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DIREITO PENAL MILITAR - AULA PARTE GERAL [Somente … · estruturado em três livros distintos: i) parte geral; ii) parte especial: dos crimes militares ... embora no CPM/69 possa

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• Gestor em Segurança Pública – UEG• Bacharel em Direito – FacLions-GO• Bacharel em Administração de Empresas – FALBE-DF• Especialista em Direito Militar com ênfase em Docência do Ensino

Superior – Faculdade Mauá-DF• Especialista em Análise Criminal – FacLions-GO• Especialista em Ciências Policiais – FALBE-DF• Master Practitioner em PNL – Instituto Você• Formação avançada em Eneagrama pelo Instituto Tatiane Avelar• Instrutor no Comando da Academia da PMGO• Professor de Direito Penal no curso da graduação em Direito das

Faculdades Alfa

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Nesse estágio, o indivíduo ainda não sabe quenão sabe, vive uma “alegria ignorante” por nãosaber. A criança recém-nascida, ou com poucosmeses de idade, ainda não sabe que precisaandar, que disso dependerá grande parte de suavida, ela é feliz e satisfeita com seu estado por nãosaber que necessitará andar em um futuropróximo. Conforme passa o tempo, ela começa ase dar conta de que todos ao seu redor andam,nesse momento ela passa para o próximo estágio.

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Nesse estágio, o indivíduo toma conhecimento deque não sabe; o que cria nele a curiosidade poraprender, por saber como realizar determinadaatividade. Com alguns meses, ou ao atingir oprimeiro ano de vida, a criança tomaconhecimento de que todos ao seu redor andam,se locomovem independentemente dos demais,isso faz com que a criança comece a procurarimitar as pessoas que a cercam. Nesse momento,ela busca recursos necessários para realizar aatividade, passando a forçar seu corpo a secolocar de pé, a se equilibrar, atingindo assim oterceiro estágio. 6

Nesse estágio, o indivíduo sabe que sabe conscientemente.Toda parte consciente volta-se para a execução daatividade. A criança sabe que sabe andar e, para que issoocorra, volta toda sua atenção para a execução dessa“árdua” tarefa. Ela precisa colocar uma perna a frente daoutra, precisa equilibrar seu peso todo em uma pernaenquanto a outra se movimenta, ao mesmo tempo precisaolhar para o caminho que está trilhando, precisa tambémver se há algum obstáculo futuro nesse caminho, como umacadeira, por exemplo, a cada passo precisa equilibrar opeso traseiro e o frontal, o menor deslize pode levá-la àqueda; desviar a atenção para qualquer outra coisadeterminará o insucesso da atividade. Com a experiênciaem andar, com a prática, ela passa para o quarto estágio.

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Nesse estágio, o indivíduo nem sabe mais quesabe, a atividade tornou-se inconsciente. Acriança, que até o estágio anterior aindaprecisava direcionar toda sua atenção para cadamovimento, tendo que usar vários recursossimultaneamente, passa a movimentar-se, a andarinconscientemente. A ação tornou-se algo natural,algo que ela faz sem perceber. Não há mais anecessidade de ter toda atenção voltada para oato de andar, é algo automático. Esse estágio é oque provoca maior prazer, as coisas acontecemde maneira tranquila e normal, a criança tem aimpressão que já nasceu sabendo. 8

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Noções de Direito Penal Militar: Aplicaçãoda lei penal militar. Do Crime. DaImputabilidade Penal. Concurso de agentes.Das penas principais. Das Penas acessórias.Efeitos da condenação. Ação penal. Extinção dapunibilidade. Dos crimes militares em tempo depaz. Dos crimes contra a autoridade oudisciplina militar. Dos crimes contra o serviço e odever militar. Dos crimes contra aAdministração Militar.

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Histórico: O Direito Militar adquiriu importânciacom a vinda da família real portuguesa para oBrasil em 1808, a partir do primeiro tribunal danação, o Conselho Militar e de Justiça, que setransformaria no Superior Tribunal Militar – STM,atualmente com sede em Brasília, cuja jurisdiçãoatinge todo o território nacional. De acordo com aconstituição, o STM é considerado um TribunalSuperior, mas na prática funciona como umtribunal de segundo grau, já que não existe naestrutura judiciária nacional um Tribunal RegionalMilitar.

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Histórico: Muitos defendem a extinção da justiçamilitar, por considerarem sua simples existênciaum privilégio, já que em várias ocasiões estaprevê julgamento em separado para militares quecometeram a mesma infração do civil. Já os seusdefensores entendem que o direito militar visaproteger não apenas os militares em si, mas sim asinstituições militares, estaduais, do Distrito Federalou da união. Na área penal, inclusive, as penassão em grande parte mais rígidas que aquelas quese encontram estabelecidas no vigente CódigoPenal Brasileiro.

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O Código Penal Militar: O Decreto-Lei nº1001/69 de 21 de outubro de 1969 foiestruturado em três livros distintos: i) partegeral; ii) parte especial: dos crimes militaresem tempo de paz; iii) dos crimes militaresem tempo de guerra. Desde o início de suavigência foi alterado apenas 5 vezes (1978,1996, 1998, 2011 e 2012) não possuindo, atéo momento, revogação expressa denenhum dispositivo. Possui duas ADIn (2004)e uma ADPF (2013)1. Desde 2015 o STMprepara uma série de propostas paraatualização do CPM e do CPPM.

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Conceito: Ramo especializado do DireitoPenal que estabelece as regras jurídicasvinculadas à proteção da instituiçõesmilitares e ao cumprimento de suadestinação constitucional.

Bens jurídicos tutelados: a autoridade, adisciplina, a hierarquia, o serviço, a funçãoe o dever militar, que podem ser resumidosna expressão: “regularidade dasinstituições militares”.

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Conceito (Art. 22, CPM/69): É consideradaMILITAR, para efeito da aplicação do CPM,qualquer pessoa que, em tempo de paz ou deguerra, seja incorporada às forças armadas,para nelas servir em posto (oficial), graduação(praça), ou sujeição à disciplina militar(assemelhado).

Quem são? Art. 142 CF/88 – Forças Armadas (Marinha, Exército e

Aeronáutica). Art. 42 CF/88 – Membros das Polícias Militares e

Corpos de Bombeiros Militares.

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TERMINOLOGIA – SEGUNDO EB, PM E CBM

OFICIAIS - POSTOS(comando, chefia e

coordenação)

•SUBALTERNOS (TENENTES)•INTERMEDIÁRIOS (CAPITÃES)•SUPERIORES (MAJOR, TENENTE-CORONEL E CORONEL)•GENERAIS (Não existem na PM e CBM)

PRAÇAS - GRADUAÇÃO(execução)

•ESPECIAIS (CADETES E ASPIRANTES)•ORDINÁRIAS (SOLDADO, CABO,SARGENTOS E SUB-TENENTE)

SITUAÇÃO FUNCIONAL

•ATIVA (art. 22, CPM).•RESERVA REMUNERADA (Sujeitos aoCPM desde que empregados naadministração militar por força doart.12, CPM).•REFORMA (Sujeitos ao CPM desde queempregados na administração militarpor força do art.12, CPM).•RESERVA NÃO-REMUNERADA - NÃOSUJEITOS AO CPM/69 NA CONDIÇÃO DEMILITARES.

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Aparente conflito de competência entre a JustiçaMilitar da União (JMU) e a Justiça Militar Estadual(JME).

Art. 124, CF/88. JMU compete julgar e processarcrimes militares definidos em lei. Juiz-auditor.

Art. 125, CF/88. JME compete julgar e processar osmilitares dos estados. Em nenhuma hipótesejulgará civis. Juiz de Direito.

JME: Efetivo PM e BM (somados) acima de 20 mil(São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.Abaixo de 20 mil: Auditoria da Justiça Militar.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR

Legalidade e anterioridade.

Art. 1º, CPM/69. Reserva Legal = União. Taxatividade: leipenal deve ser certa, vedando-se a analogia paracriar tipos penais ou para agravar situações.

Intervenção mínima(ou da ultima ratio ou da

subsidiariedade)

Interferência do DPM somente nos casos onde nenhumoutro ramo direito puder ser aplicado e quandoidentificados os bens jurídicos protegidos pelo CPM/69.

Lesividade(ofensividade)

A punição só deve ser aplicada à conduta que seprove lesiva, separando o direito da moral. No DPM osvalores citados são basilares da vida em caserna:honra, disciplina, bons costumes e pundonor (pudor)militar. Daí a existência de tipificações próprias relativasà moral, tais como os arts. 235 (pederastia)1 e 313(emitir cheques sem fundos).

Adequação socialVisa orientar o legislador a punir somente condutasreprováveis do ponto de vista social. Um exemplo é adefesa doutrinária de que o art. 204 (exercício decomércio por oficial) do CPM/69 deve ser abolido.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR

Fragmentariedade

Consequência da aplicação dos princípios daintervenção mínima, da lesividade e da adequaçãosocial. O DPM deve observar tal critério quando daanálise dos crimes impropriamente militares, pois devese ocupar apenas dos fragmentos relevantes.

Insignificância (bagatela)

STM defende que não deve ser aplicado nos crimesmilitares, em face da especialidade do CPM. STFdefende que se aplica em caso concreto,exemplificando o art. 290, CPM (porte de pequenaquantidade de droga para consumo pessoal em localsujeito à administração militar), cuja análise diverge da1ª (discorda do princípio) para a 2ª Turma (concordacom o princípio).

Individualização (determinação) da

pena

Art. 78 do CPM/69 não foi recepcionado peloatual ordenamento jurídico, por prever pena decaráter indeterminado ao militar criminosohabitual.

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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITARLimitação ou

humanidade das penas Art. 5º, XLVII, CF/88.

ProporcionalidadeNão matamos pássaros com tiros de canhão.Ponderação entre a gravidade do fato e agravidade da pena.

Responsabilidade pessoal

(ou da pessoalidade ou da intranscendência da

pena).

Art. 5º, XLV, CF/88. Peculiaridades do CPM/69, taiscomo a inexistência de pena de multa, oconfisco dos instrumentos e produtos do crime(art. 119), não podendo passar, qualquer que sejaa pena aplicada, da pessoa do condenado.

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Artigos 1º a 28 do CPM/69;

Art. 1º - Não há crime sem lei anteriorque o defina, nem pena sem préviacominação legal.Artigo 4x1: Legalidade, anterioridade,

reserva legal e taxatividade.O Art. 1º do CPM/69 possui a mesma

redação que Art. 1º do CP/40 e Art. 5º,XXXIX, da CF/88.

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Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato quelei posterior deixa de considerar crime,cessando, em virtude dela, a própria vigênciade sentença condenatória irrecorrível, salvoquanto aos efeitos de natureza civil. § 1º - A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o

agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenhasobrevindo sentença condenatória irrecorrível.RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENIGNA eIRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS SEVERA.

§ 2º - Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posteriore a anterior devem ser consideradas separadamente, cadaqual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.APURAÇÃO DA MAIOR BENIGNIDADE DA LEI PENAL. Figura das modificações de texto legal previstas no direito

constitucional: novatio legis (in mellius e in pejus), lex mitior, lexgravior e abolitio criminis.

Caput possui a mesma redação (e aplicação) do art. 2º do CP e o§1º igual ao parágrafo único do mesmo artigo.

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Art. 3º - As medidas de segurança regem-se pela leivigente ao tempo da sentença, prevalecendo,entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo daexecução. Revogado tacitamente. Lei benéfica sempre retroage.

Medida de segurança é parte integrante da “lei penal”,embora no CPM/69 possa ser aplicada ao imputável.

Art. 4º - A lei excepcional ou temporária, emboradecorrido o período de sua duração ou cessadas ascircunstâncias que a determinaram, aplicam-se aofato praticado durante sua vigência. Ultra-atividade gravosa da lei penal temporária ou

excepcional. Mesma redação e aplicação do art. 3º do CP.

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Art. 5º - Considera-se praticado o crimeno momento da ação ou omissão, aindaque outro seja o do resultado.Tempo do crime: Teoria da Atividade.Mesma redação e aplicação do art. 4º do

CP.Atenuante de idade (arts. 72, 89, §2º e 129,

CPM/69): Agente primário que praticar crime efor menor de 21 anos ou maior de 70 pode ter apena reduzida em 1/3 e prazos prescricionaisreduzidos à metade.

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Art. 6º - Considera-se praticado o fato, nolugar em que se desenvolveu a atividadecriminosa, no todo ou em parte, e aindaque sob forma de participação, bem comoonde se produziu ou deveria produzir-se oresultado. Nos crimes omissivos, o fatoconsidera-se praticado no lugar em quedeveria realizar-se a ação omitida. Lugar do Crime. O CPM/69 adota duas teorias: Ubiquidade (ou mista) para condutas comissivas

(consumadas ou tentadas) = jurisdição / circunscriçãodo momento do “toque” no território nacional.

Atividade para condutas omissivas.

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Art. 7º - Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo deconvenções, tratados e regras de direito internacional, aocrime cometido, no todo ou em parte, no território nacional,ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendoprocessado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira.• § 1º - Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão

do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde querque se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ouocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que depropriedade privada.

• § 2º - É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordode aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito àadministração militar, e o crime atente contra as instituições militares.

• § 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio todaembarcação sob comando militar.

› No Direito Penal Comum a territorialidade é regra (art. 5º do CP). Aextraterritorialidade é exceção (art. 7º do CP). No Direito Penal Militarambas são regras.

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Art. 8º - Cumprimento de pena no exterior atenuaa pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,quando diversas, ou nela é computada, quandoidênticas.› Mesma redação e aplicação do art. 8º do CP.› Caso o militar brasileiro seja julgado no exterior e condenado, a

pena que for cumprida no estrangeiro será descontada da penaque tiver que ser cumprida no Brasil. Se a pena for diversa oquantum a ser cumprido no Brasil será atenuado, mas se a penafor idêntica será computada para todos os efeitos legais,inclusive para a concessão dos benefícios previstos nalegislação, como por exemplo, o livramento condicional, oumesmo a concessão de indulto, quando este benefício exigeque parte da pena tenha sido cumprida pelo interessado, ouseja, o reeducando.

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Art. 11 - Os militares estrangeiros, quando emcomissão ou estágio nas forças armadas, ficamsujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado odisposto em tratados ou convenções internacionais.› A cooperação entre os países é uma realidade tanto no âmbito

das relações comerciais, como também nas questões desegurança pública e nacional, o que em muitos casos levainclusive a formação de Organismos Internacionais de NaturezaMilitar, como ocorre, por exemplo, com a OTAN, Organização doTratado do Atlântico Norte. Desta forma, se um militar estrangeirose encontrar em comissão ou mesmo em estágio nas ForçasArmadas Brasileiras ficará a princípio sujeito ao Código PenalMilitar Brasileiro, ou seja, será processado e julgado perante aJustiça Militar da União, ou se estiver em estagio nas ForçasMilitares Estaduais de Segurança Pública poderá em tese serprocessado e julgado perante a Justiça Militar Estadual, a não serque o país de origem tenha feito alguma ressalva com base emtratado internacional celebrado com o Brasil. 33

Art. 12 - O militar da reserva ou reformado,empregado na administração militar, equipara-seao militar em situação de atividade, para o efeitoda aplicação da lei penal militar.› Equiparação do militar R/R ou REF a militar da ativa como

sujeito ativo nos crimes militares.

Art. 13 - O militar da reserva, ou reformado,conserva as responsabilidades e prerrogativas doposto ou graduação, para o efeito da aplicação dalei penal militar, quando pratica ou contra ele épraticado crime militar.› Via de regra, o militar R/R ou REF será tratado como civil,

porém, na hipótese do art. 12, deverá ser observado oposto ou a graduação do militar R/R ou REF. 34

Art. 14 - O defeito do ato de incorporação nãoexclui a aplicação da lei penal militar, salvo sealegado ou conhecido antes da prática do crime.› Ex.: Crime de Insubmissão (art.183, CPM/69). São apenas 3 os

defeitos admitidos doutrinariamente: arrimo de família, inaptidãomédica ou antecedentes criminais positivos.

Art. 16 - No cômputo dos prazos inclui-se o dia docomeço. Contam-se os dias, os meses e os anospelo calendário comum.› Mesma redação e aplicação do art. 10 do CP. O CPM não

versa sobre as frações não computáveis da pena (art. 11 doCP).

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Art. 10 – Crimes militares em TEMPO DE GUERRA:I - os especialmente previstos no CPM/69 para o tempo de

guerra (Arts. 355 a 408, do CPM/69);II - os crimes militares previstos para o tempo de paz;III - os crimes previstos no CPM/69, embora também o sejam

com igual definição na lei penal comum ou especial, quandopraticados, quaisquer que seja o agente:

a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmenteocupado;

b) em qualquer lugar, se comprometem ou podemcomprometer a preparação, a eficiência ou as operações militaresou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externado País ou podem expô-la a perigo;

IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial,embora não previstos no CPM, quando praticados em zona deefetivas operações militares ou em território estrangeiro,militarmente ocupado.

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Situações aplicáveis em tempo de guerra:• Art. 15 – O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da

lei penal militar, começa com a declaração ou oreconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto demobilização se nêle estiver compreendido aquêlereconhecimento; e termina quando ordenada a cessaçãodas hostilidades. Início e término do “tempo de guerra”.

• Art. 18 – Ficam sujeitos às disposições dêste Código oscrimes praticados em prejuízo de país em guerra contra paísinimigo do Brasil:• I - se o crime é praticado por brasileiro;• II - se o crime é praticado no território nacional, ou em

território estrangeiro, militarmente ocupado por fôrçabrasileira, qualquer que seja o agente.

Aplicação do CPM em tempos de guerra, por condutascontra o país aliado ao Brasil. 37

Situações aplicáveis em tempo de guerra:• Art. 20 - Aos crimes praticados em tempo de guerra,

salvo disposição especial, aplicam-se as penascominadas para o tempo de paz, com o aumento de umtêrço.

Aumento da pena em 1/3 para os crimes militares previstoscomo crimes em tempo de paz praticados em tempo deguerra.

• Art. 25 - Diz-se crime praticado em presença do inimigo,quando o fato ocorre em zona de efetivas operaçõesmilitares, ou na iminência ou em situação de hostilidade.

Nestas hipóteses, o infrator ficará sujeito às consequênciasestabelecidas na lei penal militar em razão de ter praticadoo fato na presença de um inimigo declarado, trazendo comeste procedimento uma mácula para a sua Corporação.Afinal, o militar é o homem ou a mulher que foi devidamentepreparado para a Guerra, e desta forma deve seguir astradições de sua Corporação, e por consequência enfrentarfrente a frente o inimigo declarado, e não praticar um atoilícito previsto no vigente Código Penal Militar Brasileiro.

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Art. 17 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatosincriminados por lei penal militar especial, se esta não dispõede modo diverso. Para os efeitos penais, salário mínimo é omaior mensal vigente no país, ao tempo da sentença.› Com exceção da referência ao salário mínimo, a redação deste

artigo é similar à do art. 12 do CP.

Art. 19 - O CPM não compreende as infrações dosregulamentos disciplinares.› Previsão legal da infrações disciplinares. Disciplina Militar.› Os militares, federais ou estaduais, no exercício de suas funções

constitucionais ficam sujeitos ao Código Penal Militar, CPM, eainda as leis especiais militares, as leis penais especiais, etambém aos Regulamentos Disciplinares, Forças Armadas eForças Militares de Segurança, PM/BM. O artigo sob análise deixaevidenciado que as transgressões disciplinares não se encontramcompreendidas entre as disposições estabelecidas pelo vigenteCódigo Penal Militar. As infrações disciplinares, ou contravençõesdisciplinares, se encontram estabelecidas nos RegulamentosDisciplinares, sendo que alguns foram estabelecidos por lei, eoutros foram estabelecidos por meio de decretos expedidos peloPoder Executivo.

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Art. 21 - Considera-se assemelhado o servidor,efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, doExército ou da Aeronáutica, submetido a preceitode disciplina militar, em virtude de lei ouregulamento.› Não existem mais. Eram funcionários civis (efetivos ou

não) dos Ministérios Militares (Marinha, Exército eAeronáutica) extintos em 1998, ainda no governo FHC,quando da criação do Ministério da Defesa.

› Divergências: Ronaldo João Roth afirma que os SoldadosTemporários da PMESP eram assemelhados. O TJSPdiscordou da posição. Cleber Olympio afirma a existênciade assemelhados ainda hoje no Ministério da Defesa(Vade Mecum Militar, 2015, p. 383).

› Sua extinção não impede que as instituições militarescontratem civis, mas estes serão submetidos ao regimeaplicável aos agentes públicos civis (federal ou estadual).

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Art. 22 - Militar da ativa.

Art. 23 - Equipara-se ao comandante, para o efeito daaplicação da lei penal militar, toda autoridade militar comfunção de direção ou chefia. A função de Comandante somente pode ser exercida, em

regra, pelos oficiais, militares que receberam uma formaçãoespecífica por meio dos Cursos de Formação de Oficiais(C.F.O.), com a duração mínima de 2 (dois) anos, sofrendovariações em razão do currículo de cada Força Militar, Estadualou Federal, para o exercício da função de Comando, quer denatureza administrativa, ou mesmo de natureza operacional.Neste sentido, o CPM estabelece que o comandante não éapenas o militar que exerce uma função operacional, mastambém toda autoridade militar que se encontre no exercíciode uma função de direção, inclusive no exercício de funções denatureza administrativa de direção.

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Art. 24 - O militar que, em virtude da função, exerceautoridade sobre outro de igual posto ou graduação,considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penalmilitar.› São duas as hipóteses na Lei Penal Militar: superior

hierárquico e superior funcional (antiguidade no posto ouna graduação).

Art. 26 - Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou"nacional", compreende as pessoas enumeradas comobrasileiros na Constituição do Brasil.› Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são

considerados estrangeiros os apátridas e os brasileirosque perderam a nacionalidade.

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Art. 27 - Quando o CPM/69 se refere afuncionários, compreende, para efeito da suaaplicação, os juízes, os representantes doMinistério Público, os funcionários e auxiliares daJustiça Militar.

Art. 28 - Os crimes contra a segurança externa dopaís ou contra as instituições militares, definidos noCPM, excluem os da mesma natureza defendidosem outras leis.› Princípio da Especialidade.

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Art. 9º - Consideram-se crimes militares, em tempode paz:• I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de

modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos,qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;

• II - os crimes previstos neste Código, embora também o sejamcom igual definição na lei penal comum, quando praticados...

• III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, oupor civil, contra as instituições militares, considerando-se comotais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II,nos seguintes casos...

• Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quandodolosos contra a vida e cometidos contra civil serão dacompetência da justiça comum, salvo quando praticados nocontexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Leino 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro deAeronáutica (Redação dada pela Lei nº 12.432, de 2011).

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Para a classificação dos crimes militares em tempo de pazexistem hoje diversas teorias, pelo que podemos destacar asteorias clássica (Célio Lobão e Jorge César de Assis),topográfica (Paulo Tadeu Rodrigues Rosa aliado a FernandoCapez e Celso Delmanto), processual (Jorge Alberto Romeiro,Cícero Robson Coimbra Neves e Marcelo Streifinger) etricotômica. Adotamos neste material a teoria tricotômicaproposta por Ione de Souza Cruz e Cláudio Amin Miguel(Elementos de Direito Penal Militar, 2011, p. 23 e 24):› Crimes propriamente / essencialmente militares: Art. 5º, LXI.

Não existe descrição exata. Entende-se serem os crimes quesó podem ser praticados por militares;

› Crimes tipicamente militares: Tipificados / previstos somenteno CPM. Podem ser praticados por civil ou militar.

› Crimes impropriamente / acidentalmente militares: Previstono CPM e no CP com igual descrição. Sujeito ativo: civil,militar da ativa, militar da reserva (remunerada ou não) oumilitar reformado. 45

INCISO IIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-

Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou

reformado empregado na administração militar (art. 12

CPM/69)

b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Lugar sujeito à administração militar.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

c)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Serviço / Razão de Função/ Comissão / Formatura.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

d)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Períodos de manobras ou exercícios.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

e)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.46

INCISO IIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-

Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou

reformado empregado na administração militar (art. 12

CPM/69)

b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Lugar sujeito à administração militar.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

c)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Serviço / Razão de Função/ Comissão / Formatura.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

d)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Períodos de manobras ou exercícios.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

e)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.47

INCISO IIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-

Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou

reformado empregado na administração militar (art. 12

CPM/69)

b)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Lugar sujeito à administração militar.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

c)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Serviço / Razão de Função/ Comissão / Formatura.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

d)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Períodos de manobras ou exercícios.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

e)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.48

INCISO IIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-

Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou

reformado empregado na administração militar (art. 12

CPM/69)

b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Lugar sujeito à administração militar.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

c)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Serviço / Razão de Função/ Comissão / Formatura.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

d)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Períodos de manobras ou exercícios.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

e)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.49

INCISO IIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-

Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou

reformado empregado na administração militar (art. 12

CPM/69)

b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Lugar sujeito à administração militar.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

c)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Serviço / Razão de Função/ Comissão / Formatura.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

d)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Períodos de manobras ou exercícios.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

e)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.50

INCISO IIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-

Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou

reformado empregado na administração militar (art. 12

CPM/69)

b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Lugar sujeito à administração militar.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

c)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Serviço / Razão de Função/ Comissão / Formatura.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

d)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

Períodos de manobras ou exercícios.

Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado.

e)Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da

reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69)

-Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.

INCISO IIIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.

b)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.

Lugar sujeito à administração militar.

Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no

exercício da função, em local sujeito à administração militar.

c)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância /

Observação / Exploração / Acampamento /

Acantonamento / Manobras

d)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em função de natureza militar desempenhando serviço

de vigilância52

INCISO IIIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.

b)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.

Lugar sujeito à administração militar.

Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no

exercício da função, em local sujeito à administração militar.

c)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância /

Observação / Exploração / Acampamento /

Acantonamento / Manobras

d)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em função de natureza militar desempenhando serviço

de vigilância53

INCISO IIIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.

b)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.

Lugar sujeito à administração militar.

Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no

exercício da função, em local sujeito à administração militar.

c)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância /

Observação / Exploração / Acampamento /

Acantonamento / Manobras

d)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em função de natureza militar desempenhando serviço

de vigilância54

INCISO IIIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.

b)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.

Lugar sujeito à administração militar.

Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no

exercício da função, em local sujeito à administração militar.

c)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância /

Observação / Exploração / Acampamento /

Acantonamento / Manobras

d)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em função de natureza militar desempenhando serviço

de vigilância55

INCISO IIIALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO

a)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa

militar.

b)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.

Lugar sujeito à administração militar.

Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no

exercício da função, em local sujeito à administração militar.

c)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância /

Observação / Exploração / Acampamento /

Acantonamento / Manobras

d)Civil / Militar da Reserva / Militar

Reformado.-

Militar em função de natureza militar desempenhando serviço

de vigilância56

57

CRITÉRIOS LEGAIS DETERMINANTES DO CRIME MILITAR NO BRASIL

1. RATIONE LEGIS Em razão da lei: é crime militar todoaquele elencado no CPM/69.

2. RATIONE PERSONAE Em razão da pessoa: é crime militar aquelecujo sujeito ativo é militar.

3. RATIONE LOCIEm razão do lugar: é crime militar aqueleque ocorre em local sujeito àadministração militar.

4. RATIONE MATERIAE Em razão da matéria: exige duplaqualidade de militar (no ato e no sujeito).

5. RATIONE TEMPORISEm razão do tempo: é crime militar aquelecometido em determinada época (tempode guerra, por exemplo).

58

CRITÉRIOS LEGAIS DETERMINANTES DO CRIME MILITAR NO BRASIL

1. RATIONE LEGIS Em razão da lei: é crime militar todoaquele elencado no CPM/69.

2. RATIONE PERSONAE Em razão da pessoa: é crime militar aquelecujo sujeito ativo é militar.

3. RATIONE LOCIEm razão do lugar: é crime militar aqueleque ocorre em local sujeito àadministração militar.

4. RATIONE MATERIAE Em razão da matéria: exige duplaqualidade de militar (no ato e no sujeito).

5. RATIONE TEMPORISEm razão do tempo: é crime militar aquelecometido em determinada época (tempode guerra, por exemplo).

FATO TÍPICO

CONDUTA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE

Ação (fazer) ouomissão (deixar

de fazer) humana.

Pode ser excluída

quando existe a coação física

irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de

culpa).

Modificação exterior

provocada pela conduta ou que fira a legislação.

Pode ser evitado pela desistência voluntária e pelo arrependimento

eficaz.

Art. 29 CPM/69. Teoria da

Equivalência dos

antecedentes causais

(conditio sinequa non).

Pode ser rompido por

causas supervenientes

(Art. 29, §1º, CPM/69).

Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeitaadequação da conduta ao(s)

verbo(s) descrito(s) no

núcleo do tipo penal.

59

FATO TÍPICO

CONDUTA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE

Ação (fazer) ouomissão (deixar

de fazer) humana.

Pode ser excluída

quando existe a coação física

irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de

culpa).

Modificação exterior

provocada pela conduta ou que fira a legislação.

Pode ser evitado pela desistência voluntária e pelo arrependimento

eficaz.

Art. 29 CPM/69. Teoria da

Equivalência dos

antecedentes causais

(conditio sinequa non).

Pode ser rompido por

causas supervenientes

(Art. 29, §1º, CPM/69).

Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeitaadequação da conduta ao(s)

verbo(s) descrito(s) no

núcleo do tipo penal.

60

FATO TÍPICO

CONDUTA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE

Ação (fazer) ouomissão (deixar

de fazer) humana.

Pode ser excluída

quando existe a coação física

irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de

culpa).

Modificação exterior

provocada pela conduta ou que fira a legislação.

Pode ser evitado pela desistência voluntária e pelo arrependimento

eficaz.

Art. 29 CPM/69. Teoria da

Equivalência dos

antecedentes causais

(conditio sinequa non).

Pode ser rompido por

causas supervenientes

(Art. 29, §1º, CPM/69).

Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeitaadequação da conduta ao(s)

verbo(s) descrito(s) no

núcleo do tipo penal.

61

FATO TÍPICO

CONDUTA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE

Ação (fazer) ouomissão (deixar

de fazer) humana.

Pode ser excluída

quando existe a coação física

irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de

culpa).

Modificação exterior

provocada pela conduta ou que fira a legislação.

Pode ser evitado pela desistência voluntária e pelo arrependimento

eficaz.

Art. 29 CPM/69. Teoria da

Equivalência dos

antecedentes causais

(conditio sinequa non).

Pode ser rompido por

causas supervenientes

(Art. 29, §1º, CPM/69).

Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeitaadequação da conduta ao(s)

verbo(s) descrito(s) no

núcleo do tipo penal.

62

FATO TÍPICO

CONDUTA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE

Ação (fazer) ouomissão (deixar

de fazer) humana.

Pode ser excluída

quando existe a coação física

irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de

culpa).

Modificação exterior

provocada pela conduta ou que fira a legislação.

Pode ser evitado pela desistência voluntária e pelo arrependimento

eficaz.

Art. 29 CPM/69. Teoria da

Equivalência dos

antecedentes causais

(conditio sinequa non).

Pode ser rompido por

causas supervenientes

(Art. 29, §1º, CPM/69).

Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeitaadequação da conduta ao(s)

verbo(s) descrito(s) no

núcleo do tipo penal.

63

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)EXCLUDENTES

I - ESTADO DE NECESSIDADE

“JUSTIFICANTE”(Definição: art.

43, CPM)

II - LEGÍTIMADEFESA

(Definição: art. 44, CPM)

III - ESTRITOCUMPRIMENTO

DO DEVER LEGAL

IV - EXERCÍCIO REGULAR DE

DIREITO

Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos

excludente de antijuridicidade.

Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro,

usando moderadamente dos

meios.

Vinculado àcompetência territorial

e material para a ação. O militar

(agente público) em serviço, estará

acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados.

Ações do cidadão comum autorizadas

pela existência de um direito. Ex.: Esportes,

Intervenções Cirúrgicas, etc...

Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio,aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou gravecalamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executarserviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar odesânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 64

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)EXCLUDENTES

I - ESTADO DE NECESSIDADE

“JUSTIFICANTE”(Definição: art.

43, CPM)

II - LEGÍTIMADEFESA

(Definição: art. 44, CPM)

III - ESTRITOCUMPRIMENTO

DO DEVER LEGAL

IV - EXERCÍCIO REGULAR DE

DIREITO

Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos

excludente de antijuridicidade.

Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro,

usando moderadamente dos

meios.

Vinculado àcompetência territorial

e material para a ação. O militar

(agente público) em serviço, estará

acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados.

Ações do cidadão comum autorizadas

pela existência de um direito. Ex.: Esportes,

Intervenções Cirúrgicas, etc...

Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio,aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou gravecalamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executarserviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar odesânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 65

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)EXCLUDENTES

I - ESTADO DE NECESSIDADE

“JUSTIFICANTE”(Definição: art.

43, CPM)

II - LEGÍTIMADEFESA

(Definição: art. 44, CPM)

III - ESTRITOCUMPRIMENTO

DO DEVER LEGAL

IV - EXERCÍCIO REGULAR DE

DIREITO

Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos

excludente de antijuridicidade.

Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro,

usando moderadamente dos

meios.

Vinculado àcompetência territorial

e material para a ação. O militar

(agente público) em serviço, estará

acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados.

Ações do cidadão comum autorizadas

pela existência de um direito. Ex.: Esportes,

Intervenções Cirúrgicas, etc...

Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio,aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou gravecalamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executarserviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar odesânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 66

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)EXCLUDENTES

I - ESTADO DE NECESSIDADE

“JUSTIFICANTE”(Definição: art.

43, CPM)

II - LEGÍTIMADEFESA

(Definição: art. 44, CPM)

III - ESTRITOCUMPRIMENTO

DO DEVER LEGAL

IV - EXERCÍCIO REGULAR DE

DIREITO

Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos

excludente de antijuridicidade.

Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro,

usando moderadamente dos

meios.

Vinculado àcompetência territorial

e material para a ação. O militar

(agente público) em serviço, estará

acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados.

Ações do cidadão comum autorizadas

pela existência de um direito. Ex.: Esportes,

Intervenções Cirúrgicas, etc...

Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio,aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou gravecalamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executarserviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar odesânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 67

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)EXCLUDENTES

I - ESTADO DE NECESSIDADE

“JUSTIFICANTE”(Definição: art.

43, CPM)

II - LEGÍTIMADEFESA

(Definição: art. 44, CPM)

III - ESTRITOCUMPRIMENTO

DO DEVER LEGAL

IV - EXERCÍCIO REGULAR DE

DIREITO

Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos

excludente de antijuridicidade.

Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro,

usando moderadamente dos

meios.

Vinculado àcompetência territorial

e material para a ação. O militar

(agente público) em serviço, estará

acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados.

Ações do cidadão comum autorizadas

pela existência de um direito. Ex.: Esportes,

Intervenções Cirúrgicas, etc...

Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio,aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou gravecalamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executarserviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar odesânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 68

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)EXCLUDENTES

I - ESTADO DE NECESSIDADE

“JUSTIFICANTE”(Definição: art.

43, CPM)

II - LEGÍTIMADEFESA

(Definição: art. 44, CPM)

III - ESTRITOCUMPRIMENTO

DO DEVER LEGAL

IV - EXERCÍCIO REGULAR DE

DIREITO

Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos

excludente de antijuridicidade.

Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro,

usando moderadamente dos

meios.

Vinculado àcompetência territorial

e material para a ação. O militar

(agente público) em serviço, estará

acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados.

Ações do cidadão comum autorizadas

pela existência de um direito. Ex.: Esportes,

Intervenções Cirúrgicas, etc...

Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio,aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou gravecalamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executarserviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar odesânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 69

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronavede guerra, usa meios violentos para impelir ação que se provenecessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade.Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e osaque.Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontrano rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro deoperações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave eembarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso.

Meios violentos: força física, e não ofensa moral.

Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque

Apatia diante da calamidade

ou do perigo

Pavor generalizado

que leva à inação.

Ausência de ações

concatenadas com o fim comum.

Entregar-se ao inimigo.

Art. 149, CPM/69

Tomar para si ou para outrem,

objetos, por meio de

violência.

70

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronavede guerra, usa meios violentos para impelir ação que se provenecessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade.Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e osaque.Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontrano rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro deoperações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave eembarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso.

Meios violentos: força física, e não ofensa moral.

Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque

Apatia diante da calamidade

ou do perigo

Pavor generalizado

que leva à inação.

Ausência de ações

concatenadas com o fim comum.

Entregar-se ao inimigo.

Art. 149, CPM/69

Tomar para si ou para outrem,

objetos, por meio de

violência.

71

ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronavede guerra, usa meios violentos para impelir ação que se provenecessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade.Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e osaque.Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontrano rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro deoperações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave eembarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso.

Meios violentos: força física, e não ofensa moral.

Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque

Apatia diante da calamidade

ou do perigo

Pavor generalizado

que leva à inação.

Ausência de ações

concatenadas com o fim comum.

Entregar-se ao inimigo.

Art. 149, CPM/69

Tomar para si ou para outrem,

objetos, por meio de

violência.

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ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69)Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronavede guerra, usa meios violentos para impelir ação que se provenecessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade.Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e osaque.Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontrano rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro deoperações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave eembarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso.

Meios violentos: força física, e não ofensa moral.

Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque

Apatia diante da calamidade

ou do perigo

Pavor generalizado

que leva à inação.

Ausência de ações

concatenadas com o fim comum.

Entregar-se ao inimigo.

Art. 149, CPM/69

Tomar para si ou para outrem,

objetos, por meio de

violência.

73

CULPÁVELEXCLUDENTES

IMPUTABILIDADEPOTENCIAL

CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE

EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

- Condição Mental (art. 48 CPM/69);

- Embriaguez (completa, fortuita ou por força maior - art.

49, CPM/69).

- Menoridade (art. 50, CPM/69);

- Obediência Hierárquica (art. 38,

b c/c 40 do CPM/69.

- Erro de Direito (art. 35, CPM/69 – só atenua a pena)

- Coação (Moral) Irresistível

(art.38, a c/c art. 40 do CPM/69);

- Estado de Necessidade Exculpante

(art.39, CPM/69)

74

CULPÁVELEXCLUDENTES

IMPUTABILIDADEPOTENCIAL

CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE

EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

- Condição Mental (art. 48 CPM/69);

- Embriaguez (completa, fortuita ou por força maior - art.

49, CPM/69).

- Menoridade (art. 50, CPM/69);

- Obediência Hierárquica (art. 38,

b c/c 40 do CPM/69.

- Erro de Direito (art. 35, CPM/69 – só atenua a pena)

- Coação (Moral) Irresistível

(art.38, a c/c art. 40 do CPM/69);

- Estado de Necessidade Exculpante

(art.39, CPM/69)

75

CULPÁVELEXCLUDENTES

IMPUTABILIDADEPOTENCIAL

CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE

EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

- Condição Mental (art. 48 CPM/69);

- Embriaguez (completa, fortuita ou por força maior - art.

49, CPM/69).

- Menoridade (art. 50, CPM/69);

- Obediência Hierárquica (art. 38,

b c/c 40 do CPM/69.

- Erro de Direito (art. 35, CPM/69 – só atenua a pena)

- Coação (Moral) Irresistível

(art.38, a c/c art. 40 do CPM/69);

- Estado de Necessidade Exculpante

(art.39, CPM/69)

76

CULPÁVELEXCLUDENTES

IMPUTABILIDADEPOTENCIAL

CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE

EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

- Condição Mental (art. 48 CPM/69);

- Embriaguez (completa, fortuita ou por força maior - art.

49, CPM/69).

- Menoridade (art. 50, CPM/69);

- Obediência Hierárquica (art. 38,

b c/c 40 do CPM/69.

- Erro de Direito (art. 35, CPM/69 – só atenua a pena)

- Coação (Moral) Irresistível

(art.38, a c/c art. 40 do CPM/69);

- Estado de Necessidade Exculpante

(art.39, CPM/69)

77

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR

O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA

PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL

MILITAR DE 1969?

AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS

ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO)

ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º

DO CPM/69?

O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E

JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR?

- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diantede uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não podeafirmar que estará diante de um CRIME MILITAR, pois nossoordenamento jurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e daCULPABILIDADE.

78

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR

O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA

PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL

MILITAR DE 1969?

AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS

ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO)

ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º

DO CPM/69?

O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E

JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR?

- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diantede uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmarque estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamentojurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

79

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR

O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA

PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL

MILITAR DE 1969?

AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS

ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO)

ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º

DO CPM/69?

O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E

JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR?

- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diantede uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmarque estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamentojurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

80

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR

O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA

PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL

MILITAR DE 1969?

AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS

ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO)

ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º

DO CPM/69?

O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E

JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR?

- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diantede uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmarque estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamentojurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

81

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR

O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA

PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL

MILITAR DE 1969?

AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS

ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO)

ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º

DO CPM/69?

O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E

JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR?

- Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diantede uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmarque estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamentojurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

82

Arts. 29 a 47 do CPM/69; Art. 29 – O resultado de que depende a existência do crime

somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-secausa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teriaocorrido.• § 1º A superveniência de causa relativamente

independente exclui a imputação quando, por si só,produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se,entretanto, a quem os praticou.

• § 2º A omissão é relevante como causa quando oomitente devia e podia agir para evitar o resultado. Odever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigaçãode cuidado, proteção ou vigilância; a quem, de outraforma, assumiu a responsabilidade de impedir oresultado; e a quem, com seu comportamento anterior,criou o risco de sua superveniência.

83

› Teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sinequa non);

› Nexo de causalidade é a linha invisível que liga a conduta aoresultado.

› Pode ser rompido por causas supervenientes.› Devemos nos ater ao §2º que impõe a relevância da omissão

como causa, quando o omitente devia e podia agir para evitaro resultado. Dever / posição de garante (legal, contratual egerencial).

› Mesma redação e aplicação do art. 13, CP.

84

Art. 30 – Diz-se o crime:› I - consumado, quando nele se reúnem todos os

elementos de sua definição legal;› II - tentado, quando, iniciada a execução, não se

consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.› Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena

correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços,podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade,aplicar a pena do crime consumado.

› Crime consumado e crime tentado.› Com exceção do parágrafo único, mesma redação e

aplicação do art. 14, CP.› Diferença CPM X CP: aplicação facultativa da pena do crime

consumado ao crime tentado, no caso de excepcionalgravidade daquele.

85

Art. 31 - O agente que, voluntariamente, desiste deprosseguir na execução ou impede que oresultado se produza, só responde pelos atos jápraticados.› Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz.› Mesma redação e aplicação dada ao art. 15 do CP.› No CPM não existe previsão para o Arrependimento Posterior

(art. 16 do CP).

Art. 32 - Quando, por ineficácia absoluta do meioempregado ou por absoluta impropriedade doobjeto, é impossível consumar-se o crime,nenhuma pena é aplicável.› Crime Impossível.› Redação muito similar e aplicação idêntica à do art. 17 do CP. 86

Art. 33 – Diz-se o crime:• I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o

risco de produzi-lo;• II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a

cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou especial, aque estava obrigado em face das circunstâncias, nãoprevê o resultado que podia prever ou, prevendo-o,supõe levianamente que não se realizaria ou que poderiaevitá-lo.Neste ponto o CPM apresenta uma redação mais detalhada

quanto ao crime culposo previsto no art. 18, II do CP, pelo quedistingue claramente a linha que separa a culpa conscienteda culpa inconsciente, embora o legislador não tenhaobservado tal medida quando das penas na parte especialdo CPM.

Aplicação similar ao art. 18 do CP: dolo direto (em algunscasos, específico), dolo eventual, culpa consciente e culpainconsciente. 87

Art. 33, Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei,ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,senão quando o pratica dolosamente.› Mesma redação e aplicação do Art. 18, parágrafo único do CP.

Art. 34 - Pelos resultados que agravam especialmente aspenas só responde o agente quando os houver causado,pelo menos, culposamente.› Crimes qualificados pelo resultado, mesma redação e

aplicação do art. 19 do CP.

88

CONDUTA RESULTADO EXEMPLOS

Dolo Dolo Art. 209, §§1º e 2º (Lesão Corporal Leve e Grave)

Culpa Dolo Art. 206, §1º parte final (Homicídio Culposo)

Culpa Culpa Art. 268, §2º c/c Art. 277, parte final (Incêndio qualificado pelo resultado)

Dolo Culpa Art. 209, §3º (Lesão Corporal qualificada)

Art. 35 – A pena pode ser atenuada ou substituídapor outra menos grave quando o agente, salvo emse tratando de crime que atente contra o devermilitar, supõe lícito o fato, por ignorância ou errode interpretação da lei, se escusáveis.› Erro de Direito: ignorância ou erro de interpretação da norma,

não confundir com o desconhecimento da norma. Precisa serinevitável.

› Não se confunde com as modalidades de erro do CP, emborase aproxime do erro de proibição (art. 21 do CP).

› Não se pode alegar erro de direito nos crimes contra o devermilitar (arts. 187 a 204 do CPM/69).

› Exemplo: cidadão uruguaio desembarca no Brasil e por ser, noseu país, liberado o uso da maconha acende um cigarro aqui,tendo domínio fático da situação mas não tendo ciência daproibição em solo brasileiro.

89

Art. 36 – É isento de pena quem, ao praticar ocrime, supõe, por erro plenamente escusável, ainexistência de circunstância de fato que oconstitui ou a existência de situação de fato quetornaria a ação legítima.• §1º - Se o erro deriva de culpa, a este título

responde o agente, se o fato é punível comocrime culposo.

• §2º Se o erro é provocado por terceiro,responderá este pelo crime, a título de dolo ouculpa, conforme o caso.

90

Comentários ao Art. 36:› Erro de Fato (Falta de domínio da situação fática,

devendo afastar o dolo e a culpa). Similaridade com oerro de tipo (art. 20) do CP.

› A parte final do caput do art. 36 do CPM se refere àsdescriminantes putativas (também disponíveis no art. 20,§1º do CP).

› O §1º do art. 36 do CPM se refere ao erro culposo.› O §2º do art. 36 do CPM se refere ao erro determinado por

terceiro.› Exemplo: Transportar, a pedido, carregamento de sal de

Goiás para São Paulo e, ao ser abordado pela PRFdescobrir que, na verdade, trata-se de cocaína. Omotorista tem ciência de que transportar cocaína écrime, porém desconhecia a qualidade da substância.

91

Art. 37 - Quando o agente, por erro de percepção ou no usodos meios de execução, ou outro acidente, atinge umapessoa em vez de outra, responde como se tivesse praticadoo crime contra aquela que realmente pretendia atingir.Devem ter-se em conta não as condições e qualidades davítima, mas as da outra pessoa, para configuração,qualificação ou exclusão do crime, e agravação ouatenuação da pena.• § 1º - Se, por erro ou outro acidente na execução, é

atingido bem jurídico diverso do visado pelo agente,responde este por culpa, se o fato é previsto como crimeculposo.

• § 2º - Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoavisada, ou, no caso do parágrafo anterior, ocorre ainda oresultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79.

92

› Comentários ao art. 37, CPM:

› Tanto no erro sobre a pessoa quanto no erro deexecução, a punição é a mesma do delito pretendido,inclusive quanto às características pessoais (oficial oucomandante) da vítima.

› O §2º se refere à duplicidade de resultados: Se a vítima éatingida juntamente com outras pessoas (no erro), aplica-se a regra do art. 79 do CPM/69.

93

Art. 38 – Não é culpado quem comete o crime:• a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade

de agir segundo a própria vontade;• b) em estrita obediência a ordem direta de superior

hierárquico, em matéria de serviços.• §1° Responde pelo crime o autor da coação ou da

ordem.• §2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de

ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ouna forma da execução, é punível também o inferior.

94

Coação (Moral) Irresistível e ObediênciaHierárquica.› CMI: sob coação irresistível ou que lhe suprima a

faculdade de agir segundo a própria vontade. Nacoação temos a presença de três sujeitos: COATOR(quem coage), COAGIDO (quem sofre a coação) eCOACTO (vítima naturalística).

› OH: Em estrita obediência a ordem direta de superiorhierárquico, em matéria de serviços.

› Nos dois casos: responde pelo crime o autor da coaçãoou da ordem, contudo se a ordem do superior tem porobjeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou háexcesso nos atos ou na forma da execução, é puníveltambém o inferior.

95

Uma ordem hierárquica pode ser de 3 espécies:→ Ordem Legal: não há crime, estão acobertados pelaexcludente de ilicitude do estrito cumprimento de dever legal;

→ Ordem Manifestamente Ilegal: existira concurso de pessoasentre o superior hierárquico e o subalterno. Ex: superior manda ofuncionário matar alguém. Para o superior incidirá umaagravante genérica (art. 62, III, 1ª parte) e para o subalternouma atenuante genérica (art. 65, II, ‘c’);

→ Ordem Não manifestamente Ilegal: é a ordem ilegal, mas deaparente legalidade. Ex: superior manda o subalterno prenderalguém sem motivos legais. Somente o superior responderá pelocrime. O subalterno ficará isento de pena, ou seja, é caso deautoria mediata.

96

Art. 39 – Estado de Necessidade Exculpante: Não éigualmente culpado quem, para proteger direitopróprio ou de pessoa a quem está ligado porestreitas relações de parentesco ou afeição,contra perigo certo e atual, que não provocou,nem podia de outro modo evitar, SACRIFICA direitoalheio, ainda quando superior ao direito protegido,desde que não lhe era razoavelmente exigívelconduta diversa.› Redação similar (aplicação diferente) à do art. 24 do CP.› No Estado de Necessidade do CPM/69 temos a adoção da

Teoria Diferenciadora (pois o ele figura como excludente deilicitude e como excludente de culpabilidade), enquanto no CPtivemos a adoção da Teoria Unitária. 97

Art. 40 - Nos crimes em que há violação do DEVERMILITAR (arts. 187 a 204 do CPM/69), o agente nãopode invocar coação irresistível senão quandofísica ou material.

Art. 41 - Nos casos do Art.38, letras a (CMI) e b(OH), se era possível resistir à coação, ou se aordem não era manifestamente ilegal; ou, no casodo Art. 39 (ENE), se era razoavelmente exigível osacrifício do direito ameaçado, o juiz, tendo emvista as condições pessoais do réu, pode atenuara pena.

98

Art. 42 - Não há crime quando o agente pratica o fato:• I - em estado de necessidade;• II - em legítima defesa;• III - em estrito cumprimento do dever legal;• IV - em exercício regular de direito.• Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o

comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, naiminência de perigo ou grave calamidade, compele ossubalternos, por meios violentos, a executar serviços emanobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ouevitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, arevolta ou o saque.

Com exceção do parágrafo único, redação similar à do art. 23do CP.

99

Art. 43 – Considera-se em estado de necessidadequem pratica o fato para preservar direito seu oualheio, de perigo certo e atual, que não provocou,nem podia de outro modo evitar, desde que o malcausado, por sua natureza e importância, éconsideravelmente inferior ao mal evitado, e oagente não era legalmente obrigado a arrostar operigo.› No Estado de Necessidade do CPM/69 temos a adoção

da Teoria Diferenciadora (pois o ele figura comoexcludente de ilicitude e como excludente deculpabilidade), enquanto no CP tivemos a adoção daTeoria Unitária.

100

Art. 44 - Entende-se em legítima defesa quem,usando moderadamente dos meios necessários,repele injusta agressão, atual ou iminente, a direitoseu ou de outrem.› Mesma redação e aplicação do art. 25 do CP.

101

Art. 45 - O agente que, em qualquer dos casos deexclusão de crime, excede culposamente oslimites da necessidade, responde pelo fato, se esteé punível, a título de culpa.• Parágrafo único. Não é punível o excesso

quando resulta de escusável surpresa ouperturbação de ânimo, em face da situação. Lembra razoavelmente o parágrafo único do art. 23 do CP.

Art. 46 - O juiz pode atenuar a pena ainda quandopunível o fato por excesso doloso.

102

Art. 47 - Deixam de ser elementosconstitutivos do crime:• I - a qualidade de superior ou a de inferior,

quando não conhecida do agente;• II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de

oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a desentinela, vigia, ou plantão, quando a ação épraticada em repulsa a agressão.

103

Arts. 48 a 52 do CPM/69;

A imputabilidade é o nome dado ao conjunto de condiçõesdo agente em entender o caráter ilícito de determinado fato.

O CPM, assim como o CP, adota o sistema biopsicológico oumisto, que combina dois fatores: mental (doença mental,desenvolvimento mental retardado ou incompleto - art. 48CPM/69) e biológico (embriaguez – art. 49, CPM/69 emenoridade - art. 50 a 52, CPM/69).

O CPM não trata em nenhum momento da emoção e dapaixão, muito menos da embriaguez voluntária ou culposa,cabendo interpretação análoga (art. 28, I e II do CP).

104

Sistema Vicariante (CPM) ≠ Duplo Binário: NÃO seaplica PENA e MEDIDA DE SEGURANÇA. Contudo,no CPM/69 existe a previsão de MEDIDA DESEGURANÇA para imputável.

Imputável Semi-imputável Inimputável

Aplicação da pena conforme o tipo

penal.

Art.113, CPM. Aplica-se a pena, atenuada

ou substituída por internação.

Art. 112, CPM. Sentença Absolutória Imprópria. O acusado

é absolvido e caso revele periculosidade aplica-se a medida

de segurança. 105

Inimputáveis por condição mental. Art. 48. Não é imputável quem, no momento da ação ou da

omissão, não possui a capacidade de entender o caráterilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esseentendimento, em virtude de doença mental, dedesenvolvimento mental incompleto ou retardado.

Redução facultativa da pena. Parágrafo único. Se a doença ou a deficiência mental não

suprime, mas diminui consideravelmente a capacidade deentendimento da ilicitude do fato ou a deautodeterminação, não fica excluída a imputabilidade, masa pena pode ser atenuada, sem prejuízo do disposto no art.113. Redação e aplicação similar ao art. 26 do CP.

106

Inimputáveis por embriaguez: Art. 49 - Não é igualmente imputável o agente que, por

embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou forçamaior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramenteincapaz de entender o caráter criminoso do fato ou dedeterminar-se de acordo com esse entendimento.

Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a doisterços, se o agente por embriaguez proveniente de casofortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ouda omissão, a plena capacidade de entender o carátercriminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esseentendimento. Redação e aplicação similar ao art. 28, §1º e §2º do CP.

107

Embriaguez completa fortuita ou por força maior (art. 49,CPM/69). São três as fases da embriaguez: excitação –sempre incompleta (macaco), depressão – divergência(leão) e sonolência – sempre completa (porco).

NÃO-ACIDENTAL ACIDENTAL PATOLÓGICA PRÉ-ORDENADAPode ser culposa

ou voluntária. Pode ser completa (leão ou porco) ou

incompleta (macaco).

Caso Fortuito ou Força Maior.

Doença Mental. Dependência

Química.

O agente se coloca nesse estado para

cometer o delito.

Consequência: Não exclui a

imputabilidade.

Consequência: Exclui a

imputabilidade OU aplica-se art. 49, CPM/69 (reduçãoda pena de 1/3 a

2/3).

Consequência:Exclui a

imputabilidade. Aplica-se art. 48,

c/c art.113CPM/69

(internação paratratamento).

Consequência:Além de não

excluir aimputabilidade,

tem pena agravada. Art. 70,

II, c, CPM/69.108

Inimputáveis por menoridade:

Art. 50 - O menor de dezoito anos é inimputável,salvo se, já tendo completado dezesseis anos,revela suficiente desenvolvimento psíquico paraentender o caráter ilícito do fato e determinar-sede acordo com este entendimento. Neste caso, apena aplicável é diminuída de um terço até ametade.

109

Inimputáveis por menoridade: Equiparação a maiores (revogação tácita) Art. 51 - Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, ainda

que não tenham atingido essa idade:• a) os militares;• b) os convocados, os que se apresentam à incorporação e

os que, dispensados temporariamente desta, deixam de seapresentar, decorrido o prazo de licenciamento;

• c) os alunos de colégios ou outros estabelecimentos deensino, sob direção e disciplina militares, que já tenhamcompletado dezessete anos.

Art. 52. Os menores de dezesseis anos, bem como osmenores de dezoito e maiores de dezesseis inimputáveis,ficam sujeitos às medidas educativas, curativas oudisciplinares determinadas em legislação especial.

110

MENORIDADE

1) O menor de 18 anos não comete crime

militar e sim ato infracional.

2) O registro do A.I.cabe do Delegado de

Polícia Civil.

3) A não-responsabilização penal

não significa impunidade. O militar

adolescente será responsabilizado de

acordo com a lei penal militar.

4) A Justiça menorista(Infância e

Adolescência) poderá deixar de aplicar

medida de proteção ou socio-educativa, se

entender substituí-las por sanção disciplinar.

5) Havendo aplicação da internação, a

mesma deverá ser feita em estabelecimento adequado (quartel);

6) Postula-se a redução da maioridade penal, mas ainda no mundo

das ideias. Se houver a alteração o melhor seria

alterar o CPM/69.

111

Art. 53 - Similar ao art. 29 do CP/40.

› Condições ou circunstâncias pessoais (Misto dosarts. 29 e 30 do CP/40)

› § 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes éindependente da dos outros, determinando-sesegundo a sua própria culpabilidade. Não secomunicam, outrossim, as condições oucircunstâncias de caráter pessoal, salvo quandoelementares do crime.

112

Art. 53 - Similar ao art. 29 do CP/40.

› Agravação de pena (redação similar ao art. 62 doCP/40)

› § 2° A pena é agravada em relação ao agente que:

› I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige aatividade dos demais agentes;

› II - coage (e induz no CP/40) outrem à execução material docrime;

› III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito àsua autoridade, ou não punível em virtude de condição ouqualidade pessoal;

› IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga oupromessa de recompensa.

113

Art. 53. Similar ao art. 29 do CP/40.› Atenuação de pena› § 3º A pena é atenuada (1/6 a 1/3 no CP/40) com

relação ao agente, cuja participação no crime é de somenos importância.

› CABEÇAS (figura exclusiva do CPM/69)› § 4º Na prática de crime de autoria coletiva

necessária, reputam-se cabeças os que dirigem,provocam, instigam ou excitam a ação.

› § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e umou mais oficiais, são estes considerados cabeças,assim como os inferiores que exercem função deoficial.

114

Art. 53. Similar ao art. 29 do CP/40.› Casos de impunibilidade› Art. 54. O ajuste, a determinação ou

instigação e o auxílio, salvo disposição emcontrário, não são puníveis se o crime nãochega, pelo menos, a ser tentado.

115

MORAL MATERIALInduzimento: Plantio deuma ideia inexistente

na mente do induzido.

Instigação: Reforço de uma ideia pré-existentena mente do indivíduo. Auxílio: Ajuda, apoio,

sem praticar a conduta descrita no tipo penal.Ajuste: Distribuição de

tarefas.Determinação:

Comandamento.

Art. 54 - O ajuste, a determinação ouinstigação e o auxílio, salvo disposição emcontrário, não são puníveis se o crime nãochega, pelo menos, a ser tentado.› Exemplo de disposição em contrário: para os

crimes de concurso necessário cuja tipificaçãopenal está na preparação. Ex.: Conspiração(art.152), Concerto para deserção (art.191) eincitamento (art.155).

116

O concurso de agentes (como elementar do tipo)sempre ocorrerá nos delitos de concursonecessário (plurissubjetivos). Ex.: Motim (art.149) eConspiração (art.152).

Também pode ocorrer nos delitos de concursoeventual (monossubjetivos), tais como homicídio,furto, etc...

As condutas nos delitos de concurso de agentespodem ser:

117

Paralelas Convergentes DivergentesAuxílio mútuo entre as

condutas. Ex. Motim (art. 149).

Do encontro entre as condutas surge o

resultado. Ex.: Pederastia (art.235)1

As condutas são praticadas uma contra a outra.

Ex.: Rixa (art. 211)

Pluralidade de condutas: no mínimo duas

principais ou uma principal e uma

acessória.

Relevância Causal entre todas elas:

se a conduta em nada contribuiu para o

resultado não deve o autor ser penalizado.

Liame subjetivo: todos devem estar

voltados para o mesmo desígnio.

Identidade de infração de todos os envolvidos: todos responderão pelo

mesmo delito.

118

119

Art. 55 – Penas Principais:

Capital Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra – crimes específicos previstos no CPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

120

Art. 55 – Penas Principais:

CapitalMorte (Fuzilamento em 7 dias – tempo deguerra – crimes específicos previstos noCPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

121

Art. 55 – Penas Principais:

Capital Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra – crimes específicos previstos no CPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

122

Art. 55 – Penas Principais:

Capital Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra – crimes específicos previstos no CPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

123

Art. 55 – Penas Principais:

Capital Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra – crimes específicos previstos no CPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

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Art. 55 – Penas Principais:

Capital Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra – crimes específicos previstos no CPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art.183, CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

125

Art. 55 – Penas Principais:

Capital Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra – crimes específicos previstos no CPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

126

Art. 55 – Penas Principais:

Capital Morte (Fuzilamento em 7 dias – tempo de guerra – crimes específicos previstos no CPM/69).

PPL Reclusão (01 a 30 anos).PPL Detenção (30 dias a 10 anos).PPL Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos).

PRL Impedimento (03 a 12 meses) – somente art. 183,CPM/69.

PRD Suspensão do exercício do posto (oficial),graduação (praça), cargo ou função (todos).

PRD Reforma (inconstitucional por ser de caráterperpétuo).

Art. 56 - Fuzilamento. Art. 57 - Comunicação ao Presidente da República, sendo

executada em sete dias após a comunicação, exceto emzona de guerra.

Art. 58 - O CPM/69 diferencia os termos reclusão, detençãoou prisão, quando da diferenciação dos limites mínimos emáximos de pena: 1 ano a 30 anos para reclusão e 30 dias a10 anos para a detenção. Pena única.› Art. 81. Penas unificadas no concurso de crimes.

Art. 59 - A prisão é mais benéfica ao réu, resultando daconversão de penas de reclusão ou detenção, inferiores adois anos, permitindo ainda que a mesma seja cumprida emestabelecimento militar, se oficial, ou em estabelecimentopenal militar, se praça.

127

Art. 60 - Assemelhado;

Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais dedois anos, aplicada a militar, é cumprida empenitenciária militar e, na falta dessa, emestabelecimento prisional civil, ficando o reclusoou detento sujeito ao regime conforme alegislação penal comum, de cujos benefícios econcessões, também, poderá gozar (LEP).

128

Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pelaJustiça Militar, em estabelecimento prisional civil,ficando ele sujeito ao regime conforme alegislação penal comum, de cujos benefícios econcessões, também, poderá gozar.

Art. 63 - PRL. Impedimento. Permanência norecinto da unidade. Crime de insubmissão (art.183, CPM/69).

129

Art. 64 - PRD. Suspensão do exercício do posto,graduação, cargo ou função. Consiste naagregação, afastamento, licenciamento ou nadisponibilidade do condenado por tempodeterminado em sentença, sem prejuízo de seucomparecimento regular à sede do serviço, portempo e período determinado também nasentença, já que a lei não versa a esse respeito.› Parágrafo único. Se o condenado, quando proferida a

sentença, já estiver na reserva, ou reformado ouaposentado, a pena prevista neste artigo será convertidaem pena de detenção, de três meses a um ano.

130

Art. 65 - Reforma. Condena à inatividadepermanente. A doutrina majoritáriaentende ser inconstitucional, pelo caráterperpétuo da pena, o que é vetado pelaCF/88. Não confundir com a ReformaAdministrativa Disciplinar, por razões desaúde ou funcional. Em caso de aplicação,o condenado não poderá perceber maisde um vinte e cinco avos do soldo, por anode serviço, nem receber importânciasuperior à do soldo.

131

Art. 66 - O condenado a que sobrevenha doença mentaldeve ser recolhido a manicômio judiciário ou, na falta deste,a outro estabelecimento adequado, onde lhe sejaassegurada custódia e tratamento.

Art. 67 - Computam-se na pena privativa de liberdade otempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, e ode internação em hospital ou manicômio, bem como oexcesso de tempo, reconhecido em decisão judicialirrecorrível, no cumprimento da pena, por outro crime, desdeque a decisão seja posterior ao crime de que se trata.

Art. 68 - O condenado pela Justiça Militar de uma região,distrito ou zona pode cumprir pena em estabelecimento deoutra região, distrito ou zona.

132

133

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Oficiais

I – a perda de posto epatente;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.Importa também na perda dascondecorações. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

II – a indignidade parao oficialato;

Observar art. 100, CPM – Crimesde traição, cobardia ouespionagem (tempo de guerra) +lista taxativa com 13 crimes.

III – aincompatibilidade como oficialato;

Se cometidos os crimes previstosnos arts. 141 e 142 do CPM.

Praças IV – a exclusão dasforças armadas;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

134

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Oficiais

I – a perda de posto epatente;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.Importa também na perda dascondecorações. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

II – a indignidade parao oficialato;

Observar art. 100, CPM – Crimesde traição, cobardia ouespionagem (tempo de guerra) +lista taxativa com 13 crimes.

III – aincompatibilidade como oficialato;

Se cometidos os crimes previstosnos arts. 141 e 142 do CPM.

Praças IV – a exclusão dasforças armadas;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

135

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Oficiais

I – a perda de posto epatente;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.Importa também na perda dascondecorações. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

II – a indignidade parao oficialato;

Observar art. 100, CPM – Crimesde traição, cobardia ouespionagem (tempo de guerra) +lista taxativa com 13 crimes.

III – aincompatibilidade como oficialato;

Se cometidos os crimes previstosnos arts. 141 e 142 do CPM.

Praças IV – a exclusão dasforças armadas;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

136

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Oficiais

I – a perda de posto epatente;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.Importa também na perda dascondecorações. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

II – a indignidade parao oficialato;

Observar art. 100, CPM – Crimesde traição, cobardia ouespionagem (tempo de guerra) +lista taxativa com 13 crimes.

III – aincompatibilidade como oficialato;

Se cometidos os crimes previstosnos arts. 141 e 142 do CPM.

Praças IV – a exclusão dasforças armadas;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

137

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Oficiais

I – a perda de posto epatente;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.Importa também na perda dascondecorações. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

II – a indignidade parao oficialato;

Observar art. 100, CPM – Crimesde traição, cobardia ouespionagem (tempo de guerra) +lista taxativa com 13 crimes.

III – aincompatibilidade como oficialato;

Se cometidos os crimes previstosnos arts. 141 e 142 do CPM.

Praças IV – a exclusão dasforças armadas;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

138

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Todos

V – a perda da funçãopública, ainda queeletiva;

I – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de crime cometido comabuso de poder ou violação do deverinerente à função pública.II – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de outro crime. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

VI – a inabilitação parao exercício de funçãopública;

Condenação a pena de RECLUSÃOSUPERIOR A QUATRO ANOS, emvirtude de crime com abuso de poderou violação do dever militar ouinerente à função pública. Pode serde dois a vinte anos.

VII – suspensão dopátrio poder, tutela ecuratela;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

VIII – suspensão dosdireitos políticos.

Automática de acordo com o art. 107,CPM/69.

139

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Todos

V – a perda da funçãopública, ainda queeletiva;

I – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de crime cometido comabuso de poder ou violação do deverinerente à função pública.II – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de outro crime. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

VI – a inabilitação parao exercício de funçãopública;

Condenação a pena de RECLUSÃOSUPERIOR A QUATRO ANOS, emvirtude de crime com abuso de poderou violação do dever militar ouinerente à função pública. Pode serde dois a vinte anos.

VII – suspensão dopátrio poder, tutela ecuratela;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

VIII – suspensão dosdireitos políticos.

Automática de acordo com o art. 107,CPM/69.

140

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Todos

V – a perda da funçãopública, ainda queeletiva;

I – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de crime cometido comabuso de poder ou violação do deverinerente à função pública.II – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de outro crime. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

VI – a inabilitação parao exercício de funçãopública;

Condenação a pena de RECLUSÃOSUPERIOR A QUATRO ANOS, emvirtude de crime com abuso de poderou violação do dever militar ouinerente à função pública. Pode serde dois a vinte anos.

VII – suspensão dopátrio poder, tutela ecuratela;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

VIII – suspensão dosdireitos políticos.

Automática de acordo com o art. 107,CPM/69.

141

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Todos

V – a perda da funçãopública, ainda queeletiva;

I – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de crime cometido comabuso de poder ou violação do deverinerente à função pública.II – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de outro crime. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

VI – a inabilitação parao exercício de funçãopública;

Condenação a pena de RECLUSÃOSUPERIOR A QUATRO ANOS, emvirtude de crime com abuso de poderou violação do dever militar ouinerente à função pública. Pode serde dois a vinte anos.

VII – suspensão dopátrio poder, tutela ecuratela;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

VIII – suspensão dosdireitos políticos.

Automática de acordo com o art. 107,CPM/69.

142

Art. 98 – Penas Acessórias:

Quem? Qual? Requisitos

Todos

V – a perda da funçãopública, ainda queeletiva;

I – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de crime cometido comabuso de poder ou violação do deverinerente à função pública.II – Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos emvirtude de outro crime. Automática deacordo com o art. 107, CPM/69.

VI – a inabilitação parao exercício de funçãopública;

Condenação a pena de RECLUSÃOSUPERIOR A QUATRO ANOS, emvirtude de crime com abuso de poderou violação do dever militar ouinerente à função pública. Pode serde dois a vinte anos.

VII – suspensão dopátrio poder, tutela ecuratela;

Condenação a Reclusão ouDetenção superior a dois anos.

VIII – suspensão dosdireitos políticos.

Automática de acordo com o art. 107,CPM/69.

Art. 98 - Parágrafo único. Equipara-se à funçãopública a que é exercida em empresa pública,autarquia, sociedade de economia mista, ousociedade de que participe a União, o Estado ou oMunicípio como acionista majoritário.

› MACETE : Todas as 8 penas acessóriasPOSSUEM mais de TRÊS PALAVRAS,sempre.

143

Art. 99 - A perda de posto e patente resulta da condenaçãoa pena privativa de liberdade por tempo superior a doisanos, e importa a perda das condecorações.

Art. 100 - Fica sujeito à declaração de indignidade para ooficialato o militar condenado, qualquer que seja a pena,nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou emqualquer dos definidos nos artigos 161, 235, 240, 242, 243,244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312.

Art. 101 - Fica sujeito à declaração de incompatibilidadecom o oficialato o militar condenado nos crimes dos artigos141 e 142.

Art. 102 - A condenação da praça a pena privativa deliberdade, por tempo superior a dois anos, importa suaexclusão das forças armadas. 144

Art. 103 - Perda da função pública - civil ou assemelhado. Art. 104 - Incorre na inabilitação para o exercício de função

pública, pelo prazo de dois até vinte anos, o condenado areclusão por mais de quatro anos, em virtude de crimepraticado com abuso de poder ou violação do dever militarou inerente à função pública.› Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função

pública começa ao termo da execução da pena privativa de liberdadeou da medida de segurança imposta em substituição, ou da data emque se extingue a referida pena.

Art. 105 - O condenado a pena privativa de liberdade pormais de dois anos, seja qual for o crime praticado, ficasuspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela,enquanto dura a execução da pena, ou da medida desegurança imposta em substituição (Art. 113). O CP trata damatéria no art. 92, II, somente quando a conduta é contrafilho(a), curatelado(a) ou tutorado(a). 145

Art. 106 - Durante a execução da pena privativade liberdade ou da medida de segurança impostaem substituição, ou enquanto perdura ainabilitação para função pública, o condenadonão pode votar, nem ser votado.

Art. 107 - Salvo os casos dos artigos 99, 103,número II, e 106, a imposição da pena acessóriadeve constar expressamente da sentença.

Art. 108 - Computa-se no prazo das inabilitaçõestemporárias o tempo de liberdade resultante dasuspensão condicional da pena ou do livramentocondicional, se não sobrevém revogação. 146

Art. 109 - São efeitos da condenação:› Efeito civil da condenação: I - tornar certa a obrigação

de reparar o dano resultante do crime;› Efeito penal da condenação (Confisco): II - a perda, em

favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesadoou de terceiro de boa fé: a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas

cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fatoilícito;

b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor queconstitua proveito auferido pelo agente com a sua prática.

147

Art. 121 - Sempre ação penal públicaincondicionada por oferecimento de denúncia doMP da Justiça Militar.

Art. 122 - Exceções: Nos crimes previstos nosartigos 136 a 141, a ação penal, quando o agentefor militar ou assemelhado, depende da requisiçãodo Ministério Militar a que aquele estiversubordinado; no caso do Art. 141, quando oagente for civil e não houver coautor militar, arequisição será do Ministério da Justiça.

148

Art. 123 - Extingue-se a punibilidade:› I - pela morte do agente;› II - pela anistia (fato, não pessoa) ou indulto (coletivo: grupo de

pessoas determinadas, não fatos); no CP existe ainda a Graça,que pode ser traduzida como o “indulto indivivual”.

› III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fatocomo criminoso (Abolitio criminis).

› IV - pela prescrição; No CP ainda temos a perempção e adecadência.

› V - pela reabilitação; Apaga-se o passado. Devolução dosdireitos e deveres na sua plenitude. Pode ser pedido 5 anosdepois do cumprimento da sentença ou fim do prazoprescricional. Em caso de negação, novo pedido em 2 anosapós sentença. Diferente do CP (2 anos + 1 dia no caso denegação, desde que a fundamentação mude);

149

Art. 123 - Extingue-se a punibilidade:› VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo

(Art. 303, § 4).

› Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime,que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstânciaagravante de outro, não se estende a este. Nos crimesconexos, a extinção da punibilidade de um deles nãoimpede, quanto aos outros, a agravação da penaresultante da conexão.

Perdão judicial na receptação culposa (art.255):se o agente é primário e o valor da coisa não ésuperior a 1/10 do salário mínimo, o juiz PODEdeixar de aplicar a pena. 150

Art. 124 - A prescrição refere-se à ação penal ou àexecução da pena.

Art. 125 - A prescrição da ação penal, salvo odisposto no §1º deste artigo, regula-se pelomáximo da pena privativa de liberdade cominadaao crime, verificando-se:› I - em trinta anos, se a pena é de morte;› II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a

doze;› III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a

oito e não excede a doze;› IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a

quatro e não excede a oito;151

Art. 125 - A prescrição da ação penal, salvo odisposto no §1º deste artigo, regula-se pelomáximo da pena privativa de liberdade cominadaao crime, verificando-se:› V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e

não excede a quatro;› VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um

ano ou, sendo superior, não excede a dois;› VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um

ano.

Art. 129 - Todos os prazos de prescrição sãoreduzidos da metade se o agente era, ao tempodo crime, menor de 21 anos ou maior de 70 anos.

152

Causas suspensivas da prescrição da pretensão punitiva (oprazo fica suspenso, não sendo contabilizado no período):questões prejudiciais obrigatórias ou enquanto o agentecumpre pena no estrangeiro.

Causas interruptivas da prescrição da pretensão punitiva(todo o prazo começa a correr de novo, do zero, a partir dadata da interrupção): instauração do processo ou prolaçãoda sentença condenatória recorrível.

Causas suspensivas da prescrição da execução da pena:enquanto o condenado está preso por outro motivo.

Causas interruptivas da prescrição da execução da pena:início ou continuação de cumprimento da pena (naverdade seria suspensiva) ou pela reincidência.

153

154

REGRAS PARA PRESCRIÇÃO

Regra geral

Arts. 125 (tabela), 126 (aumento de 1/3 paracriminoso habitual), 128 (interrupção), 129 (redução1/2 por idade - < 21 > 70) e 133 (declaração deofício) do CPM/69.

Deserção

1) Critério temporal: com base na pena. Desertorcapturado. Art. 125, IV, CPM/69.

2) Critério Etário: 60 anos, se oficial, 45 anos, sepraça. Desertor foragido (trânsfuga). Art. 132 doCPM/69.

Reforma ou Suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função

Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.

Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.

InsubmissãoPrescrição começa a correr no dia em que oinsubmisso completa 30 anos de idade. Insubmissoforagido (trânsfuga). Art. 131 do CPM/69.

155

REGRAS PARA PRESCRIÇÃO

Regra geral

Arts. 125 (tabela), 126 (aumento de 1/3 paracriminoso habitual), 128 (interrupção), 129 (redução1/2 por idade - < 21 > 70) e 133 (declaração deofício) do CPM/69.

Deserção

1) Critério temporal: com base na pena. Desertorcapturado. Art. 125, IV, CPM/69.

2) Critério Etário: 60 anos, se oficial, 45 anos, sepraça. Desertor foragido (trânsfuga). Art. 132 doCPM/69.

Reforma ou Suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função

Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.

Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.

InsubmissãoPrescrição começa a correr no dia em que oinsubmisso completa 30 anos de idade. Insubmissoforagido (trânsfuga). Art. 131 do CPM/69.

156

REGRAS PARA PRESCRIÇÃO

Regra geral

Arts. 125 (tabela), 126 (aumento de 1/3 paracriminoso habitual), 128 (interrupção), 129 (redução1/2 por idade - < 21 > 70) e 133 (declaração deofício) do CPM/69.

Deserção

1) Critério temporal: com base na pena. Desertorcapturado. Art. 125, IV, CPM/69.

2) Critério Etário: 60 anos, se oficial, 45 anos, sepraça. Desertor foragido (trânsfuga). Art. 132 doCPM/69.

Reforma ou Suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função

Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.

Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.

InsubmissãoPrescrição começa a correr no dia em que oinsubmisso completa 30 anos de idade. Insubmissoforagido (trânsfuga). Art. 131 do CPM/69.

157

REGRAS PARA PRESCRIÇÃO

Regra geral

Arts. 125 (tabela), 126 (aumento de 1/3 paracriminoso habitual), 128 (interrupção), 129 (redução1/2 por idade - < 21 > 70) e 133 (declaração deofício) do CPM/69.

Deserção

1) Critério temporal: com base na pena. Desertorcapturado. Art. 125, IV, CPM/69.

2) Critério Etário: 60 anos, se oficial, 45 anos, sepraça. Desertor foragido (trânsfuga). Art. 132 doCPM/69.

Reforma ou Suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função

Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.

Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.

InsubmissãoPrescrição começa a correr no dia em que oinsubmisso completa 30 anos de idade. Insubmissoforagido (trânsfuga). Art. 131 do CPM/69.

158

REGRAS PARA PRESCRIÇÃO

Regra geral

Arts. 125 (tabela), 126 (aumento de 1/3 paracriminoso habitual), 128 (interrupção), 129 (redução1/2 por idade - < 21 > 70) e 133 (declaração deofício) do CPM/69.

Deserção

1) Critério temporal: com base na pena. Desertorcapturado. Art. 125, IV, CPM/69.

2) Critério Etário: 60 anos, se oficial, 45 anos, sepraça. Desertor foragido (trânsfuga). Art. 132 doCPM/69.

Reforma ou Suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função

Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.

Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.

InsubmissãoPrescrição começa a correr no dia em que oinsubmisso completa 30 anos de idade. Insubmissoforagido (trânsfuga). Art. 131 do CPM/69.

159

REGRAS PARA PRESCRIÇÃO

Regra geral

Arts. 125 (tabela), 126 (aumento de 1/3 paracriminoso habitual), 128 (interrupção), 129 (redução1/2 por idade - < 21 > 70) e 133 (declaração deofício) do CPM/69.

Deserção

1) Critério temporal: com base na pena. Desertorcapturado. Art. 125, IV, CPM/69.

2) Critério Etário: 60 anos, se oficial, 45 anos, sepraça. Desertor foragido (trânsfuga). Art. 132 doCPM/69.

Reforma ou Suspensão de exercício do posto, graduação, cargo ou função

Critério temporal: 4 anos. Art. 127 do CPM/69.

Penas acessórias Imprescritíveis. Art. 130 do CPM/69.

InsubmissãoPrescrição começa a correr no dia em que oinsubmisso completa 30 anos de idade. Insubmissoforagido (trânsfuga). Art. 131 do CPM/69.

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PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA, COM BASE NA PENA EM CONCRETO

Retroativa (Passado) Reconhecida no momento da aplicação da pena.

Intercorrente (Presente) Superveniente à aplicação da pena.

Virtual (Futuro) Antecipada, considerando a pena que poderá ser aplicada.

PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIAApós definição de uma condenação da qual não caiba mais recurso.

DÚVIDAS?

161

OBRIGADO!

E-MAIL: [email protected]

162