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ATOS PROBATÓRIOS
Precatória a autoridade militar
Art. 361. No curso do inquérito policial militar, o seuencarregado poderá expedir carta precatória àautoridade militar superior do local onde a testemunhaestiver servindo ou residindo, a fim de notificá-la einquiri-la, ou designar oficial que a inquira, tendo ematenção as normas de hierarquia, se a testemunha fôrmilitar. Com a precatória, enviará cópias da parte que deuorigem ao inquérito e da portaria que lhe determinou aabertura, e os quesitos formulados, para seremrespondidos pela testemunha, além de outros dados quejulgar necessários ao esclarecimento do fato.
ATOS PROBATÓRIOS
Inquirição deprecada do ofendido
Parágrafo único. Da mesma forma, poderá ser ouvido oofendido, se o encarregado do inquérito julgardesnecessário solicitar-lhe a apresentação à autoridadecompetente.
Mudança de residência da testemunha
Art. 362. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro deum ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se,pela simples omissão, às penas do não comparecimento.
ATOS PROBATÓRIOS
Antecipação de depoimento
Art. 363. Se qualquer testemunha tiver de ausentar-seou, por enfermidade ou idade avançada, inspirar receiode que, ao tempo da instrução criminal, estejaimpossibilitado de depor, o juiz poderá, de ofício ou arequerimento de qualquer das partes, tomar-lheantecipadamente o depoimento.
ATOS PROBATÓRIOS
Afirmação falsa de testemunha
Art. 364. Se o Conselho de Justiça ou o Superior TribunalMilitar, ao pronunciar sentença final, reconhecer quealguma testemunha fêz afirmação falsa, calou ou negou averdade, remeterá cópia do depoimento à autoridadepolicial competente, para a instauração de inquérito.
ATOS PROBATÓRIOS
DA ACAREAÇÃO
Admissão da acareação
Art. 365. A acareação é admitida, assim na instruçãocriminal como no inquérito, sempre que houverdivergência em declarações sôbre fatos ou circunstânciasrelevantes:
a) entre acusados;
b) entre testemunhas;
c) entre acusado e testemunha;
d) entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida;
e) entre as pessoas ofendidas.
ATOS PROBATÓRIOS
Pontos de divergência
Art. 366. A autoridade que realizar a acareação explicaráaos acusados quais os pontos em que divergem e, emseguida, os reinquirirá, a cada um de per si e empresença do outro.
§ 1º Da acareação será lavrado têrmo, com as perguntase respostas, obediência às formalidades prescritas no §3º do art. 300 e menção na ata da audiência ou sessão.
§ 2º As partes poderão, por intermédio do juiz,reperguntar as testemunhas ou os ofendidos acareados.
ATOS PROBATÓRIOS
Ausência de testemunha divergente
Art. 367. Se ausente alguma testemunha cujasdeclarações divirjam das de outra, que esteja presente, aesta se darão a conhecer os pontos da divergência,consignando-se no respectivo têrmo o que explicar.
ATOS PROBATÓRIOS
DO RECONHECIMENTO DE PESSOA E DE COISA
Formas de procedimento
Art. 368. Quando houver necessidade de se fazer oreconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinteforma:
a) a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento seráconvidada a descrever a pessoa que deva serreconhecida;
b) a pessoa cujo reconhecimento se pretender, serácolocada, se possível, ao lado de outras que com elativerem qualquer semelhança, convidando-se a apontá-laquem houver de fazer o reconhecimento;
ATOS PROBATÓRIOS
c) se houver razão para recear que a pessoa chamadapara o reconhecimento, por efeito de intimidação ououtra influência, não diga a verdade em face da pessoaque deve ser reconhecida, a autoridade providenciarápara que esta não seja vista por aquela.
§ 1º O disposto na alínea c só terá aplicação no curso doinquérito.
§ 2º Do ato de reconhecimento lavrar-se-á têrmopormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoachamada para proceder ao reconhecimento e por duastestemunhas presenciais.
ATOS PROBATÓRIOS
Reconhecimento de coisa
Art. 369. No reconhecimento de coisa, proceder-se-á comas cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que fôraplicável.
Variedade de pessoas ou coisas
Art. 370. Se várias forem as pessoas chamadas a efetuaro reconhecimento de pessoa ou coisa, cada uma o faráem separado, evitando-se qualquer comunicação entreelas. Se forem varias as pessoas ou coisas que tiverem deser reconhecidas, cada uma o será por sua vez.
ATOS PROBATÓRIOS
DOS DOCUMENTOS
Natureza
Art. 371. Consideram-se documentos quaisquer escritos,instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.
Presunção de veracidade
Art. 372. O documento público tem a presunção deveracidade, quer quanto à sua formação quer quanto aosfatos que o serventuário, com fé pública, declare queocorreram na sua presença.
ATOS PROBATÓRIOS
Identidade de prova
Art. 373. Fazem a mesma prova que os respectivosoriginais:
a) as certidões textuais de qualquer peça do processo, doprotocolo das audiências ou de outro qualquer livro acargo do escrivão, sendo extraídas por êle, ou sob suavigilância e por êle subscritas;
b) os traslados e as certidões extraídas por oficialpúblico, de escritos lançados em suas notas;
c) as fotocópias de documentos, desde que autenticadaspor oficial público;
ATOS PROBATÓRIOS
Declaração em documento particular
Art 374. As declarações constantes de documentoparticular escrito e assinado, ou sómente assinado,presumem-se verdadeiras em relação ao signatário.
Parágrafo único. Quando, porém, contiver declaração deciência, tendente a determinar o fato, documentoparticular prova a declaração, mas não o fato declarado,competindo o ônus de provar o fato a quem interessar asua veracidade.
ATOS PROBATÓRIOS
Correspondência obtida por meios criminosos
Art. 375. A correspondência particular, interceptada ouobtida por meios criminosos, não será admitida em juízo,devendo ser desentranhada dos autos se a êstes tiversido junta, para a restituição a seus donos.
Exibição de correspondência em juízo
Art. 376. A correspondência de qualquer natureza poderáser exibida em juízo pelo respectivo destinatário, para adefesa do seu direito, ainda que não haja consentimentodo signatário ou remetente.
ATOS PROBATÓRIOS
Exame pericial de letra e firma
Art. 377. A letra e firma dos documentos particularesserão submetidas a exame pericial, quando contestada asua autenticidade.
Apresentação de documentos
Art. 378. Os documentos poderão ser apresentados emqualquer fase do processo, salvo se os autos dêsteestiverem conclusos para julgamento, observado odisposto no art. 379.