Direito_Financeiro_-_Conceito_-_1o_Aula

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    Direito Financeiro

    Professor Valrio Rodrigues Dias

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    DIREITO FINANCEIRO

    I Introduo.

    O Direito Financeiro de suma importncia no Estado Democrtico de Direito.

    Como se sabe, a expresso Estado Democrtico de Direito decorre de uma evouo!ist"rica, marcando o recon!ecimento peo pr"prio Estado da necessidade de ee tambm sesu#eitar $s eis e respeitar os direitos e %arantias individuais previstos na Constituio da&ep'bica.

    ( su#eio do Estado $ ei muito mais r)%ida do *ue a*uea exi%ida do particuar.Constitui mxima consa%rada no Direito de *ue o Estado somente pode a%ir se !ouver ei

    deimitando o seu campo de atuao. ( ei marca os passos a serem se%uidos peo Estado,se#a de maneira deta!ada, advindo da) o conceito de compet+ncia vincuada, se#a de ormamais aberta ou u)da, com o *u+ nos deparamos com o conceito de compet+nciadiscricionria, na *ua o %rau de iberdade do administrador p'bico maior, !a#a vista o#u)-o de conveni+ncia e oportunidade *ue marca, nos casos e%amente autori-ados, omomento da prtica de um ato, a necessidade ou no de sua reai-ao, bem como, emcertos casos, a ixao da dimenso do seu conte'do.

    or conse%uinte, o Estado somente pode a%ir se !ouver ei descrevendo a !ip"tese deatuao, o mandamento a ser cumprido peo administrador p'bico /obri%ando, proibindoou permitindo uma conduta0, bem como a imposio da respectiva sano pea

    inobservncia da prescrio e%a.

    Ora, dimensionada a pataorma %era na *ua o Estado deve tri!ar, vamos observar*ue na operacionai-ao dos recursos p'bicos, o Estado #amais pode se distanciar doscnones e%ais. 1rata2se da direta e imediata apicao do princ)pio da estrita e%aidade.ois bem, nesta temtica, avuta de importncia o con!ecimento do Direito Financeiro, poiseste o ramo do Direito pblico cujas normas jurdicas disciplinam a atividade financeirado Estado.

    O estrito e ri%oroso cumprimento das normas e%ais no se trata de mero rituaorma)stico. Em verdade, possui vrias inaidades. Dentre eas podemos citar3 a0 permite a

    veriicao do cumprimento por parte do administrador ou %estor p'bico dos pro#etos oupro%ramas %overnamentais de investimentos aprovados peo Con%resso 4aciona /5nio0,peas (ssembias 6e%isativas /Estados0 ou pea Cmara dos 7ereadores /8unic)pios09 b0permite a reai-ao do controe das contas p'bicas, pressupondo a exist+ncia de re%ras aserem se%uidas, a envover, incusive, $*ueas *ue ormai-am os pr"prios instrumentos deiscai-ao da atuao dos a%entes estatais na conduo dos recursos p'bicos9 e, c0permite a imputao ao administrador ou ao %estor p'bico da responsabiidade pea m2%esto dos recursos p'bicos.

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    Com eeito, a possibiidade de se viabii-ar meios de controe e%amente previstos,com a previso de tipos penais para os maus %estores da coisa p'bica, p;e em evid+ncia aimportncia do Direito Financeiro, pois, por meio deste ramo do Direito, poss)ve

    veriicar a su#eio do Estado $s eis *ue re%em a atividade inanceira e, por conse*I>, ?institu)ram a cadeira de @Ci+ncias das Finanas e 6e%isao FinanceiraA.B :.

    (iomar aeeiroinorma *ue os estudos precursores sobre inanas datam da rciaanti%a, onde se ocai-am co%ita;es de >enoonte /GH ou 2G a.C.0, o *ua anoumo de escritos sobre emprstimos e rendas de (tenas e de suas minas de prata. Je%undoaeeiro so citados tambm os ?ra%mentos de (rist"tees /GK2G a.C.0, de )nio /L2:H0, de 1cito /2:H0, de C)cero /:HM2 a.C.0 e outros.B

    4o evover !ist"rico das inanas p'bicas, a Idade 8dia pouco contribuiu. 4ota2senesta poca um excesso de tributao. &e%is Fernandes de OiveiraGdoutrina *ue na Idade

    8dia (ta ocorre uma diuio do poder arrecadat"rio devido $ dbi supremacia po)tica,uma ve- *ue !ouve a ra%mentao do poder de mando. Isto %erou a ?ata de unidade dasexi%+ncias iscaisB. &eerido (utor aponta os principais tributos *ue eram cobrados3

    ?...a0 a corvia, ou se#a, o traba!o orado dos servos nas terras sen!oriais, parapreservar o casteo, mura!as etc.9 b0 a talha, pa%amento devido pea proteo e incidiasobre parte da produo9 c0 banalidades, peo uso do orno, do moin!o, da or#a, daprensa de oivas e uvas9 d0 taxa de casamento, no caso de o servo casar2se ora dodom)nio9 e0 a mo-morta, devido em decorr+ncia de !erana, uma ve- *ue o sen!or o!erdeiro e para icar com bens *ue # eram seus, o servo pa%a9 0 o dzimo, :HN dosrendimentos, devidos $ I%re#a9 %0page /ped%io0, peo uso dos camin!os do sen!or9!0 gabela, taxa sobre o sa, institu)do em :G:9 i0 chvage, imposto por cabea sobre

    servos e aorriados etc.B

    4ada obstante a disperso arrecadat"ria, ruto da ra%mentao do poder po)tico, !um ponto *ue merece re%istro na Idade 8dia. Consoante noticia &e%is Fernandes de

    :(6EEI&O, (iomar.Uma introduo ! ci"ncia das finanas. :L ed. &io de Paneiro3 Forense, HH, p. :H., revista e atuai-ada porDe#ama de Campos.(6EEI&O, (iomar.Uma introduo ! ci"ncia das finanas#p. :G.GO6I7EI&(, &e%is Fernandes. $urso de Direito %inanceiro&Jo auo3 &evista dos 1ribunais, HHL, p. L.

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    Oiveira, a resist+ncia dos bar;es ao rei Poo Jem 1erra, orando2o a assinar a 8a%naCarta em ::, marca o recon!ecimento de *ue no !averia tributao sem oconsentimento dos contribuintes, por meio dos seus representantes.

    P no scuo >7I at o scuo >7III, conorme noticia aeeiro sur%iu osmovimentos dos mercantiistas e dos cameraistas, os *uais inuenciaram o incremento dosestudos iscais.

    Os mercantiistas se caracteri-aram por ter uma poltica intervencionista enacionalista, sedimentando os undamentos da economia na posse e propriedade do ouro eda prata. Consoante anota &e%is Fernandes de OiveiraL3 ?O mercantiismo preconi-a parao Estado a maior posse de recursos poss)ve, acreditando *ue a) resida a prosperidade.B

    P os cameraistas, con*uanto tambm mantivessem como ema uma po)ticaintervencionista, destacaram-se no desenvolvimento de estudos tcnicos de poltica e

    administrao financeira, dando assessoria aos pr)ncipes ?em tcnica de administrao,direito, po)tica inanceira e econ=micaBM. 4o ponto, (iomar aeeiroKpontiica3

    ?O cameraismo tambm intervencionista e p;e em primeiro pano o patrim=nioisca. &i%orosamente, as suas i%uras so os verdadeiros undadores dos estudossistemticos das Finanas 'bicas, a%uns dos *uais, at o scuo >I>, comoeconomistas da Escoa Qist"rica ou sociaista de ctedra, deveriam reetir as suastradi;es.B

    4a se*

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    Ferreira Pardim:: *ue con*uanto a ind'stria, o comrcio e os servios tivessem a suautiidade, estas atividades no eram produtivas, mas meramente reprodutivas do vaorconsumido a t)tuo de matrias2primas. Jomente a a%ricutura %erava um vaor excedente,?ou se#a, um produto )*uido acima dos custos da produoB:.

    ( ideia do imposto 'nico encontrou resist+ncia entre os pr"prios isiocratas. 6embraaeeiro:G*ue nesta poca, em 8io, ietro 7erri tambm se preocupou com Finanas e?embora se inspirasse nos isiocratas, percebeu *ue, peo en=meno da repercusso, eram osconsumidores e no os proprietrios da terra os contribuintes de atoB.

    Em paraeo $ isiocracia *ue se desenvoveu em Frana, nas I!as ritnicassur%iram outro movimento de reao individuaista, o *ua d nascimento $ EscoaCssica. Esta teve o seu in)cio com a pubicao do ivro de (dam Jmit! intituado Uma)nvestigao sobre a *atureza e $ausas da +i,ueza das *aes ./n )n,uir0 into the

    *ature and $auses of the 1ealth of *ations0, ocorrida em :MML. Doutrina Eduardo 8arcia

    Ferreira Pardim:

    *ue o Cassicismo aco!eu o princ)pio do laissez-faire# laissez-passer,aceitando uma economia de ivre2mercado, isto , sem interveno do %overno. ?En*uantoos mercantiistas resumiam seu iderio no comrcio e os isiocratas na a%ricutura, a escoacssica incuiu a atividade industria entre as produtivas. Exortava o traba!o intenso, oconsumo iimitado e o ac'muo de ri*ue-as, tudo sobre o prisma macroecon=mico.B :

    6embra Eduardo 8arcia Ferreira Pardim *ue ap"s a Escoa Cssica o pensamentoecon=mico soreu o impacto de diversas correntes, tais como o da ideoo%ia sociaista, domarxismo da escoa aem, da escoa mar%inaista, do UeSnesianismo e do p"s2UeSnesianismo. 4o ! d'vida de *ue esta diversidade de movimentos inuenciou no s" aCi+ncia das Finanas como o pr"prio Direito Financeiro. Q, incusive, consoante anota o

    reerido (utor, uma diviso adotada pea doutrina no estudo da atividade inanceira, o *uaabarcaria o per)odo dasfinanas neutras, a se ocai-ar no per)odo entre os scuos >7III e>I>, e o das finanas funcionais, iniciado a partir do scuo >I>. ?O primeirocaracteri-ado peo no2intervencionismo do Estado e o se%undo de cun!o interventivo,onde a atividade inanceira representa um instrumento de ao po)tica tendente a orientar emodear a con#untura econ=mica e socia.B:L

    Con*uanto esse panorama !ist"rico2evoutivo possa ser aproveitado tanto peoDireito Financeiro como pea Ci+ncia das Finanas, cumpre identiicarmos o campo pr"priode atuao de cada uma destas discipinas. ara tanto, cabe airmarmos, em primeiraaproximao, *ue a Ci+ncia das Finanas pertence ao mundo do ser, ao passo *ue o Direito

    Financeiro /Direito posto0, ao mundo do dever ser.

    ::P(&DI8, Eduardo 8arcia Ferreira.'anual de Direito %inanceiro e tribut(rio# p. M.:P(&DI8, Eduardo 8arcia Ferreira.'anual de Direito %inanceiro e tribut(rio# p. M.:G (6EEI&O, (iomar.Uma introduo ! ci"ncia das finanas#p. :M.:P(&DI8, Eduardo 8arcia Ferreira.'anual de Direito %inanceiro e tribut(rio# p. K.:P(&DI8, Eduardo 8arcia Ferreira.'anual de Direito %inanceiro e tribut(rio# p. K.:LP(&DI8, Eduardo 8arcia Ferreira.'anual de Direito %inanceiro e tribut(rio# p. K.

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    aeeiro:Mao conceituar Ci+ncia das Finanas assim se expressa3

    ?Ea a disciplina ,ue# pela investigao dos fatos# procura explicar os fen2menosligados ! obteno e disp"ndio do dinheiro necess(rio ao funcionamento dos servios

    a cargo do Estado# ou de outras pessoas de direito pblico# assim como os efeitosoutros resultantes dessa atividade governamental. Job esse ponto de vista umaci+ncia onto"%ica, isto , um #u%amento de exist+ncia @o *ue A e @por *ue A.B

    Ora, a Ci+ncia das Finanas tem como ob#eto de estudo atos de ordem econ=mica,socio"%ica, po)tica, administrativa, psico"%ica, #ur)dica etc., os *uais so vistos dentro deuma compexidade or%nica i%ada $ evouo do Estado diante da sua misso de a-errente $s necessidades p'bicas. 4o ponto, a io de Eduardo 8arcia Ferreira:KPardim serevea apropriada3

    ?...(demais, a ci+ncia das inanas estuda a atividade inanceira do Estado sobin'meras perspectivas, vae di-er, a socio"%ica, a econ=mica, a po)tica, aadministrativa, a #ur)dica etc., o *ue revea o seu sincretismo metodo"%ico,distin%uindo2se, tambm nesse ponto, das matrias #ur)dicas em *uesto, por*uantoestas pautam pea !omo%eneidade metodo"%ica, como no poderia deixar de ser,di%a2se de passa%em, no s)tio do direito.B

    Em sentido simiar, airma &e%is Fernandes de Oiveira :R*ue a Ci+ncia das Finanas ?pr2normativa, ou se#a, no pertence ao mundo do direito, mas ao mundo da economia,do estudo dos en=menos sociais, econ=micos, estat)sticos, *ue podem ornecer eementospara a estrutura da poltica financeira do Estado.B 1rata2se de ci+ncia inormativa,disponibii-ando ao po)tico subs)dios para uma tomada de deciso, mormente *uandoencamin!a pro#etos de ei para apreciao peo paramento.

    ViSos!i QaradaH, ao versar sobre a Ci+ncia das Finanas sobre o eno*ue econ=micodoutrina *ue3

    ?ora de d'vida *ue se trata de uma ci+ncia especuativa, no normativa. 1em porob#eto o estudo da atividade inanceira do Estado sob o ponto de vista te"rico. T umaci+ncia inormativa, pertencente ao ramo da Ci+ncia o)tica, destinada a auxiiar oa%ente po)tico na tomada de decis;es sobre *uest;es mais variadas, abarcandoincusive o campo e%isativo.B

    P o Direito posto /positivo0, assim como os seus vrios departamentos ou ramos, taiscomo, por exempo, o Direito Civi, Direito Comercia, Direito ena, Direito Financeiro,Direito 1ributrio, Direito (dministrativo etc., prescrevemnormas #ur)dicas, ou se#a, asre%ras e princ)pios #ur)dicos de carter vincuativo e obri%at"rio dentro do ordenamento

    :M(6EEI&O, (iomar.Uma introduo ! ci"ncia das finanas#p. K.:KP(&DI8, Eduardo 8arcia Ferreira.'anual de Direito %inanceiro e tribut(rio# p. :M.:RO6I7EI&(, &e%is Fernandes. $urso de Direito %inanceiro&p. MM.HQ(&(D(, ViSos!i.Direito %inanceiro e tribut(rio. : ed. Jo auo3 (tas, HHL, p. .

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    #ur)dico, destinados a re%uar o comportamento socia dos !omens. O ob#eto do Direito anorma #ur)dica, consoante o pensamento de Vesen.

    ois bem. Je o ob#eto do Direito a norma #ur)dica, as *uest;es *ue se ormuam

    ento so as se%uintes3 *ua o ob#eto da Ci+ncia do Direito /#ur)dica0 e *ua o ob#eto daCi+ncia das FinanasW

    4o caso da Ci+ncia do Direito, seu ob#eto o Direito positivo, ou se#a, as pr"priasnormas #ur)dicas inte%rantes do ordenamento #ur)dico. Contudo, no no aspecto deprescrio, mas, sim, de descrio cientiica do Direito.

    O Direito, pertencendo ao mundo do dever ser, tem como ob#eto a norma #ur)dica namedida em *ue esta verbai-ada mediante uma in%ua%em prescritiva /imperativa0,exprimindo um mandamento, uma permisso ou uma atribuio de compet+ncia. Como di-Vesen: as ?normas#ur)dicas, por seu ado, no so #u)-os, isto , enunciados sobre um

    ob#eto dado ao con!ecimentoB. Xuando o operador do direito /e%isador, #ui- ou outraautoridade competente0 traba!a com as normas #ur)dicas ee exerce uma funo deproduzir o Direito, isto , de produ-ir uma norma %era ou individua revestida de carterimperativo e vincuante para os seus destinatrios. O Direito, sob este prisma, no ensinanem teori-a nada. 4o ci+ncia.

    P a Ci+ncia #ur)dica ormua proposi;es #ur)dicas. Estas, no di-er de Vesenconstituem3

    ?3roposies #ur)dicas so #u)-os !ipotticos *ue enunciam ou tradu-em *ue, deconormidade com o sentido de uma ordem #ur)dica naciona ou internaciona dada

    ao con!ecimento #ur)dico, sob certas condi;es ou pressupostos ixados por esseordenamento, devem intervir certas conse*

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    ?T re*

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    T n)tida, tota e radica a dierena entre a ci+ncia das inanas e o direitoinanceiro. Yste o con#unto de normas #ur)dicas *ue re%ua a atividade inanceira doestado. Z*uea consiste num con#unto de princ)pios operativos /de )ndoe econ=mica0 econceitos descritivos, s=bre a atividade inanceira do estado, sob in'meras perspectivas

    /po)tica, socio"%ica, psico"%ica, tica, econ=mica, administrativa e #ur)dica0unitariamente consideradas.En*uanto, no direito inanceiro, o 'nico e essencia dado a norma, na ci+ncia

    das inanas a norma um dentre in'meros dados. Esta a ci+ncia pr2e%isativa,inormativa do e%isador e !e di- como eaborar uma ei ade*uada, sob todos estesaspectos. ode tambm criticar a norma vi%ente3 no sob a perspectiva #ur)dica, massob outros n%uos /*uais*uer dos citados0.

    P o direito inanceiro o con#unto de normas *ue cuida da atividade inanceirado poder p'bico e das rea;es #ur)dicas envovidas por esta atividade.

    Como ci+ncia, o con#unto de princ)pios, conceitos e cate%orias *ue !abiitam o#urista a compreender e saber como apicar o sistema #ur)dico /na parte de direitoinanceiro0.

    or conse%uinte, pensamos *ue a Ci+ncia das Finanas possui uma ampitude maior, aenvover atores po)ticos, socio"%icos, econ=micos, administrativos, estat)sticos etc. 8assempre votados ao mundo do sere no para o do dever ser. Xuando sin%uari-amos para ocampo do #ur)dico, observamos *ue a Ci+ncia Pur)dica ao teori-ar os institutos co!idos nasnormas #ur)dicas, vae2se dos conceitos e airma;es en%endrados no mbito da Ci+ncia dasFinanas, *ue pr2normativa. ( Ci+ncia do Direito Financeiro tem por ob#eto as normas ere%ras #ur)dicas no no seu aspecto prescritivo, mas, sim, descritivo, merc+ da sua missode estudar os institutos e cate%orias #ur)dicas *ue inte%ram as normas de Direito Financeiro,a exempo dos conceitos de despesa, receita, crdito e oramento p'bicos, a reao e a

    interao existentes entre estes institutos, as re%ras de !ermen+utica das normas #ur)dicas, aorma como se extraem e se reacionam os vaores positivados peo ordenamento #ur)dico,no *ue di- respeito $ atividade inanceira do Estado.

    &icardo 6obo 1orresMairma *ue ri-iotti ?estabeecia entre a Ci+ncia das Finanase o Direito Financeiro a reao de compementariedade, cabendo $ primeira estudar aess+ncia, as un;es e os eeitos da atividade inanceira, en*uanto o Direito Financeiroestuda as normas e%ais *ue %overnam a atividade inanceira e os princ)pios para suaapicao.B O probema desta assertiva, se%undo pensamos, de duas ordens. rimeiro,ee%e a ci+ncia das inanas como a*uea *ue d suporte te"rico aos institutos de DireitoFinanceiro, *uando, # sabemos *ue ta tarea compete tambm e principamente $ Ci+nciado Direito Financeiro. Em se%undo u%ar, assevera *ue o Direito Financeiro estuda asnormas e%ais. Ora, como visto o Direito, na sua uno prescritiva, no estuda coisaa%uma, ee prescreve um comportamento ou *uaiica #uridicamente determinado ato ousituao. 6o%o, ai%ura2se2nos mais apropriado conceber *ue, *uando reerido (utor sereporta ao Direito Financeiro, ee o a- direcionado para a ci+ncia #ur)dica.

    M1O&&EJ, &icardo 6obo. $urso de Direito %inanceiro e tribut(rio. :G ed. &io de Paneiro3 &enovar, HHL, p. R.

    K

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    P ViSos!i QaradaKassevera *ue o ob#eto materia do Direito Financeiro o mesmoda Ci+ncia das Finanas, ?ou se#a, a atividade inanceira do Estado *ue se desdobra emreceita, despesa, oramento e crdito p'bico. En*uanto esta estuda esses desdobramentossob o ponto de vista especuativo, o Direito Financeiro discipina normativamente toda a

    atividade inanceira do Estado, compreendendo todos os aspectos em *ue se desdobra.(mbas as ci+ncias t+m o mesmo ob#eto, dierenciando2se uma da outra apenas pea ormapea *ua cada uma deas estuda o mesmo en=meno. or isso, so ci+ncias ains, *ue sedistin%uem peo mtodo de investi%ao cient)ica pecuiar a cada uma deas. 5ma ci+nciate"rica9 outra, ci+ncia prtica ou apicada.B

    (*ui, tambm, mister *ue ven!amos a#ustar os termos. rimeiro, temos *ue saberem *ue sentido ViSos!i Qarada utii-a a expresso Direito Financeiro3 comoDireito postoou como $i"ncia do Direito %inanceiro.

    1ratando2se de $i"ncia do Direito %inanceiro, o ob#eto desta no o mesmo *ue o da

    Ci+ncia das Finanas. Como vimos, a Ci+ncia do Direito Financeiro tem por ob#eto a norma#ur)dica re%uadora da atividade inanceira do Estado, vista, contudo, no seu aspectodescritivo, ou se#a, na sua uno de con!ecimento. P a Ci+ncia das Finanas, sendo pr2normativa, tem como ob#eto a atividade inanceira do Estado, mas considerada sobeno*ues m'tipos /econ=mico, po)tico, !ist"rico, estat)stico, socio"%ico etc.0. 6o%o, oob#eto de estudo da Ci+ncia das Finanas maior *ue o da Ci+ncia do Direito Financeiro.

    (%ora, caso se#a no sentido de Direito posto, o Direito Financeiro, consoante ado%mtica Ueseniana, no tem por ob#eto a atividade inanceira do Estado, mas sim anorma #ur)dica, cabendo ao operador do Direito apenas interpret2a e apic2a ao casoconcreto, tendo em vista o Direito positivo vi%ente.

    &esumidamente, podem2se estabeecer as se%uintes dierenas entre o DireitoFinanceiro, a Ci+ncia do Direito Financeiro e a Ci+ncia das Finanas.

    DI&EI1O FI4(4CEI&O CIY4CI( DO DI&EI1OFI4(4CEI&O

    CIY4CI( D(J FI4(4[(J

    ertence ao mundo do deverser3 seus enunciados sovidos ou invidos

    ertence ao mundo do ser3seus enunciados soverdadeiros ou asos

    ertence ao mundo do ser. Tuma ci+ncia onto"%ica, i.e.,um #u%amento da exist+ncia3?o *ue B e ?por *ue B.

    Q !omo%eneidade

    metodo"%ica

    Q !omo%eneidade

    metodo"%ica

    Q sincretismo

    metodo"%ico. Estudam2seatos de ordem econ=mica,po)tica, socia, #ur)dica,administrativa.

    Funo normativa eprescritiva. Criadora dodireito3 produo da norma

    Funo descritiva3 descreve oDireito por meio deproposi;es #ur)dicas

    Funo pr2normativa,inormativa e especuativa.

    KQ(&(D(, ViSos!i.Direito %inanceiro e tribut(rio. : ed. Jo auo3 (tas, HHL, p. .

    R

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    %era ou individua de carterimperativo e vincuante.Ob#eto3 norma #ur)dicainanceira

    Ob#eto3 proposio #ur)dicainanceira3 #u)-o descritivo

    da pr"pria norma #ur)dica.

    Ob#eto3 atividade inanceirado Estado, vista sob vrios

    eno*ues3 econ=micos,po)ticos, #ur)dicos, sociais,!ist"ricos, estat)sticos etc

    III O Conceito de Direito Financeiro.

    Observamos perante a doutrina diversos conceitos versando sobre Direito Financeiro.assaremos em revista a a%uns dees.

    ustavo In%rosso deine o Direito Financeiro da se%uinte orma3 ?a discipina *ueestuda a ordenao #ur)dica das inanas do Estado e das entidades menores de direitop'bico, e as rea;es #ur)dicas por eas criadas no desenvovimento de sua atividadeinanceira.BR

    Ceso astosGH deine o Direito Financeiro como ?a discipina #ur)dica da atividadeinanceira.B

    erado (taibaG:assevera *ue o Direito Financeiro pode se reerir tanto ao Direitoob#etivo, como tambm, $ Ci+ncia do Direito Financeiro3

    Direito inanceiro ob#etivo o con#unto de normas #ur)dicas *ue re%e aatividade inanceira do estado.

    Ci+ncia do direito inanceiro o ramo da ci+ncia #ur)dica *ue estuda /*uetem por ob#eto0 o direito inanceiro ob#etivo.

    osto isso, co!e2se nas i;es de erado (taiba Ga se%uinte deinio de DireitoFinanceiro3

    $onjunto de princpios .jurdicos5 e normas ,ue t"m por objeto a atividade

    financeira do estado&

    R/pud FO4&O5E, C.8. iuiani.Direito %inanceiro6 uma nova disciplina jurdica. &io de Paneiro, &evista Forense, v. MK, outubrode :R:, p. GK.GH(J1OJ, Ceso &ibeiro. $urso de Direito %inanceiro e de direito tribut(rio. Jo auo3 Jaraiva, :RR:, p.:.G:(1(6I(, erado. /pontamentos de ci"ncia das finanas# direito financeiro e tribut(rio. Jo auo3 &evista dos 1ribunais, :RLR,

    p.G.G(1(6I(, erado./pontamentos de ci"ncia das finanas# direito financeiro e tribut(rio, p.G.

    :H

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    &e%is Fernandes de OiveiraGG assim deine o Direito Financeiro3 ?7 Direito%inanceiro o estudo de princpios e normas ,ue regem a atividade financeira do Estado.B

    6ui- EmS%dio F. da &osa Pr.Gconceitua Direito Financeiro ?como o ramo do direito

    p'bico *ue estuda o ordenamento #ur)dico das inanas do Estado e as rea;es #ur)dicasdecorrentes de sua atividade inanceira *ue se estabeecem entre o Estado e o particuar.B

    &icardo 6obo 1orresGaborda a *uesto sob dupa "tica3 o Direito Financeiro comoordenamentoe o Direito Financeiro comoci"ncia.

    Do ponto de vista do ordenamento, assim deine o Direito Financeiro3

    ? o con#unto de normas e princ)pios *ue re%uam a atividade inanceira. Incumbe2!ediscipinar a constituio e a %esto da Fa-enda 'bica, estabeecendo as re%ras eprocedimentos para a obteno da receita p'bica e a reai-ao dos %astos necessrios

    $ consecuo dos ob#etivos do Estado.B

    Do ponto de vista da Ci+ncia do Direito Financeiro, airma *ue ea ?estuda as normase os princ)pios *ue re%uam a atividade inanceira. Eabora o discurso sobre as re%ras daconstituio e da %esto da Fa-enda 'bica.B

    (presentadas estas deini;es, cabe2nos tecer a%umas reex;es.

    (s deini;es apresentadas por ustavo In%rosso, &e%is Fernandes de Oiveira e 6ui-EmS%dio F. da &osa Pr., diante da in!a do%mtica ora adotada, para serem verdadeiras,devem ser tomadas sob o prisma cientiico. 6o%o, no se prestam para deimitar o conceito

    de Direito %inanceiro positivo .posto5. Isto por*ue, o Direito, como ordem #ur)dica, noestuda nada, mas apenas prescreve uma conduta.

    Xuanto $ deinio apresentada por Ceso astos, savo me!or #u)-o, ea amb)%ua GL.Isto por*ue, o termo ?discipinaB ora *uer si%niicar ?observncia de preceitos ou normasB,ora ?M. Ensino, instruo, educao. K. Con#unto de con!ecimentos em cada cadeira dumestabeecimento de ensino9 matria de ensino.BGM6o%o, ea serve tanto para deinir o DireitoFinanceiro sobre o aspecto cient)ico como sobre o aspecto normativo. (o assim procederea acaba por no cumprir a sua misso de deimitar /de precisar, de separar0 o ob#eto doDireito, se#a como ordem normativa, se#a como ci+ncia *ue o estuda.

    or conta disso, cremos ter sido acertada a separao dia%nosticada tanto por erado(taiba como por &icardo 6obo 1orres. Com eeito, conorme # !av)amos saientadoin!as atrs, vaendo2nos das i;es de Vesen, bem como da doutrina de erado (taiba, apaavra direito em si indica duas reaidades, ou se#a, a ci"ncia do direitoe o direito posto. (

    GGO6I7EI&(, &e%is Fernandes. $urso de Direito %inanceiro#p. KH.G&OJ( P&, 6ui- EmS%dio F. da. *ovo manual de Direito %inanceiro e direito tribut(rio. R ed. &io de Paneiro3 &enovar, :RRG, :.G1O&&EJ, &icardo 6obo. $urso de Direito %inanceiro e tribut(rio, p. : e :G.GLCom todo o respeito ao (utor, a *uem am nutrirmos admirao, tivemos a !onra de ser auno na p"s2%raduao.GMFE&&EI&(, (urio uar*ue de Qoanda.*ovo dicion(rio da lngua portuguesa. ed. Jo auo3 Ed. 4ova Fronteira, :RKR, p. R.

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    estas reaidades distintas, &icardo 6obo 1orresGK intitua, respectivamente, sistemacientficoesistema objetivo.

    Diante disso, concu)mos *ue tanto a deinio de &icardo 6obo 1orres, como a de

    erado (taiba, ambas primam por respeitar o si%niicado da uno do Direito, ou se#a,prescrever comportamentos, mediante normas #ur)dicas.

    I7 (utonomia do Direito Financeiro e suas &ea;es com os rincipais &amos do Direito'bico.

    O Direito na sua ess+ncia uno. 4o obstante esta unicidade, sob o aspecto cient)icoou didtico ra%menta2se a aborda%em do Direito em vrias espcies ou ramos #ur)dicos,tendo em vista a preponderncia de princ)pios e re%ras #ur)dicas *ue se apicam em cada

    seara do Direito.

    (redo (u%usto ecUerGRaerta ser asa a airmativa de autonomia de *ua*uer ramodo Direito ositivo. Isto por*ue, o termo ?autonomiaB, vocbuo de ori%em ios"ica,somente oi incorporado na doutrina #ur)dica, ap"s transitar pea ci+ncia e doutrina po)tica,assumindo, por conta disso, na seara do Direito, in'meras si%niica;es, muitas, incusive,contradit"rias.

    4o ponto ecUer tece a se%uinte airmao3

    o ?verdadeiro e %enu)no sentido da expresso @autonomiaA, o oder /capacidade de

    a%ir0 de o Jer Jocia impor uma discipina aos indiv)duos /*ue o esto, continuamente,criando0 e a si pr"prio numa autoimitao. Este o %enu)no conte'do jurdico daexpresso @autonomiaA conorme demonstra Francesco Caasso, roessor de Qist"riado Direito, na 5niversidade de &oma, concuindo *ue a expresso @autonomiaAconcebida no seu verdadeiro sentido #ur)dico o mais undamenta princ)pio daenomenoo%ia do Direito por*ue desi%na a capacidade de criar o Direito ositivo.B

    6o%o, vaendo2nos da contribuio de ecUer, em sentido #ur)dico, a autonomia,entendida como a capacidade de criar o Direito ositivo, # inerente ao Direitoindependentemente de *ua*uer *uaiicativo *ue o especiai-e. Isto or!ue" a nota deaut#no$o reside na %uridicidade de criar nor$as %ur&dicas" n'o na seg$enta('o do

    Direito e$ discilinas %ur&dicas.

    Diante desta io, em termos estritamente #ur)dicos, no existe o carter aut=nomode cada ramo do Direito. ( autonomia do Direito em si, com a sua vocao de criarnormas #ur)dicas. 4o entanto, ainda *ue no prime peo ri%or tcnico, para ins didticos,cient)icos ou e%isativos, no se pode ne%ar a exist+ncia de certa autonomia relativainerente a cada discipina #ur)dica. (*ui, contudo, me!or ser tomar o termo autonomia noGK1O&&EJ, &icardo 6obo. $urso de Direito %inanceiro e tribut(rio, p. ::.GRECVE&, (redo (u%usto. 4eoria geral do direito tribut(rio. G. ed. Jo auo3 6e#us, :RRK, p. GH.

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    sentido desegmento parcelado de normas e princpios jurdicos# inerentes a determinadaprovncia do Direito. (o assim procedermos, empresta2se aos vrios ramos do Direitoapenas o *uaiicativo de terem normas *ue !e so espec)icas, mas no com o condo depropiciar a sua pr"pria criao. Esta, como vimos, decorre do Direito em si. 6o%o, para esta

    inaidade prec)pua do Direito, indierente a sua se%mentao em diversos outrosdepartamentos #ur)dicos.

    ois bem. Firmada esta ideia e neste contexto, pode2se airmar *ue o DireitoFinanceiro, sendo ramo do Direito 'bico, possui tanto autonomia e%isativa, comodidtica e cient)ica.

    ( autonomia e%isativa do Direito Financeiro uma evid+ncia *ue se nota no s" naConstituio da &ep'bica de :RKK, como tambm, na e%isao inraconstituciona.

    Com eeito, em vrios de seus dispositivos, a Constituio da &ep'bica de :RKK,

    recon!ece a exist+ncia do Direito Financeiro. Coniram2se os se%uintes exempos3

    ?(rt. . Compete $ 5nio, aos Estados e ao Distrito Federa e%isarconcorrentemente sobre3I direito tributrio, inanceiro, penitencirio, econ=mico e urban)stico9II oramento9...B

    ?(rt. :LG. 6ei compementar dispor sobre3I 2 inanas p'bicas9II 2 d)vida p'bica externa e interna, incu)da a das autar*uias, unda;es e demaisentidades controadas peo oder 'bico9

    III concesso de %arantias peas entidades p'bicas9I7 emisso e res%ate de t)tuos da d)vida p'bica97 iscai-ao inanceira da administrao p'bica direta e indireta97I opera;es de cmbio reai-adas por "r%os e entidades da 5nio, dos Estados, doDistrito Federa e dos 8unic)pios97II compatibii-ao das un;es das institui;es oiciais de crdito da 5nio,res%uardadas as caracter)sticas e condi;es operacionais penas das votadas aodesenvovimento re%iona.B

    ?(rt. :L. 6eis de iniciativa do oder Executivo estabeecero3I o pano purianua9II as diretri-es oramentrias9

    III os oramentos anuais...B

    Q, tambm, diversas eis ori%inrias dos Entes da Federao e%itimando, tambm, a

    exist+ncia deste ramo do Direito. 1rata2se da pr"pria compet+ncia concorrente prevista noart. , I, da Constituio da &ep'bica de :RKK.

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    Em sede de e%isao inraconstituciona, cabe tra-er como exempos, a 6ei ederan\ .GH]:RL, a *ua, tendo sido recepcionada pea Constituio vi%ente com o status deei compementar, discipina as normas %erais de Direito Financeiro para eaborao econtroe dos oramentos e baanos da 5nio, dos Estados, dos 8unic)pios e do Distrito

    Federa. Q, ainda, a 6ei Compementar n\ :H:]HHH, 6ei de &esponsabiidade Fisca,estabeecendo normas inanceiras votadas para a responsabiidade na %esto isca.

    Xuanto $ autonomia didtica a sua consa%rao uma evid+ncia concreta. Emverdade, a autonomia didtica no propriamente do Direito Financeiro, mas, sim, daCi+ncia do Direito Financeiro. Com o destacamento do Direito Financeiro do Direito(dministrativo, as acudades de direito incu)ram em seus pro%ramas de ensino umadiscipina votada a estudar detidamente as normas #ur)dicas *ue discipinam a atividadeinanceira do Estado. Da) sur%iu a Ci+ncia do Direito Financeiro.

    or im, a autonomia cient)ica mostra2se presente pea exist+ncia de princ)pios e

    re%ras pr"prias *ue se apicam com excusividade ao Direito Financeiro. &icardo 6obo1orresH aponta como privativos do Direito Financeiro os princ)pios da capacidadecontributiva, da economicidade e do e*ui)brio oramentrio.

    Je pro#etarmos o pano da nossa expanao para o campo das rea;es do DireitoFinanceiro com os principais ramos do Direito 'bico, observaremos *ue o DireitoFinanceiro tem estreita i%ao com o Direito Constituciona, com o Direito (dministrativoe com o Direito 1ributrio.

    Com o Direito Constituciona resta evidente a vincuao, pois a Constituio!ospeda normas *ue discipinam no apenas o Jistema 1ributrio 4aciona como tambm

    a*ueas reativas $s Finanas 'bicas, re%uando, tambm, o pr"prio processo e%isativodas eis oramentrias, bem como a orma de atuao do 1ribuna de Contas da 5nio, ao*ua compete iscai-ar as contas p'bicas. Q mais, pois na Constituio Federa *ueesto previstos os direitos e %arantias undamentais dos contribuintes, os *uais devem serrespeitados peas re%ras de tributao.

    Com o Direito 1ributrio a reao tambm estreita, pois este ramo do Direito tempor ob#eto as normas #ur)dicas reativas aos tributos, $s contribui;es e aos emprstimoscompus"rios. 4o passado, o Direito 1ributrio ocai-ava2se encartado dentro do DireitoFinanceiro. 1odavia, ao Direito 1ributrio oram recon!ecidos princ)pios pr"prios, tendotratamento distinto na Constituio e na e%isao inraconstituciona, !avendo, incusive,

    um c"di%o pr"prio, ou se#a, o C"di%o 1ributrio 4aciona. 4a sua evouo !ist"rica, certo *ue o Direito 1ributrio destacou2se do Direito Financeiro, sendo aado ao patamarde discipina aut=noma. O ponto de contado entre os dois ramos do Direito muito orte,pois ambos cuidam da receita tributria. 4o entanto, conorme doutrina &ubens omes deJou-a:as rea;es #ur)dicas tributrias acentuam apenas o aspecto da obtenoda receita.

    H1O&&EJ, &icardo 6obo. $urso de Direito %inanceiro e tribut(rio, p. :.:JO5^(, &ubens omes. $omp"ndio de legislao tribut(ria. Ed. "stuma. Jo auo3 &esen!a 1ributria, :RK:, p. K:.

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    P o Direito Financeiro preocupa2se com o aspecto da %esto e apicao dos recursos #arrecadados peo Estado.

    or im, com reao ao Direito (dministrativo as rea;es so por demais pr"ximas,

    uma ve- *ue a atividade inanceira do Estado, materiai-ada pea atuao dos "r%osp'bicos se pera- no bo#o de processos ou procedimentos administrativos, cuminando, naprtica de atos administrativos, por meios dos *uais estas atividades so reveadas. 6o%o, osconceitos de "r%o, uno e ato administrativo, a especiicao dos meios de controe,processo e procedimento so ornecidos pea Ci+ncia do Direito (dministrativo. Jomando2se a isso, tem2se ainda *ue as pr"prias re%ras de Direito (dministrativo se reacionam comas normas inanceiras buscando a concreti-ao da atividade inanceira do Estado.

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