral do governo brasileiro.

    SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL TERRITRIO

    1- Domnio terrestre: o territrio que ocupa o Estado definido pelo processo de delimitao. O Estado tem plena autonomia dentro de seus limites territoriais. Compreende o solo e o subsolo do Estado. Vai at os limites estabelecidos em tratados ou pelos costumes com os Estados vizinhos.

    2- Domnio fluvial A) Rios nacionais: que nascem e terminam dentro do limite territorial do Estado.

    Esto inteiramente dentro do territrio de um Estado. Respeitando, claro, o princpio da livre navegao fluvial = qualquer embarcao de outro Estado tem direito de utilizar os rios, desde que seja para fins pacficos e no comerciais (que necessitam de autorizao).

    B) Rios internacionais: rio que banha mais de um Estado, compreendendo-se no apenas o rio que corre na superfcie, mas tambm eventuais cursos dgua

    Artigo XV 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Ningum ser arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

  • subterrneos. Considera-se ainda como rio internacional, o rio cuja bacia formada por outros rios ou nascentes que estejam em outro Estados.

    3- Domnio martimo: abrange vrias reas. O principal tratado que regula este tema a Conveno da ONU Sobre o Direito do Mar/1982 que entrou em vigor em 1994. Os mares e lagos internacionais so aqueles que banham mais de um Estado ou cujos afluentes esto em mais de um Estado. A) guas/mares internos: so de domnio exclusivo do pas que esto. Se passar por

    vrios pases todos tero direito de usa-los e seus respectivos recursos. B) Mar territorial: se estende desde a linha base at 12 milhas martimas. O direito

    de passagem inocente a exceo para essas 12 milhas, onde, de acordo com o art. 17 da Conveno de Direitos do Mar a maior limitao ao princpio da soberania do Estado. Principais direitos: de natureza policial, regulamentao aduaneira, sanitria e regulamentao de navegao. Mar territorial compreende uma faixa de doze milhas de largura, a contar da linha de baixa-mar do litoral continental insular. Nessa regio, o Estado exerce sua soberania de forma plena.

    C) Zona contgua:de 12 a 24 milhas martimas. O Estado pode exercer o controle aduaneiro, fiscal, sanitrio e sobre imigrao. A zona contgua compreende uma faixa que se estende de doze a vinte e quatro milhas martimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial, no integra o territrio, mas o Estado tem a possibilidade de exercer seu poder de polcia de modo a garantir a segurana nacional, prevenir a entrada de clandestinos, fiscalizar o cumprimento de normas alfandegrias, sanitrias e ambientais. O Estado pode perseguir naves alm desse territrio, desde que tenha iniciado a perseguio no mar territorial ou na zona contgua e as embarcaes perseguidoras sejam militares.

    D) Zona econmica exclusiva: compreende uma faixa de gua que corresponde a 200 milhas martimas medidas a partir da linha de base. Art. 56 da Conveno de Direitos do Mar. Explorao de recursos naturais (vivos ou no), explorao para fins econmicos, investigao cientfica, instalao de estruturas e preservao do meio marinho. A zona econmica exclusiva compreende a faixa de terra e a coluna dgua que se estendem a priori de doze a duzentas milhas martimas, a zona contgua parte da zona econmica exclusiva.

    E) Plataforma continental: extenso do mar at o talude continental. Pode ir at 350 milhas. Pode usar para explorao sem que prejudique a atividade de outros pases limtrofes e que no ocasionem dano ao meio ambiente. A plataforma continental a extenso natural do solo mar adentro, at o limite do talude continental, o solo dentro do mar conhecido por fundo marinho, a regio de declividade mais acentuada conhecida por talude continental.

    F) Canais internacionais: uma linha de gua que divide dois mares ou dois oceanos. Ex: canal Suez e Canal Panam. So artificiais (naturais so os estreitos). Existe a possibilidade do Estado que tem sobre eles o domnio de controlar a passagem, o que geralmente permitido a partir do pagamento de um valor por ele determinado.

    4- Domnio areo: principal tratado: Conveno sobre Aviao Civil Internacional, conhecida como Conveno de Chicago. Prev a passagem inocente e o direito de desembarcar e embarcar passageiros desde que a aeronave saia e, logo em seguida retorne para seu pas de origem (no pode haver escalas). Estende sobre todo territrio nacional, inclusive sobre o mar territorial. Trata-se de uma fico, acordada em virtude dos interesses econmicos e de segurana nacional dos Estados.

    5- Espaos internacionais: so os listados abaixo, so patrimnios de todos, chamados patrimnio comum da humanidade. No esto sob o domnio direto de Estado algum e a preservao de interesse de toda a humanidade.

    Artigo 17. Direito de passagem inofensiva Salvo disposio em contrrio da presente Conveno, os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral, gozaro do direito de passagem inofensiva pelo mar territorial.

    Artigo 56. Direitos, jurisdio e deveres do Estado costeiro na zona econmica exclusiva 1 - Na zona econmica exclusiva, o Estado costeiro tem: a) Direitos de soberania para fins de explorao e aproveitamento, conservao e gesto dos recursos naturais, vivos ou no vivos, das guas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo e no que se refere a outras atividades com vista explorao e aproveitamento da zona para fins econmicos, como a produo de energia a partir da gua, das correntes e dos ventos; b) Jurisdio, de conformidade com as disposies pertinentes da presente Conveno, no que se refere a: i) Colocao e utilizao de ilhas artificiais, instalaes e estruturas; ii) Investigao cientfica marinha; iii) Proteo e preservao do meio marinho; c) Outros direitos e deveres previstos na presente Conveno. 2 - No exerccio dos seus direitos e no cumprimento dos seus deveres na zona econmica exclusiva nos termos da presente Conveno, o Estado costeiro ter em devida conta os direitos e deveres dos outros Estados e agir de forma compatvel com as disposies da presente Conveno. 3 - Os direitos enunciados no presente artigo referentes ao leito do mar e ao seu subsolo devem ser exercidos de conformidade com a parte VI da presente Conveno.

  • A) Alto mar: compreende as regies alm da zona econmica exclusiva. Nessas regies os Estados podem livremente navegar, sobrevoar, colocar cabos submarinos, construir ilhas artificiais, pescar e realizar pesquisas, sempre respeitando o uso sustentvel dos recursos existentes e para fins pacficos.

    B) Espao ultraterrestre: no era problema at o homem pisar na lua e o envio dos primeiros satlites. A principal resoluo a de 1962 XVIII de 1963 e um tratado que regula a explorao e utilizao do espao ultraterrestre. Compreende a regio ao redor da terra, numa altitude de aproximadamente 36 mil km acima do Equador, ideal para o posicionamento de satlites. O espao sideral e os corpos celestes.

    C) Fundos ocenicos: anteriormente acreditava-se que os fundos marinhos eram ricos em minrios e que as riquezas extradas deveriam beneficiar a todos os Estados, indistintamente.

    D) Domnio polar: conveno de Antrtica/1961. Protocolo de Madri estendeu a vigncia at 2041. A Antrtica pode ser utilizada por todos os pases para investigao cientfica. A Antrtica ou Antrtida, continente que fica no polo sul, pode ser utilizada somente para fins de pesquisa cientfica pacfica; trata-se de uma reserva natural dedicada paz e cincia. No pode ser explorada economicamente ou ser palco de atividades militares.

    Direito de passagem inocente: uma regra internacionalmente aceita, trata-se de um direito

    costumeiro, amplamente reconhecido. Mas o conceito restrito, em favor do Estado que permite a passagem, sendo possvel mesmo nas guas arquiplagicas ou nos estreitos.

    Considera-se inocente a passagem que no prejudicial paz, ao bem ou segurana do Estado costeiro, que ocorre de forma contnua e rpida pelo mar territorial. A passagem deixa de ser inocente de acordo com o artigo 19, da Conveno da ONU sobre Direitos do

    Mar.

    ORGANIZAES INTERNACIONAIS

    1- Conceito: Elementos. Ou intergovernamentais, so pessoas jurdicas de direito internacional. Tm ordens jurdicas prprias, diferentes dos Estados que as integram. As organizaes internacionais so resultado de manifestao da vontade dos sujeitos de direito internacional e no de sujeitos de direito interno. Desta forma, uma organizao internacional no poder ter como membros pessoas fsicas ou jurdicas de direito interno, tais como indivduos, empresas ou organizaes no governamentais (ONGs). A) Natureza interestatal: formada pelos Estados. ONG no organizao

    internacional.

    Artigo 19. 2 - A passagem de um navio estrangeiro ser considerada prejudicial paz, boa ordem ou segurana do Estado costeiro, se esse navio realizar, no mar territorial, alguma das seguintes actividades: a) Qualquer ameaa ou uso da fora contra a soberania, a integridade territorial ou a independncia poltica do Estado costeiro ou qualquer outra aco em violao dos princpios de direito internacional enunciados na Carta das Naes Unidas; b) Qualquer exerccio ou manobra com armas de qualquer tipo; c) Qualquer acto destinado a obter informaes em prejuzo da defesa ou da segurana do Estado costeiro; d) Qualquer acto de propaganda destinado a atentar contra a defesa ou a segurana do Estado costeiro; e) O lanamento, pouso ou recebimento a bordo de qualquer aeronave; f) O lanamento, pouso ou recebimento a bordo de qualquer dispositivo militar; g) O embarque ou desembarque de qualquer produto, moeda ou pessoa com violao das leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigrao ou sanitrios do Estado costeiro; h) Qualquer acto intencional e grave de poluio contrrio presente Conveno; i) Qualquer actividade de pesca; j) A realizao de actividades de investigao ou de levantamentos hidrogrficos; k) Qualquer acto destinado a perturbar quaisquer sistemas de comunicao ou quaisquer outros servios ou instalaes do Estado costeiro; l) Qualquer outra actividade que no esteja directamente relacionada com a passagem.

  • B) Carter voluntrio: os Estados de forma voluntria decidem ceder parte de sua soberania Organizao Internacional. Ex: ONU. Normalmente criada por tratado, tipo a ONU ou por conferncia internacional, tipo a OPEP.

    C) Sistema de rgos permanentes: possuem uma continuidade, quando criada j tem rgos definidos que no mudam.

    D) Vontade autnoma: os Estados que a compe, acatam as decises, resolues, ainda que sejam contrrias ao interesse de alguns pases. Suas decises so autnomas e devem ser acatadas.

    E) Competncia prpria: cada organizao internacional possui limitada qual ser a sua competncia. EX: OMS s tem competncia para a sade.

    F) Cooperao internacional: os Estados que compe a Organizao internacional visam esse elemento.

    A anistia internacional no uma organizao internacional, ela uma ONG com interesse internacional.

    2- Classificao:

    Critrio de participao A) Universais: abertas a que outros Estados faam parte. Universal de

    competncia geral, lida com vrios temas. Ex: ONU B) Restritivas: restritivas a alguns Estados. Restritivas de competncia especial,

    lida com um determinado tema. Ex: MERCOSUL. 3- rgos: cada rgo tem sua competncia e sua forma de tomar as decises.

    A) Intergovernamentais: todos os Estados membros fazem parte e eles esto l para estar de acordo com o interesse de cada pas. Ex: rgos plenrios -> assembleia geral (geral) = representantes estatais. rgos restritivos -> conselho de segurana (restrito).

    B) No intergovernamentais: formado por pessoas independentes, que no representam nenhum pas, funcionrios internacionais. Ex: rgos parlamentares = representantes de determinados grupos no estatais. rgos judiciais e secretaria.

    4- Adoo de decises: A) Unanimidade B) Votao

    a) Maioria simples b) Maioria absoluta (decises mais complexas) c) Voto igualitrio d) Voto ponderado (um determinado grupo vale mais) e) Direito de veto (um voto negativo que impede a adoo de determinada

    resoluo no mbito internacional). No o direito de vetar, dar uma declarao negativa resoluo para impedir a adoo de uma determinada resoluo no modo internacional.

    C) Consenso: para no expor individualmente qual pas votou contra 5- Posio da organizao internacional no dia: pode celebrar tratados internacionais

    com os Estados ou com outras organizaes internacionais. A carta constitutiva j estabelece os temas que pode estabelecer os tratados e quem poder estabelecer. Subjetividade internacional = pode ser condenado e pode reclamar que seu direito foi violado, respondendo pelos danos causados.

    6- Naes unidas: antes da ONU, tinha uma organizao chamada Sociedade das Naes, porm essa falhou. A) Criao: foi criada na conferncia de So Francisco. Adotada por unanimidade e

    assinada por todos. Foi adotada juntamente com o estatuto da CIJ. A carta da ONU prevalece sobre todos os tratados. Art. 26 da carta.

  • B) Carta e reformas. Art. 108 e 109 da carta da ONU: carta da ONU, art. 108. Art. 109 = 2/3 dos membros da Assembleia e voto de 9 membros do conselho de segurana. Ratificada = 2/3 de membros da ONU mais todos os permanentes.

    C) Transformaes da ONU D) Membros. Arts. 3 e 4 da Carta da ONU: somente os Estados, ou outras

    organizaes internacionais. Art. 18, Carta da ONU procedimento de votao dos 9 membros da ONU. a) Originrios: art. 3 - 51 Estados. b) Admitidos: art. 4. c) Requisitos para ser admitido: ser Estado, amante da paz, aceitar as obrigaes

    da carta. Ser capaz de cumprir com as obrigaes, estar disposto a cumprir com as obrigaes.

    Procedimento de votao de novos membros. Art. 18, II. Conselho de Segurana (art. 29) recomenda a admisso de um novo Estado e a Assembleia geral vota com 2/3 dos membros presentes e votantes. Novos membros: hoje so 193 membros. Em 1950 eram 16 Estados; 1956 Japo. Anos 60 Estados independentes. Anos 90 pases independentes. Ex: Coria do Norte, Coria do Sul, Andorra, Iugoslvia. 2000 Sua. 2006 Montenegro. 2011 Sudo do Sul. Expulso de membros: conselho de segurana recomenda a Assembleia geral, por violar repetidamente os princpios da carta. Tem tambm a suspenso, no admite a retirada voluntria de um Estado.

    E) Estrutura institucional: principais estruturas da ONU. a) Assembleia geral. Art. 9: todos os membros da ONU fazem parte. Natureza

    plenria = voto igualitrio. Competncia geral: art. 10 = qualquer tema que esteja na Carta, inclusive temas de paz e segurana internacional (se o Conselho de Segurana no analisou ou no est analisado). Competncia especfica: votar a entrada de novos Estados. Escolher os juzes da CIJ. Decises: por votao, que ter uma resoluo (que ter um valor obrigatrio, porm sem pluralidade). Quando a resoluo adota um costume, ela ser obrigatria, pois a matria j de jus cogens e quando ela d incio a um costume, tambm ser obrigatria. Sesses. A assembleia geral composta pelo conjunto de Estados-membros, cada qual com igualdade de votos. Tem como funes principais realizar e analisar estudos, bem como promover a cooperao para a manuteno e consolidao da paz, a proteo do meio ambiente... hoje, considera-se que as resolues da assembleia geral no so obrigatrias.

    b) Conselho de segurana: carter intergovernamental de participao restrita. Responsabilidade central = manuteno da paz e da segurana internacional. As resolues so de carter obrigatrio. Competncia para discutir qualquer questo sobre a paz e a segurana. Composio: 15 membros, onde 5 so permanentes (China, EUA, Frana Reino Unido e Rssia) e 10 so no permanentes (5 africanos e asiticos; 1 da Europa Oriental; 2 da Europa Ocidental; 2 da amrica latina). Os 10 no permanentes so eleitos por mandato de dois anos. O quorum das decises de 9 favorveis, entre os 15 existentes. Entretanto, s os membros permanentes tem o poder do veto, o que significa que todas as resolues do Conselho devem ser aprovadas por todos os membros permanentes, se um deles se opuser, a resoluo no ser adotada.

    c) Conselho econmico e social: ECOSOC. rgo subsidirio da assembleia geral e conselho de segurana. Assuntos como pobreza, fome, etc. realizar estudos, elaborar projetos, sesses duas vezes ao ano. Decises por maioria, voto igualitrio. Tem por competncia realizar estudos e propor normas assembleia geral. Composto por 54 Estados, com mandato de 9 anos.

    Artigo 9 1-A Assembleia

    Geral ser

    constituda por todos

    os membros das

    Naes Unidas.

    2-Nenhum membro

    dever ter mais de

    cinco representantes

    na Assembleia

    Geral.

    Artigo 18 1-Cada membro da Assembleia Geral ter um voto. 2-As decises da Assembleia Geral sobre questes importantes sero tomadas por maioria de dois teros dos membros presentes e votantes. Essas questes compreendero: as recomendaes relativas manuteno da paz e da segurana internacionais, a eleio dos membros no permanentes do Conselho de Segurana, a eleio dos membros do Conselho Econmico e Social, a eleio dos membros do Conselho de Tutela de acordo com o n 1, alnea c), do artigo 86, a admisso de novos membros das Naes Unidas, a suspenso dos direitos e privilgios de membros, a expulso de membros, as questes referentes ao funcionamento do regime de tutela e questes oramentais. 3-As decises sobre outras questes, inclusive a determinao de categorias adicionais de assuntos a serem debatidos por maioria de dois teros, sero tomadas por maioria dos membros presentes e votantes.

    Artigo 3 Os membros originrios das Naes Unidas sero os Estados que, tendo participado na Conferncia das Naes Unidas sobre a Organizao Internacional, realizada em So Francisco, ou, tendo assinado previamente a Declarao das Naes Unidas, de 1 de Janeiro de 1942, assinaram a presente Carta e a ratificaram, de acordo com o artigo 110.

    Artigo 4 1-A admisso como membro das Naes Unidas fica aberta a todos os outros Estados amantes da paz que aceitarem as obrigaes contidas na presente Carta e que, a juzo da Organizao, estiverem aptos e dispostos a cumprir tais obrigaes. 2-A admisso de qualquer desses Estados como membro das Naes Unidas ser efetuada por deciso da Assembleia Geral, mediante recomendao do Conselho de Segurana.

    Artigo 108 As emendas presente Carta entraro em vigor, para todos os membros das Naes Unidas, quando forem adotadas pelos votos de dois teros dos membros da Assembleia Geral e ratificadas, de acordo com os seus respectivos mtodos constitucionais, por dois teros dos membros das Naes Unidas, inclusive todos os membros permanentes do Conselho de Segurana.

    Artigo 109 1-Uma Conferncia Geral dos membros das Naes Unidas, destinada a rever a presente Carta, poder reunir-se em data e lugar a serem fixados pelo voto de dois teros dos membros da Assembleia Geral e de nove de quaisquer membros do Conselho de Segurana. Cada membro das Naes Unidas ter um voto nessa Conferncia. 2-Qualquer modificao presente Carta que for recomendada por dois teros dos votos da Conferncia ter efeito depois de ratificada, de acordo com as respectivas regras constitucionais, por dois teros dos membros das Naes Unidas, inclusive todos os membros permanentes do Conselho de Segurana. 3-Se essa Conferncia no se realizar antes da 10 sesso anual da Assembleia Geral que se seguir entrada em vigor da presente Carta, a proposta da sua convocao dever figurar na agenda da referida sesso da Assembleia Geral e a Conferncia ser realizada, se assim for decidido por maioria de votos dos membros da Assembleia Geral e pelo voto de sete membros quaisquer do Conselho de Segurana.

  • Renovando-se 18 Estados por vez a cada 3 anos. Maioria de votos o quorum de decises. Coordena as atividades de diferentes agncias especializadas.

    d) Conselho de tutela (no precisa detalhar na prova). Tem por objetivo colaborar com a gesto de territrios tutelados. (que sofreram ingerncia da ONU ou esto em condies especiais)

    e) Corte internacional de justia (no vamos estudar agora) f) Secretaria geral. Art. 7 ONU. Art. 97: funcionrios internacionais da ONU, que

    no representam nenhum interesse particular de um Estado. Art. 97. Subsidiariedade em vrios rgos. Secretrio geral = representante mximo da ONU. Trata-se de um rgo unipessoal, o principal rgo administrativo da ONU, deve ser uma pessoa ntegra, preferencialmente neutra. Pode intervir por iniciativa prpria em situaes de conflito, para tentar encontrar solues pacficas entre os Estados ou entre os grupos que ameaam a paz internacional. Pode ainda chamar a ateno do conselho de segurana para situaes litigiosas e propor solues. Faz um relatrio anualmente para a assembleia geral.

    F) Agncias especializadas (no cai na prova)

    Artigo 7 1- Ficam estabelecidos como rgos

    principais das Naes Unidas: uma

    Assembleia Geral, um Conselho de

    Segurana, um Conselho Econmico e Social,

    um Conselho de Tutela, um Tribunal

    Internacional de Justia e um Secretariado.

    2-Podero ser criados, de acordo com a

    presente Carta, os rgos subsidirios

    considerados necessrios.

    Artigo 97 O Secretariado ser composto por um Secretrio-Geral e pelo pessoal exigido pela Organizao. O Secretrio-Geral ser nomeado pela Assembleia Geral mediante recomendao do Conselho de Segurana. Ser o principal funcionrio administrativo da Organizao.