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DIREITO Previdenciário Prof. Thamiris Felizardo Benefícios em espécies Auxílio Doença Parte 2

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DIREITO

Previdenciário

Prof. Thamiris Felizardo

Benefícios em espéciesAuxílio Doença

Parte 2

Auxílio Doença

- Data de início do benefício (DIB)

- Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado

empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento

da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar

da data do início da incapacidade e enquanto ele

permanecer incapaz.

- § 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade

por mais de 30 (trinta) dias, o auxílio-doença será devido

a contar da data da entrada do requerimento.

Auxílio Doença

- Quando requerido por segurado afastado da atividade por

mais de 30 (trinta) dias, o auxílio doença será devido a

contar da data da entrada do requerimento.

- Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do

afastamento da atividade por motivo de doença,

incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu

salário integral.

Auxílio Doença

Art. 73. Decreto 3048 O auxílio-doença do segurado queexercer mais de uma atividade abrangida pela previdênciasocial será devido mesmo no caso de incapacidade apenaspara o exercício de uma delas, devendo a perícia médica serconhecedora de todas as atividades que o mesmo estiverexercendo.

§ 1º Na hipótese deste artigo, o auxílio-doença seráconcedido em relação à atividade para a qual o seguradoestiver incapacitado, considerando-se para efeito de carênciasomente as contribuições relativas a essa atividade.

Auxílio Doença

Ex: Medusa é segurada empregada, exercendo as funções

de digitadora durante o dia, além de exercer as funções de

professora de contabilidade durante a noite. Foi acometida

de doença que a incapacitou temporariamente para a

atividade de digitadora. Nesse caso, cumprida a carência,

poderá receber o auxílio-doença em relação a essa atividade

e continuar laborando como professora.

Auxílio Doença

- Renda Mensal (RMI)

- O auxílio-doença, inclusive a decorrente de acidente do

trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a

91% (cem por cento) do salário-de-benefício, observado

o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta

Lei.

Auxílio Doença

- Renda Mensal (RMI)

- RMB = 91% S.B.

- S.B. = média aritmética simples dos maiores salários-

decontribuição apurados em 80% de todo o período

contributivo.

Auxílio Doença

- O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética

simples dos últimos 12 (doze) saláriosde-contribuição,

inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não

alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética

simples dos salários-de-contribuição existentes. (Lei nº

13.135/2015)

Auxílio Doença

- Auxilio doença segurado aposentado

- Ex: “Reinaldo é aposentado por idade e nesta condição

recebe do INSS 2,5 salários mínimos mensais. Porém,

Reinaldo continua trabalhando e recebe do seu

empregador 1,5 salário mínimo por mês. Em dezembro

de 2017, Reinaldo foi acometido por uma doença grave,

que o impossibilitou de trabalhar por 50 dias.”

Auxílio Doença

Lei 8.213, art. 18

§ 2º O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social–

RGPS que permanecer em atividade sujeita a este Regime,

ou a ele retornar, não fará jus a prestação alguma da

Previdência Social em decorrência do exercício dessa

atividade, exceto ao salário-família e à reabilitação

profissional, quando empregado.

Auxílio Doença

- ALTA PROGRAMADA

O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-

pericial, o prazo que entender suficiente para a

recuperação da capacidade para o trabalho do segurado,

dispensada nessa hipótese a realização de nova perícia.

Assim, o INSS, ao conceder o auxílio-doença, já estabelece

a data de cessação do benefício (DCB).

Auxílio Doença

• Se chegar o prazo fixado pelo INSS e o segurado aindaestiver incapacitado, o que ele deverá fazer?

• Neste caso, o segurado precisará requerer a prorrogaçãodo benefício.

• A "alta programada" era prevista na Lei?• NÃO. Até a edição da MP 739/2016 (que perdeu vigência)

e agora da Lei nº 13.457/2017, a alta programada era prevista apenas no Regulamento da Previdência Social (Decreto nº 3.048/99).

Auxílio Doença

• A "alta programada" era aceita pela jurisprudência?

• O tema é polêmico nos Tribunais Regionais Federais. A

posição majoritária parece ser no sentido de que tal

procedimento era indevido. O TRF1 e TRF3, por

exemplo, entendiam que a "alta programada" seria ilegal

porque violaria o art. 62 da Lei nº 8.213/91. Nesse

sentido:

Auxílio Doença

TRF3(...) I - O instituto da "alta programada" é incompatível com a

lei previdenciária, tendo em vista que fere direito subjetivodo segurado de ver sua capacidade laborativa aferida atravésdo meio idôneo a tal fim, que é a perícia médica.

II - Revela-se incabível que a Autarquia preveja comantecedência, por meio de mero prognóstico, que emdeterminada data o segurado esteja apto ao retorno aotrabalho, sem avaliar o real estado de saúde em que seencontra, tendo em vista que tal prognóstico pode nãocorresponder à efetiva evolução da doença. (...)TRF3. 10ªTurma, AMS 0004599-84.2014.4.03.6106, Data:20/04/2016.

Auxílio Doença

Quando o auxílio-doença era concedido judicialmente, os juízes eTribunais fixam a data de cessação do benefício? Em outraspalavras, a jurisprudência admitia a "alta programadajudicial"?

NÃO. A jurisprudência majoritária não admitia a alta programadajudicial, "uma vez que a perícia médica é condiçãoindispensável à cessação do benefício, pois somente elapoderá atestar se o segurado possui condição de retornar àssuas atividades ou não". O prazo indicado pelo perito comosuficiente ao restabelecimento da capacidade é apenas umaestimativa, especialmente porque depende de fatores alheios àvontade do segurado e do INSS, de sorte que o magistradonão tem condições de fixar de antemão a data de recuperação.

Auxílio Doença

- Logo, alta programada judicial vai de encontro ao que

preceitua a Lei de Benefícios Previdenciários (Lei nº

8.213/91). Esse era o entendimento da TNU (PEDILEF

05013043320144058302, julgado em 11/12/2015,

Relator Juiz Federal Frederico Augusto Leopoldino

Koehler).

Auxílio Doença

- O que fez a Lei nº 13.457/2017?

• A Lei nº 13.457/2017 teve como objetivo superar a jurisprudência majoritária que preconizava a ilegalidade da alta programada.

• Para isso, a referida Lei determinou a imposição da alta programada para os auxílios-doença concedidos tanto na esfera administrativa como judicial.